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Afinal, por que fazer um mestrado acadêmico?

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Academic year: 2022

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Afinal, por que fazer um mestrado acadˆemico?

Mateus de Almeida Maciel IE/UFRJ

Jo˜ ao Augusto Barcellos Lins PPGEA/UFV

Larissa de Souza Pereira PPGE/UFF

Paula Vieira Mora COPPEAD/UFRJ Larissa Nunes dos Santos

PPEA/UFOP

Luiz Filippe Santana Ad˜ ao PPGECO/UnB

Iago Azevedo Rocha Maia IE/UFRJ

Ihorana Aguilar Cuco PPGDE/UFPR Fernanda Almeida Ribeiro de Jesus

IE/UFRJ 1

a

Edi¸c˜ ao - 2020

1 Apresenta¸ c˜ ao

Durante a minha gradua¸ c˜ ao tomei a decis˜ ao de fazer um mestrado acadˆ emico, mas obter informa¸ c˜ oes sobre o processo de ingresso em uma p´ os-gradua¸ c˜ ao em economia era pouco trivial. Por mais que alguns professores nos encorajassem a seguir estudando e tratassem do tema em conversas de corredor, a informa¸ c˜ ao ficava dispersa.

O Google e o Facebook foram ferramentas de grande importˆ ancia na obten¸c˜ ao de informa¸ c˜ oes sobre o exame da Anpec, empregabilidade e sal´ arios de mestres em economia, assim como algumas estrat´ egias que deram certo para alguns candidatos. Ainda assim, poucos alunos da FCE tinham interesse em cursar um mestrado e n˜ ao conhecia muita gente que tivesse ido para a p´ os.

Depois de passar por todo processo e conseguir passar para a UFRJ, pensei que seria interessante dividir essa experiˆ encia com os alunos da faculdade onde fiz minha gradua¸ c˜ ao. O CAECO, ent˜ ao, organizou um evento para que Fernanda, Iago e eu pud´ essemos falar tudo o que sab´ıamos sobre o meio acadˆ emico de economia. Fiquei bastante satisfeito com as pessoas que foram nos ouvir, mas muitos me disseram que n˜ ao puderam ir ` a palestra por conta de quest˜ oes de agenda.

Dessa forma, pensei em escrever, junto a outro alunos que seguiram para a

academia, esse guia. Acredito que o leitor encontrar´ a informa¸ c˜ oes que podem

ser de interesse de qualquer candidato a um mestrado em Ciˆ encias Econˆ omicas,

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ou ´ areas correlatas. Compartilhando basicamente TUDO o que sabemos, creio que um eventual leitor enfrentar´ a um custo informacional bem menor do que o nosso e estou certo de que isso pode ter grande impacto no seu desempenho, assim como despertar um eventual desejo adormecido de seguir estudando.

Sem as dicas de in´ umeros professores e ex-professores da FCE, como Hon´ orio Kume, Pedro Hemsley, Alexandre Marinho, Maur´ıcio Canˆ edo, Salazar, Christiano, Jorol, Elias, Marina e v´ arios outros, eu jamais teria sido capaz de reunir tantas informa¸ c˜ oes e for¸cas para cursar um mestrado. Aos amigos Iago, Fernanda, Luiz, Larissas, Tobias, Paula e Ihorana agrade¸co imensamente por escreverem esse guia comigo. Sou grato tamb´ em aos amigos que fiz no CATE Rodrigo Branco (USP-RP) e Fatima Alves (EPGE/FGV) pelas informa¸c˜ oes sobre os seus centros, assim como a Camila Sousa pelas informa¸ c˜ oes sobre a UFSCar, Yuri Coloneze (PPDE/UFRJ), Camila Freitas (PPDE/UFRJ), Marcelo Introini (IE/UFRJ), Juliana Damasceno (Norwegian Business School), Jo˜ ao Rebou¸ cas (Paris School of Economics) e a Ana Carolina Carvalho sobre as informa¸ c˜ oes do Cedeplar/UFMG.

O padawan Daniel Rocha (FCE/Uerj) e o professor Pedro Hemsley (IE/UFRJ) ajudaram com ´ otimos coment´ arios.

Todas as cr´ıticas s˜ ao muito bem-vindas e qualquer aluno que tenha interesse em participar deste projeto, ao ingressar no mestrado, basta entrar em contato.

Mateus Maciel

1.0.1 Uma vers˜ ao mais geral

De forma a tornar esse documento ainda mais circul´ avel e geral pensei em criar

uma vers˜ ao voltada @ tod@s que queiram seguir para a p´ os-gradua¸ c˜ ao, pois

o guia anterior foi desenhado com foco para os alunos da Uerj. Gra¸cas aos

coment´ arios do Rafael Misso (IPE/USP), Kelly Gon¸ calves (EESP/FGV) e aos

professores Jo˜ ao Romero (Cedeplar/UFMG) e Pedro Cavalcanti (EPGE/FGV)

foi poss´ıvel obter informa¸c˜ oes mais detalhadas sobre os seus respectivos centros.

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Sum´ ario

1 Apresenta¸ c˜ ao 1

1.0.1 Uma vers˜ ao mais geral . . . . 2

2 Retorno financeiro e empregabilidade 4 2.1 Sal´ arios . . . . 4

2.2 Trabalhar como economista de fato . . . . 4

2.3 Aprender a programar e falar inglˆ es . . . . 6

3 Anpec 6 3.1 Exame da Anpec . . . . 7

3.2 Tipos de quest˜ ao . . . . 7

3.2.1 Quest˜ ao aberta . . . . 7

3.2.2 Quest˜ ao fechada . . . . 8

3.3 Pesos . . . . 8

3.4 Centros . . . . 9

3.4.1 Puc-Rio . . . . 10

3.4.2 EPGE/FGV . . . . 10

3.4.3 EESP/FGV . . . . 11

3.4.4 IPE/USP . . . . 12

3.4.5 UnB . . . . 12

3.4.6 IE/UFRJ . . . . 13

3.4.7 Unicamp . . . . 14

3.4.8 UFF . . . . 14

3.4.9 Cedeplar/UFMG . . . . 15

3.4.10 PPGEA/ESALQ . . . . 16

3.4.11 PPGEA/UFV . . . . 16

3.4.12 USP-RP . . . . 16

3.4.13 UFPR . . . . 17

3.4.14 Uerj . . . . 17

3.4.15 UFSCar . . . . 18

3.4.16 PPEA/UFOP . . . . 18

3.5 Como escolher os centros? . . . . 19

3.6 Pol´ıticas de a¸ c˜ ao afirmativa . . . . 19

3.7 Como se preparar? . . . . 20

3.8 Resultados . . . . 22

3.9 N˜ ao passei para o centro que eu queria. E agora? . . . . 22

4 Alternativas: s´ o tem a Anpec? 23 4.1 COPPEAD/UFRJ . . . . 24

4.2 PPED/UFRJ . . . . 25

4.3 IPPUR/UFRJ . . . . 25

4.4 Ebape/FGV . . . . 25

4.5 Impa . . . . 26

4.6 Doutorado direto . . . . 27

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4.7 Exterior . . . . 27 5 E poss´ ´ ıvel trabalhar e fazer mestrado ao mesmo tempo? 29

6 Conclus˜ ao 30

7 Links ´ uteis 30

8 Contato 31

9 Classifica¸ c˜ oes 31

2 Retorno financeiro e empregabilidade

2.1 Sal´ arios

Usando dados da CAPES e da RAIS, em 2016, o Centro de Gest˜ ao e Estudos Es- trat´ egicos (CGEE) fez um estudo sobre o diferencial de sal´ arios entre brasileiros com gradua¸c˜ ao, mestrado e doutorado. Como podem ver, a figura 1 mostra um diferencial substancial entre a m´ edia de sal´ ario dos trabalhadores formais, para o per´ıodo de 2009 e 2014, dados anos de estudo.

No caso das ciˆ encias sociais aplicadas, a m´ edia salarial para pessoas com mestrado estava em R$12.429,00. Olhando especificamente para o curso de Ciˆ encias Econˆ omicas, um indiv´ıduo com mestrado, em 2014, ganhava em m´ edia R$13.770,00. Para informa¸ c˜ oes mais detalhadas, basta acessar o link do estudo.

Com rela¸ c˜ ao ` a empregabilidade, em 2014, 7 em cada 10 formados com mestrado em economia conseguiam emprego. Note, por´ em, que o estudo apresenta uma s´ erie de limita¸ c˜ oes. Isso porque o fato de ter mestrado n˜ ao ´ e o ´ unico fator que explica o sal´ ario. Contatos, renda da fam´ılia, local onde fez o curso, ano (os dados s´ o v˜ ao at´ e 2014), etc. s˜ ao pontos que ajudam bastante na hora de obter um bom rendimento. Outro ponto ´ e que ´ areas que tˆ em forte dependˆ encia de recursos p´ ublicos, como a academia, podem acabar sendo afetadas pelos cortes de recursos destinados ` a pesquisa.

A principal mensagem do deste trabalho, portanto ´ e que, com um mestrado,

´ e poss´ ıvel obter um sal´ ario mais elevado e a chance de ser empregado pode ser mais elevada do que quando se tem apenas a gradua¸ c˜ ao.

2.2 Trabalhar como economista de fato

Vocˆ e deve ter feito ou vai fazer trˆ es cursos de macroeconomia, microeconomia, dois cursos de c´ alculo, m´ etodos quantitativos, econometria, etc. Al´ em disso, passou nas mat´ erias de professores carrascos para, no final, seu curso de VBA, Excel e Photoshop terem mais peso na hora da sua contrata¸ c˜ ao do que seu real conhecimento sobre economia?

S˜ ao poucos que acabam conseguindo desempenhar uma fun¸ c˜ ao de economista

de verdade. Para os que ainda acreditam que fazer mestrado implica apenas em

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Figure 1: Centro de Gest˜ ao e Estudos Estrat´ egicos

seguir carreira acadˆ emica, vou dar aqui in´ umeros exemplos de institui¸ c˜ oes que contratam economistas com mestrado para exercer fun¸ c˜ oes que s˜ ao de fato da nossa ´ area.

Bancos, fundos de investimento e corretoras contratam muitos economistas com mestrado. Consultorias, como a LCA e a Tendˆ encias tamb´ em, assim como o Ibre/FGV, Ipea e Fipe. Sindicatos patronais, como CNI, Firjan e Fiesp tamb´ em est˜ ao na lista. Nessas institui¸ c˜ oes, o trabalho dos economistas varia entre fazer proje¸ c˜ oes e an´ alises de conjuntura, montar carteiras de ativos, an´ alises e estudos sobre o mercado de trabalho, ind´ ustria, etc.

