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ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A GINÁSTICA PARA TODOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ( )

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ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A GINÁSTICA PARA TODOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

(2004-2017)

Gabriela Helen da Silva Silva Discente concluinte do CEDF/UEPA Gabriela_hallo2@hotmail.com Sarah Medeiros Vilhena Discente concluinte do CEDF/UEPA sah.medvi@hotmail.com Prof. Me. Marcos Renan Freitas de Oliveira Orientador Docente CEDF/UEPA marcosrenanef@yahoo.com

RESUMO: O presente artigo analisa a produção do conhecimento sobre a Ginástica Para Todos (GPT) em periódicos científicos da área da Educação Física nos anos de 2004 a 2017. Problematiza as concepções teóricas e espaços formativos para o trato pedagógico e socialização da GPT, na produção do conhecimento da área da Educação Física. A pesquisa adotou a abordagem qualitativa, sendo de caráter exploratório e de natureza bibliográfica, a partir do estudo de oito artigos científicos publicados em revistas da área da Educação Física, por meio da técnica da análise de conteúdo. Consta que as concepções teóricas evidenciadas nos artigos mostram que a GPT possui em especial o caráter inclusivo, onde seu principal objetivo é o desenvolvimento físico, social e cultural dos praticantes dessa modalidade. Os espaços formativos podem ser divididos entre espaços escolares (escolas do setor público e privado), espaços não escolares (academias, clubes, praças, entre outros), e festivais ginásticos, que podem ser realizados em ginásios, quadras, teatros, etc. E conclui que a GPT é fundamental para desenvolvimento integral dos indivíduos, por isso a produção, socialização e prática pedagógica nos espaços formativos devem ser desenvolvidas pelos professores de Educação Física, que são os profissionais capacitados para desenvolver esta modalidade gímnica.

Palavras-Chave: Produção do conhecimento. Ginástica Para Todos. Educação Física.

INTRODUÇÃO

A Ginástica Para todos (GPT), também conhecida como Ginástica Geral, é uma modalidade bastante ampla da Ginástica, pois é fundamentada nas atividades Ginásticas, tais como: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica e Ginástica de Trampolim, com o objetivo de gerar uma unificação e recriação e assim apresentar novos fazeres. No dizer de Ayoub (2007, p. 45) “[...] o termo Ginástica Geral é anterior ao de Ginástica Para Todos (GPT) e é usado pela Federação Internacional de Ginástica”.

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Além disso, a GPT tem como finalidade promover o lazer saudável, proporcionando bem-estar aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, mas respeitando a individualidade. Não existe qualquer tipo de limitação para a sua prática, seja quanto as possibilidades de execução, sexo ou idade, ou ainda quanto a utilização de elementos materiais, músicas e coreografias, havendo a preocupação de apresentar nesse contexto, aspectos culturais e sociais, sempre sem fins competitivos (OLIVEIRA, 2007).

Desse modo, acreditamos que realizar uma pesquisa sobre a GPT é pertinente, visto que essa modalidade pode promover benefícios relacionados ao desenvolvimento integral dos praticantes e a inclusão de todos nas atividades, através das diversas possibilidades e formas de trabalhar essa ginástica tanto em ambientes escolares, quanto em ambientes externos.

A princípio pretendíamos realizar uma pesquisa sobre a visão do professor de Educação Física acerca da integração da GPT nas aulas de Educação Física Escolar, entretanto não foi possível dar continuidade a essa intenção de pesquisa, pois ao realizarmos a pesquisa exploratória não encontramos escolas onde os professores desenvolvessem as aulas utilizando a GPT como conteúdo de ensino nas aulas de educação física, que evidenciou que este conhecimento é pouco explorado na escola.

Conseguimos verificar nesse período inicial de pesquisa que o nosso objeto de estudo ainda possui uma limitada produção cientifica, entretanto essa escassez da produção do conhecimento ocorre tanto com a GPT, quanto com as outras modalidades da Ginástica, pois em um estudo realizado por Simões et al., (2016) sobre a produção acadêmica sobre ginástica, foi verificado que a produção de artigos científicos sobre esportes pelos países da América Latina é extremamente menor, quando comparada com a produção mundial, e constataram que apenas 11,7% do total de revistas nacionais da área da Educação Física veiculam sobre temáticas relacionada as Ginásticas.

A partir dessa problemática, avaliamos que a análise da produção de conhecimento sobre GTP possui uma relevância acadêmico-científica para a área da Educação Física, visto que a produção do conhecimento é um processo amplo e dinâmico. Entendemos que dentro dessa esfera podemos compreender a pesquisa como um processo que vai auxiliar na interpretação da realidade (REIS, 2010).

Então, decidimos abordar a GPT como objeto de estudo da nossa pesquisa

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cientifica, pois percebemos por meio desse processo, se tratar de um conhecimento que deve ser ensinado as crianças, jovens e adultos, utilizando a revisão de conceitos, métodos e problemáticas de investigação nos periódicos científicos, podendo assim contribuir para a compreensão dessa modalidade.

