PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
RECURSO INTERPOSTO CONTRA A NOTA DA PROVA ORAL
ANA KARMEN FONTENELE DE CARVALHO, candidata no processo de seleção de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, interpõe recurso contra o resultado da prova oral, insurgindo-se contra a nota 8,56 que lhe foi atribuída.
Irresignada, após reproduzir a exposição feita verbalmente, alega, em síntese, ter demonstrado durante a prova oral, domínio do assunto, clareza, objetividade e segurança durante a argüição, assim como sustenta a excelência e exeqüibilidade do projeto apresentado.
Postula a majoração da nota da prova oral e que o projeto venha a integrar a turma de doutorado a partir de 2019.
Por primeiro, quanto ao pedido de integração do projeto à turma de doutorado a partir de 2019, este refoge à competência dessa Comissão, que se limita a reexaminar a nota atribuída durante o exame oral da Seleção de Doutorado da Universidade Federal do Ceará. À míngua de competência, não o apreciamos.
Depois, quanto ao pedido de reexame da nota atribuída à prova oral, é preciso, inicialmente, esclarecer que a avaliação da prova oral é feita de forma independente por cada avaliador(a). Ou seja, diante das respostas apresentadas por cada candidato(a), o(a) avaliadora atribui a nota que entende devida levando em conta os critérios estabelecidos no edital, a saber: (a) 3 pontos para a pergunta sobre o tópico sorteado; (b) 5 pontos para o projeto apresentado; (c) 2 pontos para a disponibilidade e perfil investigativo.
Obtém-se a nota de cada avaliação oral, mediante o cálculo da média das notas atribuídas por cada um(a) dos avalidores (as).
A candidata ANA KARMEN FONTENELE DE CARVALHO obteve a nota 8,56 na prova oral, resultante da média das seguintes notas atribuídas pelos(as)
examinadores(as):
Professora Germana de Oliveira Moraes: 8,5 Professora Raquel Coelho de Freitas: 8,8 George Marmelstein: 8,4
Adotamos, a partir das anotações realizadas durante a apresentação oral, os seguintes fundamentos para a atribuição da nota final 8,56, resultante da média das notas acima discriminadas:
a) quanto ao ponto: a candidata manifestou conhecimento geral, mas não conseguiu demonstrar conhecimento em questões mais específicas;
b) quanto ao projeto: a candidata estruturou bem o projeto, mas demonstra não ter uma base teórica adequada nem suficientemente madura para o desenvolvimento da pesquisa. Tampouco demonstrou pleno domínio do tema do projeto: faltou consideração crítica em relação à Unasul; assim como faltou conhecimento teórico mínimo sobre a jurisdição indígena nos países apresentados, o que prejudicou o domínio básico sobre o objeto.
c) quanto à disponibilidade, a candidata é oficiala de justiça e professora, o que pode retirar parcialmente a sua capacidade de dedicação plena ao programa.
Diante disso, indeferimos o pedido de majoração da nota e mantemos a nota 8,56, tal como atribuída originalmente.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2018. Comissão Examinadora
Germana de Oliveira Moraes
Raquel Coelho Freitas
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
RECURSO INTERPOSTO CONTRA A NOTA DA PROVA ORAL
DEMITRIUS BRUNO FARIAS VALENTE, candidato no processo de seleção de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, interpõe recurso contra o resultado da prova oral, insurgindo-se contra a nota 8,6 que lhe foi atribuída.
Irresignado, após reproduzir a exposição feita verbalmente, alega, em síntese, ter respondido satistoriamente a pergunta sobre o ponto sorteado bem como ter prestado a contento os esclarecimentos sobre o projeto apresentado. Entende, diante da disponsibilidade que vem dedicando, nos cursos anteriores, à vida acadêmica na Universidade Federal do Ceará, injustificável não se lhe conceda a pontuação máxima neste item. Argumenta, não ter qualquer vínculo trabalhista e que utiliza sua advocacia em defesa dos direitos das minorias. Postula, por essas razões e ainda porque as notas atribuídas por outros avaliadores não é compatível com a nota 9,6 conferida por um dos membros da banca, a majoração dos pontos atribuídos a todos os três itens avaliados durante o exame oral.
