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RECURSOS GENÉTICOS DE PIMENTEIRAS DO GÊNERO CAPSICUM

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI PRÓ-REITORIA DE ENSINO

ENGENHARIA AGRONÔMICA

MARINA CHAMON ABREU

RECURSOS GENÉTICOS DE

PIMENTEIRAS DO GÊNERO CAPSICUM

Sete Lagoas – MG 2016

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MARINA CHAMON ABREU

RECURSOS GENÉTICOS DE

PIMENTEIRAS DO GÊNERO CAPSICUM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia Agronômica, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

Orientadora: Alejandra Albuquerque

Sete Lagoas – MG 2016

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MARINA CHAMON ABREU

RECURSOS GENÉTICOS DE

PIMENTEIRAS DO GÊNERO CAPSICUM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia Agronômica, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

Sete Lagoas, 2016 Banca Examinadora:

_________________________________________________

Juliano de Carvalho Cury – UFSJ

_________________________________________________

Leonardo Lucas Carnevalli Dias– UFSJ

_________________________________________________

Alejandra Semiramis Alburquerque– UFSJ Orientadora

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ÍNDICE

Resumo ... 03

Abstract ... 04

Introdução ... 05

1. Importância Socioeconômica das Pimentas ... 06

2. Biologia de Capsicum ... 07

3. Genética e Melhoramento de Pimenteiras ... 07

4. Conservação de Recursos Genéticos ... 10

Considerações Finais ... 11

Referências Bibliográficas ... 12

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RESUMO

O cultivo de pimentas do gênero Capsicum apresenta grande impacto socioeconômico no Brasil, por sua rentabilidade e pela geração de empregos.

Além da utilização como condimento, a pimenta explora um novo mercado como plantas ornamentais, tornando o melhoramento genético essencial para seu progresso e consolidação. Originária das Américas, temos na Amazônia um importante centro secundário de espécies domesticadas. Por sua caracterização ser muito complexa, enfrenta-se considerável dificuldade na correta identificação botânica das espécies. Assim, a conservação dos recursos genéticos é imprescindível para manutenção da agrobiodiversidade e para o desenvolvimento de novas variedades com caracteres morfoagronômicos desejáveis. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo geral discutir aspectos relacionados aos recursos genéticos das pimenteiras do gênero Capsicum.

Palavras-chave: melhoramento genético; pimentas capsicum

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ABSTRACT

Growing pepper in Brazil has great socioeconomic impact by its profitability and generation of jobs. In addition to the use as a seasoning, pepper has gained a new market as ornamental plants, making genetic improvements essential for breeding process and consolidation. Originated from America, we have the Amazon as an important secondary center of domesticated species. The pepper characterization is very complex, so it faces considerable difficulty in the proper botanical identification of the species. Thus, the conservation of genetic resources is essential for the maintenance of agricultural biodiversity and development of new varieties with desirable morphological characteristics. In this context, this study aimed to discuss issues related to genetic resources of the genus Capsicum pepper. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo geral discutir aspectos relacionados aos recursos genéticos das pimenteiras do gênero Capsicum.

Keywords: Genetical enhancement; pepper; capsicum

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RECURSOS GENÉTICOS DE PIMENTEIRAS DO GÊNERO CAPSICUM

INTRODUÇÃO

A pimenteira do gênero Capsicum foi uma das várias plantas domesticadas pelos povos primitivos. As pimentas foram, provavelmente, os primeiros temperos utilizados pelos índios para conferir cor, aroma e sabor aos alimentos, tornando as carnes e os cereais mais atraentes ao paladar. Também auxiliavam na conservação dos alimentos por apresentarem função fungicida e bactericida. Segundo REIFSCHNEIDER (2000), o centro de origem das pimentas são as Américas, destacando-se as regiões tropicais. A Amazônia é reconhecida como importante centro secundário de espécies domesticadas de Capsicum, sendo os indígenas desta região os responsáveis pela domesticação.

Essa solanácea arbustiva, atualmente, é cultivada por pequenos e médios agricultores. Constitui um grupo muito peculiar pelo seu sabor e por estimular as funções digestivas, sendo parte da dieta de um quarto da população do planeta (TEIXEIRA, 1996). A cadeia produtiva de pimenta destaca-se na comercialização in natura, em pequenas quantidades no atacado e varejo, valendo ressaltar que esse mercado é fortemente influenciado pelos hábitos alimentares regionais (CASALI & COUTO, 1984).

Neste contexto, este trabalho teve como objetivo geral discutir aspectos relacionados aos recursos genéticos das pimenteiras do gênero Capsicum.

