Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Direito e Relações Internacionais
Coordenação do Curso de Direito Direito Previdenciário Profª. Ms. Tatiana Riemann
1/5 DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Prestações Previdenciárias – art. 18, Lei 8.213/91 e art. 25 Dec. 3.048/99
I. Quanto ao Segurado:
(a) Salário-maternidade (b) Salário-família
(c) Aposentadoria programada (d) Aposentadoria especial
(e) Aposentadoria por incapacidade permanente (f) Auxílio por incapacidade temporária
(a) Auxílio-acidente
II. Quanto ao Dependente:
(a) Auxílio-reclusão (b) Pensão por morte
III. Quanto ao Segurado e Dependente:
(a) Serviço Social
(b) Habilitação Profissional e Reabilitação Profissional
1) Salário Maternidade
Requisitos
Parto, adoção ou guarda judicial.
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*Em caso de adoção ou guarda judicial, o salário maternidade pode ser pago à segurada ou ao segurado – art. 71-A, Lei 8.213/91
*No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário- maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade. Nesse caso, o benefício deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário– art. 71-B, caput e §1°, Lei 8.213/91
Carência de 10 contribuições mensais, no caso de contribuinte individual, segurada facultativa (art. 25, III, Lei 8213/91) e segurada especial (a Lei 9876/99 reduziu de 12 contribuições mensais para 10 contribuições mensais, porém, por inércia do legislador, o art. 39, parágrafo único, Lei 8.213/91 não foi alterado).
Renda Mensal do Benefício:
Renda mensal igual a remuneração integral**, no caso de empregada ou trabalhadora avulsa (art. 72, caput, Lei 8213/91), sendo que no caso de salário variável será considerada a média dos últimos 06 meses (art. 393, CLT);
Valor igual ao último salário-de-contribuição para a segurada empregada doméstica (art. 73, I, Lei 8213/91);
Valor de 1/12 da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a quinze meses, (art. 73, III e parágrafo único, Lei 8213/91) no caso da contribuinte individual, segurada facultativa e segurada desempregada no período de graça.
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** A EC 20/98 estabeleceu teto para todos os benefícios previdenciários, o que poderia limitar o pagamento da remuneração integral da empregada ou trabalhadora avulsa.
Diante disso, editou-se a Portaria n. 4.883 de 1998 determinando que o excedente do teto dos benefícios previdenciários deveria ser pago pelo empregador. No entanto, o art. 7°, XVIII da Constituição Federal assegura à empregada gestante licença-maternidade sem prejuízo do salário. Sendo assim, foi proposta a ADIn n. 1946-5 DF impugnando-se o teor da EC 20/98. O STF, então, em sua composição plena e por unanimidade, deferiu liminar estabelecendo que a Previdência Social deve arcar integralmente com o benefício da licença-maternidade, mesmo nos casos em que seja superado o teto dos benefícios previdenciários.
Período de duração do benefício (arts. 70 e 71-A, Lei 8213/91): 120 dias*
*A duração do benefício pode ser aumentada em mais duas semanas antes e depois do parto, mediante atestado médico (art. 93, §3º, Dec. 3048/99).
*Em caso de aborto (até a 23ª semana de gestação), não criminoso, é devido o salário- maternidade durante duas semanas - art. 93, § 5º, Dec. 3048/99.
*Em caso de antecipação de parto é mantida a duração integral do benefício (art. 93, §4º, Dec. 3048/99), reduzindo-se a carência no número de dias correspondente à antecipação do parto - art. 29, parágrafo único, Dec. 3048/99.
Prazo para Requerimento: não é definido em Lei, de modo que aplica-se o prazo prescricional de 05 anos - art.103, parágrafo único, Lei 8.213/91.
*O salário-maternidade é devido à aposentada que retorna à atividade - art. 103, Dec.
3.048/99.
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*O salário-maternidade é devido em cada emprego - art. 98, Dec. 3048/99.
2) Salário Família
Requisitos
Salário de contribuição inferior ou igual a R$1.425,56 (fixado pela Portaria Ministério da Economia e Secretaria Especial de Previdência e Trabalho n. 3659/2020)
Filhos ou equiparados (enteado ou tutelado) menores de 14 anos ou inválidos (art.
66, Lei 8213/91) .
Valor da renda mensal do Beneficio: R$48,62
Segurados que fazem jus (art. 82, Decreto 3048/99): empregado, inclusive o doméstico; trabalhador avulso; empregado ou trabalhador avulso aposentado por invalidez ou em gozo de auxílio-doença, trabalhadores rurais aposentados por idade e a qualquer empregado ou trabalhador avulso aposentado aos 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou aos 60 anos ou mais, se do sexo feminino.
*Deve ser apresentado anualmente, exceto pelo empregado doméstico, o atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade e comprovada semestralmente a freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos - art. 67 da Lei 8.213/91 e art. 84, Dec. 3048/99.
*Não há limite de cotas do salário-família
*O salário-família é pago proporcionalmente ao número de filhos e se tanto pai e mãe forem segurados empregado ou trabalhador avulso, ambos receberão as cotas do salário- família (art. 82, §3º, Dec. 3048/99), exceto se divorciados ou separados judicialmente ou
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5/5 de fato (art. 87, Dec. 3048/99), caso em que o benefício será pago a quem detiver a guarda do filho.
*Extinção do benefício art. 88, Dec. 3048/99:
Por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao óbito;
Quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte da data anterior;
Pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade;
Pelo desemprego do segurado.