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Aluno (a): Série: 2º ano Turma: 2001 Data: / / Exercícios de revisão para a Avaliação Final ENSINO MÉDIO

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Texto

(1)

Aluno (a): _____________________________________________________________________

Disciplina: Português Professor (a): Daniele Sally

Série: 2º ano Turma: 2001 Data: ____/____/_____

Exercícios de revisão para a Avaliação Final

ENSINO MÉDIO

Roteiro de estudos para Avaliação Final - Interpretação de textos de gêneros variados.

- Pronomes relativos: uso dos relativos. Coesão e coerência: articulação textual.

- Verbos: paradigmas das conjugações (tempos simples e compostos), significado e uso dos tempos verbais, paradigmas especiais, estruturas perifrásticas, uso de perífrases verbais.

- Frase, oração, período. Período simples X período composto.

- Sintaxe do período simples 1: sujeito e predicado.

- Sintaxe do período simples 2: termos integrantes da oração.

- Sintaxe do período simples 3: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo.

- Forma das orações (desenvolvidas X reduzidas)

- Período composto por subordinação 1: orações substantivas.

- Período composto por subordinação 2; orações adjetivas. Funções sintáticas dos pronomes relativos.

Texto 1

Quando a economia política clássica nasceu, no Reino Unido e na França, ao final do século XVIII e início do século XIX, a questão da distribuição da renda já se encontrava no centro de todas as análises. Estava claro que transformações radicais entraram em curso, propelidas pelo crescimento demográfico sustentado - inédito até então - e pelo início do êxodo rural e da Revolução Industrial. Quais seriam as consequências sociais dessas mudanças? Para Thomas Malthus, que publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princípio da população, não restava dúvida: a superpopulação era uma ameaça. Preocupava-se especialmente com a situação dos franceses às vésperas da Revolução de 1789, quando havia miséria generalizada no campo. Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, já contava com mais de 20 milhões de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas.

A população francesa se expandiu em ritmo crescente ao longo do século XVIII, aproximando-se dos 30 milhões. Tudo leva a crer que esse dinamismo demográfico, desconhecido nos séculos anteriores, contribuiu para a estagnação dos salários no campo e para o aumento dos rendimentos associados à propriedade da terra, sendo portanto um dos fatores que levaram à Revolução Francesa. Para evitar que torvelinho similar vitimasse o Reino Unido, Malthus argumentou que toda assistência aos pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada. Já David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princípios de economia política e tributação, preocupava-se com a evolução do preço da terra. Se o crescimento da população e, consequentemente, da produção agrícola se prolongasse, a terra tenderia a se tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preço do bem escasso - a terra - deveria subir de modo contínuo. No limite, os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o restante da população, uma parte cada vez mais reduzida, destruindo o equilíbrio social. De fato, o valor da terra permaneceu alto por algum tempo, mas, ao longo de século XIX, caiu em relação a outras formas de riqueza, à medida que diminuía o peso da agricultura na renda das nações. Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo não poderia antever a importância que o progresso tecnológico e o crescimento industrial teriam ao longo das décadas seguintes para a evolução da distribuição da renda.

Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Século XXI. Trad.de M. B. de Bolle. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014. p.11-13.

1 - Assinale a alternativa que está de acordo como texto 1.

(A) A economia política clássica nasceu com a preocupação de conter as transformações radicais que entraram em curso ao final do século XVIII e início do século XIX.

(B) Malthus descobriu que o dinamismo demográfico que caracterizou a França no século XVIII levava à estagnação dos salários no campo.

(C) A superpopulação, para Malthus, era uma ameaça porque ele via uma relação entre a situação da França, às vésperas da Revolução, e o fato de a França já ser, na época, um país populoso.

(D) Ricardo não via relação entre o crescimento da renda dos proprietários de terras e a queda da renda para o resto da população.

(2)

(E) A diferença básica entre as perspectivas de Malthus e de Ricardo é que o primeiro tinha preocupação com a injustiça social, e o segundo estava preocupado em assegurar os rendimentos dos proprietários de terra.

2 - Considere as afirmações abaixo.

I - As transformações radicais que entraram em curso ao final do século XVIII e início do século XIX foram propelidas pelo crescimento demográfico sustentado, pelo início do êxodo rural e da Revolução Industrial.

II - Toda assistência aos pobres deveria ser suspensa e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada, a fim de evitar que torvelinho similar ao da Revolução Francesa vitimasse o Reino Unido.

III - O progresso tecnológico e o crescimento industrial tiveram importância para a evolução da distribuição da renda ao longo das décadas que se seguiram a 1810.

