• Nenhum resultado encontrado

Justiça Militar - Processo Penal - Noções Gerais CONSTITUIÇÃO FEDERAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Justiça Militar - Processo Penal - Noções Gerais CONSTITUIÇÃO FEDERAL"

Copied!
48
0
0

Texto

(1)

Justiça Militar - Processo Penal - Noções Gerais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

SEÇÃO VII

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:

I - o Superior Tribunal Militar;

II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.

(2)

Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.

Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

OS ARTIGOS 122 E 124 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL REFEREM-SE À JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO. COMO DISPOSIÇÃO NO SENTIDO DE QUE COMPETE A JUSTIÇA MILITAR JULGAR OS "CRIMES MILITARES DEFINIDOS EM LEI", ESTA JULGA CIVIS QUE PRATIQUEM CRIMES MILITARES (EXEMPLO DO LIVRO DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO - PEDROLENZA, 14ª ED.: CIVILQUEPRATICACRIME CONTRAOPATRIMÔNIO SOBADMINISTRAÇÃO MILITAR)

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 2

(3)

OS CRIMESDOLOSOS CONTRA AVIDA QUE, EXCEPCIONALMENTE, SÃO JULGADOSPELA JUSTIÇAMILITAR NÃO SEGUEM ORITODOTRIBUNALDOJÚRI, MASSIMORITODO CÓDIGODE PROCESSO PENAL MILITAR:

STM – APELAÇÕES. DEFESA. MPM. PRELIMINARES DE INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO PARA JULGAMENTO DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. RITO DO TRIBUNAL DO JÚRI. PRELIMINARES REJEITADAS. MÉRITO. ART. 205, INCISO IV, DO CPM. LAUDOS PERICIAIS PSIQUIÁTRICOS NÃO CONCLUSIVOS. "IN DUBIO PRO REO". INIMPUTABILIDADE NÃO COMPROVADA. DESPROVIMENTO. MAJORAÇÃO DA PENA. PREMEDITAÇÃO. QUALIFICADORA MOTIVO FÚTIL E PREVALECENDO-SE O AGENTE DA SITUAÇÃO DE SERVIÇO. CONDENAÇÃO MANTIDA. I - A JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR, BEM ASSIM A DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL SÃO NOSENTIDO DE SERCONSTITUCIONAL O JULGAMENTO DOS CRIMESDOLOSOS CONTRAA VIDA DE MILITAREMSERVIÇOPELA JUSTIÇA CASTRENSEDA UNIÃO, SEMASUBMISSÃODESTESCRIMESAO TRIBUNALDO

JÚRI, NOS TERMOS DO O ART. 9º, III, "D", DO CPM. UNANIMIDADE. II - PARA CARACTERIZAR-SE A PREMEDITAÇÃO DEVE ESTAR CONFIGURADO O MÍNIMO PLANEJAMENTO. NÃO BASTA A SIMPLES EXPLANAÇÃO DA VONTADE ANTERIORAO EVENTOCRIMINOSO. III - A MOTIVAÇÃO ALEGADADE ABUSO SEXUALNÃO AFASTADANÃO PODE SER CONSIDERADA MOTIVO FÚTIL. PREVALECER-SE DE SITUAÇÃO DE SERVIÇO PRECISA SER CONDIÇÃO PREPONDERANTE PARA O INTENTO CRIMINOSO PARA SER CONFIGURADA NO HOMICÍDIO. IV - A ATENUANTE DA MENORIDADE PODE SOBREPUJAR DUAS AGRAVANTES NÃO PREPONDERANTES NO CASO CONCRETO, DEVENDO SER AVALIADA PELO JUIZ EM ATENÇÃO AO ARTIGO 75 DO CPM. V - CABE À DEFESA COMPROVAR A ALEGADA DOENÇA MENTAL, CUJOS LAUDOS NÃO COMPROVEM. ÔNUS DA PROVA É DE QUEM ALEGA. APELOS NÃO PROVIDOS. DECISÃO UNÂNIME. ( 0000254-78.2013.7.01.0201 - CASO CONCRETO DECRIME MILITAR PRATICADO POR MILITARDAUNIÃOCONTRAVÍTIMAMILITAR )

(4)

LEI 8.457/92 - LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITARDA UNIÃO

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

ART. 11. A CADA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR CORRESPONDE UMA AUDITORIA, EXCETUADAS AS PRIMEIRA, SEGUNDA, TERCEIRAEDÉCIMAPRIMEIRA, QUETERÃO:

A) PRIMEIRA: 4 (QUATRO) AUDITORIAS;

B) ATERCEIRA: TRÊS AUDITORIAS;

C) ASEGUNDA EADÉCIMAPRIMEIRA: DUAS AUDITORIAS.

§ 1º NAS CIRCUNSCRIÇÕESCOMMAIS DEUMA AUDITORIA, ESSASSÃODESIGNADASPOR ORDEMNUMÉRICA.

§ 2º AS AUDITORIASTÊM JURISDIÇÃOMISTA, CABENDO-LHES CONHECERDOS FEITOSRELATIVOSÀ MARINHA, EXÉRCITOE AERONÁUTICA.

