• Nenhum resultado encontrado

IMPACTO DA PROXIMIDADE ENTRE CIRCUITOS DURANTE A ENERGIZAÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO DE EXTRA ALTA TENSÃO. Rodrigo Lopes de Moraes

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "IMPACTO DA PROXIMIDADE ENTRE CIRCUITOS DURANTE A ENERGIZAÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO DE EXTRA ALTA TENSÃO. Rodrigo Lopes de Moraes"

Copied!
48
0
0

Texto

(1)

IMPACTO DA PROXIMIDADE ENTRE CIRCUITOS DURANTE A ENERGIZAC¸ ˜AO DE LINHAS DE TRANSMISS ˜AO DE EXTRA ALTA TENS ˜AO

Rodrigo Lopes de Moraes

Projeto de Gradua¸c˜ao apresentado ao Corpo Docente do Departamento de Engenharia El´etrica da Escola Polit´ecnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necess´arios `a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Jo˜ao Pedro Lopes Salvador

Rio de Janeiro Agosto de 2015

(2)

IMPACTO DA PROXIMIDADE ENTRE CIRCUITOS DURANTE A ENERGIZAC¸ ˜AO DE LINHAS DE TRANSMISS ˜AO DE EXTRA ALTA TENS ˜AO

Rodrigo Lopes de Moraes

PROJETO DE GRADUAC¸ ˜AO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE

DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA EL´ETRICA DA ESCOLA

POLIT´ECNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESS ´ARIOS PARA A OBTENC¸ ˜AO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA.

Examinado por:

Prof. Jo˜ao Pedro Lopes Salvador, M.Sc.

Eng. Antˆonio Paulo Cardillo Magalh˜aes, M.Sc.

Prof. Antonio Carlos Siqueira de Lima, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL AGOSTO DE 2015

(3)

Moraes, Rodrigo Lopes de

Impacto da proximidade entre circuitos durante a energiza¸c˜ao de linhas de transmiss˜ao de extra alta tens˜ao / Rodrigo Lopes de Moraes. – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Polit´ecnica, 2015.

X, 38 p.: il.; 29, 7cm.

Orientador: Jo˜ao Pedro Lopes Salvador

Projeto de Gradua¸c˜ao – UFRJ/Escola Polit´ecnica/ Departamento de Engenharia El´etrica, 2015.

Referˆencias Bibliogr´aficas: p. 34 – 35.

1. Sobretens˜oes de manobra. 2. Transit´orios eletromagn´eticos. 3. Estudo estat´ıstico. I. Salvador, Jo˜ao Pedro Lopes. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Polit´ecnica, Departamento de Engenharia El´etrica. III. T´ıtulo.

(4)

Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais, Santino e Maria Cristina, que nunca mediram esfor¸cos para garantir o melhor para mim e para minha irm˜a e que, atrav´es deste esfor¸co, me proporcionaram a oportunidade de estudar em uma universidade de excelˆencia. Aos meus demais familiares que, de uma forma ou de outra, contribuiram para meu aprendizado.

Agrade¸co `a minha namorada Helena, que esteve ao meu lado nos bons e nos maus momentos e que sempre foi fonte de suporte e compreens˜ao durante a realiza¸c˜ao deste trabalho.

Agrade¸co ao meu orientador, Jo˜ao Paulo Lopes Salvador, pela calma nos momen-tos de desespero e por sempre estar dispon´ıvel para me auxiliar no que fosse preciso mas sempre fazendo quest˜ao de que eu caminhasse com minhas pr´oprias pernas.

Aos amigos que fiz durante o per´ıodo de gradua¸c˜ao Bruno Sessa, Bruno Riehl, Hugo, Lucas, Vinicius, V´ıvian e Theo (in memorian) pelo companheirismo tanto nos momentos de estudo quanto nos momentos de descontra¸c˜ao.

Aos professores e funcion´arios do Departamento de Engenharia El´etrica da UFRJ, por oferecerem ensinamentos os quais tenho certeza que ser˜ao valiosos para minha carreira profissional como Engenheiro.

(5)

Resumo do Projeto de Gradua¸c˜ao apresentado `a Escola Polit´ecnica/UFRJ como parte dos requisitos necess´arios para a obten¸c˜ao do grau de Engenheiro Eletricista

IMPACTO DA PROXIMIDADE ENTRE CIRCUITOS DURANTE A ENERGIZAC¸ ˜AO DE LINHAS DE TRANSMISS ˜AO DE EXTRA ALTA TENS ˜AO

Rodrigo Lopes de Moraes

Agosto/2015

Orientador: Jo˜ao Pedro Lopes Salvador Departamento: Engenharia El´etrica

A amplia¸c˜ao de um sistema el´etrico de potˆencia deve, idealmente, acompanhar o crescimento da gera¸c˜ao de energia que ele suportar´a e da demanda que ele ser´a capaz de suprir. No entanto, a velocidade deste processo de amplia¸c˜ao ´e em muitas vezes reduzida devido `a entraves que n˜ao est˜ao simplesmente relacionados `as carac-ter´ısticas el´etricas do sistema. Um destes entraves ´e a dificuldade na obten¸c˜ao das licen¸cas ambientais necess´arias para a constru¸c˜ao de uma linha de transmiss˜ao.

A redu¸c˜ao das faixas de passagem surge como forma de reduzir os impactos am-bientais causados pela constru¸c˜ao do empreendimento e, consequentemente, acelerar o processo de licenciamento ambiental e constru¸c˜ao da linha. Contudo, ao se fazer os condutores mais pr´oximos um do outro, observa-se o efeito do acoplamento indu-tivo que influenciar´a diretamente o desempenho el´etrico das linhas de transmiss˜ao, principalmente durante a ocorrˆencia de contingˆencias.

Neste trabalho ´e apresentada uma avalia¸c˜ao das sobretens˜oes de energiza¸c˜ao em um sistema el´etrico de potˆencia, considerando a proximidade entre linhas de transmiss˜ao paralelas. Para tanto, um estudo estat´ıstico ´e realizado considerando a varia¸c˜ao aleat´oria dos tempos de fechamento dos disjuntores que atuam no sistema bem como a varia¸c˜ao no n´ıvel de tens˜ao e no comprimento das linhas de transmiss˜ao consideradas. Tanto o estudo estat´ıstico quanto as simula¸c˜oes no dom´ınio do tempo s˜ao realizadas no software ATPDraw.

(6)

Abstract of Graduation Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Electrical Engineer

IMPACT OF THE PROXIMITY BETWEEN CIRCUITS DURING THE ENERGIZATION OF EXTRA HIGH VOLTAGE TRANSMISSION LINES

Rodrigo Lopes de Moraes

August/2015

Advisor: Jo˜ao Pedro Lopes Salvador Department: Electrical Engineering

Ideally, reinforcements in a power system network must follow the growth of the power generation which will be able to support and meet the specifications of the load demand. However, the speed in which the reinforcement process takes place is oftentimes slowed down due to barriers that are not simply related with the electrical characteristics of that system. One of this barriers is the difficulty in obtaining the environmental licensing required for the building of transmission lines.

The reduction of the transmission lines right-of-way arises as a measure to reduce the environmental impacts caused by the building process, hence speeding up the environmental licensing process and the overall building of the transmission line. Nevertheless, by bringing the lines close to each other , the effect of the inductive coupling is observed which has a direct influence in the electrical performance of the transmission line, especially during contingency periods.

This work presents an assessment of the energization overvoltages in a power system network, accounting for the proximity between two transmission lines that are parallel to each other. Therefore, an statistical study is performed considering a random variation in the circuit breaker closing instants as well a variation in the nominal voltage level and the length of the transmission lines. Both the statistical and the time-domain studies were carried out in the ATPDraw software.

(7)

Sum´

ario

Lista de Figuras ix Lista de Tabelas x 1 Introdu¸c˜ao 1 1.1 Contextualiza¸c˜ao e Motiva¸c˜ao . . . 1 1.2 Objetivo . . . 3 1.3 Descri¸c˜ao do Documento . . . 3

2 Revis˜ao Bibliogr´afica 4 2.1 Sobretens˜oes em Sistemas El´etricos de Potˆencia (SEP) . . . 4

2.2 Considera¸c˜oes sobre Linhas de Transmiss˜ao . . . 5

2.2.1 Modelos de Linha de Transmiss˜ao Dependentes com a Frequˆencia . . . 7

2.2.2 Acoplamento Indutivo . . . 8

2.2.3 Determina¸c˜ao das distˆancias horizontais entre circuitos . . . . 8

2.3 Estudos Estat´ısticos . . . 9

2.3.1 M´etodo de Monte Carlo . . . 9

2.3.2 Chave Estat´ıstica . . . 10

3 M´etodo Proposto 12 3.1 Descri¸c˜ao dos casos estudados . . . 12

3.1.1 Topologia do caso base . . . 13

3.2 Defini¸c˜ao dos parˆametros de simula¸c˜ao . . . 15

3.2.1 Passo de Integra¸c˜ao . . . 15

3.2.2 Distribui¸c˜ao de probabilidades . . . 15

3.2.3 Quantidade de simula¸c˜oes . . . 16

4 Resultados 17 4.1 Circuitos com mesmo n´ıvel de tens˜ao . . . 17

4.1.1 Caso #1 – Duas Linhas de 230 kV em paralelo . . . 17

(8)

4.2 Circuitos com n´ıvel diferente de tens˜ao . . . 24 4.2.1 Caso #3 – Energiza¸c˜ao de Linha de 230 kV em paralelo com

Linha de 345 kV em opera¸c˜ao . . . 24 4.2.2 Caso #4 – Energiza¸c˜ao de Linha de 345 kV em paralelo com