Quais dessas afirmações devem ser atribuídas ao autor do texto 1, T. Piketty?

(A) Apenas I.

(B) Apenas 11.

(C) Apenas III.

(D) Apenas I e lII.

(E) I, II e IlI.

3 - Geralmente, substantivos denotam seres ou coisas. Às vezes, no entanto, podem denotar ação ou processo.

Assinale a alternativa que contém um substantivo que, no texto, denota processo.

a) economia (l. 01) b) estagnação (l. 11) c) similar (l. 13) d) tornar (l. 16) e) restante (l. 18)

4 - Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.

a) transformações radicais entraram em curso – transformações radicais foram entradas em curso.

b) Para evitar que torvelinho similar vitimasse o Reino Unido – Para evitar que o Reino Unido fosse vitimado por torvelinho similar.

c) toda assistência aos pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada – os pobres deveriam suspender de imediato toda assistência e deveriam controlar severamente a taxa de natalidade.

d) os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional – a renda nacional seria recebida por uma parte cada vez mais significativa dos donos da terra.

e) o valor da terra permaneceu alto por algum tempo – o valor da terra foi permanecido alto por algum tempo.

5 - Considere o trecho abaixo, extraído do texto 1, e as três propostas de reescrita para ele.

Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, já contava com mais de 20 milhões de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas.

I - Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas; a França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

II - Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa. Por volta de 1700, o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas; a França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

III- Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. A França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

Quais estão corretas e preservam o sentido do trecho original?

(A) Apenas I.

(B) Apenas III.

(3)

(C) Apenas I e II.

(D) Apenas I e III.

(E) I, II e III.

6 - Assinale a alternativa que contém substituições adequadas para as expressões de longe (I. 07), dinamismo (l. 10), a evolução (I. 15), considerando o sentido dessas expressões no texto.

(A) com folga - crescimento - o aumento (B) à distância - crescimento - o progresso (C) com folga - deslocamento - o aumento (O) à distância - deslocamento - o aumento (E) à distância - deslocamento - o progresso

7 - Examine a transcrição do depoimento de Eduardo Koge, líder indígena de Tadarimana, MT.

Nós vivemos aqui que nem gado. Tem a cerca e nós não podemos sair dessa cerca. Tem que viver só do que tem dentro da cerca. É, nós vivemos que nem boi no curral.

ISAAC, Paulo A. M. Drama da educação escolar indígena Bóe-Bororo.

a) Nos trechos “Tem a cerca...” e “Tem que viver...”, o verbo “ter” assume sentidos diferentes? Justifique.

b) Reescreva, em um único período, os trechos “Nós vivemos aqui que nem gado” e “nós não podemos sair dessa cerca”. Comece o período com: "O líder indígena disse que ...".

Texto 2

Aos sete anos de idade imaginei que ia presenciar a morte do mundo, ou antes, que morreria com ele. Um cometa mal-humorado visitava o espaço. Em certo dia de 1910, sua cauda tocaria a Terra; não haveria mais aulas de aritmética, nem missa de domingo, nem obediência aos mais velhos. Essas perspectivas eram boas. Mas também não haveria mais geleia, Tico-Tico, a árvore de moedas que um padrinho surrealista preparava para o afilhado que ia visitá- lo. Ideias que aborreciam. Havia ainda a angústia da morte, o tranco final, com a cidade inteira (e a cidade, para o menino, era o mundo) se despedaçando – mas isso, afinal, seria um espetáculo. Preparei-me para morrer, com terror e curiosidade.

O que aconteceu à noite foi maravilhoso. O cometa de Halley apareceu mais nítido, mais denso de luz e airosamente deslizou sobre nossas cabeças sem dar confiança de exterminar-nos. No ar frio, o véu dourado baixou ao vale, tornando irreal o contorno dos sobrados, da igreja, das montanhas. Saíamos para a rua banhados de ouro, magníficos e esquecidos da morte, que não houve. Nunca mais houve cometa igual, assim terrível, desdenhoso e belo.

O rabo dele media... Como posso referir em escala métrica as proporções de uma escultura de luz, esguia e estelar, que fosforeja sobre a infância inteira? No dia seguinte, todos se cumprimentavam satisfeitos, a passagem do cometa fizera a vida mais bonita. Havíamos armazenado uma lembrança para gerações vindouras que não teriam a felicidade de conhecer o Halley, pois ele se dá ao luxo de aparecer só uma vez a cada 76 anos.

