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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AO PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

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Academic year: 2021

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Nurse’s performance in care for patients with acute myocardial infarction

Actuación de la enfermera en el cuidado de pacientes con infarto miocardio

agudo

Sabrina Irineu Ferreira1

Jorge Pasa2

Simone Lysakowski3

1 Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: sabrinaif24@gmail.com. ORCID:

https://orcid.org/0000-0002-4137-8160

2 Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: jorge.pasa@uniritter.edu.br. ORCID:

https://orcid.org/0000-0003-0523-532X

3 Irmandade Santa Casa da Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: silysa@gmail.com. ORCID: https://

orcid.org/0000-0003-3959-956X

RESUMEN

El infarto agudo de miocardio (IAM), conocido popularmente como ataque cardíaco, es una de las enfermedades cardiovasculares que causa la mayor cantidad de muertes, con un gran impacto en la salud pública. El objetivo de este estúdio fue describir el papel de las enfermeras en la atención de pacientes con infarto agudo de miocardio en los servicios de urgencia y emergencia. Es una revisión narrativa, en la cual la busca de artículos se realizó en las bases de datos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Centro-Latino-Americano de Informação e Ciências da Saúde (BIREME), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), entre 2009 y 2019. Después de buscar los artículos, los materiales fueron leídos y analizados. Para la atención de pacientes afectados por IAM en servicios urgentes y de emergencia, es esencial que las enfermeras tengan competencia técnica y conocimiento para permitir una atención y tratamiento rápidos y efectivos, asistiendo atención temprana, buscando así reducir las complicaciones derivadas de IAM. Entre los deberes principales de la enfermera, los estudios trajeron el electrocardiograma (ECG) en 10 minutos después de la llegada del paciente a los servicios urgentes y de emergencia, punción del acceso venoso periférico a una vena de gran calibre, monitoreo, administración de oxigenoterapia, control del dolor y la ansiedad, reposo en cama, recolección de pruebas de laboratorio, control de glucosa en sangre capilar, diagnóstico rápido e inicio temprano del tratamiento. La importancia del tema presentado en este trabajo se refuerza, no solo para los pacientes que padecen IAM, sino también para las enfermeras, en la realización de educación continua y la mejora en el área de atención de calidad.

Palabras clave: infarto de miocardio.

Cuidado de enfermería. Servicio de urgencias hospitalario.

ABSTRACT

Acute Myocardial Infarction (AMI), popularly known as heart attack, is one of the cardiovascular diseases that causes the most deaths, with great impact on public health. The objective this study was to describe the role of nurses in the treatment of patients with acute myocardial infarction (AMI) at urgent care and emergency departments. This is a narrative review of the topic, based on literature published in the period between 2009 and 2019. This synthesis was compiled from the following sources: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano de Informação e Ciências da Saúde (BIREME - Latin

American Center of Information and Health Sciences) and Biblioteca Virtual

em Saúde (BVS - Virtual Health Library). All selected publications were read and analyzed. In order to adequately care for patients presenting with AMI at urgent care and emergency departments, and to avoid further complications, nurses ought to possess the technical skills and knowledge necessary to carry out rapid and effective management and early treatment. Studies listed the main tasks to be performed by nurses, such as electrocardiograms (ECGs) - which should be completed within 10 minutes of arrival for emergency assistance - peripheral venous access punctures in large veins, monitoring, oxygen therapy management, pain and anxiety control, bed rest, laboratory test collection, blood glucose control, rapid diagnosis and early treatment. Our findings reinforce the importance of nurses pursuing continuing education and professional development in this particular field of management, with a view to providing quality care for patients presenting with AMI.

Key words: Myocardial infarction.

Nursing care. Emergency Hospital Service.