Inicialmente, é preciso esclarecer que a avaliação da prova oral é feita de forma independente por cada avaliador(a). Ou seja, diante das respostas apresentadas por cada candidato(a) , o(a) avaliadora atribui a nota que entende devida levando em conta os critérios estabelecidos no edital, a saber: (a) 3 pontos para a pergunta sobre o tópico sorteado; (b) 5 pontos para o projeto apresentado; (c) 2 pontos para a disponibilidade e perfil investigativo.
Obtém-se a nota de cada avaliação oral, mediante o cálculo da média das notas atribuídas por cada um(a) dos avalidores (as).
O candidato DEMITRIUS BRUNO FARIAS VALENTE obteve a nota 8,6 na prova oral, resultante da média das seguintes notas atribuídas pelos(as)
examinadores(as):
Professora Germana de Oliveira Moraes: 8,0 Professora Raquel Coelho de Freitas: 9,6 George Marmelstein: 8,2
Adotamos, a partir das anotações realizadas durante a apresentação oral, os seguintes fundamentos para a atribuição da nota final 8,6, resultante da média das notas acima discriminadas:
a) quanto ao ponto: o candidato manifestou insegurança e dificuldades na justificação de suas respostas;
b) quanto ao projeto: o projeto está muito bom, mas aparentou ser uma continuação ampliada do projeto do mestrado, sem indicar com precisão a nota de distinção, ineditismo e originalidade que justificaria a elaboração de uma tese de doutorado; Embora tenha trazido dados originais da sua dissertação do mestrado, não encontramos, como embasamento teórico uma nova proposição que justifique a alteração da nota. A metodologia foi expandida para trazer a originalidade ao projeto. Mas a problemática se assemelha à de sua pesquisa anterior.
c) quanto à disponibilidade, o candidato mencionou que exerce a advocacia, o que pode retirar parcialmente a sua capacidade de dedicação plena ao programa.
Por essas razões, consideramos que a nota encontra-se adequada e não deve ser alterada.
Isto posto, indeferimos o pedido do recurso e mantemos a nota 8,6, tal como atribuída originalmente.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2018. Comissão Examinadora
Germana de Oliveira Moraes
Raquel Coelho Freitas
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
RECURSO INTERPOSTO CONTRA A NOTA DA PROVA ORAL
JOSÉ VALENTE NETO, candidato no processo de seleção de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, interpõe recurso contra o resultado da prova oral, insurgindo-se contra a nota 7,9 que lhe foi atribuída.
Irresignado, após reproduzir a exposição feita verbalmente, alega, em síntese, incompatibilidade entre a performance oral, a defesa do projeto de pesquisa e a atribuição da quarta pior nota entre as vinte e cinco argüições, postulando a majoração da nota da prova oral.
Inicialmente, é preciso esclarecer que a avaliação da prova oral é feita de forma independente por cada avaliador(a). Ou seja, diante das respostas apresentadas por cada candidato(a) , o(a) avaliadora atribui a nota que entende devida levando em conta os critérios estabelecidos no edital, a saber: (a) 3 pontos para a pergunta sobre o tópico sorteado; (b) 5 pontos para o projeto apresentado; (c) 2 pontos para a disponibilidade e perfil investigativo.
Obtém-se a nota de cada avaliação oral, mediante o cálculo da média das notas atribuídas por cada um(a) dos avalidores (as).
O candidato JOSÉ VALENTE NETO obteve a nota 7,9 na prova oral, resultante da média das seguintes notas atribuídas pelos(as) examinadores(as):
Professora Germana de Oliveira Moraes: 8,0 Professora Raquel Coelho de Freitas: 8,3 George Marmelstein: 7,4
Adotamos, a partir das anotações realizadas durante a apresentação oral, os seguintes fundamentos para a atribuição da nota final 7,9, resultante da média das notas acima discriminadas:
a) quanto ao ponto: o candidato não conseguiu estruturar as ideias de modo adequado, apresentando detalhes não-essenciais e deixando detalhes importantes de fora;
b) quanto ao projeto: o projeto apresentou um objeto muito abrangente, pouco delimitado e com falhas visíveis de metodologia, sobretudo diante da interdisciplinariedade proposta (história, linguística, criminologia etc.);
c) quanto à disponibilidade, o candidato tem vínculo empregatício em outra instituição, o que lhe retira parcialmente a capacidade de dedicação plena ao programa.