Nem todas as concepções de fim material do mundo terão a magnificência desta que liga a desintegração da Terra ao choque com a cabeleira luminosa de um astro. Concepção antiquada, concordo. Admitia a liquidação do nosso planeta como uma tragédia cósmica que o homem não tinha poder de evitar. Hoje, o excitante é imaginar a possibilidade dessa destruição por obra e graça do homem. A Terra e os cometas devem ter medo de nós.

ANDRADE, Carlos Drummond de.

8 - Em relação ao marco temporal presente em cada um dos trechos a seguir, o verbo destacado indica anterioridade em:

a) "Aos sete anos de idade imaginei que ia presenciar a morte do mundo".

b) "Em certo dia de 1910, sua cauda tocaria a Terra".

c) "O que aconteceu à noite foi maravilhoso".

d) "No dia seguinte, todos se cumprimentavam satisfeitos, a passagem do cometa fizera a vida mais bonita".

(4)

e) "pois ele se dá ao luxo de aparecer só uma vez a cada 76 anos".

9 - No trecho terão a magnificência desta (3º parágrafo), empregou-se o pronome demonstrativo em lugar da palavra, do mesmo parágrafo,

a) concepção.

b) tragédia.

c) cabeleira luminosa.

d) desintegração.

e) Terra

10 - O vocabulário predominante no texto é característico da variedade culta da língua. Empregou-se, no entanto, uma expressão de caráter coloquial, como se verifica em

a) com terror e curiosidade.

b) mais denso de luz.

c) fosforeja.

d) se dá ao luxo.

e) tragédia cósmica.

Texto 3

Pessoas habitadas

Estava conversando com uma amiga, dia desses. Ela comentava sobre uma terceira pessoa, que eu não conhecia. Descreveu-a como sendo boa gente, esforçada, ótimo caráter. "Só tem um probleminha: não é habitada".

Rimos. Uma expressão coloquial na França – habité –, mas nunca tinha escutado por estas paragens e com este sentido. Lembrei-me de uma outra amiga que, de forma parecida, também costuma dizer "aquela ali tem gente em casa" quando se refere a pessoas que fazem diferença. Uma pessoa pode ser altamente confiável, gentil, carinhosa, simpática, mas, se não é habitada, rapidinho coloca os outros pra dormir. Uma pessoa habitada é uma pessoa possuída, não necessariamente pelo demo, ainda que satanás esteja longe de ser má referência. Clarice Lispector certa vez escreveu uma carta a Fernando Sabino dizendo que faltava demônio em Berna, onde morava na ocasião. A Suíça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo.

Retornando ao assunto: pessoas habitadas são aquelas possuídas por si mesmas, em diversas versões. Os habitados estão preenchidos de indagações, angústias, incertezas, mas não são menos felizes por causa disso. Não transformam suas "inadequações" em doença, mas em força e curiosidade. Não recuam diante de encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não adotam as opiniões dos outros para facilitar o diálogo. São pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora do script, sem nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloquos.

Ao contrário, encantam pela verdade pessoal que defendem. Além disso, mantêm com a solidão uma relação mais do que cordial. Então são as criaturas mais incríveis do universo? Não necessariamente. Entre os habitados há de tudo, gente fenomenal e também assassinos, pervertidos e demais malucos que não merecem abrandamento de pena pelo fato de serem, em certos aspectos, bastante interessantes. Interessam, mas assustam. Interessam, mas causam dano.

Eu não gostaria de repartir a mesa de um restaurante com Hannibal Lecter, "The Cannibal", ainda que eu não tenha dúvida de que o personagem imortalizado por Anthony Hopkins renderia um papo mais estimulante do que uma conversa com, sei lá, Britney Spears, que só tem gente em casa porque está grávida. Que tenhamos a sorte de esbarrar com seres habitados e ao mesmo tempo inofensivos, cujo único mal que possam fazer seja nos fascinar e nos manter acordados uma madrugada inteira. Ou a vida inteira, o que é melhor ainda.

MEDEIROS, Martha. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (org. e introdução). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

p. 324-325.

11 - Considere o excerto "Estava conversando com uma amiga, dia desses", e o que se diz sobre ele.

(5)

I. Tem-se uma locução verbal de gerúndio – "estava conversando" –, em que "estava" é o verbo auxiliar e

"conversando" é o verbo principal.

II. O verbo auxiliar, no presente exemplo, empresta um matiz semântico novo ao verbo principal.

III. Do ponto de vista aspectual, "estava conversando" não é o mesmo que "conversava". Em "estava conversando", a ideia de ação verbal em curso é mais forte do que em "conversava". Essa constatação é importante principalmente na leitura de um texto literário, que pode ter em cada elemento uma carga expressiva a mais.