RESUMO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), mais conhecido popularmente como ataque do coração, é uma das doenças cardiovasculares que mais causa mortes, apresentando grande impacto na saúde pública. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a atuação do enfermeiro no atendimento do paciente com Infarto Agudo do Miocárdio nos serviços de urgência e emergência. Trata-se de uma revisão narrativa, na qual foi realizada a busca dos artigos nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Centro-Latino-Americano de Informação e Ciências da Saúde (Bireme), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), entre o período de 2009 a 2019. Após a busca dos artigos, foi realizada a leitura e análise dos materiais. Para o atendimento dos pacientes acometidos pelo IAM nos serviços de urgência e emergência, é essencial que o enfermeiro tenha competência técnica e conhecimento para possibilitar o rápido e eficaz atendimento e tratamento, atendendo de forma precoce, buscando, assim, reduzir as complicações decorrentes do IAM. Dentre as principais atribuições realizadas pelo enfermeiro, os estudos trouxeram a realização do eletrocardiograma (ECG) em até 10 minutos após a chegada do paciente aos serviços de urgência e emergência, punção de acesso venoso periférico em veia de grosso calibre, monitorização, administração de oxigenioterapia, controle da dor e ansiedade, repouso no leito, coleta de exames laboratoriais, controle da glicemia capilar, diagnóstico rápido e início precoce do tratamento. Reforça-se a importância do assunto apreReforça-sentado neste trabalho, não só para os pacientes que sofrem do IAM, como também para os enfermeiros, na realização da educação continuada e aperfeiçoamento na área para uma assistência de qualidade.

Palavras-chave: Infarto do Miocárdio.

Cuidados de Enfermagem. Serviço Hospitalar de Emergência.

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, as doenças cardiovasculares (DCV) representam elevada causa de morbidade e mortalidade no mundo. Devido às complicações da doença, são 17,1 milhões de indivíduos que morrem em virtude dessas comorbidades. Considera-se que desses óbitos, 7,4 milhões são classificados como infarto agudo do miocárdio, sendo este um importante problema de saúde na população. Por isso, é de suma importância o estabelecimento de intervenções preventivas visando à redução desses números (BARBOSA et al., 2019).

A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) ocorre quando há obstrução de uma artéria coronária devido ao acúmulo de gordura e tecido fibroso no interior das paredes arteriais, podendo ocasionar processo inflamatório, diminuindo a luz dos vasos e o aporte sanguíneo para o coração. Caso a placa de gordura sofra ruptura, a formação de um trombo pode levar à obstrução completa do vaso (SANTOS et al., 2018).

Dependendo do grau e local da obstrução, a SCA pode ser classificada em três formas diferentes: angina instável (AI), infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do seguimento ST (IAMSST) e o infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST), no qual há alterações significativas no exame de eletrocardiograma (BRUNNER, SUDDARTH, 2017).

O Infarto Agudo do Miocárdio é um processo de morte do tecido (necrose) e sofrimento do músculo cardíaco por processo de hipoxemia. Tal fato ocorre devido à obstrução das artérias coronárias, responsáveis pelo suprimento de oxigênio do miocárdio (MUSSI et al., 2013; BRUNNER, SUDDARTH, 2017). Os principais sinais e sintomas encontrados são dor torácica com possível irradiação para mandíbula, pescoço, membros superiores, tórax e abdômen, sendo necessária a avaliação da dor, sua característica, início e intensidade da mesma (CAVEIÃO et

al., 2014). Outros sinais e sintomas relatados no estudo de Passinho et al. (2018) são a dispneia,

indigestão, náuseas, ansiedade, angústia, pele fria, pálida e úmida.

Os fatores de risco comumente apresentados nos casos de IAM são: história familiar de doença cardiovascular, tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabete mellitus, sedentarismo, obesidade, gordura abdominal, estresse, hipercolesterolemia (LDL- elevado), homens > 45 anos e mulheres > 55 anos de idade (BRASIL, 2006).

Nos serviços de urgência e emergência, o profissional responsável pelo primeiro atendimento ao paciente com suspeita de IAM é o enfermeiro, que realiza o processo de triagem inicial. Ainda é grande o número de pacientes que apresentam dor torácica nos serviços de atendimento. Sendo assim, é de extrema importância o atendimento ágil e precoce deste paciente (RIBEIRO et al., 2016).

De acordo com Brunner e Suddarth (2017), o eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se por ser um exame de baixo custo, que avalia a atividade elétrica das células marca-passo cardíacas, sendo esse realizado para definição do diagnóstico e início precoce do tratamento. Após a confirmação de evento trombolítico, o tratamento apresenta-se de duas formas: a química, com o uso de agentes trombolíticos em um tempo inferior a 30 minutos desde a chegada do paciente;

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e a mecânica, com a realização da angioplastia primária (90 minutos da chegada ao hospital), sendo o tempo de realização essencial para um bom prognóstico ao paciente (PIEGAS et al., 2015).

