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REVISTA DE DIREITO INTERNACIONAL

BRAZILIAN JOURNAL OF INTERNATIONAL LAW

Editores responsáveis por essa edição:

Professor Marcelo Dias Varella Professor Nitish Monebhurrun Professora Michelle Raton Sanchez Badin

Professor Fabio Costa Morosini Professor Lucas Tasquetto

Revista de Direito Internacional

Brazilian Journal of International Law Brasília v. 13 n. 1 p. 1 - 463 jan-jun 2016 ISSN 2237-1036

(3)

REVISTA DE DIREITO INTERNACIONAL BRASILIAN JOURNAL OF INTERNATIONAL LAW Programa de Mestrado e Doutorado em Direito Centro Universitário de Brasília

Reitor

Getúlio Américo Moreira Lopes

Presidente do Conselho Editorial do UniCEUB Elizabeth Regina Lopes Manzur

Diretor do ICPD

João Herculino de Souza Lopes Filho

Coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado e Editor Marcelo Dias Varella

Linha editorial

A Revista de Direito Internacional (RDI) foi criada como instrumento de vinculação de trabalhos acadêmicos relacionados a temáticas tra- tadas pelo Direito Internacional Público e Privado. A revista é sucessora da Revista Prismas, que foi dividida em dois periódicos (junto com Revista Brasileira de Políticas Públicas), em virtude da quantidade de submissão de artigos e procura. Na busca pelo desenvolvimento e construção de visões críticas a respeito do Direito Internacional, a RDI possui sua linha editorial dividida em dois eixos:

1. Proteção internacional da pessoa humana: abrange questões referentes ao direito internacional ambiental, direito humanitário, inter- nacionalização do direito, além de pesquisas sobre a evolução do direito dos tratados como forma de expansão do direito internacional contemporâneo.

2. Direito Internacional Econômico: abrange questões referentes aos sistemas regionais de integração, direito internacional econômico e financeiro e solução de controvérsias comerciais e financeiras. A RDI busca incentivar a pesquisa e divulgação de trabalhos relacionados as disciplinas voltadas para o estudo do Direito Internacional publicando artigos, resenhas e ensaios inéditos. A revista está aberta às mais diversas abordagens teóricas e metodológicas impulsionando a divulgação, o estudo e a prática do Direito Internacional.

Comitê editorial

Alice Rocha da Silva, Centro Universitário de Brasília

Cláudia Lima Marques, Universidade Federal do Rio Grande do Sul José Augusto Fontoura Costa, Universidade de São Paulo Julia Motte Baumvol, Université d’Evry Val d’Essonne

Nádia de Araújo, Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro Nitish Monebhurrun, Centro Universitário de Brasília

Layout capa

Departamento de Comunicação / ACC UniCEUB Diagramação

S2 Books Disponível em:

www.rdi.uniceub.br Circulação

Acesso aberto e gratuito

Matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores.

Citação parcial permitida com referência à fonte.

(4)

Revista de Direito Internacional / Centro Universitário de Brasília, Programa de Mestrado e Doutorado em Direito, volume 12, número 1 - . Brasília : UniCEUB, 2011- .

Semestral.

ISSN 2237-1036

Disponível também on-line: http://www.rdi.uniceub.br/

Continuação de: Revista Prismas: Direito, Políticas Públicas e Mundialização. Programa de Mestrado em Direito do UniCEUB.

1. Direito Internacional. 2. Políticas Públicas. 3. Mundialização. I. Programa de Mestrado em Direito do UniCEUB. II. Centro Universitário de Brasília.

CDU 34(05)

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Reitor João Herculino Endereço para Permuta

Biblioteca Reitor João Herculino SEPN 707/907 Campus do UniCEUB Cep 70790-075 Brasília-DF Fone: 61 3966-1349

e-mail: biblioteca@uniceub.br

(5)

Sumário

D

ossiê

T

emáTico

: D

ireiTo

i

nTernacional

e

conômico

...1

e

DiTorial

: r

esulTaDosDa

iii c

onferência

B

ienalDa

r

eD

Dei ... 3

Michelle Ratton Sanchez-Badin (em nome da Diretoria da Red DEI), Fabio Costa Morosini e Lucas da Silva Tas- quetto (em nome dos organizadores da III Conferência da Red DEI)

D

ireiTo

i

nTernacional

e

conômicono

B

rasil

:

quemsomoseoquefazemos

? e

viDências empíricasDe

1994

a

2014 ... 6

Michelle Ratton Sanchez Badin, Fabio Costa Morosini e Inaê Siqueira de Oliveira 1. Introdução: Direito Internacional Econômico enquanto campo e o seu mapeamento empírico .... 7

2. Características demográficas ... 9

3. Dedicação à pesquisa e ao ensino ...11

4. Síntese: quem somos ...13

5. A compreensão do campo a partir dos cursos ministrados no Brasil ...13

Descrição da metodologia ... 13

Os espaços de ensino do professor em DIE ... 14

Os temas de ensino do professor de DIE ... 14

A cronologia do ensino em DIE no Brasil e seus agentes ... 15

Síntese: o que o mapeamento do ensino mostra? ... 16

6. A compreensão do campo com base nas atividades de pesquisa no Brasil ...16

Descrição da metodologia ... 16

Livros, coletâneas e capítulos sobre DIE ... 17

Artigos sobre DIE publicados em periódicos científicos ... 19

A formação de recursos humanos em DIE, em nível de pós-graduação ... 20

Síntese: o que o mapeamento da pesquisa mostra? ... 22

7. Considerações finais ... 23

Referências Bibliográficas ... 23

u

mespaçoparapensaremalTernaTivas

?

aacaDemia

l

aTino

-a

mericanaDe DireiToin

-

TernacionaleconômicofrenTeàorDemeconômicagloBal

...27

Nicolás Marcelo Perrone 1. Introdução ... 28

(6)

2. A função do direito internacional econômico: “ordenar” as relações econômicas internacionais 30

a. Ordenando o mundo criamos um mundo ... 30

b. A indeterminação das regras, as racionalidades do direito internacional econômico e o problema da ordem ....31