Está correto o que se diz em a) I e II apenas.

b) II e III apenas.

c) I e III apenas.

d) I, II e III.

12 - Atente para o primeiro parágrafo do texto 6 o qual pode ser considerado o primeiro andamento (ou a primeira parte do texto). Nele ouve-se mais de uma voz:

A) a voz de uma amiga da enunciadora do texto; a voz geral do povo francês e a voz de uma terceira pessoa não identificada no texto.

B) a voz de uma amiga da enunciadora do texto – amiga 1; a voz de outra amiga também dela – amiga 2; e a voz de uma terceira pessoa não identificada.

C) a voz da enunciadora do texto; a voz de uma amiga dela – amiga 1; a voz de outra amiga também dela – amiga 2.

D) a voz da enunciadora do texto, a voz de uma amiga dela e a voz de uma terceira pessoa dela desconhecida.

13 - Dentre as expressões apresentadas a seguir, assinale a que NÃO tem correspondência, no texto 3, com “pessoas habitadas”.

A) “falta uma ebulição que a salve do marasmo”.

B) “aquela ali tem gente em casa”.

C) “são aquelas possuídas por si mesmas”.

D) “pessoas que fazem diferença”.

14 - Considerando o tom do texto 6, pode-se afirmar corretamente que o diminutivo probleminha, em “Só tem um probleminha: não é habitada”. Rimos”,

I. tem valor puramente dimensional.

II. é fortemente irônico.

III. reforça a pouca importância do problema.

Estão corretas apenas as complementações contidas em A) I e II. B) II e III. C) I e III. D) II.

15 - Pessoas habitadas não têm “nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloquos”. Deve-se considerar que, com essa expressão, a enunciadora admite que as pessoas habitadas

A) abrem concessões só para facilitar a vida.

B) fogem de embates para não alterar a própria tranquilidade.

C) são “maria vai com as outras”.

D) têm sempre argumentos convincentes e surpreendentes.

16 - Atente para o conceito de “pessoas possuídas” que é veiculado no texto. Considerando esse conceito, assinale a afirmação FALSA.

A) Assassinos como Hannibal Lecter são sempre pessoas possuídas.

B) Assassinos em série como “O Canibal” são mais interessantes do que pessoas como Britney Spears.

(6)

C) Nem todos os “habitados” são seres confiáveis e inofensivos.

D) Os seres “habitados” possuem uma gama de personalidades, que vai do extraordinário ou excepcional ao assassino e pervertido.

17 - Observe a postura da enunciadora do texto ao falar sobre o assunto em foco e assinale a opção INCORRETA.

A) A afirmação “só tem gente em casa porque está grávida” não expressa nenhum sentimento da enunciadora pela cantora Britney Spears.

B) “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate”. Nesse enunciado, a expressão linguística “de fato” mostra que a enunciadora assume total responsabilidade sobre a opinião que expressa.

C) A enunciadora assume total responsabilidade sobre sua opinião ao utilizar a expressão “ainda que eu não tenha dúvida” no enunciado: “Eu não gostaria de repartir a mesa de um restaurante com Hannibal Lecter, “The Cannibal”, ainda que eu não tenha dúvida de que o personagem imortalizado por Anthony Hopkins renderia um papo mais estimulante do que uma conversa com, sei lá, Britney Spears, que só tem gente em casa porque está grávida”.

D) Com a expressão “sei lá” fica evidente a pouca ou nenhuma consideração da enunciadora por Britney Spears.

18 - Considerando as expressões “por causa disso” e “Além disso”, é correto afirmar que A) apenas uma das duas aponta para algo que já foi dito no texto.

B) as duas sintetizam no pronome (d)isso informações que são mencionadas anteriormente no texto.

C) uma das duas ocorrências constitui uma desobediência à orientação da gramática normativa para o uso dos pronomes demonstrativos.

D) ambas fazem referência a um elemento pontual no texto.

19 - Sobre o seguinte enunciado interrogativo: “Então são as criaturas mais incríveis do universo?”, é INCORRETO dizer que

A) constitui o que se conhece como pergunta retórica.

B) é uma tentativa de interação com o leitor por parte do enunciador.

C) nesse tipo de interrogação, o enunciador espera uma resposta do leitor ou coenunciador.

D) torna o texto mais vivo, uma vez que há uma tentativa de diálogo.