Linha de 230 kV em opera¸c˜ao . . . 27 4.2.3 Discuss˜ao . . . 30

5 Conclus˜oes 32

5.1 Trabalhos Futuros . . . 33

Referˆencias Bibliogr´aficas 34

A Tabelas com Resultados 36

A.1 Valores m´edios de sobretens˜oes . . . 36 A.2 Valores m´aximos de sobretens˜oes . . . 37

(9)

Lista de Figuras

2.1 Fra¸c˜ao infinitesimal de uma LT representada por parˆametros

distri-buidos. . . 5

2.2 Modelo dependente com a frequˆencia de uma linha de transmiss˜ao. . 7

2.3 Acoplamento indutivo entre dois condutores paralelos. . . 8

2.4 Exemplo de chave estat´ıstica mestre-escravo no ATPDraw . . . 11

2.5 Distribui¸c˜ao Uniforme . . . 11

2.6 Distribui¸c˜ao Normal ou Gaussiana . . . 11

3.1 Disposi¸c˜ao dos condutores . . . 13

3.2 Representa¸c˜ao unifilar do caso base. . . 14

4.1 Modelo do Caso #1 construido no ATPDraw. . . 17

4.2 Caso #1 – Circuito energizado – D=17,52m e L=50km . . . 19

4.3 Caso #1 – Circuito em opera¸c˜ao – D=25m e L=50km . . . 19

4.4 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. . . 20

4.5 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha em opera¸c˜ao. . . . 20

4.6 Modelo do Caso #2 construido no ATPDraw. . . 21

4.7 Caso #2 – Circuito energizado – D=20,47m e L=50km . . . 22

4.8 Caso #2 – Circuito em opera¸c˜ao – D=20,47m e L=50km . . . 22

4.9 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. . . 23

4.10 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha em opera¸c˜ao. . . . 23

4.11 Modelo do Caso #3 construido no ATPDraw. . . 24

4.12 Caso #3 – Circuito energizado – D=25m e L=50km . . . 25

4.13 Caso #3 – Circuito em opera¸c˜ao – D=19,57m e L=250km . . . 26

4.14 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. . . 26

4.15 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha em opera¸c˜ao. . . . 27

4.16 Modelo do Caso #4 construido no ATPDraw. . . 27

4.17 Caso #4 – Circuito energizado – D=25m e L=250km . . . 28

4.18 Caso #4 – Circuito em opera¸c˜ao – D=19,57m e L=150km . . . 29

4.19 Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. . . 29

(10)

Lista de Tabelas

1.1 Larguras T´ıpicas de faixa de seguran¸ca por n´ıvel de tens˜ao. . . 2

3.1 Casos considerados . . . 12

3.2 Distˆancias entre os circuitos . . . 13

3.3 Parˆametros da chave estatistica . . . 16

4.1 Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #1. . . 18

4.2 Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #1. . . 18

4.3 Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #2. . . 21

4.4 Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #2. . . 21

4.5 Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #3. . . 24

4.6 Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #3. . . 25

4.7 Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #4. . . 27

4.8 Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #4. . . 28

A.1 Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #1. . . 36

A.2 Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #2. . . 36

A.3 Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #3. . . 37

A.4 Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #4. . . 37

A.5 Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #1. . . 37

A.6 Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #2. . . 38

A.7 Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #3. . . 38

(11)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

1.1

Contextualiza¸

ao e Motiva¸

ao

A reestrutura¸c˜ao do Setor El´etrico Brasileiro, institu´ıdo pela Lei 10.848/04, propor-cionou uma s´erie de investimentos e incentivos fornecidos aos setores de gera¸c˜ao, transmiss˜ao e comercializa¸c˜ao de energia el´etrica. Al´em disso, o crescimento econˆomico ocorrido na ´ultima d´ecada promoveu um crescimento na carga insta-lada, tanto industrial quanto residencial. Proje¸c˜oes indicam que a carga de energia el´etrica no Brasil apresentar´a um crescimento em torno de 4,0 % ao ano, saltando dos 65.830 MWmed observados em 2014 para 92.714 MWmed em 2023 [1].

Tal aumento no carregamento do sistema deve ser acompanhado pelo crescimento do sistema de gera¸c˜ao, onde estima-se que mais de 70 GW de capacidade instalada ser˜ao agregados ao parque gerador nacional, com destaque para fontes renov´aveis que passar˜ao a representar 86% da matriz de gera¸c˜ao do pa´ıs [1].

O sistema de transmiss˜ao deve ser capaz de comportar tais aumentos na carga e na gera¸c˜ao de energia, e portanto tamb´em passar´a por refor¸cos que ir˜ao agregar por volta de 70.000 km de novas linhas de transmiss˜ao, segundo estimativas[1].

Com o crescimento do sistema de transmiss˜ao, surge a necessidade da constru¸c˜ao de novas linhas situadas em ´areas onde h´a densa ocupa¸c˜ao populacional ou pr´oximas `

as linhas j´a existentes. N˜ao obstante, o enrijecimento da legisla¸c˜ao ambiental posa como um novo fator preponderante quando do projeto de linhas de transmiss˜ao, tendo sido inclusive causa para atrasos em novos empreendimentos[2].

Os condutores de uma linha de tranmiss˜ao provocam efeitos na regi˜ao adjacente `

a linha devido `a presen¸ca dos campos el´etrico e magn´etico. Estes podem causar efeitos variados, e.g., sob a forma de r´adio interferˆencia e ru´ıdo sonoro, afetando tanto as linhas vizinhas quanto os obst´aculos e a popula¸c˜ao ao redor do circuito de tranmiss˜ao.

(12)

Desta forma, ´e necess´ario que as linhas de transmiss˜ao sejam constru´ıdas dentro de uma faixa de terra delimitada, denominada faixa de seguran¸ca ou faixa de pas-sagem. A determina¸c˜ao da largura m´ınima da faixa de seguran¸ca de uma linha de transmiss˜ao ´e estabelecido na Norma NBR 5422 da Associa¸c˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas (ABNT) [3].

A largura da faixa de seguran¸ca ´e a informa¸c˜ao necess´aria para se iniciar o processo de licenciamento ambiental do empreendimento de transmiss˜ao e para in´ıcio das tratativas de negocia¸c˜ao com os propriet´arios das faixas de terra que ser˜ao desmobilizadas.

Al´em da norma t´ecnica, o Subm´odulo 2.4 dos Procedimentos de Rede do Opera-dor Nacional do Sistema El´etrico (ONS) e a resolu¸c˜ao 398 da ANEEL, estabelecem limites m´aximos para os efeitos eletromagn´eticos gerados pela linha de transmiss˜ao (campo el´etrico, campo magn´etico, ru´ıdos aud´ıveis e r´adio interferˆencia)[4]. A Ta-bela 1.1 apresenta larguras t´ıpicas para faixas de seguran¸ca para dois n´ıveis de tens˜ao comumente encontrados em opera¸c˜ao no Brasil [5]. ´E importante ressaltar que as faixas de seguran¸ca podem apresentar grande diversidade em rela¸c˜ao a lar-gura, principalmente para as linhas de 230 kV e 345 kV (normalmente passam por ´

areas urbanas).

Tabela 1.1: Larguras T´ıpicas de faixa de seguran¸ca por n´ıvel de tens˜ao.

Tens˜ao [kV] Largura T´ıpica [m]

230 30

345 40

Durante a opera¸c˜ao de uma linha de transmiss˜ao, esta fica sujeita `a varia¸c˜oes abruptas na magnitude de tens˜oes e correntes a esta impostas. Tais varia¸c˜oes podem ser causadas tanto por fatores externos, como descargas atmosf´ericas e queda de torres, quanto fatores internos ao sistema el´etrico, como opera¸c˜ao dos sistemas de prote¸c˜ao e altera¸c˜oes na topologia do sistema [6].

As magnitudes e formas de onda destas varia¸c˜oes de tens˜ao e corrente dependem de diversos fatores como a topologia da rede, os parˆametros dos equipamentos envol-vidos, o carregamento do sistema, as caracter´ısticas f´ısicas da linha de transmiss˜ao, entre outros. Estes fenˆomenos representam um risco para a opera¸c˜ao segura do sis-tema el´etrico, uma vez que sobretens˜oes e sobrecorrentes podem causar ruptura de isolamento, falhas em equipamentos conectados `a rede e interrup¸c˜ao do fornecimento ao consumidor.

Deve-se salientar tamb´em que a topologia dos circuitos de transmissao est´a di-retamente associada ao n´ıvel de tens˜ao que ser´a aplicado naquele circuito. Assim, diferentes n´ıveis de tens˜ao apresentam topologias distintas no que tange a disposi¸c˜ao dos condutores, quantidade de subcondutores por fase e altura da torre de

(13)

trans-miss˜ao.

1.2

Objetivo

A determina¸c˜ao das sobretens˜oes transit´orias `as quais a linha estar´a submetida ´e de extrema importˆancia para o projeto de sistemas de potˆencia. Os n´ıveis de sobretens˜ao determinados ir˜ao influenciar na coordena¸c˜ao de isolamento das linhas e dos equipamentos a ela conectados.

Tratando-se de sobretens˜oes de manobra, ´e pr´atica comum na ind´ustria a re-aliza¸c˜ao de estudos estat´ısticos para abertura e fechamento de disjuntores. Essa pr´atica vem da existˆencia de um atraso entre o instante de fechamento dos po-los de um disjuntor trif´asico, o que insere uma aleatoriedade na opera¸c˜ao destes equipamentos[7]. O estudo estat´ıstico ´e utilizado como forma de se inserir tal alea-toriedade no estudo destes fenˆomenos, de tal maneira que se possa obter um n´ıvel m´aximo de sobretens˜ao o mais pr´oximo poss´ıvel daquele que seria observado em campo. De posse do correto n´ıvel m´aximo de sobretens˜ao, pode-se evitar gastos desnecess´arios devido `a algum poss´ıvel sobredimensionamento no projeto.