3. O direito internacional e suas principais racionalidades: reconhecimento político e econômico na américa latina ... 32

a. A aspiração a ser parte dos países civilizados: igualdade e soberania ... 33

b. A aspiração a ser parte do mundo desenvolvido: igualdade, desenvolvimento e rule of law ... 34

4. A academia latino-americana de direito internacional econômico e sua contribuição à ordem eco- nômica global... 37

a. A contribuição por meio do ensino ... 37

b. A contribuição por meio da defesa dos interesses do Estado ... 38

c. A contribuição por meio da pesquisa ... 39

5. Considerações finais ... 40

Referências bibliográficas ...41

g

rupoDealTonível

B

rasil

- u

ruguai

(gan):

umnovo paraDigmaparaainTegração proDuTivano

mercosul ...45

Alebe Linhares Mesquita e Vivian Daniele Rocha Gabriel 1. Introdução ... 46

2. Mercosul e o comércio de bens intra e extrabloco ... 46

3. O grupo de alto nível Brasil – Uruguai (GAN) ...51

4. Comércio bilateral de bens entre Brasil e Uruguai ... 53

5. Iniciativas de integração produtiva entre Brasil Uruguai ... 55

6. Considerações finais ... 58

Referências bibliográficas ... 59

o

comércioDeserviçosenTre

B

rasile

u

ruguai

:

liBeralização

,

DesafioseperspecTivas DoseTorDe TecnologiaDainformaçãoecomunicação

(Tic)

esofTwares

...62

Vivian Daniele Rocha Gabriel e Alebe Linhares Mesquita 1. Introdução ... 63

2. A regulamentação internacional de serviços ... 64

3. O comércio de serviços de Brasil e Uruguai ... 67

4. O setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e softwares ... 69

4.1. Análise Regulatória e Iniciativas de Brasil e Uruguai ... 70

4.2. Brasil e Uruguai: Complementaridade Produtiva? ... 72

5. Considerações finais ... 73

Referências bibliográficas ... 74

(7)

c

ore

l

aBor

s

TanDarDsnoregimeDepreferênciasTarifáriasno

mercosul:

aneces

-

siDaDeDehumanizaçãoDo comércioinTernacional

...78

Martinho Martins Botelho e Marco Antônio César Villatore 1. Introdução ... 79

2. A promoção das Normas Fundamentais Trabalhistas na sociedade internacional globalizada: a questão da cláusula social ...81

3. A inclusão das NFTs no sistema multilateral do comércio da OMC ... 83

4. As NFTs e o MERCOSUL: entre a negociação das tarifas e a humanização do comércio intrarregio- nal ... 86

5. O dumping social e o regime de preferências tarifárias no MERCOSUL: desenvolvimento e aplica- ção para uma integração mais justa ... 88

6. Considerações finais: a necessidade de adequação nas NFTs na integração regional MERCOSU- Lista ... 95

Referências bibliográficas ... 95

a

corDo

Trims:

flexiBilizaçãoounão

? p

olíTicaDeconTeúDolocal

,

processoproDu

-

TivoBásico

(ppB)

eosDesafiosparaainDúsTriaBrasileiraeainTegraçãolaTino

-

ame

-

ricana

...100

Natália Figueiredo 1. Introdução ... 101

2. O Acordo TRIMS e seus impactos sobre políticas de conteúdo local ...102

3. Os objetivos desenvolvimentistas das políticas de conteúdo local e o discurso brasileiro pela flexibi- lização do Acordo TRIMS ...103

4. Possível descompasso entre o discurso desenvolvimentista no cenário internacional e os efeitos das políticas de conteúdo local na prática: algumas críticas ...105

5. Questões constitucionais envolvendo medidas de conteúdo local: necessidade de promoção do de- senvolvimento nacional e redução de desigualdades sociais e regionais ...106

6. Política de conteúdo local no Brasil: estudo de casos específicos relacionados ao Processo Produtivo Básico (PPB) ...107

6.1. PPBs: estudo de casos ...109

6.1.1. Filme BOPP ...109

6.1.2. Pré-forma de resina PET ...110

6.2. Política de PPB: uma análise sob a ótica do Acordo TRIMS e da Constituição Federal ... 111

6.2.1. PPB vs TRIMS ...111

6.2.2. PPB vs. Constituição Federal ...113

6.3. Política de PPB e proposição para maior integração da América Latina ... 115

7. Consideraçoes finais ...118

Referências bibligráficas ...119

(8)

e

sTuDiosDe casoDe rechazosen fronTeraDeexporTacionesalimenTariaslaTinoame

-

ricanaspormoTivosrelacionaDosconmeDiDasTécnicas noarancelarias

...123

Sofía Boza, Juan Rozas e Rodolfo Rivers 1. Introducción ...124

2. Estudios de caso sobre rechazos de exportaciones alimentarias ...125

2.1. Chile ...125

2.2. Costa Rica ...127

2.3. República Dominicana...128

3. Consideraciones finales ...130

Referencias bibliograficas...130

a

méricaDo

s

ulemfaceDos TraTaDosBilaTeraisDe invesTimenTo

:

rumoaoreTornoDo

e

sTaDona soluçãoDeconTrovérsias

? ... 133

Magdalena Bas 1. Introdução ...134

2. Solução de controvérsias investidor-Estado nos tratados bilaterais de investimento da América do Sul...135

3. As três posições na América do Sul ...137

3.1. Aspectos preliminares ...137

3.2. Os membros ...138

3.3. Os externos ...139

3.4. Os dissidentes ...140

4. Considerações finais ...141

Referências bibliográficas ...142

Apêndice A – Casos arbitrais consultados...144

f

uTuroDelos sisTemasnacionalesDe cienciaTecnologíaeinnovaciónenlaagenDa económicaDeaméricalaTina

:

DefinienDocamBiosregulaToriosoproTegienDoinver

-

siones

...146

Rodrigo Corredor 1. Introducción ...147

2. Narrativa de la formulación de políticas públicas en materia de innovación ...147

2.1. Cambios y continuidad entorno al concepto de innovación ... 149

2.2. La innovación: un concepto para armar ... 150

3. Panorama de los estímulos a la innovación ... 151

4. La Innovación como parte del ‘interés publico’ en el marco de controversias Estado-Inversionista ... 153

5. Consideraciones finales ...154

Referências bibiográficas ...155

(9)

e

lpapelDe lasinsTiTucionesDeconTrolfinancierosoBrelosDerechoshumanosen

elconTexTolaTinoamericano

...157

Jose Miguel Camacho Castro 1. Introducción ...158

2. La regulación como atención de la complejidad ...158

3. La complejidad financiera contemporánea ...160

4. El volumen de la financiarización ...160

5. La ‘especulativización’ de los mercados ... 161

6. La criminalidad financiera ...163

6.1. La evasión fiscal ...163

6.2. El lavado de activos ...164

7. Los diques institucionales: las instituciones de control financiero como garantía de derechos hu- manos ...165

8. Consideraciones finales ...167

Referencias bibliográficas...167

c

onvergenciaregulaToriaenlaalianzaDelpacífico

:

uncapíTuloinconcluso

...170

Rodrigo Polanco Lazo 1. Introducción ... 171

2. Convergencia regulatoria ...171

2.1. La noción de convergencia regulatoria ... 171

2.2. La teoría de convergencia legal ...173

3. Convergencia regulatoria y gobernanza cooperación internacional ...175

3.1. Cooperación regulatoria en la OCDE ... 175

3.2. Lista de verificación APEC-OCDE ... 176

4. Convergencia regulatoria en acuerdos comerciales preferenciales ...177

4.1. Anzcerta ...177

4.2. ASEAN ...177

4.3. TLCAN ...178

4.4. MERCOSUR...178

4.5. Corea del Sur-UE ...179

4.6. CETA ...180

4.7. TPP ...182

4.7.1. Alcance ámbito de aplicación de la coherencia regulatoria ... 182

4.7.2. Mecanismos Iinternos de Coherencia Regulatoria ... 182

4.7.2.1. Evaluación de impacto regulatorio ...183

4.7.2.2. Transparencia y participación ...183

(10)

4.7.3. Mecanismos eexternos de coherencia regulatoria... 184

5. Mejora regulatoria en la alianza del pacífico ...185

5.1. Ámbito de aplicación de la mejora regulatoria ... 186

5.2. Mecanismos internos de mejora regulatoria ... 186

5.2.1. Procesos de coordinación y revisión ... 186

5.2.2. Fomento de buenas prácticas regulatorias ... 187

5.3. Mecanismos externos de mejora regulatoria ... 188

5.3.1. Comité de mejora regulatoria y puntos de contacto ... 188

5.3.2. Actividades de cooperación regulatoria ... 189

5.4. Mecanismos de implementación de mejora regulatoria ... 189

6. Conclusiones finales ...190

Referencias bibliográficas...192

o

consTiTucionalismoeacomuniTarizaçãonoDireiToinTernacional

:

possiBiliDaDes paraocomércioinTernacional

? ... 197

Camilla Capucio 1. Introdução: Juridificação e Jurisdicionalização do Comércio Internacional ...198

2. As Mudanças de Paradigma do Direito Internacional: Rumo a uma Comunidade Internacional 199 3. O Paradigma Constitucionalista do Direito Internacional ... 202

4. Constitucionalismo e Comunitarização na OMC: Entre abordagens teóricas e possibilidades reais 205 5. Considerações Finais ... 209

Referências bibliográficas ...210

e

scassezhíDricaeDireiToinTernacionaleconômico

:

o

B

rasilcomoproTagonisTana TransferênciaDeáguapararegiõesáriDas

... 215

Douglas de Castro 1. Introdução ...216

2. Desenvolvimento ...217

2.1. Produção agrícola e o conceito de água virtual ... 217

2.2. Água virtual e direito internacional econômico ... 219

2.3. A participação do Brasil na distribuição de água virtual ... 222

3. Considerações finais ... 223

Referências bibliográficas ... 224

Anexo A: a água virtual em alimentos comuns ... 227

(11)

a s

egurançaenergéTicacomo BaseparamaiorinTegraçãona

a

mérica

D

o

s

ul

:

àespera

DeumTraTaDomulTilaTeral

...229

Matheus Bassani 1. Introdução ... 230

2. Breve análise do cenário atual ... 230

3. Fundamento de maior integração: a segurança energética ...231

4. Necessária integração energética ... 233

5. Energia no Tratado Constitutivo da UNASUL ... 236

6. Proposta de um Tratado de Energia Sul-Americano (TES) ... 238

7. Alternativas enquanto o TES não se concretiza ... 239

8. Considerações finais ... 242

Referências bibliográficas ... 242

o

uTros

a

rTigos

...246

a

spráTicasresTriTivasDaconcorrêncianomercaDoDeconTraTaçãopúBlicaeuropeu

.. 248

Alice Rocha da Silva e Ruth M. P. Santos 1. Introdução ... 249

2. Aproximação dos domínios de direito da concorrência e contratação pública ... 250

2.1. Análise da relação de proximidade dos contratos públicos e direito da concorrência ... 250

2.2. Relação de complementariedade/conflito entre concorrência e contratação pública ... 252

2.3. Diferenciação do termo “concorrência” para os contratos públicos e para o direito da concorrência 253 3. A formação de um modelo internacional de contratação pública com objetivos concorrenciais 256 3.1. Relevância da internacionalização dos contratos públicos para a promoção do direito da concorrência ...256

3.2. Construção do direito europeu dos contratos públicos com ênfase na concorrência ... 257

3.3. Princípio da concorrência: ligação valorativa entre os dois sistemas ... 258

4. Práticas abusivas à concorrência nos contratos públicos no entendimento do tribunal de justiça da união europeia ... 260

4.1. Práticas anticoncorrenciais aplicáveis ao direito da contração pública ... 260

4.2. Aplicabilidade de sanções nas práticas abusivas da concorrência no mercado de contratação pública: caso forposta – manutenção da concorrência com exclusão de operador econômico... 261