Inicialmente, escolhemos analisar uma revista, e optamos pela Revista Movimento devido ao seu Qualis ser classificado como A2 e por esse motivo os artigos publicados nela possuem um fator de impacto elevado, além de um grande reconhecimento no âmbito nacional.

A Qualis-Periódicos é um sistema utilizado para a analisar e classificar as produções cientificas realizadas pelos programas de pós-graduação, que são publicados em periódicos científicos e os resultados são disponibilizados por meio de uma lista que contém a classificação que varia entre - A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C – e esses estratos representam o nível de qualidade dos veículos conforme objetivo de cada área (CAPES, 2016).

No momento de análise da Revista Movimento constatamos a insuficiência de artigos a respeito do nosso objeto de estudo, então desse modo se fez necessário ampliar a busca em outras revistas, tendo em vista um maior numero de artigos para ser analisado e uma maior a maior compreensão da GPT. Optamos, então, em analisar a Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Qualis B1), Revista Motrivivência (Qualis B2) e Revista Pensar a Prática (Qualis B2), ambas escolhidas também devido ao seu Qualis.

Diante desse contexto, o presente artigo possui as seguintes questões de investigação: Que concepções teóricas sobre a Ginástica Para Todos podem ser identificadas na produção do conhecimento em periódicos científicos da área da Educação Física nos anos de 2004 a 2017? Que espaços formativos podem ser identificados na produção do conhecimento em periódicos científicos da área da Educação Física nos anos de 2004 a 2017 para tratar pedagogicamente e socializar a Ginástica Para Todos?

Objetivando analisar as questões de investigação, podemos considerar que o percurso metodológico é uma parte essencial no momento de produção do artigo cientifico, pois, a metodologia científica pode ser entendida como um estudo de métodos ou de instrumentos que serão essenciais no momento de construção das pesquisas científicas (OLIVEIRA; VALENÇA, 2015).

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A abordagem utilizada no artigo é a qualitativa, pois nesse tipo de abordagem o pesquisador procura investigar o objeto de estudo com a finalidade de reduzir a separação existente entre a realidade e a teoria, organizando e interpretando os dados coletados de acordo com os objetivos propostos na investigação (TRIVIÑOS, 1987).

A pesquisa é caracterizada como bibliográfica, onde procuramos reunir ideias de variadas fontes relevantes para assim iniciar a construção de uma nova forma de apresentação do nosso objeto de estudo, devido a esse tipo de pesquisa ser desenvolvido a partir de matérias já elaborados, e no nosso caso analisamos a produção do conhecimento em periódicos científicos (GIL, 2008).

Desse modo, foi analisado os artigos da Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, Revista Movimento, Revista Pensar a Prática e Revista Motrivivência, por meio de seus sites na internet, onde acessamos aos arquivos das revistas desde 2004 até 2017 e a escolha do período de análise foi feito de acordo com o aumento observado de eventos na área da GPT no Brasil.

Tivemos como critério de seleção dos artigos aqueles que tratavam da GPT como foco de seus objetivos, problematização, discussão e análise e encontramos na Revista Brasileira de Educação Física e Esporte 02 artigos, na Revista Pensar a Prática 03 artigos e na Revista Motrivivência encontramos 03 artigos, já na Revista Movimento não encontramos artigos que abordavam sobre a GPT.

A pesquisa que realizamos pode ser considerada Estado da Arte e possui como desafio o mapeamento e discussões de produções acadêmicas, a fim de compreender os principais aspectos e as dimensões em que o objeto de estudo é destacado e privilegiado (FERREIRA, 2002). Realizamos uma seleção de recortes dos artigos analisados para assim ocorrer à sistematização de dados, o mapeamento e o levantamento dos mesmos.

Quanto aos objetivos, a pesquisa possui caráter exploratório, já que busca proporcionar uma maior familiaridade com o objeto de estudo, buscando o entendimento do problema, com o propósito de torna-los mais compreensíveis (SELLTIZ et al., 1967).

E por fim, a técnica utilizada para analisar o material coletado foi com base em Triviños (1987), sendo organizada da seguinte forma: pré-análise (organização do material coletado), descrição analítica dos dados (codificação, classificação e

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categorização do material coletado) e interpretação referencial (tratamento e reflexão do material coletado).

A exposição da pesquisa está organizada em três seções que integrados, exploram as determinações necessárias do objeto em debate na sua totalidade. Na primeira seção abordamos sobre a história da ginástica e da GPT, onde sintetizamos de maneira geral o desenvolvimento da ginástica e suas mudanças ao longo do tempo. No segundo, adentramos nas categorias de análise, que foram criadas a partir dos artigos analisados.