§ 3º NAS CIRCUNSCRIÇÕES EM QUE HOUVER MAIS DE UMA AUDITORIA E SEDES COINCIDENTES, A DISTRIBUIÇÃO DOSFEITOSCABEAO JUIZ-AUDITORMAISANTIGO.

§ 4º NAS CIRCUNSCRIÇÕES EM QUE HOUVER MAIS DE UMA AUDITORIA COM SEDE NA MESMA CIDADE, A DISTRIBUIÇÃO DOS FEITOS RELATIVOS A CRIMES MILITARES, QUANDO INDICIADOS SOMENTE CIVIS, FAZ-SE,

INDISTINTAMENTE, ENTREAS AUDITORIAS, PELO JUIZ- AUDITORMAISANTIGO.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 4

(5)
(6)

SEÇÃO VIII

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

ART. 125. (...) § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em

segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

PARANÁ, SANTA CATARINA EDEMAIS ESTADOS - NÃO TÊM TRIBUNALDEJUSTIÇAMILITAR

RIO GRANDE DO SUL, SÃO PAULOE MINAS GERAIS - TÊM TRIBUNALDEJUSTIÇAMILITAR

NO RIO GRANDE DO SUL, POR EXEMPLO, EXISTEM QUATRO AUDITORIAS: DUASEM PORTO ALEGRE, UMA EM

SANTA MARIAEUMAEM PASSO FUNDO. ESSADISTRIBUEMPELOESTADOOSJULGMENTOSEMPRIMEIROGRAU. JÁ EM SANTA CATARINA, EXISTE APENAS A VARA DE DIREITO MILITAR DA COMARCA DA CAPITAL, COM COMPETÊNCIA PARATODOOESTADO.

AS DECISÕES DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA MILITAR E DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA (AMBOS JULGAM MILTARES ESTADUAIS) DESAFIAMRECURSOS AO STJ EAO STF.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 6

(7)

"CUMPRE DESTACAR A IMPOSSIBILIDADEDE RECURSO DASDECISÕES DO TJM OU TJ PARA O STM, QUE SE RESTRINGE ÀS CAUSAS DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO, FUNCIONANDO COMO SEU ÓRGÃO RECURSAL" (PEDRO LENZA, INDIREITO CONSTITUCIONALESQUEMATIZADO -, 14ª ED.).

O SISTEMA RECURSALDODIREITOMILITARTEMASEGUINTE ORGANIZAÇÃO:

(8)

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os policiais militares e bombeiros militares nos crimes militares, definidos em lei, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

DA REDAÇÃODO § 4º ÉPOSSÍVEL CONCLUIRQUE A JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL NÃO JULGA CIVIL.

LOGOESSESCRIMESSÃO JULGADOSPELAJUSTIÇACOMUMESTADUAL.

NESSE SENTIDO: SÚMULA 52 DO STJ - COMPETE AJUSTIÇA COMUMESTADUALPROCESSAR E JULGARCIVIL ACUSADO DEPRATICA DECRIMECONTRAINSTITUIÇÕESMILITARESESTADUAIS.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 8

(9)

EC 45/04 - ADICIONOU À COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR "AS AÇÕES JUDICIAIS CONTRA ATOS DISCIPLINARES MILITARES". POR OUTROLADO FEZ RESSALVA QUANTO "COMPETÊNCIA DO JÚRI QUANDO AVÍTIMA FOR CIVIL".

VEJA-SE QUE A COMPETÊNCIA PARA JULGAR CRIMESCONTRA AVIDA PRATICADOS CONTRA CIVIL ENCONTRA-

SE NA SEÇÃODA CF QUETRATA DA "DOSTRIBUNAISEJUÍZES DOSESTADOS". OU SEJA, ESSA REGRAAPLICA-SE À JUSTIÇAMILITARESTADUAL.

EM DECORRÊNCIA DA PREMISSA ACIMA, OS CRIMES CONTRA A VIDA QUE TENHAM COMO VÍTIMA CIVIL,

PRATICADOS POR MILITARES DA UNIÃO, SUBMETEM-SE ÀS REGRAS ART. 9º DO CPM (TRANSCRITO ADIANTE),

HAVENDO, NESSECASO, HIPÓTESESDEJULGAMENTOSPELAJUSTIÇAMILITAR (COMRITODO CPPM).

OUTRA POSSIBILIDADE É A EXISTÊNCIA DE CRIME MILITAR DE HOMICÍDIO DOLOSO PRATICADO POR MILITAR ESTADUAL CONTRA OUTRO MILITAR. ESSE CASO SERIA, EM TESE, JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

(COMRITODO CPPM).

