AVALIANDO AS IDEIAS DE JOHN DEWEY INTRODUZIDAS NA
EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Eimard Gomes Antunes do Nascimento Mestrando em Educação Brasileira — UFC
E-mail: eimard@yahoo.com Antônia Bruna da Silva Graduanda em Pedagogia — UFC E-mail: bruninha@alu.ufc.br
Considerações Preliminares
As ideias pedagógicas do ilósofo e educador John Dewey tiveram uma importante inluência sobre a educação
brasileira. Nesse artigo, estabelecerá dois momentos distintos
que acentuam essa inluência. O primeiro deles é o Movimento dos Pioneiros da Escola Nova (1932). Nesse momento é signi-icativo o aspecto político das idéiasdeweyanas no Brasil, por meio da atuação do educador brasileiro Anísio Teixeira (1900-1971), tradutor das principais obras de Dewey para a língua
portuguesa, bem como a difusão das idéiasdeweyanas na edu
-cação brasileira. Anísio Teixeira foi aluno de John Dewey na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, daí sua estreita
relação com o pensamento do ilósofo norte-americano. Outro momento da inluência de Dewey na educação brasileira é a década de 1990. Nesse momento, John Dewey
não aparece de forma tão direta e explícita como na década
de 1930. O ilósofo é retomado a partir de conceitos
relexivo, acentuando seu pensamento político, expresso na
tentativa de formação de uma escolapública para o Brasil. Já
na segunda fase, o educador norte-americano
apareceatrela-do à formação de professores, em especial com o conceito de
Professor Relexivodifundido por autores como Antônio Nó-voa (1999; 1992), Donald Schön (1992; 2000) ePeter McLa-ren (1997), entre outros. São autores estrangeiros que trazem
Deweynovamente para o Brasil a partir da área de formação de professores. Portanto, nessa fasese sobressai o aspecto pedagógico em detrimento do político. É essa trajetória, no
âmbitoda história das idéias pedagógicas no Brasil que se pre
-tende realizar com a pesquisa.
Estudo do Locutor das Ideias
Segundo Cunha [1998], o Filósofo, Psicólogo e educa-dor norte-americano, John Dewey nasceu em Burlington, a
principal cidade do estado americano de Vermont, a 20 de
Outubro de 1859. Filho de um proprietário de armazém teve
sua infância marcada por uma escolarização desestimulante.
Grande parte de sua educação foi percebida por ele como ten
-do si-do realizada fora -dos limites estreitos da escola. Contri
-buiu para isso o fato de que sua família cultivava o hábito de
atribuir pequenas tarefas às crianças, com o intuito de desper
-tar-lhes responsabilidade.
Desencarnou em Nova York aos 92 anos (1/6/1952).
Mais tem suas idéias, contribuições e pensamentos ainda vi
-vos nos dias atuais.
Em vida, aos 15 anos terminou os estudos secundários
e, em seguida, ingressou na Universidade de Vermont, para
estudar artes. Lá realizou estudos na área de isiologia,
to-mando contato com as teses darwinistas. Nessa época, o jo
-vem Dewey despertou para a ilosoia. Em 1879, bacharelou--se em artes, exercendo em seguida o magistério em pequenas escolas da região. Sob orientação de H. Torrey, seu ex-profes-sor em Vermont, inclinou-se para a ilosoia. Em 1882, iniciou seus estudos na Universidade Johns Hopkins, de Baltimore,
considerada avançada para a época nos Estados Unidos. Nes
-se momento, na história dos Estados Unidos, -se vivia o im
da guerra civil, o desenvolvimento da indústria e do comér
-cio. Essas características inluenciaram muito o novo ensino e o pensamento de Dewey. Doutorou-se em ilosoia em 1884, pela Universidade Johns Hopkins, defendendo uma tese
so-bre a Psicologia de Kant.