As categorias são: Concepções teóricas sobre Ginástica Para Todos, Festivais Ginásticos, Ginástica Para Todos no espaço escolar e Ginástica Para Todos no espaço não escolar. Na terceira sessão, apresentamos a conclusão onde sintetizamos os resultados encontrados e apontamos possibilidades para estudos futuros.

1. HISTÓRIA DA GINÁSTICA

A Ginástica pode ser caracterizada como um conjunto de práticas descendentes do século XIX, época da consolidação do movimento ginástico europeu, movimento esse que ocorreu em diversos países, em especial, na Alemanha, Inglaterra, França e Suécia, e tinha como objetivo reformular a visão tecnicista que existia sobre a ginástica, trazendo assim a ideia de uma ginástica como conjunto de normas que visam à saúde, o vigor e a energia pautados segundo o desenvolvimento da ciência (SOARES, 2005).

Durante esse movimento ginástico buscava-se explorar a expressão da cultura através das relações cotidianas que abrangia os espetáculos de rua, festas populares, movimentos circenses etc. Também buscava-se separar a ginástica praticada por militares, que possuía caráter disciplinador e metódico, da ginástica que visava a melhoria da saúde e do bem estar da população, pois com o avanço da ciência foi-se descoberto que nem todos precisariam praticar o mesmo tipo de ginástica militarista (SOARES, 2005).

Nos países Europeus, com exceção da Inglaterra, a ginástica possuiu seus parâmetros pautados pela cultura grega, cultura essa, que valorizava a beleza, a força e também a ideia de saúde. Com o desenvolvimento da ciência, foi-se percebendo que cada individuo possuía diferentes efeitos quando praticavam certos exercícios e movimentos. Acreditava-se também que a ginástica possuía grande

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relação com o desenvolvimento do caráter, da moral e das virtudes de cada indivíduo (SOARES, 2005).

Posteriormente, a ginástica ganhou um caráter esportivo em meados do século XX, devido ter recebido uma grande influência inglesa. Isto correu porque a Inglaterra foi o país precursor em expandir o caráter competitivo a várias manifestações da cultura corporal, processo que foi intensificado no final do século XIX e início do século XX (BRACHT, 2003).

A Inglaterra pautou suas práticas corporais tomando como base o jogo esportivo, construindo assim o entendimento do que hoje é considerado esporte moderno (SOARES, 2005).

No Brasil, a chegada da Ginástica ocorreu através da princesa austríaca D.

Maria Leopoldina, que ao chegar em terras brasileiras, trouxe consigo um pequeno grupo formado por cientistas e guardas pessoais. Desse grupo, os primeiros professores de ginástica no Brasil foram os próprios guardas pessoais da princesa, pois praticavam exercícios que acabaram sendo adotados pelos soldados. Esses exercicios possuíam como base os preceitos médicos vigentes da época (ARANTES, 2008).

A formação dos oficiais, que contou com a participação de alunos estrangeiros (franceses, ingleses e portugueses), para além das aulas teóricas, incluía aulas práticas das artes do marinheiro, exercícios militares e embarques, e ainda, atividades de caráter formativo, direcionadas à guerra que tinham o sentido esportivo, como o manejo de armas, a equitação e as instruções pertinentes à preparação dos equipamentos e pilotagem de embarcações à vela (COSTA; PERELLI; SANTOS, 2016, p. 65).

Desse modo, conseguimos compreender que no caminho percorrido pela ginástica, ocorreu diversas mudanças e diferentes modalidades gímnicas foram criadas, entretanto reconhecemos que as diferentes modalidades que foram consolidadas na atualidade, apresentam ligações diretas com condições impostas pela esportivização e pela indústria do lazer. Assim, para melhor compreendermos a ginástica é necessário conhecer a sua estrutura, que será mostrada a seguir.

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1.1 FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINÁSTICA (FIG)

O crescimento do movimento ginástico na Europa promoveu a criação de várias federações nacionais e diante desse crescimento se fez necessário realizar um fórum para realizar a definição dos temas gímnicos, desse modo, em 1881 foi fundada a Federação Europeia de Ginástica (FEG) e em 1921, durante o congresso de Bruxelas a FEG passou a ser denominada como Federação Internacional de Ginástica (FIG) (SOUZA, 1997).

A Federação Internacional de Ginástica (FIG) é a organização mais antiga e com mais abrangência a nível Internacional na área da Ginástica e seus objetivos envolvem a orientação, regulamentação e expansão de eventos na área da Ginástica.

Verificamos que atualmente a FIG conta com 142 federações nacionais afiliadas e existem sete modalidades vinculadas organização: Ginástica Artística Feminina (GAF), Ginástica Artística Masculina (GAM), Ginástica Rítmica (GR), Ginástica Aeróbica Esportiva (GAE), Ginástica Acrobática (GA), Ginástica de Trampolim (GT) e Ginástica Para Todos (GPT), que possui caráter demonstrativo.

