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O TRATAMENTO JURÍDICO DA PSICOPATIA NO DIREITO PENAL BRASILEIRO

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Academic year: 2021

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O TRATAMENTO JURÍDICO DA PSICOPATIA NO DIREITO PENAL BRASILEIRO

JASON PEREIRA DA SILVA FILHO

1

NATHALIA VANESSA DE LUNA LAURENTINO

2

RAYANA MARIA BORBA CORREIA E SÁ

3

VIVIANE FERREIRA DO AMARAL

4

RESUMO: O trabalho busca levantar qual o enquadramento do sujeito com transtorno de personalidade psicopática no Código Penal Brasileiro. Tendo como fonte artigos científicos de periódicos disponibilizados em plataformas de acesso online, monografia utilizada para conclusão do curso de Direito e legislações vigentes no país. Sendo viável a realização do estudo, devido a não uniformidade das decisões quando se trata de julgamentos de crimes cometidos por agentes com transtornos de personalidade psicopática. Para o levantamento, a pesquisa passa pela análise dos institutos da imputabilidade, semi-imputabilidade, e

1 É graduando em Direito pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca Unifavip/Devry, desenvolveu formação complementar em ramos específicos do Direito, como Direito Penal e Direitos Humanos, e em outras ciências como a Filosofia e a Sociologia. Atuou como estagiário na LVF Empreendimentos, desenvolvendo atividades com foco na área do Direito Empresarial. Atuou também como estagiário voluntário no Procon/Unifavip, com atividades sobre Direito do Consumidor. Foi Mediador voluntário no projeto de extensão universitária denominado: Projeto Escola Legal; e atualmente desenvolve atividade de monitoria neste projeto. E-mail:

jason.filho@hotmail.com

2 Graduanda em Direito pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca Unifavip/Devry, desenvolve formação complementar em ramos específicos do Direito, como Direito Civil. Foi Mediadora voluntária no projeto de extensão universitária denominado: Projeto Escola Legal, nas instituições de ensino Escola Guararapes e Colégio Dom Vital na cidade de Caruaru-PE. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito. E-mail:

nathy.luna.05@hotmail.com

3 Graduanda em Psicologia no Centro Universitário do Vale do Ipojuca Unifavip/Devry. Atuou como estagiária na Clínica Suenara e Alexsandra Consultoria e Assessoria Psicológica, SACAP, Brasil, na área de Psicologia do Trânsito. Realizou formação complementar nas áreas de Psicologia: Social, Saúde Mental, Escolar, Hospitalar, Esporte, entre outros. Participou como monitora-voluntária no Projeto de Extensão: Projeto Escola Legal, como extensionista no LoucAção e participa da Extensão: Nos Trilhos da Reforma. Coordena o Núcleo de Estudos Psicológicos - Nepsi. E-mail: rayana-borba@hotmail.com

4 Realizou sua graduação em Psicologia (2007) e obteve o título de Mestre em Psicologia (2011) pela Universidade Federal de Pernambuco. Participou de cursos no Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP, congressos da Sociedade Psicanalítica do Recife e fez estágio curricular na área da Psicologia Clínica. Sua trajetória acadêmica começou com participações em projetos de iniciação científica no laboratório de Percepção Visual (LabVis-UFPE) orientada pela professora Maria Lúcia de Bustamante Simas e apresentações de trabalhos em congressos nacionais e internacional. Desenvolveu atividades de docência no ensino superior, lecionando disciplinas como psicopatologia, metodologia do trabalho científico, educação e saúde, em instituições privadas tais como a Faculdade de Ciências da Saúde de Serra Talhada, na pós-graduação da faculdade Osman Lins e Faculdade de Tecnologia de Pernambuco e atualmente no Centro Universitário do Vale do Ipojuca. Possui atuação profissional em prestações de serviços como Acompanhante terapêutica para o GAJOP uma ONG de Direitos Humanos; na área de psicologia social no Sistema Protetivo da Criança e Juventude do Governo de Pernambuco e no Programa Atitude como Técnica Social em Psicologia realizando atividades de acolhimento e atividades grupais com usuários de Crack e outras drogas; bem como, atendimentos individuais em consultório particular. E-mail: vivianefe.amaral@gmail.com

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inimputabilidade, fazendo um paralelo com a prática forense, e se utilizando de conhecimentos da Psicologia. Nos Resultados e Discussões apresentasse a figura do sujeito com transtorno de personalidade psicopática na criminalidade atual, e o tratamento que lhe é oferecido, tanto na fase de processo da ação penal, quanto na fase de cumprimento de pena.