Texto 4

Português no topo das línguas mais importantes

A língua portuguesa é a segunda língua mais importante no mundo dos negócios, pelo menos para quem tem o inglês como língua materna. Quem o diz é Ofer Shoshan, um colaborador da revista norte-americana Entrepeneur, num artigo divulgado esta semana.

Espanhol, português e chinês são, na opinião do autor do artigo, as línguas que “todos os diretores executivos de empresas globais devem aprender”. A lista refere um total de 6 línguas, incluindo o russo, o árabe e o alemão.

“A língua portuguesa já é a quarta língua mais traduzida, na nossa empresa, o que reflete o seu crescimento nos últimos anos”, diz Ofer, que é o diretor executivo da empresa de traduções One Hour Translations.

O autor admite, contudo, que este aumento da ‘procura’ da língua portuguesa está ligado ao Brasil e não a Portugal, já que “a economia brasileira está a deixar de ser emergente para passar a ser uma das mais ricas do mundo, com uma população gigantesca, vastos recursos naturais e uma forte comunidade tecnológica”.

Ofer Shoshan recorda que o próprio Bill Gates assumiu, recentemente, um dos seus maiores arrependimentos:

não falar uma segunda língua para além do inglês.

Por outro lado, o autor refere o momento em que o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, “mostrou um impressionante domínio da língua chinesa, durante uma visita, em outubro passado, a uma universidade de Pequim”.

“Ao aprender chinês, Zuckerberg demonstrou que dominar a língua local é fundamental para aprofundar relações de negócio e conquistar a alma e o coração dos mercados”, diz Ofer Shoshan.

(7)

(Disponível em: https://iilp.wordpress.com/2015/05/06/portugues-no-topo-das-linguas-mais-importantes. Acesso em:23/05/2015. Adaptado.)

20 - Considerando algumas formas verbais empregadas no texto 4, assinale a alternativa CORRETA.

a) O tempo e o modo da forma verbal empregada no trecho: “A língua portuguesa é a segunda língua mais importante no mundo dos negócios” expressam a incerteza do autor em relação à afirmação que ele faz.

b) Na variante brasileira do português, o fato de os verbos “ter” e “haver” serem, às vezes, empregados como equivalentes, pode ser exemplificado no trecho “para quem tem o inglês como língua materna”.

c) No trecho: “Ofer Shoshan recorda que o próprio Bill Gates assumiu, recentemente, um dos seus maiores arrependimentos”, a variação presente/passado das formas verbais destacadas resulta em incorreção no texto.

d) Com a forma verbal selecionada no trecho: “Mark Zuckerberg mostrou um impressionante domínio da língua chinesa”, o autor pretendeu indicar uma ação iniciada no passado e ainda não concluída.

e) No trecho: “‘Ao aprender chinês, Zuckerberg demonstrou que [...]’, diz Ofer Shoshan”, a forma verbal destacada, embora esteja no presente, indica uma ação do passado.

Texto 5

A épica narrativa de nosso caminho até aqui

Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais sobre o nosso país. Ao nos depararmos com uma realidade diferente daquela em que estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve haver uma razão, um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentes só podem resultar de passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para conhecer melhor a nossa história.

Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da busca de planetas extrassolares – aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem “seus habitantes”. Os resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas estrelas que completam uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter, o grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a princípio.

A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários) provocou os astrônomos a formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual configuração. Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc.

Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 anos. Embora não sejam consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade astronômica e oferecem uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra e, em última instância, da vida por aqui. [...]

Paulo Nogueira, editorial de Scientific American – Brasil – no 168, junho 2016.

21 - O autor inicia o texto 5 falando de nosso estranhamento quando conhecemos outros países, com seus usos e costumes. Ao fazer isso, sua intenção é:

a) contrapor as características inusitadas de nosso sistema solar com os costumes diferentes de outros países.

b) chamar a atenção para o fato de que as coisas funcionam em cada lugar de um jeito.

c) alertar para que os turistas percebam que os usos e costumes de nosso país são muito diferentes dos de outros países.

d) fazer uma analogia com o comportamento científico que devemos ter para compreendermos o surgimento da Terra.

e) mostrar que o sistema solar tem planetas diferentes: alguns de formação rochosa e outros de formação gasosa.

22 - Na 3ª linha do terceiro parágrafo, “Isso” se refere:

a) ao florescimento da busca de planetas extrassolares.

(8)

b) a gigantes feitos de gás, alguns chegando a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter.

c) à formulação de novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua configuração atual.

d) à constatação de que somos quase um ponto fora da curva.

e) ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários.