A FIG tem se dedicado tanto ao esporte de demonstração, quanto ao esporte de competição, além disso existem diversas outras modalidades da ginástica, tais como a Ginástica de academia, de condicionamento físico, fisioterápicas e as ginásticas de conscientização corporal (OLIVEIRA, 2007).

Em relação a Ginástica Para Todos, A FIG é responsável, pela realização de dois eventos nesse âmbito: a “World Gymnaestrada (WG)” e o “World Gym for Life Challenge (WGLC)”.

A World Gym for Life Challenge (GFLC) é um festival realizado a cada quatro anos, que permite a participação de todos e a sua primeira edição aconteceu em 2009 na Áustria, e a segunda, em 2013, na África do Sul. Já a World Gymnaestrada, conhecida no Brasil como Gymnastrada Mundial, também é realizada a cada quatro anos, com participação independentemente do sexo, idade, raça, religião, cultura, capacidade ou posição social (FIG, 2009).

Em 1953, ocorreu a primeira edição da Gymnaestrada Mundial na cidade holandesa Rotterdam, que contou com a participação de aproximadamente 5.000 ginastas de 14 países e era voltado para a ginástica não competitiva e teve como ponto principal a significativa participação de todos (GANELIE, 2009). Esse evento consolidou a prática da Ginástica Para Todos de forma mundial.

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1.2 GINÁSTICA PARA TODOS

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que é uma associação de caráter desportivo sem fins lucrativos ou econômicos filiada a FIG, alega que a Ginástica Para Todos (GPT) é uma modalidade bastante abrangente e está fundamentada nas atividades ginásticas, ou seja, as ações gímnicas devem estar presentes, entretanto englobando também vários tipos de manifestações e elementos da cultura corporal.

Além do mais, conforme o artigo 8º de seu estatuto, “[...] à CBG compete dirigir, difundir, promover, organizar e aperfeiçoar a Ginástica Artística, a Ginástica Rítmica, Ginástica Para Todos, Ginástica Aeróbica, Ginástica de Trampolim e Ginástica Acrobática [...]” (CBG, 2015, p. 3).

O comitê nacional é responsável pelo desenvolvimento do Festival denominado “Gym Brasil”, único festival de Ginástica Para Todos organizado pela CBG, e também vem organizando a participação da delegação brasileira nas últimas edições das “Gymnaestradas Mundiais” desde 1987 (SANTOS, 2009).

Compreendemos que a GPT possui como aspectos importantes a promoção do lazer de forma saudável, visando proporcionar aos praticantes a sensação de bem-estar, abrangendo uma performance de forma coletiva, mas respeitando as individualidades de cada participante pois se trata de uma modalidade sem restrições em relação as formas de execução dos movimentos.

A GPT é democrática, pois permite que se organizem grupos em busca de um mesmo objetivo, e possibilita o desenvolvimento de um trabalho corporal de uma maneira não robotizada, mas profunda e integrada, na qual o indivíduo pode expressar as suas emoções (SOUZA, 1997).

Apesar da importância dada a socialização e aos aspectos culturais envolvidos na prática da GPT, devemos abranger também o desenvolvimento das habilidades motoras específicas, mas não na perspectiva tecnicista, mas sim no sentindo de existir uma proposta de novos desafios e experiências que possam contribuir também para a melhoria das qualidades e habilidades físicas dos praticantes, mas sempre respeitando as individualidades (STANQUEVISCH, 2004).

No Brasil essa Ginástica foi introduzida pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro, em 1953, pela professora húngara llona Peuker, que ministrou cursos de Ginástica a convite do Ministério da Educação, o que proporcionou a primeira oportunidade de difusão desta modalidade no nosso país.

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Posteriormente a GPT começou a ser disseminada por um grupo de pesquisadores, que interessados em um modelo de ginástica que fosse inclusivo a todos os públicos, começaram a estudar e assim criar encontros e fóruns para discutir sobre o tema (GANELIE, 2009).

Paoliello, Ayoub, Gallardo, Nista-Piccolo, Toledo, Schiavon, Rinaldi e certamente muitos outros pesquisadores figuram no cenário da GPT com seus estudos, pesquisas, projetos de extensão, produção bibliográfica, bem como no planejamento e organização de Fóruns Internacionais de Ginástica Geral – uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Ginástica da Faculdade de Educação Física da Unicamp (MAROUN; CORREA, 2014, p. 16).

A GPT é uma possibilidade de encontro com a educação física escolar, na medida em que esta tem como perspectiva a realização da integração das diversas manifestações gímnicas com os outros componentes da cultura corporal, sendo destacado que a sua principal característica é a ausência da competição durante a sua prática (OLIVEIRA; LOURDES, 2004).

É importante ressaltar que a Ginástica Para Todos tem como foco o indivíduo que estar praticando a modalidade, procurando desenvolver a integração de cada pessoa e de cada grupo, possibilitando assim um desenvolvimento da modalidade de forma inclusiva, prazerosa e criativa.

