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A Harmonização entre a Vontade de Deus e a Nossa

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A Harmonização entre a Vontade de Deus e a Nossa

Por Silvio Dutra

Out/2019

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A474

Alves, Silvio Dutra

A Harmonização entre a Vontade de Deus e a Nossa

Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.

42p.; 14,8 x21cm

1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé I. Título.

CDD 252

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Para que isto ocorra deve haver uma submissão voluntária e amorosa da nossa vontade à divina.

Quando assim sucede cumpre-se a petição da oração do Pai Nosso de que a vontade de Deus seja feita na terra assim como é feita no céu, no qual há perfeita harmonia entre a vontade dos anjos e dos santos glorificados e a de Deus.

Entretanto, como os santos na terra encontram- se ainda sujeitos às imperfeições e fraquezas decorrentes do pecado residente, a harmonia entre a vontade deles e a de Deus sempre será proporcionalmente dependente do grau de obediência deles a Deus e à Sua Palavra, e do quanto andem sob a influência, direção e instrução do Espírito Santo, mormente para a transformação de suas vidas, pela renovação de suas mentes.

Como a vontade é influenciada pelo intelecto que é composto tanto pelo entendimento consciente (exercício da razão, estímulos sensoriais, sentimentos, emoções etc) e pelo subconsciente (expressado nos sonhos, memórias etc), há necessidade de que o nosso entendimento seja formado pelo Espírito Santo mediante aplicação da Palavra de Deus, para a

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formação de padrões mentais espirituais, celestiais e divinos.

Afinal, o homem que é segundo o propósito de Deus para o que deve ser a humanidade, é aquele que é dirigido pela vontade de Deus assumindo-a como a sua própria vontade, uma vez que a criatura é dependente em tudo do Criador, para uma perfeita obediência.

Jesus se fez homem para também nos ensinar através de Seu próprio procedimento, inteiramente obediente à vontade do Pai, qual é o modo pelo que nos convém também viver, a saber, em santa obediência.

Deve haver uma renúncia ao ego, à própria vontade, para que não haja colisão ou divergência de direcionamento, e certamente, isto é da exclusiva competência da criatura.

Sem oração incessante, sem meditação constante e prática da Palavra não é possível renovar a mente conforme é requerido para que possamos conhecer e fazer a santa, boa e agradável vontade de Deus.

Não se trata apenas de uma obediência exterior o que se tem em vista, mas uma ação transformadora do nosso interior de maneira

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que sejamos como as tábuas da lei divina escrita em nossas mentes e corações.

Enquanto Deus e a Sua Palavra não forem todo o nosso prazer isto é um sinal evidente de que não fomos renovados tanto quanto deveríamos para poder andar em acordo com a Sua vontade.

É preciso batalhar contra a carne, inclinar-se segundo o pendor do Espírito, para que Ele prevaleça nesta luta contra a carne, em que a nossa própria vontade é colocada em xeque, porque a carne procura nos dominar em uma determinada direção, e o Espírito em outra, importando que não façamos nem mesmo a nossa própria vontade, por mais correta e boa que ela possa nos parecer, mas fazer a do Espírito. Nós podemos ver isto no texto de Gálatas 5.16-25:

“16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.

17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.

18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.

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19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são:

prostituição, impureza, lascívia,

20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,

23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.”

O pecado residente procura nos conduzir a um viver carnal, por uma mente carnal, que manifeste as obras da carne em nosso comportamento, e o Espírito busca implantar o Seu fruto em nosso caráter.

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Em maior ou menor grau sempre devemos ser achados empenhados nesta batalha em nossa jornada terrena.

O apóstolo detalha este conflito que há entre o pecado residente (carne, velho homem) e o Espírito, no texto de Romanos 7, em que demonstra a nossa inteira dependência da graça de Jesus, para que possamos sair vitoriosos nesta luta.

“5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.

6 Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.

7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.

8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de

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concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado.

9 Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri.

10 E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte.

11 Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou.

12 Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.

13 Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno.

14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.

