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Curso: Ensino Médio Integrado ao Técnico Eletrônica

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Academic year: 2021

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1) O que é o AGRONEGÓCIO?

É a soma das atividades ligadas aos produtos agropecuários, abrange toda a cadeia produtiva da agricultura e da pecuária.

1ª etapa: empresas que produzem tratores, colheitadeiras e adubos e rações. 2ª etapa: plantação ou criação de animais é o centro do negócio.

3ª etapa: indústrias de transformação: frigoríficos, empresas de torrefação e moagem do café, processamento de cana para produzir açúcar e álcool, de suco de laranja, óleo de soja e de couros.

O setor abrange ainda: embalagens, conservação, transporte e empresas de comércio exterior (as tradings).

O Agronegócio é responsável por cerca de 22% do PIB brasileiro e teve participação decisiva no superávit da balança comercial nos últimos anos.

2) Agropecuária: Diferenças Regionais.

Região Sul: Estrutura fundiária mais bem distribuída do país, as culturas são diversificadas (cereais, uvas, aves, suínos, tecidos, etc.).

Região Nordeste: Forte concentração de terras (monocultura), destaques como: cana, tabaco, cacau, soja e algodão. Nova fronteira agrícola nacional MAPITOBA

formada por 4 estados brasileiros:

___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Região Centro-Oeste: Concentração de terras (pecuária extensiva) produz 42% da safra

brasileira de grãos, leguminosas e oleaginosas.

Região Norte: Produtos como soja, milho e pastagens se destacam em grandes estabelecimentos no leste do Pará; e pequenas propriedades no noroeste do Amazonas.

Região Sudeste: Áreas de forte, média e pequena concentração de terras; produção diversificada com destaque para: cana, laranja e a borracha no interior paulista. Já em Minas Gerais destaca-se o café e a criação de animais.

Curso: Ensino Médio Integrado ao Técnico Eletrônica Série: 2D

Disciplina: Geografia Professora: Solange

ATIVIDADE EXTRACLASSE - REFERENTE SEMANA 23/07 A 27/07 As atividades deverão ser entregues na próxima aula presencial

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I-SIMULADO: FUVEST 2014 / Agricultura e Biomas: (Responder no caderno).

>> Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado são biomas encontrados no Brasil:

a) Liste esses quatro Biomas, em ordem crescente, de acordo com a extensão da área que cada um deles ocupa atualmente no território brasileiro.

b) Liste esses 4 biomas em ordem crescente, de acordo com a quantidade de água disponível para as plantas no ambiente.

c) Comparando a Mata Atlântica com a Caatinga, qual dos dois biomas possui solos mais ricos em nutrientes.

d) Comparando o Cerrado com a Amazônia, qual dos dois biomas sofre atualmente maior impacto decorrente do Agronegócio.

II- Dê os 10 países com as maiores áreas totais destinadas à agricultura orgânica e apresente os prós e contras desse tipo de agricultura: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ III- Quais são os países que mais adquirem terras no Brasil? Essas terras compradas por estrangeiros se restringem a quais atividades econômicas? A discussão em torno dessa compra de terras é utilizada como forma de desviar atenção dos principais problemas agrários do país, cite os dois mais importantes.

______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ IV- Explique os quatro principais impactos do aquecimento global na produção agropecuária: • ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ • ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ • ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ • ________________________________________________________________ _______________________________________________________________

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V- Apresente as quatro formas principais de degradação dos solos e a seis técnicas de manejo mais sustentáveis:__________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ VI- Complete a tabela abaixo de acordo com os países suas negociações agrícolas na OMC:

Negociações agrícolas na OMC (Organização Mundial do Comércio) -

Países protecionistas (grandes exportadores)

Países protecionistas (grandes importadores-agricultura frágil).

Países partidários do fim das subvenções agrícolas

G20 – exige a abertura dos mercados dos países desenvolvidos

Países que pedem o fim dos subsídios aos produtores de algodão

Países que não pertencem a OMC

G90, maior grupo de países na OMC, agricultura em situação crítica.

Sem dados disponíveis

Maior importador e o segundo maior exportador agrícola do mundo (cite todos os países do bloco).

A Estagnação da Reforma Agrária – O governo federal reduz o ritmo de assentamento de famílias no campo, e os conflitos por terra aumentam.

O ano de 2015 foi marcado por um triste recorde: o país registrou o maior número de mortes no campo em 12 anos – foram 47, resultantes de mais de 771 conflitos entre trabalhadores

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rurais, policiais e milícias privadas de propriedades rurais. O quadro é preocupante, ainda mais se levarmos em conta a frequência dessas estatísticas. Nos últimos cinco anos, ocorreram mais de 4 mil conflitos, que resultaram em mais de 200 mortes. Segundo a organização não governamental Global Witness, entre 2012 e 2014 o Brasil ocupou o topo do ranking de violência no campo, à frente da Colômbia, das Filipinas e Honduras.

