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METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO. Prof.ª Me. Marcia Maria Previato de Souza

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METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO

Prof.ª Me. Marcia Maria Previato de Souza

(2)

APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA.

(3)

UNIDADE I

O DESENHO COMO A PRIMEIRA FORMA DE REPRESENTAÇÃO DA ESCRITA.

(4)

• O ato de desenhar é um momento mágico, carregado de significado. Um momento em que o faz de conta está presente.

(5)

• O desenho é a gênese do processo da escrita. Ao desenhar, a criança expressa

suas vontades, angústias, medos, emoções e usa sua imaginação e criatividade.

• Ela usa o desenho como uma forma de se

expressar no momento em que a escrita não é de seu domínio.

(6)

O ato de desenhar é marcado por vários tipos de reações.

Ao terminar seu desenho, a criança, na maioria das vezes, observa o que fez. O resultado é muito importante para ela.

Algumas crianças gostam e querem guardar, outras não gostam e preferem jogar fora. São elas que querem decidir o destino de seu

trabalho.

(7)

Desenhar e falar são linguagens que

interagem, ambas desenvolvem a forma de pensar da criança, cada uma com a sua

particularidade.

(8)

Para Aroeira (1996), a arte infantil facilita não só a

compreensão, mas

também a oportunidade de estimular a imaginação e a criatividade da criança.

(9)

Cuidados que os adultos devem ter ao olhar o desenho da criança:

• Ao ver aquele amontoado de rabiscos (garatujas), o adulto quer saber o que

significa e enche a criança com perguntas.

• Em exagero, essa atitude pode inibir o desenvolvimento gráfico da criança

.

(10)

Por que isso acontece?

• Porque ao desenhar ela deixa de se

preocupar com a sua criatividade e passa a querer desenhar aquilo que os adultos

querem que ela desenhe.

• Em muitos casos, pode haver uma regressão no processo ou resistência da criança para

fazer determinados trabalhos.

(11)

Por meio do desenho é possível ensinar à criança: noção de limite, linhas, espaço,

direção etc. Isso facilitará posteriormente o seu controle motor quando iniciar sua

alfabetização.

(12)

Para Lowenfed & Brittain (1970), desenhar permite e estimula o desenvolvimento em vários aspectos:

(13)

Desenvolvimento Emocional

Está relacionado diretamente à intensidade

com que a criança se identifica com sua obra.

Ao desenhar, a criança descarrega suas emoções e demonstra seus sentimentos.

(14)

Desenvolvimento Intelectual

• Por meio do desenho, o desenvolvimento intelectual da criança pode manifestar a

compreensão que ela tem de si mesma e de seu meio. Em alguns casos, duas crianças com a mesma idade podem desenhar a

figura humana de formas diferentes,

revelando, aí, uma disparidade de níveis de desenvolvimento intelectual.

(15)

Desenvolvimento Físico

No desenho de uma criança, o seu

desenvolvimento físico pode ser manifestado pela sua capacidade de coordenação visual e motora. Podemos perceber isso por meio das habilidades que a criança tem com os lápis, massinha de modelar, pincéis.

(16)

Desenvolvimento Perceptual

O desenvolvimento perceptual pode ser

percebido quando a criança começa a usar com mais frequência uma variedade de

experiências perceptuais, ou seja, começa a se dar conta de cores...

(17)

...contexturas (ligação das partes que formam um todo) e outras que demonstram sua

percepção visual. Existe também a

expressão auditiva em que a criança começa a retratar no papel o que ouviu. Na

percepção espacial, passa a ter noção de espaço ao retratar sua arte.

(18)

Desenvolvimento Social

Nos desenhos e pinturas das crianças,

costumeiramente aparecem representações com as quais a consciência social está

presente. Ex.: Um passeio que a criança

gostou, momentos que considera importantes ou algo que lhe marcou, seja bom ou ruim.

(19)

Desenvolvimento Estético

No desenho da criança não há um padrão estético a seguir, os critérios estéticos são individuais, podendo variar por diversos

fatores e meios onde a criança está inserida.

O desenvolvimento estético pode prosperar por meio da mediação consciente,

principalmente do professor.

(20)

Desenvolvimento Criador

O desenvolvimento criador inicia-se na mais tenra idade, quando a criança começa a reagir às experiências sensoriais, traduzidas na

capacidade de estabelecer contato com o mundo.