(10)

CF - ART. 142, § 3º, VI - O OFICIAL PERDERÁ O POSTO E A PATENTE SE FOR JULGADO INDIGNO DO OFICIALATO OU COM ELE INCOMPATÍVEL, POR DECISÃO DE TRIBUNAL MILITAR DE CARÁTER PERMANENTE, EM TEMPO DEPAZ, OUDETRIBUNALESPECIAL, EMTEMPODEGUERRA; (INCLUÍDOPELA EMENDA CONSTITUCIONALNº 18, DE 1998) VII - O OFICIAL CONDENADO NA JUSTIÇA COMUM OU MILITAR A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A DOIS ANOS , POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO, SERÁ SUBMETIDO AO JULGAMENTO PREVISTO NOINCISOANTERIOR;(INCLUÍDOPELA EMENDA CONSTITUCIONALNº 18, DE 1998)

CONSTITUIÇÃO SC - ART. 31 (REDAÇÃO EC 33) (...) § 9º — O OFICIALPERDERÁ O POSTO EAPATENTE SE FOR JULGADO INDIGNO DO OFICIALATO OU COMELE INCOMPATÍVEL POR DECISÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA,

EM TEMPO DE PAZ, OU DE TRIBUNAL ESPECIAL, EM TEMPO DE GUERRA. § 10 — O OFICIAL CONDENADO NA JUSTIÇA COMUM OU MILITAR, A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A DOIS ANOS, POR SENTENÇA TRANSITADA EMJULGADO, SERÁSUBMETIDOAOJULGAMENTOPREVISTONOPARÁGRAFOANTERIOR.

EMBORA OS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS ACIMA REFIRAM-SE AOS OFICIAIS, A JURISPRUDÊNCIA OS UTILIZA TAMBÉM PARA APLICAR A PERDA DE GRADUAÇÃO AOS PRAÇAS. NESSE SENTIDO: "PARA A PERDA DA GRADUAÇÃODASPRAÇAS - EQUIPARADAÀPERDA DOPOSTO EDAPATENTE DOSOFICIAISPELO CITADOART. 125,

§ 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - DEVEM SER PREENCHIDOS DOIS REQUISITOS, A SABER: O PRIMEIRO, DE CARÁTER OBJETIVO, RELATIVO AO TEMPO DE CONDENAÇÃO, EO SEGUNDO, REFERENTE AO MÉRITO DO MILITAR,

SUA DIGNIDADE E COMPATIBILIDADE PARA EXERCER A FUNÇÃO POLICIAL” (PERDA DE GRADUAÇÃO N. 2006.013750-1. J. 26/7/2006)

EMAIS: SUPERADA TALQUESTÃO, FAZMISTER RESSALTARQUE OPROCEDIMENTO DEPERDA DEGRADUAÇÃO TEM COMO ESCOPO JULGAR SE APRAÇA COLOCOU OU NÃO A CORPORAÇÃO A QUE PERTENCE EM DESCRÉDITO PERANTE ASOCIEDADE QUEÉ ENCARREGADADE PROTEGER, AFETANDO ASSIM OPUNDONOR POLICIALMILITAR E O DECORODACLASSE. PARATANTO, TEMQUE RESTARPREENCHIDOTANTOO REQUISITOOBJETIVO - REFERENTE

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 10

(11)

AO TEMPO DE CONDENAÇÃO - QUANTO O SUBJETIVO - RELATIVO AO MÉRITO DO POLICIAL, SUA DIGNIDADE E COMPATIBILIDADE PARA EXERCER A FUNÇÃO DE MILITAR -, EM QUE DEVE SER FEITA UMA VALORAÇÃO DO FATO PELO QUAL O REPRESENTADO RESTOU CONDENADO, BEM COMO DE SUA FICHA FUNCIONAL, CONSOANTE ENTENDIMENTO DESTE SODALÍCIO (PERDADE GRADUAÇÃO N. 2008.010385-0, REL. DES. SUBST. VICTOR

FERREIRA, J. EM 26.8.2008). TJSC, PERDA DE GRADUAÇÃO N. 2009.025279-2, DE IBIRAMA, REL. DES. ALEXANDRED'IVANENKO, J. 25-02-2010

ASSIM, EM SUMA, OS MILITARES CONDENADOS NA JUSTIÇA COMUM OU MILITAR A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A DOIS ANOS DEVEM PERDER O POSTO E PATENTE (OFICIAIS) OU A GRADUAÇÃO

(PRAÇAS).

(12)

SOMENTE OTRIBUNAL PODE DECIDIRSOBRE APERDA DOPOSTO (LUGARQUEOOFICIALOCUPANAHIERARQUIAMILITAR) EDA PATENTE (TÍTULOQUECOMPROVAANOMEAÇÃODOMILITARPARADETERMINADOPOSTONAHIERARQUIA) DOS OFICIAISEDAGRADUAÇÃO (LUGAR OCUPADO PELA PRAÇA NO QUADRO HIERÁRQUICO MILITAR) DAS PRAÇAS COMO DECORRÊNCIA DE PROCESSO CRIMINAL . JUIZ DE DIREITO DOJUÍZO MILITARNÃOTÊM COMPETÊNCIAPARATANTO.