O aumento no número de mortos e de conflitos por disputas de terras em 2015 coincide com a estagnação da reforma agrária no governo de Dilma Rousseff. Entre 20111 e 2015, ela assentou apenas 110 mil famílias. Para efeito de comparação, Lula assentou 136,4 mil famílias apenas em 2006. E Fernando Henrique Cardoso, 101 mil em 1998.

O governo Dilma argumentou que a prioridade, desde 2011, era melhorar a qualidade dos assentamentos já existentes, com programas de fomento à agricultura e programas de saneamento básico e de extensão do programa habitacional Minha Casa Minha Vida a essas populações. Em 2015, o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), afirmou que a ênfase estava em resolver questões judiciais para liberação de áreas que podem ser desapropriadas. As justificativas não convenceram os movimentos sociais, que acusaram o governo de fazer o jogo do agronegócio em detrimento da necessidade das populações mais carentes.

Em abril de 2016, às vésperas da votação de seu afastamento no Senado, Dilma anunciou a desapropriação de 21 áreas em 13 estados. No entanto, cinco dias após o anúncio, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o INCRA suspende-se a concessão de novos benefícios da reforma agrária, por encontrar indícios de irregularidades nos processos de 578 mil beneficiários.

Estrutura fundiária – O combustível da violência no campo vem da concentração de terras em mãos de poucos proprietários, uma realidade que perdura há séculos no Brasil. Do total de 520 milhões de hectares de solo aproveitável para a agropecuária, quase metade é ocupado por latifúndios, que representam pouco mais de 2% dos imóveis rurais do país (um hectare equivale a 10 mil metros quadrados, mais ou menos a medida de um campo de futebol). De outro lado, minifúndios e pequenas propriedades, que equivalem a mais de 90% dos imóveis, correspondem a menos de um terço da área total. A distribuição das propriedades agrárias e seu tamanho definem o que se chama de estrutura fundiária. As propriedades são classificadas em quatro categorias:

• minifúndios: propriedades com até dez hectares.

• pequenas propriedades: com área entre dez e cem hectares. • médias propriedades: com área de cem a mil hectares.

• Grandes propriedades: ou latifúndios, com área acima de mil hectares.

A estrutura fundiária brasileira, de altíssima concentração de terras, é herança do Brasil Colônia, quando o território do país foi dividido pela Coroa portuguesa em capitanias hereditárias e sesmarias, grandes glebas destinadas a poucos eleitos. Com a instauração da República, um ano depois da abolição da escravatura, as terras permaneceram nas mãos de grandes proprietários. Nascia aí a figura dos coronéis, que mantinham grande poder político e influência baseados em suas extensas propriedades rurais. Foi apenas na segunda metade do século XX que a preocupação com a concentração de terras entrou para a pauta política brasileira, muito devido à mobilização de movimentos sociais voltados para a redistribuição de terras.

Hoje, os latifúndios pertencem a grandes empresas, que constituem a agroindústria, ou agronegócio. São ocupados, no geral, por monoculturas de produtos destinados à exportação e à indústria. Com alto grau de mecanização e tecnologia, os latifúndios dependem cada vez menos de mão de obra – ou seja, geram pouco trabalho. É a

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agroindústria que garante a posição de liderança do país na exportação de commodities agrícolas empregadas como alimento ou matéria-prima, como soja, cana-de-açúcar e café. Já as pequenas propriedades destinam-se à agricultura familiar ou coletiva, em cooperativas; empregam pouca tecnologia no cultivo de produtos voltados basicamente para o mercado interno e a subsistência.

Reforma Agrária – A reestruturação da organização fundiária é o que se chama reforma agrária – a definição de regras para a posse da terra que atendam ao princípio constitucional de que a terra deve cumprir uma função social. Isso significa dizer que o solo fértil deve gerar trabalho e renda, ou ser mantido como reserva ambiental. Grandes propriedades improdutivas devem ser desapropriadas e divididas em propriedades menores, distribuídas para famílias sem terra cultivá-las. É uma política de Estado – ou seja, que deve ser regularmente implementada, independentemente de quem assume o governo.

A reforma baseia-se em três pilares: desapropriação de terras improdutivas, assentamento de famílias de sem-terra e apoio ao pequeno agricultor, por meio de crédito para instalações e equipamentos, financiamento das safras (compra de sementes, adubos e defensivos agrícolas) e extensão rural (orientação técnica sobre métodos de criação e cultura e noções de comercialização). Para ser efetiva, a reforma exige, ainda, que o governo leve infraestrutura ao campo, como estradas, saneamento básico e eletricidade para as casas e equipamentos de beneficiamento.

Diversos países do mundo passaram por reformas agrárias, em diferentes épocas e seguindo diferentes orientações políticas e ideológicas. Na Roma do século II A.C., o tribuno Caio Graco ordenou a distribuição de terras entre pequenos agricultores. Ao final do século XVIII, a Revolução Francesa, que aboliu a servidão rural, levou a uma explosão de conflitos envolvendo as relações de trabalho no campo.