PALAVRAS-CHAVE: Direito Penal. Sistema Carcerário. Psicopatia.

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TREATMENT LEGAL PSYCHOPATHY IN THE BRAZILIAN PENAL LAW

ABSTRACT: The article raises which the framework of the subject with psychopathic personality disorder in the Brazilian Penal Code. With the source journals of scientific articles available in online access platforms, monograph for completion of the course of law and legislation in force in the country. It is feasible the study due to non-uniformity of decisions when it comes to judgments of crimes committed by agents with psychopathic personality disorders. For the survey, the research involves the analysis of liability institutes, semi- accountability and unaccountability, making a parallel with the forensic practice, and using knowledge of psychology. In the Results and Discussion presented the figure of the subject with psychopathic personality disorder in the current crime and the treatment offered to him, both in the process phase of the criminal proceedings, and in compliance penalty phase.

KEYWORDS: Criminal Law. Prison system. Psychopathy.

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INTRODUÇÃO

A partir de estudos psicológicos o sujeito com transtorno de personalidade psicopatica é uma pessoa com uma capacidade de convicção muito evoluída, e com uma necessidade de satisfação de prazeres intensa e instantânea, sem possuir o menor senso de piedade ou remorso.

O estudo analisa o enquadramento deste sujeito, quando pratica crimes, no Código Penal Brasileiro, o que nos últimos anos é uma grande discussão no mundo jurídico, por alguns magistrados entenderem estes sujeitos como doentes e outros não.

Em meio a esta grande discussão estão os estudiosos das ciências: Psicologia e Psiquiatria, apresentando estudos onde o sujeito tido como psicopata possui um transtorno de personalidade, denominado transtorno de personalidade psicopatica ou antissocial, como é chamado atualmente, não tendo este uma doença, mas sim um transtorno de personalidade.

Se tornando viável para a sociedade, por se propor à pensar sobre esses sujeitos que

existem com o transtorno de personalidade colocado anteriormente, apresentando, também,

suas razões acadêmicas, por em sua proposta, intrinsecamente, ter o intuito de gerar

conhecimento científico.

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MÉTODO UTILIZADO

Em relação a instrumentalização metodológica o estudo utiliza a abordagem que a pesquisa utiliza para seu desenvolvimento é a qualitativa, que de acordo com a definição exposta a seguir:

A abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito” (CHIZOTTI, 2003, p. 79).

Pela necessidade do nascimento de ideias a partir dos posicionamentos dos teóricos estudados, sendo aplicado tal abordagem por permitir vários posicionamentos do sujeito em relação ao objeto estudado.

Posicionamentos estes que são coletados através da realização de pesquisa colocada como pesquisa bibliográfica, como apresentado a seguir: “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida cm base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 2009, p. 44). Para a coleta foram utilizados alguns textos dos teóricos, obtidos através da internet. E para a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, das obras coletadas.

A pesquisa recebe a classificação de exploratória, que de acordo com Gil (2009,

p.41): “Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de

ideias ou a descoberta de intuições”; pôr o aprofundamento das ideias ser um dos objetivos

intrínsecos da pesquisa.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PSICOPATICA

O transtorno de personalidade psicopatica é elencado na DSM-IV-TR, em sua tabela 27-5. Recebendo recentemente a denominação de transtorno de personalidade antissocial, e sendo apresentado um sujeito dissimulado, com grande facilidade de se comunicar e manipular pessoas, funcionando como um alerta para os profissionais da área responsável por analises (SADOCK, SADOCK 2007).

Com a criação da chamada “cultura do medo”, por diversos fatores, entre eles destacasse o do medo para o consumo, o sujeito psicopata tem uma grande utilidade, sendo usado para a construção de um monstro que cometi os crimes mais bárbaros (MOREIRA, FIGUEIREDO, UZIEL, BICALHO, 2010).

O sujeito com transtorno de personalidade psicopatica, apesar de sua necessidade constante de satisfação de seus prazeres, nem sempre cometi crimes, e muito menos tem uma área especifica de desenvolvimento de vida, sendo tal crença uma construção discriminatória da sociedade, pelos aspectos de alguns crimes cometidos por sujeitos com tal transtorno e mistificados através da mídia (LEME, 2011).