Souza (1997, p. 68) afirma que a GPT “[...] pode ser caracterizada como área do conhecimento da Educação Física, por possuir como objeto de estudo dentro do movimento humano: a cultura corporal, e como paradigma de orientação: a Socialização/Sociabilização”.

Decorrente destes fatores é possível notar que a GPT é possuidora de um vasto campo de atuação, tanto na Educação Física no ambiente escolar como nos ambientes externos, podendo desenvolver os aspectos físicos e psíquicos de seus praticantes, contribuindo para o seu desenvolvimento integral.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na presente seção, apresentaremos os resultados obtidos através da analise de conteúdo feita nos seguintes periódicos, conforme mostra o quadro 1, onde foram encontrados um total de 8 artigos. Nessa seção também abordaremos as categorias encontradas nos periódicos e suas características.

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Quadro 1 - Artigos encontrados que abordam sobre a GPT nos anos de 2004 a 2017.

PERIÓDICO TÍTULO AUTORES ANO

Revista Pensar a Prática

Ginástica Geral na Escola: uma proposta metodológica.

OLIVEIRA, N. R.

C.; LOURDES, L.

F. C.

2004 Metodologia do ensino da

ginástica: novos olhares, novas perspectivas.

MARCASSA, L. 2004 A Ginástica Para Todos na

formação inicial: do contexto histórico à produção do conhecimento.

BEZZERA, L. A.;

GENTIL, R. N.;

FARIAS, G.O.

2015

Revista Brasileira de Educação Física e

Esporte

Festivais de ginástica no mundo e no Brasil: reflexões gerais.

PATRÍCIO, T. L.;

BORTOLETO, M.

A.; CARBINATTO, M. V.

2016

Proposta de fichas analíticas de composições coreográficas na Ginástica Para Todos.

SCARABELIM, M.

L. A.; TOLEDO, E. 2016

Revista Motrivivência

O trato com o conhecimento da ginástica: um estudo sobre possibilidades de superação.

PARAISO, C. S. 2011 Ginástica no Brasil: ausência na

escola x ascensão na academia.

FREITAS, C. R.;

FRUTUOSO, A. 2016

Gym Brasil - festival nacional de Ginástica Para Todos.

CARBINATTO, M.

V.; SOARES, D. B.;

BORTOLETO, M.

A. C.

2016

Fonte: Pesquisa de campo (2018).

Após a leitura dos artigos dispostos no quadro 1, identificamos que os mesmos possuem temáticas diversificadas relacionadas a Ginástica Para Todos (GPT), desde uma abordagem sobre essa modalidade no sentindo amplo (formação humana), como também estudos que percorrem sobre a GPT no âmbito escolar, festivais gímnicos, espaços não escolares, e contextualização histórica dessa modalidade no mundo e no Brasil.

Diante disso, decidimos organizar as principais temáticas identificada relacionadas a GPT, para podermos realizar as discussões de forma mais integrada, então, ordenamos por: a) Concepções teóricas sobre a Ginástica Para Todos b) Festivais Ginásticos, c) Ginástica Para Todos no ambiente escolar e d) Ginástica Para Todos no espaço não escolar.

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A) CONCEPÇÕES TEÓRICAS SOBRE GINÁSTICA PARA TODOS

Após a análise da produção do conhecimento sobre a GPT nos artigos selecionados, percebemos uma variação das concepções sobre a GPT, então optamos em destacar as principais concepções evidenciadas sobre essa modalidade.

Marcassa (2004, p. 176) alega que “[...] temos defendido a proposta da Ginástica Geral como aquela capaz de garantir a identidade da ginástica, mantendo seu conteúdo e forma, mas transcendendo aos aspectos meramente técnicos que predominam nas concepções mais tradicionais”.

A autora expõe que através dessa proposta será possível ampliar a compreensão da GPT como um movimento gímnico e expressivo, sendo uma possibilidade de comunicação interna e externa e diante dessa explicação compreendemos que essa proposta pode estimular a comunicação e contato entre as pessoas que compartilham, ou não, do mesmo meio social ou de uma mesma sociedade.

Oliveira e Lourdes (2004, p. 222) mostram que a GPT é “[...] dotada de um caráter de autonomia, liberdade, o que favorece também o convívio em novos grupos, fazendo com que o indivíduo alargue as fronteiras do seu mundo e intensifique assim suas comunicações”.

Na visão dos autores, as atividades da GPT são desenvolvidas de forma criativa e espontânea, colaborando na percepção e reflexão sobre as pessoas e as realidades na qual estão inseridas, diante disso, acreditamos que, a GPT pode ser considerada como um componente privilegiado a ser desenvolvido em um contexto educativo, pois podem explorar, através do movimento, as diversidades culturais.