Para aqueles que desejam exercer fun¸ c˜ oes no exterior ou em organismos multilaterais, o Fundo Monet´ ario Internacional, Banco Mundial, Banco de Compensa¸c˜ oes Internacionais, Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Latino-Americano de Desenvolvimento (CAF), a Organiza¸ c˜ ao das Na¸ c˜ oes Unidas, Cepal, Organiza¸c˜ ao Internacional do Trabalho e v´ arias outras contratam economistas com mestrado para preencher cargos em suas sedes (como Wash- ington), em Bras´ılia, ou outros pa´ıses. O J-PAL e o IPA, duas institui¸ c˜ oes que desenvolvem trabalhos voltados para a redu¸ c˜ ao de pobreza em v´ arios pa´ıses da Africa, ´ ´ Asia e Am´ erica Latina (sendo a primeira comandada pelos vencedores do Nobel de economia) tamb´ em contratam economistas com mestrado.

As atividades que podemos desempenhar nessas institui¸ c˜ oes s˜ ao in´ umeras:

produ¸ c˜ ao de relat´ orios t´ ecnicos sobre a avalia¸ c˜ ao de programas, gest˜ ao de

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recursos, participar de miss˜ oes para monitorar empr´ estimos nos pa´ıses, reuni˜ oes com autoridades, desenvolver estudos voltados para recomenda¸ c˜ oes de pol´ıtica econˆ omica, implementar programas de redu¸ c˜ ao de pobreza, etc.

Empresas e autarquias p´ ublicas, como Petrobras, Banco Central e BNDES possuem em seus quadros economistas com mestrados. Vale ressaltar que ter p´ os, nesses casos, ajuda muito na hora da prova de t´ıtulos e isso pode incrementar substancialmente a coloca¸c˜ ao de alguns candidatos nos concursos p´ ublicos. Finalmente, algumas institui¸ c˜ oes de ensino superior tamb´ em est˜ ao contratando economistas com mestrado.

2.3 Aprender a programar e falar inglˆ es

Excel ainda ´ e uma ferramenta relevante, mas sem Python, Matlab, R e Stata fica bastante dif´ıcil encontrar um bom emprego que exija mestrado. Isso porque, essas linguagens de programa¸ c˜ ao e pacotes estat´ısticos nos permitem analisar grandes bases de dados com muito mais precis˜ ao e rapidez do que o famigerado Excel. Para tornar apresenta¸ c˜ oes e escrever documentos de forma mais uniforme, o LaTeX ´ e uma ferramenta bastante importante, especialmente na academia.

Inclusive esse guia est´ a sendo escrito com essa linguagem e leva menos de um dia para se familiarizar com ela.

Vale ressaltar que, al´ em do Python, R e LaTeX serem gratuitos, h´ a uma s´ erie de v´ıdeos no YouTube (mais em inglˆ es do que em portuguˆ es) ensinando a utilizar essa ferramenta, al´ em de cursos pagos na Udemy, DataCamp e An´ alise Macro.

Um outro ponto bastante relevante ´ e o inglˆ es. Muitos dos artigos e livros que vocˆ e vai ler no mestrado s˜ ao em inglˆ es e o n´ıvel da escrita est´ a longe de ser b´ asica. Sem contar que, para muitas vagas mencionados anteriormente, saber ler, escrever e falar inglˆ es ´ e uma condi¸ c˜ ao necess´ aria. Sem isso, sua vida durante o mestrado vai ficar bastante complicada.

Uma maneira de praticar tudo isso j´ a na gradua¸c˜ ao ´ e fazer a monografia usando essas ferramentas. Vai notar que, l´ a na frente, vai ter um bom ganho, uma vez que j´ a vai estar familiarizado com elas.

3 Anpec

A Associa¸ c˜ ao Nacional dos Centros de P´ os-Gradua¸ c˜ ao em Economia (Anpec) re´ une a maior parte dos centros de p´ os-gradua¸ c˜ ao em economia do Brasil.

Importante ressaltar que quando falamos de p´ os-gradua¸c˜ ao nessa ´ area, isso

implica em tratar sobre programas de mestrado e doutorado. A Anpec, al´ em

de organizar encontros anuais onde a comunidade acadˆ emica pode interagir e

apresentar trabalhos, ´ e respons´ avel pela organiza¸ c˜ ao da prova utilizada pelas

faculdades como forma de ingresso em seus programas de mestrado e doutorado.

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3.1 Exame da Anpec

Durante dois dias, os candidatos ter˜ ao que fazer provas de macroeconomia, microeconomia, estat´ ıstica, matem´ atica, economia brasileira (objetiva e discursiva) e inglˆ es. Cada uma dessas provas ´ e composta por 15 quest˜ oes, com 5 itens cada. Caso o candidato queira colocar como op¸c˜ ao centros majoritariamente heterodoxos, ele ter´ a que fazer al´ em das quatro mat´ erias destacadas, a prova de brasileira e, com isso, a dura¸ c˜ ao pula de duas horas e quinze minutos para trˆ es horas. Ou seja, o candidato ter´ a que ficar mais quarenta e cinco minutos na sala para realizar a prova de brasileira.

O mais importante dessa prova ´ e que se vocˆ e marcar um item errado, um item certo ser´ a anulado. ´ E poss´ıvel, dessa forma, “negativar” qualquer uma das provas e isso diminui bastante suas chances de ingressar em um bom centro. Por isso, S ´ O MARQUE NO CART ˜ AO RESPOSTA O QUE TIVER CERTEZA. Na hora da prova, ficamos bastante tentados a marcar algo, principalmente, quando vemos que deixamos quest˜ oes em branco, mas lembrem-se isso ´ e normal, n˜ ao se desesperem, mantenham suas respostas, n˜ ao acrescentem nada, se n˜ ao tiverem certeza.

Para os que se inscreverem at´ e junho para fazer a prova, o custo ´ e de R$400,00, ao passo que, se vocˆ e se inscrever em julho, esse valor aumenta para R$450,00. ´ E comum que a prova aconte¸ ca no mˆ es de setembro. Para os candidatos inscritos no Cadastro ´ Unico para Programas Sociais do Governo Federal (Cad ´ Unico) ´ e poss´ıvel solicitar a isen¸c˜ ao dessa taxa, mas ´ e preciso ficar atento aos prazos pois essa solicita¸ c˜ ao s´ o pode ser realizada nos primeiros dias de inscri¸ c˜ ao.

3.2 Tipos de quest˜ ao

A prova conta com dois tipos de quest˜ oes: abertas e fechadas. A figura 2 mostra um exemplo de quest˜ ao aberta, que costuma aparecer trˆ es ou quatro vezes durante a prova.

3.2.1 Quest˜ ao aberta

Como a quest˜ ao ´ e aberta ´ e poss´ıvel “chutar” a resposta. Ent˜ ao, vale a pena n˜ ao

deixar quest˜ oes desse tipo em branco.

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Figure 2: Quest˜ ao aberta 3.2.2 Quest˜ ao fechada

O tipo de quest˜ ao ´ e mais comum ´ e a fechada, em que o ”chute” ´ e punido, caso o candidato marque a op¸ c˜ ao incorreta. Cada quest˜ ao fechada conta com cinco itens e o candidato deve marcar se o item ´ e verdadeiro ou falso, no cart˜ ao resposta.

Na figura 3 podemos ver um exemplo deste tipo de quest˜ ao.

Figure 3: Quest˜ ao fechada

3.3 Pesos

Cada centro d´ a um peso diferente para as provas, o que acaba por gerar uma

s´ erie de rankings. Todas as universidades para as quais vocˆ es se inscrever v˜ ao

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gerar um ranking, onde, dada sua nota, vocˆ e estar´ a em alguma posi¸c˜ ao. ´ E a partir deste ranking, inclusive, que as bolsas ser˜ ao concedidas aos alunos.

Figure 4: Fonte: Anpec

A figura 4 mostra um exemplo de alguns dos pesos que os centros d˜ ao para cada uma das provas. Note que, ao passo que Puc-Rio, EPGE/FGV, EESP/FGV e USP d˜ ao peso zero para as provas de economia brasileira, UFRJ e Unicamp destinam, respectivamente, peso 30 e 35% para essa prova. Independente do peso, n˜ ao zere nenhuma das provas, ou dificilmente vai passar para algum centro.

Cada candidato deve optar por, no m´ aximo, seis centros e n´ os aconselhamos diversificar o risco. Ou seja, n˜ ao apostar tudo em um centro, ou dois, pois h´ a chances de vocˆ e acabar n˜ ao passando para esses centros. Trataremos disso mais a frente.

3.4 Centros

E importante que os candidatos tenham a maior quantidade de informa¸c˜ ´ oes sobre

os centros, para saber se a estrutura dos mesmos bate com a sua metodologia e

agenda de pesquisa, disponibilidade de bolsas, vagas e localiza¸ c˜ ao. A Coordena¸c˜ ao

de Aperfei¸ coamento de Pessoal de N´ıvel Superior (CAPES), que ´ e um dos ´ org˜ aos

do governo que financia os programas de p´ os-gradua¸ c˜ ao, avalia os centros com base

em uma extensa lista de crit´ erios (qualidade das publica¸ c˜ oes, internacionaliza¸c˜ ao

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do programa, alunos formados, etc.) e d´ a uma nota cujo maior valor ´ e 7 e o menor ´ e 1. Segundo a CAPES, as notas 6 e 7 indicam desempenho equivalente ao alto padr˜ ao internacional. J´ a os notas 1 e 2, tem canceladas as autoriza¸ c˜ oes de funcionamento e o reconhecimento dos cursos de mestrado ou doutorado. ´ E poss´ıvel ver as notas de todos os cursos aqui.

Alguns dados espec´ıficos como disponibilidade de bolsas, classifica¸c˜ oes e linhas de pesquisas s˜ ao apresentados aqui. Esses dados muitas vezes n˜ ao est˜ ao dispon´ıveis ou s˜ ao dif´ıceis de achar e a compila¸c˜ ao deles s´ o foi poss´ıvel gra¸ cas a diversas mestrandos, mestres, doutores e doutorandos que muito con- tribu´ıram com este trabalho. Contudo, todo ano, h´ a uma mudan¸ ca em algumas dessas informa¸c˜ oes, especialmente com rela¸c˜ ao aos candidatos chamados e bolsas dispon´ıveis.