Também tem se apresentado muito o psicopata levando em consideração crimes

executados nos Estados Unidos da América, onde os sujeitos psicopatas recebem a

nomenclatura de Serial Killer, figura que ao longo do tempo é muito explorada,

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O CÓDIGO PENAL E SUAS MODALIDADES DE IMPUTABILIDADE

No Código Penal Brasileiro, como aspectos da culpabilidade do sujeito praticante de algum crime, têm-se as seguintes figuras:

 A inimputabilidade, que é quando o sujeito não pode receber uma pena, seja ela restritiva de liberdade ou de direitos, por não ter discernimento capaz de reconhecer o caráter de sua conduta criminosa, levando os sujeitos ao cumprimento de medida de segurança, e quando o sujeito é menor de 18 anos, ao julgamento conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.

 A semi-imputabilidade, que ocorre com os sujeitos que possua uma capacidade diminuída no momento da ação, não conseguindo distinguir o caráter de sua ação, recebendo diminuição da pena e até podendo ter sua pena convertida por medida de segurança, dependendo das peculiaridades do caso.

 A imputabilidade penal, que é a imposição de uma pena pelo Estado, sendo esta

restritiva de liberdade ou de direitos, dependendo do que foi elencado no tipo penal.

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O ENQUADRAMENTO DA PSICOPATIA NO DIREITO PENAL BRASILEIRO

Sendo na pratica forense o empenho de demonstrar um transtorno de personalidade tarefa de uma das partes do processo, pela estrutura do sistema penitenciário nacional, onde a realização de laudos psicológicos está cada vez mais complicada de ser efetuada, pelas diversas deficiências, como as de infraestrutura e a de profissionais.

Com isto, o sujeito com transtorno antissocial tanto é enquadrado em alguns

processos como imputável, tendo que cumprir pena restritiva de liberdade, em

estabelecimento prisional comum, quanto inimputável em outros, sendo obrigado a cumprir

medida de segurança, em locais destinados ao tratamento de doentes psiquiátricos, por tempo

indeterminado, necessitando para sua liberação ter parecer favorável no tocante ao

cerceamento de sua periculosidade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a incerteza nos processos, por não existir legislação especifica disciplinando a matéria, a sociedade, como um todo, sofre as consequências, como nas situações mais recorrentes demonstradas a seguir:

 Quando enquadrado como imputável, sendo recolhido a estabelecimento prisional, e cumprindo sua pena em meio aos presos comuns, em decorrência da sua facilidade de convicção, organiza rebeliões, com um aspecto de liderança, manipulando as pessoas para satisfações pessoais.

 Ou quando enquadrado como imputável, como explicado anteriormente, e em decorrência de sua dissimulação, se comporta muito bem, e consegue burlar os exames criminológicos, quando realizados, para a obtenção dos direitos dos apenados que cumprem penas restritivas de liberdades, como a progressão de regime e do livramento condicional.

 Ou ainda, quando enquadrado como inimputável, recebendo medida de segurança,

consegue, também utilizando de suas características diferenciadas da maioria dos apenados,

burlar os métodos de verificação de cerceamento de periculosidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVAREZ, Fernando Valentim. A imputabilidade dos Serial Killers. 2004. 61 f.

Monografia (apresentada ao final do curso de graduação em Direito) – Faculdade de Direito de Presidente Prudente, Faculdade Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”, Presidente Prudente.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

DSM-IV-TR. Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. 4. ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social, 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

LEME, Fabrício Augusto Aguiar de Abreu; LEME, Michele Oliveira de Abreu. O psicopata que o direito penal desconhece. Revista cientifíca intraciência, n. 3, 2011, p. 73-85.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas.

6 ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MOREIRA, Luciana Reis; FIGUEIREDO, Tatiana Fulton de; UZIEL, Anna Paula;

BICALHO, Pedro Paulo Gastalho de. A Construção da Psicopatia no Contexto da Cultura do Medo. Revista de Psicologia da IMED, v. 2, n. 1, 2010, p. 297-306.

SADOCK, Benjamin James; SADOCK, Virginia Alcott. Compêndio de psiquiatria:

Ciências do comportamento e psiquiatria clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Referências

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