15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.

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16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.

17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.

18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.

19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.

20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.

21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.

22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;

23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.

24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?

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25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor.

De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7.5-25).

Observe que o apóstolo afirma que ele amava a lei de Deus segundo o homem interior, ou seja, segundo a nova criatura, o novo homem, mas via operando em seus membros uma outra lei, a do pecado, que o levava a agir de modo contrário à sua vontade de fazer a vontade de Deus.

Disto aprendemos que a força do pecado é maior do que a força da nossa própria vontade. Ora, se o pecado é a consumação da vontade na direção oposta à de Deus, então estaríamos completamente derrotados nesta batalha espiritual sem a assistência da graça de Jesus, que é o único poder maior do que o do pecado.

É preciso portanto formar padrões de santidade a nível do subconsciente, pelo hábito da oração, da meditação e de outros meios de graça, para que o nosso padrão de reação às solicitações de tentações externas ou internas, seja o de resistir a elas e rejeitá-las, e isto faremos se formos espirituais e não carnais.

Isto explica porque tantos fracassam no seu desejo de viver de modo agradável a Deus,

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porque são derrotados pela falta de uma mente espiritual, e por tentarem vencer as tentações pelo mero cumprimento do mandamento segundo o homem natural.

Aqui cabe uma exposição para entendermos que o poder natural nada tem a ver com o poder espiritual. O homem perdeu inteiramente a capacidade de viver segundo o Espírito, porque sendo carnal, nada entende ou é capaz de viver o que Deus é em Sua natureza e virtudes. O pecador está destituído da graça e da glória divinas. Assim, todo o bem que ainda há nele, como homem natural é apenas um resquício do que sobrou da lei implantada por Deus na consciência do primeiro homem, que o inclinava para a prática da justiça, do amor, da paz e da bondade. Mas isto foi arruinado pela entrada do pecado no mundo, e toda a sua descendência foi encerrada nesta condição por Deus, que sendo santo, ficou impedido de ter comunhão com o homem, e comunicar-se com Ele fazendo-o conhecedor e praticante da Sua santa vontade.

Quando nos convertemos a Cristo, nós somos restaurados por sermos reconciliados com Deus, mas há todo um crescimento em graça diante de nós, para que possamos conhecer e

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praticar a vontade de Deus de forma amadurecida e aprovada.

Isto será obtido por continuados exercícios em negar-nos a nós mesmos, a carregar a cruz pela escolha da vontade do Senhor e não da nossa, e a renunciar aos nossos objetivos, naquilo em que possam colidir com os de Deus.

Mas, tudo isto é apenas parte das muitas coisas que aprenderemos em nossa caminhada cristã, e que nos serão ensinadas e aplicas pelo Espírito Santo.

Se caminharmos por fé e não por vista, aprendendo a renunciar a tudo o que for necessário para que o Senhor e o Seu reino seja de fato o nosso primeiro interesse de busca, então é bem certo que faremos progresso em ter a nossa vontade harmonizada com a divina.

Se permanecermos no Senhor e na Sua Palavra Ele também permanecerá em nós, e então poderemos dar o fruto esperado. Sem Ele nada podemos fazer. Conhecendo por experiência esta grande verdade, Ele passará a ser o nosso tudo em tudo, e há de se manifestar a nós progressivamente fazendo-nos conhecer mais e mais o Seu caráter e virtudes, que nos levará a amá-lo sempre mais.

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O mundo presente de tão acostumado que está com tantas novidades naturais, com tantos avanços tecnológicos, com tantas coisas para ocupar a mente, tem se distanciado cada vez mais das coisas que são eternas, espirituais, celestiais e divinas, as quais, a propósito, só podem ser devidamente conhecidas à medida que nos são reveladas através da nossa comunhão real com Cristo.

Então não é de se admirar que se veja tanto mundanismo e carnalidade na própria igreja cristã, onde o verdadeiro evangelho ou tem sido encoberto ou adulterado, em grande parte por ignorância daqueles que o pregam e ensinam.