Diante disso, indeferimos o pedido do recurso e mantemos a nota 7,9, tal como atribuída originalmente.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2018. Comissão Examinadora
Germana de Oliveira Moraes
Raquel Coelho Freitas
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
RECURSO INTERPOSTO CONTRA A NOTA DA PROVA ORAL
MARWIL GOMES PRACIANO, candidato 30 no processo de seleção de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, requer a comprovação de que o recurso apresentado pelo candidato conta a correção da questão n º 3 da prova discursiva foi, de fato, analisado pelo professor ou pelos professores responsáveis pela correção deste.
No dia de novembro de 2018, a Comissão Examinadora divulgou o resultado das provas escritas após a apreciação dos recursos.
Os recursos apresentados contra a 3ª questão foram apreciados em documento único, que ora se anexa, preparado pelo examinador Professor Doutor George Marmelstein Lima.
Lê-se, no mencionado documento, a apreciação do recurso interposto pelo candidato 30, ora peticionante e à época não identificado:
“
NÃO PROVIDOS
RECURSO – CANDIDATO 30 – NÃO PROVIDO
No item “a”, o candidato cometeu um erro básico ao mencionar
o critério quantitativo (maior generalização e maior abstração
dos princípios em relação às regras) quando VAS rejeita tal
critério distintivo entre regras e princípios. Por isso, foi
atribuído apenas 0,6 ponto para o referido item (-0,4), tendo em
vista que se trata de um ponto central na compreensão da teoria
dos princípios de Alexy e VAS.
Quanto ao item “b”, os pontos centrais da teoria de Marcelo
Neves não foram explicados (conforme espelho extraído do
texto), razão pela qual somente foi atribuído 0,1 ponto.
Quanto aos itens “c” e “d”, o candidato também não
demonstrou domínio das críticas centrais, nem das refutações,
além de ter mantido o erro em analisar o debate sobre a luz de
critérios quantitativos (abstração e generalidade) e não
qualitativos.
No mais, foi atribuído 0,1 ponto em razão da organização das
ideias.
Não há fundamento para alterar a nota, tendo em vista as
razões acima.
É o parecer.”
Conforme se observa o julgamento do recurso interposto contra a correção da 3ª questão não ocasionou qualquer alteração da nota da prova escrita do peticionante.
Nada obstante, providencie a Secretaria o envio desta decisão ao requerente.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2018.
Comissão Examinadora
Germana de Oliveira Moraes
Raquel Coelho Freitas
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
RECURSO INTERPOSTO CONTRA A NOTA DA PROVA ORAL
MARWIL GOMES PRACIANO, candidato no processo de seleção de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, interpõe recurso contra o resultado da prova oral, insurgindo-se contra a nota 8,76 que lhe foi atribuída.
Irresignado, após reproduzir a exposição feita verbalmente, alega, em síntese, ter respondido satistoriamente a pergunta sobre o ponto sorteado bem como ter prestado a contento os esclarecimentos sobre o projeto apresentado. Entende, por fim, diante da disponsibilidade que vem dedicando, nos cursos anteriores, à vida acadêmica na Universidade Federal do Ceará, injustificável não se lhe conceda a pontuação máxima neste item. Postula, por essas razões, postula a majoração dos pontos atribuídos a todos os três itens avaliados durante o exame oral.
Inicialmente, é preciso esclarecer que a avaliação da prova oral é feita de forma independente por cada avaliador(a). Ou seja, diante das respostas apresentadas por cada candidato(a) , o(a) avaliadora atribui a nota que entende devida levando em conta os critérios estabelecidos no edital, a saber: (a) 3 pontos para a pergunta sobre o tópico sorteado; (b) 5 pontos para o projeto apresentado; (c) 2 pontos para a disponibilidade e perfil investigativo.