PORÉM, TAL REGRA NÃO IMPEDE A PERDA DA GRADUAÇÃO MILITAR POR MEIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO . A ESSERESPEITO:

SÚMULA 673 - STF - OART. 125, § 4º, DACONSTITUIÇÃONÃO IMPEDEAPERDA DA GRADUAÇÃODEMILITAR MEDIANTE PROCEDIMENTOADMINISTRATIVO. (APROVADAEMSESSÃOPLENÁRIADE 24/9/2003)

“A DECISÃO AGRAVADA ALINHA-SE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DE QUE A COMPETÊNCIA CONFERIDAÀ JUSTIÇA MILITAR PELO ART. 125, §4º, DA CONSTITUIÇÃOÉ RELATIVAÀ PERDADA GRADUAÇÃO COM PENA ACESSÓRIA CRIMINAL, E NÃO À SANÇÃO DISCIPLINAR, QUE PODE DECORRER DE ADEQUADO PROCESSO ADMINISTRATIVO (SÚMULA 673/STF)." (RE 693087 AGR, RELATOR MINISTRO ROBERTO

BARROSO, PRIMEIRA TURMA, JULGAMENTOEM 7.4.2015, DJEDE 23.4.2015)

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 12

(13)

QUAL O PROCEDIMENTO INTERNO, NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SANTA CATARINA, PARA A BUSCA DA PERDA DOPOSTO/PATENTE OUDAGRADUAÇÃODOMILITARCONDENADO?

AESSERESPEITO: PARECEREM SOLICITAÇÃODE APOION. 016/2016/CCR:

* (...) ATO N. 132/1997/PGJ RESOLVE: I- DETERMINAR AOS PROMOTORES DE JUSTIÇA COM ATRIBUIÇÕES NAS ÁREAS CRIMINAIS QUE, TÃO LOGO TRANSITADA EM JULGADO SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA QUE TENHA IMPOSTO A

OFICIAIS OU PRAÇAS GRADUADAS DA POLICIA MILITAR PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A 2 (DOIS) ANOS,

PROMOVAM O IMEDIATO ENCAMINHAMENTO DAS PEÇAS PRINCIPAIS DO RESPECTIVO PROCESSO-CRIME, TAIS COMO DENÚNCIA, DEFESAPRÉVIA, TERMO DE DECLARAÇÕES, ALEGAÇÕES FINAIS, SENTENÇA, ACÓRDÃO, CERTIDÃO DOTRÂNSITO EM JULGADO, DEVIDAMENTE AUTENTICADAS, À PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PARA O OFERECIMENTO DE REPRESENTAÇÃO JUNTO AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO VISANDO O AFASTAMENTO DEFINITIVO DO APENADO DOSQUADROS DA POLÍCIA MILITAR ESTADUAL, PROVIDÊNCIA DISPENSÁVELNA HIPÓTESEDE PRAÇAGRADUADO CONDENADOEXCLUÍDODA CORPORAÇÃOPORATOADMINISTRATIVO.

* (...) O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA VEM SUSTENTANDO QUE O JUIZ SINGULAR DA JUSTIÇA COMUM PODE DECRETAR APERDA DA FUNÇÃOPÚBLICA NOSCASOS EMQUEÉPOSSÍVEL APLICAR TALPENA AOFATO CRIMINOSO, COMO,

POR EXEMPLO, NA APLICAÇÃO DA LEI DE TORTURA, QUE DISPÕE NO ARTIGO 1º, §5º: “A CONDENAÇÃO ACARRETARÁ A PERDA DOCARGO, FUNÇÃOOUEMPREGO PÚBLICOEAINTERDIÇÃO PARASEU EXERCÍCIOPELO DOBRODOPRAZO DA PENA APLICADA.” POSTO ISSO, O JUIZSINGULAR PODE DECIDIR PELA PERDA DOCARGO MESMO SENDOO RÉUPOLICIAL MILITAR,

DESDE QUERESPONDAPORCRIMECOMUM. (...)

* (...) CABE LEMBRARQUESE O FATOCRIME TAMBÉM CONSTITUIRFALTA DISCIPLINAR, A JURISPRUDÊNCIAÉ PACÍFICA ACERCA DA POSSIBILIDADE DA EXPULSÃO ADMINISTRATIVA DO PRAÇA POLICIAL MILITAR. ISSO PORQUE AS ESFERAS DE RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAEPENALSÃOAUTÔNOMAS. (...)

* DESSARTE, FINDOO PROCESSOCRIMECOMCONDENAÇÃODOMILITAR, OMEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICODEVERÁ,

COM BASE NO ATO N. 132/1997/PGJ, ENCAMINHAR AS PEÇAS PARA O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA PARA OFERECIMENTO DAREPRESENTAÇÃOREQUERENDO APERDADOPOSTOEDA PATENTEDOSOFICIAISEDA GRADUAÇÃODAS

(14)

PRAÇAS. ADEMAIS, A POLÍCIA MILITAR E O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR TAMBÉM PODEM EXPULSAR ADMINISTRATIVAMENTEUMPRAÇAQUECOMETEUFALTADISCIPLINAR, SEGUINDOOSTRÂMITESLEGAIS. (31/3/2016)

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 14

(15)

§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. (EC nº 45, de 2004)

EC 45/04 - SEPAROU ASCOMPETÊNCIAS:

JUÍZES DE DIREITO DO JUÍZO MILITAR - "PROCESSAR E JULGAR, SINGULARMENTE, OS CRIMES MILITARES COMETIDOS CONTRACIVIS EASAÇÕESJUDICIAISCONTRAATOSDISCIPLINARESMILITARES";