Bezerra; Gentil; Farias (2015) discursam em seu ensaio a concepção de GPT onde a prática da modalidade pode contribuir de forma essencial para o desenvolvimento integral do seu praticante, nos aspectos físicos, cognitivos, sociais e psicológicos, fatores que podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento do praticante.

Podemos concluir diante das concepções apresentadas, que a GPT abrange uma ampla gama de atribuições que visa aperfeiçoar os aspectos físicos, sociais, culturais que contribuem para desenvolvimento integral do individuo que a pratica.

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B) FESTIVAIS GINÁSTICOS

Constatamos que os festivais ginásticos já eram existentes antes mesmo da GPT ser fundada, e foi possível conhecer através da leitura dos textos os principais festivais ao longo da história e suas representações culturais, porém identificamos que os mesmos eram possuidores de características e objetivos distintos, e no decorrer desses eventos foram sendo exibidos e compartilhados novos aspectos da cultura corporal, fator que contribuiu para o aprendizado de novos saberes e atualmente para divulgação da GPT.

De acordo com Carbinatto, Soares e Bortoleto (2016), a cultura local é um dos principais fatores valorizados através dos festivais ginásticos, principalmente nos festivais voltado para a GPT, além de também ser valorizado o turismo de cada região brasileira onde se é realizado o mesmo.

Entendemos também que os festivais ginásticos são vistos como um dos produtos finais da prática da GPT, servindo como forma de divulgação dessa modalidade. Por meio de coreografias, esses eventos têm por objetivo vincular o artístico ao espetáculo de forma não competitiva e sem restrição para a participação, entretanto concordamos que não devemos desconsiderar todo o processo de criação das coreografias, pois acreditamos que durante esses procedimentos serão trabalhados os aspectos da cultura corporal como uma totalidade.

Patrício, Bortoleto e Carbinatto (2016, p. 199) expõem que atualmente “[...]

observa-se um considerável número de eventos deste porte - tanto nacional quanto internacionalmente [...]”, porém identificamos que no Brasil ocorreram variados festivais, no entanto, os registros históricos são escassos. Atualmente os festivais - não competitivos possuem pouco reconhecimento e isso pode ser justificado devido a essa modalidade ser considerada nova e pouco conhecida e divulgada em nosso país.

Após as leituras dos textos, identificamos nas falas de Patrício, Bortoleto e Carbinatto (2016) um festival de GPT no âmbito nacional que foi analisado e discutido, o Festival Gym Brasil, evento regularizado pela FIG, e todas as suas edições são organizados pela CBG.

Observamos que por falta de patrocínio são poucas as cidades que realizam e participam do festival, a exemplo de Campinas, que foi uma das pioneiras a realizar esse evento. Entretanto, percebemos que as edições realizadas da Gym

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Brasil mostraram ser possuidoras de inúmeras falhas em relação ao seu desenvolvimento sem modificar os objetivos primordiais da GPT.

O estudo feito por Patrício, Bortoleto e Carbinatto (2016) mostrou que os participantes das últimas edições realizadas no Brasil são predominantemente jovens e com faixas etárias não diversificadas, assim como a diversidade cultural limitada e poucas regiões brasileiras participaram das edições.

O público mais assíduo nas participações dos festivais é o publico jovem, mas a estimativa é que o Gym Brasil também consiga alcançar o publico infantil e sênior, entretanto, varias modificações devem ser feitas na produção do festival para que assim ele consiga alcançar a todos os públicos (CARBINATTO; SOARES;

BORTOLETO, 2016).

Percebemos a necessidade da realização de uma melhor divulgação desse festival no Brasil, pois observamos que a procura sobre a realização do Gym Brasil é pouca devido ao desconhecimento entre acadêmicos e professores de Educação Física sobre esse evento, concluindo assim, que se faz necessário atentar para os objetivos primordiais da GPT, que tem por finalidade a junção dos mais variados tipos e fundamentos de ginásticas e de outros elementos da cultura corporal, permitindo a participação de todos, a fim de realizar o desenvolvimento dos aspectos de forma integrada dos praticantes por meio da reflexão e apresentação de vivências e culturas.

C) GINÁSTICA PARA TODOS NO ESPAÇO ESCOLAR

Após a leitura dos artigos selecionados, compreendemos que a GPT na escola assume um papel educacional de constituição do aluno, envolvendo a ludicidade, o lazer, sendo desenvolvida sem restrição.

Freitas e Frutuoso (2016) expõe que a importância da Ginástica nas aulas de Educação Física é descrita pelos possíveis benefícios que a atividade pode proporcionar aos alunos, contribuindo de forma significativa em todos os aspectos relacionados ao desenvolvimento.

Ayoub (2003, p. 87) ressalta que desenvolver a prática da GPT no ambiente escolar significa “[...] estudar, vivenciar, conhecer, compreender, interpretar [...]

apreender as inúmeras interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar novas possibilidades de expressão gímnica”.