(21)

Desenvolvimento Criador

Para desenvolver a capacidade criadora, a criança precisa ter liberdade emocional para explorar, experimentar e envolver-se com o

que pretende realizar. A arte de desenhar não pode se tornar algo imposto, mas partir da

vontade do criador.

(22)

As escolas, de uma maneira geral,

proporcionam às crianças modelos prontos e fazem uso do desenho como um manual de exercícios. Dessa forma, o desenho perde a possibilidade do significado lúdico e sua

carga simbólica.

(23)

Há instituições de ensino que veem no

desenho uma forma de trabalho motor. Na verdade, ele também proporciona este

desenvolvimento.

(24)

A criança precisa de ensaios e erros, pesquisas e investigações. Buscar a

solução de problemas para gerar dúvidas e incertezas. Dessa forma, haverá um

conflito cognitivo.

(25)

Imitação é diferente de cópia

A imitação é algo diferente da cópia. Imitar é uma maneira de se apropriar de certos

conceitos. Imitar não significa ausência de originalidade e de criatividade, mas o

desejo de fazer algo que lhe dê interesse.

Na imitação, a criança tem o poder de decidir o que quer fazer, e não fazer por imposição.

(26)

O ato de copiar não faz da criança autora de suas ações, copiar tal e qual o que lhe é imposto é um ato de opressão, um ato controlador que impede a originalidade e a criatividade por parte da criança.

COPIAR

(27)

Não podemos cometer o equívoco de

entender o desenho como cópia ou como forma de desenvolvimento motor. Se

assim fizermos, estaremos camuflando o verdadeiro sentido do desenho e,

consequentemente, o processo de desenvolvimento natural da criança.

(28)

• Observem cada desenho e cada detalhe deles no vídeo a seguir.

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ByT1WjjKF-0>.

(29)

• Nos desenhos de crianças com idades correspondentes, independente de sua

classe social ou origem, podemos perceber entre eles muitas características

semelhantes.

Fonte: ShutterStock

(30)

Lowenfeld & Brittain (1970), definem esta evolução em três fases:

Fase das Garatujas:

De 2 a 4 anos aproximadamente.

Fase Pré-esquemática:

De 3 a 6 anos aproximadamente.

Fase Esquemática:

A partir de 6 anos.

(31)

Fase das garatujas (2 a 4 anos aproximadamente)

• O desenvolvimento da linguagem começa muito cedo, mas o registro permanente de suas ações começa a partir das garatujas.

(32)

Fase das garatujas (2 a 4 anos aproximadamente)

• Tudo começa quando a criança percebe que o movimento de sua mão, com algum

instrumento, deixa marcas. Estas

representações gráficas muito primitivas são as garatujas.

(33)

As garatujas classificam-se em três categorias principais:

1- Desordenadas.

2- Controladas.

3- Com atribuição de nomes.

(34)

Garatujas desordenadas

• São rabiscos aleatórios que a criança não percebe que pode representar algo por meio deles. Na maioria das vezes, a criança nem olha para o que está rabiscando.

(35)

• Estes movimentos realizados são na

maioria das vezes para cima e para baixo, para frente ou para trás, sem destino certo.

Esse tipo de desenho não pode ser

considerado mero amontoado de rabiscos.

Garatujas desordenadas

(36)

Garatujas desordenadas

(37)

Garatujas controladas

As garatujas controladas têm início quando a criança descobre que existe ligação entre seus movimentos e os traços que deixou no papel.

Ocorrem aproximadamente seis meses após a criança ter começado a garatujar.

Consegue se concentrar por mais tempo e realiza movimentos de vai e vem.

(38)

• Consegue fazer movimentos em círculo, mas ainda não registra quadrados.

• Descobre ainda que pode variar as cores mesmo sem saber distingui-las.

• A noção de espaço, forma e tamanho ainda é muito abstrata nesta fase.

Garatujas controladas

(39)

Garatujas controladas

Luis Henrique – 2 anos e 10 meses

(40)

Garatujas com atribuição de nomes

• Estágio onde a criança começa a atribuir nomes aos seus desenhos. A atribuição de nomes ao que fez caracteriza grande

significado e evolução para criança.

(41)

Garatujas com atribuição de nomes

• Isso geralmente acontece por volta dos três anos e meio, época em que a criança

desenvolve seu imaginário com mais facilidade.

(42)

• Nesta fase a criança tem maior capacidade de concentração e necessidade de explicar o que fez ou o que pretende fazer.

