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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA CAPITAL.

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA CAPITAL.

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PROCESSO Nº

, nos autos da ação de execução que lhe promove, em trâmite perante esta D. Vara e respectiva Secretaria, por seu advogado que esta subscreve, vem, mui respeitosamente, à presença de V.Exa., apresentar EMBARGOS A EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.

Pretende o exequente, a condenação do executado, à quantia de R$ 54.617,20 (cinquenta e quatro mil seiscentos e dezessete reais e vinte centavos), decorrente de pagamento de alugueis de imóvel urbano, acessórios da locação e despesa com conta de água.

Contudo, as pretensões deduzidas na execução,

deverão ser rechaçadas por esse D. Juízo, porquanto não encontram qualquer repercussão jurídica e principalmente por estarem eivadas de nulidade, senão vejamos.

PRELIMINARMENTE

1 - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Saberá o Judiciário que o princípio universal de processo contraditório constitui, sem dúvida, garantia fundamental para a aplicação da

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2 Justiça, todavia a celeridade deste processo satisfativo não poderá atropelar aquele mínimo de cautela exigível, ademais por contemplar a lei outro processo que apresenta, dentre outras funções, assegurar também uma relação processual executiva.

A idoneidade formal do título executivo, judicial ou extrajudicial, verifica-se por seus requisitos objetivos e subjetivos que deverão estar presentes. Além daqueles pressupostos gerais da existência e validade comuns ao processo de conhecimento, na execução forçada existem pressupostos específicos, quais sejam: o inadimplemento do devedor e a existência de título executivo.

O extinto 1º TRIBUNAL DE ALÇADA CIVIL DE SÃO PAULO, assim entende:

"EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Objeção de pré-executividade. Cabimento. Condições da Ação. Questões de Ordem Pública, sujeitas a pronunciamento judicial independentemente de provocação das partes. Acolhimento para afastar inconcebível iniquidade de se exigir a afetação do patrimonial do executado como processo írrito, por falta de qualquer das condições da ação. Recurso Provido" (Agr. Instr. 699.999, Rel. João Garcia; j. 16.09.96 v.u ).

O presente processo executivo está lastreado em título - e consequentemente em créditos - oriundos de contrato juntado com a exordial, cujas características não ensejam a execução.

Nessa esteira, conforme restará comprovado nos embargos à execução manejados, não foi o executado quem subscreveu o contrato de locação, nem mesmo era o locatário de fato e de direito do prédio locado, o que confirma que o título não apresenta as exigências da lei, para sua executividade.

Não bastasse, o título objeto da presente execução está sendo alvo de questionamentos nos embargos.

Posto isto, requer V.Exa. se digne receber a presente, determinando a imediata suspensão da ação executiva até a decisão definitiva desta OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.

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3 Necessário esclarecer preliminarmente a V.Exa. que o impugnante não firmou o contrato de locação, objeto da presente execução.

O prédio locado tinha por destinação abrigar ... O locatário de direito do imóvel sempre foi o Sr., conforme comprovam os documentos anexos (recibo de entrega de chaves, recibos de pagamento dos alugueres e recibos bancários de depósito), sendo certo que o ora executado era apenas um participante, como todos os demais que frequentavam o mesmo, nas diversas funções do ... em epígrafe.

Insta esclarecer, ainda, a V.Exa. que outros frequentadores também auxiliavam no pagamento da locação, cotizando para fazer frente as despesas da ...(docs. anexos).

Os próprios participantes, assim como o Sr. declaram de próprio punho e para os devidos fins que o embargante (docs. anexos), não era o locatário do imóvel, não podendo, portanto, responder pelos decorrentes de eventual mora do referido negócio jurídico.

A assinatura lançada no contrato de locação - que faz parte do bojo dos autos - não foi subscrita pelo embargante, inobstante tenha sido reconhecida por Cartório da Capital, que será objeto de perícia grafotécnica nos embargos à execução.

Desta forma, requer V.Exa. que acolha a presente impugnação e julgue a execução extinta, nos termos do artigo 485 Inciso VI do Código de Processo Civil.

