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Acolhimento à demanda espontânea em uma unidade básica de saúde da família do município de Chapada da Natividade - TO

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

FERNANDA DE OLIVEIRA COSTA

ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE CHAPADA DA NATIVIDADE -TO

São Luís 2016

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FERNANDA DE OLIVEIRA COSTA

ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPÔNTANEA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICIPIO DE CHAPADA DA NATIVIDADE-TO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Universidade Federal do Maranhão/UNASUS, para obtenção do título de Especialista em Atenção Básica em Saúde.

Orientador (a):Antonia Iracilda e Silva Viana.

São Luís 2016

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Costa, Fernanda de Oliveira

Acolhimento à demanda espontânea em uma unidade básica de saúde da família do município de Chapada da Natividade -TO/Fernanda de Oliveira Costa. – São Luís, 2016.

23 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Atenção Básica em Saúde) - Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde - PROGRAMA MAIS MÉDICOS, Universidade Federal do Maranhão, UNA- SUS, 2016.

1. Acolhimento. 2. Estratégias. 3. Saúde da Família. I. Título.

CDU 159:614

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FERNANDA DE OLIVEIRA COSTA

ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPÔNTANEA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICIPIO DE CHAPADA DA NATIVIDADE-TO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Universidade Federal do Maranhão/UNASUS, para obtenção do título de Especialista em Atenção Básica em Saúde.

Aprovado em / /

BANCA EXAMINADORA _____________________________

Profa. Antonia Iracilda e Silva Viana (Orientadora) Mestre em Saúde Coletiva

Universidade Federal do Maranhão

_____________________________

Membro da banca Maior titulação Nome da Instituição

_____________________________

Membro da banca Maior titulação Nome da Instituição

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RESUMO

O intuito de sanar os problemas ocasionados pelo fluxo desorganizado, grande demanda e desgaste dos profissionais, culminou na proposta de implantação do acolhimento com classificação de risco na Unidade de Saúde da Família Emílio Antônio Araújo, no município de Chapada da Natividade, situado no interior do Tocantins. O trabalho teve sua realização organizada em três etapas: construção da proposta de intervenção, execução do plano de ação, e por fim, aferição dos impactos gerados pela execução da proposta, na primeira etapa se deu a pesquisa teórica relacionada aos temas principais do plano de ação, na segunda etapa houve a realização de duas reuniões quinzenais, com todos profissionais, para discussão do impacto da intervenção e mudanças no processo de acolhimento para profissionais e usuários e elencadas readequações necessárias para melhoria do processo, na terceira etapa a opinião dos usuários das treze micro áreas foi avaliada através de roda de conversa, em sala de espera, trinta dias após o inicio do plano de ação. O desfecho da implantação do acolhimento foi positivo, reduzindo o estresse e sobrecarga da equipe, proporcionando maior segurança e conhecimento para avaliar e classificar os usuários com a educação continuada e a satisfação dos usuários constatada.

Palavras-chave: Acolhimento. Estratégias. Saúde da Família.

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ABSTRACT

In order to remedy the problems caused by disorganized flow, great demand and wear of professionals, culminated in the proposal of implementation of receiving with risk classification in the Family Health Centre Emílio Antônio Araújo, in the municipality of Chapada da Natividade, Located inside the Tocantins. The work was organized in three steps: Proposal’s construction of intervention, Execution of the plan action, and finally, checking of the impacts caused by the proposal’s implementation, in the first step was made the theoretical research related to the main themes of the action plan, in the second step there was two fortnightly meetings, with all professionals, in order to discuss the impact of the intervention and changes on the process of receiving for professional and users and necessary readjustments for improving of the process, in the third step the opinion of the users of the thirteen micro areas was evaluated through conversation circle, in waiting room, thirty days after the beginning of the action plan.

The upshot of the receiving implementation was positive, decreasing the stress and overburden of the staff, providing greater security and knowledge to evaluate and classify the users always in a politely way and the satisfaction of the users found.

Keywords: Receiving. Strategies. Family Health.

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SUMÁRIO

p.

1 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO... 6

1.1 TÍTULO... 6

1.2 EQUIPE EXECUTORA... 6

1.3 PARCERIAS INSTITUCIONAIS ... 6

2 INTRODUÇÃO... 6

3 JUSTIFICATIVA... 8

4 OBJETIVOS... 9

4.1 Geral... 9

4.2 Específicos... 9

5 METAS... 10

6 METODOLOGIA ... 11

7 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES... 13

8 IMPACTOS ESPERADOS... 14

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 14

REFERÊNCIAS... 16

ANEXOS... 18

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1 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

1.1 TITULO

Acolhimento à demanda espontânea em uma unidade básica de saúde da família do município de chapada da Natividade-TO.