Obtém-se a nota de cada avaliação oral, mediante o cálculo da média das notas atribuídas por cada um(a) dos avalidores (as).
O candidato MARWIL GOMES PRACIANO obteve a nota 8,76 na prova oral, resultante da média das seguintes notas atribuídas pelos(as) examinadores(as):
Professora Germana de Oliveira Moraes: 9,0 Professora Raquel Coelho de Freitas: 9,0 George Marmelstein: 8,3
Adotamos, a partir das anotações realizadas durante a apresentação oral, os seguintes fundamentos para a atribuição da nota final 8,76 resultante da média das notas acimas discriminadas. a) quanto ao ponto:embora o candidato tenha feito uma digressão correta sobre o ponto sorteado, foi demasiado genérico em sua resposta e deixou de apresentar pontos relevantes. Por isso e também por ter demonstrado alguma insegurança no desenvolvimento de suas idéias, não se lhe pode atribuir a pontuação máxima, conforme requerido; c) quanto ao projeto: o projeto está bom e o candidato candidato demonstrou motivação para pesquisar o tema. Verificou-se, no entanto, um déficit de juridicidade, ou seja, o trabalho se destina a analisar uma política pública sem apontar o problema jurídico subjacente ao objeto, que mais se aproxima da ciência política ou das ciências sociais. O candidato apresentou uma metodologia muito aberta para tratar da educação sob o aspecto sócio-educativo. Faltou a demonstração de um caminho metodológico mais claro para a realização da pesquisa.
c) quanto à disponibilidade, o candidato mencionou que exerce a advocacia, o que pode retirar parcialmente a sua capacidade de dedicação plena ao programa.
Diante disso, indeferimos o pedido do recurso e mantemos a nota 8,76, tal como atribuída originalmente.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2018.
Comissão Examinadora
Germana de Oliveira Moraes
Raquel Coelho Freitas
RECURSOS – PROVA DOUTORADO – QUESTÃO 3
Avaliador: George Marmelstein
PROVIDOS
RECURSO – CANDIDATO 14 - PROVIDO
Quanto ao item “a”, o candidato abordou, de fato, os principais
critérios distintivos na teoria de VAS. Os únicos pontos que não
foram bem explicados referem-se ao conceito de direitos e deveres
prima facie. Para o item, foi atribuído 0,8 ponto ao candidato.
Quanto ao item “b”, o candidato abordou, de fato, os aspectos
centrais da distinção de Marcelo Neves. 0,4 ponto pelo item.
Quanto ao item “c”, a resposta foi parcialmente correta. Alguns
pontos não foram enfrentados, mas o candidato mostrou um domínio
razoável do debate de fundo. 0,6 pelo item.
Quanto o item “d”, a resposta está incompleta, mas é possível
considerar como parcialmente correta. 0,2 ponto pelo item.
Pela concatenação das ideias e argumentos, o candidato merece 0,2
ponto.
Sendo assim, opino pela alteração da nota da questão 3 para 2,2
ponto.
Quanto ao item “a”, o candidato abordou, de fato, os principais
critérios distintivos na teoria de VAS, embora de modo muito
sintético e pouco claro. Para o item, foi atribuído 0,7 ponto ao
candidato.
Quanto ao item “b”, o candidato abordou, de fato, os aspectos
centrais da distinção de Marcelo Neves, embora de modo muito
sintético e pouco claro. 0,3 ponto pelo item.
Quanto ao item “c”, a resposta foi parcialmente correta. Alguns
pontos não foram enfrentados, mas o candidato mostrou um domínio
razoável do debate de fundo. 0,6 pelo item.
Quanto o item “d”, a resposta está incompleta, mas é possível
considerar como parcialmente correta. 0,2 ponto pelo item.
Pela concatenação das ideias e argumentos, o candidato merece 0,2
ponto.
Sendo assim, opino pela alteração da nota da questão 3 para 2,0
ponto.