Este trabalho tem o objetivo de estudar o impacto que a varia¸c˜ao da proximi-dade entre circuitos de transmiss˜ao paralelos causa nas sobretens˜oes, considerando a energiza¸c˜ao de linhas com diferentes topologias. Ser˜ao avaliados as sobretens˜oes causadas pela energiza¸c˜ao de circuitos paralelos com tens˜ao nominal de 230 kV e 345 kV, que possuem torres de transmiss˜ao com topologias diferentes, e as combina¸c˜oes entre eles. O efeito do acoplamento indutivo ser´a estudado atrav´es da varia¸c˜ao da distˆancia horizontal entre os circuitos de transmiss˜ao.

1.3

Descri¸

ao do Documento

O Cap´ıtulo 1 apresentou uma breve introdu¸c˜ao aonde contextualizou-se o tema abordado neste trabalho.

O Cap´ıtulo 2 apresenta uma revis˜ao bibliogr´afica acerca das sobretens˜oes em linhas de transmiss˜ao, transit´orios eletromagn´eticos e outros conceitos utilizados.

O Cap´ıtulo 3 apresenta a metodologia utilizada no estudo das sobretens˜oes de energiza¸c˜ao.

O Cap´ıtulo 4 apresenta os resultados obtidos atrav´es das simula¸c˜oes digitais e a discuss˜ao sobre o mesmo.

O Cap´ıtulo 5 apresenta as conclus˜oes obtidas a partir dos resultados do trabalho e oferece um horizonte para realiza¸c˜ao de trabalhos futuros.

(14)

Cap´ıtulo 2

Revis˜

ao Bibliogr´

afica

2.1

Sobretens˜

oes

em

Sistemas

El´

etricos

de

Potˆ

encia (SEP)

Durante sua opera¸c˜ao, os SEP est˜ao sujeitos a dist´urbios que causam um aumento nas tens˜oes de modo que estas superem os valores nominais para os quais o SEP foi projetado. Tais dist´urbios podem estar relacionados tanto a fenˆomenos de longa dura¸c˜ao, como per´ıodos de carga pesada e atendimento de contingˆencias, quanto a fenˆomenos de curta dura¸c˜ao como descargas atmosf´ericas e curtos-circuitos, que provocam mudan¸cas na topologia do circuito.

Na ocorrˆencia de fenˆomenos de curta dura¸c˜ao, a tens˜ao nominal do circuito pode ser consideravelmente superada oferecendo riscos aos equipamentos conectados `

aquele sistema e `a opera¸c˜ao do sistema de potˆencia como um todo. Deste modo, entender as caracter´ısticas das sobretens˜oes transit´orias ´e de extrema importˆancia para o projeto e opera¸c˜ao de um SEP. Segundo [8], as sobretens˜oes transit´orias podem ser classificadas em sobretens˜oes tempor´arias, sobretens˜oes de manobra e sobretens˜oes atmosf´ericas onde cada uma destas classifica¸c˜oes apresenta formas de ondas t´ıpicas consideradas em estudos e simula¸c˜oes.

Sobretens˜oes tempor´arias s˜ao causadas por curtos-circuitos entre fases ou entre fase e terra; sobretens˜ao natural devido aos parˆametros da linha (Efeito Ferranti); ressonˆancias entre os elementos reativos de compensa¸c˜ao; ou rejei¸c˜ao de carga por parte do sistema. Sua amplitude ´e normalmente inferior a 1,5 p.u. e seu tempo de dura¸c˜ao ´e longo, da ordem de dezenas de milissegundos.

Sobretens˜oes de manobra decorrem da altera¸c˜ao da topologia da rede. Estas altera¸c˜oes da topologia da rede podem estar associadas a eventos programados pelo operador do sistema, e.g., al´ıvio de carga e manuten¸c˜oes, ou n˜ao-programados, e.g., atua¸c˜ao dos sistemas de prote¸c˜ao para elimina¸c˜ao de defeitos. A amplitude deste tipo de sobretens˜ao ´e mais severa do que o observado no caso de sobretens˜ao tempor´aria,

(15)

podendo alcan¸car valores acima de 4,0 p.u.

Sobretens˜oes atmosf´ericas s˜ao causadas por descargas atmosf´ericas que incidam sobre o sistema el´etrico e/ou suas redondezas. A amplitude da sobretens˜ao causada por um surto atmosf´erico depende da amplitude do pr´oprio surto e, portanto, n˜ao ´e poss´ıvel precisar um valor usual para a mesma.

2.2

Considera¸

oes sobre Linhas de Transmiss˜

ao

A energiza¸c˜ao de uma linha de transmiss˜ao configura uma mudan¸ca na topologia da rede el´etrica causando sobretens˜oes de manobra. Esta manobra gera ondas viajantes na linha energizada que ir˜ao causar sobretens˜oes ao longo da linha. Estas, por sua vez, podem ser ainda mais severas caso o terminal receptor da linha esteja a vazio no momento da energiza¸c˜ao, devido `as reflex˜oes em descontinuidade, que correspondem `

a pontos do circuito onde ocorre mudan¸ca brusca nas rela¸c˜oes entre tens˜ao e corrente, e.g., terminais abertos e em curto-circuito.

i(x, t) R∆x L∆x G∆x C∆x − + V (x) i(x + ∆x, t) + − V (x + ∆x) ∆x

Figura 2.1: Fra¸c˜ao infinitesimal de uma LT representada por parˆametros distribui-dos.

As sobretens˜oes geradas pela energiza¸c˜ao de uma linha de transmiss˜ao ocorrem devido ao fenˆomeno de propaga¸c˜ao das ondas eletromagn´eticas na linha. Conside-rando uma fra¸c˜ao infinitesimal da linha de transmiss˜ao em sua representa¸c˜ao por parˆametros distribu´ıdos, tem-se o circuito representado pela Figura 2.1. A corrente e tens˜ao no terminal da direita podem ser obtidas utilizando as Leis de Kirchhoff:

i(x + ∆x, t) = i(x, t) − G∆xv(x, t) − C∆x∂v(x, t)

∂t (2.1)

v(x + ∆x, t) = v(x, t) − L∆x∂i(x + ∆x, t)

(16)

Dividindo ambas Equa¸c˜oes (2.1) e (2.2) por ∆x e aplicando o limite para ∆x → 0, obt´em-se: − ∂i ∂x = Gv(x, t) + C ∂v(x, t) ∂t (2.3) − ∂v ∂x = Ri(x, t) + L ∂i(x, t) ∂t (2.4)

Aplicando a Transformada de Laplace `as Equa¸c˜oes (2.3) e (2.4) e considerando as condi¸c˜oes iniciais nulas, tem-se:

∂I(x, s)

∂x = −(G + sC)V (x, s) (2.5)

∂V (x, s)

∂x = −(R + sL)I(x, s) (2.6)

Derivando-se (2.5) e (2.6) em rela¸c˜ao a x e substituindo a derivada de (2.5) em (2.6) e vice-versa, obt´em-se:

∂2I(x, s)

∂x2 = (G + sC)(R + sL)I(x, s) (2.7)

∂2V (x, s)

∂x2 = (R + sL)(G + sC)V (x, s) (2.8)

Considerando Y (s) = (G + sC) e Z(s) = (R + sL), matrizes de admitˆancia em deriva¸c˜ao e impedˆancia s´erie, respectivamente, define-se a constante de propaga¸c˜ao da linha:

γ =pZ(s) × Y (s) =p(R + sL) × (G + sC) (2.9) As solu¸c˜oes das Equa¸c˜oes Diferenciais (2.7) e (2.8) podem ser expressas, consi-derando (2.9), como: I(x, s) = A(s) Z(s)e −γx + B(s) Z(s)e γx (2.10) V (x, s) = A(s)e−γx+ Z(s)eγx (2.11) onde A(s) e B(s) s˜ao constantes determinadas a partir das condi¸c˜oes de contorno nos terminais emissor e receptor da linha.

(17)

2.2.1

Modelos de Linha de Transmiss˜

ao Dependentes com

a Frequˆ

encia

Devido `a alta complexidade envolvida no c´alculo de transit´orios eletromagn´eticos, programas computacionais s˜ao desenvolvidos e utilizados para a solu¸c˜ao de proble-mas de transit´orios eletromagn´eticos desde os anos 1960 [9].

O uso de programas computacionais requer o desenvolvimento de modelos para os componentes de uma rede el´etrica e o desenvolvimento de modelos de Linhas de Transmiss˜ao ´e especialmente importante, visto que estas representam a maior parte dos sistemas el´etricos de potˆencia.

Os primeiros modelos de Linha de Transmiss˜ao consideravam apenas a solu¸c˜ao dos transit´orios eletromagn´eticos no dom´ınio do tempo. Pode-se citar o modelo de Bergeron, em que consideram-se os parˆametros distribu´ıdos da linha de transmiss˜ao constantes em frequˆencia. Contudo, sabe-se que ao n˜ao considerar a dependˆencia dos parˆametros da linha com a frequˆencia podem-se obter sobretens˜oes com magnitude superior `aquela que seria obtida na pr´atica. Isto ocorre porque a parte resistiva da impedˆancia s´erie da linha cresce de maneira diretamente proporcional `a frequˆencia e, portanto, ao n˜ao considerar a varia¸c˜ao dos parˆametros com a frequˆencia essa atenua¸c˜ao das sobretens˜oes n˜ao ser´a observada no resultado das simula¸c˜oes [7].

