• Nenhum resultado encontrado

Centro Universitário Saúde ABC.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Centro Universitário Saúde ABC."

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Centro Universitário Saúde ABC

Amigo do Meio Ambiente - 2020

Impacto da pandemia do COVID – 19 na geração de resíduos no Centro Universitário Saúde ABC.

Danilo Correa Cordeiro Supervisor de Meio Ambiente

Telefone: 4993-7257 E-mail: danilo.cordeiro@fmabc.br

(2)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Introdução

A Faculdade de Medicina do ABC, mantida pela Fundação do ABC, à qual compete a administração funcional, econômica e financeira. A partir de sua criação, vem se adequando no sentido da formação de um corpo docente qualificado, como também investindo em infraestrutura e recursos técnicos e laboratoriais para o exercício da docência e para a produção de pesquisas. Os novos preceitos constitucionais que estabelecem a universalização e o direito de acesso à atenção integral à saúde têm colocado a Instituição como parceira privilegiada para suprir as lacunas em termos de assistência e assessoria técnica na organização dos modelos de saúde (1).

Nesse sentido, estabelece um projeto de integração com os recursos públicos de saúde da região, o que propicia um amplo campo de atuação e estágio para seus alunos: Centro Hospitalar de Santo André, Hospital Estadual Mário Covas e Centro de Saúde Escola, em Santo André, Hospital de Ensino Padre Anchieta, Hospital Municipal Universitário de São Bernardo do Campo, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, em São Bernardo do Campo, Hospital Marcia Braido e Maria Braido, em São Caetano do Sul, e o Ambulatório de Especialidades da Faculdade de Medicina do ABC, no próprio

“campus” (1).

A Faculdade de Medicina do ABC foi aprovada pelo MEC – Ministério da Educação, como Centro Universitário e a sua nomenclatura está sendo alterada para Centro Universitário Saúde ABC(1).

Em função da missão institucionalmente estabelecida, o Centro Universitário Saúde ABC concentra esforços para contribuir na formação integral do indivíduo, despertando-lhe o senso crítico, o critério ético e a capacidade de julgar e agir corretamente, formando cidadãos conscientes, capacitados para a vida profissional e cívica, conforme as exigências da sociedade moderna(1).

A missão Institucional do Centro Universitário Saúde ABC é promover ensino, pesquisa, assistência e extensão comunitária na área da saúde, de modo a constituir-se num centro de excelência na área da saúde, reconhecido nacional e internacionalmente(1).

Para cumprir sua missão, o Centro Universitário Saúde ABC se apoia nos seguintes valores:

 Ética

 Compromisso com o saber

 Responsabilidade Social

 Respeito aos princípios do SUS

 Sustentabilidade Ambiental

 Equilíbrio econômico e financeiro

A partir desse compromisso, o Centro Universitário Saúde ABC define sua política de trabalho em consonância com as necessidades e expectativas gerais da sociedade local e em interface permanente com o mercado de trabalho global e o sistema Educacional.

Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que aproximadamente 85% dos resíduos sólidos gerados pelas atividades de saúde são semelhantes aos resíduos sólidos domiciliares. Apenas os outros 15% apresentam algumas características perigosas (2). Portanto, apenas uma pequena porção

(3)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

dos RSS é perfurocortante ou contaminada por material radioativo, químico e / ou alta concentração de microrganismos, exigindo que esses resíduos sejam pré-tratados antes do descarte final para evitar possíveis impactos ambientais ou à saúde pública (3).