5. Considerações finais ... 264

Referências bibliográficas ... 265

(12)

D

oTransnacionalparaonacional

: iosco,

omercaDoDe valoresmoBiliáriosBrasilei

-

roeaccounTaBiliTy

...268

Salem Nasser, Nora Rachman e Viviane Muller Prado 1. Introdução ... 269

2. Regras brasileiras sobre conclusão de acordos internacionais e sobre a incorporação do direito in- ternacional público ...271

2.1. Direito internacional ...271

2.2. Regulação transnacional ...272

3. Estudo de caso: implementação dos produtos regulatórios da IOSCO pela CVM ... 273

3.1. IOSCO, sua atividade e seus documentos ... 273

3.2. CVM em foros internacionais e sua participação na IOSCO ... 275

3.3. Mecanismos de controle na atividade normativa da cvm na internalização das regras da iosco ... 276

3.3.1. Poder normativo da CVM, processo de regulação e audiências públicas ... 276

3.3.2. Processo de internalização dos padrões regulatórios da IOSCO ... 277

4. Considerações finais ...281

Referências bibliográficas ...281

m

igraçãoDeTraBalhaDoresinTelecTuaisBrasileirosparaomercaDoinTernacional

:

iDenTificaçãoDeaTosDealiciamenToDeempregaDosemecanismoslegaisparaimpeDir aapropriaçãoTecnológicaeconcorrênciaDesleal

...285

José Carlos Vaz e Dias e João Marcelo Sant’Anna da Costa 1. Introdução ... 286

2. A construção do aliciamento de trabalhador sob a perspectiva do comércio internacional, concor- rência e restrição à emigração ... 289

3. Os limites do recrutamento de trabalhador no âmbito da Constituição Federal de 1988 ... 294

4. O aliciamento no ambiente concorrencial ... 296

5. Mecanismos para prevenir ou impedir a prática do recrutamento ilícito ... 300

6. Considerações finais ... 304

Referências bibliográficas ... 305

T

he easierwayTohave

BeTTerlaw

”? T

hemosT

-

significanT

-

relaTionsh

i

pDocTrineas ThefallBackconflicT

-

of

-

lawruleinThepeople

srepuBlicof china

...308

Chi Chung 1. Introduction ... 308

2. The PRC’s Fallback Conflict-of-Law Rule ... 309

2.1. The “Innovative” Statutory Fallback Rule ... 309

2.2. The Cases Where the Fallback Rule Was Applied ... 311

(13)

3. Between Standards and Rules ...313

3.1. Standards and Rules Abstractly Compared ... 313

3.2. The Standard/Rule Comparison and the PRC’s Fallback Rule ... 316

4. Final considerations ...317

r

eflexosjuríDicosDagovernançagloBalsuBnacional

:

aparaDiplomaciaeoDireiTo inTernacional

:

DesafioouacomoDação

...320

Valéria Cristina Farias e Fernando Rei 1. Introdução ...321

2. Paradiplomacia ...321

3. Personalidade e capacidade jurídica internacional dos governos subnacionais ... 326

4. Governança global e governança multinível ... 330

5. A validade internacional dos acordos firmados por governos subnacionais ... 333

6. Considerações finais ... 336

Referências bibliográficas ... 337

m

aTrizespolíTicasDajusTiçapenalinTernacional

...341

Francisco Rezek 1. Introdução ...341

2. Gênese do direito penal internacional ...341

3. Jurisdições internacionais de circunstância ... 342

4. Ativismos nacionais ... 343

5. Jurisdição penal: competência e imunidade ... 344

6. Uma jurisdição geral e permanente ... 345

7. Perspectivas e incertezas ... 345

Referências bibliográficas ... 346

r

esponsaBiliDaD

i

nTernacionalDel

e

sTaDofrenTealuchaconTralaDiscriminación racialyéTnicaen

e

spaña

...348

Edilney Tomé da Mata e Eduardo Biacchi Gomes Correio 1. Notas introductorias sobre el control de convencionalidad de los tratados de derechos humanos ...349

2. Acercamiento al concepto de control de convencionalidad como medio de efectividad del derecho internacional ...351

3. Incorporación del derecho internacional sobre la lucha contra la discriminación racial y étnica en el ámbito interno español ... 354

3.1. Proceso de incorporación interna de los Convenios y Tratados internacionales de lucha contra la discriminación en España ... 355

(14)

3.2. Análisis de la jurisprudencia del Tribunal Constitucional sobre la discriminación racial y étnica en Es-

paña ...356

3.2.1. STC 214/1991: Violeta Friedman ... 356

3.2.2. STC 13/2001: Rosalind Williams Lecraft ... 357

3.2.3. STC 69/2007: María Luisa Muñoz Díaz ... 358

4. Conclusiones finales ... 359

Referencias biliográficas ...361

T

he

p

eace

p

rocessin

s

ierra

l

eone

:

ananalysisonmarriagesBeTween culTureanD crime

...363

Gustavo Bussmann Ferreira 1. Introduction ... 364

2. Sierra Leone on Marriages: an emblematic case of physical and moral aggressions, between crimes and traditions ... 365

3. Exclusion as a War Reason and an Obstacle to Peace ... 368

4. Final considerations ...371

References ... 373

f

uncionalizaçãoeexpansãoDo

D

ireiTo

p

enal

:

o

D

ireiTo

p

enalnegocial

...376

Antonio Henrique Graciano Suxberger e Dermeval Farias Gomes Filho 1. Introdução ... 377

2. A expansão do direito penal como fenômeno irreversível ... 378

2.1. A necessidade de expansão do direito penal diante dos novos bens jurídicos merecedores da tutela penal ...378

3. A possibilidade de convivência da expansão penal com os princípios penais de um Estado Demo- crático de Direito ...381

4. A interface da expansão penal com o negócio penal processual ... 383

4.1. A dependência da expansão do direito penal aos novos instrumentos processuais de solução de conflitos na forma negociada ...383

4.2. O uso do negócio processual como ferramenta de concretização da tutela penal no cenário expansionista sem conflitar com os limites constitucionais ao ius puniendi ... 388

