Analisador de Ângulos e
Grandezas com o Medidor 2113
O
PROJETO
É uma ferramenta para auxiliar o
serviço
de
fiscalização
das
medições
indiretas de energia tarifadas pelo grupo B.
Objetivo: Fazer leituras de ângulos e
grandezas, para identificar se está correta a
ligação dos instrumentos de medição além
de testar o seu funcionamento.
T
IPOS DE
M
EDIÇÕES
Medição Direta (Tarifado em BT):
Consumidor com demanda calculada inferior a 38kVA
em 127V, ou 66kVA para tensão de fornecimento de 220V.
Medição Indireta (Tarifado em BT):
Consumidor com demanda calculada de 38kVA à
112,5kVA em tensão de medição de 127V ou de 66kVA até
112,5kVA para 220V.
Notas:
1. Para demanda superior à 75kVA consumidor recebe energia em média tensão e utiliza um transformador para rebaixar até a tensão de medição.
2. Consumidores com transformadores de 150kVA à 300kVA com consumo sazonal ( Hotéis, Pousadas e Ginásios de esportes) cuja carga seja no mínimo de 70% de iluminação
MEDIÇÃO
INDIRETA DE
ENERGIA
Medidores de Energia:
Medem uma amostra de
corrente (São específicos para esse tipo de medição, com limite de corrente de 10A ou 20A).
Transformadores de corrente (TCs):
No primário passa toda a carga que gera no secundário uma referência para o medidor de energia.
Chave de bloqueio e aferição:
Secciona o medidor dos TCs.
Chicote:
Faz a ligação entre o medidor e a chave de bloqueio e aferição e entre esta e os TCs.
M
EDIDORES
I
NDIRETOS DE
E
NERGIA
Medidor Eletromecânico Ativo e Reativo
T
RANSFORMADOR DE
C
ORRENTE
TC
S
TC tipo Barra:
O enrolamento primário é constituído por uma barra fixada através do núcleo.TC tipo Janela:
Constituído de uma abertura no centro do seu núcleo, por onde passa o condutor que alimenta a carga. Esse condutor cumpre a função de enrolamento primário.C
HICOTE
Chicote atual segue
um código de cores
para evitar erros na
ligação e facilitar na
fiscalização.
E
XEMPLO DE LIGAÇÕES
A imagem ao lado
mostra
a
situação
mais
encontrada nas fiscalizações,
onde o chicote é feito com
fios rígidos e todos da mesma
cor e bitola.
E
XEMPLO DE LIGAÇÕES
Situação mais crítica é
onde existem unidades múltiplas de
medições indiretas. No exemplo
mostrado o compartimento dos TCs
está num pavimento diferente do
painel dos medidores.
O A
NALISADOR DE ÂNGULO E
G
RANDEZAS
O instrumento foi feito a partir de um medidor de energia (modelo 2113 da Elo) configurado para mostrar no seu display apenas as leituras de grandezas e ângulos (modo análise).
Nele está disposto um chicote com o mesmo código de cores dos chicotes das medições e fixo nas extremidades conectores tipo “Pino Banana”, para facilitar a conexão na medição que será analisada .
L
IGAÇÃO DO
A
NALISADOR
Os cabos de referência de tensão do Analisador são ligados em paralelo as do circuito auxiliar de tensão na Chave de Bloqueio e Aferição.
L
IGAÇÃO DO
A
NALISADOR
E os cabos das referências de correntes são ligados em série com o circuito auxiliar de corrente na Chave de Bloqueio e Aferição.
Para fazer a ligação em série a Chave deve ser colocada em modo Aferição, abrindo as Pontes dos polos de saída do circuito de corrente.
Para medir o fluxo no sentido correto o pino de entrada de corrente deve estar ligado no borne superior do polo e o pino de saída no borne inferior do polo.