No Brasil, a gestão dos RSS é definida de acordo com o Ministério da Saúde, por meio da Resolução RDC ANVISA nº 306/2004(4), que foi revogada e passa a ser a Resolução RDC ANVISA nº 222/20185 uma legislação brasileira. Estes resíduos são classificados como: Grupo A: infectantes; Grupo B: resíduos químicos; Grupo C: radioativo; Grupo D: comum; e Grupo E: perfurocortantes. Os resíduos biológicos têm uma subdivisão dependendo das características específicas e podem ser classificados nos subgrupos A1 (alto risco potencial), A2 (partes do corpo animal infectado por microorganismos relevantes), A3 (partes anatômicas humanas), A4 (baixo risco potencial) ou A5 (resíduos de príons). Os resíduos do subgrupo A4 são aqueles que possuem o menor potencial de contaminação entre os resíduos infecciosos e são os únicos dos resíduos infecciosos que podem ser destinados a aterros sem descontaminação prévia, de acordo com a legislação brasileira(4).

O descarte correto dos resíduos de serviços de saúde nunca foi tão importante quanto nestes tempos de pandemia do novo coronavírus. O COVID-19 que é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus, SARS-CoV-2, que é um patógeno respiratório. A OMS – Organização Mundial de Saúde soube desse novo vírus a partir de casos em Wuhan, República Popular da China, em 31 de dezembro de 2019(5).

De acordo com o que se sabe até o momento, o novo coronavírus pode ser enquadrado como agente biológico classe de risco 3, seguindo a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos, publicada em 2017, pelo Ministério da Saúde, sendo sua transmissão de alto risco individual e moderado risco para a comunidade. Portanto, todos os resíduos provenientes da assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) devem ser enquadrados na categoria A1, conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018(6).

Com o inicio da quarentena no Estado de São Paulo no fim de março, houve grandes mudanças nos hábitos e procedimentos da instituição. Foram suspensas as aulas presenciais, foi reduzida drasticamente a quantidade de atendimentos/consultas e houve um aumento exponencial na realização de exames, visto que o Laboratório de Análises Clinicas da instituição passou a realizar a coleta e análise de amostras para a detecção do COVID-19, além disso, grande parte do quadro de colaboradores encontram-se em home-office.

(4)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Objetivo

O objetivo do projeto é demonstrar o impacto da pandemia do COVID-19 na geração de resíduos da instituição.

Com o Gerenciamento dos resíduos de forma adequada:

 Aumentar a vida útil dos aterros sanitários;

 Preservar a saúde pública e os recursos naturais;

 Redução de custo com o tratamento e destinação final dos resíduos infectantes;

 Educar e conscientizar a população do campus Centro Universitário Saúde Abc sobre o descarte correto dos resíduos.

(5)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Desenvolvimento

Para realizar a mensuração do impacto da pandemia do COVID - 19 na geração de resíduos foram levantados as seguintes informações referentes aos meses de janeiro a setembro de 2020:

 Quantidade de consultas/atendimentos;

 Porcentagem prevista de colaboradores ativos no campus;

 Quantidade de Exame do COVID - 19 realizados;

 Quantidade de Resíduos totais (kg) gerados na instituição;

 Quantidade de Resíduos infectantes (kg).

Para buscar a redução na geração dos Resíduos no Centro Universitário Saúde ABC sem que fuja dos cuidados pertinentes de risco à contaminação pelo COVID-19, foram tomadas as seguintes ações:

 Treinamento, com vista a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais nas questões referentes ao gerenciamento de resíduos;

 Normatização de rotinas do manejo de todos os tipos de resíduos gerados na Instituição;

 Auxiliar os diversos setores do Centro Universitário Saúde ABC em todas as questões que envolvam o gerenciamento de resíduos;

 Fiscalização do cumprimento das atividades descritas no Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Sólidos de Saúde – PGRSS;

 Segregação por setor de cada tipo resíduo gerado e;

 Pesagem dos resíduos diariamente.

Regularmente, cada setor recebe treinamento com orientações sobre como cada tipo de resíduo deve ser segregado, onde ficam cientes sobre o alto custo do tratamento e destinação final e os riscos ambientais de um descarte incorreto dos mesmos. Atualmente, para evitar qualquer tipo de aglomeração são passadas orientações diretamente nos setores de forma de um diálogo rápido.

(6)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Resultados e Discussão

O Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) presta atendimento ambulatorial pelo SUS para todos os municípios do Grande ABC, são eles: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Além dos atendimentos particulares de qualquer localidade.