23 - Ser “quase um ponto fora da curva” significa:

a) ser rochoso.

b) ser gasoso.

c) levar poucos dias para completar a órbita.

d) orbitar em torno de uma estrela diferente do Sol.

e) estar em um estágio pouco avançado de conhecimento de sistemas planetários.

24 - Considere a estrutura “daquela em que estamos imersos” (1º parágrafo) e compare-a com as seguintes:

1. o espaço ___ que moramos ...

2. a organização ____ que confiamos ...

3. a cidade ___ que almejamos ...

4. os problemas ____ que constatamos nos relatórios...

Tendo em vista as normas da língua culta, a preposição “em” deveria preencher a lacuna em:

a)1 apenas.

b) 1 e 2 apenas.

c) 2 e 3 apenas.

d) 1, 3 e 4 apenas.

e) 2, 3 e 4 apenas.

Texto 6

TENHO PENA DOS ASTRÔNOMOS

Eles podem ver os objetos de sua afeição – estrelas, galáxias, quasares – apenas remotamente: na forma de imagens e telas de computador ou como ondas luminosas projetadas de espectrógrafos antipáticos. Mas, muitos de nós, que estudam planetas e asteroides, podem acariciar blocos de nossos amados corpos celestes e induzi-los a revelar seus mais íntimos segredos. Quando eu era aluno de graduação em astronomia, passei muitas noites geladas observando por telescópios aglomerados de estrelas e nebulosas e posso garantir que tocar um fragmento de asteroide é mais gratificante emocionalmente: eles oferecem uma conexão tangível com o que, de outra forma, pareceria distante e abstrato.

Os fragmentos de asteroides que mais me fascinam são os condritos. Esses meteoritos, que compõem mais de 80% dos que se precipitam do espaço, derivam seu nome dos côndrulos que praticamente todos contêm - minúsculas esferas de material fundido, muitas vezes menores do que um grão de arroz. (...) Quando examinamos finas fatias de condritos sob um microscópio, ficamos sensibilizados da mesma maneira como quando contemplamos pinturas de Wassily Kandinsky e outros artistas abstratos.

(Alan E. Rubin*, Segredos dos meteoritos primitivos. Scientific American Brasil. março 2013, p. 49.)

25 - Esse trecho, que introduz um artigo científico sobre meteoritos primitivos, apresenta um estilo pouco usual nessa espécie de texto. Indique duas expressões nominais ou verbais do texto que identificam esse estilo.

26 - Nesse trecho, ocorre uma alternância entre o uso da primeira pessoa do singular e o da primeira pessoa do plural.

Dê uma justificativa para o uso dessa alternância na passagem.

27 - Assinale a alternativa que apresenta a junção correta das três orações abaixo, em um único período, empregando pronome relativo e conjunção.

(9)

Trata-se de um homem. Esse homem tinha consciência de sua importância. Enfrentava muitos obstáculos.

(A) Trata-se de um homem que tinha consciência de sua importância porque enfrentava muitos obstáculos.

(B) Trata-se de um homem cujo tinha consciência de sua importância, pois enfrentava muitos obstáculos.

(C) Trata-se de um homem de que tinha consciência de sua importância, mas enfrentava muitos obstáculos.

(D) Trata-se de um homem que tinha consciência de sua importância, mas enfrentava muitos obstáculos.

(E) Trata-se de um homem onde tinha consciência de sua importância, mas enfrentava muitos obstáculos.

28 – Não importa se você acredita (I) que sucesso é resultado de sorte ou competência (II), por que te oferecemos os dois (III): o melhor servidor com uma imperdível condição de pagamento. (Texto de anúncio publicitário)

Assinale a alternativa contendo análise correta de fatos de língua pertinentes a esse texto.

a) A oração (I) exerce a mesma função sintática que a oração (II) – ambas são complemento de verbos.

b) É coerente, no contexto, associar a ideia de sorte a – imperdível condição de pagamento – e a ideia de competência a – o melhor servidor.

c) A redação do texto obedece aos princípios da norma culta, apresentando clareza e correção gramatical.

d) O receptor do anúncio é tratado de maneira uniforme no texto, em 3ª pessoa.

e) A oração III tem equivalente sintático e de sentido em – portanto te oferecemos os dois.

29 - Guilherme possui a revista. Nesta revista, foram publicados os artigos. Necessito dos artigos da revista. Falei ontem, por telefone, com o pai de Guilherme.