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No dizer de Paraiso (2011, p. 188) “A Ginástica Geral como conhecimento a ser estudado na Educação Física escolar deve abarcar elementos do núcleo primordial da ginástica, da ginástica científica e das diversas manifestações gímnicas contemporâneas”.

Diante disso, acreditamos que a GPT é uma modalidade completa a ser desenvolvida como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar, visto que está pode colaborar para o desenvolvimento psicomotor dos alunos, além de ser uma forma de contribuir para a formação de indivíduos críticos e criativos, fatores que podem ajudar na realidade social vivenciada.

Bertolini (2005) expõe que se as características e os objetivos da GPT forem aprofundados e desenvolvidos corretamente, o mesmo se torna um conteúdo ideal a ser desenvolvido nas aulas de Educação Física escolar.

No entanto, percebemos que os professores que utilizam os conteúdos das ginásticas nas aulas de Educação Física escolar são poucos e Ayoub (2003) acrescenta que atualmente, a ginástica, como conteúdo de ensino, praticamente não existe mais na escola brasileira, pois as aulas de Educação Física na escola têm sido sinônimo de aula de esporte.

Observamos também que existem muitas fendas sobre como a GPT é organizada e desenvolvida pelos professores nas aulas de Educação Física escolar, pois a pratica da GPT é pouco difundida devido aos professores de Educação Física possuírem dificuldades de compreender os aspectos pedagógicos dessa modalidade.

Na visão de Cesário (2001) essa falta de conhecimento em como desenvolver essa prática é ocasionada pela falta de qualidade da formação, que precisam ser as mais adequadas possíveis para que ocorra um fortalecimento da GPT na formação, buscando mostrar os prováveis campos de atuação dos futuros profissionais.

Além disso, conseguimos identificar alguns fatores, nos artigos analisado, que podem fazer com que a GPT seja quase inexistente no ambiente escolar e estes estão relacionadas a questão de que muitos professores alegam que ocorre a falta de materiais para o desenvolvimento nas atividades, que mostra a falta de conhecimento dos mesmo sobre a GPT, visto que essa modalidade não necessita de materiais para ser desenvolvido.

A questão da esportivização da cultura corporal também é outro fator identificado, que levou o caráter esportivo para as aulas de educação física, fazendo

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assim com que muitos professores optem por trabalhar com esportes, devido à facilidade dos mesmos de serem desenvolvidos, e isso pode ser justificado devido as vivências que os mesmos tiveram com essas práticas, que não ocorreram de forma integrada com as Ginásticas.

Diante disso, concluímos que a GPT possui grande importância nas aulas de Educação Física, contribuindo em todos os aspectos relacionados ao desenvolvimento dos alunos, e o fato dessa modalidade ser pouco desenvolvida e conhecida no âmbito escolar mostra que se faz necessário que ocorra mudanças na formação dos professores, com o intuito de que os mesmos criem afinidade entre essa modalidade e seu desenvolvimento dentro das aulas de Educação Física escolar.

D) GINÁSTICA PARA TODOS NO ESPAÇO NÃO ESCOLAR

Após a análise da produção do conhecimento sobre a GPT nos artigos selecionados, percebemos que a GPT pode ser abordada de várias maneiras, entre elas, as relacionadas ao lazer em espaços não escolares, cujo as práticas corporais sofrem influência dos acontecimentos da sociedade.

De acordo com Freitas e Frutuoso (2016) paralelamente a ginástica na escola, temos a ginástica de academias e essa prática vem sendo cada vez mais valorizada, devido a sua ligação com o consumo, característica notável na sociedade atual.

Compreendemos que a prática da ginástica vem crescendo deliberadamente em academias, e isso está atrelada a mídia e ao consumo, que impõe cada vez mais praticas principalmente gímnicas no seu meio como forma de promoção a saúde e, além disso, percebemos um interesse capitalista na GPT, devido ao fato dessa modalidade poder ser praticada por todos os públicos e possuir fácil inclusão nas academias.

Entretanto, a mídia distorce o verdadeiro significado da pratica da ginástica, vendendo-a como um simples produto, não se importando se realmente aquele certo grupo irá conseguir realizar certa atividade proposta pela modalidade, causando assim, um afastamento de várias pessoas dessa pratica, e de acordo com Freitas e Frutuoso (2016), não é esse o objetivo da ginástica, em especial, da GPT, que possui caráter inclusivo nos seus parâmetros.

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Podemos perceber também que existem em academias diversas modalidades gímnicas, Freitas e Frutuoso (2016) citam em seu artigo, por exemplo, a ginástica aeróbica e o step moderno, que são praticados em diversos academias e clubes espalhados pelo Brasil, mas sempre com os mesmos objetivos, de fazer com que através da pratica dessas modalidades os praticantes garantam uma melhora significativa na saúde, e de acordo com a mídia, um corpo mais saudável e belo.