Eles não o aprenderam porque não gastaram tempo aos pés de Jesus. Não consagraram suas vidas para conhecê-lo mediante aplicação ao aprendizado da Palavra. E quando não se conhece a Palavra do Senhor, não se pode conhecer qual seja a Sua vontade.

Mas, voltemos à questão de que se pode confundir a bondade e justiça do homem natural como sendo a vontade de Deus, quando na verdade nada há de comum entre ambas.

Como dissemos os resquícios do que se herdou da bondade e justiça de Adão, apesar de isto ter sido implantado nele por Deus, é algo que

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podemos exercitar até mesmo sem ter qualquer ligação com Deus ou respeito e consideração à Sua vontade. Podemos andar de modo independente, vivendo na energia da carne, enquanto praticamos ações de benemerência e todo tipo de assistência e ajuda ao nosso próximo. Podemos ser muito aplicados em atender às necessidades de nossas famílias, e ainda assim, podemos ser inimigos de Deus, não reconciliados com Ele por meio da fé em Jesus, incapacitados de prestar-lhe o devido culto de adoração em Espírito, alienados da vida do evangelho, e sem qualquer interesse no avanço do reino de Jesus. E então de que nos servirá toda a prática do nosso bem, no fim, quando tivermos que comparecer diante do tribunal de Deus no grande dia do Juízo?

No que as nossas supostas boas obras estavam harmonizadas com a vontade divina?

O homem não deve ser justo apenas em relação ao homem, mas também e principalmente em relação a Deus, conforme o dever de adoração e obediência aos Seus mandamentos, conforme nos tem ordenado.

“21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me

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ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.

22 Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo?

23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

24 Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.

25 Isto vos tenho dito, estando ainda convosco;

26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14.21-26).

“3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto:

se guardamos os seus mandamentos.

4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.

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5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:

6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.

7 Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes.

8 Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha.” (I João 2.3-8).

Nós abrimos este discurso falando da relação entre a vontade e o intelecto, e como o intelecto é formado pelo entendimento, devemos pedir sabedoria a Deus para que nos dê inteligência espiritual, que nos capacite a entender a verdade em seu sentido e significado espiritual, e não de modo carnal, por uma compreensão carnal da Sua Palavra, que não nos trará qualquer benefício.

“15 Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos,

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16 não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações,

17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos

19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder;

20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando- o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,

21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro.” (Efésios 1.15-21).

“20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, 21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,

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22 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,

23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,

24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” (Efésios 4.20-24).

“9 Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;

10 a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus;

11 sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria,

12 dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz.” (Colossenses 1.9-12).

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“1 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face;

2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo,

3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” (Colossenses 2.1- 3).

“44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

45 Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;” (Lucas 24.44,45).

É por se fazer a vontade de Deus e não a nossa própria que temos cada vez mais confirmado o acesso que temos tido ao reino dos céus, e nisto, nosso Senhor nos deixou o Seu próprio exemplo para ser seguido por nós.

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“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!

entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 7.21).

“Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo:

Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.”

(Mateus 26.42).

“ Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (João 4.34).

“Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.” (João 5.30).

“38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.

39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.

40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Joião 6.38-40).

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“16 Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou.

17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (João 7.16,17).

Nossas menores decisões devem ser submetidas à vontade de Deus para sabermos se são aprovadas ou não por Ele; nossas orações devem ser feitas no Espírito para que sejam segundo a vontade de Deus; enfim, tudo o que pensamos, sentimos, ou pretendemos fazer deve ser submetido ao padrão da vontade do Senhor revelada em Sua Palavra, antes de permitirmos ser dirigidos por eles.

“26 Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.

27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”

(Romanos 8.26,27).

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“1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12.1-3).

“E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus;” (II Coríntios 8.5).

“17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.

18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,

19 falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,

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20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Efésios 5.17-21).

“5 Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso Senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, 6 não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;

7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens,” (Efésios 6.5-7).

“12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;

13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.

14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas,” (Filipenses 2.12-14).

