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Documento Técnico

2021

Documento Técnico

(2)

2021

MANUAL TÉCNICO

EXAME GINECOLÓGICO E DIAGNÓSTICO DE

GESTAÇÃO

AUTORES

Marcelo Diniz dos Santos

1

, Ricardo Cesar Tavares Carvalho

1

, Liana Cristina de Moura Soares

2

, Wanderley da Silva Paganini Filho

2

, Marcos Barbosa Ferreira

3

, Fabiola Cristine de Almeida Rego

4

, Luiz Fernando Coelho da Cunha Filho

4

, Ana Flávia Lopes Medeiros

5

, Rafaela Machado dos Santos

6

.

EDITORAÇÃO

Marcos Barbosa Ferreira

CAPA

Marcelo Diniz dos Santos

1Docente do Programa de Pós-graduação em Biociência Animal – UNIC e da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. smarcelodiniz@gmail.com

2Discente do Programa de Pós-graduação em Biociência Animal – UNIC Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

3Docente do Programa de Mestrado Profissional em Produção e Gestão Agroindustrial – UNIDERP, Campo Grande - MS, Brasil e do Programa de Pós-graduação em Biociência Animal – UNIC, Cuiabá, MT, Brasil. E do Programa de Pós-graduação em Biociência Animal – UNIC Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. E do Programa de Saúde e Produção Animal da UNOPAR, Londrina, Paraná, Brasil.

marbosaf@gmail.com.

4Docente do Programa de Pós-graduação em Biociência Animal – UNIC Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. E do Programa de Saúde e Produção Animal da UNOPAR, Londrina, Paraná, Brasil.

5Discente do Programa de Pós-graduação de Mestrado Profissional em Produção e Gestão Agroindustrial – UNIDERP, Campo Grande - MS, Brasil.

6Discente do Programa de Pós-graduação de Saúde e Produção Animal da UNOPAR, Londrina, Paraná, Brasil.

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(4)

2021

Diretoria de Pós-Graduação Stricto Sensu e Pesquisa da Kroton Helio Hiroshi Suguimoto

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biociência Animal da UNIC Marcelo Diniz dos Santos

Programa de Pós-Graduação Profissional Stricto Sensu em Produção e Gestão Agroindustrial da Uniderp

Denise Renata Pedrinho

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal da UNOPAR

Fabiola Cristine de Almeida Rego

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558

E96

Exame Ginecológico e Diagnóstico de Gestação. / Marcelo Diniz dos Santos, Ricardo Cesar Tavares Carvalho, Liana Cristina de Moura Soares, Wanderley da Silva Paganini Filho, Marcos Barbosa Ferreira, Fabiola Cristine de Almeida Rego, Luiz Fernando Coelho da Cunha Filho, Ana Flávia Lopes Medeiros. – Londrina: Editora Científica, 2021.

ISBN 978-65-00-28719-6

1. Anatomia. 2.Bovinocultura. 3. Inseminação Artificial. 4.

Reprodução Animal. I. Santos, Marcelo Diniz dos. II. Carvalho, Ricardo Cesar Tavares, III. Soares, Liana Cristina de Moura Ferreira.

IV. Filho, Wanderley da Silva Paganini. V. Ferreira, Marcos Barbosa.

VI. Rego, Fabiola Cristine de Almeida. VII. Filho, Luiz Fernando Coelho da Cunha. VIII. Medeiros, Ana Flávia Lopes. II. Título.

CDD 336

Editora Científica

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2021 Sumário

APRESENTAÇÃO ... 6

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO DE BOVINOS ... 8

3 CONTROLE NEURO-HORMONAL DA REPRODUÇÃO NA FÊMEA BOVINA ... 11

4 CICLO ESTRAL EM BOVINOS ... 16

5. HORMÔNIOS RELACIONADOS À REPRODUÇÃO ... 21

6 ESCORE CORPORAL ... 23

7. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM BOVINOS ... 29

REFERÊNCIAS ... 36

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6

“Aprendi muito cedo a diferença entre saber o nome de algo e saber algo.”

Richard Feynman

APRESENTAÇÃO

Este manual tem como principal objetivo servir de roteiro e auxiliar os acadêmicos e profissionais de Medicina Veterinária na realização de exame ginecológico e diagnóstico de gestação em vacas, nos diversos aspectos teóricos e práticos que envolvem a semiologia do trato genital feminino. Nesse sentido, procuramos incluir um pouco da nossa experiência profissional e informações básicas nas áreas de anatomia, fisiologia, endocrinologia e obstetrícia veterinária visando auxiliar o acadêmico e técnico veterinário na construção do conhecimento necessário ao aperfeiçoamento profissional. Vale ressaltar que a reprodução animal, em todas as suas atividades, sofre a cada dia avanços tecnológicos e pesquisas, sendo de responsabilidade de cada profissional buscar aprimorar-se com novos conhecimentos.

Marcelo Diniz dos Santos

Cuiabá-MT

2021

(7)

7

1 INTRODUÇÃO

A exploração pecuária nacional vem promovendo avanços tecnológicos, alcançados com novos conhecimentos científicos e aprimoramento das técnicas de criação animal. Tais medidas indicam a necessidade de aumentar a eficiência reprodutiva e produção animal, visto que esse aumento não só promoverá desenvolvimento socioeconômico daqueles envolvidos na atividade pecuária, como também contribuirá para aumentar a oferta de alimentos para a população.

O gerenciamento inadequado, associado à falta de organização administrativa das propriedades, contribui decisivamente para a ineficiência operacional da atividade rural. A baixa eficiência reprodutiva é um reflexo de distúrbios que afetam negativamente a função fisiológica das vacas e dos touros que, consequentemente acarretarão anestro, repetição de cio, mortalidade embrionária precoce ou tardia, aborto, retenção de placenta, retardamento da puberdade e maturidade sexual.

Esses distúrbios têm como consequência o aumento do período de serviço, a elevação do número de serviço/concepção, o aumento do intervalo de partos, a redução da vida útil da fêmea e descartes precoces de reprodutores.

Elevados índices de produção, associados à alta eficiência reprodutiva, devem ser metas que norteiam os técnicos e criadores a alcançarem maior produtividade.

Neste contexto, elevar a eficiência reprodutiva é um dos principais fatores que contribuem para melhoria do desempenho produtivo e da lucratividade da atividade pecuária.

Várias estratégias podem ser utilizadas para intensificar os sistemas de produção, desde a seleção de animais mais produtivos e mais férteis, por pressão sobre a fertilidade do rebanho viabilizada por meio da estação de monta ou inseminação artificial, diagnóstico de gestação, sincronização de cio e os programas de Inseminação artificial em Tempo Fixo (IATF), biotécnicas como a transferência e produção in vitro de embriões.

É importante frisar que para o desenvolvimento de todas as tecnologias citadas,

o profissional deve estar habilitado e deter boa experiência para realização de exame

ginecológico e diagnóstico de gestação em vacas, atividades estas inclusas na

semiologia do genital feminino, sendo necessário o conhecimento de informações

básicas nas áreas de anatomia, fisiologia, endocrinologia e obstetrícia veterinária.