Produziu inúmeros trabalhos acadêmicos. Destaca-se, entre as muitas obras, “Democracia e Educação”, de 1916,
texto de grande importância para o pensamento pedagógi
-co deweyano. Já para a noção de pensamento relexivo, é de
fundamental importância o livro “Como Pensamos”, publi
-cado por Dewey em 1933. Lecionou em várias universidades
americanas, sobretudo em Chicago e na Universidade de Co
-lumbia, em Nova Iorque, onde permaneceu por mais de 30
John Dewey, do ponto de vista epistemológico, tomou
como referência o pragmatismo como ilosoia de base para o
seu pensamento. Já na perspectiva política não é tarefa fácil
situá-lo, ele é crítico tanto do liberalismo quanto do
capita-lismo. Contudo, apesar de Dewey deixar clara sua opção pelo liberalismo, não se pode entender seu pensamento político à
moda dos clássicos do pensamento liberal. Vale a pena apro
-fundar a perspectiva política deweyana com a leitura e análi
-se da obra “John Dewey e a Utopia Democrática”, de Marcus Vinícius da Cunha, na qual o pesquisador toma em análise o pensamento político deweyano.
O pensamento de John Dewey está caracterizado pelo
signiicativo avanço das ciências no século XIX. Destacam-se a biologia e as teses evolucionistas de Charles Darwin (1809-1882), a sociologia de Augusto Comte (1798-1857), Max Weber (1864-1920), Émile Durkheim (1858-1917) e Karl Marx (1818-1883), enfatizando o aspecto social como problema cientíi-co e o surgimento da psicientíi-cologia cientíi-com Wilhelm Wundt (1832-1920), em particular da abordagem funcionalista de William James (1842-1910), surgida nas Universidades de Chicago e Columbia. A sociologia de Karl Marx não foi uma inluência
direta sobre Dewey, apesar disso, é possível uma aproximação entre os dois autores pela crítica ao capitalismo e a rejeição da sociedade dividida em classes. Dewey segue uma perspectiva de reforma do liberalismo e do próprio capitalismo, já Marx quer uma transformação radical da sociedade pela superação
do modo de produção capitalista. Uma pesquisa mais especí
-ica poderia tratar desse assunto.
Tem-se assim, três fundamentos signiicativos para o pensamento Dewey:
A ilosoia deweyana alcançará uma originalidade
pró-pria, a partir da conjugação desses elementos.
Segundo Cunha [1998], O crescimento e o desenvolvi-mento são os termos-chave de seu pensadesenvolvi-mento ilosóico, cujo
objetivo primordial é a solução das tensões e a melhoria das relações sociais.
Dewey defendeu uma humanização da sociedade capi
-talista, e sua obra pedagógica Democracia e Educação (1916)
foi determinante para a evolução no sistema educativo norte
--americano neste século. Como psicólogo, sustentou a ideia
de que todas as formas de relação conduziam basicamente a uma adaptação ao meio (funcionalismo).
O Estudo do Interlocutor das Ideias
Segundo Clarice Nunes, in Fávero e Britto [1999, p.51-5], Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité, sertão da Bahia, em 12 de julho de 1900, ilho de Anna Spínola Teixeira
e Deocleciano Pires Teixeira. Após sólida formação adquiri
-A Sociologia
da no Instituto São Luiz Gonzaga, em Caetité, e no Colégio
Antonio Vieira, em Salvador, ambos colégios católicos jesu
-ítas, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, em 1922, e obteve o título de
Master ofArts pelo TeachersCollege da Columbia University,
em 1929. Casouse, em 1932, com Emília Telles Ferreira, com quem teve quatro ilhos. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1971.
O pensamento do Educador Anísio Teixeira pode ser visto como um elo de uma corrente onde também se situam
as idéias de Dewey; como se o primeiro, por meio de uma es
-colha, fosse em busca de um ancoradouro, ou melhor, daquilo
com o qual se identiicasse, para, a partir desse ponto,
cons-truir as suas próprias idéias.