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“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;” (I Tessalonicenses 4.3).

“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (I Tessalonicenses 5.18).

“20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança,

21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!”

(Hebreus 13.20,21).

“13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano,

14 quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.

15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos;

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16 como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.” (I Pedro 2.13-16).

“1 Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, 2 para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus.

3 Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias.” (I Pedro 4.1-3).

“Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (I João 2.17).

“E esta é a confiança que temos para com ele:

que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (I João 5.14).

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APÊNDICE:

O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação Há somente um evangelho pelo qual podemos ser verdadeiramente salvos. Ele se encontra revelado na Bíblia, e especialmente nas páginas do Novo Testamento. Mas, por interpretações incorretas é possível até mesmo transformá-lo em um meio de perdição e não de salvação, conforme tem ocorrido especialmente em nossos dias, em que as verdades fundamentais do evangelho de Jesus Cristo têm sido adulteradas ou omitidas.

Isto nos levou a tomar a iniciativa de apresentar a seguir, de forma resumida, em que consiste de fato o evangelho da nossa salvação.

Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso entender que somos salvos exclusivamente com base na aliança de graça que foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, para que nas diversas gerações de pessoas que seriam trazidas por eles à existência sobre a Terra, houvesse um chamado invisível, sobrenatural, espiritual, para serem perdoadas de seus pecados, justificadas, regeneradas (novo nascimento espiritual), santificadas e glorificadas. E o autor destas operações

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transformadoras seria o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina.

Estes que seriam chamados à conversão, o seriam pelo meio de atração que seria feita por Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo que pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem receber a graça necessária que os redimiria e os transportaria das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de Deus, e que lhes transformaria em filhos amados e aceitos por Deus.

Como estes que foram redimidos se encontravam debaixo de uma sentença de maldição e condenação eternas, em razão de terem transgredido a lei de Deus, com os seus pecados, para que fossem redimidos seria necessário que houvesse uma quitação da dívida deles para com a justiça divina, cuja sentença sobre eles era a de morte física e espiritual eternas.

Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém idôneo que pudesse se colocar no lugar do homem, trazendo sobre si os seus pecados e culpa, e morrendo com o derramamento do seu sangue, porque a lei determina que não pode haver expiação sem que haja um sacrifício sangrento substitutivo.

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Importava também que este Substituto de pecadores, assumisse a responsabilidade de cobrir tudo o que fosse necessário em relação à dívida de pecados deles, não apenas a anterior à sua conversão, como a que seria contraída também no presente e no futuro, durante a sua jornada terrena.

Este Substituto deveria ser perfeito, sem pecado, eterno, infinito, porque a ofensa do pecador é eterna e infinita. Então deveria ser alguém divino para realizar tal obra.

Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da graça feita com o Pai, para ser este Salvador, Fiador, Garantia, Sacrifício, Sacerdote, para realizar a obra de redenção.

O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua chamada é para uma santificação e perfeição eternas. Como poderia responder por si mesmo para garantir a eternidade da segurança da salvação?

Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado da natureza divina que sempre possuiu, a natureza humana, e para tanto ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria.

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Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria ser o de alguém que fosse humano, mas também divino, de modo que se pode até mesmo dizer que fomos redimidos pelo sangue do próprio Deus.

Este é o fundamento da nossa salvação. A morte de Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o caminho para a vida eterna e o céu.

Para que nunca nos esquecêssemos desta grande e importante verdade do evangelho de que Jesus se tornou da parte de Deus para nós, o nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou podemos fazer para agradar a Deus, Jesus fixou a Ceia que deve ser regularmente observada pelos crentes, para que se lembrem de que o Seu corpo foi rasgado, assim como o pão que partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado em profusão, conforme representado pelo vinho, para que tenhamos vida eterna por meio de nos alimentarmos dEle. Por isso somos ordenados a comer o pão, que representa o corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que é verdadeira bebida para nos refrigerar e manter a Sua vida em nós.