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8 Neste sentido, este manual tem o objetivo de auxiliá-los na construção do conhecimento necessário a esse aperfeiçoamento profissional.

2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO DE BOVINOS

O genital feminino (Figura 1) é composto por: ovários, ovidutos, útero, cérvix, vagina e genitália externa (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

Figura 1 – Desenho esquemático do aparelho reprodutor de uma fêmea bovina, apresentando ovários, útero, vagina, ligamentos veias e artérias

Fonte: Hafez e Hafez (2004).

Os ovários são estruturas circulares ou ligeiramente achatadas, em que o

formato varia de acordo com a espécie animal e com a fase do ciclo estral. Em bovinos

têm formato de amêndoa, com tamanho médio variando de 1 a 4 cm conforme as

estruturas funcionais presentes. Este órgão é composto de medula e córtex, é envolto

(9)

9 pelo epitélio superficial, conhecido como epitélio germinativo (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

Estão localizados geralmente na cavidade abdominal, desempenhando funções endócrinas (esteroidogênese) e exócrinas que consiste na liberação de ovócitos (CAMPOS et al., 2003).

Os ovidutos ou tubas uterinas são responsáveis pela captação dos ovócitos liberados pelo ovário, transporte dos espermatozoides e dos embriões, e por constituir ambiente adequado para a fecundação (CAMPOS et al., 2003; HAFEZ; HAFEZ, 2004). A tuba uterina é formada pelas fímbrias, infundíbulo, ampola e istmo. A porção cranial, denominada de infundíbulo, apresenta conformação caliciforme recoberta por cílios (fímbrias) tendo a função de captar os ovócitos liberados pelos ovários (MIES FILHO, 1970). Estes são conduzidos por meio de pregas da mucosa para a ampola, onde ocorre a fertilização. Após, encontra-se o istmo que se comunica ao útero.

O útero é composto de dois cornos uterinos, um corpo e um colo ou cérvix. A proporção relativa de cada parte, assim como o formato e a disposição dos cornos, varia entre as espécies. Apresenta diversas funções: transporte dos espermatozoides do ponto de ejaculação para o local de fertilização, regulação da função do corpo lúteo e início da implantação, gestação e parto. É formado por três camadas: o endométrio, em que estão presentes glândulas uterinas tubulares simples, enoveladas e ramificadas, sendo ausentes na região da carúncula em ruminantes (PRIEDKALNS;

LEISER, 1998).

As carúnculas são espessamentos circunscritos da lâmina própria, ricas em fibroblastos e com extenso suprimento sanguíneo (Figura 2). Existem aproximadamente quatro fileiras com 15 carúnculas em cada corno uterino (DELLMANN; BROWN, 1982; PRIEDKALNS; LEISER, 1998).

O endométrio é responsável pela produção de prostaglandina (hormônio

responsável pela luteólise) e outras substâncias importantes para desenvolvimento do

embrião; o miométrio, responsável pelo tônus e contração da musculatura que varia

de acordo com a secreção de esteroides ovarianos (HAFEZ; HAFEZ, 2004); o

perimétrio ou serosa é constituída de tecido conjuntivo frouxo coberto por mesotélio

peritoneal, possui numerosos vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas

(PRIEDKALNS; LEISER, 1998).

(10)

10 Figura 2 - Útero de uma vaca, obtido em abatedouro, com a presença dos placentômeros constituídos pela união das carúnculas (materna) e cotilédones (fetal)

Fonte: Os autores.

O útero nos bovinos é classificado como bipartido. A forma, o tamanho e a posição do útero variam de acordo com a idade e a fase de gestação. Assim, nas nulíparas, o útero é pequeno e encontra-se na cavidade pélvica. Nas pluríparas, o útero é maior, tendo parte localizado na cavidade pélvica e parte na cavidade abdominal. Nas vacas prenhes, a partir dos 90 dias, o útero encontra-se alojado na cavidade abdominal (AGUIAR, 2002).

O colo ou cérvix uterino é uma estrutura formada por tecido conjuntivo denso com pequena quantidade de tecido muscular liso que se projeta caudalmente a vagina. Nos ruminantes, o cérvix apresenta saliências conhecidas como “anéis cervicais” (geralmente em torno de quatro), permanecem firmemente fechados, exceto durante o cio, quando relaxam, permitindo a entrada dos espermatozoides no útero, facilitando também a realização da inseminação artificial.

O referido órgão possui várias funções no processo reprodutivo: facilita o

transporte espermático através do muco cervical para o interior do útero, atua também

como reservatório de espermatozoides e ainda pode tomar parte na seleção de

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11 espermatozoides, impedindo a passagem de células espermáticas inviáveis e defeituosas. Durante a gestação o canal cervical é fechado pelo muco cervical, que é altamente viscoso e espesso, formando uma barreira eficiente contra bactérias, prevenindo infecções uterinas (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

A vagina é o órgão copulatório feminino, cuja principal função reprodutiva, no caso dos bovinos, é a recepção de sêmen durante a cobertura, pois a ejaculação é intravaginal. Tem um comprimento variando de 20 a 30 cm (ROMANO; ROMANO, 2000). Embora em sua parede não exista glândulas, apresenta-se geralmente umedecidas devido a transudatos do epitélio vaginal, muco cervical e secreções do endométrio (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

A genitália externa é constituída pelo vestíbulo vaginal, lábios maiores e menores que formam a vulva, clitóris e glândulas vestibulares. O vestíbulo tem aproximadamente 10 cm de comprimento e vai da vulva até o meato urinário. Sua musculatura auxilia o fechamento vulvar. A vulva é responsável pelo fechamento externo do trato genital feminino, via lábios vulvares. Um bom fechamento impede a entrada de ar e de sujidades. O clitóris é composto de tecido erétil, é bem suprido por terminações nervosas e sensitivas. Na vaca, a maior parte do clitóris está oculta na mucosa do vestíbulo. As glândulas vestibulares secretam líquido viscoso mais ativamente durante o cio (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

3 CONTROLE NEURO-HORMONAL DA REPRODUÇÃO NA FÊMEA BOVINA

Hormônios são substâncias químicas fisiologicamente sintetizadas e secretadas por glândulas endócrinas sem ducto e transportados via circulação sanguínea para atuarem em tecidos alvos, por meio de receptores (CAMPOS et al., 2003).

Todos os processos reprodutivos são controlados pelo sistema nervoso central

e pelo sistema endócrino, mais conhecido como eixo hipotalâmico-hipofisário-

gonadal, que permite a propagação e integração dos sinais, controlando o sistema

reprodutivo (LEVINE, 1997). Envolve inter-relação entre hipotálamo, hipófise e

gônadas, de forma que a função gonadal depende de hormônios hipofisários cuja

secreção é controlada por hormônios hipotalâmicos e por hormônios sexuais. A

comunicação entre o hipotálamo e a hipófise depende do sistema porta hipotalâmico-

(12)

12 hipofisário, que tem papel fundamental no transporte de hormônios e de neurotransmissores da eminência média para a hipófise (DUBOIS, 1993).