No século XX, alguns dos exemplos mais emblemáticos são o México, que nos anos de 1930, realizou uma das maiores reformas da história, ao assentar 3 milhões de lavradores em 70 milhões de hectares, e, ao final da II Guerra Mundial, o Japão, que promoveu o uso da terra por pequenos proprietários, como forma de fazer da agricultura um motor de desenvolvimento econômico.

Questão agrária no Brasil – No Brasil, as primeiras grandes mobilizações a favor da reforma agrária surgiram na década de 1950, com as Ligas Camponesas. Na década seguinte, ao mesmo tempo em que reprimia as ligas, o governo do regime militar criou, em 1964, o Estatuto da Terra, que define os direitos e deveres de proprietários rurais e disciplina a ocupação, o uso e as relações fundiárias no país.

O estatuto estabelece as bases para uma reforma agrária e prevê o assentamento de famílias em três tipos de área:

• terras públicas: da União e de governos estaduais.

• fazendas improdutivas: que são propriedades privadas desapropriadas com indenização aos donos.

• terras públicas “griladas”: ou seja, ocupadas por grileiros, que reivindicam a posse por meio de falsificação de documentos oficiais.

O primeiro programa de reforma agrária foi estabelecido por decreto presidencial em 1966, mas não saiu do papel. Em 1970 é criado o INCRA, até hoje responsável por executar o plano. Mas as ações do INCRA aquela época visavam menos a redistribuir terras do que promover a colonização da Amazônia por famílias e empresas.

Ainda durante a ditadura militar, surgem organizações civis de luta pela reforma. Em 1975, a Igreja Católica funda a Pastoral da Terra (hoje Comissão Pastoral da Terra), para atuar

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entre os trabalhadores rurais. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surge nos anos de 1980, e se transforma na principal organização de mobilização de lavradores pelo assentamento no campo. A principal forma de atuação do MST é a ocupação de terras, principalmente aquelas consideradas improdutivas, de modo a pressionar o governo a desapropriá-las.

Em resposta ao MST, os grandes proprietários de terra criam, em 1985, a União Democrática Ruralista (UDR), para defender seus interesses. Atualmente, os grandes proprietários rurais compõem uma frente parlamentar no Congresso Nacional para defender seus interesses – a chamada bancada ruralista, que se tornou o principal instrumento político do grupo. Os grandes proprietários defendem medidas como financiamento rural mais barato e menos entraves ambientais para a ampliação de áreas de cultivo e criação.

A Luta Indígena - pela manutenção de direitos: O reconhecimento de terras indígenas pelo Governo Federal foi estabelecido na Constituição de 1988, o quadro começou a mudar na década de 1960, com a demarcação das primeiras reservas. Cabe ao Executivo definir as terras indígenas por meio da FUNAI. A demarcação de terras se dá através de um longo processo dividido em sete etapas: estudos de identificação – aprovação da FUNAI – contestações – declarações dos limites do território – demarcação física – homologação e registro em cartório. Entre 1990 e fevereiro de 2016, o número de terras regularizadas ou em fase de regularização aumentou de 352 para 703. Desse total, 476 estão completamente regularizadas. A extensão total das terras indígenas soma 115,8 milhões de hectares. O total de índios passou para 896.917 (2010), 0,4 % dos habitantes e era 734.127 (2000), são 305 povos que falam 274 línguas. A mortalidade infantil indígena na região de Altamira (PA) próximo a usina de Belo Monte é de 141,84 por mil e a média nacional é de 17 por mil. Os estados com a maior população indígena são: Amazonas, Roraima, *Mato Grosso do Sul, Acre, Mato Grosso e Amapá. * principal foco de instabilidade e conflitos.

Atividade: (Responder no caderno).

1) Pesquise as duas propostas que ameaçam os direitos dos índios no Brasil: a PEC 215 e a PLP 227.

2) Faça uma pesquisa de no mínimo uma folha com o seguinte tema: Maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o Brasil também é o segundo país em área plantada de produtos transgênicos. Monsanto, a empresa mais controversa do mundo.

3) Com base no trecho do poema “Morte e Vida Severina”, considere a época em que o poema foi escrito e identifique os dois principais problemas relacionados à questão agrária no Brasil. Explique o Massacre de Eldorado dos Carajás em 1996 e a morte da missionária americana em 2005, (vide páginas 152 e 153).

4) Analise o mapa da página 147 do livro e relacione os estados brasileiros com alto, médio e muito alto grau de concentração de terras. Explique as quatro categorias que são classificadas as propriedades.

5) Cite alguns problemas socioambientais existentes nas lavouras de cana-de-açúcar destinadas à produção do etanol no Brasil. Esse tipo de agricultura sofre críticas da ONU. Explique.

Referências

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