Aponte a alternativa que apresenta a transformação correta dessa sequência de frases em um período composto por subordinação.

a) Guilherme possui a revista onde foram publicados os artigos que necessito e falei ontem, por telefone, com o pai dele.

b) Guilherme possui a revista, na qual foram publicados os artigos que necessito, e falei ontem, por telefone, com o pai dele.

c) Guilherme possui a revista em que foram publicados os artigos os quais necessito e falei ontem, por telefone, com o pai dele.

d) Guilherme possui a revista onde foram publicados os artigos os quais necessito, por isso falei ontem, por telefone, com seu pai.

e) Guilherme, com cujo pai falei ontem, por telefone, possui a revista em que foram publicados os artigos de que necessito.

30 - "Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes um que outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dous recentes mortos, se tens lágrimas.

Se só tens riso, ri-te! É a mesma cousa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens." Machado de Assis

"... é provável que me perguntes...". Indique o sujeito do verbo ser:

a) ele b) provável c) que d) que me perguntes e) indeterminado.

31 - Assinale o período composto por oração subordinada substantiva objetiva direta:

a) “Mesmo quem passa por experiências de impacto decisivo, como ganhar na loteria ou perder uma perna, costuma voltar a seu estado natural de satisfação.”

b) “Por isso, tanta gente parece feliz à toa, enquanto tantos outros não perdem uma oportunidade de reclamar da existência.”

c) “O texto, conduzido com uma dose incomum de bom humor, inteligência e perspicácia, contradiz várias noções normalmente tidas como verdade pela maior parte das pessoas.”

(10)

d) “Ser feliz é provavelmente o maior desejo de todo ser humano.”

e) “Nada disso quer dizer que os cientistas tenham descoberto a fórmula mágica...”

32 - Assinalar a alternativa que indica a função sintática exercida pelas orações entre aspas, nos seguintes períodos:

I. Insistiu "em que permanecesse no clube".

II. Não há dúvida "de que disse a verdade".

III. É preciso "que aprendas a ser independente".

IV. A verdade é "que não saberia viver sem ela".

a) sujeito -objeto direto - complemento nominal - predicativo do sujeito.

b) predicativo do sujeito - complemento nominal - objeto direto - sujeito.

c) sujeito - predicativo do sujeito - objeto indireto -complemento nominal.

d) objeto indireto - complemento nominal - sujeito - predicativo do sujeito.

e) complemento nominal - sujeito - predicativo do sujeito - objeto indireto.

33 - Observe os seguintes trechos:

I) “... encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.”

II) “Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes...”

III) “Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha...”

IV) “...não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou.”

V) “Meu caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade...”

Assinale a alternativa correta que completa a sentença abaixo.

O elemento, em destaque, introduz orações com o mesmo valor sintático em a) III, IV e V

b) II, IV e V c) I, III e IV d) I, II e V

Texto 7

– Hoje é dia de Natal, menino. Eles vão jantar fora, eu também tenho a minha festa, você vai jantar sozinho.

Alonso inclinou-se. E espiou apreensivo debaixo do fogão. Dois olhinhos brilharam no escuro. [O cachorro]

Biruta ainda estava lá e Alonso suspirou. Era tão bom quando Biruta resolvia se sentar! Melhor ainda quando dormia.

Tinha então a certeza de que não estava acontecendo nada, era a trégua. Voltou-se para Leduína.

– O que seu filho vai ganhar?

– Um cavalinho – disse a mulher. A voz suavizou. – Quando ele acordar amanhã vai encontrar o cavalinho dentro do sapato dele. Vivia me atormentando que queria um cavalinho, que queria um cavalinho...

Alonso pegou uma batata cozida, morna ainda. Fechou-a nas mãos arroxeadas.

– Lá no orfanato, no Natal, apareciam umas moças com uns saquinhos de balas e roupas. Tinha uma moça que já me conhecia, me dava sempre dois pacotinhos em lugar de um. Era a madrinha. Um dia ela me deu sapatos, um casaquinho de malha e uma camisa...

– Por que ela não adotou você?

– Ela disse uma vez que ia me levar, ela disse. Depois não sei por que ela não apareceu mais, sumiu...

Deixou cair na caçarola a batata já fria. E ficou em silêncio, as mãos abertas em torno da vasilha. Apertou os olhos. Deles irradiou-se para todo o rosto uma expressão dura. Dois anos seguidos esperou por ela, pois não prometera levá-lo? Não prometera? Nem sabia o seu nome, não sabia nada a seu respeito, era apenas a Madrinha. Inutilmente a procurava entre as moças que apareciam no fim do ano com os pacotes de presentes. Inutilmente cantava mais alto do que todos no fim da festa na capela. Ah, se ela pudesse ouvi-lo!