O Hipotálamo está localizado no cérebro na região do diencéfalo, sendo observado abaixo deste a hipófise que está localizada na base do cérebro, classificada ou subdividida como, adeno-hipófise (pars distalis ou lobo anterior), neuro-hipófise (pars nervosa ou lobo posterior) e pars intermedia (lobo intermediário) (CUNNINGHAM, 1999; HAFEZ; HAFEZ, 2004).

A neuro-hipófise é um prolongamento do hipotálamo para dentro da hipófise, que é responsável pela liberação de vasopressina e ocitocina (CUNNINGHAM, 1999).

A adeno-hipófise é classificada de acordo com suas características de coloração, em cromófobas, células agranulares sem função definida e cromófilas células secretoras granulares, divididos em acidófilos e basófilos. Tendo ainda cinco tipos diferentes de células que secretam seis tipos de hormônios: os somatótrofos, que secretam hormônio do crescimento (GH); os corticótrofos, que secretam o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH); os mamótrofos, responsáveis pela secreção de prolactina; os tireotrófos, que secretam o hormônio estimulante da tireóide (TSH), e os gonadótrofos, que secretam o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

A atividade da adeno-hipófise é controlada pelos hormônios liberados pelo hipotálamo, chamados de Hormônios Liberadores Hipotalâmicos, que são transportados para a eminência média e liberados no interior, regulados por impulsos tanto neurais quanto hormonais no hipotálamo (CUNNINGHAM, 1999).

O controle da secreção de GnRH ocorre por meio de dois processos: A)

controle por outros neurônios via sinapse de neurotransmissores e B) controle pela

liberação de hormônios na corrente sangüínea (Feedback), por regulação hormonal

(Figura 3). O controle via neurotransmissores inclui neurônios cujo corpo celular está

tanto fora como no hipotálamo (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

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13 Figura 3 – Desenho esquemático do controle dos

processos neuro-endocrinológicos da reprodução

Fonte: Hafez e Hafez (2004).

Esses neurônios realizam contatos, por meio de sinapses mediadas por neurotransmissores, com os neurônios hipotalâmicos liberadores de GnRH, gerando estímulos positivos ou negativos à liberação de GnRH. Tem sido relatada a ação de três monoaminas; dopamina, norepinefrina (noradrenalina) e serotonina, como neurotransmissores que atuam regulando a liberação de GnRH. Dados ainda não consistentes mostram que esses hormônios podem atuar inibindo ou estimulando a secreção de GnRH (ASLAM, 2020; ILIE, 2020).

A serotonina atua inibindo a secreção de GnRH e, contrariamente, a

noradrenalina estimula a referida secreção. Outros compostos que interferem na

secreção de GnRH são os peptídeos opioides endógenos; um desses peptídeos

neurotransmissores é a  endorfina, que pode atuar sobre os neurônios

noradrenérgicos e dopaminérgicos inibindo a secreção de noradrenalina e dopamina,

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14 respectivamente, com consequente inibição da secreção de GnRH, ou podem atuar diretamente sobre os neurônios hipotalâmicos, inibindo a secreção de GnRH (KARSCH, 1987).

Em adição, tem sido relatado que os opioides endógenos estão envolvidos no feedback negativo dos esteróides sobre a secreção de GnRH e que esse efeito está relacionado à estação de cobertura em ovinos e aos níveis nutricionais em bovinos (TILBROOK; CLARKE, 1995).

Os hormônios gonadais (estrógeno e progesterona), por não possuírem receptores nos neurônios liberadores de GnRH, não podem exercer diretamente suas ações. Neste sentido, os neurônios Ácido Gama-Amino Butírico (GABA) são bons candidatos para essa função, pois possuem receptores para os hormônios esteróides e fazem sinapse com os neurônios de GnRH. A concentração desses inibitórios neurotransmissores em áreas contendo corpo celular de neurônios de GnRH tem mostrado redução durante a onda de liberação de GnRH induzida por estrógeno (feedback positivo). Contrariamente, é aumentada quando a progesterona deprime a liberação de GnRH. GABA também pode ser importante na mediação da alteração temporária da ação de feedback negativo do estradiol.

Estas observações foram claramente comprovadas quando GABA foi infundido diretamente em ratos, tanto no terceiro ventrículo como na área pré-óptica, antes do aumento da secreção esperada de LH, acarretando bloqueio da mesma. Em adição, o efeito inibitório do GnRH sobre sua própria secreção (feedback de alça ultracurta) pode envolver a conexão do GnRH com outros neurônios locais, como o GABA (ROBINSON, 1995).

O segundo tipo de controle sobre os neurônios secretores de GnRH ocorre via

regulação hormonal por meio de feedbacks de alça longa, alça curta e alça ultracurta

(Figura 4). Os hormônios gonadais (progesterona, estradiol e testosterona) exercem

feedback de alça longa sobre o hipotálamo, as gonadotrofinas, FSH e LH, feedback

de alça curta e alta concentração de GnRH um feedback negativo de alça ultracurta

(KARSCH, 1987).

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15 Figura 4 – Ilustração esquemática dos três níveis de feedback

hormonal do eixo Hipotálamo-hipófise-gônada: 1- Feedback alça longa; 2- alça curta e 3- alça ultra-curta. GnRH (Hormônio liberador da gonadotrofina), HA (hipófise anterior ou adenoipófise), HP (hipófise posterior ou neuroipófise), LH (hormônio luteinizante), FSH (hormônio folículo estimulante)

Fonte: Adaptado de Karsch (1987).

O aumento progressivo na secreção de estrógeno, via desenvolvimento dos folículos que estão sob influência do FSH e LH, exerce efeito estimulatório sobre o hipotálamo, gerando aumento na secreção de GnRH, que acarreta onda pré- ovulatória de LH (KARSCH, 1987).

Por outro lado, a secreção de progesterona pelo corpo lúteo, que aumenta em função da resposta a síntese de gonadotrofina estimulada pelo GnRH, exerce efeito de feedback negativo sobre o hipotálamo. Já os efeitos de feedback negativo e positivo do estrógeno sobre o hipotálamo são mais complexos e dependem da dose (concentração) e do tempo de exposição. Alta concentração de estradiol por períodos curtos exerce feedback positivo sobre o hipotálamo, com liberação de GnRH.

Contrariamente, longos períodos de exposição à alta concentração de estradiol,

exerce feedback negativo sobre a liberação de GnRH (gestação). Tem sido relatado

que os níveis baixo e alto de progesterona estão associados a esses respectivos

feedbacks do estradiol sobre o hipotálamo (KARSCH, 1987).

