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PARLAMENTO EUROPEU. Documento de sessão PROPOSTA DE RESOLUÇÃO. apresentada na sequência de uma declaração da Comissão

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RE\530913PT.doc PE 344.188

PT PT

PARLAMENTO EUROPEU

1999 2004

Documento de sessão

30 de Março de 2004 B5-0165/2004

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

apresentada na sequência de uma declaração da Comissão nos termos do nº 2 do artigo 37º do Regimento

por Jules Maaten, Baroness Ludford, Cecilia Malmström, Andrew Nicholas Duff e Luciana Sbarbati

em nome do Grupo ELDR

sobre os resultados do Conselho Europeu de 25-26 de Março de 2004



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PE 344.188 2/7 RE\530913PT.doc

PT

B5-0165/2004

Resolução do Parlamento Europeu sobre as conclusões do Conselho Europeu de 25-26 de Março de 2004

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a reunião do Conselho Europeu de 25-26 de Março e as eleições para o Parlamento Europeu a 10-13 de Junho,

– Tendo em conta as conclusões do Conselho extraordinário Justiça e Assuntos Internos de 18 de Março e o Conselho Assuntos Gerais e Relações Externas de 22 de Março e do Conselho extraordinário de 25-26 de Março de 2004,

– Tendo em conta a sua recomendação de 5 de Setembro de 2001 sobre o papel da União Europeia no combate ao terrorismo (2001-2016 (INI)) e as suas resoluções de 4 de Outubro de 2001 e 24 de Outubro de 2002 sobre "Avaliação e Perspectivas para a

Estratégia comunitária em matéria de terrorismo um ano após o 11 de Setembro de 20011, – Tendo em conta o projecto de Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa de

18 de Julho de 2003, elaborado pela Convenção Europeia,

– Tendo em conta as conclusões e o plano de acção da União para o combate ao terrorismo adoptado pelo Conselho Europeu de 21 de Setembro de 20012 , a Declaração pelos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia e do Presidente da Comissão sobre os ataques de 11 de Setembro de 2001 e a luta contra o terrorismo, publicada na sequência do

Conselho informal de Gand, a 19 de Outubro de 20013,

– Tendo em conta a Declaração do Conselho Europeu de Sevilha de 21 e 22 de Junho de 2002 sobre a contribuição da PESC, incluindo da PESD na luta contra o terrorismo, A. Considerando que o Conselho Europeu reafirmou a sua determinação em chegar a um

acordo sobre o Tratado constitucional e decidiu que um tal acordo sobre o Tratado constitucional deveria ser alcançado, o mais tardar, até ao Conselho Europeu de 17-18 de Junho,

B. Considerando a necessidade de reforçar a estratégia comunitária face ao terrorismo se tornou mais evidente que nunca após os brutais ataques terroristas perpetrados em Madrid a 11 de Março de 2004,

C. Considerando que o terrorismo constitui um crime contra a humanidade e os valores de uma cidade aberta, democrática e multicultural e que, como tal, é uma ameaça para a paz, a estabilidade e a segurança internacional,

1 P5_TA(2002)0518

2 http://ue.eu.int/pressData/ern/ec/140.en.pdf

3 http://ue.eu.int/pressData/ern/ec/ACF7BE.pdf

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RE\530913PT.doc 3/7 PE 344.188

PT

1. Saúda a decisão do Conselho Europeu de chegar a um acordo final sobre a Constituição o mais tardar até ao Conselho Europeu de 17-18 de Junho; insiste no entanto, que é de importância primordial que a CIG obtenha um acordo político global antes das eleições de 10-13 de Junho de modo a que o resultado possa ser apresentado ao eleitorado com vista a um debate informado entre os partidos políticos;

2. Recorda à CIG que o Parlamento não apoiará nunca uma Constituição que não se baseie substancialmente nas propostas da Convenção e ignore as actuais prorrogativas do Parlamento em matéria orçamental ou não alargue significativamente os domínios da votação por maioria qualificada no Conselho, bem como o de co-decisão com o Parlamento;

3. Compromete-se a manter o seu envolvimento activo na CIG a todos os níveis apesar da campanha eleitoral;

II. TERRORISMO

4. Condena todos os atentados terroristas, em particular o recente e brutal atentado em Madrid a 11 de Março de 2004 e manifesta o seu pesar e solidariedade com as vítimas, as famílias e o povo de Espanha;

5. Saúda a declaração de solidariedade contra o terrorismo incluindo o compromisso político dos Estados-Membros e dos países da adesão de agir conjuntamente contra os actos terroristas, no espírito da cláusula de solidariedade contida no projecto de Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa (Artigo I-42);