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1. IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DAS PIMENTAS

O cultivo de pimentas no Brasil é de grande importância socioeconômica, gera empregos, é fonte de renda para muitos agricultores familiares e sua rentabilidade aumenta quando o produtor agrega valor ao produto. As espécies predominantes para uso comercial, bem adaptadas ao clima equatorial e tropical, são Capsicum baccatum e Capsicum chinense, que possuem diversas variedades, sendo as principais as pimentas de cheiro, como a pimenta dedo de moça e a cumari. De acordo com a Embrapa Hortaliças, desde o preparo do solo até a colheita, a atividade gera de três a quatro empregos diretos, com uma renda bruta que oscila entre R$ 4 e 12 mil/ha/ano (PANORAMA RURAL, 2006).

A produção ocorre praticamente em todas as regiões do país, sendo um dos melhores exemplos de agricultura familiar e de integração do pequeno agricultor com a agroindústria. São conhecidos como principais produtores os estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Ceará e Rio Grande do Sul (EMBRAPA, 2008). Dentre todos os tipos cultivados no Brasil, as pimentas de cheiro são as mais consumidas no Brasil e seu cultivo predomina na região Norte. Apesar de sua importância, os dados estatísticos de produção e comercialização de pimenta hortícola no Brasil são escassos e a pouca informação disponível não reflete a realidade econômica dessa hortaliça, visto que grande parte da produção é comercializada em mercados regionais e locais que não fazem parte das estatísticas (DOMENICO et al., 2010).

Segundo REIFSCHNEIDER (2000), o agronegócio de pimenta é bastante amplo, pois envolve desde pequenas fábricas artesanais caseiras de conservação até empresas multinacionais que competem na exportação de especiarias e temperos. A perspectiva do mercado de pimentas é praticamente ilimitada pela versatilidade de suas aplicações culinárias, industriais, farmacêuticas e ornamentais.

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2. BIOLOGIA DE CAPSICUM

As pimentas hortícolas pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum, que ganhou esse nome, pois deriva do grego: Kapso (picar) ou Kapsakes (cápsulas) e a palavra pimenta aparece na língua castelhana no século XIII, derivada do latim pigmenta, plural de pigmentum, corante (NUEZ et al., 1996). Devido à grande variação na forma, tamanho e cor dos frutos de Capsicum, assim como nos demais componentes morfológicos desse gênero, organizou-se essa grande diversidade pelo agrupamento em espécie, variedade e cultivar. Além desses agrupamentos, as pimentas também podem ser englobadas em complexos de espécies, que reúnem os indivíduos passíveis de cruzamento entre si. Atualmente, estão estabelecidos três complexos de pimentas domesticadas:

i. C. annuum, que inclui as espécies C. annuum, C. frutescens e C. chinense;

ii. C. baccatum, formado apenas pela espécie C. baccatum var.

pendulum;

iii. C. pubescens, também constituído de somente uma espécie, C. pubescens (BOSLAND & VOTAVA, 1999).

Algumas espécies de pimentas silvestres como a cumari (C. baccatum var. praetermissum) apresentam mecanismos de dormência ainda muito atuantes. O principal tipo de dormência é o endógeno, onde estão presentes alguns fitormônios inibidores da germinação. Nas espécies domesticadas, foram selecionados naturalmente os acessos sem dormência. Em ambiente aberto, os pássaros são o principal meio de dispersão das sementes, que se alimentam dos frutos e promovem a disseminação por meio das fezes. Além disso, a passagem pelo sistema digestivo das aves parece melhorar a germinação de sementes, notadamente daquelas com dormência (TEWKSBURY et al., 2006).

3. GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PIMENTEIRAS

O melhoramento de uma espécie começa desde a domesticação, assim, os primeiros melhoristas do gênero Capsicum foram os povos indígenas das Américas que domesticaram as espécies por meio da seleção, desenvolvendo muitos dos tipos de frutos existentes hoje (RÊGO et al., 2011).

O melhoramento de pimenteiras tem sido feito pelo método de seleção massal em raças crioulas e, nos últimos tempos, alguns melhoristas têm dado ênfase ao uso da hibridação em programas de melhoramento. O atual desafio é selecionar cultivares com alta produção, resistentes a estresses bióticos e

abióticos, e melhorar a qualidade do fruto, de acordo com a finalidade.

As pimentas têm grande potencial de melhoramento com enfoque nutricional devido aos seus altos teores de vitaminas A e C. Cada tipo de pimenteira tem uma série de características que a faz comercialmente aceitável.

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Algumas características são mais difíceis de manipular, como o teor de pungência LUZ (2007).

A continuação do melhoramento para produção e qualidade depende da incorporação de novas formas alélicas ou genes nas formas cultivadas. Não se sabe, entretanto, quais alelos serão úteis em futuras variedades comerciais, até que a necessidade surja (HANCOCK, 1992). Vários países da América Latina, entre eles o Brasil, figuram como de prioridade à coleta de germoplasma de Capsicum (BOSLAND, 1993).