(16)

16 O GnRH estimula a secreção do LH e FSH, entretanto esses hormônios não são secretados em sincronia in vivo. A secreção dissociada de LH e FSH pode ser explicada por diferenças na forma em que as células respondem aos padrões secretórios de GnRH, sugerindo que a taxa de liberação de LH e FSH é influenciada pelas mudanças na frequência dos pulsos de GnRH (REICHLIM, 1992; RICHARD, 1993).

Mudanças nas concentrações de receptores para GnRH, são também uma forma importante pela qual a secreção de gonadotrofinas é regulada. Estrógenos aumentam e andrógenos diminuem o número de receptores na hipófise (REICHLIN, 1992). Além disso, essa taxa pode ser modulada por outros fatores gonadais, pois esses têm influência fundamental para regulação diferencial da síntese e liberação FSH e LH. Essa regulação diferencial pode ser demonstrada, seletivamente o FSH, em que a ativina e outros fatores da superfamília TGF- estimulam o FSH (ROTTEN, 1993).

A ação de feedback exercida pelos esteróides gonadais (estradiol e progesterona) e fatores peptídeos (folistatina, inibina, ativina) na síntese e secreção de FSH ocorre principalmente na hipófise. Enquanto, para o LH, a maioria dos feedbacks são exercidos no hipotálamo, por modular a pulsatividade da liberação do GnRH (COMBARNOUS, 1993).

Os esteróides gonadais são os maiores reguladores da secreção de GnRH. A primeira ação deste é diminuir a frequência do pulso gerador, entretanto, durante as fases finais da fase folicular, o papel do estradiol é aumentar a secreção de GnRH para causar o pico de LH pré-ovulatório. Além disso, a maioria das funções vitais do corpo podem interferir na frequência de GnRH, como por exemplo, o estresse e a subnutrição (ROTTEN, 1993).

4 CICLO ESTRAL EM BOVINOS

O período entre dois estros consecutivos é denominado de ciclo estral e pode

ser dividido em duas fases principais: folicular e luteal. A fase folicular tem início após

a luteólise induzida pela prostaglândina (PGF2α), com consequente queda nos níveis

sangüíneos de progesterona (inferior a 1 ng/ml), ocorre entre 12 e 36 horas após o

início da luteólise, seja ela natural ou induzida por PGF2α exógena. O incremento na

frequência de pulsos de LH estimula o desenvolvimento do folículo dominante que

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17 secreta quantidade crescentes de estradiol induzindo o comportamento estral ou cio (DIELEMAN et al.,1986).

As fêmeas bovinas são poliéstricas, apresentando intervalos de cios regulares em torno 21 dias. Durante o ciclo estral ocorre uma cadeia de eventos que se repetem até o impedimento da luteólise pela gestação (MORAES et al., 2002). A prostaglandina F2α (PGF2α) é o hormônio luteolítico uterino em várias espécies de mamíferos. A PGF2α uterina controla a vida útil do corpo lúteo, que, em contrapartida, regula a extensão do ciclo. Ocorrendo gestação, a influência luteolítica uterina é anulada, pois a progesterona secretada pelo corpo lúteo é necessária para a manutenção da gestação.

O período de atividade do corpo lúteo é chamado de fase luteínica, que dura 16 a 17 dias em vacas. A regressão do corpo lúteo não é causada por diminuição da secreção de hormônios luteotróficos hipofisários (LH), mas sim pela ação do fator luteolítico (PGF2α) (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

A fase de proestro é a fase que precede o estro, e se inicia quando a concentração de progesterona está baixa, ocorre um rápido crescimento folicular estimulado pelo FSH e LH que determinam aumento do estrógeno. Nesta fase ocorrem comportamentos que demonstram aproximação do estro, com aumento marcado na atividade do sistema reprodutor.

O estro é um complexo de sinais fisiológicos e comportamentais que ocorrem logo antes da ovulação. A duração do estro na fêmea bovina varia de 12 a 18 horas.

Os sinais de estro são: a fêmea fica imóvel quando montada, monta em outras fêmeas, vulva edemaciada, mucosa vaginal rósea, descarga de muco vaginal claro e filamentoso, inserção da cauda arrepiada, inquietude, formação de grupo, lordose e algumas vezes redução do consumo alimentar. Muitos destes sinais podem estar presentes no proestro, por isso quando a fêmea ficar imóvel quando montada é o sinal mais característico e confiável da ocorrência do estro (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

Esses sinais são induzidos pela elevação da concentração de estradiol na circulação, proveniente do folículo pré-ovulatório, que atua em centros cerebrais (principalmente o hipotálamo) e medulares (MORAES et al., 2002). A ovulação em bovinos ocorre 30 a 32 horas após o início do estro ou 12 a 14 horas após o final do estro, portanto no período de metaestro.

O metaestro dura em média 2 dias e é a fase de início do desenvolvimento do

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18 corpo lúteo (CL). O corpo lúteo maduro, característico da fase luteal, é arredondado com um diâmetro de 20 a 25 mm e peso em torno de 5 g. Depois da ovulação, o corpo lúteo é formado a partir das células da granulosa e da teça do folículo ovulado, as células da teca interna e da granulosa sofrem mudanças morfo-bioquímicas no processo chamado luteinização, como conseqüência do aumento de LH no período pré-ovulatório.

Durante o metaestro, é possível a ocorrência de uma hemorragia por passagem de hemácias devido à súbita diminuição de estrógeno e aumento da progesterona (MORAES, 2003). Grunert; Gregory (1989), relatam que em novilhas, principalmente, pode ser observado 1 até 2 dias após o cio, a saída de muco sanguinolento, denominada “hemorragia metaestral”. Este sangramento está associado à ruptura de pequenos capilares no útero em conseqüência do alto nível de estrógenos.

A seguir vem o diestro que corresponde ao período de atividade do CL maduro, e dura em média 7 a 16 dias, momento em que, se a fêmea não tiver sido fecundada, ocorre a lise natural do CL, passando o animal à fase de proestro, que dura aproximadamente 3 dias (STARENFELDT; EDOLJIST, 1993). A luteólise, por ação da prostaglândina sempre, ocorre quando não há embrião viável no útero no dia 16 a 17 do ciclo, sendo este o evento responsável pela duração do ciclo estral (BÓ et al., 2000;

GONZÁLEZ, 2002).

O ciclo estral é regulado por mecanismos endócrinos e neuroendócrinos, principalmente os hormônios hipotalâmicos, as gonadotrofinas e os esteróides secretados pelos ovários. No ovário, o período de cio é caracterizado por elevada secreção de estrógenos dos folículos pré-ovulatórios ou Graaf. No final do cio, ocorre a ovulação seguida pela formação do corpo lúteo (Figura 5), resultando na secreção de progesterona (HAFEZ; HAFEZ, 2004; TOLEDO-ALVARADO et al., 2018).

Em bovinos, tem-se observado a ocorrência de duas e três ondas de

crescimento folicular, que iniciam, em torno, do 2º e 11º dia e do 2º, 9º e 16º dia do

ciclo estral, respectivamente. O folículo dominante torna-se ovulatório no período em

que ocorre regressão luteal. A duração da fase luteal parece determinar o número de

ondas foliculares durante o ciclo, considerando que ciclos com três ondas foliculares

têm maior fase luteal do que os com duas ondas (FORTUNE, 1993; GINTHER et al.,

1996).