L
IGAÇÃO DO
A
NALISADOR
Em alguns modelos de Chaves de Bloqueio e Aferição os bornes de corrente são menores, nesses casos o pino é conectado através de uma garra “Jacaré”.
G
RANDEZAS E
Â
NGULOS MOSTRADOS NO
D
ISPLAY
V ~a Tensão da fase “a” (RMS) V ~b Tensão da fase “b” (RMS) V ~c Tensão da fase “c” (RMS) Vab Tensão de linha “ab” (RMS) Vbc Tensão de linha “bc” (RMS) Vca Tensão de linha “ca” (RMS) I ~a Corrente da fase “a” (RMS) I ~b Corrente da fase “b” (RMS) I ~c Corrente da fase “c” (RMS) Pw ~a Potência ativa da fase “a” Pw ~b Potência ativa da fase “b” Pw ~c Potência ativa da fase “c” Pr ~a Potência reativa da fase “a” Pr ~b Potência reativa da fase “b” Pr ~c Potência reativa da fase “c” Pa ~a Potência aparente da fase “a” * Pa ~b Potência aparente da fase “b” * Pa ~c Potência aparente da fase “c” *
CosFi ~a Cosseno Fi (Pw/Pa) da fase “a” CosFi ~b Cosseno Fi (Pw/Pa) da fase “b” CosFi ~c Cosseno Fi (Pw/Pa) da fase “c” Pw 3~ Potência ativa trifásico
Pr 3~ Potência reativa trifásico Pa 3~ Potência aparente trifásico CosFi 3~ Cosseno Fi (Pw/Pa) trifásico Ang V ~a Ângulo da tensão da fase “a” Ang V ~b Ângulo da tensão da fase “b” Ang V ~c Ângulo da tensão da fase “c”
Ang V ab Ângulo entre as tensões das fases “a” e “b” Ang V bc Ângulo entre as tensões das fases “b” e “c” Ang V ca Ângulo entre as tensões das fases “c” e “a” Ang VI ~a Ângulo entre tensão e corrente da fase “a” Ang VI ~b Ângulo entre tensão e corrente da fase “b” Ang VI ~c Ângulo entre tensão e corrente da fase “c”
V
ISUALIZAÇÃO DAS GRANDEZAS
Modo Análise de Circuito
Para ativar este modo, cicle o mostrador do medidor, apertando o botão <MOSTRADOR>, até chegar a mensagem Análise, soltando o botão neste momento. Para mudar a grandeza mostrada no display também deve ser pressionado o botão.
Estas grandezas instantâneas são
exibidas da seguinte forma:
A
NÁLISE DAS TENSÕES
V ~a - tensão de fase “a” (RMS):
Representa a tensão aplicada dos terminais “Va” e “Vn”. Idem para V ~b e V ~c.
Vab - tensão de linha “ab” (RMS):
É a tensão aplicada aos terminais de tensão “Va” e “Vb”. Idem para Vbc e Vca.
Problemas que podem ser identificados:
• Ausência de uma das tensões de fase. Fazendo com que não seja registrado o consumo desta fase.
• Ausência de uma das tensões de linha. Também implica no registro à menor de consumo.
A
NÁLISE DAS TENSÕES
Ang V ~a – ângulo da tensão da fase “a”, é sempre 0°, estabelecido como
referência.
Ang V ~b – ângulo da tensão da fase “b”, ângulo defasado à fase “a”.
Idem para Ang V ~c.
Problemas que podem ser identificados:
• Duas fases apresentando o mesmo ângulo. Indica 2 potenciais alimentados pela mesma fase. Registro à menor. • Ângulos V~b e V~c diferentes de
120° (ex: -150° e +60°). Indica que no borne do neutro foi colocado uma fase.
A
NÁLISE DAS
C
ORRENTES
I ~a - corrente da fase “a”:
É a corrente que circula entre os terminais “Ia” linha e “Ia” carga, primeiro elemento. Idem para I ~b e I ~c.