3.4.1 Puc-Rio

H´ a quatro centros que podem ser chamados de “Top 4”, pois possuem nota 7, de acordo com os crit´ erios da CAPES. Vamos come¸ car falando um pouco deles. A Puc-Rio d´ a bolsa para todos os alunos que ingressam em seu programa. Ingressar neste programa n˜ ao ´ e nada simples, uma vez que os 30/40 melhores colocados s˜ ao chamados para cursar o mestrado l´ a. O programa ´ e bom em todos os temas ortodoxos e conta com pesquisadores conhecidos no meio acadˆ emico nacional e internacional, como Juliano Assun¸c˜ ao (meio ambiente), Gustavo Gonzaga (economia do trabalho), Marcelo Medeiros (econometria), Leonardo Rezende (organiza¸ c˜ ao industrial), Thierry Verdier (economia internacional), Walter Novaes (finan¸ cas), Nathalie Gimenes (organiza¸c˜ ao industrial e econometria), Yvan B´ ecard (macroeconomia), Eduardo Zilberman (macroeconomia e finan¸cas p´ ublicas) e

outros.

O mestrado da Puc ´ e conhecido por colocar alunos em programas de doutorado consagrados no exterior, como Harvard, MIT, Princeton, Yale, Chicago, Stanford e Berkeley. Sem contar que a empregabilidade para os que decidem seguir no mercado de trabalho ´ e incrivelmente elevada, principalmente nas ´ areas de macroeconomia, finan¸ cas e pol´ıticas p´ ublicas.

3.4.2 EPGE/FGV

A EPGE/FGV chama os 40/50 primeiros colocados no exame e todos os seus alunos recebem bolsa. O programa ´ e conhecido por ter um vi´ es bastante te´ orico e, para os que est˜ ao interessados em microeconomia, o programa ´ e bem forte. A infraestrutura ´ e muito boa e o programa conta com ´ otimos pesquisadores, que est˜ ao sempre abertos para conversar. Uma forma de ter uma ideia do que vocˆ e vai enfrentar no curso da EPGE ´ e fazer os cursos de ver˜ ao em economia matem´ atica e an´ alise na reta, no Impa. Importante ressaltar que o vi´ es quantitativo do curso est´ a longe de ser semelhante aos c´ alculos e demais m´ etodos quantitativos que vimos na faculdade, dado que toda linguagem ´ e bastante diferente do que j´ a vimos. Tanto que o primeiro ano ´ e conhecido por ser muito puxado.

N˜ ao ser´ a dif´ıcil encontrar orientadores nas ´ areas de micro e macroeconomia

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ortodoxas. Pedro Cavalcanti, Felipe Iachan e Jo˜ ao Victor Issler desenvolvem trabalhos em macro, ao passo que Cec´ılia Machado, Andr´ e Trindade e Marcelo Sant’Anna pesquisam na ´ area de micro. Al´ em do mais, para os que desejam aplicar para ou doutorado fora, ou at´ e mesmo seguir para o mercado de trabalho, a EPGE consegue colocar alunos em ´ otimos cursos de doutorado no exterior, bem como um diploma de mestrado de l´ a funciona como um ´ otimo sinalizador para o mercado, especialmente para o mercado financeiro (o indiv´ıduo aguenta bem a press˜ ao).

3.4.3 EESP/FGV

A EESP/FGV chama os 60 primeiros colocados no exame e todos seus alunos recebem bolsa. Nos ´ ultimos dois anos, os alunos que prestaram mais de uma vez a ANPEC e se colocaram ap´ os o 40 primeiros, n˜ ao foram chamados. Os primeiros 15 colocados recebem um adicional da bolsa dependendo da coloca¸c˜ ao, chegando a receber duas vezes o valor da bolsa.

O curso da EESP ´ e mais forte nas ´ areas de microeconomia e econometria.

Sobre a coloca¸c˜ ao em doutorados no exterior, os alunos com notas no curso maiores que 8 e com um curr´ıculo bom (RA durante o mestrado, uma disserta¸ c˜ ao publicada) conseguem se colocar em bons centros no exterior. Alguns alunos mais brilhantes se colocam nos top 3 programas de Ph.D. no exterior. Na m´ edia, os alunos conseguem se colocar em Ph.D. top 50. Sobre o mercado de trabalho, a conex˜ ao dos professores com pessoas em consultores e mercado financeiro faz com que alunos tenham um bom placement no mercado de trabalho. Alguns acabam trabalhando no governo e em ´ org˜ aos de pesquisa.

Com rela¸c˜ ao aos professores, da ´ area de microeconomia aplicada, Bruno Ferman ´ e o respons´ avel pelas mat´ erias de econometria I e microeconometria I e II. Ele pesquisa em econometria te´ orica, com o desenvolvimento de novos estimadores (ele tem papers de estimadores de dif-in-dif e controles sint´ eticos), econometria aplicada e economia comportamental. Cristine Pinto ´ e coautora do Ferman nos papers de econometria te´ orica e respons´ avel pela mat´ eria de econometria II. Ela pesquisa mais nessa ´ area te´ orica. Ricardo Masini ´ e respons´ avel pela mat´ eria de estat´ıstica e Bayesiana e tamb´ em pesquisa na ´ area de econometria te´ orica focada na parte estat´ıstica. Os professores de econometria aplicada s˜ ao:

Vladimir Ponczek (economia da educa¸ c˜ ao e economia do trabalho), Fernanda Estevan (economia da educa¸c˜ ao e economia pol´ıtica), Daniel da Mata (economia do setor p´ ublico, economia urbana e desenvolvimento econˆ omico), Enlinson Mattos (fiscal e tribut´ aria), Jo˜ ao Paulo (com´ ercio internacional e organiza¸ c˜ ao industrial), Andr´ e Portela (economia da educa¸ c˜ ao e trabalhos emp´ıricos aplicados ao Brasil).

Na parte de microeconomia te´ orica, Braz Camargo (coordenador do curso e

respons´ avel pelas mat´ erias de microeconomia I e IV), Victor Filipe (respons´ avel

pela mat´ eria de microeconomia II) e Daniel Monte (respons´ avel pela mat´ eria

microeconomia III) s˜ ao os principais pesquisadores. O Braz faz algo te´ orica com

alguma aplica¸c˜ ao, Victor Filipe fica mais na parte te´ orica e o Daniel Monte est´ a

na ´ area de teoria dos jogos e desenho de mecanismo. A ´ area de macro ´ e composta

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pelos professores: Bernardo Guimar˜ aes, Pierlucca Panella e Tiago Cavalcanti.

3.4.4 IPE/USP

Por fim, na USP, h´ a um grande n´ umero de bolsas, entretanto nem todos que s˜ ao chamados recebem essa garantia. Por´ em, os alunos s˜ ao incentivados a concorrer a outras bolsas como a da FAPESP, que tem um valor maior. ´ E poss´ıvel complementar o valor da bolsa dando monitorias. O programa convida os 70 primeiros do exame.

As disciplinas obrigat´ orias seguem a linha dominante do que se vˆ e nas melhores p´ os-gradua¸ c˜ oes do mundo, o que envolve rigoroso treinamento metodol´ ogico para entender e desenvolver pesquisas acadˆ emicas de fronteira. Prepare-se para estudar bastante no ver˜ ao e nos trˆ es primeiros bimestres (per´ıodo com disciplinas obrigat´ orias). Um diferencial para enfrentar essa fase pode ser o ambiente da universidade (o campus da USP ´ e gigantesco e arborizado) e o fato de sempre poder contar com turmas colaborativas, que com compartilham material.

Ap´ os as mat´ erias obrigat´ orias, h´ a mat´ erias eletivas e o seu projeto de pesquisa.

Para isso, um diferencial da USP ´ e a ampla gama de professores e ´ areas de pesquisa (macroeconomia ortodoxa e heterodoxa, HPE, microeconomia, orga- niza¸c˜ ao industrial, economia regional, meio ambiente, trabalho, pol´ıticas p´ ublicas, educa¸ c˜ ao, sa´ ude, finan¸ cas, etc.). Dif´ıcil destacar todos, mas vale mencionar o NEREUS (N´ ucleo de Economia Regional e Urbana da USP), que coloca a FEA-USP entre as melhores escolas de economia regional do mundo (economia aplicada em que a dimens˜ ao espacial ´ e elemento fundamental de an´ alise). Outro destaque ´ e a possibilidade de fazer disciplinas em outras unidades da USP que podem agregar para a sua pesquisa, como no IME (matem´ atica/estat´ıstica) e na Poli (engenharia). Tamb´ em ´ e poss´ıvel fazer disciplinas no Insper e na EESP/FGV.

3.4.5 UnB

Considerada por muitos como uma boa alternativa em rela¸c˜ ao ` as “top 4”, a

UnB, com sua nota CAPES 6 e reconhecida pluralidade, atrai estudantes de

variados interesses de pesquisa. A partir de 2021 o programa de mestrado se

dividir´ a em duas ´ areas, de modo que o aluno poder´ a escolher, ainda na hora da

inscri¸c˜ ao no site da Anpec, entre a ´ area de economia aplicada (temas ortodoxos)

ou a ´ area de desenvolvimento (temas heterodoxos). O programa conta com

pesquisadores conhecidos, com publica¸c˜ oes nacionais e internacionais: Leandro

Nascimento (microeconomia), Jos´ e Guilherme de Lara Rezende (microeconomia

e finan¸cas), Mauricio Bugarin (microeconomia), Joaquim Andrade (macroecono-

mia), Roberto Ellery (macroeconomia), Daniel Cajueiro (programa¸ c˜ ao e finan¸cas),

Michael Christian (economia do setor p´ ublico e microeconomia aplicada), Mauro

Boianovsky (pensamento econˆ omico) entre outros. Nomes conhecidos na cena

heterodoxa tamb´ em fazem parte do corpo docente, como Nelson Barbosa (ex-

ministro da Economia), Joan´ılio Teixeira (macroeconomia), Ricardo Ara´ ujo

(desenvolvimento), Jos´ e Oreiro (macroeconomia), entre outros.

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A estrutura da UnB ´ e prop´ıcia aos que desejam acordar e dormir estudando.