6. Saúda o acordo do Conselho sobre a nomeação de um coordenador europeu para o combate ao terrorismo que será encarregado de assegurar uma abordagem integrada e coordenada no domínio da luta contra o terrorismo; considera que o coordenador da luta contra o terrorismo só pode ter êxito com um mandato claro e poderes apropriados; se bem que registe que os Estados-Membros apoiam em teoria a luta contra o terrorismo, deplora a lamentável falta de apoio dos Estados-Membros a um financiamento adequado no âmbito do orçamento comunitário;

7. Lamenta que o programa europeu de luta contra o terrorismo apenas avance na sequência de eventos trágicos e não em resultado de uma abordagem coordenada e coerente da União; lamenta que o Conselho tenha dado ao Parlamento pouco ou mesmo nalguns casos nenhum tempo para examinar de forma apropriada a legislação anti-terrorista elaborada após o 11 de Setembro de 2001 e manifesta mais uma vez o seu direito de participar plenamente no processo legislativo;

8. Considera que as medidas tomadas para defender os valores da democracia e da liberdade contra os actos terroristas não podem sabotar os aspectos fundamentais destes valores; em particular, deveriam ser feitos mais esforços para reforçar a protecção das liberdades civis, dos direitos fundamentais e os dados pessoais;

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PE 344.188 4/7 RE\530913PT.doc

PT

9. Salienta que para combater a ameaça terrorista, a União Europeia não precisa de instrumentos legais ou instituições extraordinárias mas que o Conselho deve adoptar as propostas existentes e os Estados-Membros têm que implementar integralmente os instrumentos legislativos relevantes para a luta contra o terrorismo; a este propósito, convida os Estados-Membros a publicar regularmente um relatório sobre a implementação pelos Estados-Membros da legislação anti-terrorismo;

10. Lamenta a intolerável falta de progresso e a incapacidade persistente dos Estados-

Membros para, em conjunto, pressionarem os Estados Unidos a formularem uma acusação ou a libertarem os prisioneiros detidos em Guantanamo Bay;

11. Lamenta, em particular, que cinco Estados-Membros não tenham implementado dentro do prazo o mandado de captura europeu e insta-os a implementá-lo rapidamente; solicita à Comissão Europeia que no final do ano em curso, elabore um relatório sobre o

funcionamento deste instrumento jurídico fundamental;

12. Insta o Conselho, após ouvir o Parlamento Europeu, a adoptar rapidamente a proposta de decisão-quadro sobre garantias processuais no âmbito do direito penal da União Europeia, que a Comissão apresentou recentemente e que assegurará a protecção dos direitos

individuais, após a entrada em vigor do mandado de captura europeu;

13. Salienta que uma das prioridades da UE na luta contra o terrorismo é reforçar a

cooperação entre os serviços de polícia, nomeadamente dando um papel mais estruturado ao grupo de ligação operacional dos responsáveis dos serviços de polícia da União para assegurar a interoperacionalidade dos planos de segurança nacional e partilhar

informações; por essa razão convida os Estados-Membros e os países da adesão a agirem nesse sentido;

14. Lamenta que o papel do Europol e do Eurojust tenham até hoje sido subestimados e solicita um reforço do seu papel na recolha de informações estratégicas e na coordenação das investigações sobre actividades criminosas transfronteiriças, em colaboração com os serviços de polícia nacionais e as autoridades judiciais; lamenta igualmente que a unidade anti-terrorismo criada após o 11 de Setembro de 2001 no seio da Europol tenha sido desmantelada e solicita ao Conselho Europeu o seu restabelecimento; insta os Estados-Membros a transformarem a Agência Europeia de Polícia (Europol) numa verdadeira Agência Europeia e recomenda a sua imediata reorganização e reforço;

15. Manifesta a sua séria preocupação quanto à intenção manifestada por alguns Estados- Membros e pela Comissão na sua Comunicação (COM(21003) 826) de recolher, para fins de informação, dados privados e comerciais, tais como dados relativos aos passageiros dos transportes aéreos, às telecomunicações e às informações bancárias, em violação provável da legislação comunitária sobre protecção de dados;

16. Insta a Comissão a proceder a uma análise realista da ameaça que representam os atentados terroristas na UE envolvendo armas biológicas e químicas e que adopte, à luz das conclusões da análise realizada, as necessárias medidas legislativas para lidar com este tipo de ataques;

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RE\530913PT.doc 5/7 PE 344.188

PT

17. Saúda as conclusões do Conselho Europeu reunido em Bruxelas em 25 e 26 de Março de 2004 sobre a estratégia de Lisboa;

