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RAQUITISMO. Para manter o canavial saudável, o melhor é prevenir

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Academic year: 2021

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Julho de 2017

Página 8 Página 10

Ano 2 • Nº 19 • Julho 2017

Coplana participa de feira na Áustria Página 6

Sistematização das áreas

na reforma Reforma no combate

ao bicudo

Para manter o canavial saudável, o melhor é prevenir

RAQUITISMO

Já é senso comum que o “raquitismo da soqueira” é uma das mais importantes doenças da cana-de-açúcar em todo o mundo. O raquitismo pode causar prejuízos de 5 a 30% da produtividade e infeccionar até 100% do canavial. “Não existe qualquer sintoma externo característico da doença que possa ser visualizado para o diagnóstico. É necessário fazer uma amostragem para avaliação em um centro especializado. No nosso caso, fazemos no IAC, em Ribeirão”, disse o produtor Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da Socicana. Ele reforça que um canavial mais antigo, que esteja debilitado, deve passar por esta avaliação. “E não tem o que fazer, se ve- rificar a doença, tem que erradicar o canavial e plantar outro”, resumiu Bruno.

Foto: Ewerton Alves

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Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A.

de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Júnior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - José Guilherme Nogueira • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, Igor Pizzo, José Marcelo Pacífico, Pablo Silva, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (produção de textos), Ewerton Alves, Daiana Scaldelai (gestão de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação). • Contatos: cemucci@socicana.com.br, pasgarbosa@coplana.

com, regiane@neomarc.com.br

Separação do material e coleta do caldo para análise

Fotos: Ronaldo Caporusso

A intensidade dos sintomas e as perdas são variáveis. Ambas dependem da cultivar, da idade da touceira e das condições climáticas, como a seca. Além destes fatores, sintomas e perdas po- dem estar associados aos seguintes aspectos:

estresse causado por herbicidas; ocorrência de outras doenças simultaneamente; tratos culturais inapropriados, como excesso de competição por plantas daninhas, excesso ou falta de nutrientes e compactação do solo. A doença se manifesta de modo mais claro nas soqueiras de variedades mais suscetíveis, nas quais pode-se observar outro sintoma, já interno à planta: o desenvolvimento de uma coloração alaranjada-claro a vermelha-escuro nos vasos que conduzem a água na planta (vasos xilema) na parte mais velha dos colmos maduros.

O raquitismo da soqueira é causado pela bac- téria Leifsonia xyli subsp. xyli, colonizadora dos vasos de xilema da planta. A transmissão se dá mecanicamente através do corte, quando as lâ- minas das colheitadeiras ou dos facões atingem uma planta doente e, posteriormente, uma planta sadia. Mesmo não havendo sintomas externos, é possível observar um subdesenvolvimento das plantas, intensificado a cada ciclo, determinando uma redução na longevidade do canavial. Esse subdesenvolvimento é, muitas vezes, confundido com deficiências nutricionais ou até mesmo com outras doenças.

Como se dá o controle?

Não há controle químico para a doença. A prin- cipal forma de controle é por meio de resistência varietal. No entanto, não é tarefa simples a seleção de variedades resistentes em função da dificulda- de do diagnóstico rápido e eficiente. Por ser facil-

mente transmitida por meio dos equipamentos, a desinfecção é um importante método para a prevenção. Dessa forma, as lâminas dos equi- pamentos usados para corte da cana devem ser desinfetados com amônia quaternária ou calor.

A transmissão ocorre também pelo uso de mudas doentes e pelo solo, visto que a perma- nência da bactéria no solo é de até seis meses.

Outra importante ação é o tratamento térmico dos toletes.

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Equipe da Socicana coleta amostras, realiza a extração do caldo e leva ao laboratório do IAC para a análise

Como ter certeza se existe

ou não contaminação no canavial?

O método imunológico Dot Blot é um dos mais adequados para avaliar o índice de contaminação da doença, visto que é eficiente, rápido e de baixo custo, capaz de identificar plantas contaminadas a partir do momento em que a concentração da bac- téria na planta atinge o nível de dano na lavoura.

Este exame laboratorial tem o objetivo principal de avaliar a incidência e determinar os níveis de infec- ção da bactéria em viveiros de mudas e canaviais comerciais, fornecendo subsídios para as medidas de controle.