Apesar de a Biblioteca Central funcionar 24 horas (com exce¸ c˜ ao dos s´ abados), a sala de estudos da p´ os (aberta de 7h ` as 23h), com suas mesas amplas e silˆ encio, acaba sendo a preferida dos alunos da p´ os. Entretanto, alguns problemas devem ser apontados para aqueles que considerarem se mudar para Bras´ılia: poucas bolsas dispon´ıveis (comparada ` as “top 4” e ` a UFRJ e Unicamp) e ausˆ encia de ar-condicionado, o que torna a permanˆ encia na universidade no turno da tarde durante o ver˜ ao um ato de bravura. Quanto ` a bolsa, uma boa quantidade de alunos, por serem funcion´ arios p´ ublicos de licen¸ ca, terminam por abrir m˜ ao do valor pago pela CAPES ou CNPq, o que abre a possibilidade de recebimento por aqueles que tenham entrado sem a garantia da mesma. Al´ em do mais, oportunidades de monitoria remunerada, trabalho no Ipea e outros ´ org˜ aos de pesquisa surgem como oportunidades financeira e profissional para os alunos (especialmente no segundo ano).

3.4.6 IE/UFRJ

Caso sua agenda de pesquisa esteja voltada para temas heterodoxos, UFRJ e Unicamp devem estar na sua lista de prioridades. Ao passo que o primeiro programa convida os 200 primeiros candidatos, o segundo chama os 300 primeiros colocados e ambos tˆ em nota CAPES 6. Importante ressaltar que nem todos recebem a bolsa no come¸co do curso. Com o lema ”singular porque plural”, o programa da UFRJ conta com pesquisadores heterodoxos bastante conhecidos, como M´ ario Possas (organiza¸ c˜ ao industrial), Esther Dweck (desenvolvimento econˆ omico e economia do setor p´ ublico), Marta Castillo (economia internacional), Ricardo Summa (macroeconomia e desenvolvimento econˆ omico), F´ abio Freitas (desenvolvimento e crescimento econˆ omico), Ricardo Bielschowsky (desenvolvi-

mento econˆ omico), Luiz Fernando de Paula (macroeconomia p´ os-keynesiana), Andr´ e Modenesi (economia monet´ aria) e v´ arios outros.

Vale ressaltar que a pluralidade permite a presen¸ ca e boa convivˆ encia com pesquisadores ortodoxos. Na ´ area de microeconomia aplicada, o professor Romero Rocha desenvolve trabalhos voltados para o meio ambiente (ex analista sˆ enior no CPI-Rio), a professora Val´ eria Pero publica artigos sobre desigualdade e Marcelo Resende tem publica¸ c˜ oes voltadas para organiza¸ c˜ ao industrial. Em microeconomia te´ orica, o professor Pedro Hemsley desenvolve trabalhos na ´ area de economia dos contratos e teoria dos jogos. Na parte de defesa da concorrˆ encia, economia industrial e mercado de trabalho temos o professor Eduardo Pontual (ex-economista chefe do CADE). Por fim, os professores Alexandre B. Cunha e Susan Schommer tˆ em trabalhos publicados da ´ area de macroeconomia te´ orica e aplicada.

Um grande trunfo do Instituto de Economia ´ e a ampla quantidade de profes-

sores. Existe um ganho para os alunos em contar com uma gama de professores

especializados em diversos assuntos, algo raro no Brasil, mas mais comum

no exterior, onde os departamentos n˜ ao s˜ ao t˜ ao ”enxutos”.O IE tem por volta

de 90 professores, sendo heterodoxos uns 70 destes docentes.

(14)

3.4.7 Unicamp

A Unicamp conta com dois programas: mestrado em teoria econˆ omica e mestrado em desenvolvimento econˆ omico. Ao passo que o ingresso no primeiro se d´ a a partir do exame da Anpec, o segundo n˜ ao. Nem todos entram com bolsa, mas ´ e poss´ıvel obter bolsa ao longo do ano.

O programa de desenvolvimento econˆ omico ´ e divido em cinco campos: hist´ oria econˆ omica, economia regional e urbana, economia agr´ıcola, economia social e do trabalho e padr˜ oes de desenvolvimento. O N´ ucleo de Economia Agr´ıcola (Nea) tem um vi´ es menos heterodoxo que os demais e o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) dialoga bastante com a pol´ıtica p´ ublica do pa´ıs. H´ a uma s´ erie de n´ ucleos dentro do programa de teoria, sendo o Centro de Estudos de Conjuntura e Pol´ıtica Econˆ omica (CECON) e o N´ ucleo de Economia Industrial e da Tecnol´ ogia (Neit) um dos mais relevantes. Val ressaltar que os alunos dos dois programas podem transitar entre os centros e n´ ucleos de programas distintos.

Com rela¸ c˜ ao ao corpo docente, os professores Alexandre Gori e Adriana Kayama trabalham com econometria e m´ etodos quantitativos, Baastian Reydon pesquisa na ´ area de economia agr´ıcola, Daniela Prates publica nas ´ areas de economia internacional e monet´ aria, ao passo que o professor Davi Dequech trabalha com macroeconomia p´ os-keynesiana e Jose Dari Krein faz trabalhos voltados ao mercado de trabalho. O professor Marcio Pochmann, ex-presidente do Ipea, tamb´ em desenvolve pesquisa voltada para a ´ area do trabalho e Mariano Laplane faz trabalhos com foco em economia industrial.

3.4.8 UFF

Assim como a UFRJ e a Unicamp, a UFF tamb´ em ´ e forte em temas fora da ortodoxia. O programa est´ a dividido em cinco ´ areas tem´ aticas, com destaque para a ´ area de economia pol´ıtica, sendo a institui¸c˜ ao sede da Sociedade Brasileira de Economia Pol´ıtica (SEP). Vale ressaltar os projetos com vi´ es mais heterodoxo que o centro desenvolve nas ´ areas de energia e economia social. Um projeto recente do instituto, em parceria com institui¸ c˜ oes nacionais e internacionais, e que vem chamado bastante aten¸ c˜ ao da academia ´ e a avalia¸ c˜ ao de um programa de renda b´ asica, em Maric´ a, que no Brasil ´ e coordenado pelo professor F´ abio Waltenberg (UFF). Na ´ area de economia social e sustentabilidade destaca-se tamb´ em Rold´ an Muradian, apontado na lista Highly Cited Research, em 2019, como um dos pesquisadores mais influentes do mundo. A professora Danielle Carusi ´ e conhecida na parte de microeconomia aplicada e tem trabalhos voltados para educa¸ c˜ ao, mercado de de trabalho, gˆ enero e desigualdade.

Um grande diferencial do PPGE/UFF ´ e a possibilidades dos alunos optarem por realizar o curso de macroeconomia com vi´ es ortodoxo ou heterodoxo. No caso de temas ortodoxos, o centro conta com ´ otimos pesquisadores em macroeconomia aplicada e o CEMAFIN, comandado pelo professor Helder de Mendon¸ ca, vem publicando bastante na ´ area.

A UFF chama os 400 primeiros do exame e nem todos recebem bolsa ao

(15)

ingressar no programa. As aulas s˜ ao ministradas no campus Gragoat´ a, em Niter´ oi.

Para os alunos que vˆ em de outros munic´ıpios, ´ e poss´ıvel fazer o deslocamento da esta¸c˜ ao das barcas ou do terminal at´ e o campus caminhando ou pegando BusUFF no campus Valonguinho, al´ em das linhas de ˆ onibus que passam pelo campus.

Vale destacar que, a institui¸ c˜ ao possui um dos restaurantes universit´ arios mais baratos do pa´ıs, custando apenas R$ 0,70 para estudantes.

3.4.9 Cedeplar/UFMG

Com conceito 6 na CAPES, o programa do Cedeplar/UFMG conta uma boa infraestrutura: pr´ edio moderno, salas de conferˆ encia, laborat´ orios, sala de estudo para os alunos da p´ os e um biblioteca aberta 24h por dia. Al´ em disso, ele est´ a estruturado em trˆ es ´ areas de concentra¸ c˜ ao: economia aplicada, hist´ oria do pensamento econˆ omico e economia urbana e regional. A ´ ultima acaba por ser a mais forte e conhecida pelos candidatos que desejam ingressar no centro.

Dado que o Cedeplar tamb´ em conta com um programa de p´ os-gradua¸ c˜ ao em demografia, os alunos da p´ os em economia podem cursar algumas disciplinas naquele programa

O Cedeplar ´ e bastante plural e conta com professores ortodoxos e hetero- doxos. O professor Mauro Ferreira desenvolve pesquisa em temas relacionados ` a macroeconometria e DSGE e o professor Carlos Suprinyak ´ e uma das principais referˆ encias em HPE. J´ a em economia do trabalho e da cultura, a professora Ana Fl´ avia pesquisa sobre esses temas e, com rela¸c˜ ao ` a microeconometria, a professora Ana Hermeto e o professor Pedro Amaral tˆ em publica¸c˜ oes sobre o assunto. J´ a o professor Igor Vireiros desenvolve pesquisa com foco em s´ eries temporais. Aos interessados em macroeconomia p´ os-keynesiana, os professores Frederico Gonzaga e Marco Fl´ avio s˜ ao indicados. Em microeconomia te´ orica, o professor Rodrigo Raad desenvolve pesquisa em teoria dos jogos e equil´ıbrio geral.

Na ´ area de macroeconomia e desenvolvimento aplicados, Frederico Jayme Jr., Marco Fl´ avio Resende e Gustavo Britto tˆ em artigos sobre esses temas, assim como Jo˜ ao Romero, Fabricio Missio e Rafael Ribeiro. Na ´ area de economia da ciˆ encia e tecnologia, os professores Eduardo Albuquerque e M´ arcia Rapini s˜ ao influentes nacional e internacionalmente. Em organiza¸ c˜ ao industrial, professor o Ricardo Ruiz (ex-conselheiro do CADE) desenvolve trabalhos na ´ area, al´ em dos professores Edson Domingues, Debora Freire e Aline Magalh˜ aes, que trabalham com modelos de equil´ıbrio geral comput´ avel e o professor Juan Pablo Gama Torres que tem publica¸ c˜ oes importantes em microeconomia te´ orica. As professoras Mˆ onica Viegas e Kenya Noronha s˜ ao importantes referˆ encias na ´ area de economia da sa´ ude.