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19 Figura 5 - Representação esquemática das variações hormonais que ocorrem durante o ciclo estral de uma vaca. FSH (hormônio folículo estimulante), LH (hormônio luteinisante), PGF

(prostaglandina F

)

Diestro HP: alta progesterona. Diestro IP: progesterona aumentando ao longo do ciclo.

Fonte: Adaptado de Toledo-Alvarado et al. (2018).

O aumento das concentrações plasmáticas de FSH constitui o estímulo necessário para o recrutamento e emergência da onda folicular (ADAMS et al., 1992).

Em espécies monovulatórias, apenas um folículo é selecionado dentre os recrutados para continuar a crescer e diferenciar-se em folículo ovulatório, enquanto os demais têm como destino a atresia. O folículo selecionado é conhecido como folículo dominante e suprime ativamente o crescimento dos subordinados pela secreção de estradiol e inibina (FORTUNE, 1994; GINTHER et al., 1996).

No exame semiológico do aparelho reprodutor feminino observa-se que a morfologia dos ovários, útero e cérvix variam consideravelmente em sincronia com o ciclo estral ou com a fase fisiopatológica em que se encontra o animal.

Na fase estrogênica (proestro e estro) se observa na fêmea bovina ovários

com presença de vários folículos presentes nas ondas foliculares (principalmente o

folículo pré-ovulatório, que a palpação trans-retal apresenta-se como uma vesícula

com flutuação), pode se observar a presença de corpos albicans do ciclo que acaba

de ultimar ou de ciclos anteriores, os cornos uterinos se apresentam simétricos, com

consistência túrgida (fácil de serem palpados), o cérvix aberto com presença de muco

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20 (por meio da utilização de um vaginoscópio, pode se observar melhor a abertura do cérvix, com presença de muco cristalino, que na fase do proestro se encontra um pouco líquido, já no estro torna-se translúcido e filamentoso.

Em função desta secreção a mucosa vaginal se encontra brilhante e úmida.

Dado ao maior fluxo sanguíneo acarretado pela ação estrogênica a mucosa vaginal e o cérvix se encontram com uma coloração rósea), a vulva apresenta-se úmida e edemaciada.

Já na fase progesterônica, (metaestro e diestro), pode-se observar ovários com presença de vários folículos presentes nas ondas foliculares, corpos albicans do ciclo que acaba de ultimar ou de ciclos anteriores, o corpo lúteo do atual ciclo, os cornos uterinos se apresentam simétricos, com consistência flácida (na fase de metaestro e na transição do diestro para o proestro a consistência é intermediária), o cérvix fechado sem presença de muco (por meio da utilização de um vaginoscópio, pode se observar melhor a estrutura do cérvix, sem presença de muco. Em função disto a mucosa vaginal se encontra ligeiramente seca, sem brilho. Dado ao menor fluxo sanguíneo acarretado pela ação da progesterona a mucosa vaginal e o cérvix se encontram com uma coloração ligeiramente pálida), a vulva apresenta-se seca, sem secreção.

Nos casos de anestro (principalmente nutricional) ou na fase pré-puberal, a fêmea bovina apresenta ovários Pequenos, Duros e Lisos (PDL), devido à ausência de estruturas funcionais como folículos e corpo lúteo. Os cornos uterinos se apresentam simétricos, com consistência totalmente flácida (“semelhante à consistência de alça intestinal”, sendo um pouco mais difícil a palpação para as pessoas que ainda possuem pouca prática), o cérvix fechado sem presença de muco (por meio da utilização de um vaginoscópio, pode se observar melhor a estrutura do cérvix, sem presença de muco. Em função disto a mucosa vaginal se encontra seca, sem brilho. Dado ao menor fluxo sanguíneo acarretado pelos níveis hormonais basais, a mucosa vaginal e o cérvix se encontram com uma coloração pálida), a vulva apresenta-se seca, sem secreção (SANTOS, 2009 dados não publicados).

Adicionalmente, Grunert; Gregory (1989) relataram que várias mudanças

ocorrem no endométrio de ruminantes, e estas são provocadas pelos hormônios

ovarianos estradiol e progesterona. Durante a exploração trans-retal do útero percebe-

se, na fase de proestro, maior contractilidade com aumento da turgidez de suas

(21)

21 paredes consequente a congestão vascular. Esta contractilidade apresenta-se máxima na fase de estro, quando o útero responde de forma erétil ao toque; está reduzida na fase de metaestro e evolui para a ausência na fase de diestro. Nos três a quatro últimos dias do diestro, ocorre regressão da mucosa, com redução na altura do epitélio luminal, e as glândulas uterinas tornam-se curtas com epitélio baixo e sem secreção.

No metaestro, o edema diminui e hemorragias microscópicas podem ocorrem na zona funcional, caracterizando o processo de metrorragia. Na vaca, a metrorragia tem início antes da ovulação e atinge o máximo durante o edema endometrial, sendo mais proeminente nas regiões centrais das carúnculas e termina abruptamente no segundo dia após o estro (PRIEDKALNS; LEISER, 1998).

As glândulas estão distribuídas por todo o endométrio, exceto nas carúnculas, sendo maior seu número nos cornos uterinos em relação ao corpo. Apresentam-se relativamente retas, baixas, cubóides e com pouca secreção durante o cio; à medida que aumenta o nível de progesterona produzida pelo corpo lúteo em desenvolvimento, elas crescem, secretam e tornam-se mais sinuosas e complexas. Estas começam a regredir quando são também notados os primeiros sinais de regressão uterina. As células epiteliais da superfície do endométrio são relativamente altas durante o cio;

dois dias após ativa secreção tornam-se baixas e cubóides (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

5. HORMÔNIOS RELACIONADOS À REPRODUÇÃO

Dentre os hormônios que interferem na reprodução dos bovinos, destacam-se:

GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), sintetizado pelo hipotálamo em resposta a estímulos nervosos, liberado de forma pulsátil pelo sistema porta- hipotálamo-hipófise promovendo a liberação de FSH e LH pela adeno-hipófise (CAMPOS et al., 2003).

FSH (hormônio folículo estimulante), é secretado pela hipófise anterior (adeno-hipófise) em resposta ao GnRH (HAFEZ; HAFEZ, 2004), tem como funções estimular o crescimento e maturação folicular, modular receptores de LH e atua em conjunto com LH na secreção de estrógeno nos ovários (CAMPOS et al., 2003).

LH (hormônio luteinizante), também produzido pela hipófise anterior,

responsável por ultimar a maturação do folículo, ruptura da parede ovariana e

(22)

22 ovulação, formação do corpo lúteo, secreção de progesterona e, também, auxilia na secreção de estrógeno (CAMPOS et al., 2003).