5. Considerações finais ... 392

Referências bibliográficas ... 392

p

roTeção

i

nTernacionalDo

c

onsumiDore

c

ooperação

i

nTerjurisDicional

...396

Héctor Valverde Santana e Sophia Martini Vial 1. Introdução ... 396

2. Aspectos gerais da proteção internacional do consumidor ... 397

2.1. Normas de conexão no direito internacional... 398

(15)

2.2. Desafios enfrentados pelos consumidores internacionais ... 403

3. Propostas de cooperação internacional em matéria de direito do consumidor ... 406

3.1. Proposta paraguaia, argentina e brasileira na CIDIP VII ... 407

3.2. Proposta brasileira da Conferência de Haia de convenção de cooperação em matéria de proteção dos visitantes e turistas estrangeiros ...409

4. Considerações finais ...411

Referências bibliográficas ...411

T

he lanDrighTsofinDigenous anDTraDiTionalpeoplesin

B

razilanD

a

usTralia

....418

Márcia Dieguez Leuzinger e Kylie Lyngard 1. Introduction ...419

2. Traditional populations in Brazil ...419

3. Indigenous australians ... 426

4. Comparison between land rights in Brazil and in Australia...431

5. Final considerations ... 434

References ... 435

T

he recepTionof

e

uropeaniDeasin

l

aTin

a

merica

:

TheissueofThe

g

ermansources in

T

oBias

B

arreTo

,

aprominenTnineTeenThcenTury

B

razilianlegalscholar

...439

Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy 1. Preliminary remarks ... 439

2. Tobias Barreto and his German motivations ... 440

3. Tobias Barreto’s German library ... 442

4. Exploring Tobias Barreto’s German authors ... 444

5. An account of some authors found on Tobias Barreto’s German library ... 445

6. Final considerations ... 455

References ... 456

n

ormas

e

DiToriais

...461

(16)

Dossiê Temático: Direito

Internacional Econômico

(17)

Editorial:

Resultados da III Conferência Bienal da Red DEI

Results of the 3rd Biennial Conference of the International Economic Law Network (RED DEI)

Michelle Ratton Sanchez-Badin Fabio Costa Morosini Lucas da Silva Tasquetto

(18)

doi: 10.5102/rdi.v13i1.4104

Editorial:

Resultados da III Conferência Bienal da Red DEI

Results of the 3rd Biennial Conference of the International Economic Law Network (RED DEI)

Michelle Ratton Sanchez-Badin (em nome da Diretoria da Red DEI) *

Fabio Costa Morosini **

Lucas da Silva Tasquetto (em nome dos organizadores da III Conferência da Red DEI) ***

Apresentamos, neste dossiê especial da Revista de Direito Internacional, artigos selecionados da III Conferência Bienal da Rede Latino-Americana de Direito Econômico Internacional (Red DEI) - “O papel da América La- tina no Direito Internacional Econômico”. A III Conferência Bienal da Red DEI realizou-se na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, entre os dias 22 e 24 de outubro de 2015, e foi organizada em parceria com o Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), a Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito SP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para tanto, contou-se com o financiamento público do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Ampa- ro à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), além de patrocínios privados1.

A Red DEI foi criada em 2010, com o intuito de estabelecer um foro regional de intercâmbio entre profissionais que trabalham com os pontos mais importantes da agenda do direito internacional econômico no espaço da América Latina. A Red DEI é, assim, o braço regional da Society of Interna- tional Economic Law (SIEL), criada em 2008, com vistas a fomentar o debate global entre acadêmicos e operadores do Direito Internacional Econômi- co. No mesmo âmbito, encontra-se o Post-Graduate and Early Professionals / Academics Network of the Society of Internacional Economic Law (PEPA), cujos encontros ocorrem anualmente e em 2014 foram realizados no Brasil.

Os dois primeiros encontros promovidos pela Red DEI, realizados na Universidade Externado da Colômbia em 2011 e posteriormente na Ponti- fícia Universidade Católica do Peru no ano de 2013, juntaram aproximada- mente 250 acadêmicos, advogados e representantes de organizações inter- nacionais provenientes de diversos países da América Latina e do mundo.

A conferência em Porto Alegre, realizada em português e espanhol, reuniu

1 Dentre os quais, destacamos Ruy Rosado de Aguiar Advogados Associados, Carvalho, Machado, Timm e Luz Advogados – CMTL, International Law Association – Ramo brasileiro, Barral M Jorge Consultores Associados, Nasser Sociedade de Advogados e

* Professora associada na Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e co- ordenadora do Núcleo de Direito Global e De- senvolvimento na mesma instituição, com bolsa de auxílio à pesquisa FAPESP (2014/25776-4).

Fundadora e membro do conselho executivo da Society of International Economic Law (2008-2012) e atual membro da diretoria executiva da Red Latinoamericana de Derecho Economico Inter- nacional (2014- ). E-mail: Michelle.Sanchez@

fgv.br

** Professor e vice coordenador do Progra- ma de Pós-Graduação em Estudos Estratégi- cos Internacionais da Faculdade de Ciências Econômicas e professor do Programa de Pós- -Graduação em Direito, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É também coor- denador do Centro para Direito Globalização e Desenvolvimento e pesquisador do CNPq (bol- sa produtividade em pesquisa nível 2). E-mail:

fabio.morosini@gmail.com.

*** Professor do Curso de Relações Interna- cionais da PUC-SP. Pesquisador de pós-dou- torado junto ao Programa de Pós-Graduação em Direito da UFRGS, com bolsa do Conse- lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). E-mail:lucastasquetto@

gmail.com

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BADIN, Michelle Ratton Sanchez; MOROSINI, Fabio Costa; TASQUETTO, Lucas da Silva. Resultados da III Conferência Bienal da Red DEI. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 1, 2016 p. 2-4

mais de 130 participantes de mais de 12 países. Foram apresentados trabalhos sobre direito internacional dos investimentos, ensino e pesquisa em direito interna- cional econômico e comércio internacional, passando ainda pela governança internacional e pelo papel das organizações multilaterais. Essa diversidade temática e regional está registrada nos artigos que compõem este dossiê.