Estudos das Ideas de John Dewey
Segundo Teixeira [1980], as ideias básicas de John
Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno. Defendia
a democracia e a liberdade de pensamento como instrumen
-tos para a maturação emocional e intelectual das crianças. Enquanto suas idéias gozam de grande popularidade durante sua vida e postumamente, sua adequação à prática sempre foi problemática. Seus escritos são de difícil leitura — ele tem uma tendência para utilizar termos novos e frases complexas fazem com que seja extremamente mal entendido, forçando reinterpretações dos textos.
Segundo Wikipédia (vida e Obra : Dewey e a Educação Progressiva) [acessado em 26/6/2011 às 2:20], Apesar de per-manecer como um dos intelectuais norte-americanos mais
co-nhecidos, o público não conhece o seu pensamento. Por causa disto, muitos pensavam seguir uma linha Deweyana, quando na verdade estavam longe disto. O próprio Dewey tentou frear alguns entusiastas, sem muito sucesso.
Inluencia das Ideas de Dewey na Educação Brasileira
Segundo a revista HISTEDBR On-line [Campinas, n.35, p. 160-162, set.2009], as idéias do ilosóico John Dewey
fo-ram tópicos responsáveis pelo desencadeamento na educação
do movimento de renovação das idéias e das práticas pedagó
-gicas conhecido como Escola Nova. Encontrando seu apogeu
na primeira metade do século XX, a Escola Nova foi respon
-sável por uma signiicativa mudança na chamada educação
tradicional, que por sua vez era muito rigorosa, disciplinar e centrada no universo conceitual dos conhecimentos, que
eram concebidos fora de qualquer inalidade utilitária.
Esse tipo de educação, denominado por Dewey (1959), de “escola clássica”, demonstrava-se insuiciente frente às
inúmeras transformações históricas, sociais e econômicas
ocorridas entre a segunda metade do século XIX e a primei
-ra metade do século XX, principalmente nos Estados Unidos, país de origem de Dewey.
A escola é o meio organizado intencionalmente, com a
mem-bros. É, pois, na preparação desse meio especial de educação que se devem dispor as condições pelas quais a criança venha a crescer no saber.
Segundo Dewey [1976], para esse crescimento há três características:
Primeiro: “deve prover um ambiente simpliicado, para permitir o acesso da criança ao meio educativo. Longe vão os tempos em que a própria vida ainda era tão simples que as crianças nela podiam diretamente participar”. A escola deve simpliicar esse ambiente complexo para que a criança gradualmente venha co -nhecer os segredos e nele participar.
Segundo: “deve organizar um meio puriicado, isto é, de onde se eliminam certos aspectos reconhecidos ma -léicos do ambiente social”. A escola não visa perpetu-ar na sociedade com seus defeitos. Em uma sociedade progressiva, ela é o órgão especiico de uma constante melhoria pela qual desejamos transmitir a nossos alu -nos a possibilidade de um saber mais consistente do que o de seus antepassados.
Terceiro: “deve prover um ambiente de integração so-cial, de harmonização de tendências em conlito, de larga tolerância inteligente e hospitaleira”. A escola deve ser lugar de confraternização e de harmonização.
Segundo Teixeira [1980], a escola não deve ser oicina
isolada onde se prepara o individuo, mas o lugar onde, indivi
-duo e sociedade, constituam uma unidade. A oposição entre a sociedade e o individuo, se originam de concepções isoladas e estáticas da sociedade ou do individuo. “Não existe individuo
sem sociedade e nem sociedade sem individuo, ambos são fa
-tores de uma mesma situação — vida social — essa situação é resultado de elementos diversos”.
O processo educativo é inerente ao individuo (homem) de modo que suas tendências, impulsos e inclinações façam parte do processo. A atividade educativa deve ser entendida
como uma libertação de forças, tendências e impulsos exis
-tentes no individuo e por ele mesmo trabalhado e exercitado.
Portanto a educação do aluno não está sujeita a estímulos es
-pecíicos que despertem respostas certas e deinidas.