De forma a suprir os problemas decorrentes do uso do modelo de Bergeron, diversos modelos de linhas de transmiss˜ao que consideram a varia¸c˜ao dos parˆametros do circuito com a frequˆencia foram propostos, e.g., os modelos de Budner e de Meyer e Dommel [10].

Apesar de fornecer resultados mais precisos quando comparado com modelos constantes em frequˆencia, os modelos de Budner e de Meyer e Dommel apresentavam diversas instabilidades num´ericas. O modelo dependente da frequˆencia proposto por J. Mart´ı em [11] e ilustrado na Figura 2.2 parte dos modelos anteriormente propostos e faz uso da interpreta¸c˜ao utilizada por Bergeron para as equa¸c˜oes de onda.

Zeq Ikh Imh Zeq

Figura 2.2: Modelo dependente com a frequˆencia de uma linha de transmiss˜ao. A impedˆancia equivalente Zeq ´e uma combina¸c˜ao da resistˆancia e capacitˆancia

do circuito e possui a mesma resposta em frequˆencia da Impedˆancia Caracter´ıstica da linha (Zc).

(18)

2.2.2

Acoplamento Indutivo

O campo eletromagn´etico produzido por uma linha de transmiss˜ao pode causar fenˆomenos de acoplamento e interferˆencia entre linhas de transmiss˜ao e outras es-truturas met´alicas, e.g., trilhos de ferrovias e dutos de g´as e ´oleo. Estes fenˆomenos podem gerar tens˜oes e/ou correntes induzidas nas estruturas pr´oximas afetando a opera¸c˜ao destas. Efeitos de acoplamento s˜ao usualmente dependentes com a frequˆencia. Portanto, como transit´orios em linhas de transmiss˜ao possuem um largo espectro de frequˆencia, estes s˜ao causa comum de efeitos de acoplamento em estru-turas vizinhas [12].

Figura 2.3: Acoplamento indutivo entre dois condutores paralelos.

Assumindo que a corrente que passa pelo condutor a da Figura 2.3 ´e constante, a mesma ir´a gerar um campo magn´etico H tamb´em constante. A varia¸c˜ao na corrente Ia causa uma varia¸c˜ao no campo magn´etico H que por sua vez ir´a causar uma

varia¸c˜ao do campo el´etrico no interior do loop que ir´a gerar uma varia¸c˜ao na tens˜ao nos terminais dos condutores contidos no interior do loop [13].

2.2.3

Determina¸

ao das distˆ

ancias horizontais entre

circui-tos

A norma brasileira determina que a m´ınima distˆancia horizontal o eixo de circuitos de transmiss˜ao em paralelo deve ser obtida utilizando-se as Equa¸c˜oes (2.12) e (2.13) [3].

L = bi+ . . . + bn+ di+ . . . + dn+ ds (2.12)

(19)

onde:

L: distˆancia, em metros, entre os eixos dos circuitos de transmiss˜ao em para-lelo.

bi. . . bn: distˆancias horizontais, em metros, do eixo da linha de transmiss˜ao ao

ponto de fixa¸c˜ao do condutor mais afastado.

di. . . dn: somas das proje¸c˜oes horizontais da flecha do condutor e do

compri-mento da cadeia de isoladores , em metros, ap´os deslocamento angular devido `

a a¸c˜ao do vento.

ds: distˆancia m´ınima entre condutores localizados em circuitos de transmiss˜ao

distintos;

DU: valor, em metros, numericamente igual a maior tens˜ao eficaz fase-fase

dentre os circuitos considerados.

2.3

Estudos Estat´ısticos

A amplitude e a dura¸c˜ao das sobretens˜oes observadas em sistemas de potˆencia depen-dem de um grande n´umero de parˆametros que muitas vezes n˜ao podem ser estimados com precis˜ao o que introduz incertezas nos resultados obtidos.

Devido `as incertezas observadas neste tipo de estudo, a amplitude da sobretens˜ao de energiza¸c˜ao pode ser vista como uma grandeza estoc´astica e n˜ao determin´ıstica. Uma forma de superar estas incertezas ´e a utiliza¸c˜ao de um estudo estat´ıstico, onde um grande n´umero de simula¸c˜oes no dom´ınio do tempo ´e realizado [14].

2.3.1

etodo de Monte Carlo

O M´etodo de Monte Carlo consiste em estimar um valor para uma grandeza es-toc´astica Y atrav´es de um grande n´umero de amostras Yi.

A aplica¸c˜ao do M´etodo de Monte Carlo consiste em trˆes passos: gera¸c˜ao de um conjunto de N valores aleat´orios atribu´ıdos aos parˆametros do sistema, na solu¸c˜ao matem´atica dos N casos e na an´alise estat´ıstica dos resultados obtidos uma vez que os N casos tenham sido computados.

A partir da solu¸c˜ao dos N casos, o valor m´edio e a variˆancia da grandeza Y podem ser obtidos:

Y = 1 N N X i=1 Yi (2.14)

(20)

E Y − µY =

σ2Y

N (2.15)

onde µY e σY s˜ao o desvio m´edio e o desvio padr˜ao, respectivamente.

A partir das Equa¸c˜oes (2.14) e (2.15) pode-se observar que o erro associado ao valor m´edio da grandeza (Y ) ´e inversamente proporcional `a raiz quadrada do n´umero de casos considerados (N).

No estudo considerado neste trabalho, instantes aleat´orios de fechamento dos disjuntores ser˜ao obtidos seguindo uma curva de distribui¸c˜ao de probabilidades. Para cada conjunto de instantes de fechamento, a solu¸c˜ao no dom´ınio do tempo ser´a computada pelo EMTP/ATP e os resultados obtidos ser˜ao agregados.

2.3.2

Chave Estat´ıstica

´

E recomendado que, ao realizar estudos estat´ısticos de sobretens˜oes de manobra, seja considerado o instante de fechamento da chave capaz de proporcionar o maior n´ıvel de sobretens˜ao poss´ıvel. Este n´ıvel m´aximo de sobretens˜ao ocorre quando a onda senoidal de tens˜ao fase-neutro est´a em seu pico e a chave ´e fechada naquele instante, para aquela fase [15].

O ATPDraw possui um modelo espec´ıfico de chave para uso em estudos es-tat´ısticos, que permite ao usu´ario definir o tipo de distribui¸c˜ao estat´ıstica – Gaus-siana, uniforme ou linear – assim como os instantes de fechamento das chaves e a incerteza presente nesta grandeza.

A chave estat´ıstica possui dois modos de opera¸c˜ao: independente ou mestre-escravo. No modo independente, o usu´ario pode determinar o instante de fechamento e a incerteza para cada uma das fases. J´a no modo mestre-escravo, uma das chaves assume a fun¸c˜ao de mestre, recebendo a informa¸c˜ao do instante de fechamento e da incerteza associada, e fica respons´avel por acionar o fechamento das demais chaves. O tempo de fechamento das chaves escravo ´e determinado de acordo com a Equa¸c˜ao (2.16).

Tf echamentoescravo = Tf echamentomestre + Tatraso (2.16)

Onde Tatraso ´e aleatoriamente determinado entre o tempo m´edio de atraso e o

des-vio padr˜ao associado. Ambas grandezas podem ser definidas no modelo de chave estatistica do ATPDraw.

O usu´ario deve definir um tempo alvo para o fechamento da chave estat´ıstica e um desvio padr˜ao associado a este instante assim como a distribui¸c˜ao de pro-babilidades na qual a escolha aleat´oria de vari´aveis ser´a baseada. O instante de fechamento do disjuntor mestre para cada itera¸c˜ao do estudo estat´ıstico ´e escolhido

(21)

Figura 2.4: Exemplo de chave estat´ıstica mestre-escravo no ATPDraw

aleatoriamente entre os limites da curva de distribui¸c˜ao de probabilidade escolhida. O instante de fechamento dos disjuntores escravos ´e determinado a partir do instante de fechamento do disjuntor mestre e do tempo de atraso escolhido.

As Figuras 2.5 e 2.6 ilustram as curvas de probabilidade que podem ser escolhi-das.

Figura 2.5: Distribui¸c˜ao Uniforme

(22)

Cap´ıtulo 3

etodo Proposto

Este cap´ıtulo apresenta a metologia aplicada para obten¸c˜ao das sobretens˜oes de manobra na energiza¸c˜ao de uma linha de transmiss˜ao a vazio, pr´oxima a uma linha em opera¸c˜ao. O caso base considerado consiste em dois sistemas trif´asicos radiais, onde um dos circuitos ´e energizado com o terminal receptor a vazio enquanto o segundo circuito est´a ligado `a uma carga correspondente a potˆencia caracter´ıstica da linha de transmiss˜ao. Ser˜ao observadas as sobretens˜oes no terminal receptor da linha energizada e no terminal receptor da linha com carga.

Todas as simula¸c˜oes apresentadas nesse cap´ıtulo foram realizadas utili-zando o Electromagnetic Transients Program/Alternative Transients Program (EMTP/ATP R) e sua interface gr´afica, ATPDraw R.