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Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e a vida. Que a porta que conduz à vida eterna é estreita, e que o caminho é apertado. Tudo isto se aplica ao fato de que não há outra verdade, outro caminho, outra vida, senão a que existe somente por meio da fé nEle. A porta é estreita porque não admite uma entrada para vários caminhos e atalhos, que sendo diferentes dEle, conduzem à perdição. É estreito e apertado para que nunca nos desviemos dEle, o autor e consumador da nossa salvação.

Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.

Tanto é assim, que para que tenhamos a plena convicção desta verdade, mesmo depois de sermos justificados, regenerados e santificados, percebemos, enquanto neste mundo, que há em nós resquícios do pecado, que são o resultado do que se chama de pecado residente, que ainda subsiste no velho homem, que apesar de ter sido crucificado juntamente com Cristo, ainda permanece em condições de operar em nós, ao lado da nova natureza espiritual e santa que recebemos na conversão.

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Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor pretende nos ensinar a enxergar que a nossa salvação é inteiramente por graça e mediante a fé? Que é Ele somente que nos garante a vida eterna e o céu. Se não fosse assim, não poderíamos ser salvos e recebidos por Deus porque sabemos que ainda que salvos, o pecado ainda opera em nossas vidas de diversas formas.

Isto pode ser visto claramente em várias passagens bíblicas e especialmente no texto de Romanos 7.

À luz desta verdade, percebemos que mesmo as enfermidades que atuam em nossos corpos físicos, e outras em nossa alma, são o resultado da imperfeição em que ainda nos encontramos aqui embaixo, pois Deus poderia dar saúde perfeita a todos os crentes, sem qualquer doença, até o dia da morte deles, mas Ele não o faz para que aprendamos que a nossa salvação está inteiramente colocada sobre a responsabilidade de Jesus, que é aquele que responde por nós perante Ele, para nos manter seguros na plena garantia da salvação que obtivemos mediante a fé, conforme o próprio Deus havia determinado justificar-nos somente por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão e com muitos outros mesmo nos dias do Velho Testamento.

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Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé porque não consegue vencer determinadas fraquezas ou pecados, porque enquanto se esforça para ser curado deles, e ainda que não o consiga neste mundo, não perderá a sua condição de filho amado de Deus, que pode usar tudo isto em forma de repreensão e disciplina, mas que jamais deixará ou abandonará a qualquer que tenha recebido por filho, por causa da aliança que fez com Jesus e na qual se interpôs com um juramento que jamais a anularia por causa de nossas imperfeições e transgressões.

Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a Jesus, mas sempre lamentará que não o ame tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma coisa ele pode ter certeza: não foi por mérito, virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a apresentar a Deus que ele foi salvo, mas simplesmente por meio do arrependimento e da fé nAquele que tudo fez e tem feito que é necessário para a segurança eterna da sua salvação.

É possível que alguém leia tudo o que foi dito nestes sete últimos parágrafos e não tenha percebido a grande verdade central relativa ao evangelho, que está sendo comentada neles, e

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que foi citada de forma resumida no primeiro deles, a saber:

“Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.”

Nós temos na Palavra de Deus a confirmação desta verdade, que tudo é de fato devido à graça de Jesus, na nossa salvação, e que esta graça é suficiente para nos garantir uma salvação eterna, em razão do pacto feito entre Deus Pai e Deus Filho, que nos escolheram para esta salvação segura e eterna, antes mesmo da fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra são a causa dessa segurança eterna, pois é nEle que somos aceitos por Deus, nos termos da aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os agentes da aliança, e os crentes apenas os beneficiários.

O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o Filho, sem a consulta da vontade dos beneficiários, uma vez que eles nem sequer ainda existiam, e quando aderem agora pela fé aos termos da aliança, eles são convocados a fazê-lo voluntariamente e para o principal propósito de serem salvos para serem

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santificados e glorificados, sendo instruídos pelo evangelho que tudo o que era necessário para a sua salvação foi perfeitamente consumado pelo Fiador deles, nosso Senhor Jesus Cristo.