Estradiol (estrógeno) é um hormônio biologicamente ativo produzido nos folículos ovarianos pelas células da granulosa em desenvolvimento. Suas principais funções são: indução do comportamento de cio através do SNC, atuando juntamente com pequenas quantidades de progesterona; aumentando a amplitude e frequência de contração do útero, potencializando o efeito da ocitocina e prostaglândina;

desenvolvimento das características sexuais femininas secundárias; estimulam crescimento da glândula mamária; realizam o efeito de retroalimentação negativa e positiva para o controle de FSH e LH e possui efeito anabólico protéico (HAFEZ;

HAFEZ, 2004).

Progesterona é secretada pelas células luteínicas do corpo lúteo, pela placenta e glândulas adrenais, sendo sua secreção estimulada pelo LH. Suas principais funções são: preparar o útero para a implantação e manutenção da gestação; atua junto com o estrógeno na indução do cio; inibe o cio e o pico pré ovulatório de LH quando em concentrações elevadas, através do bloqueio de GnRH e inibe motilidade uterina (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

Prostaglândina é sintetizada a partir do ácido aracdônico por ação da enzima cicloxigenase, sendo que o fator determinante na síntese de prostaglândina é a fosfolipase que libera o ácido aracdônico dos fosfolipídeos (RUMPF et al., 2005). É liberada pelo útero, mais precisamente no endométrio, e seu transporte até o útero é feito por mecanismo de contracorrente, sendo que quando chega aos ovários causa lise do corpo lúteo, consequentemente, reduzido a concentração de progesterona e acarretando início de um novo ciclo reprodutivo (RUMPF et al., 2005).

Ocitocina pode ter origem ovariana ou hipotalâmica, sendo responsável por estimular as contrações uterinas que facilitam o transporte de espermatozóide, dilatação do cérvix durante o parto e ejeção do leite (HAFEZ; HAFEZ, 2004).

Inibina e Ativina, onde a inibina desempenha papel de extrema importância

na foliculogênese ovariana, atuando sobre o número de folículos em crescimento no

ovário, por meio da redução na secreção de FSH, mantendo assim o número de

ovulações espécie-específico. Já a ativina tem atividade contrária à inibina,

estimulando a secreção de FSH no fluído folicular e na rete testis (HAFEZ; HAFEZ,

2004).

(23)

23

6 ESCORE CORPORAL

O escore da condição corporal é um método subjetivo, de fácil avaliação do estado nutricional dos animais, ao qual se atribuem valores numéricos. A condição corporal é obtida por observação e palpação da gordura subcutânea das costelas, processos espinhosos e transversos das vértebras lombares e/ou dorsais, tuberosidade isquiática e sacral e inserção de cauda (BRAUN et al., 1986, apud BENEDETTI; SILVA, 1997) (Figura 6).

Figura 6 Locais a serem observados no corpo do animal para se estimar a condição corporal

Fonte: Short e Adams (1988).

A avaliação do escore corporal tem sido utilizada para se ajustarem as práticas

de alimentação e manejo visando maximizar o potencial de produção de leite e

minimizar os problemas reprodutivos. Considerando que o peso vivo é uma medida

do plano nutricional da vaca, em que a perda de peso está associada ao alto nível de

produção e/ou baixo nível de ingestão no pós-parto esta variável pode reduzir a taxa

de concepção e, em casos extremos, conduz o animal à condição de anestro. O

balanço energético negativo reduz a liberação de LH e FSH pela hipófise e,

consequentemente, reduz o nível de estrógeno e progesterona, constituindo-se fonte

potencial de infertilidade em vacas (FERREIRA, 1993a).

(24)

24 Segundo o mesmo autor, cada vaca tem o seu peso mínimo, abaixo do qual não concebe ou cessa sua atividade ovariana luteal, e a subnutrição provoca atrofia dos órgãos do sistema reprodutivo, menor secreção de esteroides e anestro. Isto ocorre quando o animal de boa condição corporal perde de 20 a 35% do seu peso adulto, já a perda de 10 a 15% do peso corporal nas primeiras semanas pós-parto não influi no reinício da atividade ovariana luteal cíclica de animais de grande porte e com boa condição corporal ao parto.

Neste sentido, o acompanhamento e a avaliação do escore corporal das vacas no período pré-parto, no parto e no pós-parto é de fundamental importância para a vida reprodutiva do animal. O emagrecimento excessivo no início da lactação pode acarretar, como já mencionado, conseqüências desfavoráveis ao retorno da atividade ovariana, longos intervalos entre parto e, por conseguinte, reduzir a eficiência reprodutiva e produtiva do animal.

Por outro lado, Benedetti; Silva (1997) relataram que vacas com alto escore (excessivamente gordas) ao parto tendem a perder mais escore corporal e, portanto, apresentam maior mobilização das reservas corporais de gordura, menor consumo de matéria seca e, consequentemente, balanço energético negativo mais prolongado após o parto. Neste sentido, recomenda-se que as vacas no período pré-parto e ao parto estejam com escore da condição corporal de 3,0 a 3,5 (escala de 1 a 5) para que suas reservas corporais atendam as exigências de produção de leite e reprodutivas, sem redução acentuada do consumo de matéria seca.

Para bovino de leite utiliza-se com maior frequência escala de 5 pontos, com pontuações intermediárias de 0,5, em que o escore 1 representa uma vaca muito magra, enquanto o escore 5 a classifica como excessivamente gorda (FERREIRA, 1990; CASTILHO; MARQUES JR., 1997) A utilização de escore de 1 a 5 com escala intermediária de 0,5 pontos, facilita a padronização e a avaliação do escore corporal, podendo ser utilizada tanto para bovinos de leite como de corte (SANTOS, 2009 dados não publicados).

Escore corporal 1: Fêmea muito magra, debilitada, enfraquecida. Pronunciada

atrofia muscular. Olhos profundos, ossos da anca protusos e proeminente, costelas

individualizadas e ausência de gordura visível ou palpável sobre os ossos e espinha

dorsal (Figura 7).

(25)

25 Figura 7 - Escore corporal 1 de uma fêmea bovina (escala de 1 a 5)

Fonte: autor desconhecido.

Escore corporal 2 e 2,5: Fêmea magra, com pouca gordura palpável e/ou visível nas costelas e inserção da cauda. Costelas individualizadas. Pele está firmemente aderida ao tecido subcutâneo (Figura 8).

Figura 8 - Escore corporal 2 e 2,5, respectivamente, de uma fêmea bovina (escala de 1 a 5)

Fonte: autor desconhecido.

Escore corporal 3: Fêmea em boa condição corporal, com cobertura de gordura palpável e/ou visível sobre os ossos da anca, costelas e inserção da cauda.

As costelas não são individualizadas e a pele pode ser facilmente elevada (Figura 9).

(26)

26 Figura 9 - Escore corporal 3 de uma fêmea bovina (escala de 1 a 5)

Fonte: autor desconhecido.

