RELAXAMENTO
ANA ISABEL FERREIRA
TERAPEUTA OCUPACIONAL MARÇO DE 2011
OBJECTIVOS
Conhecer as características do relaxamento no meio
aquático, perspectivando a sua aplicabilidade nas aulas de natação adaptada;
Diferenciar o relaxamento activo do relaxamento passivo,
identificando o mais adequado para diferentes situações das aulas de natação adaptada;
Aplicar técnicas e estratégias de relaxamento durante a aula
RELAXAMENTO
Estado de consciência caracterizado por sentimentos de paz e libertação da tensão, ansiedade e medo. Apresenta uma dimensão psicológica que se traduz pela ausência de pensamentos stressantes ou desconfortáveis e uma dimensão física que se refere à descontracção muscular .
( Payne R. , 2005)
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
Relax = decrease tension
Take away physical tension
Cope with mental tension
Influence the autonomous system
Treart functional problemswith relaxation and moving consciously
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
Diminuição do nível de actividade do
sistema nervoso central e do sistema
muscular, através da utilização de
técnicas especificas que combinam, no
meio aquático, o alongamento, a
respiração e a informação vestibulo –
proprioceptiva.
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
IMPLICAÇÕES
Sistema Nervoso Autónomo
Sistema Endócrino
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
S.
N
.P
A
R
A
SS
IM
P
Á
T
IC
O
S.N.ENDÓCRINO
AUMENTO DE ACETILCOLINA
Vasodilatação
Diminuição da frequência cardíaca Redução de força de contracção cardíaca Diminuição de condução nervosa
Activação das funções cognitivas aumentando os índices de aprendizagem.
SIST. MÚSCULO ESQUELÉTICO
MOV. ROTACIONAIS DO TRONCO MOV. RÍTMICOS ALTERNÂNCI A DE MOV. DE PEQUENO E GRANDE RAIO DIMINUIÇÃO DA TENSÃO MUSCULAR DIMINUIÇÃO DA ACTIVIDADE CEREBRAL
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
Respiração Alongamento Inf. Vestibulo – Proprioceptiva Temperatura Resistência Filogenia / Ontogenia Música ELEMENTOS DE RELAXAMENTO ELEMENTOS DO MEIO AQUÁTICOA respiração é um processo automático controlado pelos centros no tronco cerebral (protuberância anular e bolbo)
Ciclo respiratório mais profundo e equilibrado Activação do sistema nervoso parassimpático Melhor funcionamento muscular
RESPIRAÇÃO
No ciclo respiratório a inspiração deve ser encarada como “deixar entrar o ar” e na expiração “libertar o ar”;
A transição entre a inspiração e a expiração deve ser fluida e continua;
A inspiração deve realizar-se pelo nariz, para que haja a filtração e aquecimento do ar nas fossas nasais.
Ocorre essencialmente ao nível do tecido
conjuntivo e do tecido muscular
ALONGAMENTO
Realiza o preenchimento dos espaços existentes entre as diversas estruturas do corpo humano;
Tem como funções:
Estabelecimento e manutenção da forma do corpo; Defesa
Transporte
É constituído por:
Células Fibras
Substancia fundamental
TECIDO CONJUNTIVO
Caracteriza-se pela contractibilidade e pela excitabilidade e são de três tipos: liso, cardíaco e esquelético
TECIDO MUSCULAR
O tecido muscular esquelético é aquele cuja contracção é voluntária e rápida.
Regra geral estes músculos estão envolvido na locomoção ou no revestimento visceral.
DIRECTRIZES PARA O ALONGAMENTO
È particularmente útil em situações de stress tecidular ou mesmo quando já se verifica rigidez;
Deve ser realizado:
durante 10 segundos findos os quais deve existir uma paragem de 60
segundos (Carlson et al, 1990);
respeitando a elasticidade individual e alcançando, no máximo,
150% do cumprimento tecidular do individuo;
de modo lento;
incidindo primordialmente sobre as regiões com maior tensão; faseadamente
ALONGAMENTO
PRECAUÇÕES
Excessiva velocidade de execução
Execução quando existe inflamação aguda do tecido conjuntivo
Demasiado alongamento
BENEFÍCIOS
Mantém / aumenta a
elasticidade dos tecidos Melhora a mobilidade articular
Previne lesões
Promove a reorganização das estruturas
INF. VESTIBULO - PROPRIOCEPTIVA
É dada através dos movimentos continuados (circulares e
lineares) e que se realizem contra – resistência;
Promovem a consciencialização corporal, o relaxamento
TEMPERATURA
32ºC - 34ºC R. Activo: OK
Relaxamento Passivo: leva à diminuição da ºC do utente
34ºC – 36º C R. Activo: há um lig. aumento da ºC do utente R. Passivo: Ok, durante os 1ºs 30m de relaxamento
+ de 36ºC R. Activo: Aumento significativo da ºC do utente, não sendo aconselhável
R. Passivo: Manutenção da ºC Corporal do utente
MÚSICA
A música é uma das actividades mais agradáveis para “brain reward system”. O Cérebro
Humano está desenhado para percepcionar a música como agradável, no entanto, os factores
culturais influenciam qual o tipo de música que activa cada sistema
recompensatório cerebral.