A educação tem por inalidade: “levar os educandos a
ter as mesmas idéias que prevalecem entre os adultos e as
-sim como membros do grupo social, dar as coisas e aos atos
o mesmo sentido que os outros”. Compreende-se no entanto
o cuidado que a escola deve ter ao educar seus alunos. Pois
segundo Dewey, ele relata que:
Em meio a todas as incertezas, admito haver consenso geral permanente quanto a pressuposto fundamental, ou seja, de que há conexão orgânica entre educação e experiência pessoal, estando, portanto, a nova ilosoia de educação comprometida com alguma espécie de i-losoia empírica e experimental.
Segundo Dewey,in Teixeira [1976], A educação tem por inalidade: “levar os educandos a ter as mesmas idéias que
prevalecem entre os adultos e assim como membros do grupo social, dar as coisase aos atos o mesmo sentido que os outros”.
Compreende-se no entanto o cuidado que a escola deve ter ao
Conclui-se que no processo educativo, o individuo e o
meio social são dois fatores harmônicos e ajustados. O meio
escolar, deve fornecer as condições pelas quais o individuo li
-berte e realize a sua própria personalidade.
A grande capacidade humana de aprender, isto é, o po
-der de reter de uma experiência alguma coisa é de natureza
indeinida. O homem não aprende por uma necessidade que
depois de satisfeita, faça desaparecer a capacidade ele sempre
quer alguma coisa a mais. Aprender é uma função permanen
-te, é a atividade pela qual o homem cresce, mesmo quando o
seu desenvolvimento biológico já se completou. Essa capaci
-dade de aprender permite uma educação indeinida, um deinido crescimento. Tal crescimento é muito visível na
in-fância, onde tem mais intensidade, mas nem por isso deixa de perdurar por todo o período da vida.
E é na infância onde existe o potencial para o aprendi
-zado, onde a criança tem curiosidade com tudo que está ao
seu redor, e precisa-se de estimulo para poder continuar esta
curiosidade, pois nesta fase um desinteresse ou estimulo, a criança perde totalmente a curiosidade e consequentemente a vontade de querer.
O processo educativo consiste na adequação e interação da criança com o programa da escola e das disciplians, pois a concepção das elações entre um e o outro, tende a tornar fácil, livre e completa.
Segundo Dewey, a primeira condição para o crescimen
-to é a imaturidade. Não podemos entender imaturidade como
simples ausência ou falta, mas como força de desenvolvimen
-to. Considerada em si, não em relação ao adulto, a imaturida
-de da criança indica po-der, força -de crescimento e -desenvol
-vimento, capacidade de construir o presente e um futuro cada vez melhor.
Isto é, a experiência presente da criança não se explica
por sim mesma, justamente porque não é inal, mas de
tran-sição; porque não é uma coisa completa, mas simplesmente indicativa de certas tendências vitais de crescimento. Na vida,
entretanto, os diferentes elementos icam em planos
diferen-tes de valores. Alguns atos da criança são sintomas de uma tendência que deparece ao longo de sua vida.
Conclusão
Toda a teoria de educação de Dewey insiste, como pon
-to principal, na restituição da aprendizagem ao caráter natu
-ral que ela tem na vida.
Viver é desenvolver-se, é crescer. O processo educativo, portanto, não tendo outro im alem de si mesmo, é o processo
de continua reorganização, reconstrução e transformação da
vida. O habito de aprender diretamente da própria vida é fa
-zer que as condições da vida sejam tais que todos aprendam no processo de viver, é o produto mais valioso que a escola pode alcançar.
O pensamento de John Dewey foi utilizado pelos edu
-cadoresbrasileiros, no período e nas fontes estudadas, para
de todos os discursos inspirados na ilosoiadeweyana é que
tais valores não são dados apriori, mas buscados na situação
de um mundo empermanente mudança. Sob a inluência de
Dewey, aperspectiva de fundar a educação sobre princípios
-normativos implicava que estes jamais fossem estabelecidos
-de maneira -deinitiva, ixa e categórica, dadoque a realida-de é
algo em permanente movimento.