Quando o produtor for realizar a reforma, as mudas para este plantio devem estar isentas de raquitismo, pois isso contribuirá decisivamente para uma longevidade do futuro canavial. Para se assegurar sobre a ausência de contaminação, o produtor pode utilizar MPB (Muda Pré-Brotada) de origem de meristemas ou de tratamento térmico.

Quando a origem das mudas não for por MPB, o produtor tem a opção de fazer o exame laboratorial deste material para detectar a presença do raqui- tismo. Ou ainda utilizar o teste para as mudas que serão multiplicadas no sistema MPB, garantindo um material isento da doença.

A Socicana pode ajudar

Os procedimentos para as coletas de amos- tras para diagnóstico, da extração da seiva do xilema e envio ao laboratório, podem ser requi- sitados à equipe técnica da Socicana. O produ- tor tem somente o custo da análise, que é feita pelo IAC (Instituto Agronômico).

Os produtores que estão utilizando o serviço garantem que estão atentos ao controle desta doença e, portanto, mais protegidos. “Trabalha- mos no manejo necessário de plantio, no trata- mento dos toletes e buscamos trabalhar com variedades resistentes ou tolerantes ao raqui- tismo”, explicou Guilherme Castro, produtor e agrônomo, portanto responsável por seu próprio manejo. O produtor Sérgio Nakagi conta que tem utilizado os serviços da Socicana para bus- car maior controle de doenças, como o raqui- tismo, além do levantamento e monitoramento de pragas como Sphenophorus, cigarrinha das pastagens e broca da cana. “Utilizei os serviços técnicos da Socicana para analisar a qualidade da cana para posterior colheita. Analisaram o ATR da cana. A Socicana viabiliza a análise de raquitismo, responsável por grandes quebras na produtividade. Coletaram o material, extraíram o suco de cada cana coletada em 100 recipientes e levaram até o laboratório do IAC, em Ribeirão Preto, para análise e identificação da bactéria.

As canas estavam limpas, ausentes de bacté- rias, e estes materiais analisados servirão para a produção de MPB, para o plantio em nossas áreas”, ressaltou Nakagi.

Fontes: Departamento Técnico da Socicana, IAC e Agência Embrapa de Informação Tecnológica.

Entre em contato com a Equipe Técnica da Socicana e solicite o serviço (16) 3251-9275.

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O dia 22 de junho foi marcan- te para professores das redes municipal e estadual de ensino de várias cidades da região, que conheceram de perto a cadeia produtiva do amendoim.

Inserido no “Programa Edu- cacional Agronegócio na Esco- la”, da Associação Brasileira de Agronegócios (Abag-RP), o gru- po visitou a Unidade de Grãos da Coplana, em Jaboticabal, e tam- bém teve uma “aula” de logística reversa, na Central de Recebi- mento de Embalagens Vazias de Defensivos, em Guariba.

Além disso, os 70 profes- sores participaram de um bate- -papo bem informativo com o presidente da Socicana, Bruno Rangel Geraldo Martins, e com o superintendente da Associa- ção, José Guilherme Nogueira.

Ambos deram detalhes sobre

Coplana e Socicana recebem professores da rede pública de ensino de toda a região

O grupo participou do “Programa Educacional Agronegócio na Escola”, da Abag-RP

como o associativismo e o co- operativismo têm sido importan- tes para o agronegócio não só brasileiro, mas mundial, e mos- traram um pouco do dia a dia da Socicana. As informações foram completadas pelo gerente Téc- nico Comercial de Insumos da Coplana, José Marcelo Pacífico, que traçou um panorama sobre o agronegócio no Brasil.

A apresentação no auditório da Socicana foi seguida de uma visita à Central de Recebimento de Embalagens, onde foram re- cebidos pelo responsável do se- tor, Fábio Elias Paiva, e pelo agrô- nomo Victor Righetto. Após ver in loco o processo de destinação correta de embalagens, os pro- fessores voltaram à Socicana para acompanhar a apresenta- ção dos gerentes Valdeci Malta da Silva e Roberto Moraes, que

mostraram um vídeo sobre a Co- plana e sobre o funcionamento da cadeia produtiva do amen- doim, por meio da reportagem veiculada na edição de aniversá- rio do Bom dia São Paulo.