3.1

Descri¸

ao dos casos estudados

Ser˜ao considerados duas topologias distintas para as linhas de transmiss˜ao que s˜ao usualmente utilizados no Sistema El´etrico Brasileiro. A primeira topologia apresenta um condutor por fase e dois cabos guarda e ser´a operada com tens˜ao de 230 kV entre fases. J´a a segunda topologia conta com dois subcondutores por fase e dois cabos guarda e ser´a operada com tens˜ao de 345 kV fase-fase. Cada uma das topologias ser´a considerado tanto no circuito a ser energizado quanto no circuito com carga. A Tabela (3.1) apresenta os casos a serem analisados. A Figura 3.1 ilustra a disposi¸c˜ao dos condutores para cada caso considerado

Tabela 3.1: Casos considerados

Caso # Topologia

Linha energizada Linha com carga 1 230 kV 230 kV 2 345 kV 345 kV 3 230 kV 345 kV 4 345 kV 230 kV

(23)

(a) Caso 1 (b) Caso 2

(c) Casos 3 e 4

Figura 3.1: Disposi¸c˜ao dos condutores

Para cada caso estudado, ser˜ao consideradas trˆes comprimentos distintos para as Linhas de Transmiss˜ao: 50, 150 e 250 km. Para observar a influˆencia da proximidade entre circuitos nas sobretens˜oes, a distˆancia entre os eixos das linhas de transmiss˜ao em paralelo ser˜ao variadas entre os valores t´ıpicos utilizados na ind´ustria e os valores m´ınimos admitidos pela norma brasileira.

A Tabela 3.2 apresenta as distˆancias horizontais consideradas, onde D1

repre-senta a distˆancia t´ıpica entre circuitos paralelos para o maior n´ıvel de tens˜ao conside-rado no caso e D4 representa a menor distˆancia entre os circuitos paralelos admitida

pela norma brasileira.

Tabela 3.2: Distˆancias entre os circuitos

Caso # Distˆancia entre os eixos das torres D1[m] D2 [m] D3[m] D4 [m]

1 30 25 20 17.52 2 40 30 25 19.57 3 40 30 25 19.57 4 40 35 30 20.47

3.1.1

Topologia do caso base

O caso base ´e constiu´ıdo por dois geradores conectados a duas linhas de transmiss˜ao em paralelo. Uma das linhas possui suas trˆes fases do terminal emissor conectadas

(24)

`

a um disjuntor estat´ıstico enquanto que as trˆes fases do terminal receptor est˜ao `a vazio. A Figura 3.2 apresenta o modelo constru´ıdo no ATPDraw.

A outra linha de transmiss˜ao possui as trˆes fases do terminal receptor conecta-das `a uma carga trif´asica, representada por uma fonte de corrente, com potˆencia correspondente `a potˆencia caracter´ıstica da linha de transmiss˜ao.

STAT LCC

LCC

Carga

Figura 3.2: Representa¸c˜ao unifilar do caso base.

O gerador ´e representado por uma fonte de tens˜ao trif´asica, equilibrada e sim´etrica em s´erie com uma reatˆancia, a carga ´e representada pelo modelo corrente constante, sendo modelada por uma fonte de corrente equilibrada e sim´etrica no sentido do terminal receptor para o terra. A potˆencia da carga, em MVA, depende da corrente da fonte em amp`eres e ´e obtida utilizando a formula¸c˜ao de potˆencia trif´asica:

Scarga=

3 × VF −F × If onte (3.1)

A potˆencia ativa da carga ´e escolhida de forma a ser igual `a potˆencia caracter´ıstica da linha de transmiss˜ao, representando assim uma condi¸c˜ao de quase supera¸c˜ao da capacidade de transmiss˜ao da linha.

Assim, considerando um fator de potˆencia arbitr´ario f.p. = 0,92, pode-se obter a potˆencia aparente da carga e, consequentemente, a corrente equivalente na fonte:

Pcarac = Pcarga→ Scarga=

Pcarac

f.p. (3.2)

Substituindo o valor de Scarga obtido em (3.2) em (3.1) e resolvendo para If onte,

obt´em-se o valor equivalente da corrente, em Amp´eres.

As linhas de transmiss˜ao s˜ao modeladas atrav´es de blocos LCC, considerando o modelo de parˆametros variantes com a frequˆencia de JMarti. A linha ´e transposta manualmente atrav´es de blocos de transposi¸c˜ao com cada bloco LCC representando 1/6 do comprimento total da LT. Desta forma, a linha de transmiss˜ao ´e transposta

(25)

da forma 1/6→1/3→1/3→1/6.

A escolha pela transposi¸c˜ao manual em contraste `a transposi¸c˜ao ideal ´e necess´aria uma vez que o uso transposi¸c˜ao manual ´e capaz de fornecer valores de sobretens˜ao mais pr´oximos da realidade.[7]

3.2

Defini¸

ao dos parˆ

ametros de simula¸

ao

3.2.1

Passo de Integra¸

ao

O estudo estat´ıstico realizado neste trabalho ´e composto por N solu¸c˜oes das sobre-tens˜oes de energiza¸c˜ao no dom´ınio do tempo, logo se faz necess´ario definir o passo de integra¸c˜ao num´erica, que ´e o intervalo de tempo discreto para os c´alculos.

A correta sele¸c˜ao do passo de integra¸c˜ao (∆t) ´e extremamente importante para estudos realizados no ATP/EMTP, podendo influenciar diretamente na precis˜ao do resultado obtido. Portanto, alguns crit´erios devem ser adotados para a correta sele¸c˜ao de ∆t.

Primeiramente, deve-se definir a maior frequˆencia a ser observada na simula¸c˜ao (fmax) e, assumindo que um per´ıodo da onda com frequˆencia fmax pode ser

sufici-entemente definido com 10 pontos, obt´em-se ∆t atrav´es de 3.3.

∆t = 1

10 × f max (3.3)

Para estudos de energiza¸c˜ao de linhas de linhas de transmiss˜ao, pode-se esperar que fmax n˜ao seja maior do que 2 kHz. Desta forma, o passo de integra¸c˜ao a ser

adotado deve ser da ordem de 50 µs.[16]

3.2.2

Distribui¸

ao de probabilidades

No EMTP/ATP R o tempo de fechamento do disjuntos ´e aleatoriamente escolhido

se-guindo uma distribui¸c˜ao de probabilidades que pode ser selecionada pelo usu´ario. ´E poss´ıvel escolher entre uma distribui¸c˜ao uniforme ou uma distribui¸c˜ao normal (Gaus-siana). Para a realiza¸c˜ao do estudo estat´ıstico presente neste trabalho, considerou-se um distribui¸c˜ao Gaussiana para o fechamento do disjuntores uma vez que essa dis-tribui¸c˜ao ´e mais adequada para estudos de energiza¸c˜ao de linhas de transmiss˜ao[15]. O tempo alvo de fechamento (T ) foi escolhido de forma a coincidir com o primeiro pico positivo da tens˜ao senoidal. Os demais valores foram utilizados de acordo com valores usuais da ind´ustria[17]. A Tabela 3.3 lista os parˆametros considerados neste trabalho.

(26)

Tabela 3.3: Parˆametros da chave estatistica

Fase T [s] σ [s] A (mestre) 0.0167 0.002 B (escravo) 0.00666 0.002 C (escravo) 0.00333 0.002

3.2.3

Quantidade de simula¸

oes

O EMTP/ATP permite que o usu´ario selecione a quantidade de simula¸c˜oes a serem realizadas durante o estudo estat´ısticos. Para cada uma das simula¸c˜oes realizadas, o programa determina diferentes instantes de fechamento para os disjuntores das fases A, B e C seguindo uma distribui¸c˜ao estat´ıstica que deve ser definida pelo usu´ario.

Para estudos de energiza¸c˜ao de linhas de transmiss˜ao, a varia¸c˜ao da quantidade de simula¸c˜oes n˜ao causa diferen¸cas estatisticamente relevantes nos n´ıveis de sobre-tens˜ao observados [7]. No entanto, ´e recomendado que sejam realizadas ao menos 100 simula¸c˜oes para que seja obtida uma sobretens˜ao de manobra suficientemente precisa.[15]

(27)

Cap´ıtulo 4

Resultados

Os resultados obtidos atrav´es dos estudos estat´ısticos e das simula¸c˜oes no dom´ınio do tempo realizados no ATP/EMTP ser˜ao apresentados neste Cap´ıtulo. As Tabelas contendo todos os resultados obtidos atrav´es das simula¸c˜oes realizadas est˜ao contidas no Apˆendice A.

4.1

Circuitos com mesmo n´ıvel de tens˜

ao

4.1.1

Caso #1 – Duas Linhas de 230 kV em paralelo

Figura 4.1: Modelo do Caso #1 construido no ATPDraw.

A Tabela 4.1 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores m´edios de sobre-tens˜ao. Observa-se que os maiores valores m´edios da sobretens˜ao nos terminais receptores da linha energizada e da linha em opera¸c˜ao (Venerg e Voper,

respectiva-mente) ocorrem quando a distˆancia entre os circuitos ´e a m´ınima poss´ıvel.

No entanto, para a linha energizada, o maior valor de sobretens˜ao m´edio ocorre quando o comprimento da linha ´e maximo (L=250 km) enquanto que para a linha em opera¸c˜ao isto ocorre quando o comprimento da linha ´e m´ınimo (L=50 km).

(28)

Tabela 4.1: Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #1.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

30 250 1,9691 50 1,9087 25 250 1,9578 50 1,8980 20 150 1,9981 50 1,9501 17,52 250 2,0266 50 2,0230

A Tabela 4.2 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores absolutos de sobretens˜ao. De antem˜ao, nota-se que os casos de maior sobretens˜ao m´edia, apre-sentados na Tabela 4.1 n˜ao s˜ao os mesmos que apresentaram os maiores valores absolutos de sobretens˜ao. A maior sobretens˜ao na linha energizada (Venerg) ocorre

quando a distˆancia entre circuitos e o comprimento dos mesmos est´a em sua condi¸c˜ao m´ınima. J´a a maior sobretens˜ao na linha em opera¸c˜ao ocorre para uma distˆancia horizontal de 25 m e comprimento das linhas de 50 km.