O processo de escolha dos trabalhos foi feito a par- tir de um processo de revisão às cegas, pelos membros da comissão organizadora, composta por diretores da Red, representantes das universidades organizadoras e do Comitê Executivo da Red. Além disso, para a seleção dos resultados finais para este dossiê, contamos com a contribuição de avaliadores e pareceristas da Revista de Direito Internacional, também por um processo às cegas. Logo, esse número não contém os artigos apre- sentados no Congresso, mas os artigos pré-seleciona-

dos pela dupla avaliação cega por pares no Congresso foram submetidos a nova dupla avaliação cega por pares na Revista, chegando aos melhores artigos do Congres- so após quatro avaliações cegas. Logo, não se trata dos anais do evento.

Este dossiê conta, portanto, com inestimável apoio do Conselho Editorial da Revista de Direito Internacio- nal e dos esforços realizados até aqui para a organização bem-sucedida da III Conferência Bienal da Rede Lati- no-Americana de Direito Econômico Internacional. O alinhamento entre os princípios da Red DEI e desta Revista pautados pelo mérito e qualidade dos trabalhos e pela imparcialidade na sua seleção foi essencial para atingirmos este resultado e avançarmos com a produção de qualidade acadêmica no Brasil.

Agradecendo a todos e todas envolvidos, esperamos que desfrutem da leitura dos textos selecionados para este dossiê.

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Direito Internacional Econômico no Brasil: quem somos e o que fazemos? Evidências empíricas de 1994 a 2014

International Economic Law in Brazil: who are we and what we do? Empirical evidence from 1994 to 2014

Michelle Ratton Sanchez Badin Fabio Costa Morosini Inaê Siqueira de Oliveira

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doi: 10.5102/rdi.v13i1.3924

Direito Internacional Econômico no Brasil:

quem somos e o que fazemos? Evidências empíricas de 1994 a 2014*

International Economic Law in Brazil: who are we and what we do? Empirical evidence from 1994 to 2014

Michelle Ratton Sanchez Badin **

Fabio Costa Morosini ***

Inaê Siqueira de Oliveira ****

R

esumo

O campo do Direito Internacional Econômico (DIE) é recente no Brasil tanto como linha de pesquisa quanto como tópico disciplinar para ensino nas Faculdades de Direito. Considerando-se que o Brasil possui mais de mil Faculdades de Direito registradas no Ministério da Educação, o artigo se propõe a analisar o perfil da pesquisa e do ensino em Direito Internacio- nal Econômico no país. Apresenta-se um mapeamento (i) do perfil do pes- quisador em DIE no Brasil, (ii) do perfil da pesquisa, nisso compreendido como os pesquisadores têm desenvolvido suas pesquisas neste campo, quais os temas eleitos e as formas de produção e (iii) do perfil do ensino, nisso compreendido quais os temas privilegiados nos cursos desses pesquisadores e seus espaços em suas instituições de ensino. O referido mapeamento foi realizado a partir das informações disponibilizadas nos currículos dos pes- quisadores brasileiros (CNPQ/Lattes). O que se pretende com este trabalho é uma aproximação da realidade do Direito Internacional Econômico nas faculdades brasileiras e, sobretudo, uma apreensão mais apurada sobre o que a academia brasileira compreende por Direito Internacional Econômico e sobre como o campo é explorado na produção acadêmica.

Palavras-chave: Direito Internacional Econômico. Brasil. Empírico. Plata- forma Lattes.

A

bstRAct

The International Economic Law field is recent in Brazil not only as a research topic, but also as a course taught at Law Schools. Given that Brazil has more than a thousand Law Schools registered at the Ministry of Edu- cation database, this article aims at analyzing what is the profile of Interna- tional Economic Law that is taught and researched in Brazil. We collected empirical evidence on (i) the profile of IEL scholars, (ii) the profile of the research they conduct, such as the most-common topics and how they vary over time, (ii) the profile of IEL courses, that is to say which are the most-

* Recebido em 16/03/2016 Aprovado em 02/05/2016

** Professora associada e coordenadora do Núcleo de Direito Global e Desenvolvimento na Escola de Direito da Fundação Getulio Var- gas (FGV Direito SP). Bacharel e Doutora pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pós-doutorado na New York University, Global Hauser Law Program. Foi pesquisadora visitante no Graduate Institute of International Studies and Development e na University of California, Irvine, School of Law. Fundadora e membro do conselho executivo da Society of International Economic Law (2008-2012) e atual membro do diretoria executiva da Red Latinoamericana de Derecho Economico Inter- nacional (2014-...). Bolsista FAPESP em Apoio à Pesquisa (2014/25776-4). E-mail: Michelle.

Sanchez@fgv.br

*** Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde coordena o Centro para Direi- to, Globalização e Desenvolvimento. Fellow da Or- ganização Mundial do Comércio (2009-2010).

Ph.D. em Direito Internacional pela University of Texas at Austin (2007), mestre em Master of Laws pela University of Texas at Austin (2001) e mestre em D.E.S.S. Droit et Globali- sation Économique pela Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne) e Institut d’Édutes Poli- tiques de Paris (Sciences Po) (2004). Bolsista Produtividade em Pesquisa Nível 2 do CNPq.

E-mail: Fabio.Morosini@ufrgs.br.

**** Graduanda em Ciências Jurídicas e Soci- ais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 4º ano. Foi Bolsista no Programa de Iniciação Científica da FGV Direito SP no período 2013/2014. Desde agosto de 2014, é Bolsista no Programa de Iniciação Científica CNPq-UFRGS. E-mail: Inae.Oliveira@ufrgs.br.

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BADIN, Michelle Ratton Sanchez; MOROSINI, Fabio Costa; OLIVEIRA, Inaê Siqueira de. Direito Internacional Econômico no Brasil: quem somos e o que fazemos? Evidências empíricas de 1994 a 2014. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 1, 2016 p. 5-25

-common topics among the courses offered by the scho- lars and how much space do IEL-related topics receive in Brazilian Law schools. This research was performed based on public information available at the National Counsel of Technological and Scientific Development’s Lattes database (CNPQ/Lattes). We hope to provide an overview into the reality of International Economic Law in Brazilian Law Schools, a clearer notion of how the academic community in Brazil defines IEL and how the field is explored scholarly.