1.2 EQUIPE EXECUTORA

Fernanda de Oliveira Costa

Antonia Iracilda e Silva Viana

1.3 PARCERIAS INSTITUCIONAIS

Secretaria Municipal de Saúde de Chapada de Natividade Tocantins

Unidade de Saúde da Família Emílio Antônio.

2 INTRODUÇÃO

O acolhimento pode ser definido de maneiras variadas, para Brasil (2010), acolher é admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir. O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação.

A ideia de acolhimento no âmbito da saúde já reúne uma farta experiência em diversos serviços de saúde do SUS. O ministério da saúde elenca o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância ética/estética/política da Política Nacional de Humanização (PNH). Dentro dessa diretriz existe um dispositivo relevante: o acolhimento com classificação de risco, uma ferramenta de organização da "fila de espera" no serviço de saúde, para que aqueles usuários que precisam mais sejam atendidos com prioridade, e não por ordem de chegada. Entretanto a prática dessa diretriz ainda é um desafio para muitas unidades de saúde da família (BRASIL, 2010).

Apesar dos grandes avanços dos sistemas vigentes, ainda há muitos entraves nos modelos de atenção à saúde, destacam-se aqueles relativos ao acesso e acolhimento. É notável o aumento da demanda nas Unidades de Saúde, criada pela ampliação qualitativa da universalidade, a quantidade de pessoas que querem ser

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atendidas sem nenhum critério, se não a ordem de chegada é uma realidade em todo Brasil (SILVA, 2011).

O município de Chapada da Natividade, situado no interior do Tocantins, possui 4.205 habitantes, entre estes 2.858 são moradores da zona rural (Dados retirados do diagnóstico situacional da USF de Janeiro de 2015), possui 100% de sua área coberta pela Estratégia de Saúde da Família, conta com 13 agentes comunitários de saúde (ACS) na equipe, sendo a mesma a única opção dos usuários do SUS no município, uma vez que a atenção secundária e terciária é ofertada em cidades vizinhas. A ESF está localizada em uma unidade própria denominada Unidade de Saúde da Família Emílio Antônio Araújo.

O acesso a outros centros de saúde na região do município de Chapada de Natividade é dificultado pela distância entre os municípios o que sobrecarrega o atendimento na Unidade de Saúde, que acaba sendo o principal serviço de saúde ofertado na localidade, gerando atendimento desorganizado, voltado para a ação curativa e não preventiva. Segundo Silva (2011), essa situação descaracteriza a Estratégia de Saúde da Família, cuja atenção à saúde deve estar centrada no usuário e não na doença.

Existe dificuldade em realizar o acolhimento da demanda espontânea, além de não haver organização do processo de trabalho como um cronograma semanal a ser seguido, agendamento de consultas, grupos de prevenção, reuniões de equipe ou outras tarefas propostas pela estratégia de saúde da família situação que ocasiona desgaste dos usuários e profissionais.

Os usuários começam a chegar na USF às 04 horas da madrugada a fim de obter uma vaga para consulta, muitos desistiam e frustrados voltavam sem conseguir atendimento, as recepcionistas sofriam maus tratos verbais por negar fichas, além de classificações equivocadas quanto ao grau de risco dos usuários. Por fim, saiam pacientes insatisfeitos e profissionais desestimulados, para os usuários da zona rural a dificuldade era maior devido à distância.

Visando melhorar o processo de trabalho de todos os profissionais da USF, diminuir a demanda, organizar o serviço e melhorar o acolhimento ao paciente, foi proposto um Plano de Ação baseado na educação continuada voltada para a humanização do atendimento, acolhimento à demanda espontânea e classificação de risco, abertura de agenda e um cronograma de atividades, tornando eficaz o processo de trabalho e, principalmente, elevando a qualidade no atendimento.

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O acolhimento no campo da saúde deve ser estendido, trazendo uma postura ética que implica na qualificação de escuta, construção de vínculo, garantia do acesso com responsabilização e resolutividade nos serviços. As possibilidades de acolhimento são muitas e o importante é que as melhorias sejam feitas com a participação de toda a equipe que trabalha no serviço (BRASIL, 2010).