Na ´ area de economia urbana e regional, temos os professores Roberto Monte-

Mor, Pedro Amaral, Anderson Cavalcante e Jo˜ ao Tonucci, sendo que os dois

primeiros s˜ ao referˆ encias importantes nacional e internacionalmente. Com 45

professores trabalhando no Cedeplar, este centro conta com o maior n´ umero

de publica¸ c˜ oes discentes do pa´ıs. Isso pode ser interessante para os alunos que,

desde cedo, j´ a desejam publicar artigos acadˆ emicos.

(16)

3.4.10 PPGEA/ESALQ

No caso de se interessar por linhas voltadas para a ´ area agr´ aria ou mesmo sobre meio ambiente, existem dois centros que possuem linhas voltadas para essa tem´ atica, que s˜ ao o PPGEA/ESALQ e o PPGEA/UFV. Ambos centros possuem conceito CAPES 5.

A ESALQ ´ e um polo da USP, que se encontra na cidade de Piracicaba, interior de SP e possui v´ arios pesquisadores com enfoque agr´ ario, muitos inclu- sive membros da SOBER (Sociedade Brasileira de Economia, Administra¸ c˜ ao e Sociologia Rural). Tamb´ em tem o Alexandre Nunes, que estuda meio ambiente e o Humberto Spolador, atualmente suplente e coordenador do curso, respec- tivamente. O processo seletivo da ESALQ vai bem al´ em de s´ o fazer a Anpec.

Al´ em da prova, a coordena¸ c˜ ao de sele¸ c˜ ao de l´ a ainda pede para que o candidato envie (em um prazo determinado por eles, antes da prova) curr´ıculo Lattes, carta de recomenda¸ c˜ ao, ficha de inscri¸ c˜ ao (que eles disponibilizam) e um projeto de pesquisa. Com essa documenta¸ c˜ ao e a sua nota na prova, eles determinam se vocˆ e passa para a pr´ oxima fase ou n˜ ao e ent˜ ao, fazem uma entrevista com cada candidato, chegando ` a classifica¸ c˜ ao final.

3.4.11 PPGEA/UFV

A UFV, assim como a maioria dos centros, s´ o considera a Anpec. O PPGEA/UFV

´ e majoritariamente focado em economia agropecu´ aria, e possui um quadro de professores bem amplo, em sua maioria ortodoxos. Existem poucos nomes voltados ao meio ambiente, como o caso do Denis da Cunha. No geral, s˜ ao muito focados em econometria e modelos matem´ aticos aplicados a agropecu´ aria, como o caso do Alexandre Coelho, Leonardo Bornacki e o Wilson Vieira.

O programa tem exigˆ encias fortes, CR m´ınimo a ser obtido nos dois primeiros semestres (sen˜ ao, o estudante ´ e desligado do programa) e outras exigˆ encias de publica¸ c˜ ao. Por´ em, o programa sempre se dedicou a fornecer bolsas para se n˜ ao todos, grande parte dos estudantes. Sendo que normalmente, at´ e o segundo semestre, todos os alunos da turma j´ a se encontram recebendo bolsas, sejam elas da CAPES, CNPq ou FAPEMIG. Al´ em de que, a UFV em geral possui uma estrutura e uma administra¸c˜ ao eficiente, o que faz o campus e todas as demais atividades vinculadas a ela, funcionais e de qualidade (Restaurante Universit´ ario, processos de aux´ılios aos alunos, bibliotecas e afins).

3.4.12 USP-RP

A USP-RP tem conceito 5 pela CAPES e convida os 150 primeiros colocados no

ranking, al´ em conceder bolsa para todos os alunos, no primeiro ano. No segundo

ano, a bolsa n˜ ao ´ e garantida, mas ´ e poss´ıvel obter renda participando de grupos

de pesquisa e/ou dando monitorias. Alguns alunos, como ´ e poss´ıvel n˜ ao cursar

mat´ erias no segundo ano, acabam saindo de Ribeir˜ ao Preto (onde a universidade

fica) e v˜ ao trabalhar em S˜ ao Paulo, no mercado financeiro (fazendo a disserta¸ c˜ ao

ao mesmo tempo).

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O professor M´ arcio Laurini desenvolve trabalhos aplicados usando econometria e ´ e conhecido por orientar (bem) muitos alunos. Na ´ area te´ orica, o professor Jef- ferson Bertolai desenvolve trabalhos em teoria dos contratos e pol´ıtica monet´ aria.

Em finan¸ cas e macroeconomia, o professor Alex Ferreira pesquisa estes assuntos.

H´ a tamb´ em o professor Daniel Santos, que foi orientado em Chicago pelo vence- dor do Nobel James Heckman, que publica na ´ area de microeconomia aplicada.

Em economia da educa¸c˜ ao, o programa conta com o Laborat´ orio de Estudos e Pesquisas em Economia Social(LEPES). Com vi´ es bastante ortodoxo, o curso de ver˜ ao em an´ alise ´ e bastante puxado. O professor usa material da EPGE/FGV e nem todos passam, mesmo a nota m´ınima sendo cinco.

3.4.13 UFPR

Na UFPR, atualmente, o conceito CAPES ´ e 5, mas recentemente era 6. Ouve-se dizer que h´ a grandes chances de subir novamente e que caiu por quest˜ oes pol´ıticas e n˜ ao por qualquer quest˜ ao que envolva o bom andamento do programa. Nem todos os alunos recebem bolsa, principalmente do doutorado. Historicamente, alunos do doutorado recebem entre 3 a 5 bolsas. Isso depende muito do ano. J´ a para o mestrado, a maioria recebe. Nas ´ ultimas turmas, quem n˜ ao entrou com bolsa conseguiu poucos meses depois, mas tamb´ em n˜ ao existe um padr˜ ao. No doutorado, normalmente abrem 10 vagas e no mestrado, 15.

Com um vi´ es plural, o programa possui estas linhas de pesquisa. Economia comportamental: no departamento s´ o a Adriana Sbicca est´ a nessa ´ area. Uma

´

otima pesquisadora. Os alunos a elogiam bastante. Acredito que a ´ area de comportamental ´ e muito restrita, ent˜ ao pra quem se interessa, ´ e uma ´ otima op¸c˜ ao.

hist´ oria do pensamento econˆ omico: Marcelo Luiz Curado reconhecido entre os p´ os-keynesianos (mas talvez n˜ ao esteja orientando mais) e o Eduardo Angeli com hist´ oria do pensamento econˆ omico na ´ area dos liberais. Economia e institui¸ c˜ oes:

Felipe Almeida com foco na velha economia institucional (institucionalismo norte americano do sec. XX). Economia regional e urbana: o grupo de pesquisa chama NEDUR e ´ e puramente ortodoxo. Ali h´ a alguns ´ otimos professores e seria complicado destacar apenas uns, mas vou falar dos que eu conhe¸ co mais de perto. Kˆ enia de Souza ´ e pesquisadora em mercado de trabalho e equil´ıbrio geral comput´ avel e Alexandre Porsse, pesquisador em econometria espacial.

Por fim, a bolsa paga o custo de se morar em Curitiba. Normalmente quem vem pra UFPR mora no Cristo Rei ou no Jardim Botˆ anico. De antem˜ ao j´ a indico morar no Cristo Rei, ´ e um bairro mais acess´ıvel a faculdade e que possibilita morar num apˆ e rachando com algumas pessoas. No jardim botˆ anico, a maioria ´ e pens˜ ao, com muitos estudantes morando. No geral, sempre tem muitas op¸c˜ oes e elas giram desde $400 at´ e $800 reais. O Restaurante da universidade ´ e R$1,30 e bem servido.

3.4.14 Uerj

A Uerj conta com um programa de mestrado e doutorado. Com conceito CAPES

4, nem todos os alunos recebem bolsa. A sa´ıda dos professores Luiz Fernando de

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Paula, Pedro Hemsley e Susan Schommer pode impactar negativamente na nota do programa. Vale ressaltar que, na ´ area de finan¸ cas, a Uerj conta com alguns bons pesquisadores como o professor Fernando Aiube e Andrea Ugolini. Na ´ area de meio ambiente, os professores Ronaldo Serˆ oa e Gabriela Sanchez desenvolvem pesquisa. O professor Alexandre Marinho publica bastante na ´ area de economia da sa´ ude.

Em economia agr´ aria, os professores Elcyon Caiado e Antˆ onio Salazar podem orientar trabalhos na ´ area em quest˜ ao. J´ a o professor Oct´ avio Tourinho possui publica¸ c˜ oes na ´ area de macroeconomia aplicada. Por fim, caso vocˆ e queira pesquisar temas heterodoxos, os professores Elias Jabour e Angela Moulin podem te orientar.

3.4.15 UFSCar

Com um vi´ es mais ortodoxo e localizado em Sorocaba, o curso de mestrado da UFSCar tem coloca¸ c˜ ao 4 na CAPES e nem todos os alunos recebem bolsa ao ingressar no programa. Alguns professores que d˜ ao aula no programa s˜ ao formados pela ESALQ e, por isso, para os que tiverem interesse em temas como meio ambiente e economia agropecu´ aria a UFSCar pode ser bastante interessante.

H´ a, al´ em disso, o N´ ucleo de Estudos em Economia Aplicada que desenvolve projetos nas ´ areas de macroeconomia e finan¸ cas, bem estar, agricultura e meio ambiente e economia internacional.

3.4.16 PPEA/UFOP

A UFOP iniciou o curso de mestrado em economia aplicada com sua primeira turma em 2016. O programa possui um vi´ es ortodoxo com o objetivo de solidificar o conhecimento em m´ etodos quantitativos, mas tamb´ em possui foco de pesquisa em desenvolvimento econˆ omico e pol´ıticas p´ ublicas. Por ser um curso recente, a coloca¸c˜ ao na CAPES do PPEA/UFOP (Programa de P´ os-gradua¸ c˜ ao em Economia Aplicada) ´ e 3.

Deve-se evidenciar que o curso ´ e bem exigente em rela¸ c˜ ao a quantidade de cr´ editos obrigat´ orios a serem cumpridos. Ao iniciar o aluno ir´ a realizar o nivelamento em matem´ atica e estat´ıstica com dura¸ c˜ ao de um mˆ es. O primeiro per´ıodo ´ e composto pelas disciplinas de economia matem´ atica, microeconomia e inferˆ encia estat´ıstica. J´ a o segundo por econometria, macroeconomia e semin´ ario de disserta¸ c˜ ao. Portanto, o programa possui no total 8 disciplinas obrigat´ orias - contando as disciplinas do nivelamento s˜ ao 24 cr´ editos - e 10 cr´ editos eletivos a serem cumpridos.