Os métodos de melhoramento utilizados em plantas autógamas, como as pimenteiras, geralmente envolvem hibridação na produção de novas fontes de variabilidade, embora nas populações com alta variabilidade possam ser utilizados métodos baseados em seleção. A escolha de genitores é uma fase crítica do melhoramento de plantas. Em geral, um dos pais é escolhido em função de seu comportamento frente à variedade a ser substituída e o outro é escolhido porque complementa deficiências específicas do primeiro genitor (ALLARD, 1971).

Além da escolha dos genitores, o sucesso do programa de melhoramento por hibridação depende também do germoplasma disponível e do conhecimento do controle genético das características a serem melhoradas (ALLARD, 1971; FEHR, 1987).

As plantas deste gênero, em geral, são autógamas, embora a polinização cruzada também ocorra entre indivíduos dentro da mesma espécie e entre espécies do gênero (CARVALHO, 2008; BIANCHETTI, 2008), sendo facilitada por alterações morfológicas na flor, pela ação de insetos polinizadores e por práticas de cultivo, como local, adensamento ou cultivo misto (RIBEIRO, 2008;

REIFSCHNEIDER, 2008).

A maioria de espécies de Capsicum são diploides, com 24 cromossomos, e estudos genéticos sobre a estrutura e morfologia dos cromossomos têm sido realizados por diversos autores. Também existem vários estudos sobre a variabilidade genética de caracteres morfoagronômicos em andamento (RÊGO, et al., 2011).

O melhoramento genético de Capsicum no Brasil é realizado tanto por empresas públicas quanto privadas. Em geral são feitas seleções para, produtividade, baixa persistência do pedúnculo na planta (para facilitar a colheita), arquitetura da planta, precocidade e resistência a doenças (REIFSCHNEIDER, 2000). São necessárias a caracterização, a avaliação e a documentação dos novos cultivares. Em todos os países, membros da UPOV (Union Internationale pour la Protection des Obtentions Végétales), da qual o Brasil é signatário, para que uma nova cultivar tenha sua proteção efetivada, é necessária a realização de testes de DHE (Distinguibilidade, Homogeneidade e Estabilidade). O teste de DHE para Capsicum spp. é baseado em 48 descritores, envolvendo caracteres qualitativos e quantitativos, observados desde a germinação até a colheita dos frutos (NASS, 2001).

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Todas as pesquisas com recursos genéticos vegetais envolvem várias atividades básicas, de maneira geral a estrutura é a seguinte: introdução e intercâmbio de germoplasma, coleta, caracterização, avaliação, documentação e conservação (RÊGO, et al., 2011).

A utilização dos recursos genéticos vegetais no melhoramento é controlada por uma legislação fitossanitária existente no país. Para isso, deve-se conhecer o que é introdução e intercâmbio de germoplasma. Introdução é a transferência ordenada e sistemática de germoplasma para um novo local a fim de atender às necessidades dos programas de melhoramento genético e pesquisas correlatas. A introdução de uma espécie é o método mais eficiente de aumentar a variabilidade genética em um país ou região. A decisão por utilizar esse método e introduzir uma espécie depende da semelhança entre o ambiente onde a espécie ocorre naturalmente e o novo ambiente no qual se deseja inseri-la. O intercâmbio é a aquisição recíproca de germoplasma. A legislação existe para controlar o tráfego de recursos genéticos e assegurar a fitossanidade, impedindo a entrada de pragas e patógenos inexistentes em uma região ou país. No Brasil, a Embrapa é credenciada a proceder o intercâmbio de germoplasma e adotar os procedimentos de quarentena, um período de incubação onde pode ocorrer o aparecimento e detecção de pragas e sintomas de doenças (MARINHO et al., 2003).

A coleta é o processo de encontrar no campo os recursos genéticos e fazer uma amostragem que será levada para um banco de germoplasma.

Requer um estudo prévio sobre as características fisiológicas e fenológicas da espécie, a fim de conhecer região de ocorrência, época mais adequada para realização da coleta e suas interações com o ambiente (WALTER, 2010).

A caracterização e avaliação são essenciais para o conhecimento e uso do germoplasma conservado. A caracterização pode ser morfológica, agronômica, reprodutiva, bioquímica, citogenética e molecular, sempre com base em caracteres qualitativos. Já a avaliação considera os caracteres quantitativos (VALOIS et al., 2001).

O International Plant Genetic Resources Institute (IPGRI) tem disponibilizado listas de descritores para diversas espécies a fim de uma melhor uniformização na caracterização e avaliação dos recursos genéticos vegetais (RAO & RILEY, 1994). O germoplasma caracterizado e avaliado para características de interesse torna-se atrativo para os melhoristas na busca por novas combinações genotípicas.