3 JUSTIFICATIVA

O interesse pelo acolhimento surgiu devido observação no ambiente de trabalho como médica da Estratégia de Saúde da Família, como Provab, em Chapada de Natividade-TO, onde o atendimento era por ordem de chegada, sem organização de horários, o que gerava aglomeração na USF e pessoas permanecendo longas horas nas filas, aguardando o início do atendimento. Tal prática, também dificultava o acesso dos usuários residentes na zona rural.

O acolhimento é de suma importância para a sistematização do atendimento na atenção básica, se faz necessário devido grande demanda na atenção primária que também é porta de entrada dos usuários, deve ser realizado de forma humanizada buscando evitar filas, minimizando assim a dificuldade de acesso ao atendimento.

Acolhendo e classificando de acordo com as prioridades de cada usuário, promovendo a criação de vínculos entre os mesmos e a equipe, além de garantir a equidade e universalidade preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a implantação da Política Nacional de Humanização (PNH), em 2004, o acolhimento em todos os níveis de atenção à saúde, principalmente primária e urgência e emergência, torna-se, não apenas viável, mas necessária, como forma de atender prontamente os usuários de acordo com a necessidade, deixando para trás o modelo arcaico de filas e ordem de chegada. Trazendo empoderamento aos sujeitos e satisfação dos mesmos quando este processo é efetivo.

No atendimento da Estratégia Saúde da Família (ESF) acolher constitui estabelecer o processo de trabalho dos profissionais, com acesso qualificado e conversação com os usuários para contrapor às suas demandas. Para tanto o uso de protocolos é necessária, pois são instrumentos que auxiliam na noção racional do atendimento em uma Unidade de Saúde da Família ao reger o fluxo de pessoas em ajuste com o cronograma de atendimento (DA SILVA, DE CARVALHO e SANTOS, 2013).

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Com o intuito de sanar os problemas ocasionados pelo fluxo desorganizado, grande demanda e desgaste dos profissionais, surgiu a proposta de implantação do acolhimento com classificação de risco na Unidade de Saúde da Família Emílio Antônio Araújo, essa proposta se torna viável pois propende a diminuir a demanda, organizar o serviço e melhorar o acolhimento ao paciente, tem apoio da secretaria municipal de saúde do Município de Chapada de Natividade e da equipe de Estratégia de Saúde da Família da USF e resultará na melhor qualidade do atendimento e facilidade de acesso por parte dos usuários.

Como o município é pequeno, com 4.205 pessoas acompanhadas pela ESF, sendo a maioria moradora da zona rural, a USF desempenha o papel de Atenção Básica e Unidade de Pronto Atendimento, o que reforça a necessidade de classificação de risco e demanda espontânea. Não seria justo um usuário chegar as 07h00min horas na USF com cólica renal e não conseguir atendimento porque as vagas estão esgotadas ou porque as vagas de demanda amarela já foram preenchidas.

Foi com base nesses argumentos que conseguimos a adesão dos profissionais de saúde e apoio para implantar o plano de ação de acolhimento com demanda espontânea. Não foi fácil, sempre encontramos mais pessoas para reclamar do que para apoiar. Mas com persistência e compromisso, iniciamos o processo, que teve que passar por readequações, foi difícil a princípio convencer os usuários que a mudança seria para melhor.

4 OBJETIVOS

4.1 Geral

Implantar a estratégia de acolhimento a pacientes de demanda espontânea na Unidade de Saúde da Família de Chapada de Natividade-TO.

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10

4.2 Específicos

Elaborar proposta de educação continuada para a humanização do atendimento na Unidade de Saúde de Chapada de Natividade-TO.

Implantar acolhimento com classificação de risco na Unidade de Saúde de Chapada de Natividade.

Verificar a opinião dos usuários quanto ao acolhimento implantado de Chapada de Natividade.

5 METAS

Realizar roda de conversa para a consolidação do conhecimento sobre acolhimento e classificação de risco, com material de apoio com base nas cartilhas da PNH. Discussão e pactuação com toda a equipe dos passos a serem trilhados para efetiva implantação do acolhimento na UBS.

A expectativa foi capacitar pelo menos 90% dos servidores da USF, dentre administrativos, técnicos de enfermagem, enfermeiro, médico e agentes comunitários de saúde. A demanda será realizada através de agendamento semanal de 60% das vagas para médico e enfermeiro e 40% por demanda espontânea diária, no período matutino e vespertino.

Por fim verificação da opinião dos usuários quanto ao novo método de acolhimento, foram convidados 2,73% dos usuários. A princípio através de roda de conversa realizada com representantes de cada micro área de abrangência da USF.

Vale destacar que a proposta inicial esteve aberta a modificações a serem sugeridas pelos profissionais e usuários.