Keywords: International Economic Law. Brasil. Empi- rical evidence. Lattes database.

1. I

ntRodução

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IReIto

I

nteRnAcIonAl

e

conômIcoenquAntocAmpoeoseu

mApeAmentoempíRIco

A referência ao Direito Internacional Econômico (DIE) enquanto campo de estudos específico1 é relati- vamente recente, no mundo e também no Brasil. Com base nessa constatação, não são poucos os estudos que procuram delimitar esse campo a partir de seu objeto, de seus princípios ou de suas fontes.2 Há, ainda, estudos

1 Aplicamos aqui a ideia de “campo” com o objetivo de deixar a definição aberta para estudos que se vinculam a esta concepção de DIE ao analisar relações econômicas e as regulamentações que so- bre elas incidam, com impactos na vida social. Esta é concepção que tem orientado as produções com um enfoque sociológico sobre o Direito Internacional Econômico. Essa abordagem é bastante exem- plificada nos estudos organizados por PERRY-KESSARIS, A. (Ed.) Socio-legal approaches to international economic law: text, context, subtext.

New York: Routledge, 2013.

2 Circunscrever o campo do Direito Internacional Econômico tem sido uma tarefa cada vez mais ambivalente – ainda que sua definição nunca tenha sido muito clara. CARREAU, D.; FLORY, T.; JULLIARD, P. Droit internacional économique. Paris: Persée, 1990.

p. 2-3 apresentaram uma tentativa de definição do DIE, a partir do método tradicional de “fontes”: stricto sensu, compreendendo, única e isoladamente, as regulamentações relativas às relações entre os Es- tados (públicas) face ao externo; e lato sensu, em que compreenderia toda e qualquer forma de regulamentação das relações econômi- cas, públicas e privadas. Como um marco para as novas pesquisas na área que tratam da dimensão internacional, mas também das questões transnacionais, aproximando o direito doméstico do foco de interesse das perguntas relevantes ao campo do DIE, ORTINO, F.; ORTINO, M. Law on the global economy: in a need for a new methodological approach? In: PICKET, C; BUNN, I; WARNER, D. International economic law: the state and future of the discipline.

Oxford: Hart Publishing, 2008. p. 89-106. complexificaram esta definição ao proporem a definição do DIE como resultado (i) de sua associação ao direito internacional, considerando assim as regras que regem as relações econômicas dos sujeitos de direito internacional

que possuem pretensões de, com base em alguma deli- mitação, configurar o campo como nova disciplina ou subdisciplina ou, apenas, deixá-lo como campo. Nossa proposta neste artigo não tem pretensões normativas, que poderiam levar a análises mais dogmáticas ou dou- trinárias sobre esse campo. É, sobretudo, um estudo com pretensões descritivas, no qual o uso de técnicas empíricas de pesquisa foi essencial para a formação dos resultados abaixo apresentados. A opção por essa abor- dagem considera que, por ser um campo novo e, ainda, em disputa, é importante descrever como, no Brasil, os pesquisadores o identificam e delimitam o espaço de suas pesquisas e de ensino sob a epígrafe “Direito In- ternacional Econômico”.

Para tanto, definiu-se como “campo de análise” a Plataforma Lattes3, que registra o currículo público de

(definição a partir da origem ou das “fontes” de direito) e (ii) de sua associação ao direito da economia, que considera o estudo de regras que regulamentam atores econômicos e atividades que transpassam fronteiras, ou produzem impactos para além das fronteiras de um único sistema jurídico e econômico e, em razão disso, operam no, ou impactam o, sistema econômico global (definição a partir do objeto).

Outros exemplos de tentativas de definição podem ser obtidos em:

CHARNOVITZ, S. What is international economic law? Journal of International Economic Law, v. 14, n. 1, p. 3–22, 2014; HERDEGEN, M. Principles of international economic law. Oxford: Oxford University Press, 2013. p. 493; HUDEC, R. International economic law: the political theatre dimension. University of Pennsylvania Journal of Inter- national Economic Law, v. 17, n. 1, p. 9-15, 1996; JACKSON, J. H. In- ternational economic law: reflections on the “boilerroom” of inter- national relations. American University Journal of International Law and Policy, v. 10, n. 2, p. 595-606, 1994; PETERSMANN, E. U. Interna- tional economic theory and international economic law: on the tasks of a legal theory of international economic order. In: MAC DON- ALD, R.; JOHNSTON, D. The structure and process of international law:

essays in legal philosophy, doctrine and theory. Leiden: Brill, 1986. p.

227-262; REITZ, Curtis R. International economic law. University of Pennsylvania Journal of International Economic Law, v. 17, n. 1, p. 29-32, 1994; SCHWARZENBERGER, G. The principles and standards of in- ternational economic law. Brill: Leiden, 1966. (Collected Courses of the Hague Academy of International Law, v. 117); TRACHTMAN, Joel P. The international economic law revolution. Journal of International Law, v. 17, n. 1, p. 33-61, 1996; VAGTS, Detlev F. International eco- nomic law and the American Journal of International Law. Ameri- can Journal of International Law, v. 100, n. 4, p. 769-782, Oct. 2006;

ZAMORA, S. International economic law. University of Pennsylvania Journal of International Economic Law, v. 17, p. 63-67, 1996.