A parte da tarde foi dedicada a uma visita à Unidade de Grãos, com passagem pelo Armazém de Amendoim em Casca, em se- guida pelo Beneficiamento, Blan- cheamento e, por fim, pelo Se- mielaborado. O comentário geral era de que o dia foi muito provei- toso no sentido dos professores entenderem um pouco mais ou- tros aspectos da cadeia produti- va e, neste sentido, sentirem-se mais capacitados para levar as informações aos seus alunos. A diretora de escola, Lucelena San- tos de Campos, de Guariba, apro- vou a iniciativa e disse que não é a primeira vez que participa des-

Professores da região na Central de Recebimento de Embalagens da Coplana

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te projeto, mas a cada participação aprende um pouco mais e, portanto, sente-se mais qualificada para replicar estas informações. A professora He- lenice Regazzi Carvalho, também de Guariba, con- corda. Segundo ela, sua escola está há oito anos neste projeto, que considera fundamental.

Sobre o projeto da Abag Ribeirão Preto

Entre as principais atividades da Abag-RP se destaca o Programa Educacional "Agronegócio na Escola", realizado mediante parcerias com as Se- cretarias Municipais de Ensino, da região de Ribei- rão Preto. O Programa, desenvolvido desde 2001, trabalha temas relativos ao Agronegócio com pro- fessores, coordenadores e alunos das duas últi- mas séries do ensino fundamental, jovens de 13 a 14 anos de idade. Seu principal objetivo é levar con- ceitos fundamentais do agronegócio aos alunos e, através de visitas às empresas associadas, pos- -sibilitar a conexão entre teoria e prática, levando a realidade do setor e da região para a sala de aula e vice-versa. Assim, é possível revelar a interdepen- dência campo-cidade, a dimensão do setor para a economia, valorizar as atividades agroindustriais locais e, com isso, a comunidade onde o aluno está inserido, e resgatar o orgulho de pertencer a esta região.

Mais informações sobre o programa:

www.agronegocionaescola.com.br

Fotos: Renata Massafera

Presidente da Socicana conversa com integrantes do Programa Visita à Central de Recebimento de Embalagens, em Guariba Visita à Unidade de Grãos

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Pablo Humberto Silva

Com o advento da total mecanização nas operações do sistema de cana crua, no fim da década de 1990, um tema bastante discutido e estudado por sua importância é a siste- matização das áreas no momento da reforma do canavial, a fim de propiciar um melhor rendimento das operações.

A colheita mecanizada sem a despalha por fogo deixou o solo totalmente encoberto por um colchão de palha, tra- zendo o pesadelo da compactação generalizada, diminuindo extremamente a taxa de infiltração de água nas lavouras ca- navieiras e incrementando bastante a erosão.

Portanto, é indispensável a adoção de um sistema que leve em consideração diversos aspectos, tais como as carac- terísticas do meio: tipo de solo, relevo, clima e cultura, com um manejo adequado, que permita a preservação das linhas da soqueira sem compactação, com benefícios agronômicos e conservação do solo e da água.

Este manejo adequado envolve:

• Práticas mecânicas de conservação do solo e da água;

• Sistema viário - posicionamento, forma e dimensões;

• Tipo de preparo do solo;

• Épocas do preparo, do plantio e da colheita;

• Uso de tecnologia embarcada, como piloto automático e GPS.

Tradicionalmente, tem-se o uso excessivo de terraços embutidos, com maiores áreas de matação; elevado número de carreadores, que propiciam perda de área útil da proprie- dade e baixo rendimento operacional de colheita.

Devemos evitar que imagens como estas se repitam nas propriedades agrícolas.

Sistematização de áreas na reforma do canavial

ARTIGO

Atualmente, faz-se necessário um planejamento que leve em conta todas as entradas de água externa, malha viária existente, preparo de solo adequado que seja capaz de minimizar a com- pactação, reduzir a quantidade de terraços embutidos, com a adoção de terraços de base larga para passantes e garantir uma taxa de infiltração de água de 50 a 70% nas linhas de cana e no seu entorno.

É importante também sempre viabilizar a formação de blo- cos de colheita, por época mais adequada aos diferentes tipos de solo; definir o tipo de preparo e momento de realizá-lo, na maioria das vezes com uma cobertura vegetal de crescimento rá- pido, não deixando este solo exposto, o que minimiza os riscos de erosão.