6 METODOLOGIA

O trabalho teve sua realização organizada em três etapas: construção da proposta de intervenção, execução do plano de ação, e por fim, aferição dos impactos gerados pela execução da proposta. Inicialmente foi selecionado material de apoio

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nas cartilhas da PNH sobre o acolhimento e classificação de risco, para sensibilizar os profissionais quanto ao processo de atendimento humanizado.

Na primeira etapa se deu a pesquisa teórica relacionada aos temas principais do plano de ação: acolhimento, humanização, classificação de risco e organização dos processos de trabalho da Unidade Básica de Saúde. Diante da pesquisa dos referenciais teóricos, foi selecionado o material de apoio (Anexo) para sensibilização e educação continuada dos profissionais da Unidade de Saúde quanto aos assuntos propostos, sendo ministrado por profissional de nível superior.

Na metodologia de reunião em Roda de Conversa foi apresentado o Plano de Ação. Na ocasião ocorreu a atualização dos profissionais administrativos, técnicos de enfermagem, enfermeiro, médico e agentes comunitários de saúde, sobre a PNH e o acolhimento humanizado com classificação de risco ministrado pela autora, Dra Fernanda, em 1(um) encontro. Nesta ocasião foi elaborada uma proposta de intervenção voltada para suprir as reais necessidades dos usuários, de acordo com os resultados obtidos a partir da Roda de Conversa com os profissionais da Unidade de Saúde, priorizando o atendimento de acordo com a gravidade e situação de saúde de quem procura a USF.

Assim, foi acordada a sistematização do acolhimento à demanda espontânea com classificação de risco, criação de cronograma, com organização de agendamento de consultas e de horários pré-definidos para o acolhimento, triagem e atendimentos já agendados de cuidado continuado, para evitar filas de espera e demora no atendimento.

Na segunda etapa, posteriormente ao início do acolhimento pactuado, houve a realização de duas reuniões quinzenais, com todos profissionais, para discussão do impacto da intervenção e mudanças no processo de acolhimento para profissionais e usuários e elencadas readequações necessárias para melhoria do processo.

A resistência, insatisfação e reclamações dos usuários ao acolhimento, dificultaram a classificação dos mesmos, demandando tempo para explicações sobre o processo durante o atendimento inicial de forma individual. Em reunião com os profissionais foi decidido que no primeiro mês, antes de iniciar o acolhimento, um profissional, deverá explicar a todos os usuários presentes, sobre a nova forma de acolhimento, evitando assim ter que repetir a explicação. Os profissionais da recepção e agentes comunitários de saúde deverão também informar e sanar dúvidas sobre o acolhimento com classificação de risco e prioridades.

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Foi acordado que em cada período de trabalho, um profissional é responsável para explicar a todos na sala de espera, sobre as mudanças no agendamento e a forma de atendimento conforme classificação de risco, respondendo às dúvidas dos mesmos, a fim de reduzir o tempo de atendimento, no momento da classificação, enquanto se fizer necessário.

Na terceira etapa a opinião dos usuários das treze micro áreas foi avaliada através de roda de conversa, em sala de espera, trinta dias após o inicio do plano de ação. Foram convidados cinco usuários de cada micro área, totalizando 65 (2,73%) dos usuários da área de abrangência da USF, apenas 48 usuários (2,02%) dos usuários convidados compareceram, foram feitas críticas e sugestões ao acolhimento, os usuários, em sua maioria, aprovaram a demanda espontânea, perceberam as mudanças positivas, como redução das filas e do tempo de espera, muitos disseram:

“não é mais necessário madrugar na fila.”

A maioria aprovou o acolhimento por demanda espontânea, devido redução de filas e de tempo de espera, os que residem mais distante da USF também aprovaram tendo em vista muitas vezes, não conseguirem atendimento por não ter como chegar de madrugada na unidade como ocorria anteriormente para conseguir atendimento.

As poucas queixas foram de usuários que exigiam prioridade e continuidade do atendimento por ordem de chegada, tais usuários em geral residem próximo a USF o que facilita o acesso à mesma.

O desfecho da implantação do acolhimento foi positivo, reduzindo o estresse e sobrecarga da equipe, proporcionando maior segurança e conhecimento para avaliar e classificar os usuários com a educação continuada. A melhoria do vínculo entre profissionais e usuários foi evidente, a atualização do conhecimento dos mesmos quanto à forma de acolhimento os fez colaboradores e sujeitos do processo.