3 Conforme apresentação oficial pelo Conselho Nacional de De- senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): “A Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações. [...] O Currículo Lattes se tornou um padrão nacional no registro da vida pregressa e atual dos es- tudantes e pesquisadores do país, e é hoje adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País. Por sua riqueza de informações e sua crescente confiabilidade e abrangência, se tornou elemento indispensável e compulsório à

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BADIN, Michelle Ratton Sanchez; MOROSINI, Fabio Costa; OLIVEIRA, Inaê Siqueira de. Direito Internacional Econômico no Brasil: quem somos e o que fazemos? Evidências empíricas de 1994 a 2014. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 1, 2016 p. 5-25

pesquisadores no Brasil. A “população” analisada4 foi delimitada pelo uso das expressões “Direito Internacio- nal Econômico” e/ou “Direito Econômico Internacio- nal” nos currículos registrados na Plataforma Lattes5, do que decorre que o primeiro e principal critério de deli- mitação da população foi a autodeclaração dos próprios pesquisadores. Em relação a esse critério, conjugaram- -se os de i) doutorado como titulação mínima e ii) últi- ma atualização do currículo há no mínimo três anos (ou seja, em 2012). Do total de 115 currículos6 relevantes para esta pesquisa, dez não estavam atualizados desde 2012 e foram, por esse motivo, excluídos7. Em síntese, 105 currículos compuseram a população final analisada neste artigo, sendo que se estabeleceu os últimos vinte e um anos – 1994 a 2014 – como delimitação temporal da análise da produção acadêmica daquela população.

análise de mérito e competência dos pleitos de financiamentos na área de ciência e tecnologia.” Informação disponível em: <http://

lattes.cnpq.br/>. Acesso em: 10 set. 2015.

4 Aplica-se aqui o conceito de população de Quivy: “À totalidade destes elementos, ou das ‘unidades’ constitutivas do conjunto con- siderado, chama-se ‘população’, podendo este termos designar tanto um conjunto de pessoas como de organizações ou de objectos de qualquer natureza” QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. V. Manual de investigação em ciências sociais. 6. ed. Lisboa: Gradiva Publicações, 2013. p. 159.

5 O emprego intercambiado das expressões “Direito Internac- ional Econômico” ou “Direito Econômico Internacional” eviden- cia o processo de formação e delimitação em progresso do campo.

Dos 115 currículos identificados, 84 aplicaram a expressão “Direito Internacional Econômico”, 21 “Direito Econômico Internacional”

e 10 aplicam ambas as expressões. Há tentativas na literatura em distinguir estes dois campos ORTINO, F.; ORTINO, M. Law on the global economy: in a need for a new methodological approach? In:

PICKET, C; BUNN, I; WARNER, D. International economic law: the state and future of the discipline. Oxford: Hart Publishing, 2008. p.

89-106, contudo, conforme ficará mais claro na apresentação dos dados, observamos nesta coleta de dados que, no caso dos pesquisa- dores brasileiros, estas expressões parecem ser utilizadas indistinta- mente.

6 A título de curiosidade sobre a extensão dessa população no cenário da pesquisa e do ensino de Direito no Brasil, a Plataforma Lattes registrava, até 31 janeiro de 2016, o total de 2.912 doutores com vínculo em faculdades de Direito, de um total de 3.098.215 currículos registrados na Plataforma, das mais diversas áreas. Infor- mações disponíveis em: <estatístico.cnpq.br/painelLattes>. Acesso em: 12 fev. 2016.

7 Aplicamos o critério de três anos considerando a temporali- dade das avaliações das IES feitas pelos órgãos do sistema de edu- cação do governo federal no Brasil, em especial da “Avaliação do Sistema Nacional de Pós-Graduação” realizada pela CAPES. Essa Avaliação é trienal, foi iniciada em 1998 e a mais recente ocorreu em 2013. Ela abrange os programas de pós-graduação de todas as áreas do conhecimento. A página da área do Direito, onde está dis- ponível o Relatório da Avaliação Trienal 2013, pode ser consultado em: <http://www.capes.gov.br/component/content/article/44- avaliacao/4663-direito>. Acesso em: set. 2015.

Os dados dos 105 currículos selecionados foram re- gistrados e as seguintes codificações serviram como ins- trumento de observação do perfil do pesquisador e do seu trabalho de ensino e pesquisa: i) gênero, ii) naciona- lidade, iii) formação acadêmica, iv) atuação profissional, v) atividades de ensino e cursos ministrados, vi) projetos de pesquisa, vii) publicações em periódicos, viii) publica- ções em livros, coletâneas e capítulos de livros; ix) teses e dissertações orientadas e x) outras atividades declara- das pelo pesquisador. As codificações de v) a x) consi- deraram a atuação relacionada ao campo do DIE.Com base nos dados levantados, – os quais estão em base de dados disponível para consulta, mediante solicitação –, fizemos alguns mapeamentos e algumas inferências8, pontuando quando estas acontecem. A sistematização de alguns dados será apresentada, de forma quantitati- va, com o objetivo de auxiliar na contextualização dos dados agregados. O que se pretende com este trabalho é uma aproximação à realidade do Direito Internacio- nal Econômico nas faculdades de direito brasileiras e, sobretudo, uma apreensão mais apurada sobre o que a academia brasileira compreende por Direito Interna- cional Econômico e sobre como o campo é explorado na produção acadêmica. É, portanto, ainda uma análise formal, a partir dos dados coletados. A pesquisa abre, contudo, um espaço para avanços qualitativos futuros sobre o quadro apresentado.

O artigo é apresentado em três seções e uma breve conclusão. Na primeira seção, apresentamos os resulta- dos do perfil da população analisada; na segunda, o perfil do ensino em DIE, nisso compreendido quais os temas pri- vilegiados nos cursos dos pesquisadores e seus espaços em suas instituições de ensino; e, na terceira, o perfil de pesquisa em DIE, nisso compreendido como os pesqui- sadores têm desenvolvido suas pesquisas nesse campo, quais os temas eleitos e as formas de produção. Na se- quência, apresentamos algumas notas finais.

O perfil da população: quem são os pesquisadores brasileiros em Direito Internacional Econômico? Com base no levantamento dos currículos dos pesquisadores na Plataforma Lattes, para apresentarmos o perfil desta população selecionamos i) características demográficas,

8 Vale explicitar que “inferência” é apresentada nas técnicas de pesquisa empírica como uma interpretação controlada BARDIN, L.

Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro.

São Paulo: Edições 70, 2011. p. 165. Isso significa que a coleta de dados e sua sistematização auxiliam na análise do pesquisador, para avançar com graus de objetividade e exercícios de generalização.

Referências

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