Em uma área piloto, onde realizamos o projeto e apresenta- mos os benefícios ao cooperado, houve redução de 56% no nú- mero de manobras e consequente economia de tempo. Também foi possível uma menor área de carreadores, o que propiciou a maximização de área útil plantada e maior rendimento operacio- nal de colheita.

Acima, área com excessivo número de terraços embutidos, o que deve ser evita- do. Abaixo, área alagada, o que pode ser evitado com planejamento adequado

Fotos: Depto. Tecnologia e Inovação/Mazza

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Diagnóstico encontrado na área com 4 terraços embutidos; área de carreador igual a 1,6 ha; número total de manobras de 2.516, que resulta num tempo de 42 horas de manobras

Projeto proposto, com 1 terraço embutido; área de carreador de 0,96 ha; número total de manobras de 1.102, que reduziria para 18 horas totais de manobras.

Além do mais, existe uma tendência das usinas de nossa re- gião, em beneficiar as áreas com melhor colheitabilidade, pois estas permitem uma economia em diesel por tonelada de cana colhida e maior aproveitando da hora/máquina.

A otimização dos amplos benefícios do plantio e da colheita mecanizados, com controle de tráfego, está vinculada ao desen- volvimento de sistematizações adequadas e sustentáveis, que sempre levem em consideração a conservação dos solos e da água, propiciando longevidade das soqueiras, com maior efici- ência operacional e com expressiva redução dos custos da me-

canização.

O departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação está preparado para oferecer este tipo de serviço aos seus coope- rados. Para mais informações, entre em contato por telefone (16) 3251-9241 ou e-mail: tecnologia@coplana.com.

Pablo Humberto Silva é Agrônomo e Gestor do Departamento de Tecnologia e Inovação da Coplana

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A Coplana participou, nos dias 21 e 22 de junho, da 17ª Snackex – Feira Internacional de Snacks, realizada em Viena, Áustria, e promo- vida pela Associação Europeia do setor. A iniciativa reúne a indústria mundial para a troca de informações e relacionamento entre os prin- cipais agentes do mercado da área de confeitos e petiscos.

Esta é a segunda edição em que a Cooperativa participa com stand próprio, fruto dos resultados positivos desde a primeira experi- ência, em 2015.

A participação na feira reforça a presença internacional da mar- ca Coplana em um dos principais eventos do segmento de snacks e, dessa forma, fortalece a abertura de novos mercados para o “Co- plana Brazilian Premium Peanut", amendoim altamente selecionado, que ocasionou uma mudança no status do produto no Brasil. Devido aos investimentos em qualidade no campo e pós-colheita, a Coplana conquistou certificações reconhecidas globalmente e a confiança de clientes extremamente seletivos como a Comunidade Europeia.

Coplana participa da 17ª

Snackex - uma das principais feiras internacionais

do setor de snacks

Stand da Coplana na 17ª Snackex, em Viena, na Áustria: da esquerda para a direita - o assistente de Comér- cio Exterior da Coplana, Leonardo Barbosa, o gerente de Comércio Exterior Robson Fonseca, o presidente da Coplana José Antonio de Souza Rossato Junior, o diretor secretário Francisco Antonio de Laurentiis Filho e a superintendente Mirela Gradim

A feira bienal engloba a ca- deia produtiva como um todo, e num mesmo local es- tão reunidos produtores de amendoim, tradings, fabri- cantes de máquinas e equi- pamentos para a indústria de alimentos, além das gran- des indústrias de confeitos e snacks.

Os benefícios deste tipo de posicionamento da Copla- na no mercado externo são múltiplos. Para o produtor cooperado, a participação consolida o perfil da Co- operativa, a cada dia mais preparada para atender às exigências do mercado mun- dial de amendoim. E para a cadeia produtiva brasileira, a ampliação dos canais de relacionamento no exterior valoriza o produto também no país.

A participação da Coplana, na Snackex, foi conduzi- da pelo departamento de Comércio Exterior da Co- operativa, capitaneado pelo executivo Robson Fonse- ca. E devido à relevância do evento, estavam presentes também, o presidente da Co- plana, José Antonio de Sou- za Rossato Junior, o diretor secretário Francisco Antonio de Laurentis Filho e a supe- rintendente Mirela Gradim.