TELLES, Lygia Fagundes. Um coração ardente.

34 - Analisando o texto, explique

(11)

a) que efeito de sentido produz a diferença de forma no emprego das palavras destacadas nas frases:

"– Tinha uma moça que já me conhecia, me dava sempre dois pacotinhos em lugar de um. Era a madrinha. "(6.º parágrafo)

"– Nem sabia o seu nome, não sabia nada a seu respeito, era apenas a Madrinha. "(9.º parágrafo) b) qual a função sintática das expressões destacadas nas frases:

"– Hoje é dia de Natal, menino. "(1.º parágrafo)

"– Lá no orfanato, no Natal, apareciam umas moças com uns saquinhos de balas e roupas. "(6.º parágrafo)

TEXTO 8

A revolução do cérebro

O seu cérebro é capaz de quase qualquer coisa. Ele consegue parar o tempo, ficar vários dias numa boa sem dormir, ler pensamentos, mover objetos a distância e se reconstruir de acordo com a necessidade. Parecem superpoderes de histórias em quadrinhos, mas são apenas algumas das descobertas que os neurocientistas fizeram ao longo da última década. Algumas dessas façanhas sempre fizeram parte do seu cérebro e só agora conseguimos perceber. Outras são fruto da ciência: ao decifrar alguns mecanismos da nossa mente, os pesquisadores estão encontrando maneiras de realizar coisas que antes pareciam impossíveis. O resultado é uma revolução como nenhuma outra, capaz de mudar não só a maneira como entendemos o cérebro, mas também a imagem que fazemos do mundo, da realidade e de quem somos nós. [...]

O seu corpo, ao que parece, é muito pequeno para conter uma máquina tão poderosa quanto o cérebro. Prova disso veio em julho, quando foram divulgadas as aventuras de Matthew Nagle, um americano que ficou paralítico em uma briga em 2001.

Três anos depois, cientistas da Universidade Brown, EUA, e de quatro outras instituições implantaram eletrodos na parte do cérebro dele responsável pelos movimentos dos braços e registraram os disparos de mais de 100 neurônios. Enviados a um computador, esses sinais permitiram que ele controlasse um cursor em uma tela, abrisse e-mails, jogasse videogames e comandasse um braço robótico. Somente com o pensamento, Nagle conseguiu mover objetos. [...] Foi [...] uma prova de que o nosso cérebro é capaz de comandar objetos fora do corpo – uma ideia que pode mudar nossa relação com o mundo.

Extraído da Revista Superinteressante, Editora Abril, agosto de 2006, pp.50-59.

35 - Retire, do Texto 1, uma expressão que tem um caráter excessivamente informal em relação ao restante do mesmo.

36 - Fazendo todas as modificações necessárias, reescreva o período abaixo sem empregar a conjunção integrante

“que”. “Enviados a um computador, esses sinais permitiram que ele controlasse um cursor em uma tela, abrisse e- mails, jogasse videogame e comandasse um braço robótico.”

37 – Observe os seguintes trechos do texto 1:

I – “(...) são apenas algumas das descobertas que os neurocientistas fizeram ao longo da última década.”

II – “(...) maneiras de realizar coisas que antes pareciam impossíveis.”

III – “(...) uma prova de que o nosso cérebro é capaz de comandar objetos fora do corpo (...)”

a) Identifique a classe gramatical de cada um dos conectivos destacados.

b) Qual é a função sintática exercida pelo conectivo destacado em I?

c) Qual é a função sintática exercida pelo conectivo destacado em II?

d) A oração iniciada pelo conectivo destacado em III exerce que função sintática?

Texto 9

(12)

38 - "Só o homem nas grandes cidades, o tigre nas florestas, o mocho nas ruínas, as estrelas no céu e o gênio na solidão do gabinete costumam velar nessas horas que a natureza consagra ao repouso." (l. 29-32)

a) Classifique sintaticamente a segunda oração do período acima.

b) Em seguida, substitua essa oração por outra de sentido correspondente, sem conectivo, preservando sua estrutura inicial.

39 – Sobre a palavra “cujos” (l.39), usada no último parágrafo, responda:

a) Indique o termo a que se refere.

b) Classifique-a quanto à classe gramatical.

c) Identifique a função sintática que exerce.

40 – No trecho “Eu viajava por esses lugares, e acabava de chegar ao porto, ou recebedoria, que há entre as duas províncias.”

a) Qual é a classe da palavra destacada?

b) Que função sintática ela exerce?

Referências

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