Baseado nisso, o objetivo do presente estudo é descrever qual a atuação do enfermeiro no atendimento do paciente com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) nos serviços de urgência e emergência.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão narrativa, na qual foi realizada a busca pelos artigos nas seguintes bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). A pesquisa ocorreu entre os meses de março a abril de 2019, utilizando como descritores as palavras Infarto do Miocárdio, Cuidados de Enfermagem e Serviço Hospitalar de Emergência.

Como critérios de inclusão foram selecionados artigos que abordassem a temática cuidados de enfermagem ao paciente com IAM nos serviços de emergência, publicados em língua portuguesa e realizada entre os anos de 2009 a 2019 e que apresentassem os textos na íntegra.

Na primeira busca, de acordo com os critérios de inclusão, foram encontrados 113 artigos. Na base de dados Bireme foram 31 artigos que, após leitura dos resumos, apenas quatro foram selecionados para leitura na íntegra. Na plataforma Scielo foram achados 34 artigos, tendo apenas dois incluídos nesse estudo. Já na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) foram encontrados 49 materiais, sendo apenas um incluído na revisão. Dessa forma, sete artigos foram lidos na íntegra, a fim de compor essa revisão.

Figura 1 – Fluxograma de busca

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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Dos artigos selecionados para essa revisão, as informações que compuseram o resumo dos estudos foram compostas pela base de dados, autor, título, tipo de estudo e conclusão. Com isso, foi possível obter uma melhor visualização das informações relevantes de cada artigo, formando a Tabela 1.

Tabela 1 - Artigos Incluídos na Revisão.

Base de

dados Autor Titulo Tipo de estudo Conclusão

BVS Santos et al, 2015

Avaliação da quali-dade do atendimento ao paciente com

sín-drome coronariana aguda nos serviços

de emergência.

Estudo transversal e

analítico

Relata a importância do atendimento rápido ao paciente com IAM, com o uso do protocolo de Manchester que é essencial para um bom prognóstico. Relata também os principais fatores de risco para IAM: HAS, tabagismo, sedentarismo, idade avançada, dislipidemia, história fami-liar, diabetes, estresse e obesidade. E quanto ao tempo de realização do ECG sendo em média de 20min.

BIREME Ribeiro et al,

2016

Conhecimento do Infarto Agudo do Miocárdio: implica-ções para assistência

de enfermagem

Revisão de literatura

Relata a importância do controle da dor, controle da an-siedade, estresse, atendimento rápido e efetivo, monito-rização do paciente, controle dos sinais vitais, educação em saúde dos pacientes e reduzir ao máximo as possíveis complicações.

BIREME Passinho et al,

2018 Sinais e Sintomas e Complicações do Infarto Agudo do Miocárdio Revisão inte-grativa

Cita a dor no peito o sinal e sintoma mais comum entre os pacientes, também conhecida como dor precordial, pode ser em aperto, pressão, como pode irradiar-se para pesco-ço, membros superiores, costas e abdome. E também abor-da a importância do reconhecimento rápido por parte do enfermeiro, com objetivo de reduzir complicações, sendo a insuficiência cardíaca congestiva a mais prevalente. SCIELO Martins, Maier e

2016

Assistência ao Pa-ciente com Síndrome

Coronariana Aguda Segundo Indicadores de Qualidade. Estudo lon-gitudinal e qualitativo

Demonstra os indicadores quanto à realização do ECG que são em torno de 20 a 40min e angioplastia, sendo em um tempo maior do que indicado pelo protocolo. Também trouxe a importância da monitorização do paciente, admi-nistração de oxigênio e analgesia para dor.

SCIELO Mussi et al, 2013

Fatores Sociodemo-gráficos e Clínicos Associados ao Tempo de Decisão para a Procura de Atendimento no Infarto Agudo do Miocárdio Estudo explora-tório transver-sal

Foi observado que o tempo de procura do paciente com IAM até os serviços de urgências é alto. E isso influen-cia diretamente no prognóstico do paciente. A maioria dos pacientes não conhecia ou não sabiam identificação a dor torácica como sendo de origem cardíaca e associaram a outras causas. Observa-se também que a dor torácica é o sintoma mais comum, assim como os fatores de risco para IAM: hipertensão arterial sistêmica, história familiar, dia-betes e tabagismo.