NÃO PROVIDOS
RECURSO – CANDIDATO 30 – NÃO PROVIDO
No item “a”, o candidato cometeu um erro básico ao mencionar o
critério quantitativo (maior generalização e maior abstração dos
princípios em relação às regras) quando VAS rejeita tal critério
distintivo entre regras e princípios. Por isso, foi atribuído apenas 0,6
ponto para o referido item (-0,4), tendo em vista que se trata de um
ponto central na compreensão da teoria dos princípios de Alexy e
VAS.
Quanto ao item “b”, os pontos centrais da teoria de Marcelo Neves
não foram explicados (conforme espelho extraído do texto), razão
pela qual somente foi atribuído 0,1 ponto.
Quanto aos itens “c” e “d”, o candidato também não demonstrou
domínio das críticas centrais, nem das refutações, além de ter
mantido o erro em analisar o debate sobre a luz de critérios
quantitativos (abstração e generalidade) e não qualitativos.
No mais, foi atribuído 0,1 ponto em razão da organização das ideias.
Não há fundamento para alterar a nota, tendo em vista as razões
acima.
É o parecer.
RECURSO – CANDIDATO 1 – NÃO PROVIDO
Quanto ao item “a”, o candidato parte do pressuposto do uso de
critérios qualitativos (“imprecisões semânticas e são gerais e
abstratas”) quando VAS rejeita tal critério distintivo entre regras e
princípios para adotar o critério qualitativo (ponderabilidade dos
princípios). Por essa razão, foi atribuído apenas 0,6 ponto para o
referido item.
Quanto ao item “b”, está apenas parcialmente correto, pois não foi
mencionado o nível reflexivo que Marcelo Neves atribui aos
princípios. Para o referido item, foi atribuído 0,2 ponto.
Quanto ao item “c”, as críticas foram desenvolvidas apenas de modo
parcial, faltando mencionar alguns detalhes importantes tal como
previsto no espelho. Por isso, foi atribuído 0,3 ponto para o item.
Quanto ao item “d”, apenas um aspecto foi apresentado como
refutação e ainda assim o menos importante. Por isso, foi atribuído
0,2 ponto para o item.
Por fim, foi atribuído 0,1 ponto pela concatenação de ideias e
argumentos.
Não vejo razão para mudar a fundamentação supra, motivo pela qual
opino pela manutenção da nota.
RECURSO – CANDIDATO 11 – NÃO PROVIDO
No item “a”, o candidato cometeu o erro básico de utilizar o critério
distintivo da abstração e generalidade que é expressamente rejeitado
por VAS. Sendo assim, foi atribuído 0,4 ponto para o referido item.
Quanto ao item “b”, o candidato persiste no mesmo erro, sem
mencionar a principal distinção apontada por Marcelo Neves
(conforme espelho). Por isso, somente foi atribuído 0,1 ponto ao
referido item.
Quanto ao item “c”, o candidato continua sem demonstrar domínio
do debate de fundo, deixando de apontar as principais críticas de
Marcelo Neves. 0,1 ponto foi atribuído ao item.
Quanto ao item “d”, a resposta de Alexy não foi apresentada
corretamente, faltando demonstrar o domínio do conhecimento de
fundo do debate. 0,1 ponto.
RECURSO – CANDIDATO 2 – NÃO PROVIDO
Quanto ao item “a”, o candidato aponta alguns critérios distintivos
que não são coerentes com o pensamento de VAS (generalidade,
flexibilidade semântica). Por isso, para o referido item, foi atribuído
0,7 ponto.
Quanto ao item “b”, o candidato não apontou corretamente o critério
distintivo adotado por Marcelo Neves. 0 ponto.
Quanto aos itens “c” e “d”, também não houve resposta adequada,
mencionando apenas modo genérico o decisionismo. 0,1 ponto.
Por fim, foi atribuído 0,2 ponto pela concatenação de ideias e
argumentos.
Desse modo, opino pela manutenção da nota.