De modo geral, foi possível concluir que a GPT possui diversas falhas na sua prática em academias, principalmente no seu objetivo, que acaba sendo distorcido pela mídia, fazendo com que a ginástica não possua caráter inclusivo, delimitando o seu publico, causando uma diminuição da pratica dessa modalidade entre as pessoas, principalmente entre o público sênior.

3. CONCLUSÃO

É inegável que a Ginástica Para Todos é uma modalidade que pode trazer muitos benefícios, tanto em espaços escolares quanto em espaços não escolares, sendo uma ferramenta ideal para o desenvolvimento de forma integral de todos os seus praticantes. Foi possível compreender através da análise dos artigos selecionados que a GPT é uma modalidade abrangente e considerada nova no Brasil, e devido a isso a mesma ainda é pouco estudada e valorizada por professores de Educação Física, que pouco desenvolvem essa modalidade nas escolas, uma vez que a esportivização da educação física escolar ainda é forte em nosso pais.

As concepções teóricas identificadas no trabalho mostraram na sua maioria a ideia de que a GPT é uma modalidade da ginástica que inclui todos os públicos, ou seja, a maioria dos autores que analisamos acreditam que a GPT é uma modalidade que pode ser adaptada aos seus diversos praticantes, fazendo assim com que todos participem das aulas. Encontramos também diversos espaços formativos de ensino e socialização da GPT, tais como as escolas, academias, clubes, quadras, teatros e até mesmo ginásios, onde podem ocorrer os festivais ginásticos em especial, o Gym Brasil.

Identificamos que os festivais ginásticos no Brasil são uma ótima maneira de divulgação da GPT, pois envolvem culturas, músicas e uma infinidade de materiais, entretanto é necessária uma melhor organização dos eventos, em razão dos mesmos ainda apresentarem diversos defeitos e imperfeições em relação ao seu

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significado, que acaba sendo distorcido pelos organizadores, fazendo assim com que seu principal objetivo, que é a inclusão de todos os públicos não seja cumprido.

Por falta de financiamento para a sua realização, poucas são as cidades que possuem esses festivais.

De maneira geral, a GPT sofre manipulação das mídias sociais, uma vez que as mídias focam na valorização de modalidades esportivas competitivas, que possuem mais adeptos, e diante disso as práticas são apresentadas pelas mesmas como simples produtos, onde trazem diversos patrocínios para essas modalidades, fazendo com que ocorra o distanciamento dos objetivos da GPT, a transformando em produto.

Além disso, constatamos a fragilidade com que essa modalidade é tratada na formação acadêmica, pois compreendemos que os alunos pouco ou quase nada possuem de conhecimento ou experiências sobre essa modalidade durante o período de formação, o que nos faz perceber que é necessária uma maior atenção para desenvolvimento dessa modalidade no ambiente acadêmico, para que os alunos a vivencie e busquem desenvolve-las durante as suas aulas.

Percebemos também que poderiam ocorrer mais cursos e workshops voltados para a GPT no meio acadêmico da educação física, pois assim ocorreria uma maior divulgação dessa modalidade e um aumento considerável de acadêmicos e professores interessados em conhecer a essa modalidade gímnica.

Portanto, foi fundamental a realização da produção do conhecimento sobre a GTP nos periódicos científicos, dado que foi possível responder aos objetivos propostos na pesquisa e houve uma ampliação dos conhecimentos a respeito dessa modalidade, que nos fez refletir sobre seu desenvolvimento em nosso país.

Percebemos com isso que ainda há muito o que ser debatido sobre essa modalidade, já que ainda ocorre muitas incorreções sobre seu desenvolvimento e principal objetivo: a participação de todos.

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KNOWLEDGE PRODUCTION ANALYSIS ON GYMNASTICS FOR ALL IN SCIENTIFIC JOURNALS OF THE PHYSICAL EDUCATION AREA (2004-2017) ABSTRACT: The present study analyzes the knowledge production about the Gymnastic For All (GFA) in scientific journals of Physical Education área, in the years of 2004 to 2017, problematizing theoretical conceptions and formative spaces for the pedagogical tract and socialization of the GFA in the knowledge production of the Physical Education area. The survey adopted the qualitative approach, with a bibliographical and exploratory character, through the study of eight articles, which were published in scientific journals of Physical Education area, using the technique of content analysis. The theoretical conceptions evidenced in the articles, show that the GFA has in particular the inclusive character, in which its main objective is the physical, social and cultural development of the practitioners of this modality. The formative spaces can be divided between school spaces (public and private schools), non-school spaces (academies, clubs, squares, among others) and gymnastic festivals, which can be held in gyms, courts, theaters, and others. It is concluded that the GFA is fundamental to the integral development of the practitioners, so the production, socialization and pedagogical practice in the formative spaces must be developed by physical education teachers, that are the qualified professionals to develop this gymnastic modality.

Keywords: Knowledge production. Gymnastics For all. Physical Education.

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