18. Concorda com o Conselho Europeu que o ritmo das reformas tem que ser

significativamente acelerado e de forma urgente para que a União Europeia possa responder ao desafio de Lisboa até 2010; considera que os esforços até agora

desenvolvidos têm sido louváveis ao nível das intenções, mas insuficientes ao nível da realização, e assinala a este propósito que 40% das directivas de Lisboa não foram totalmente implementadas pelos Estados-Membros;

19. Recorda aos Estados-Membros que convém tirar partido da retoma da economia europeia para proceder a reformas estruturais e para assegurar posições orçamentais sólidas em conformidade com o Pacto de Estabilidade e de Crescimento;

20. Insiste na necessidade de criar mais e melhores postos de trabalho mas que, para tal o trabalho tem que ser correctamente remunerado, abrindo novas vias para o trabalho de mais pessoas e assegurando um mercado de trabalho mais flexível e melhor adaptado aos novos desafios;

21. Considera a ideia das parcerias para a reforma nos Estados-Membros uma ideia curiosa e espera que estas parcerias venham a ser uma força que permita levar a cabo reformas reais e profundas;

22. Continua céptico quanto à ideia de um grupo de alto nível encarregado de proceder a uma revisão da estratégia de Lisboa, uma vez que os mecanismos e objectivos já estão

presentes na estratégia de Lisboa mas têm, agora, que ser plenamente implementados e espera que o grupo de alto nível pressione os Estados-Membros para mais acção; insiste também para que o relatório apresentado por esse grupo seja transmitido ao Parlamento Europeu para que este esteja último participe nos trabalhos preparatórios para a Cimeira da Primavera de 2005;

IV. CHIPRE

23. Reafirma o seu empenhamento numa resolução justa, viável e funcional da questão cipriota baseado no plano Annan e convida todas as partes a fazerem tudo ao seu alcance para chegar a um acordo que permita que a totalidade da ilha adira à União Europeia em 1 de Maio;

24. Manifesta a sua prontidão para apoiar certas derrogações à legislação comunitária em conformidade com os exemplos do Protocolo Aland, se tal for necessário encontrar uma solução;

V. SITUAÇÃO INTERNACIONAL

Próximo Oriente

25. Manifesta a sua profunda preocupação com a situação no Próximo Oriente e o

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agravamento do conflito israelo-palestino na sequência, em particular, do assassinato extra-judicial do líder do Hamas, Sheikh Ahmed Yassin e de sete outros palestinianos pelas forças israelitas a 22 de Março de 2004. Considera que os assassinatos extra-

judiciais são contrários ao direito internacional e sabotam o conceito de Estado de Direito, elemento-chave na luta contra o terrorismo;

26. Reitera a sua condenação das atrocidades terroristas cometidas pelo Hamas que causaram a morte de centenas de israelitas e reconhece o direito de Israel de proteger a sua

população contra os ataques terroristas, direito reconhecido pelo direito internacional;

27. Crê profundamente que a violência não se pode substituir às negociações políticas necessárias para uma resolução justa e duradoura e insiste que o roteiro para a paz do quarteto continua a base para a procura de uma tal resolução;

Iraque

28. Regista que a situação de segurança no Iraque permanece o principal obstáculo ao sucesso do processo político e de reconstrução e reitera a sua condenação dos actos terroristas que causaram tantos mortos;

29. Apoia a decisão das Nações Unidas de participar na formação de um Governo iraquiano interino para o qual será transferida a soberania a 30 de Junho de 2004 e na preparação das eleições directas a realizar antes do final de Janeiro de 2005;

30. Insiste que um forte papel da ONU neste processo de transição política é um elemento essencial para o seu sucesso;

Parceria estratégica com o Mediterrâneo e o Próximo Oriente

31. Saúda o relatório interino sobre parceria estratégica da UE com os países do Mediterrâneo e o Próximo Oriente e recorda que o seu principal objectivo é promover o

desenvolvimento, através da parceria, de uma zona comum de paz, prosperidade e progresso; aguarda com interesse o relatório final no termo da Presidência irlandesa;

República Democrática do Congo

32. Reitera o seu apoio aos esforços desenvolvidos pelas autoridades de transição e manifesta a sua preocupação pelos atrasos na implementação dos programas de transição e pelas tensões políticas e obstáculos ultimamente observados;

33. Solicita a aplicação urgente das medidas necessárias para restaurar o poder do Estado e a sua autoridade sobre a totalidade do território da República Democrática do Congo;

Costa do Marfim

34. Condena o recente surto de violência na Costa do Marfim e reitera o seu apelo a todas as partes para que assegurem a aplicação escrupulosa do acordo de Linas-Marcoussis; insta a UE e outros actores internacionais a empenharem-se mais activamente no processo de paz;

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