CONSELHODE JUSTIÇA, SOB APRESIDÊNCIADEJUIZ DEDIREITO, PROCESSAR EJULGAROS "DEMAISCRIMES MILITARES" – COMPETÊNCIARESIDUAL

STF - EMENTA: “HABEAS CORPUS” – CRIME MILITAR COMETIDO POR POLICIAL MILITAR CONTRA CIVIL – JUIZ DE DIREITO DO JUÍZO MILITAR ESTADUAL (CF, ART. 125, § 5º, ACRESCIDO PELA EC Nº 45/2004) – COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DO MAGISTRADO TOGADO – AUSÊNCIA DE PREVISÃO, NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR, DE RITO PROCEDIMENTAL REFERENTE AO JUÍZO SINGULAR – APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM (CPPM, ART. 3º, “A”) – LEGITIMIDADE – ALEGADA NULIDADE POR CERCEAMENTO DE DEFESA EM FACE DA AUSÊNCIA DE OPORTUNIDADE PARA OFERECIMENTO DE ALEGAÇÕES ORAIS – INEXISTÊNCIA – FASE RITUAL CUJA APLICAÇÃO RESTRINGE-SE AO JULGAMENTO PERANTE ÓRGÃO COLEGIADO (CONSELHO DE JUSTIÇA) – NÃO COMPROVAÇÃO, ADEMAIS, DE PREJUÍZO À DEFESA DO RÉU –

“PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF” – PEDIDO INDEFERIDO. (...) CORPO DO ACÓRDÃO, FAZENDO MENÇÃO AO PARECER SO SUBPROCURADOR-GREAL DA REPÚBLICA: "A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/2004 DEU NOVA TÔNICA AO JULGAMENTO DE CRIMES MILITARES IMPRÓPRIOS, SUBMETENDO-OS À COMPETÊNCIA DO JUÍZO SINGULAR, QUE,

NA FALTA DE NORMAS PROCEDIMENTAIS NO CÓDIGO PROCESSUAL PENAL MILITAR, SEGUE AS REGRAS DO

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMUM, NAS QUAIS NÃO PREVISÃO DE ALEGAÇÕES ORAIS. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 3º, ALÍNEAA’, DO CPPM" (HC 93076. J. 26/08/2008)

(16)

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Art. 77 — São órgãos do Poder Judiciário do Estado: I - o Tribunal de Justiça; II - os Tribunais do Júri; III - os Juízes de Direito e os Juízes Substitutos; IV - a Justiça Militar; V - os Juizados Especiais e as Turmas de Recursos; VI - a Câmara Regional de Chapecó; VII - os Juízes de Paz; VIII - outros órgãos instituídos em lei

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 16

(17)

Seção VI

Da Justiça Militar

Art. 90— Os Conselhos de Justiça funcionarão como órgãos de primeiro grau da Justiça Militar, constituídos na forma da lei de organização judiciária, com competência para processar e julgar, nos crimes militares definidos em lei, os militares estaduais. § 1º — Como órgão de segundo grau funcionará o Tribunal de Justiça, cabendo-lhe decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. § 2º — Os juízes auditores terão, as mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e impedimentos dos magistrados estaduais da última entrância, exceto o acesso por promoção ao Tribunal de Justiça. § 3º — Os juízes auditores substitutos sucedem aos juizes auditores e são equiparados, para todos os fins, aos magistrados estaduais da penúltima entrância.

A REDAÇÃO DO CAPUT DO ART. 90, QUE FAZ MENÇÃO UNICAMENTE AOS "CONSELHOS DE JUSTIÇA", TEM REDAÇÃO DADA PELA EC 33/03. OU SEJA, É ANTERIOR À EMENDA DA CONSTITIUÇÃO FEDERAL Nº 45/04. POR ISSO NÃOMENÇÃOAOS "JUIZESDEDIREITO DOJUÍZO MILITAR"

O TERMO ATUALMENTE UTILIZADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DESIGNAR OS JUÍZES DA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL É "JUIZES DE DIREITO DO JUÍZO MILITAR". O TERMO JUIZ AUDITOR AINDA CONSTA NA CARTA

FEDERAL NOART. 123, II, AOTRATARDACOMPOSIÇÃODO STM.

Seção III Dos Militares Estaduais Art. 31— São militares estaduais os integrantes dos quadros efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, que terão as mesmas garantias, deveres e obrigações – estatuto, lei de remuneração, lei de promoção de oficiais e praças e regulamento disciplinar único.

ESSE ARTIGO DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, CUJA REDAÇÃO TAMBÉM FOI DADA PELA EC 33/03, DEFINE QUEMSÃO OS "MILITARESESTADUAIS".

(18)

CÓDIGO DE DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (LEI COMPLEMENTAR Nº 339, DE 08 DE MARÇO DE 2006)

Art. 18. São órgãos do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina: I - Tribunal de Justiça; II - Juízes de Direito; III - Juízes Substitutos; IV - Tribunal do Júri; V - Juizados Especiais e Turmas de Recursos; VI - Justiça Militar; VII - Juízes de Paz; e VIII - outros órgãos instituídos por lei.