Uma informa¸ c˜ ao bem relevante ´ e que na UFOP existe a possibilidade de cumprir parte dos cr´ editos eletivos no Cedeplar/UFMG por meio de um termo de colabora¸ c˜ ao que os dois centros possuem, o que permite realizar 6 dos 10 cr´ editos eletivos no outro centro.

Em rela¸ c˜ ao ` as linhas de pesquisa dos professores do PPEA/UFOP s˜ ao:

m´ etodos estat´ısticos aplicados ` a economia, avalia¸c˜ ao de pol´ıticas p´ ublicas, desen-

volvimento econˆ omico e teoria econˆ omica. As linhas de pesquisa e o curr´ıculo

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Lattes de cada professor podem ser vistas no site do programa com maiores detalhes. Apesar de um centro considerado ortodoxo, possui professores como a Doutora Francisca Diana que focam em uma economia menos quantitativa.

3.5 Como escolher os centros?

Talvez, o fator mais importante seja o vi´ es metodol´ ogico que vocˆ e deseja trabalhar.

N˜ ao adianta ser heterodoxo e ir para centros como FGV e Puc-Rio, pois ´ e bastante prov´ avel que tenha dificuldade para encontrar algum orientador e disciplinas que te agradem. O mesmo vale para um economista ortodoxo, que vai cursar o mestrado na Unicamp. Logo, tenha em mente a linha que vocˆ e quer seguir ao escolher os centros.

As vezes, mesmo sendo forte na sua linha metodol´ ` ogica, o centro n˜ ao tem muitos pesquisadores publicando ou que possam orientar um tema espec´ıfico.

Por isso, vale a pena perder um pouco de tempo, olhando no site da institui¸ c˜ ao, quais s˜ ao as especialidades de cada professor.

Garantia de bolsa ´ e algo bastante relevante. Tanto a bolsa da CAPES como a do CNPq ´ e de R$1.500,00 e, como foi dito no item anterior, nem todos os centros oferecem bolsa a todos os candidatos no in´ıcio do programa. Ao longo do curso, dependendo das regras de cada institui¸ c˜ ao, fica mais f´ acil ou dif´ıcil obter bolsa. Por exemplo, em programas como o da UFRJ e da UFF, caso o aluno n˜ ao passe em alguma mat´ eria, a bolsa ´ e repassada para outro aluno do programa. Al´ em disso, ´ e poss´ıvel obter bolsa como assistente de pesquisa em algum grupo de pesquisa da institui¸c˜ ao, trabalhando no Ipea, na FGV, no CPI.

O peso da bolsa fica ainda maior quando se leva em conta o custo de vida.

Algumas pessoas acabam escolhendo centros fora do Rio de Janeiro e isso, pra pagar as contas, pode ser bom ou ruim. Se o candidato for para S˜ ao Paulo, custos como aluguel, alimenta¸ c˜ ao, transportes, etc. devem ser levados em considera¸ c˜ ao.

Algumas cidades menores e que contam com alguns bons programas de p´ os- gradua¸ c˜ ao, como Piracicaba, Ribeir˜ ao Preto, Vi¸ cosa e Juiz de Fora possuem custo de vida inferiores ao de outras grandes cidades.

Finalmente, se vocˆ e pretende seguir para um doutorado no exterior, ´ e impor- tante saber se o programa tem capacidade de enviar alunos pra fora. Programas em que os professores estejam publicando em boas revistas internacionais e que tenham mandado alunos pra fora devem estar na sua lista. O “Top 4” manda muitos alunos pra fora, assim como a UnB e UFPE. J´ a programas como o da UFRJ e UFF tˆ em menos tradi¸ c˜ ao, mas tˆ em capacidade de te colocar em algum bom programa de doutorado no exterior, assim como outros centros CAPES 5 e 6, especialmente se vocˆ e fizer (e mandar bem) mat´ erias como aluno externo na FGV e na Puc.

3.6 Pol´ıticas de a¸ c˜ ao afirmativa

Nem todos os programas preveem a reserva de vagas para pol´ıticas de a¸ c˜ ao

afirmativa, dos que adotam essa medida n˜ ao h´ a uma padroniza¸c˜ ao com rela¸ c˜ ao a

modalidades, crit´ erios nem implica¸c˜ oes da op¸ c˜ ao por essas vagas. Vale destacar

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que, maiores informa¸ c˜ oes sobre cotas devem sempre ser verificadas nos editais divulgados por cada centro.

A reserva de vagas no PPGCE/Uerj ´ e destinada essencialmente a candidatos comprovadamente carentes, sendo 12% para estudantes graduados negros e ind´ıgenas, 12% para graduados da rede p´ ublica e privada de ensino superior e 6% para pessoas com deficiˆ encia, filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de seguran¸ ca e administra¸ c˜ ao penitenciaria, mortos ou incapacitados em raz˜ ao do servi¸ co. Os candidatos interessados em concorrer a essas vagas dever˜ ao preencher os formul´ arios de carˆ encia socioeconˆ omica, bem como os documentos comprovat´ orios dessa condi¸ c˜ ao e da op¸ c˜ ao de cota a serem entregues no ato da inscri¸c˜ ao, que ocorre ap´ os a divulga¸c˜ ao do resultado da Anpec.

O PPGE/UFF adota a reserva de vagas destinadas a candidatos negros (pretos e pardos), ind´ıgenas e pessoas com deficiˆ encia. A op¸c˜ ao por concorrer ` as vagas reservadas ocorre ap´ os a divulga¸ c˜ ao da lista de resultado da institui¸ c˜ ao, atrav´ es do preenchimento de autodeclara¸ c˜ ao enviada a todos os candidatos constantes nesta lista. Vale observar que, na pr´ atica, n˜ ao h´ a acesso diferenciado aos optantes pela cota, uma vez que todos os candidatos que comp˜ oem a classifica¸c˜ ao final da institui¸ c˜ ao costumam ser convocados.

A Unicamp reserva 20% de suas vagas para candidatos negros (pretos e pardos), com nacionalidade brasileira. Quem desejar concorrer a essas vagas dever´ a enviar autodeclara¸c˜ ao, conforme modelo proposto no edital de sele¸c˜ ao, para a institui¸ c˜ ao. O envio da declara¸c˜ ao em quest˜ ao ´ e realizado antes da aplica¸ c˜ ao do exame. O centro adota notas de corte diferentes para optantes e n˜ ao optantes a reserva de vagas, em virtude disso o resultado do processo seletivo

´ e divulgado em duas listas de classifica¸ c˜ ao. Vale mencionar que os candidatos optantes ter˜ ao acesso priorit´ ario a bolsas, al´ em de poderem pleitear o acesso a todos os programas do Servi¸ co de Apoio ao Estudante (SAE).

A op¸ c˜ ao por concorrer ` a reserva de vagas no PPGEA/UFV ´ e feita ap´ os a divulga¸ c˜ ao do resultado da Anpec, sendo permitida a concorrˆ encia a essas vagas apenas por candidatos que ocuparam as 800 primeiras posi¸ c˜ oes na classifica¸c˜ ao geral do exame. A manifesta¸ c˜ ao de interesse em concorrer ` as vagas reservadas aos negros (pretos ou pardos) e ind´ıgenas ou ` as pessoas com deficiˆ encia, dar-se-´ a atrav´ es de autodeclara¸ c˜ ao, enviada por e-mail ` a secretaria do Programa.

Os candidatos que optarem pela reserva de vagas no Cedeplar/UFMG pre- cisam enviar uma autodeclara¸c˜ ao ´ etnico-racial, de pessoa com deficiˆ encia ou auto reconhecimento ind´ıgena, juntamente com outros documentos, no ato da inscri¸ c˜ ao, que ocorre antes da realiza¸ c˜ ao da prova Anpec. As instru¸ c˜ oes sobre os documentos a serem enviados, assim como orienta¸ c˜ oes quanto ao seu envio, variam de acordo com a modalidade de cota a ser pleiteada.

3.7 Como se preparar?

O primeiro ponto importante ´ e: se preparar para Anpec demandar´ a tempo. Isso

significa que o ideal ´ e vocˆ e n˜ ao destinar muito tempo para outras atividades

como est´ agio ou at´ e mesmo mat´ erias da faculdade. O recomendado ´ e come¸ car

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os estudos para a prova a partir de janeiro, com isso ter´ a tempo suficiente para fazer tudo com calma. Como a prova ´ e no final setembro, vocˆ e ter´ a dispon´ıvel 9 meses para se preparar. Caso isso n˜ ao seja vi´ avel, estudar a partir de junho j´ a ´ e suficiente para conseguir um bom resultado, mas lembrando que o cronograma de estudos ser´ a mais r´ıgido.

Uma ferramenta muito boa que pode ser utilizada s˜ ao os cursos preparat´ orios.

No Rio, temos trˆ es cursos dispon´ıveis: CORECON, CATE-UFRJ e FGV. S˜ ao cursos ´ otimos que realmente valem a pena ser feitos. Os cursos ajudam muito com entendimento de algumas mat´ erias que normalmente n˜ ao s˜ ao vistos da forma adequada na gradua¸ c˜ ao, principalmente os t´ opicos da prova de matem´ atica e estat´ıstica. Al´ em disso, vocˆ e n˜ ao ter´ a que se preocupar em fazer resumos das mat´ erias, j´ a que os cursos disponibilizam material de estudo e isso poupa bastante tempo. O ´ unico problema desses cursos ´ e o custo elevado. Caso seja vi´ avel ´ e recomendado fortemente que pegue todas as mat´ erias. Se n˜ ao for poss´ıvel pagar o curso, vale a pena fazer um esfor¸co para pegar as mat´ erias de matem´ atica e estat´ıstica que s˜ ao as mais complicadas da Anpec.

Caso n˜ ao seja poss´ıvel pagar nenhum curso vocˆ e vai ter que gastar um certo tempo fazendo resumos e revisando as mat´ erias. Para saber quais livros consultar, no edital da Anpec est´ a dispon´ıvel a bibliografia sugerida com todos os livros. H´ a alguns cursos online, como o da Cec´ılia Menon e o AproBI. Um canal do YouTube muito bom para matem´ atica ´ e o Matem´ atica Universit´ aria do professor Renan Lima, que ´ e professor do ITA e ´ e doutor pelo Impa.