A documentação utiliza os recursos dos sistemas de informação, tecnologias e softwares, que armazenam todas as informações referentes aquele acesso específico, registra o máximo de dados que o identifiquem, da introdução até a conservação, tema abordado no próximo tópico (RAO &

RILEY, 1994).

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4. CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS

Os recursos genéticos são a matéria-prima para criação de novas variedades, sendo imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável da agricultura e da agroindústria. Buscam-se variedades mais produtivas, melhor adaptadas para as regiões de cultivo e mais resistentes às pragas e às doenças de plantas economicamente importantes, como as pimentas do gênero Capsicum (LINS, 2001).

A conservação ex situ desses recursos consiste em manter a biodiversidade fora do ambiente natural de origem e é realizada através dos bancos de germoplasma. Germoplasma é a fonte de variabilidade genética disponível para o melhoramento de plantas e conservação das espécies, servindo como um reservatório de genes que os melhoristas podem acessar quando precisam resolver problemas específicos, tal como a resistência a uma doença. O local onde o germoplasma é conservado é chamado de Banco de Germoplasma. Tais bancos fornecem material genético e possibilitam os avanços no melhoramento. Cada acesso registrado em um banco de germoplasma é uma amostra que representa a variação genética de uma população (VALOIS et al., 2001).

As principais atividades de um banco de germoplasma são a coleta, a preservação, a caracterização, a avaliação e o intercâmbio do germoplasma.

Por meio da caracterização, tem-se identificado genótipos interessantes com potencial para diferentes tipos de uso, como: pimentas ornamentais, pimentas para a produção de conservas, de condimentos picantes, desenvolvimento de cultivares de pimentas doces e indicações de acessos para os programas de melhoramento e seus objetivos específicos (RAO, 1994).

Em Capsicum, a diversidade é muito ampla e o melhoramento genético tem explorado a variedade de formatos, tamanhos, cores e sabores de fruto, diferentes níveis de pungência e de composição nutricional. Segundo Pereira et al., 2010, quanto maior a disponibilidade de germoplasma caracterizado, especialmente em temos de variabilidade genética, maior a possibilidade de sucesso do melhoramento genético.

A Embrapa Clima Temperado, no trabalho “Caracterização Morfológica e Estimativa da Distância Genética de Acessos de Pimenta do Banco Ativo Germoplasma de Capsicum”, discorre que:

“O agronegócio Capsicum demanda cultivares com alta produtividade e qualidade, sobretudo cultivares resistentes às doenças e às pragas. Para isso, os programas de melhoramento genético dependem da exploração da variabilidade genética disponível, em bancos de germoplasma, para o desenvolvimento de combinações gênicas superiores (BIANCHETTI;

CARVALHO, 2005). O acesso à variabilidade genética é

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fundamental para o sucesso de qualquer programa de melhoramento (QUEIROZ; LOPES, 2007; LOPES;

CARVALHO, 2008; RIBEIRO; REIFSCHNEIDER, 2008).

Por isso, o germoplasma de Capsicum conservado nos bancos de germoplasma é importante para a pesquisa que dá suporte ao mercado de pimentas frescas, bem como para o segmento da economia voltado para a produção de condimentos, temperos e conservas (BIANCHETTI; CARVALHO, 2005).”

Além das cultivares domesticadas, existem outras cultivares crioulas cultivadas por muitos agricultores por todo o Brasil, a chamada conservação on farm. Essas variedades crioulas são de extrema importância para a conservação e manutenção da agrobiodiversidade e para o melhoramento genético. Muitas variedades crioulas de pimentas do gênero Capsicum são resultado de seleções feitas pelos agricultores familiares. Uma parcela significativa dessas variedades perde-se devido a rotação de culturas ou descontinuidade da atividade agrícola (NEITZKE, 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O atual desafio para a conservação dos recursos genéticos de Capsicum é o conhecimento e a organização dos dados e acessos. A caracterização é bastante complexa, devido aos vários nomes populares existentes, o que dificulta a correta identificação botânica das espécies.

Embora o Brasil seja rico em diversidade e variabilidade para o gênero, iniciativas voltadas para a exploração da potencialidade de espécies silvestres e semidomesticadas mostram-se incipientes. Uma das razões para a pequena utilização do germoplasma disponível é a existência de barreiras genéticas entre espécies domesticadas que impedem a incorporação dos genes desejados, tais barreiras poderão ser quebradas com o avanço da biotecnologia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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p.39–53, 2008.

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NASS, L. L. et al. Recursos genéticos e melhoramento de plantas.

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NEITZKE, R. Recursos genéticos de pimentas do gênero Capsicum explorando a multiplicidade de usos. 2012. 115f. Tese (Doutorado em Agronomia)-Faculdade de Agronomia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

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