DO MÉRITO

Caso V.Exa. Exa. supere, por amor ao debate, as preliminares ora arguidas, o que se admite apenas por hipótese, é certo que foi

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4 ... a pessoa natural que, realmente, firmou negócio de locação de imóvel urbano com o exequente.

Sendo assim, com lastro nas provas e provas que acompanham a presente impugnação, deve operar, no caso em tela, o princípio da relatividade das convenções é de rigor jurídico que os contratos vinculem somente as partes que nele expressarem sua vontade, contraindo obrigações ou estipulando prerrogativas.

O festejado mestre Sílvio Rodrigues, assim dispõe:

“O segundo princípio, o da relatividade das convenções”, contém a idéia de que os efeitos do contrato só se manifestam entre as partes, não aproveitando nem prejudicando terceiros. O que, aliás, é lógico. Como o vínculo contratual emana da vontade das partes, é natural que terceiros não possam ficar atados a uma relação jurídica que lhes não foi imposta pela lei, nem derivou de seu querer.”

Outra doutrinadora de escol, Prof.ª Maria Helena Diniz, expõe com muita propriedade:

“O ato negocial deriva do acordo entre as partes, sendo lógico que apenas as vincule, não tendo eficácia em relação a terceiros.”

A relatividade das convenções irradia efeitos somente entre os contratantes, não favorecendo ou prejudicando terceiros não inseridos no negócio jurídico.

V.Exa. ao final do presente processo de execução, verá claramente que o executado não foi locatário do negócio jurídico que deu origem a presente execução, o que fere de morte o pleito nesse sentido contido na petição inicial, especificamente no tocante a legitimidade para responder pela dívida civil, ora executada.

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5 Não bastasse, a presente impugnação irá demonstrar flagrante excesso de execução e erro de cálculo, posto que o ora exequente, pleiteia quantia superior ao quanto deferido no título extrajudicial.

O exequente utiliza-se da Tabela Prática do Tribunal de Justiça, todavia, todas as porcentagens do divisor apresentam o mesmo coeficiente, isto é, 65,263985 (fls. 3 e 4), o que diminuiria o valor final apresentado.

Demais disso, o exequente cobra corretagem a cada vencimento das parcelas, o que não consta do contrato (fls. 4), bem como expõe cobrar R$ 3.3564,55, quando na realidade seria R$ 356,40 (10 parcelas), culminando no excesso de execução e, ainda, um erro de cálculo matemático, sem dúvida.

Necessário destacar, que a lei manda subordinar-se ao princípio fundamental da menor onerosidade possível para o executado.

Ouçamos a doutrina1: “Por outro lado, mesmo que a

execução ou a execução forçada seja feita como resultado de um direito do credor, não se está na Roma antiga em que a sorte do devedor era entregue ao credor. Deve existir um cuidado social para não agravar a situação do embargante, cabe ao juiz do processo estabelecer este norte.”

DOCUMENTOS JUNTADOS

Ficam completamente impugnados os documentos juntados com a execução, pelo exequente, em especial o contrato de locação firmado, porquanto são provas imprestáveis aos fins pretendidos.

Protesta e requer o executado, que a presente seja recebida com efeito suspensivo, uma vez que o prosseguimento da

1 Revista Âmbito Jurídico. A penhora on-line e o princípio da menor onerosidade para o executado. Ricardo

de Oliveira Pinto. Disponível em

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6 execução, com lastro em documento inválido e em valor superior ao devido, causará certamente dano irreparável ou de difícil reparação ao executado. Assim, deve ser acolhida a ilegitimidade de parte do impugnante, e, caso V.Exa. assim não entenda, que suspenda a execução até que seja processado e julgado a perícia requerida nos embargos à execução, e, no mérito, que seja julgado os embargos à execução procedentes, extinguindo-se a execução com a aplicação da sucumbência de praxe.

Pretende o executado provar o alegado por todas as provas em direito admitidas, em especial perícia judicial, testemunhas, documentos, sem prejuízo da produção da contraprova respectiva, se for necessária.

Termos em que, pede e espera deferimento. São Paulo,

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