Capítulo VIII Justiça Militar

Art. 49. A Justiça Militar do Estado será exercida:

I - em Primeiro Grau, com jurisdição em todo o Estado e sede na Capital, por Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça; e

II - em Segundo Grau, pelo Tribunal de Justiça.

Art. 50. Na composição do Conselho de Justiça Militar observar-se-á, no que for aplicável, o disposto na legislação da Justiça Militar e no Código de Processo Penal Militar.

§ 1º O Conselho Especial de Justiça, integrado por Juiz de Direito, que o presidirá, e quatro militares, será constituído para cada processo e dissolvido após a sua conclusão, competindo-lhe processar e julgar processos instaurados contra oficiais militares.

§ 2º O Conselho Permanente de Justiça, integrado por Juiz de Direito, que o presidirá, e quatro militares, funcionará durante quatro meses consecutivos, coincidindo com os quadrimestres do ano civil, competindo-lhe processar e julgar os processos instaurados contra praças da Polícia Militar.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 18

(19)

§ 3º O Conselho Permanente e o Conselho Especial serão integrados por militares com o posto de Capitão, no mínimo.

§ 4º Não poderão integrar o Conselho Especial, militares com posto inferior ou, se de mesmo posto, mais moderno no quadro de antigüidade, do que o militar processado.

§ 5º O Juiz de Direito presidente do Conselho Especial e do Conselho Permanente de Justiça promoverá o sorteio dos militares que os integrarão e de seus respectivos suplentes.

§ 6º Na sessão de julgamento é indispensável a presença de todos os integrantes do respectivo Conselho de Justiça.

CONSELHO ESPECIAL - PROCESSA E JULGA OFICIAIS MILITARES. TRANSITÓRIO. FORMADO, POR SORTEIO PROMOVIDO PELOJUIZ DEDIREITOQUEOPRESIDE, PARA JULGAMENTODEPROCESSOESPECÍFICO.

CONSELHO PERMANENTE - PROCESSA E JULGA PRAÇAS DE "POLÍCIA MILITAR". - DURAÇÃO DE ATÉ QUATRO MESES. PODEJULGARMAISDEUMPROCESSO.

PARECE HAVER UMA IMPROPRIEDADE ENTRE O § 1º ("OFICIAIS MILITARES") E O § 2º ("PRAÇAS DA POLÍCIA MILITAR"), QUE, EM PRINCÍPIO, O CONSELHO PERMANENTE DEVE JULGAR PRAÇAS MILITARES (INCLUÍNDO OS

BOMBEIROS) NASHIPÓTESES DESCRITAS.

(20)

Art. 51. Compete à Justiça Militar processar e julgar os militares estaduais nos crimes militares definidos por lei e as ações judiciais contra ato de autoridade militar que tenha origem em transgressão disciplinar, ressalvada a competência do Júri quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças (CF, art. 125, § 4º).

Parágrafo único. Compete ao Juiz de Direito processar e julgar, monocraticamente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra ato de autoridade militar que tenha origem em transgressão disciplinar. Em relação aos demais crimes militares, a competência é do Conselho de Justiça.

Art. 52. O Juiz de Direito atuante na Justiça Militar, cujo cargo é preenchido por promoção ou remoção dentre os Juízes de Direito da última entrância, será substituído em suas faltas, licenças, férias ou impedimentos por Juiz de Direito titular de Vara Criminal ou por Juiz Substituto, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 59. São órgãos de colaboração com o Poder Judiciário, além daqueles previstos em lei: I - os advogados da Justiça Militar e do Juízo da Infância e Juventude; e II - a Polícia Judiciária.

Seção I

Advogado da Justiça Militar e do Juízo da Infância e Juventude

Art. 60. A Justiça Militar e o Juizado da Infância e Juventude contarão com advogados públicos, nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, após aprovação em concurso público de provas e títulos.

Parágrafo único. Os cargos são acessíveis a todos os brasileiros bacharéis em Direito, inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil na data da posse.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 20

(21)

Art. 61. Ao advogado da Justiça Militar, entre outras atribuições fixadas em lei ou resolução do Tribunal de Justiça, compete: I - patrocinar a defesa de praça, nos termos do Código de Processo Penal Militar; II - servir de advogado ou de curador nos casos previstos em lei; III - propor a revisão de processo e formular pedido de perdão judicial; e IV - requerer ao Juiz competente ou ao Conselho diligências e informações necessárias à defesa do acusado.

(22)

RESOLUÇÃO TJ N. 24 DE 19 DE AGOSTO DE 2015.

Transforma a Auditoria da Justiça Militar em 5ª Vara Criminal da comarca da Capital, disciplina a competência e a instalação desta unidade, e altera dispositivos da Resolução n. 21/2010-TJ, de 4 de agosto de 2010.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, POR SEU TRIBUNAL PLENO, considerando o disposto nos arts. 4º, 5º, 25, 49, 50, 51, 52, 72, 78 e 80 da Lei Complementar n.

339, de 8 de março de 2006; e no art. 2º, I, da Lei Complementar n. 516, de 8 de setembro de 2010; bem como o exposto no Processo n. 414296-2011.9,

RESOLVE:

Art. 1º Transformar a Auditoria da Justiça Militar, instituída pelos arts. 57 e 58 da Lei n. 5.624, de 9 de novembro de 1979, em 5ª Vara Criminal da comarca da Capital, unidade judiciária criada pelo art. 2º, inciso I, da Lei Complementar n. 516, de 8 de setembro de 2010.