Garatujas com atribuição de nomes

(43)

Garatujas com atribuição de nomes

Eu montando lego com o Léo - Matheus 3 anos e 1 meses

(44)

• Muitos adultos despreparados destroem o começo do descobrimento do sistema de

escrita em crianças muito pequenas, quando jogam no lixo folhas cheias de garatujas...

(45)

...quando lavam paredes, mesas e pisos ou ainda tolhem as crianças com broncas.

Desta forma, inibem a criança de explorar as formas das letras e a função da escrita.

(46)

Fase pré-esquemática

(Aproximadamente de 3 a 6 anos)

• Nesta fase começam a aparecer nos

desenhos da criança formas fechadas e filamentos, tendo

aparência de sol ou

aranha na tentativa de representar a figura

humana.

(47)

• A criança adquire duplo controle do ponto de partida e chegada de seus movimentos.

• Aparecem as primeiras formas

reconhecíveis, denominadas de “homem- palito” ou “homem-girino”.

(48)

Livia – 3 anos

(49)

Livia – 3 anos

(50)

Pré-esquemática

(com um pouco mais de organização)

(51)

• No início da fase pré-esquemática, os desenhos às vezes são difíceis de

reconhecer, mas comportam critérios que

caracterizam a figura humana: cabeça, braços e pernas (que saem da cabeça).

(52)

• Na maioria dos casos,

bastam algumas semanas para aparecerem olhos,

nariz, boca e outros

membros familiares (pais, irmãos, avós e outros).

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(54)

Pré-esquemático

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(56)

• Ainda por volta dos quatro anos de idade, o domínio do quadrado é aplicado usualmente para a representação de casas e é cada vez mais claro.

• Os pequenos círculos ou as pequenas cruzes ocupam papel de portas e janelas.

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(58)
(59)
(60)

• Vídeo 2

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=AFx4ViEFjF8>.

(61)

61

Fase Esquemática (aproximadamente de 7 a 9 anos)

• Na fase esquemática, a principal

característica dos desenhos são as figuras que já começam a se encontrar de forma organizada de acordo com temas e ordem espacial mais clara.

• A criança faz uso de formas planas como quadrados, círculos, retângulos e outros.

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(63)

• Nesta fase também é possível observar que a criança representa o céu na parte superior da folha e a terra na parte inferior,

compondo uma paisagem estruturada.

(64)
(65)

• Nesta fase é notável a evolução da figura humana.

• A figura humana deixa a característica de palitos e ganha contornos definidos e mais elaborados.

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(67)

Maria 5 anos e 11 meses

(68)
(69)

Fase esquemática

(70)

• É importante destacar que a idade em que permeiam as fases podem ser variadas,

porém, a sucessão das fases é mantida.

• Para Seber (1995), é certo que o prazer que a criança encontra no desenho deixará de

existir se não permitirem a exploração de sua função expressiva e a realização de seu

poder de criação.

(71)

O uso das cores

• A partir do momento em que a criança atribui nome às garatujas é porque tem consciência de que seus desenhos têm significado, nesse momento já sente a necessidade de usar

cores diferentes. Então, estabelece-se um grande avanço intelectual da criança.

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• O trabalho com cores deve ser prioridade da Educação Infantil, porém, não deve ser

descartado das séries posteriores.

• A organização do Plano de Trabalho Docente é ponto preponderante para que o trabalho

com cores seja organizado de modo coerente.

(73)

• É fundamental que os professores repensem suas expectativas em relação ao desenho

infantil.

• Mais do que uma simples atividade, o

desenho revela a construção do processo de ensino e aprendizagem da criança, por isso é necessária uma postura de diálogo.

(74)

• Para isso, o conhecimento das fases do

desenho infantil é ponto fundamental para o avanço desse processo.

• Façamos isso, assumir um papel de

professor pesquisador da nossa profissão.

(75)

O desenho infantil precisa ser pensado com todas as suas especifidades e

contribuições para o processo de

desenvolvimento integral da criança.

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Diante de toda essa responsabilidade que o professor tem frente aos trabalhos artísticos dos seus alunos, cabe a ele estimular e

proporcionar momentos prazerosos para

tornar o ato de desenhar significativo para a criança.

(77)

CONCLUINDO

Compreender a

importância desse ato e as etapas evolutivas do desenho infantil é papel do professor

comprometido com o processo de ensino e aprendizagem dos

alunos.

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METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO

Referências

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