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Controle mecânico, biológico e químico ou re- forma do canavial com rotação de cultura: estas foram as duas principais “armas” apresentadas pelo pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Prof. Dr. Newton Macedo, especia- lista em fitossanidade na cana-de-açúcar, para pro- teger os canaviais do Sphenophorus levis, conheci- do como bicudo da cana. Macedo esteve na Filial da Coplana, em Jaboticabal, no dia 20 de junho, ministrando palestra.

De acordo com o especialista, a variedade é um fator determinante de produtividade, mas a praga é um redutor desta produtividade. Então, não adian- ta plantar a variedade certa, adubar e tudo o mais se não fizer este controle. “O produtor pode que- brar se não controlar as pragas, porque vai perder muito dinheiro”, avaliou.

No caso do Sphenophorus levis, nova e resisten- te praga que cresceu assustadoramente depois que a cana passou a ser colhida sem a queima pré- via, o consultor alerta para a necessidade de ações ousadas: em áreas com altas infestações, quando se encontram mais de 35% de tocos atacados, o produtor tem que optar por reforma. Em áreas com infestação menor, são necessárias ações abrangentes, contínuas e de choque: Abrangentes - investimentos na formação de viveiros de mudas, capacitação de pessoas, controle em todas as áre-

Em altas infestações, reforma

é melhor alternativa contra o bicudo

as de ocorrência do inseto; contínuas e duradouras - monitoramento sistemático com levantamento em soqueiras e uso de inseticida quando neces- sário; ações de choque - uso de agroquímico com poder residual (60 dias).

De acordo com o entomologista, o Sphenopho- rus é uma praga diferente porque é lenta no desen- volvimento, mas cresce muito em volume de um corte para outro. “Por isso, fazer um bom trabalho na reforma do canavial e no controle das soquei- ras é fundamental. A eliminação mecânica deve ser feita em primeiro plano, uma vez que se este inseto permanecer na lavoura ele pode, no segun- do corte, acabar com o canavial. O bicudo da cana fica dentro da base da touceira, sendo difícil de ser atingido por inseticida. Ele dá mais prejuízo do que as demais pragas, e as próprias colhedeiras o dis- seminam, ou seja, seria ideal higienizá-las”, sugeriu o especialista.

Ele explica como identificar o Sphenophorus no campo de forma rápida e com custo mais baixo.

“Esta praga não abre galeria no solo ou fica no toco, sem contar que o inseto vive um bom tempo sem água e sem comida e o carcará come apenas os insetos jovens. Para ver se a praga está presente, é preciso limpar, puxar a palha, arrancar a touceira, contar o número de tocos e abrir com um facão”, informou.

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Observações e procedimentos

para áreas de renovação e soqueiras

O Eliminador de soqueira é eficiente na redução de populações da praga, mas tem custo inicial e operacional elevados, e baixo rendimento; Grades (aradora de 34"+ inter- mediária de 28") fazem trabalho equivalente a custos e tempo operacionais menores que o eliminador. Rotação de culturas (amendoim e soja) reduz a população de Sphenophorus. A seguir, cuidados importantes: 1) O momento da destruição é o período seco (junho a setem- bro) não fazendo em dias de chuvas e/ou solo muito úmido. Tanto o eliminador como a grade devem trabalhar levantando poeira; 2) Deve- -se passar o eliminador em faixas alternadas, com retorno em 15 dias para o bom secamen- to do material vegetal e a ação de predadores (principalmente carcarás). Depois da total eli- minação, passar uma grade, ainda no período seco; 3) Na destruição por grade, executar, no mínimo, três passadas (1ª grade de 34"; 2ª e 3ª de 28") cruzadas, espaçadas em uma semana entre elas, para secamento do material vegetal e do solo, causando a mortalidade das formas biológicas por exposição ao sol e pelos preda- dores; 4) Ambos os equipamentos (eliminador e grades) são eficientes na eliminação das formas jovens (ovos, larvas e pupas), mas não eliminam a maioria dos adultos; 5) Áreas com altas infestações, que não terão rotação de cul- tura, devem receber uma aplicação de insetici- da incorporado em área total na 3ª gradagem.