No Gráfico 1, é possível notar a redução de forma expressiva na quantidade de atendimentos mês a mês por conta da pandemia, onde compara o total de atendimento entre os meses de janeiro a setembro de 2019 a o mesmo período do ano de 2020. Houve também o aumento mensal de atendimento gradativo de acordo com a flexibilização do Plano SP do Governo do Estado de São Paulo.

Gráfico 1 - Quantidade de atendimentos/consultas mensais 2019/2020

Até o término de setembro de 2020 nosso quadro de colaboradores era de 1160 e segundo informações do setor de Recursos Humanos da nossa instituição, aproximadamente 49% estão em atividades presenciais. Os demais estão afastados ou em home office. Estimando-se que com a redução de pessoas no campus, reduz-se também a geração de resíduos.

Deu-se início em março aos testes para detecção do novo coronavírus, atuando em parceria com as cidades de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Em abril, o Instituto Adolfo Lutz credenciou o laboratório do ABC, dispensando os resultados de contraprova. Desde então, municípios

(7)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

de diversas partes do Estado passaram a contar com o serviço para suprir a grande demanda por testes.

Ratificando seu papel social, desde julho o Laboratório mantém parceria com o Governo do Estado para realização de exames sem custos adicionais. Ao todo são 350 funcionários diretos atuando no Laboratório de Análise Clinicas da instituição.

A Tabela 1 demonstra a quantidade de exames realizados mensalmente de acordo com a técnica utilizada. Algo interessante de se analisar, visto que cada técnica gera um volume especifico de resíduos.

Tabela 1 - Quantidade por tipo de testes de COVID-19

No Gráfico 2, verifica-se a redução mensal do total de resíduos gerados (soma todos os grupos RDC 222) na instituição comparando o periodo de janeiro a setembro de 2019 e 2020. É possível notar que com a flexibilização da quarentena a geração kg/mês foi subindo gradativamente.

PCR IGM/IGG IGM Total

Janeiro 0 0 0 0

Fevereiro 0 0 0 0

Março 387 0 205 0

Abril 3390 0 3666 7056

Maio 6810 2780 5130 14720

Junho 9596 173 5540 15309

Julho 6534 985 6531 14050

Agosto 7601 2 5464 13067

Setembro 9255 1 2941 12197

Total 43573 3941 29477 76991

(8)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Gráfico 2 - Geração de resíduos (Kg) mensais 2019/2020

Houve uma redução de 31.805 kg de resíduos no período analisado, conforme demonstra o Gráfico 3.

Gráfico 3 - Geração de resíduos (Kg) período total 2019/2020

(9)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

O Gráfico 4 demonstra o comparativo de geração de resíduos de acordo com o seu grupo, somando o total gerado entre os meses estudados referentes ao mesmo período do Gráfico 2.

O Centro Universitário Saúde ABC não gera resíduos do Grupo C – Radioativos.

Gráfico 4 - Total de resíduos kg/grupo - períodos janeiro a setembro de 2019 e 2020

No Gráfico 5 é mostra-se que 20% do total dos resíduos gerados entre janeiro a setembro de 2019 foram infectantes e perfurocortantes (recebem mesmo tratamento e destinação final) e 80% foram os demais grupos. No Gráfico 6 demonstra a mesma informação referente ao ano de 2020, porém 27% dos resíduos foram infectantes e os demais corresponder a 73%.

20%

Resíduos Infectantes

Resíduos demais

(10)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Gráfico 6 - Porcentagem Resíduos Infectante/demais resíduos – Ano de 2020

O Gráfico 7 mostra que no mês de março para abril houve queda na geração de resíduos infectantes, porém em maio começou a aumentar novamente devido a realização de exames para a detecção do Covid-19, chegou até a ultrapassar a quantidade gerada nos meses de agosto e setembro de 2019.