Art. 2º Compete ao Juiz de Direito da 5ª Vara Criminal da comarca da Capital (Atualmente chamada

"Vara de Direito Militar da Comarca da Capital", cf. Resolução TJ N. 29, de 20/11/2017) I – processar e julgar monocraticamente:

a) os militares estaduais, nos crimes militares cometidos contra civis, ressalvada a competência do Tribunal do Júri (art. 125, §§ 4º e 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, e art. 51 e seu parágrafo único, da Lei Complementar n. 339, de 8 de março de 2006); e

b) as ações judiciais contra ato disciplinar militar estadual ou de autoridade militar estadual que tenha origem em transgressão disciplinar (art. 125, §§ 4º e 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 51 e seu parágrafo único, da Lei Complementar n. 339, de 8 de março de 2006);

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 22

(23)

c) as ações que envolvam a carreira militar, excetuadas as de caráter exclusivamente remuneratório, ressalvada a competência do Tribunal de Justiça, bem como a competência do Conselho Permanente de Justiça e do Conselho Especial de Justiça, prevista no inciso II deste artigo.

c) as ações que versarem sobre concurso público para ingresso na carreira militar e sobre a própria carreira militar, excetuadas as de caráter exclusivamente remuneratório e ressalvada a competência do Tribunal de Justiça, e a competência do Conselho Permanente de Justiça e do Conselho Especial de Justiça prevista no inciso II deste artigo; e (redação dada pela RESOLUÇÃO TJ N. 29/2017)

II – processar e julgar os militares estaduais, por meio do Conselho Permanente de Justiça e do Conselho Especial de Justiça, nos demais crimes militares definidos por lei (art. 125, § 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 51 e seu parágrafo único, da Lei Complementar n. 339, de 8 de março de 2006);

§ 1º Nos processos referidos nas alíneas “a” e “b” do inciso I e no inciso II deste artigo, competirá ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças (art. 125, § 4º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988).

§ 2º Os processos referidos na alínea “c” do inciso I deste artigo, em tramitação na 2ª e 3ª Varas da Fazenda Pública da comarca da Capital, serão redistribuídos à 5ª Vara Criminal da comarca da Capital.

§ 3º No âmbito da 5ª Vara Criminal da comarca da Capital, o procedimento judicial será exclusivamente eletrônico, e obedecerá às diretrizes estabelecidas na Resolução Conjunta n. 3/2013- GP/CGJ, de 20 de maio de 2013, e na legislação em vigor. (...)

(24)

00386/2018/PGJ

ATO N. 00386/2018/PGJ - REDISTRIBUIASATRIBUIÇÕESDASE 40ª PROMOTORIASDE JUSTIÇADA COMARCADA CAPITAL. O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, COM FUNDAMENTO NO ART. 46, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 197/2000 - LEI ORGÂNICADO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADODE SANTA CATARINA, APÓSAPROVAÇÃODO ÓRGÃO ESPECIALDO

COLÉGIODE PROCURADORESDE JUSTIÇA, NOSTERMOS DOART. 20, INCISO XII, DAMESMA LEI, EMSESSÃONODIA 6 DEJUNHODE 2018,

RESOLVE: ART. 1º ASATRIBUIÇÕES DASE 40ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇAQUEINTEGRAMA COMARCADA CAPITAL FICAM ASSIMFIXADAS:

ART. 2º ESTE ATO ENTRARÁ EM VIGOR NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO, REVOGADAS AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO. REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E COMUNIQUE-SE. FLORIANÓPOLIS, 8 DEJUNHODE 2018.

SANDRO JOSÉ NEIS - PROCURADOR-GERALDE JUSTIÇA

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 24

(25)

CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES N. 2018/006172 - SUSCITANTE: 5ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA

COMARCADA CAPITAL - SUSCITADA: 4ª PROMOTORIADE JUSTIÇADA COMARCADE CRICIÚMA

CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. NOTÍCIA DE FATO INSTAURADA PARA APURAR EVENTUAL COMETIMENTO DO DELITO DE ABUSO DE AUTORIDADE POR POLICIAIS MILITARES QUANDO DA PRISÃO EM FLAGRANTE DE ACUSADO. FATO OCORRIDO NA COMARCA DE CRICIÚMA. FASE EXTRAJUDICIAL. REFLEXOS ADSTRITOS À ÁREA DE ATRIBUIÇÃO DA 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE CRICIÚMA. CONFLITO PROCEDENTE.(...)

CONCLUI-SE, PORTANTO, QUE AS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA ESPECIALIZADAS NO CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL, NOTADAMENTE MILITAR, POSSUEM ATRIBUIÇÃO CONCORRENTE NA FASE EXTRAJUDICIAL,

SENDO INCUMBIDAS DA ADOÇÃO DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES, NA FORMA DA RESOLUÇÃO Nº 20/2007, DO

CNMP E ATO Nº 467/2009/PGJ, E, EMHAVENDO NECESSIDADE DE ADOÇÃO DE MEDIDAS NO ÂMBITO JUDICIAL,

DE SER RESPEITADA A COMPETÊNCIA DA VARA MILITAR, E, POR CONSEQUÊNCIA, DA ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DA 5ª PROMOTORIADE JUSTIÇADA COMARCADA CAPITAL.