Terceiro ponto s˜ ao os livros de exerc´ıcio. Sim, existem livros para apenas fazer consulta da mat´ eria/resumos e outros livros para exerc´ıcios. Os livros s˜ ao da editora Elsevier. Eles s˜ ao essenciais e n˜ ao se preocupe com o custo, pois ap´ os a prova ´ e muito f´ acil vender os mesmos. Por isso, compre todos eles da edi¸ c˜ ao mais recente. Nesses livros est˜ ao quest˜ oes resolvidas de provas de v´ arios anos divididos por t´ opicos. Observe os t´ opicos de cada mat´ eria nesses livros e se guie por eles. Toda vez que terminar de revisar esses t´ opicos v´ a para o livro fazer os exerc´ıcios na ordem. Depois que terminar os livros resolva os exerc´ıcios mais duas vezes. N˜ ao estou brincando. Essa prova possui padr˜ oes e as quest˜ oes s˜ ao bem semelhantes de um ano para o outro. Logo vocˆ e tem que se acostumar com o formato da prova e ganhar agilidade para resolver os exerc´ıcios.

POR FAVOR, N ˜ AO GASTE TEMPO FAZENDO EXERC´ICIOS DE OUTROS LIVROS, FAC ¸ A APENAS OS EXERC´ICIOS DOS LIVROS DA ELSEVIER.

O outro ponto s˜ ao os simulados. Se vocˆ e come¸cou os estudos em janeiro ter´ a um pouco de vantagem nessa parte. ´ E recomend´ avel que toda a mat´ eria j´ a tenha sido vista at´ e agosto, a partir da´ı fa¸ ca os simulados e fique revezando junto com os livros da Elsevier. Os simulados s˜ ao importantes pois a partir deles vocˆ e ter´ a no¸ c˜ ao de quanto tempo vocˆ e est´ a gastando para fazer as provas e em quais pontos vocˆ e est´ a com mais dificuldade. Identificando os pontos de dificuldade nos simulados vocˆ e pode fazer um refor¸ co nesses t´ opicos para melhorar o seu resultado. Tente fazer os simulados sempre respeitando o tempo de 2h e no caso de economia brasileira 3h.

Por fim, ´ e necess´ ario observar que existe uma pequena diferen¸ ca entre a

prepara¸ c˜ ao de pessoas que querem centros ortodoxos de centros heterodoxos.

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Para os candidatos que querem centros ortodoxos ´ e necess´ ario um esfor¸ co maior em matem´ atica. Para os candidatos de centros heterodoxos ´ e necess´ ario um esfor¸ co maior em economia brasileira, j´ a que centros como Unicamp e UFRJ, economia brasileira representa uma parte consider´ avel da nota. Para os centros heterodoxos ´ e essencial observar toda a bibliografia que ser´ a utilizada na prova, enquanto os candidatos dos centros ortodoxos apenas ler o Economia Brasileira Contemporˆ anea do Fabio Giambiagi ser´ a suficiente.

3.8 Resultados

O primeiro gabarito sai logo, mas normalmente com erros e isso pode mudar a sua nota. Algum tempo depois, a sua pontua¸ c˜ ao geral e a classifica¸ c˜ ao geral ´ e liberada no site da Anpec. Em novembro, os centros come¸ cam a ligar e enviar email. Participar do grupo da Anpec no Facebook pode ajudar muito, uma vez que os candidatos divulgam suas notas na planilha compartilhada e avisam quando os centros come¸ cam entrar em contato.

Na planilha compartilhada, alguns candidatos colocam as notas de suas provas, preferˆ encias de centros e classifica¸ c˜ ao com e sem as notas de economia brasileira. Os resultados desse planilha servem como uma proxy para o ranking oficial que ser´ a liberado posteriormente pela Anpec. Ajuda bastante para saber suas chances em cada centro.

E importante que vocˆ ´ e converse o m´ aximo com os coordenadores da p´ os- gradua¸ c˜ ao, que geralmente s˜ ao quem fazem as liga¸ c˜ oes e compare¸ ca ` as ap- resenta¸ c˜ oes dos programas. Isso porque ´ e poss´ıvel conversar com alunos e professores do programa, bem como ter uma ideia das chances de obter bolsa (caso ela ainda n˜ ao esteja garantida, dada sua posi¸ c˜ ao).Tamb´ em ´ e durante esse contato que ´ e poss´ıvel ter ideia do custo de vida da cidade, dificuldade do curso e outras informa¸ c˜ oes mais espec´ıficas passadas pelos pr´ oprios alunos da p´ os.

3.9 N˜ ao passei para o centro que eu queria. E agora?

N˜ ao passar de primeira para o centro desejado ´ e mais comum do que vocˆ e pensa, especialmente quando o foco est´ a no Top 4. O exame da Anpec ´ e bastante exaustivo e consome quase um ano interior de estudo, de forma que nem todos tˆ em “disposi¸c˜ ao” para repetir o processo. At´ e porque, h´ a ´ otimas alternativas second-best de centros.

Caso vocˆ e queira desenvolver pesquisa com vi´ es ortodoxo e n˜ ao tenha passado para a USP, FGV e Puc, h´ a algumas boas op¸ c˜ oes. Se o seu interesse for em microeconomia aplicada ou te´ orica, ou at´ e mesmo macro te´ orica a UFRJ pode ser uma ´ otima op¸c˜ ao. Al´ em de contar com alguns professores com publica¸c˜ oes nessas

´

areas, o grupo de Economia Quantitativa est´ a fornecendo in´ umeras disciplinas com vi´ es ortodoxo (micro, macro, econometria, etc.).

Outro ponto relevante ´ e que ´ e poss´ıvel fazer 1/3 do programa em outras

institui¸ c˜ oes, como Puc e FGV. Estas recebem muito bem alunos de outros

programas para cursar boa parte de suas disciplinas. O custo de entrado ´ e ter

que cursar as disciplinas de macro e microeconomia heterodoxas.

(23)

Caso o seu interesse seja macroeconomia aplicada, os professores do CE- MAFIN da UFF, al´ em de orientarem muitos alunos, fornecem disciplinas na

´

area. Al´ em disso, ´ e poss´ıvel cursar mat´ erias em outros programas, mas menos do que na UFRJ. ´ E importante ressaltar que ficar no Rio, ou em S˜ ao Paulo, tem in´ umeras vantagens.

A possibilidade de cursar disciplinas em outros programas ´ e uma delas. ´ E poss´ıvel, se ficar no Rio, al´ em do mais, trabalhar como assistente de pesquisa no Ipea, ou em algum grupo de pesquisa, durante o mestrado e trabalhar no Climate Policy Initiative (comandado pelo professor Juliano Assun¸c˜ ao da Puc e que desenvolve trabalhos em agricultura, meio ambiente e cr´ edito agr´ıcola).

Caso queira ficar em S˜ ao Paulo, como foi dito anteriormente, alguns centros de l´ a permitem que vocˆ e curse mat´ erias em outros programas. H´ a, al´ em disso, centros de pesquisa renomados em S˜ ao Paulo, como a FIPE.

UnB, UFPE, UFJF, USP-RP, ESALQ, etc. contam com ´ otimos programas de mestrado. Contudo, vocˆ e deve levar em conta que vai ser muito dif´ıcil fazer esse intercˆ ambio entre centros de pesquisa que ´ e poss´ıvel aqui no Rio. Dessa forma, vocˆ e acaba ficando isolado em um centro muito bom.

Caso vocˆ e queira algo mais heterodoxo e n˜ ao tenha passado para, por exemplo, a Unicamp, a UFRJ, como foi dito antes, seria uma ´ otima op¸c˜ ao pra vocˆ e, assim como a UFF. A recomenda¸ c˜ ao de ficar no Rio de Janeiro ´ e a mesma, de forma que vocˆ e pode desfrutar da forte liga¸c˜ ao entre os programas da UFF e da UFRJ.

Isso porque, os dois institutos possuem grupos de estudo conjuntos (como o de energia), o que facilita o trˆ ansito entre os dois programas.

Por fim, escolha bem os seis centros pensando na possibilidade de n˜ ao passar para o que vocˆ e mais deseja. Ter apenas uma op¸ c˜ ao ´ e muito arriscado e n˜ ao adianta tentar ir para um centro que vocˆ e n˜ ao colocou como op¸ c˜ ao. Alguns, para os quais vocˆ e n˜ ao demostrou interesse, at´ e te chamam. Contudo, para muitos centros CAPES 7 e 6 isso n˜ ao acontece.

H´ a, inclusive, uma hist´ oria muito famosa sobre um candidato que s´ o queria passar para os centros Top 4 e colocou como op¸ c˜ oes apenas estes. Ele acabou n˜ ao passando em nenhum dos quatro e enviou um email para o coordenador do programa da UFF dizendo que sempre teve o sonho de fazer o mestrado l´ a.

O meio acadˆ emico n˜ ao ´ e grande e, al´ em de receber a negativa do coordenador, essa hist´ oria passou a circular bastante. Portanto, n˜ ao cai na besteira desse candidato e tenha mais de um plano.

4 Alternativas: s´ o tem a Anpec?

Fazer e se preparar para a prova da Anpec est´ a longe de ser trivial. Al´ em do mais, algumas pessoas podem estar interessadas em temas espec´ıficos, como:

finan¸ cas, marketing, matem´ atica, pol´ıticas p´ ublicas, etc. ´ E poss´ıvel, dessa forma,

obter um diploma de mestrado acadˆ emico em ´ areas que tenham alguma rela¸ c˜ ao

com a economia. Separamos aqui alguns programas que podem ser interessantes.

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4.1 COPPEAD/UFRJ

O processo de entrada ´ e bem simples. Consiste basicamente em se classificar com sua nota em alguns exames. S˜ ao duas op¸ c˜ oes, ou vocˆ e faz o exame da ANPAD e um exame de proficiˆ encia em inglˆ es como o TOEFL, ou vocˆ e faz somente a prova do GMAT. Vale lembrar que o mestrado ´ e inteiramente em inglˆ es, fora uma optativa ou outra em portuguˆ es. Se houver interesse em fazer o intercˆ ambio, h´ a universidades que pedem um exame de proficiˆ encia em inglˆ es como requisito.

Com suas notas, vocˆ e se inscreve no processo seletivo e espera sua classifica¸c˜ ao no ranking de entrada. Esse primeiro ranking orientar´ a a distribui¸ c˜ ao das primeiras bolsas, ent˜ ao quanto mais alta sua nota, melhor.