Obs.: Uso de glifosato antes da destruição; 6) O desaleiramento da palha da linha de cana, após a colheita, facilita a aplicação (cortando a soqueira), melhorando a performance dos pro- dutos; 7) Áreas cujo levantamento pós-colhei- ta indicarem presença da praga, mesmo com baixo índice de tocos atacados, devem receber o tratamento de soqueira em área total.

Para reduzir a disseminação

1) Áreas com mais de 30% de tocos atacados devem ir para a reforma imediatamente, para dimi- nuir a pressão da população em áreas vizinhas; 2) Para retardar a disseminação da praga, lavar ou de- sinfetar quimicamente (usando piretróides a 0,2%) as partes móveis das colhedoras e transbordos sempre que haja mudanças para diferentes blocos de colheita; 3) Tratar as soqueiras logo após a co- lheita, em operação, preferencialmente, cortando a linha, aplicando produtos com boa ação residual (ex: Regent DUO, 1,1 L/ha; Evidence 700WG, 1,3 a 1,5 Kg/ha; Engeo-Pleno,2,0 L/ha); 4) Fazer a elimi- nação mecânico-química de todas as formas bio- lógicas na reforma, por meio de rotação de cultura ou incorporação em área total de inseticida antes do plantio da cana, usando grade intermediária (28”); 5) Usar mudas isentas da praga: formar vivei- ros de mudas e mantê-los monitorados por meio de iscas até a fase do plantio comercial; 6) Em áreas de cana bis, fazer 2 tratamentos químicos da soqueira: 1º logo após a colheita, cortando a so- queira, e 2º na primavera/verão (drench - método de aplicação de inseticida para o controle em cana soca na época semiúmida e úmida); 7) Áreas de colheita precoce, com infestações entre 10 e 30%

de TA (tocos atacados), fazer 2 tratamentos quími- cos: 1º logo após a colheita, cortando a soqueira, e 2º na primavera/verão (drench); 8) Áreas com infestações superiores a 30% de TA, programar re- forma imediata.

Conteúdo extraído do trabalho do Prof Dr. New- ton Macedo sobre "Estratégias de Controle e Redu- ção na Disseminação de Sphenophorus levis"

Fotos: Ricardo Carvalho

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170 160 150 140 130 120 110 100 90

ATR Provisório Safra 17/18 -130,00 kg. ATR Provisório Safra 17/18 - 135,15 Kg. ATR Provisório Safra 17/18 – 136,74 kg.

SAFRA 16/17 SAFRA 17/18

ABR 1,40 1,47

2,00 1,90 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 -

R$/LITRO

MAI 1,39 1,41

JUN 1,50 1,33

JUL 1,50AGO 1,56SET 1,67OUT 1,86NOV 1,87DEZ 1,87JAN 1,82FEV 1,69MAR 1,53 MESES DA SAFRA

MESES DA SAFRA SAFRA 16/17 SAFRA 17/18

ABR 0,5881 0,6496

0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 -

R$/KG

MAI 0,5812 0,6401

JUN 0,5926 0,6233

JUL 0,6028AGO 0,6122SET 0,6273OUT 0,6459NOV 0,6624DEZ 0,6819JAN 0,6879FEV 0,6899MAR 0,6839

1,471,41 1,331,401,391,501,501,561,671,861,871,87 1,821,69 1,53 0,64960,64010,6233 0,58810,58120,59260,60280,61220,62730,68190,66240,66240,68790,68990,6839

1ª Q ABR 114,88 116,79

SAFRA 16/17 SAFRA 17/18 2ª Q ABR 118,25 115,05

1ª Q MAI

125,59 120,28

2ª Q MAI

123,10 123,10 1ª Q JUN 119,54 126,47 2ª Q JUN 124,27 131,39 1ª Q JUL 124,072ª Q JUL 130,141ª Q AGO 135,442ª Q AGO 123,851ª Q SET 135,262ª Q SET 138,641ª Q OUT 139,312ª Q OUT 132,851ª Q NOV 125,712ª Q NOV SAFRA 16/17SAFRA 17/18

Ev oluç ão do A TR Q uinz enal em U sinas da R egião - S afras 15/16 e 16/17 Númer os do S et or