(26)

ESTATUTO DE POLÍCIA MILITAR SANTA CATARINA (Lei Estadual 6.218/83)

Art. 15. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais-militares da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

Art. 16. Os Círculos hierárquicos à escala hierárquica Casa Militar são fixados de conformidade com os anexos I e II.

§ 1º Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido pelo ato do Governador do Estado e confirmado em Carta Patente.

§ 2º Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pelo Comandante-Geral da Polícia Militar.

§ 3º O aspirante-oficial PM e o aluno-oficial PM são denominados praças especiais.

§ 4º Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos quadros são fixados separadamente, para cada caso, dentro da lei de fixação de Efetivos.

§ 5º Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê-lo mencionando essa situação.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 26

(27)

ANEXO I

Círculo de Oficiais Coronel PM

Tenente-Coronel PM Major PM

Círculo de Oficiais

Círculo de Oficiais Intermediários

Postos Capitão PM

Círculo de Oficiais Subalterno

1º Tenente 2ºTenente

Círculo de Praças

Círculo de Subtenentes

e Sargentos Graduações

Subtenente PM 1º Sargento PM 2º Sargento PM 3º Sargento PM Círculo de Cabos e

Soldados

Cabo PM

Soldado PM 1ª Classe Soldado PM 2ª Classe Soldado PM 3ª Classe

(28)

LEI COMPLEMENTAR 582/12

Art. 1º O efetivo máximo previsto para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina (CBMSC) é fixado em 3.816 (três mil, oitocentos e dezesseis) bombeiros militares.

Art. 2º O efetivo máximo previsto fixado nesta Lei Complementar fica distribuído em Quadros de Bombeiros Militares na forma especificada no Anexo I desta Lei Complementar.

§ 1º O ingresso para o Quadro de Oficiais de Saúde Bombeiros Militar (QOSBM) ocorrerá mediante concurso público, nos termos da legislação em vigor.

§ 2º A jornada de trabalho dos integrantes do QOSBM será igual à dos integrantes do Quadro de Oficiais Bombeiros Militar (QOBM).

Art. 3º O efetivo de que trata esta Lei Complementar será ativado e preenchido de acordo com os seguintes critérios:

I - 3.211 (três mil, duzentas e onze) vagas de bombeiros militares ficam distribuídas e ativadas conforme os quadros, os círculos, os postos e as graduações constantes do Anexo I desta Lei Complementar; e II - 605 (seiscentas e cinco) vagas a serem ativadas de forma gradativa até 2014, conforme Quadro de Ativação de Vagas constante do Anexo II desta Lei Complementar.

Escola do Ministério Público – Prof. Marcio Gai Veiga – Legislação Processual Penal Extravagante 28

(29)

ANEXO I

DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS NOS QUADROS DE BOMBEIROS MILITARES

Efetivo do CBMSC Posto/Graduação

Total de vagas criadas e ativadas antes desta Lei

Complementar

Vagas a serem ativadas a partir de 2013, conforme

Quadro de Ativação

Efetivo máximo previsto Quadro de Oficiais Bombeiros Militar (QOBM)

Coronel BM 6 4 10

Tenente-Coronel BM 15 25 40

Major BM 27 25 52

Capitão BM 53 27 80

1º Tenente BM 78 - 78

2º Tenente BM 75 - 75

Total 254 81 335

Quadro de Oficiais de Saúde Bombeiros Militar (QOSBM) - Médicos

Capitão BM - 3 3

1º Tenente BM - 3 3

2º Tenente BM - 3 3

Total - 9 9

Referências

Documentos relacionados

ciclo (quanto maior é o ciclo de ensino dos jovens menor é a frequência com que os pais desenvolvem práticas de comunicação e de suporte, assim como é menor a qualidade do apoio

A pesquisa apresenta a espacialização das ocorrências de focos de queimadas no cerrado brasileiro no período de 2010 a 2013 integrando Sistema de Informação

Conforme mencionado na Nota explicativa nº 17.b às informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, a Companhia oferece a seus executivos opções de compra de

Estamos plenamente de acordo com as decisões tomadas e relembramos mais uma vez que o objetivo da nossa reclamação, era retificar as condições existentes e garantir que

Verifica-se que os adolescentes depressivos apresentam dificuldades para pensar e para se concentrarem, o que pode consistir num baixo rendimento escolar e num

O caso cuida de processo administrativo disciplinar instaurado contra Policial Rodoviário Federal pelo alegado fato de exigir valores em dinheiro de motoristas para

SÚMULA 90 STJ: compete a justiça estadual militar processar e julgar o policial militar pela pratica do crime militar, e a comum pela pratica do crime comum

Número médio de células positivas para marcação com o anticorpo anti-Ig M pela técnica imunohistoquímica no fígado, rim e baço das tilápias-do-Nilo dos grupos controle e