Gráfico 7 - Geração de Resíduos (kg) Infectantes 2019/2020

73%

27%

Resíduos Infectantes

Resíduos demais grupos

(11)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

O Gráfico 8 compara a geração kg/mês de resíduos infectantes a partir do mês de março, quando deu-se inicio aos exames de detecção do vírus, com a quantidade de exames nos respectivos meses.

Gráfico 8 - Exames de COVID-19 (un.) por Resíduos Infectantes (kg)

Em visita técnica nas áreas geradoras de resíduos infectantes, visando sanar esse aumento

em sua geração comparando um ano com o outro, foi notável que os colaboradores

assistenciais, mesmo que não entejam todos atuando em área do COVID-19 (recepção, coleta,

triagem e análise) estão com muito receio na hora de realizar o descarte, visto que cada

paciente pode ser um transmissor em potencial.

(12)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Conclusão

Conclui-se com o presente relatório que com a pandemia do COVID-19, analisando proporcionalmente os dados de quantidade de consultas/atendimentos; Porcentagem prevista de colaboradores ativos no campus; Quantidade de Exame do COVID - 19 realizados; Quantidade de Resíduos totais (kg) gerados na instituição; Quantidade de Resíduos infectantes (kg) que houve um aumento na geração dos resíduos, principalmente infectantes.

Os colaboradores da instituição estão passando periodicamente por DSS – Diálogos Semanais de Sustentabilidade com o foco em descarte de resíduos, onde a orientação principal são os cuidados no descarte de resíduos com risco de contaminação. Fica para nossa instituição o desafio de que com essa análise geral consigamos sensibilizar as áreas assistenciais e voltar a reduzirmos a geração de resíduos infectantes.

(13)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Referências

1. Faculdade de Medicina do ABC – Disponível em: http://www.fmabc.br/

2. Organização Mundial da Saúde (OMS) (2015 ) Resíduos de atividades de assistência médica.

Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs253/en/

3. Barbosa,Fabiana Cristina Lima, Mol, Marcos Paulo Gomes. Proposta de indicadores para a gestão de resíduos de saúde: caso de uma instituição pública brasileira. Waste Management &

Research https://doi.org/10.1177/0734242X18777797

4. Brasil (2018) Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA . [ Legislação do Ministério da Saúde: Agência Nacional de Vigilância Sanitária ] Resolução da Diretoria Colegiada n ° 222, mar2018

5. Organização Mundial da Saúde (OMS) (2020) – Pandemia de doenças por corona vírus (Covid- 19).

6. Nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 - revisada em 08/05/2020

(14)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAÚDE ABC

MANTIDO PELA FUNDAÇÃO DO ABC

Composição da equipe e/ou coautores

Danilo Correa Cordeiro Supervisor de Meio Ambiente Telefone: 4993-7257

E-mail: danilo.cordeiro@fmabc.br

Referências

Documentos relacionados

5.2 Serão convocados para matrícula, em primeira chamada, os candidatos classificados por linha de pesquisa em ordem decrescente de Nota Final (NF), até o limite

 Compreender a importância do domínio das técnicas da escrita para a produção de uma informação de qualidade e saber aplica-las às especificidades dos diferentes géneros

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

6 Consideraremos que a narrativa de Lewis Carroll oscila ficcionalmente entre o maravilhoso e o fantástico, chegando mesmo a sugerir-se com aspectos do estranho,

As demonstrações financeiras intermediárias individuais e consolidadas foram preparadas, e estão sendo apresentadas para o período findo em 30 de junho de 2017, de acordo

O estudo da riqueza de espécies, da abundância e conse- qüentemente da diversidade na mata do Rincão da Fazenda Rio Claro mostrou que: 1) a diferença encontrada no número total

Algumas vezes negócios relacionados a Propriedade Intelectual são questionados judicialmente em função de que a utilização de um método de avaliação ser muito subjetivo. Se

Todo ser humano é único e, por isso, toda sala de aula é um berço de diversidade. O que os sistemas educacionais fizeram ao longo dos tempos foi homogeneizar o sistema educacional