Escore corporal 4 e 4,5: Bovinos em condição corporal gorda, com considerável cobertura sobre as costelas e espinha dorso-lombar. Estruturas ósseas não são facilmente visíveis, não proeminentes (Figura 10).

Figura 10 - Escore corporal 4 e 4,5 de bovinos, respectivamente (escala de 1 a 5)

Fonte: autor desconhecido

Escore corporal 5: Fêmea bovina muito gorda, sem estruturas ósseas visíveis.

Grande depósito de gordura sobre as costelas, espinha dorso-lombar, inserção da

cauda e ao redor da vulva (Figura 11).

(27)

27 Figura 11 - Escore corporal 5 de uma fêmea bovina (escala

de 1 a 5)

Fonte: autor desconhecido

Diversos trabalhos de pesquisa demonstraram que é alta a correlação entre a condição corporal ao parto e o desempenho reprodutivo no pósparto. Vacas com boas corporais ao parto retornam ao cio mais cedo e apresentam maiores índices de concepção. Portanto, o monitoramento da condição corporal, no terço final de gestação, pode indicar a necessidade de ajustes nos níveis nutricionais, de modo que, ao parto, a condição corporal adequada seja atingida (VALLE et al., 1998).

Outro sistema usado é aquele no qual a pontuação varia na escala de 1 a 9, conforme descrito no Quadro 1.

Quadro 1 - Sistema de escore visual para a avaliação da condição corporal das vacas de cria

Escore Condição Corporal

Observações

1 a 3 Muito magras Falta musculatura. Espinhas dorsais agudas ao tato. Ílios, ísquios, inserção da cauda e costelas proeminentes.

4 Magras Costelas, ancas e ísquios ainda visíveis. Processo transverso das vértebras lombares não pode ser visto individualmente.

Garupa ligeiramente côncava.

(28)

28 5 Moderada Paleta, coxão e garupa com cobertura muscular média. Últimas

costelas visíveis, boa musculatura sem acúmulo de gordura.

6 Boa Espinhais dorsais não podem ser vistas, mas podem ser sentidas. As pontas da anca não são mais visíveis. Boa musculatura e alguma gordura na inserção da cauda. Aparência lisa.

7 Gorda Animal suavemente coberto de musculatura, mas os depósitos de gordura não são acentuados. As espinhas dorsais podem ser sentidas com pressão firme, mas são arredondadas que agudas. Cupim bem cheio e acúmulo de gordura na inserção da cauda.

8 a 9 Muito gorda Acúmulo de gordura visível principalmente na inserção da cauda, úbere, peito e linha do dorso. Espinhas dorsais, costelas, pontas de anca e ísquios cobertos de musculatura, não podem ser sentidos mesmo com pressão firme.

Fonte: Nicholson; Butterworth (1986).

Para que uma alta percentagem de vacas e novilhas fiquem gestante no início do período de monta é necessário que elas apresentem escore de 5 a 6 ao parto (condições de moderada a boa na escala de 1 a 9). Nessas situações, a manifestação do cio será antecipada e poderá atingir altos índices de concepção ao início da monta.

Escores acima de 7 nessa fase, além de representar desperdício de energia, podem

reduzir os índices de concepção. Na Tabela 1 pode-se observar que a percentagem

de vacas em cio, aos 60 dias pós-parto, aumentou de 46 para 91% apenas com a

melhoria da condição corporal ao parto. Portanto, é importante que seja efetuada uma

avaliação do estado corporal das vacas, e principalmente das novilhas ao início do

terço final de gestação. Como este período coincide com o início da seca (maio a

junho), as fêmeas com escores abaixo de 5 devem ser separadas das demais e

suplementadas, de modo que possam, ao parto, apresentar condição corporal de

moderada a boa. Após o parto, os animais requerem 50% a mais de nutrientes, em

termos de energia e proteína. Como essa fase coincide com a de pastagens de boa

qualidade, a simples utilização das forrageiras às exigências nutricionais dessa

categoria. Novilhas de primeira cria, por estarem ainda em crescimento, apresentam

exigências superiores às das vacas adultas. Por isso, atenção especial deve ser dada

a essa categoria animal, principalmente após o primeiro parto. Em condições de

deficiência alimentar, a desmama precoce pode reduzir muito as exigências

nutricionais dessa categoria, favorecendo o restabelecimento da atividade reprodutiva

(VALLE et al., 1998).

(29)

29 Tabela 1 - Percentagem de vacas em cio aos 40, 50 e 60 dias após o parto, de

acordo com o estado corporal ao parto Estado corporal

ao parto

Percentagem de cio (%)

40 dias 50 dias 60 dias

Magra 19 34 46

Moderada 21 45 61

Boa 31 42 91

Fonte: Wiltbank (1994).

7. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM BOVINOS

O diagnóstico precoce de gestação é de fundamental importância no desenvolvimento do exame clínico para adequação do manejo na propriedade, além de permitir avaliação precoce da eficiência reprodutiva ou problemas com infertilidade.

Para tal são necessários conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia e de clínica.

Os métodos de diagnóstico de gestação podem ser classificados em diretos e indiretos. Os diretos são estabelecidos por pesquisa externa ou interna das modificações orgânicas observadas durante toda a gestação (inspeção, palpação trans-retal e com utilização de ultrassom). Os indiretos são realizados por pesquisa das modificações bioquímicas, imunológicas, histológicas e hormonais que se desenvolvem durante a gestação (HAFEZ; HAFEZ, 2004)

Vale ressaltar que existe diferença no posicionamento do corno gestante de fêmeas de raça européia (como exemplo a Holandesa), que se encontram mais distendidos e projetados para a cavidade abdominal, bem como a musculatura do esfíncter anal é mais tensa, o que dificulta muitas vezes a introdução do braço para realizar a palpação trans-retal, tornando também o processo mais cansativo em relação às fêmeas das raças Zebu (Bos taurus indicus).

A seguir será descrito as observações obtidas em cada fase da gestação de fêmeas B. taurus indicus (HAFEZ; HAFEZ, 2004 adaptado por SANTOS, 2009 dados não publicados):

Aos 30 e 35 dias de gestação: Corno uterino gestante com discreta assimetria,

beliscamento ausente (deslizamento das duas membranas: parede uterina e alanto-

coriônica), presença de corpo lúteo (Figura 12).

(30)

30 Figura 12 - Gestação no corno esquerdo de uma fêmea bovina

com aproximadamente 30 dias, corpo lúteo gestacional

Fonte: Os autores.

Aos 45 dias de gestação: Assimetria uterina, corno gestante “cabe na palma da mão”, flutuação, beliscamento presente (deslizamento das duas membranas:

parede uterina e alanto-coriônica), embrião com 3 a 5 cm de comprimento (Figura 13).

Figura 13 - Gestação gemelar de uma fêmea bovina com aproximadamente 45 dias

Fonte: Os autores.

(31)

31 Aos 60 dias de gestação: Assimetria uterina mais evidente, corno gestante pode ser facilmente contornado (bolsa uterina do tamanho de uma “bola de futebol de salão”), beliscamento presente, feto com 8 a 10 cm de comprimento (Figura 14).