BIREME Caveião et al,

2014

Dor torácica: Atu-ação do enfermeiro em um pronto atendimento de um hospital escola. Estudo do tipo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa.

Retrata a importância da avaliação da dor torácica quanto ao tipo de dor, intensidade, localização e sintomas associa-dos, que pode ser em aperto, queimação, irradiar-se para mandíbula, abdome, costas, podendo vir acompanhado de sinais e sintomas como dispneia, náuseas, taquicardia e confusão mental. Também se faz necessária realização do ECG monitorização cardíaca, instalação de oxigênio, controle da glicemia capilar, punção de acesso venoso ca-libroso e anamnese breve. Torna-se importante a educação continuada dos profissionais e tomada de decisão.

BIREME Alves et al, 2013

Atuação do Enfer-meiro no Atendimen-to Emergencial aos Usuários Acometidos de Infarto Agudo do Miocárdio Exploratório e descritivo com abordagem qualitativa.

Com este estudo observou-se que a demanda de paciente é alta e por isso a dificuldade de conseguir um leito de UTI. Traz também a importância do repouso no leito, controle da ansiedade, coleta de exames laboratoriais, realização do ECG em 10min, monitorização contínua, administração de oxigênio, suspensão da dieta e necessidade de melhoria, na estrutura física e a importância da educação continuada da equipe.

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Nos estudos de Mussi et al. (2013) e Santos et al. (2015), a Hipertensão Arterial Sistêmi-ca, histórico familiar, dislipidemia, diabetes mellitus e tabagismo foram os fatores de risco mais associados ao IAM, com maior prevalência no sexo masculino. Além disso, Santos et al. (2015) também destacam o sedentarismo, idade avançada, estresse e obesidade. Porém, além de levar em consideração tais condições, Caveião et al. (2014) ressaltam a importância da realização de uma anamnese para identificação total dos fatores de risco associados.

Segundo Santos et al. (2015), quando levado em consideração os serviços de atendimen-to de emergência, obteve-se cerca de 25 a 33% de atraso nos atendimenatendimen-tos. Isso é explicado pela alta demanda destes pacientes e, consequentemente, aumento no tempo de espera, carac-terizando superlotação das emergências. Alves et al. (2013), Maier e Martins (2016) também reconhecem que a demanda dos pacientes com IAM nos serviços de urgências e emergência é alta, e acrescentam que por isso há também a dificuldade em conseguir leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Nos achados de Ribeiro et al (2016), Caveião et al.(2014), Santos et al. (2015), Alves

et al.(2013) e Mussi et al. (2013), para o atendimento dos pacientes acometidos pelo IAM nos

serviços de urgência e emergência é essencial que o enfermeiro tenha competência técnica e co-nhecimento para a realização de uma rápida e eficaz avaliação, seguida de tratamento precoce, buscando reduzir as complicações decorrentes do IAM.

Além disso, Maier e Martins (2016) também relatam que 50% dos pacientes realizaram o cateterismo cardíaco somente após três dias de internação, sendo que o tempo porta balão, que é a realização da Angioplastia Coronariana Transluminal Percutânea (ACTP), deve ser inferior a 90 minutos após a chegada do paciente ao serviço, conforme as diretrizes da associação bra-sileira de cardiologia (PIEGAS et al., 2015).

Quando levado em consideração o desfecho dor, estudos recentes, realizados por Ribeiro

et al. (2016), Passinho et al. (2018) e Alves et al. (2013), demonstram a importância do controle

da dor logo na chegada deste paciente nos serviços de saúde. A queixa mais recorrente é a dor torácica. Além disso, também se faz necessário o controle da ansiedade e do estresse (ALVES

et al., 2013). Conforme Passinho et al (2018), a manifestação da dor pode apresentar-se em

for-ma de aperto, opressão, com irradiação para pescoço, membros superiores, costas e abdômen. A dor torácica também é conhecida como dor precordial ou precordialgia, caracterizada pelo sinal de Levine, sendo este achado importante para a triagem adequada e maior agilidade no atendimento. Já no estudo realizado por Caveião et al. (2014), relatam que a dor torácica pode apresentar-se como queimação, sendo acompanhada de dispneia, náusea, taquicardia e confu-são mental, ainda acrescido por Mussi et al. (2013), a síncope.