ATR 1ª Q ABR 121,07 118,92

SAFRA 16/17 SAFRA 17/18 2ª Q ABR 123,03 120,48

1ª Q MAI

126,68 124,54

2ª Q MAI

125,42 127,46 1ª Q JUN 130,90 131,60 2ª Q JUN 132,75 136,33 1ª Q JUL 135,122ª Q JUL 135,351ª Q AGO 141,772ª Q AGO 140,781ª Q SET 139,612ª Q SET 142,461ª Q OUT 144,202ª Q OUT 138,331ª Q NOV 132,422ª Q NOV 128,44 SAFRA 16/17SAFRA 17/18

ATR

170 160 150 140 130 120 110 100 90

170 160 150 140 130 120 110 100 90 1ª Q ABR 119,78

SAFRA 16/17 SAFRA 17/18 2ª Q ABR 125,19 121,90

1ª Q MAI

124,80 127,35

2ª Q MAI

126,85 128,87 1ª Q JUN 127,63 133,63 2ª Q JUN 133,90 134,90 1ª Q JUL 133,422ª Q JUL 134,671ª Q AGO 137,662ª Q AGO 143,931ª Q SET 140,172ª Q SET 146,741ª Q OUT 149,642ª Q OUT 147,811ª Q NOV2ª Q NOV SAFRA 16/17SAFRA 17/18

ATR

USINA SANTA ADÉLIA

USINA BONFIM

USINA SÃO MARTINHO Fonte: Circular ConsecanaVariação do ATR Acumulado

MESES DA SAFRA SAFRA 16/17 SAFRA 17/18

ABR 72,20 72,58

100 80 60 40 20 -

R$/KG

MAI 68,85 68,91

JUN 73,36 67,94

JUL 82,37AGO 80,92SET 80,66OUT 85,46NOV 91,72DEZ 88,52JAN 80,45FEV 82,21MAR 77,96

72,58 68,9167,9472,20 68,8573,36

82,3780,9280,6685,4691,7288,52 80,4582,21 77,96 MESES DA SAFRA SAFRA 16/17 SAFRA 17/18

ABR 51,70 62,00

80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 -

R$/SC

MAI 51,87 60,88

JUN 55,24 56,83

JUL 56,84AGO 58,73SET 64,51OUT 66,96NOV 71,86DEZ 72,47JAN 67,63FEV 64,47MAR 64,52

62,0060,88 56,83 51,7051,8755,2456,8458,7364,5166,9671,8672,47 67,63 64,4764,52

Fonte: Circular ConsecanaVariação do Açúcar VHP CEPEA

Fonte: Circular ConsecanaVariação do Etanol Hidratado Carburante CEPEA Fonte: Circular ConsecanaVariação Do Açúcar Branco Mercado Interno - Cepea 128,44132,42138,33144,20142,46139,61140,78141,77 135,35135,12 132,75

130,90 125,42

126,68123,03121,07 120,48124,54 127,46 131,60

136,33 118,92

118,25

135,59123,10 119,54124,27 124,07130,14135,44 123,85 135,26138,64139,31 132,85 125,71 114,88116,79 115,05120,28123,10

126,47131,39 121,90 109,85

119,68124,35

128,40 128,36

127,35128,87133,63134,90 119,78125,19 124,80126,85127,63133,90

133,42134,67137,66143,93140,17146,74149,64147,81 ATR Provisório Safra 17/18 – 136,74 kg.

170 160 150 140 130 120 110 100 901ª Q ABR 113,81

SAFRA 16/17 SAFRA 17/18 2ª Q ABR 120,63 109,85

1ª Q MAI

126,54 119,68

2ª Q MAI

126,63 124,35 1ª Q JUN 123,52 128,40 2ª Q JUN 129,43 128,36 1ª Q JUL 134,082ª Q JUL 135,861ª Q AGO 141,462ª Q AGO 144,501ª Q SET 145,242ª Q SET 150,071ª Q OUT 147,212ª Q OUT 144,821ª Q NOV 136,132ª Q NOV SAFRA 16/17SAFRA 17/18

ATR

USINA PITANGUEIRAS 113,81

120,63126,54126,63 123,52 129,43134,08135,86141,46144,50145,24150,07147,21 144,82 136,13

Referências

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