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de convertidos, que eles correm o risco de perderem a salvação deles, uma vez que a aliança não foi feita diretamente com eles, e consistindo na obediência perfeita deles a toda a vontade de Deus, mas foi feita com Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa deles, como para garantir o aperfeiçoamento deles na santidade e na justiça, ainda que isto venha a ser somente completado integralmente no por vir, quando adentrarem a glória celestial.

A salvação é por graça porque alguém pagou inteiramente o preço devido para que fôssemos salvos – nosso Senhor Jesus Cristo.

E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi dado somente como Sacrifício e Sacerdote, mas também como Profeta e Rei.

Ele não somente é quem nos anuncia o evangelho pelo poder do Espírito Santo, e quem

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tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia, para que não errássemos o alvo por causa da incredulidade, que sendo o oposto da fé, é a única coisa que pode nos afastar da possibilidade da salvação.

Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos corações, e nos submete à Sua vontade de forma voluntária e amorosa, capacitando-nos, pelo Seu próprio poder, a viver de modo agradável a Deus.

Agora, nada disso é possível sem que haja arrependimento. Ainda que não seja ele a causa da nossa salvação, pois, como temos visto esta causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus, manifestados em Jesus em nosso favor, todavia, o arrependimento é necessário, porque toda esta salvação é para uma vida santa, uma vida que lute contra o pecado, e que busque se revestir do caráter e virtudes de Jesus.

Então, não há salvação pela fé onde o coração permanece apegado ao pecado, e sem manifestar qualquer desejo de viver de modo santo para a glória de Deus.

Desde que haja arrependimento não há qualquer impossibilidade para que Deus nos salve, nem mesmo os grosseiros pecados da

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geração atual, que corre desenfreadamente à busca de prazeres terrenos, e completamente avessa aos valores eternos e celestiais.

Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria até mais facilidade para Deus salvar a estes que vivem na iniquidade porque a vida deles no pecado é flagrante, e pouco se importam em demonstrar por um viver hipócrita, que são pessoas justas e puras, pois não estão interessadas em demonstrar a justiça própria do fariseu da parábola de Jesus, para que através de sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem alcançar algum favor da parte de Deus.

Assim, quando algum deles recebe a revelação da luz que há em Jesus, e das grandes trevas que dominam seu coração, o trabalho de convencimento do Espírito Santo é facilitado, e eles lamentam por seus pecados e fogem para Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os receberá, e a nenhum deles lançará fora, conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito para a sua salvação exige somente o arrependimento e a fé, para a recepção da graça que os salvará.

Deus mesmo é quem provê todos os meios necessários para que permaneçamos firmes na

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graça que nos salvou, de maneira que jamais venhamos a nos separar dele definitivamente.

Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza divina, no novo nascimento operado pelo Espírito Santo, de modo que uma vez que uma natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita.

Nós viveremos pela nova criatura, ainda que a velha venha a se dissolver totalmente, assim como está ordenado que tudo o que herdamos de Adão e com o pecado deverá passar, pois tudo é feito novo em Jesus, em quem temos recebido este nosso novo ser que se inclina em amor para Deus e para todas as coisas de Deus.

Ainda que haja o pecado residente no crente, ele se encontra destronado, pois quem reina agora é a graça de Jesus em seu coração, e não mais o pecado. Ainda que algum pecado o vença isto será temporariamente, do mesmo modo que uma doença que se instala no corpo é expulsa dele pelas defesas naturais ou por algum medicamento potente. O sangue de Jesus é o remédio pelo qual somos sarados de todas as nossas enfermidades. E ainda que alguma delas prevaleça neste mundo ela será totalmente extinta quando partirmos para a glória, onde tudo será perfeito.

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Temos este penhor da perfeição futura da salvação dado a nós pela habitação do Espírito Santo, que testifica juntamente com o nosso espírito que somos agora filhos de Deus, não apenas por ato declarativo desta condição, mas de fato e de verdade pelo novo nascimento espiritual que nos foi dado por meio da nossa fé em Jesus.