Por intermédio de autores como os que foram aquiana
-lisados, representantes da inluência de John Deweyno Brasil,
o pensamento educacional renovador incorporoua idéia de
que a deinição das inalidades educacionaisdevia fazer-se em meio ao questionamentoda ordem social como estado deini-do e ixo da históriahumana. A promoção deini-do debate
incessan-te e nuncaconcluído, somenincessan-te possível em ambienincessan-te verda
-deiramentedemocrático, visto como ideal ou como profecia,
segundo palavras de Anísio Teixeira, garantia aliberdade im
-prescindível para a ediicação de um mundomelhor no futuro.
As práticas pedagógicas e as atividadesde pesquisa edu
-cacional, nesse contexto, nãopodiam ser guiadas por outros referenciais que não osda mobilidade permanente do homem e do mundo porele criado, sem que isto traduzisse submissão do indivíduoà ordem social e econômica.
Uma das principais lições deixadas por Dewey é a de que, não havendo separação entre vida e educação, esta deve
preparar para a vida, promovendo seu constante desenvolvi
-mento. Como ele dizia, “as crianças não estão, num dado mo
-mento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo”. Então, qual é a diferença entre preparar para a vida e para
passar de ano? Como educar alunos que têm realidades tão
diferentes entre si e que, provavelmente, terão também futu
-ros tão distintos?
“O que a nutrição e a reprodução são para a vida i -siológica, a educação é para vida social.”
(JohnDewey)
Referências
CUNHA, Marcus Vinícius. John Dewey: Uma Filosoia para
Educadores em Sala deAula. Petrópolis: Vozes, 1998.
DEWEY, John. Experiência e educação. Tradução de Anísio
Teixeira. 2ª ed São Paulo: Ed. Nacional , 1976. v.131.
______. Vida e Educação. In: Os Pensadores. São Paulo:
Abril Cultural, 1980. p. 106-179.
______. Vida e educação ;traducao e estudo preliminar por
Anisio S. Teixeira, São Paulo, SP : Melhoramentos, Rio de Janeiro, RJ : Fundação Nacional de Material Escolar, 1978.
GILES, Thomas Ransom. História da Educação. São Paulo: EPU, 1987.
SANTOS, Mário Ferreira dos. Dicionário de Filosoia e ciên
-cias culturais. São Paulo: Ed. Matese, 1966. 4ª ed.
SCHMITZ, Egidio Francisco. O pragmatismo de Dewey na
SHÖN, Donald. Formar Professores como Proissionais Re-lexivos. In: NÓVOA,Antônio (coord.). Os Professores e sua Formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
TEIXEIRA, Anísio Spinola. Pequena introdução à ilosoia da
educação: a escola progressiva ou a transformação da escola.
São Paulo: Ed. Nacional, 1967. 5ª ed.
______. Notas de aula de Anísio Teixeira no TeachersCol-lege. ArquivoAnísio Teixeira, série Temáticos, AT 27.01.06 t, documentos 3, 14, 15,16, 17, 19 e 22, CPDOC/FGV.
CONFIGURAÇÃO DO PRAGMATISMO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA:
IDEIAS DE ANÍSIO TEIXEIRA
Eimard Gomes Antunes do Nascimento Mestre em Educação Brasileira — UFC
E-mail: eimard@yahoo.com Antônia Bruna da Silva Graduanda em Pedagogia — UFC E-mail: bruninha@alu.ufc.br
Considerações Preliminares
As deinições do termo pragmatismo (prágmato+ismo) apresentadas pelo Dicionário Michaelis levam a concluir que
a sua essência é a prática:
1 Ênfase no pensamento ilosóico na aplicação das idéias e das conseqüências práticas de conceitos e conhecimentos; ilosoia utilitária. 2 Tratamento dos fenômenos históricos com referência especial às suas causas, condições antecedentes e resultados. 3 Consi-deração das coisas de um ponto de vista prático.
É impossível negar as contribuições desta ilosoia
para a Educação hodierna que, cada vez mais, tenta estreitar
o vínculo entre a teoria e a prática. Importa explorar o sur
-gimento desta corrente fundada por Charles SandersPeir