Mussi et al. (2013) concordam em relação ao controle da dor e citam como um dos cui-dados a administração de analgesia para controle. Também referem que a maioria dos pacientes não sabia identificar a dor torácica, associando a outras regiões do corpo. Isso explica a impor-tância do profissional enfermeiro na realização da educação em saúde dos pacientes e familiares com o objetivo de identificação rápida dos sinais e sintomas, redução do tempo de decisão e

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busca imediata dos serviços de urgência e emergência (CAVEIÃO et al., 2014). Entretanto, Alves et al. (2013) ressaltam em seu estudo sobre a importância não somente da educação para o paciente e familiares, mas também da equipe como forma de aprimoramento para uma assis-tência de qualidade aos usuários que buscam em serviços de urgência e emergência.

Após a admissão do paciente em unidades de emergência, Ribeiro et al. (2016) relatam indispensável a monitorização, sendo registrados todos os sinais vitais, exames complementa-res com a ênfase em eletrocardiograma (ECG) realizado em até 10 minutos após a chegada do paciente e executar um plano de cuidados com base nos diagnósticos de enfermagem encontra-dos através da sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Alves et al. (2013) concor-dam com os cuidados citados e incluem a realização de coleta de exames laboratoriais (Creatina Quinase, CK-MB e Troponina), que são enzimas cardíacas que auxiliam o diagnóstico do IAM. Também descrevem a importância da administração de medicamentos e suspensão da dieta.

Diferente do estudo realizado por Maier e Martins (2016), os mesmos identificaram que a realização do ECG na maioria dos pacientes era efetivada entre 21 a 40 minutos, pois o mesmo necessita de prescrição médica, o que dificulta o atendimento rápido a este paciente. Ca-veião et al. (2014) reconhecem a importância dos cuidados já citados por Ribeiro et al. (2016) e Alves et al. (2013) e acrescentam, ainda, a instalação de oxigênio, controle da glicemia capilar, punção de acesso venoso de grosso calibre.

4 CONCLUSÃO

O estudo de revisão apresenta a realidade individual de cada estabelecimento de saúde, sendo inadequada a generalização dos resultados, tendo que cada local adequar suas realidades com as práticas, a fim de proporcionar o atendimento ágil e de qualidade. Com essa pesquisa observamos a importância do enfermeiro durante o primeiro atendimento nas urgências e emergências, tendo de estar bastante atento aos sinais e sintomas que demonstram gravidade para que seja proporcionado o atendimento no tempo certo e de forma adequada.

Para que esse atendimento aconteça de forma satisfatória, torna-se fundamental a educação continuada e o incentivo à formação do profissional enfermeiro, a fim de que esse possa relacionar o conhecimento prático com o científico, facilitando a compreensão das ações já exercidas e proporcionando melhorias nas rotinas atuais.

REFERÊNCIAS

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acometidos de infarto agudo do miocárdio. Revista de Enfermagem UFPE online, v. 1, n. 7,

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BARBOSA, N. O. Perfil de internamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio no estado de Sergipe, dentre os anos de 2014 a 2018. In: II Congresso internacional de enfermagem - cie/13° jornada de enfermagem da UNIT (JEU) – v.1, n.1, 2019.

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BASSETTI, K. S. Abordagem de pacientes com infarto agudo do miocárdio em serviço de emergência. Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico, v. 4, n. 2, 2018. Disponível

em: http://reinpec.srvroot.com:8686/r einpec/index.php/reinpe c/article/view/444/167. Acesso em: 30 jan. 2020.

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BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S.; CHEEVER, K. H. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. v.1. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

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MAIER, G. S. O.; MARTINS, E. A. P. Assistência ao paciente com síndrome coronariana aguda segundo indicadores de qualidade. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 4, n. 69, p.

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MUSSI, F.C. et al. Fatores sociodemográficos e clínicos associados ao tempo de decisão para a procura de atendimento no infarto agudo do miocárdio. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 21, n. 6, p. 1248-1257, 2013.

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Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 12, n. 1, supl. 1, p. 247-264, 2018.

PIEGAS, L.S. et al. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 105, n. 2, supl. 1, p. 1-121, 2015.

RIBEIRO, K. R. A.; SILVA, L. P.; LIMA, M. L. S. Conhecimento do Infarto agudo do

miocárdio: implicações para assistência de enfermagem. Revista de Enfermagem da UFPE,

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Recebido em: 01/02/2020 Aceito em: 05/08/2020 Publicado em: 09/2020

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