Toda esta vida que temos agora é obtida por meio da fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós, para que vivamos por meio da Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador de toda a criação, inclusive desta nova criação que está realizando desde o princípio, por meio da geração de novas criaturas espirituais para Deus por meio da fé nEle.

Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou seja, pode fazer com que nova vida espiritual seja gerada em quem Ele assim o quiser. Ele sabe perfeitamente quais são aqueles que atenderão ao chamado da salvação, e é a estes que Ele se revela em espírito para que creiam nEle, e assim sejam salvos.

Bem-aventurados portanto são:

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Os humildes de espírito que reconhecem que nada possuem em si mesmos para agradarem a Deus.

Os mansos que se submetem à vontade de Deus e que se dispõem a cumprir os Seus mandamentos.

Os que choram por causa de seus pecados e todo o pecado que há no mundo, que é uma rebelião contra o Criador.

Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o testemunho de que todos necessitam da misericórdia de Deus para serem perdoados.

Os pacificadores, e não propriamente pacifistas que costumam anular a verdade em prol da paz mundial, mas os que anunciam pela palavra e suas próprias vidas que há paz de reconciliação com Deus somente por meio da fé em Jesus.

Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do reino de Deus que não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

Os que são perseguidos por causa do evangelho, porque sendo odiados sem causa, perseveram em dar testemunho do Nome e da Palavra de Jesus Cristo.

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Vemos assim que ser salvo pela graça não significa: de qualquer modo, de maneira descuidada, sem qualquer valor ou preço envolvido na salvação. Jesus pagou um preço altíssimo e de valor inestimável para que pudéssemos ser redimidos. Os termos da aliança por meio da qual somos salvos são todos bem ordenados e planejados para que a salvação seja segura e efetiva. Há poderes sobrenaturais, celestiais, espirituais envolvidos em todo o processo da salvação.

É de uma preciosidade tão grande este plano e aliança que eles devem ser eficazes mesmo quando não há naqueles que são salvos um conhecimento adequado de todas estas verdades, pois está determinado que aquele que crê no seu coração e confessar com os lábios que Jesus é o Senhor e Salvador, é tudo quanto que é necessário para um pecador ser transformado em santo e recebido como filho adotivo por Deus.

O crescimento na graça e no conhecimento de Jesus são necessários para o nossos aperfeiçoamento espiritual em progresso da nossa santificação, mas não para a nossa justificação e regeneração (novo nascimento) que são instantâneos e recebidos simultaneamente no dia mesmo em que nos

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convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como nos encontrávamos na ocasião, totalmente perdidos e mortos em transgressões e pecados.

E fomos recebidos porque a palavra da promessa da aliança é que todo aquele que crê será salvo, e nada mais é acrescentado a ela como condição para a salvação.

É assim porque foi este o ajuste que foi feito entre o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre si para que fôssemos salvos por graça e mediante a fé.

Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o Pai escolheu para ser o autor e o consumador da nossa salvação. Ele foi eleito para a aliança da graça, e nós somos eleitos para recebermos os benefícios desta aliança por meio da fé nAquele a quem foram feitas as promessas de ter um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.

Então quando somos chamados de eleitos na Bíblia, isto não significa que Deus fez uma aliança exclusiva e diretamente com cada um daqueles que creem, uma vez que uma aliança com Deus para a vida eterna demanda uma perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem qualquer falha, e de nós mesmos, jamais seríamos competentes para atender a tal

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exigência, de modo que a aliança poderia ter sido feita somente com Jesus.

Somos aceitos pelo Pai porque estamos em Jesus, e assim é por causa do Filho Unigênito que somos também recebidos. Jamais poderíamos fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nosso Sumo Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado claramente na Lei, em que nenhum ofertante ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem apresentados pelo sacerdote escolhido por Deus para tal propósito. Nenhum outro Sumo Sacerdote foi designado pelo Pai para que pudéssemos receber uma redenção e aproximação eternas, senão somente nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu para este ofício.

Referências

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