Figura 14 - Gestação no corno esquerdo de uma fêmea bovina com aproximadamente 60 a 70 dias

Fonte: Os autores.

Aos 90 dias de gestação: Pronunciada assimetria uterina, corno gestante

ainda pode ser contornado (bolsa uterina do tamanho de uma “bola de basketball”),

beliscamento presente, flutuação, contrachoque do feto (Balotamento),

placentômeros palpáveis, feto com 10 a 20 cm de comprimento, cérvix na altura da

sínfise púbica (Figura 15).

(32)

32 Figura 15 - Gestação no corno direito de uma fêmea bovina

com aproximadamente 90 dias, corpo lúteo incluso

Fonte: Os autores.

Aos 120 dias de gestação (Figura 16): Útero descendo para cavidade abdominal, aumento acentuado do corno gravídico (balão), pode se palpar o corno gestante, mas não é possível contorná-lo, flutuação, contrachoque do feto (Balotamento), placentômeros palpáveis, feto com 20 a 40 cm de comprimento, inicia- se frêmito da artéria uterina e o processo da formação dos pelos (“encabelamento”).

Figura 16 - Gestação no corno direito de uma fêmea bovina com aproximadamente 120 dias

Fonte: Os autores.

(33)

33 Aos 150 dias (quinto mês) de gestação: Útero no assoalho da cavidade abdominal e não é palpável, placentômeros palpáveis com certa dificuldade, feto com 40 a 60 cm de comprimento, cérvix bem tracionada e caindo para a cavidade abdominal, frêmito da artéria uterina. Esta fase pode levar profissionais menos experientes a cometerem erro no diagnóstico de gestação, pois podem confundir o cérvix com cornos uterinos e os placentômeros com os ovários, diagnosticando a fêmea como não gestante (Figura 17).

Figura 17 - Gestação no corno direito de uma fêmea bovina com aproximadamente 150 a 160 dias

Fonte: Marcelo Diniz dos Santos.

Aos 180 dias (sexto mês) de gestação: Útero começa a subir, o feto é palpável, mas com certa dificuldade, com mais de 60 cm de comprimento, placentômeros palpáveis, cérvix menos tracionada, frêmito da artéria uterina.

Aos 210 dias (sétimo mês) de gestação: feto palpado com facilidade, com

mais de 60 cm de comprimento, localizado um pouco abaixo da região do vazio da

fêmea (na altura da última costela), placentômeros palpáveis. Externamente, por

inspeção observa-se assimetria do flanco que se acentua gradativamente.

(34)

34 Aos 240 dias (oitavo mês) de gestação: feto palpado com facilidade, com mais de 60 cm de comprimento, localizado na região do vazio da fêmea (na altura da sínfise pélvica). Externamente, por inspeção observa-se assimetria do flanco que se acentua gradativamente.

Aos 270 e 300 dias (nono e décimo mês) de gestação: feto palpado com facilidade, com mais de 60 cm de comprimento, insinuando na cavidade pélvica.

Externamente, por inspeção observa-se aumento da glândula mamária.

A seguir, a Tabela 2 apresenta parâmetros relativos ao desenvolvimento e determinação da idade de fetos bovinos.

Tabela 2 - Parâmetros relativos ao desenvolvimento e determinação da idade de fetos bovinos

* Medida da coluna vertebral a partir da articulação occipital até a primeira vértebra coccígia.

Fonte: adaptado de Grunert; Birgel (1989).

O conhecimento e compreensão dos conceitos básicos, elos e interfaces da anatomia, fisiologia e endocrinologia da reprodução, bem como da obstetrícia veterinária, são fundamentais para o sucesso das práticas reprodutivas.

Idade em meses

Peso do feto (kg)

Comprimento da coluna (cm)

*

Distribuição de pelos e aspecto dos

órgãos Placenta

pesos dos líquios fetais (kg) 1 0,002 0,8 a 2,2 Sem Pelos - reconhecimento da cabeça e

membros. Não diferenciada 0,03 a 0,08

2 0,01 a 0,03 6 a 7 Sem Pelos - reconhecimento dos cascos, oclusão do palato e do externo.

Cotilédones com 0,5

cm 0,15 a 0,5

3 0,2 a 0,3 8 a 13 Sem Pelos - reconhecimento dos

testículos. Placentação definida até 1,0

4 0,8 a 1,0 13 a 28

Pelos finos ao redor dos olhos - separação das unhas e coloração amarelada.

Placentomas com

6,5 x 6,5 x 2,0 cm 1,0 a 3,5

5 1 a 3 25 a 35

Pelos na região ocular, mento e lábios - reconhecimento dos tetos e dos testículos no saco escrotal.

Placentomas com

7,5 x 4,0 x 2,5 cm 4,0 a 8,0

6 3 a 8 25 a 50

Pelos no pavilhão auricular, na marrafa e na extremidadde da cauda. Todos os órgãos desenvolvidos.

Placentomas com

8,0 x 4,5 x 2,5 cm 4,0 a 8,5

7 8 a 15 42 a 60 Pelos nos membros até a região carpal.

Todos os órgãos desenvolvidos.

Placentomas com

11,0 x 5,0 x 2,8 cm 6,3 a 8,5

8 15 a 25 60 a 80 Pelagem completa, porém com pelos curtos. Todos os órgãos desenvolvidos.

Placentomas com

11,0 x 6,0 x 3,5 cm 8,0 a 12

9 20 a 45 65 a 85 Pelagem completa, com pelos normais.

Todos os órgãos desenvolvidos.

Placentomas com

14,0 x 6,5 x 4,5 cm 8,0 a 20

(35)

35 A avaliação do intervalo de partos e do período de serviço culminam na avaliação da eficiência reprodutiva de fêmeas bovinas, fornecendo valiosos índices que permitem definir a produção, a produtividade e a rentabilidade da exploração pecuária. Finalmente, é preciso notar que o levantamento desses índices passa, necessariamente, pelo diagnóstico de gestação, demonstrando a importância dessa técnica em todo o processo.

Por este fio condutor, recomendamos que os profissionais de Medicina Veterinária dominem, antes de tudo, a prática de palpação transretal de diagnóstico de gestação, antes de se utilizarem das ferramentas tecnológicas e precisas como o ultrassom e o doppler, recomendados para este fim.

Os autores esperam que a consulta deste manual, somada a informações

complementares, certamente melhorarem o embasamento, norteando o aprendizado

de acadêmicos e profissionais de Medicina Veterinária no desenvolvimento prático do

exame ginecológico e diagnóstico de gestação em bovinos.

(36)

36

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(37)

37 FERREIRA, A.M. Efeito da amamentação e do nível nutricional na atividade ovariana de vacas mestiças leiteiras. Viçosa, MG:UFV, 1990. 133p. Dissertação (Doutorado em Zootecnia) – Universidade Federal de Viçosa, 1990.

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