Flow is a optimal experience in which people feel intense pleasure and satisfaction while deeply engaged
in desired activity
Csikszentmihalyi, 1988
FLOW
Absorção completa pela actividade e diminuição do alerta para os estímulos ambientais;
Sentimento de unicidade com a actividade;
Imersão total no presente e perca da noção de tempo;
Diminuição do medo e ansiedade
Aumento da satisfação pessoal
Csikszentmihalyi, 1990
FLOW
Pesquisa demonstra que no relaxamento aquático as ondas cerebrais predominantes são as Theta (4-7HZ) existentes nos períodos de sono;
O relaxamento aquático leva ao aumento de endorfinas;
Passado de 9 meses aquáticos.
NO RELAXAMENTO AQUÁTICO
Flow
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
Ai Chi
Water Yoga
….
Watsu
Jahara
Aquamouvance
….
A
C
T
IV
O
P
a
ss
iv
o
AI CHI
Criado em 1995 pelo Japonês Jun Konno
Na Europa tem sido muito desenvolvido por Anne Bommer
Na América conta com Ruth Sova como a principal dinamizadora
AI CHI
Ai = Amor
AI CHI
Equilíbrio Relaxamento ForçaAI CHI -
APLICAÇÃO GradualRespeitando o ritmo do grupo
Levando o grupo a sentir o movimento Dirigir a atenção para a mente
CONTEMPLANDO FLUTUANDO ELEVANDO FECHANDO CRUZANDO ACALMANDO LIVRANDO TRANSFERINDO ACEITANDO
ACEITANDO COM GRAÇA BALANÇANDO
FLUINDO
REFLECTINDO
SUSTENTANDO CIRCULANDO
AI CHI
VAMOS VER
WATSU
1980 – Harold Dull começou a aplicar os princípios dos
alongamentos do Shiatsu Zen no meio aquático
PRINCIPIOS
Pressão Mobilização Respiração Alongamento Passivo WATSU Movimentos Base+
E
SPONTANEIDADEC
RIATIVIDADEM
EDITAÇÃOUtente completamente passivo
Pegas com apoio dorsal da mão ou do antebraço
Importância da fluidez da técnica
PRINCIPIOS
REQUISITOS AMBIENTAIS
A técnica só pode ser aplicada com agua a 34 /35ºC;
O ambiente da piscina deverá ser calmo, sem aulas a decorrer, sem correntes de ar,...
È recomendável a utilização de música de relaxamento durante a sessão, promovendo assim o efeito relaxante da técnica;
PROCEDIMENTOS GERAIS
A sessão inicia-se e termina com o utente na berma;Na berma o Terapeuta explica as linhas gerais da técnica descrevendo o que irá acontecer;
O utente deve permanecer de olhos fechados durante todo o relaxamento;
ALGUNS PASSOS
Dança da Respiração na água; Oferta suave; Libertação da coluna Oferecer uma perna Oferecer duas pernas AcordeãoAcordeão em rotação Rotação da perna de dentro Rotação da perna de fora Pega por cima
Calma
Acompanhar o movimento Algas
Watsu
Europa
WATSU
VAMOS VER
☺
RELAXAMENTO NO MEIO
AQUÁTICO
ESTRUTURA DA AULA
FASE TRABALHO DESENVOLVIDO
AQUECIMENTO Preparação das estruturas anatómicas e activação do sistema atencional para o trabalho desenvolvido na fase fundamental / desenvolvimento.
DESENVOLVIMENTO Corpo da aula. Fase em que são dinamizadas as actividades que visam atingir os objectivos prioritários e levar à aprendizagem de novos conteúdos.
RETORNO À CALMA Fase final da aula que visa a descontracção e por vezes a integração dos principais conteúdos abordados.
RELAXAMENTO NO MEIO AQUÁTICO
ESTRUTURA DA AULA
FASE TRABALHO DESENVOLVIDO
AQUECI. Quando o utente chega demasiado instável à aula, comprometendo o seu envolvimento na mesma.
DESENVOLV. Se ao longo da aula, o utente manifestar o comportamento disruptivo que inviabilize o processo de aprendizagem.
RETORNO À CALMA
Quando a aula trouxe demasiados desafios ao utente, havendo necessidade de diminuir o arousal;
Quando a nível neuro-motor existe indicação para realizar um alongamento com vista ao aumento / manutenção das amplitudes de movimento.
BIBLIOGRAFIA
Campion M. ( 2000). Hidroterapia: princípios e prática. São Paulo. Manole
Cole A., Becker B. (2004). Comprehensive Aquatic Therapy. United States of America. Butterworth Heinemann
Gutman, S., Schindler, V. (2007). The neurological basis of occupation. Occupational Therapy International 14(2), 71-85.
Payne R. ( 2003) Técnicas de Relaxamento. 2ª edição. Lisboa. Lusociência
Velasco C. (1994). Habilitação e reabilitações psicomotoras na água: corpo, mente e prazer. São Paulo. Editora Harbra