Tabela 4.2: Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #1.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

30 250 2,45 50 2,60 25 150 2,40 50 2,80 20 50 2,45 50 2,65 17,52 50 2,60 50 2,75

As Figuras 4.2(a) e 4.2(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporcionaram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha energizada para o Caso #1. Observa-se que mesmo a linha desligada antes do fechamento dos disjuntores, h´a a presen¸ca de tens˜ao em seus terminais devido ao acoplamento indutivo entre as linhas paralelas. Ao se fechar o disjuntor, observa-se que o m´aximo valor de sobretens˜ao ocorre na fase B em torno dos 0,02 ms de simula¸c˜ao. As sobretens˜oes duram aproximadamente 0,08 ms e, com as tens˜oes nas fases A, B e C permanecendo est´aveis no valor nominal de tens˜ao a partir dos 0,10 ms de simula¸c˜ao.

(29)

(a) (b)

Figura 4.2: Caso #1 – Circuito energizado – D=17,52m e L=50km

As Figuras 4.3(a) e 4.3(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporciona-ram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha em opera¸c˜ao para o Caso #1. Observa-se que, analogamente ao observado na Figura 4.2(a) o maior valor absoluto de sobretens˜ao ocorre na fase B. No entanto, a dura¸c˜ao da sobretens˜ao ´e ligeiramente menor, com as tens˜oes se estabilizando por volta dos 0,08 ms.

(a) (b)

Figura 4.3: Caso #1 – Circuito em opera¸c˜ao – D=25m e L=50km

A Figura 4.4 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha energizada. Aqui nota-se grafi-camente o resultado obtido atrav´es da Tabela 4.2(a), i.e., que a probabilidade de se obter valores maiores de sobretens˜ao aumenta com a redu¸c˜ao de D. Observa-se que a maior ocorrˆencia de sobretens˜oes se deu no intervalo entre 2 e 2,2 p.u.

(30)

Figura 4.4: Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. A Figura 4.5 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha em opera¸c˜ao. Nota-se que apro-ximadamente 40% dos casos estudados apresentaram sobretens˜oes na ordem de 2 p.u. Observa-se tamb´em da curva para o caso com D m´ınimo que as sobretens˜oes neste caso foram consideravelmente maiores.

(31)

4.1.2

Caso #2 – Duas Linhas de 345 kV em paralelo

Figura 4.6: Modelo do Caso #2 construido no ATPDraw.

A Tabela 4.3 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores m´edios de sobre-tens˜ao. Para ambas as linhas, o maior valor m´edio foi obtido para a condi¸c˜ao de distˆancia horizontal m´ınima. No entanto, observa-se que os maiores valores m´edios de sobretens˜ao na linha energizada ocorreram para os casos em que o comprimento da linha foi m´aximo enquanto que os maiores valores m´edios de sobretens˜ao na linha em opera¸c˜ao ocorreram para a condi¸c˜ao de menor comprimento.

Tabela 4.3: Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #2.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

40 250 2,0128 50 1,9830 35 250 2,0496 50 1,9658 30 250 2,0208 50 1,9878 20,47 250 2,0918 50 2,1155

A Tabela 4.4 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores absolutos de sobretens˜ao. Novamente, os maiores valores absolutos de sobretens˜ao foram obtidos na condi¸c˜ao de distˆancia horizontal m´ınima entre os circuitos. Com exce¸c˜ao do caso para distˆancia de 40 m entre os circuitos, os valores m´aximos de sobretens˜ao foram obtidos na condi¸c˜ao de comprimento m´ınimo das linhas.

Tabela 4.4: Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #2.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

40 250 2,45 50 2,60 35 50 2,50 50 2,60 30 50 2,60 50 2,70 20,47 50 2,65 50 2,95

As Figuras 4.7(a) e 4.7(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporcionaram

(32)

o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha energizada para o Caso #2. Nota-se a preNota-sen¸ca de tens˜oes nos terminais da linha mesmo enquanto esta se encontra desligada. A partir do fechamento dos disjuntores, observa-se a ocorrˆencia de sobre-tens˜oes sendo que a m´axima amplitude ocorre na tens˜ao da fase B. A tens˜ao n˜ao se estabiliza dentro do intervalo de simula¸c˜ao considerado.

(a) (b)

Figura 4.7: Caso #2 – Circuito energizado – D=20,47m e L=50km

As Figuras 4.8(a) e 4.8(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporcionaram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha em opera¸c˜ao para o Caso #2. A partir do fechamento dos disjuntores na linha observa-se ocorrˆencia de sobretens˜ao com valor m´aximo ocorrendo em torno de 0,025 s na tens˜ao da fase A. Analogamente `

a Figura 4.7(a) a tens˜ao nas fases A, B e C n˜ao se estabiliza durante os 0,15 s de simula¸c˜ao.

(a) (b)

Figura 4.8: Caso #2 – Circuito em opera¸c˜ao – D=20,47m e L=50km

A Figura 4.9 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha energizada. A maior probabili-dade de sobretens˜oes se d´a em torno de 2,2 p.u. Assim como observado na Tabela

(33)

4.3 as maiores sobretens˜oes ocorrem para o caso em que a distˆancia entre os circuitos ´e m´ınima.

Figura 4.9: Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. A Figura 4.10 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha em opera¸c˜ao. Os maiores valo-res de sobretens˜ao ocorrem para a condi¸c˜ao de menor distˆancia entre os circuitos. Observa-se que a maior probabilidade de ocorrˆencia de sobretens˜oes se d´a na faixa de 2 p.u.

(34)

4.2

Circuitos com n´ıvel diferente de tens˜

ao

4.2.1

Caso #3 – Energiza¸

ao de Linha de 230 kV em paralelo

com Linha de 345 kV em opera¸

ao

Figura 4.11: Modelo do Caso #3 construido no ATPDraw.

A Tabela 4.5 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores m´edios de sobre-tens˜ao. Observa-se que houve reduzida varia¸c˜ao entre os maiores valores m´edios considerando diferentes distˆancias horizontais, tanto para Venerg quanto para Voper.

Na linha energizada, as maiores sobretens˜oes m´edias ocorreram para a condi¸c˜ao de comprimento m´ınimo enquanto que para a linha em opera¸c˜ao estas ocorreram para a condi¸c˜ao de comprimento m´aximo. Apesar da reduzida varia¸c˜ao, os maiores va-lores m´edios nas duas linhas foram observados na condi¸c˜ao de distˆancia horizontal m´ınima entre os circuitos.

Tabela 4.5: Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #3.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

40 50 2,0673 250 1.2928 30 50 2,0445 250 1,2958 25 50 2,0920 250 1,2993 19,57 50 2,0958 250 1,3221

A Tabela 4.6 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores absolutos de sobretens˜ao. Assim como na Tabela 4.5, observa-se que houve reduzida varia¸c˜ao entre os valores m´aximos absolutos de sobretens˜ao para cada caso de distˆancia ho-rizontal. Para a linha energizada, os valores m´aximos absolutos ocorrem para a condi¸c˜ao de comprimento m´ınimo das linhas. J´a para a linha em opera¸c˜ao, tal comportamento se inverte e as m´aximas sobretens˜oes ocorrem para a condi¸c˜ao de comprimento m´aximo.

(35)

Tabela 4.6: Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #3.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

40 50 2,70 250 1,45 30 50 2,60 250 1,50 25 50 2,70 250 1,45 19,57 50 2,60 250 1,50

As Figuras 4.12(a) e 4.12(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporcionaram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha energizada para o Caso #3. Pode-se notar a presen¸ca de tens˜ao nos terminais da linha mesmo enquanto esta se encontra desligada. Isto ocorre devido ao acoplamento m´utuo entre a linha energizada e a linha em opera¸c˜ao. Ap´os o fechamento dos disjuntores, observa-se a ocorrˆencia de sobretens˜ao nos terminais da linha, com o m´aximo valor da sobretens˜ao ocorrendo na fase A. A sobretens˜ao tem dura¸c˜ao de aproximadamente 0,05 s e, aos 0,09 s de simula¸c˜ao, as tens˜oes das fases A, B e C j´a est˜ao estabilizadas.

(a) (b)

Figura 4.12: Caso #3 – Circuito energizado – D=25m e L=50km

As Figuras 4.13(a) e 4.13(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporciona-ram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha em opera¸c˜ao para o Caso #3. Observa-se que as sobretens˜oes neste caso s˜ao consideravelmente mais brandas do que as observadas nas se¸c˜oes anteriores com o pico de sobretens˜ao ocorre na fase C por volta de 0,03 s. Al´em da reduzida amplitude, tamb´em nota-se reduzida dura¸c˜ao da sobretens˜ao uma vez que em torno de 0,05 s as tens˜oes nas fases A, B e C j´a est˜ao estabilizadas.

(36)

(a) (b)

Figura 4.13: Caso #3 – Circuito em opera¸c˜ao – D=19,57m e L=250km A Figura 4.14 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha energizada. ´E poss´ıvel perceber que a influˆencia da redu¸c˜ao da distˆancia entre os circuitos ´e reduzida, sendo que o caso para distˆancia m´ınima apresenta sobretens˜oes ligeiramente maiores do que os demais.

Figura 4.14: Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. A Figura 4.15 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha em opera¸c˜ao. A maior parte dos valores de sobretens˜ao obtidos no estudo estat´ıstico ficou entre 1,3 e 1,5 p.u. A condi¸c˜ao de menor distˆancia horizontal forneceu os maiores valores de sobretens˜ao.