Com auxílio de um amperímetro, é medido a corrente que passa pelo condutor do primário do TC da respectiva fase. A relação entre a corrente do primário e a mostrada no display do analisador deve ser a mesma da RTC (Relação Total de Corrente). O teste deve ser feito nas três fases.
Qualquer resultado diferente disso indica que o TC está avariado, ou tem alguma falha de conexão ou irregularidade no circuito auxiliar de corrente.
A
NÁLISE DAS
P
OTÊNCIAS
Pw ~a Potência ativa da fase “a”:
É a V ~a x I ~a x Fator de Potência da fase.Sempre deve ser um valor Positivo. Caso apresente um valor negativo significa inversão na ligação do secundário do TC. Idem para Pw ~b e Pw ~c.
Pr ~a Potência reativa da fase “a”:
É o consumo reativo na respectiva fase.Pode ser positiva ou negativa, indicando se o fator de potência é indutivo ou capacitivo. Idem para Pr ~b e Pr ~c.
Pa ~a Potência aparente da fase “a”:
É a V ~a x I ~a.Sempre deve ser um valor Positivo e maior ou igual a Pw ~a.
A
NÁLISE DO
F
ATOR DE
P
OTÊNCIA
CosFi ~a Cosseno Fi (Pw/Pa) da fase “a”:
É o fator de potência na fase “a”, indicando se é capacitivo ou indutivo. Idem para CosFi ~b e CosFi ~c.
A
NÁLISE DOS
Â
NGULOS ENTRE
T
ENSÃO E
C
ORRENTE
AngVI~a – ângulo entre a tensão e a corrente da fase “a”:
A referência é a tensão. Idem para
AngVI~b e AngVI~c.
No exemplo ao lado mostra uma defasagem de -30° em relação a tensão, neste caso está indicando uma carga indutiva, com fator de potência 0,87.
A
NÁLISE DOS
Â
NGULOS ENTRE
T
ENSÃO E
C
ORRENTE
Corrente defasada em relação a tensão indica que a carga é indutiva.
A
NÁLISE DOS
Â
NGULOS ENTRE
T
ENSÃO E
C
ORRENTE
Corrente adiantada em
relação a tensão 140,7°. Indicando que há um erro de ligação.
A
NÁLISE DOS
Â
NGULOS ENTRE
T
ENSÃO E
C
ORRENTE
Observando a defasagem entre os dois ângulos mostrados (180°) podemos concluir que o secundário do TC da fase C está ligado invertido.
O Cosseno Fi dos dois ângulos é o mesmo (em módulo) 0,77 indutivo.
Nenhum ângulo entre tensão e corrente deve ser superior 90°, caso for superior existe erro na ligação.
C
USTO DO
E
QUIPAMENTO
• Um medidor Eletrônico de Energia ELO2113:
Foi utilizado um medidor obsoleto, ano 2001 (conforme CD/010 de 2012) do estoque da CEEE;
• Cabos Flexíveis de 1,5mm e 2,5mm, também pego do estoque da empresa;
• Dez “pinos banana”: Custo unitário R$4,90; • Seis “garras jacaré”: Custo unitário R$7,90; Total do material comprado R$96,40
R
ESULTADOS
P
RÁTICOS
O equipamento está em fase
de testes. Até agora foi feito algumas
fiscalizações acompanhadas pelos
colegas André e Daniel (SGCPC-BT).
Após a familiarização com o
equipamento a dupla teve um ganho
expressivo
no
tempo
das
fiscalizações, resultando em ganho
de produtividade. Além de ter um
investimento muito baixo.
D
ÚVIDAS
R
EFERÊNCIAS
1. REGULAMENTO DE INSTALAÇÕES CONSUMIDORAS – RIC-BT versão 1.4
- 2012
2. Apostila FAMEI – Medição Indireta em Baixa e Média Tensão – Vagner
Edson de Adrade – 2014