RECURSO – CANDIDATO 19 – NÃO PROVIDO
Em seu recurso, o candidato questiona apenas os itens “c” e “d”,
reconhecendo que não respondeu adequadamente os itens “a” e “b”.
As respostas aos itens “c” e “d” estão incompletas e não podem ser
completamente compreendidas sem a compreensão do debate de
fundo. Essa incompletude foi considerada na correção original como
acerto parcial e os pontos correspondentes foram devidamente
considerados.
Sendo assim, opino pela manutenção da nota da questão.
O candidato questiona a nota atribuída a questão 3, mas não
apresenta razões capazes de justificar a mudança. Na verdade, faltou
ao candidato demonstrar o domínio mais profundo da teoria dos
princípios, sobretudo em face das questões teóricas apresentadas no
texto cobrado. Em verdade, o debate de fundo foi tangenciado,
deixando o candidato de explicar, tal como consta no espelho da
questão, o debate travado entre Virgílio Afonso da Silva e Marcelo
Neves.
Diante disso, opino pela manutenção da nota da questão.
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
RECURSO INTERPOSTO CONTRA A NOTA DA PROVA ORAL
PALOMA COSTA ANDRADE, candidata no processo de seleção de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, interpõe recurso contra o resultado da prova oral, insurgindo-se contra a nota 8,46 que lhe foi atribuída.
Irresignada, após reproduzir a exposição feita verbalmente, postula lhe seja atribuída a nota máxima, argumentando, em síntese, ter satisfeito todos os critérios para tal.
Alega, ademais, ter respondido a pergunta do ponto sorteado a contento com esteio na teoria de Norberto Bobbio e já estar desenvolvendo o projto apresentando no âmbito do Curso de Mestrado da Universidade Federal do Ceará. Destaca enfim as atividades já desenvolvidas durante o mencionado curso para demonstrar sua disponibilidade plena para o curso de Doutorado.
É preciso, inicialmente, esclarecer que a avaliação da prova oral é feita de forma independente por cada avaliador(a). Ou seja, diante das respostas apresentadas por cada candidato(a), o(a) avaliadora atribui a nota que entende devida levando em conta os critérios estabelecidos no edital, a saber: (a) 3 pontos para a pergunta sobre o tópico sorteado; (b) 5 pontos para o projeto apresentado; (c) 2 pontos para a disponibilidade e perfil investigativo.
Obtém-se a nota de cada avaliação oral, mediante o cálculo da média das notas atribuídas por cada um(a) dos avalidores (as).
A candidata PALOMA COSTA ANDRADE obteve a nota 8,46 na prova oral, resultante da média das seguintes notas atribuídas pelos(as) examinadores(as):
Professora Germana de Oliveira Moraes: 9,0 Professora Raquel Coelho de Freitas: 9,4 George Marmelstein: 7,0
Adotamos, a partir das anotações realizadas durante a apresentação oral, os seguintes fundamentos para a atribuição da nota final 8,46, resultante da média das notas acima discriminadas:
a) quanto ao ponto: a candidata teve bom desempenho, mas cometeu erros básicos sobre antinomia e, em especial, antinomia entre princípios. Por isso, não se lhe pode atribuir a pontuação máxima:
b) quanto ao projeto: o projeto apresentou um objeto bem delineado, mas com uma metodologia muito aberta, sem incluir ou demonstrar o aspecto comparativo que foi apresentado oralmente como caminho metodológico, comprometendo a exeqüibilidade da proposta. A candidata demonstrou grande motivação com o projeto, o que é positivo. Mas como o foco envolve um estudo comparado entre Brasil e Estados Unidos, seria necessário ser mais rigorosa e precisa quanto à metodologia a ser adotada, especialmente quanto à forma de compreensão do modelo norte-americano.
c) quanto à disponibilidade, foi atribuída praticamente a pontuação global, reduzida em 0,2 apenas pela necessidade de se desvincular da FGV.
Diante disso, indeferimos o pedido do recurso e mantemos a nota 8,46, tal como atribuída originalmente.
Fortaleza, 14 de dezembro de 2018. Comissão Examinadora
Germana de Oliveira Moraes
Raquel Coelho Freitas