Todos recebem bolsa, mas n˜ ao necessariamente come¸cam a receber ao mesmo tempo. H´ a um n´ umero fixo de bolsas para a COPPEAD, que s˜ ao liberadas conforme os alunos v˜ ao se formando. Os primeiros colocados no ranking s˜ ao os primeiros a receber as bolsas. O valor da bolsa ´ e de R$1.500. ´ E poss´ıvel conseguir bolsas de pesquisa com alguns professores – a partir do 2

o

per´ıodo (cada um dura cerca de 10 semanas) ´ e poss´ıvel pegar disciplinas eletivas.

O mestrado da COPPEAD ´ e bastante generalista, que, apesar de ser acadˆ emico, se denomina Full Time MBA e j´ a saiu algumas vezes bem colocado nos rankings do Financial Times, al´ em de ser nota 6 na CAPES. L´ a dentro, h´ a 4 linhas de pesquisa: i) Finan¸ cas, ii) Estrat´ egia, iii) Opera¸ c˜ oes e iv) Marketing. ´ E poss´ıvel seguir qualquer uma das linhas puxando mat´ erias eletivas em cada uma delas.

A grande maioria dos alunos j´ a sai da COPPEAD empregado. Durante o curso h´ a diversos touchpoints com o mercado de trabalho, muitas vezes surgindo oportunidades antes mesmo do fim do curso. ´ E o caso do Multicultural Projects, onde, durante 10 dias, nos unimos com alunos da Universidade de San Diego e realizamos um projeto de consultoria junto a empresas. Al´ em disso, temos o Summer Job, onde, por 10 semanas, ´ e poss´ıvel trabalhar em alguma empresa (algumas oferecem vagas exclusivas para alunos da COPPEAD, outras tˆ em seu pr´ oprio programa) e receber por isso. Por fim, temos a Career Week, quando diversas empresas v˜ ao at´ e a COPPEAD e abrem as portas para visita¸ c˜ ao tamb´ em, fortalecendo o networking e apresentando oportunidades. Alunos da COPPEAD tamb´ em conseguem pular etapas em alguns processos seletivos, de consultorias, por exemplo.

No segundo semestre do segundo ano do mestrado ´ e poss´ıvel fazer intercˆ ambio pela COPPEAD. ´ E preciso estar com a disserta¸ c˜ ao ao menos 70% conclu´ıda. S˜ ao diversas universidades parceiras no mundo todo, e o normal ´ e que sobrem vagas, pois costuma ter mais vagas do que alunos interessados. Algumas das parceiras s˜ ao: Wharton, CEIBS, Universidade de San Diego, Universidade de Sidney, Bocconi, Rotterdam School of Management, IE, entre outras. Os per´ıodos de intercˆ ambio podem variar de 10 semanas a 6 meses. ´ E obrigat´ orio puxar um m´ınimo de cr´ editos na universidade de destino. N˜ ao ´ e necess´ ario pagar nenhum tipo de tuition, mas vocˆ e dever´ a bancar suas despesas no local que for e sua passagem, al´ em de correr atr´ as de burocracias como visto.

Para a sele¸c˜ ao das vagas nas universidades ´ e usado o ranking: os alunos com

maiores notas nas disciplinas obrigat´ orias tˆ em a preferˆ encia para escolher suas

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universidades de destino primeiro.

4.2 PPED/UFRJ

O Programa de P´ os-Gradua¸ c˜ ao em Pol´ıticas P´ ublicas, Estrat´ egias e Desen- volvimento, do Instituto de Economia da UFRJ ´ e interdisciplinar, amplo e plural. O programa possui conceito CAPES 4 e foi reestruturado recentemente.

Atualmente, ele possui 4 linhas de pesquisa: desigualdade, pol´ıticas de bem-estar e capacidades estatais; sustentabilidade e governan¸ca ambiental; institui¸ c˜ oes, regula¸ c˜ ao e mudan¸ ca institucional; inova¸ c˜ ao e propriedade intelectual.

O mestrado no ano de 2019 ofereceu 6/7 bolsas e entraram 10 alunos. J´ a no ano de 2020 entraram 15 alunos. Ao longo do processo seletivo, o aluno j´ a escolhe sua linha de pesquisa, normalmente a que tem maior demanda ´ e a primeira linha. Mas a escolha da linha de pesquisa n˜ ao restringe o aluno a cursar mat´ erias de outras linhas.

O processo seletivo para o mestrado ´ e composto por trˆ es etapas: a primeira, apenas de car´ ater eliminat´ orio ´ e de proficiˆ encia em l´ıngua inglesa; a segunda

´ e uma prova escrita, com peso 7; e, a terceira engloba avalia¸ c˜ ao do hist´ orico escolar, do curriculum vitae e do plano de estudos, al´ em de uma argui¸c˜ ao oral sobre temas correlatos ao plano de estudos, essa etapa tem peso 3.

A empregabilidade ´ e bastante interessante, uma vez que os alunos podem seguir para o doutorado, preencher posi¸c˜ oes no setor p´ ublico e privado. H´ a alunos que foram para Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro, assim como para o Centro Brasil no Clima.

4.3 IPPUR/UFRJ

Com nota CAPES 6, o mestrado em Planejamento Urbano e Regional est´ a subdividido em linhas de pesquisa que relacionam planejamento e estrutura¸ c˜ ao urbana e metropolitana, hist´ oria, cultura, meio ambiente, tecnologia, territ´ orio e desenvolvimento regional.

Este programa adota um processo seletivo composto por quatro fases: prova de conhecimentos; prova de l´ıngua estrangeira, que pode ser inglˆ es ou francˆ es e consistir´ a na tradu¸c˜ ao de textos para o portuguˆ es; aprecia¸c˜ ao do hist´ orico escolar, curriculum vitae e memorial, contendo experiˆ encias profissionais e informa¸ c˜ oes sobre interesses, disponibilidades e expectativas associadas ao mestrado; e, entrevista. A prova de l´ıngua estrangeira ´ e apenas de car´ ater eliminat´ orias, enquanto as demais s˜ ao eliminat´ orias e classificat´ orias.

O fato do programa ser bastante interdisciplinar ajuda bastante o aluno circular entre muitas ´ areas, especialmente para os que tˆ em interesse em seguir para temas voltadas ` a ´ area de energia e sustentabilidade.

4.4 Ebape/FGV

Com conceito 7 pela CAPES, o mestrado acadˆ emico em administra¸c˜ ao da EBAPE

conta com com quatro linhas de pesquisa:

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a) Ciˆ encias Comportamentais e de Tomada de Decis˜ ao: com foco nos processos de tomada de decis˜ ao dos agentes a n´ıvel individual, esta linha de pesquisa ´ e constitu´ıda por um grupo interdisciplinar de professores, cujo principal objetivo consiste em compreender como os indiv´ıduos tomam decis˜ oes em contextos relevantes para empresas e governos. Os t´ opicos discutidos nesta linha incluem, por exemplo, o comportamento do consumidor, o comportamento financeiro, e o comportamento dos gerentes e trabalhadores nas organiza¸ c˜ oes.

b) Estrat´ egia, Gest˜ ao e Organiza¸c˜ oes: com foco nos processos no n´ıvel organizacional, esta linha de pesquisa busca compreender fenˆ omenos de gest˜ ao em organiza¸c˜ oes tanto no ˆ ambito p´ ublico quanto no ˆ ambito da gest˜ ao corporativa.

Os t´ opicos discutidos nesta linha incluem teoria das organiza¸c˜ oes, estrat´ egia competitiva, internacionaliza¸ c˜ ao, governan¸ ca e controle, cultura organizacional e processos de gest˜ ao.

c) Finan¸ cas: esta linha abrange uma s´ erie de disciplinas que proporcionam es- tudo aprofundado de quest˜ oes fundamentais em Finan¸ cas Corporativas, Avalia¸ c˜ ao de Ativos, Sistema Banc´ ario, Contabilidade e Tomada de Decis˜ oes Financeiras.

d) Institui¸ c˜ oes, Pol´ıtica e Governo: com foco no n´ıvel institucional e no processo de formula¸ c˜ ao de pol´ıticas, esta linha abrange o estudo de institui¸ c˜ oes pol´ıticas, pol´ıtica p´ ublica e governo em uma perspectiva comparada. A quest˜ ao fundamental abordada por esta linha ´ e: “Como e quando institui¸ c˜ oes pol´ıticas afe- tam resultados relativos ao governo, formula¸c˜ ao de pol´ıticas e pol´ıticas p´ ublicas?”.

Utilizam-se ferramentas te´ oricas e metodol´ ogicas da economia pol´ıtica comparada para investigar o funcionamento de institui¸ c˜ oes pol´ıticas, sistemas pol´ıticos e o processo de formula¸ c˜ ao de pol´ıticas, assim como seu efeito nas pol´ıticas p´ ublicas e desempenho econˆ omico.

O processo seletivo consiste em duas fases: exame de curr´ıculo e uma entre- vista, em inglˆ es. Na primeira fase ´ e necess´ ario apresentar a classifica¸ c˜ ao e nota em algum dos seguintes exames: GMAT (pontua¸ c˜ ao m´ınima: 600, validade: 3 anos), GRE (pontua¸ c˜ ao m´ınima: 155 em Racioc´ınio Verbal, 155 em Racioc´ınio Quantitativo, validade de 3 anos), ANPAD (percentil m´ınimo: 90%, validade de 2 anos), ANPEC (percentil m´ınimo: 90%, validade de 2 anos). Como o programa ´ e inglˆ es, o mesmo exige que vocˆ e apresente a classifica¸ c˜ ao m´ınima e nota em alguma dessas provas no idioma em quest˜ ao: IELTS ACADEMIC (pontua¸ c˜ ao m´ınima: 6.5), TOEFL IBT (pontua¸ c˜ ao m´ınima 90), Cambridge

CEFR (pontua¸ c˜ ao m´ınima: C1).

Dado que o programa ´ e acadˆ emico, vale ressaltar que o mesmo ´ e gratuito e os alunos podem receber bolsa.

4.5 Impa

O curso de mestrado em economia matem´ atica do Impa ´ e conhecido por ser

bastante te´ orico. No passado, o professor Alo´ısio Ara´ ujo comandava o programa

e o mesmo formou in´ umeros economistas que seguiram tanto para o doutorado na

pr´ opria institui¸ c˜ ao como no exterior. A forma de ingresso no programa, por´ em,

est´ a bem longe de ser trivial.

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