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7 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES Junho 2015 Julho 2015 Agosto 2015 Setembro 2015 Outubro 2015 Novembro 2015 Dezembro 2015 Janeiro 2016 Escolha do

Plano de

Ação. X

Pesquisa

Bibliográfica X Estudo do

Cenário de

Intervenção X

Agendamento das Reuniões

com a Equipe X

Início da educação continuada com a Equipe.

X

Implantação do Acolhimento

X Roda de

Conversa para discussão dos Impactos

com equipe

X

Roda de Conversa Opinião dos

Usuários

X

Roda de Conversa Discussão dos Impactos

com equipe

X

Redação e Correção do

TCC.

X X X

Apresentação

do TCC X

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8 IMPACTOS GERADOS

Entre os impactos gerados durante a execução do plano de ação, destacam-se as dificuldades encontradas para a aceitação das mudanças propostas tanto por parte dos servidores quanto por parte dos usuários. Após os devidos ajustes e discussões foi evidente a ampliação do acesso aos diversos serviços ofertados na UBS, favorecendo, principalmente as micro áreas da zona rural.

Observou-se o fortalecimento do vínculo entre a comunidade e a equipe da Estratégia Saúde da Família, além do aumento da resolubilidade dos serviços, gerando uma maior responsabilização da equipe pela comunidade. Houve melhoria da qualidade do acolhimento pela equipe, facilitando o agendamento de acordo com a classificação o que proporcionou maior satisfação dos usuários por perceber em todos os servidores o interesse em ouvir, em acolhê-los, valorizando seus anseios, suas queixas, seus medos.

A implantação do acolhimento à demanda espontânea ampliou a clientela, viabilizando o atendimento de condições agudas de forma eficiente e rápida e demais demandas em curto prazo, sem deixar de valorizar os grupos e o cuidado continuado, reduzindo reclamações e aumentando a confiabilidade em relação à equipe e ao atendimento prestado. Assim a Unidade de Saúde da Família passa a cumprir seu papel como porta de entrada dos usuários do SUS.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano de Ação para acolhimento realizado na Unidade de Saúde Emílio Antônio Araújo foi proposto com intuito de melhorar a acessibilidade e equidade no atendimento. Levando em consideração não apenas a ordem de chegada, mas a necessidade de cada usuário, a classificação de risco é necessária para definir de forma justa a ordem do atendimento imediato ou não.

A Política Nacional de Humanização (PNH) foi utilizada para nortear e planejar as mudanças no acolhimento. A classificação de risco já é muito utilizada em várias unidades da atenção básica e nas de pronto atendimento. O que já favorece a implantação tendo em vista que usuários e profissionais já tiveram contato com este tipo de demanda.

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Mudanças em geral são motivos de descontentamento e desconfiança, por exigir, esforço e estudo. Os profissionais se acomodam na forma de atendimento utilizada e dizem que sempre foi assim e funcionou. Porém, assim como o SUS é um processo em construção devemos todos contribuir para a melhoria do atendimento, proporcionando a igualdade de oportunidades a todos os usuários e dando prioridade aos casos agudos que exigem intervenção rápida.

As rodas de conversas com a equipe demonstraram a necessidade de realização de educação continuada para empoderamento dos usuários e segurança dos profissionais no momento da classificação, devido embasamento teórico acerca dos critérios de classificação, realizando escuta atenta e imparcial.

O resultado foi como esperado, os objetivos foram todos alcançados iniciando pela proposta de educação continuada voltada para a humanização do atendimento na Unidade Emílio Antônio; o acolhimento com classificação de risco foi implantado e a satisfação dos usuários quanto ao acolhimento instituído foi constatada.

Proporcionar a implantação do acolhimento foi bem mais do que um trabalho acadêmico foi uma experiência única e que representa uma contribuição importante para a melhor qualidade no acolhimento realizado na Unidade de Saúde de Chapada de Natividade, Estado do Tocantins. É o poder da educação melhorando cada vez mais as condições de trabalho e atendimento na atenção básica.

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REFERÊNCIAS

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Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 290 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II).

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de humanização. Atenção Básica / ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humanizasus: Acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

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DA SILVA, Ethel Araújo Fialho; DE CARVALHO, Mariana Troccoli; SANTOS, Lara Ximenes. Elaboração e implantação de um protocolo de acolhimento. Anais do CBMFC, n. 12, p. 578, 2013.

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<http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v35n2/a09v35n2.pdf> Acesso em Julho 2015.

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ANEXOS

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19

(22)

20

(23)

21

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22

Fonte: Cadernos de Atenção Básica n. 28. Pág 28

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Fonte: Cadernos de Atenção Básica n. 28. Pág 19.

Referências

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