(37)

Figura 4.15: Curva de probabilidades cumulativas para a Linha em opera¸c˜ao.

4.2.2

Caso #4 – Energiza¸

ao de Linha de 345 kV em paralelo

com Linha de 230 kV em opera¸

ao

Figura 4.16: Modelo do Caso #4 construido no ATPDraw.

A Tabela 4.7 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores m´edios de sobre-tens˜ao. Tanto para a linha energizada quanto para a linha em opera¸c˜ao, os maiores valores de sobretens˜ao (Venerg e Voper, respectivamente) ocorrem para a condi¸c˜ao de

distˆancia m´ınima entre os circuitos sendo que na linha em opera¸c˜ao o maior valor m´edio ocorre na condi¸c˜ao de menor comprimento do circuito enquanto que para a linha em opera¸c˜ao isto ocorre na condi¸c˜ao em que L=150 km.

Tabela 4.7: Maiores valores m´edios de sobretens˜ao para o Caso #4.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

40 50 2,0998 250 1,8338 30 50 2,1061 50 1,9133 25 50 2,1495 250 2,0183 19,57 50 2,1750 150 2,1508

(38)

A Tabela 4.8 apresenta as combina¸c˜oes entre a distˆancia horizontal do circuito (D) e o comprimento da linha (L) que apresentaram maiores valores absolutos de so-bretens˜ao. Para a linha em energiza¸c˜ao, os maiores valores absolutos de sobretens˜ao ocorrem quando o comprimento do circuito ´e m´ınino, i.e., L=50 km. A maior so-bretens˜ao ´e observada quando a distˆancia entre os circuitos ´e D=25m. Para a linha em opera¸c˜ao, observa-se o maior valor absoluto de sobretens˜ao obtido na realiza¸c˜ao deste trabalho, Voper=3,35 p.u., que ocorre quando a distˆancia entre os circuitos ´e

m´ınima e o comprimento das linhas ´e de L=150 km.

Tabela 4.8: Maiores valores m´aximos de sobretens˜ao para o Caso #4.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] L[km] Voper [p.u.]

40 50 2,75 250 2,35 30 50 2,70 150 2,50 25 50 2,85 150 2,85 19,57 50 2,80 150 3,35

As Figuras 4.17(a) e 4.17(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporcionaram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha energizada para o Caso #4. A sobretens˜ao nesse caso apresenta maior amplitude na fase A, em torno de t=0,025 s. As tens˜oes nas fases A, B e C n˜ao se estabilizam no intervalo de simula¸c˜ao observado.

(a) (b)

Figura 4.17: Caso #4 – Circuito energizado – D=25m e L=250km

As Figuras 4.18(a) e 4.18(b) apresentam o resultado da simula¸c˜ao no dom´ınio do tempo considerando os instantes de fechamento dos disjuntores que proporcionaram o maior valor absoluto de sobretens˜ao na linha em opera¸c˜ao para o Caso #4. A partir do fechamento dos disjuntores na linha paralela, observa-se o dist´urbio nas tens˜oes das trˆes fases com o pico de 3,35 p.u. ocorrendo na fase C para t=0,03 s. O dist´urbio na linha em opera¸c˜ao tem dura¸c˜ao mais curta se comparado ao dist´urbio na linha energizada, sendo que as tens˜oes nas trˆes se encontram estabilizadas quando t=0,10 s.

(39)

(a) (b)

Figura 4.18: Caso #4 – Circuito em opera¸c˜ao – D=19,57m e L=150km A Figura 4.19 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha energizada. N˜ao ´e observado um grande distanciamento entre as curvas, indicando que a influˆencia da redu¸c˜ao das distˆancias horizontais ´e reduzida para este caso.

Figura 4.19: Curva de probabilidades cumulativas para a Linha energizada. A Figura 4.20 apresenta a curva de probabilidades cumulativas para as maiores sobretens˜oes m´edias no terminal receptor da linha em opera¸c˜ao. Ao contr´ario da Figura 4.19, observa-se aqui um grande afastamento entre as curvas para diferentes distˆancias horizontais.

(40)

Figura 4.20: Curva de probabilidades cumulativas para a Linha em opera¸c˜ao.

4.2.3

Discuss˜

ao

De maneira geral, os resultados obtidos neste trabalho apontaram para um cresci-mento nos n´ıveis de sobretens˜oes a partir da redu¸c˜ao da distˆancia entre as linhas de transmiss˜ao paralelas. Comparando as sobretens˜oes obtidas para a condi¸c˜ao de maior distˆancia entre linhas e as obtidas para a condi¸c˜ao de distˆancia m´ınima, observa-se um crescimento m´edio de 3,7% nas sobretens˜oes no terminal receptor da linha energizada e de 7,2% no terminal receptor da linha em opera¸c˜ao.

O caso mais severo de sobretens˜ao foi obtido para o Caso #4, em que o terminal receptor da linha de 230 kV apresentou sobretens˜oes de 3,35 p.u. devido `a ener-giza¸c˜ao da linha de 345 kV em paralelo. Em contrapartida, o caso mais brando de sobretens˜ao foi observado no Caso #3, em que o terminal receptor da linha de 345 kV apresentou sobretens˜oes m´aximas de 1,50 p.u. devido `a energiza¸c˜ao da linha de 230 kV em paralelo.

O fato de as maiores sobretens˜oes terem sido obtidas para a condi¸c˜ao de menor comprimento da linha ´e creditada `a realiza¸c˜ao da transposi¸c˜ao mesmo para linhas de comprimento reduzido (≤ 100 km). ´E importanto ressaltar que neste trabalho todas as linhas foram consideradas transpostas. No entanto, o M´odulo 2.4 dos Procedimentos de Rede estabelecidos pelo ONS [? ] afirma que apenas as linhas de comprimento igual ou maior do que 100 km devem ser transpostas.

Portanto, acredita-se que a redu¸c˜ao da distˆancia entre linhas de transmiss˜ao pa-ralelas ´e poss´ıvel e deve ser considerada no projeto das novas linhas de transmiss˜ao que ser˜ao construidas no Brasil, sendo a condi¸c˜ao mais segura aquela em que a li-nha energizada possui n´ıvel de tens˜ao menor do que a linha que j´a se encontra em

(41)

opera¸c˜ao. No entanto, para que esta medida seja posta em pr´atica, outros fatores inerentes ao projeto de linhas de transmiss˜ao, e.g., n´ıveis de ruido, intensidade dos campos eletromagn´eticos e formas de redu¸c˜ao dos n´ıveis de sobretens˜ao, e.g., resisto-res de pr´e-inser¸c˜ao, p´ara-raios e chaveamentos controlados, devem ser consideradas.

(42)

Cap´ıtulo 5

Conclus˜

oes

Este trabalho apresentou um estudo estat´ıstico de energiza¸c˜ao de linhas de trans-miss˜ao considerando o impacto causado pela proximidade entre duas linhas paralelas, sendo que uma destas linhas foi submetida `a manobra de energiza¸c˜ao enquanto a ou-tra permaneceu em opera¸c˜ao. O instante de fechamento dos disjuntores da linha em energiza¸c˜ao foram considerados como vari´aveis estoc´asticas e foram aleatoriamente distribuidos seguindo uma curva Gaussiana de distribui¸c˜ao de probabilidades. Para cada conjunto de instantes de fechamento nas fases A, B e C a simula¸c˜ao das sobre-tens˜oes transit´orias nos terminais receptores tanto da linha em energiza¸c˜ao quanto da linha em opera¸c˜ao foi realizada no ATP/EMTP. A partir dos resultados obtidos foi poss´ıvel montar as curvas de probabilidade cumulativa para cada caso estudado. O objetivo foi avaliar o impacto nos n´ıveis de sobretens˜ao de energiza¸c˜ao devido `

a redu¸c˜ao da faixa de passagem necess´aria para constru¸c˜ao das linhas e, consequen-temente, das distˆancias horizontais entre circuitos de transmiss˜ao paralelos. Foram levados em considera¸c˜ao as condi¸c˜oes estabelecidas na NBR 5422 para defini¸c˜ao das distˆancias m´ınimas entre circuitos de transmiss˜ao paralelos.

Observou-se a partir dos resultados obtidos que a redu¸c˜ao da distˆancia horizontal entre as linhas de transmiss˜ao faz com que as sobretens˜oes aumentem no terminal receptor de ambas, o que pode ser observado nas Tabelas 4.1, 4.3, 4.5 e 4.7. Contudo, esta rela¸c˜ao n˜ao ´e linear tendo em vista que foi observada redu¸c˜ao no valor m´edio de sobretens˜ao ap´os redu¸c˜ao da distˆancia m´ınima entre os circuitos.

Os resultados de m´aximos valores de sobretens˜ao n˜ao apresentaram a tendˆencia de aumento da sobretens˜ao a partir da redu¸c˜ao da distˆancia m´ınima. De fato, a m´axima amplitude da sobretens˜ao depende de diversos parˆametros que, em muitas vezes, n˜ao podem ser controlados. Isto ratifica a necessidade da realiza¸c˜ao de estudos estat´ısticos para fenˆomenos transit´orios, onde a imprevisibilidade destes parˆametros ´e reduzida devido `a realiza¸c˜ao de um grande n´umero de simula¸c˜oes para o mesmo caso.

(43)

Acredita-se que os resultados obtidos neste trabalho, em conjunto com outros es-tudos mais aprofundados, podem indicar a possibilidade de redu¸c˜ao das distˆancias padr˜ao entre os circuitos de transmiss˜ao paralelos, fazendo com o processo de li-cita¸c˜ao e constru¸c˜ao de novas linhas seja facilitado e, em ´ultima an´alise, a robustez do sistema el´etrico seja mais facilmente obtida.

5.1

Trabalhos Futuros

• Investigar a utiliza¸c˜ao de outras distribui¸c˜oes estat´ısticas para o tempo de fechamento dos disjuntores;

• Investigar a utiliza¸c˜ao de um disjuntor monopolar para energiza¸c˜ao da linha conectada ao gerador de 230 kV;

• Investigar o efeito de n˜ao se transpor as linhas com comprimento igual ou menor do que 100 km;

• Investigar o impacto da proximidade entre circuitos nos n´ıveis de sobretens˜oes tempor´arias e atmosf´ericas;

• Expandir o estudo realizado para englobar demais n´ıveis de tens˜ao em EAT e UAT;

• Investigar o impacto da proximidade entre linhas de transmiss˜ao em corrente cont´ınua e em corrente alternada;

• Incluir t´ecnicas de mitiga¸c˜ao de sobretens˜oes, e.g., resistores de pr´e-inser¸c˜ao e p´ara-raios, no estudo estat´ıstico;

(44)

Referˆ

encias Bibliogr´

aficas

[1] EPE. Plano Decenal de Expans˜ao de Energia 2023. Relat´orio t´ecnico, EPE/MME, 2014.

[2] CARDOSO JR., R. A. F. Licenciamento Ambiental de sistemas de transmiss˜ao de energia el´etrica no Brasil: Estudo de caso do sistema de transmiss˜ao do Madeira. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de Planejamento Energ´etico, 2014.

[3] ASSOCIAC¸ ˜AO BRASILEIRA DE NORMAS T´ECNICAS. “NBR 5422: Projeto de Linhas A´ereas de Transmiss˜ao de Energia El´etrica”. 1985.

[4] SOUZA, C. J. Determinac˜ao da Largura de Faixa de Seguranca de Linhas de Trasmiss˜ao: um Estudo Param´etrico. Disserta¸c˜ao de M.Sc., PP-GEE/UFMG, 2012.

[5] COMPANHIA DE TRANSMISS ˜AO DE ENERGIA EL´ETRICA PAU-LISTA. “Largura de Faixa de Passagem”. Dispon´ıvel em http://www.portaldaconstrucao.com.br/cteep/cteep4x.html. Acessado em 20/07/2015.

[6] PORTELA, C. M. J. C. M. Regimes Trans´orios – Volume I. Coppe/UFRJ, 1983.

[7] MESTAS, P., TAVARES, M. “Relevant Parameters in a Statistical Analysis -Application to Transmission Line Energization”, IEEE Transactions on Power Delivery, v. 29, n. 6, pp. 2605–2613, December 2014.

[8] PEREIRA, R. C. “Sistema de Monitoramento de Descargas Atmosf´ericas Im-plantado no Centro de Controle da COELCE como Ferramenta de Apoio `

as ´Areas de Engenharia, Manuten¸c˜ao e Opera¸c˜o”. Projeto de Gradua¸c˜ao, 2010.

[9] DOMMEL, H. W. “Computation of Electromagnetic Transients”. In: Procee-dings IEEE, v. 62(7), pp. 983–993, July 1974.

(45)

[10] SALVADOR, J. P. L. Estudo de Equivalentes de Redes em Ampla Faixa de Frequˆencia. Disserta¸c˜ao de M.Sc., COPPE, 2014.

[11] MART´I, J. R. “Accurate Modeling of Frequency-Dependent Transmission Linas in Electromagnetic Transient Simulations”, IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, v. PAS-101, n. 1, pp. 157–158, 1982.

[12] AO FARIA, J. A. B. “Electric and Magnetic Coupling Between Neigh-boring Multiconductor TransmissionLines Considering Short Integration Lengths”, IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 28, No. 1, 2013. [13] SHEN, M., SHAH, S., EFTEKHARI, R. “Study of Electromagnetic Interference

on Distribution Conductors from Parallel Transmission Line and Practical Mitigation Solutions”, T&D Conference and Exposition, 2014 IEEE PES, 2014.

[14] DURO, M. M., DENIS, R. “Parameter uncertainty assessment in the cal-culation of the overvoltages due to transformer energization in resonant networks”, Cigr´e, 2012.

[15] MARTINEZ, J. A., NATARAJAN, R., CAMM, E. “Comparison of Statistical Switching Results Using Gaussian, Uniform and Systematic Switching Approaches”, Power Engineering Society Summer Meeting, 2000. IEEE, v. Volume: 2, pp. 884–889, Jun/2000 2000.

[16] IBRAHIM, A., DOMMEL, H. “A Knowledge Base for Switching Surge Tran-sients”, International Conference on Power System Transients (IPST), 2005.

(46)

Apˆ

endice A

Tabelas com Resultados

A.1

Valores m´

edios de sobretens˜

oes

Tabela A.1: Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #1.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

30 50 1,9405 1,9087 150 1,9437 1,7101 250 1,9691 1,6618 25 50 1,9055 1,8980 150 1,9531 1,7453 250 1,9578 1,6741 20 50 1,9668 1,9501 150 1,9981 1,8135 250 1,9791 1,7198 17,52 50 2,0178 2,0230 150 1,9998 1,8320 250 2,0266 1,7991

Tabela A.2: Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #2.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

40 50 1,9528 1,9830 150 1,9776 1,8618 250 2,0128 1,7921 35 50 1,9515 1,9658 150 1,9751 1,8478 250 2,0496 1,8266 30 50 1,9338 1,9878 150 1,9723 1,7408 250 2,0208 1,8405 20,47 50 2,0720 2,1155 150 2,0626 2,0135 250 2,0918 1,9721

(47)

Tabela A.3: Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #3.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

40 50 2,0673 1,1646 150 1,9536 1,2226 250 2,0045 1,2928 30 50 2,0445 1,1488 150 1,9730 1,2318 250 1,9405 1,2958 25 50 2,0920 1,1598 150 1,9516 1,2400 250 1,9538 1,2993 19,57 50 2,0958 1,1983 150 2,0070 1,2683 250 2,0015 1,3221

Tabela A.4: Valores m´edios de sobretens˜ao obtidos para o caso #4.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

40 50 2,0998 1,6345 150 2,0983 1,7385 250 2,0826 1,8338 30 50 2,1061 1,7425 150 2,0646 1,8298 250 2,0805 1,9133 25 50 2,1495 1,9808 150 2,0501 1,9471 250 2,0826 2,0183 19,57 50 2,1750 2,1343 150 2,0678 2,1523 250 2,0806 2,1508

A.2

Valores m´

aximos de sobretens˜

oes

Tabela A.5: Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #1.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

30 50 2,40 2,60 150 2,40 2,10 250 2,45 2,25 25 50 2,40 2,80 150 2,40 2,20 250 2,30 2,10 20 50 2,45 2,65 150 2,40 2,40 250 2,30 2,15 17,52 50 2,60 2,75 150 2,45 2,55 250 2,40 2,50

(48)

Tabela A.6: Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #2.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

40 50 2,40 2,60 150 2,40 2,45 250 2,45 2,40 35 50 2,50 2,60 150 2,40 2,50 250 2,40 2,35 30 50 2,60 2,70 150 2,35 2,45 250 2,45 2,40 20,47 50 2,65 2,95 150 2,60 2,85 250 2,45 2,50

Tabela A.7: Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #3.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

40 50 2,70 1,30 150 2,40 1,40 250 2,55 1,45 30 50 2,60 1,30 150 2,40 1,40 250 2,50 1,50 25 50 2,70 1,30 150 2,45 1,40 250 2,40 1,45 19,57 50 2,60 1,40 150 2,40 1,50 250 2,45 1,50

Tabela A.8: Valores m´aximos de sobretens˜ao obtidos para o caso #4.

D [m] L[km] Venerg [p.u.] Voper [p.u.]

40 50 2,75 2,20 150 2,60 2,20 250 2,65 2,35 30 50 2,70 2,30 150 2,65 2,50 250 2,65 2,45 25 50 2,85 2,70 150 2,50 2,85 250 2,45 2,65 19,57 50 2,80 2,90 150 2,50 3,35 250 2,45 2,90

Referências

Documentos relacionados

Repare-se finalmente nos c´ odigos das instru¸ c˜ oes de salto utilizadas neste exemplo (linhas 24, 28 e 30) – o ´ ultimo byte de cada instru¸c˜ ao representa a distˆ ancia entre

A FORMAÇÃO DE NOVAS ELITES POLÍTICAS NO CEARÁ PÓS- REDEMOCRATIZAÇÃO: O CASO DE BARREIRA E ACARAPE, é o estudo de Monalisa Lima Torres sobre o processo de

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,

• Para a valorização de Obrigações cotadas ou admitidas à negociação num mercado regulamentado ou especializado, será considerado o preço disponível no momento de

Interaja de forma pró-ativa com os seus membros para saber o que está em falta e como pode melhorar as suas experiências de fitness.. Incentive todos os seus funcionários a

Por isso, o bolsista de extensão deverá ser aluno da UFU do curso de Biotecnologia, ter conhecimento sobre plantas medicinais, facilidade para interagir com a comunidade, ser

O trabalho no CEPDOMP caracteriza-se pela grande interface entre ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para o despertar e a formação de estudantes no

Por´em, justamente por ser uma ferramenta t˜ao completa e n˜ao somente dedicada ao SR, o SPRING n˜ao proporciona a facilidade de um software espec´ıfico para o ensino das t´ecnicas