Reinaldo Guimarães Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos São Paulo, 22 de outubro de 2008
O Ministério da Saúde e a Política de
Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde
Bases de uma Política de Ciência, Tecnologia e
Inovação em Saúde para o Estado de São Paulo
Dispêndios com P&D em Saúde no Mundo
– 1998-2003
USA, Orçamento Federal para Pesquisa e Desenvolvimento segundo o setor 1976 – 2009 (apenas pesquisa não-classificada – Non Defense)
Dispêndio em Pesquisa em Saúde por
fontes de recursos - Brasil, 2000-2002 (US$)
SOURCES 2000-2002 Annual Mean %
FEDERAL GOVERNMENT 680.449.513 226.816.504 39,6
Ministry of Health 97.907.787 32.635.929 5,7
Ministry of Science & Technology 153.165.909 51.055.303 8,9 Ministry of Education 429.375.817 143.125.272 25,0
STATE GOVERNMENTS 571.479.120 190.493.040 33,2
State Education and S&T Secretaries 412.450.191 137.483.397 24,0 State Research Support Agencies 159.028.929 53.009.643 9,2
PUBLIC SECTOR 1.251.928.633 417.309.544 72,8 PRIVATE SECTOR 406.928.244 135.642.748 23,7 INTERNATIONAL ORGANIZATIONS 60.468.724 20.156.241 3,5
Mudanças Recentes na Política de Ciência,
Tecnologia e Inovação no Brasil
Essas mudanças vêm implicando num
deslocamento em direção às empresas e à
inovação. Entre os elementos formais mais
importantes desse processo estão:
Mudanças Recentes na Política de Ciência,
Tecnologia e Inovação no Brasil - 2
• A criação dos Fundos Setoriais;
• A Lei de Inovação;
• A Lei do Bem;
• A Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior e a Política de Desenvolvimento Produtivo;
• O programa de subsídios econômicos às empresas da FINEP;
• O FUNTEC;
• O Pró-Farma, do BNDES e o novo Pró-Farma II;
O novo ambiente de P,D&I e o padrão
de fomento da pesquisa em saúde
• Entre os países líderes mundiais em pesquisa em saúde, o fomento é realizado em bases “verticais”, sob a
coordenação dos órgãos governamentais responsáveis pela política setorial de saúde (USA, Grã-Bretanha, Canadá, França, etc.)
• Diferentemente, no mundo em desenvolvimento, em particular na região das Américas, os órgãos
governamentais responsáveis pela política setorial de saúde estão praticamente ausentes.
A Adoção de um Novo Modelo na Pesquisa
em Saúde no Brasil
Modelo horizontal Modelo vertical • Orientação setorial.• Maior inclinação para o fomento tecnológico e para a inovação, em decorrência da proximidade com a política setorial.
• Orientação generalista.
• Maior inclinação para o fomento científico, associado às
etapas iniciais da cadeia do conhecimento.
Duas vantagens comparativas do
modelo vertical
1. Aproximar as prioridades da pesquisa das prioridades da política setorial.
2. Mobilizar recursos novos e maior volume de recursos para o fomento à pesquisa, o desenvolvimento
Casos de sucesso do modelo vertical à
P,D&I.
Casos de Sucesso do modelo vertical
à P,D&I.
Casos de sucesso do modelo vertical à
P,D&I.
O Ministério da Saúde e a
pesquisa em saúde
Pactuação com o SUS
2ª Conferência Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde
Política Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação em Saúde
Construir a agenda de prioridades de
pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde;
Sustentar e fortalecer o esforço nacional em ciência, tecnologia e inovação;
Criar mecanismos para superar as desigualdades regionais;
Otimizar a capacidade de regulação do Estado e criar a rede nacional de
avaliação tecnológica;
Difundir os avanços científicos e tecnológicos;
Fortalecer o sistema nacional de inovação em saúde;
Formar e capacitar os recursos humanos.
Agenda de prioridades de pesquisa em
saúde
Sua eficiência decorre de:
1. Sua consistência técnica ou a
capacidade de identificar lacunas no
conhecimento científico - tecnológico ou
no desenvolvimento de conhecimentos
existentes que possam ter impacto na
situação de saúde.
Agenda de prioridades de pesquisa em
saúde
Sua eficiência decorre de:
2. O grau de consenso político que consiga
alcançar ou a capacidade que tenha de fazer
aderir a si os pesquisadores, os agentes do
complexo industrial da saúde, os gestores,
os profissionais de saúde e os usuários.
Agenda de prioridades de pesquisa em
saúde
Sua eficiência decorre de:
3. Seu dinamismo, ou a capacidade de
modificar-se conforme se modifiquem as
realidades sanitária e científico-tecnológica
que a geraram.
Pactuação com o MCT
Assinatura do Termo de Cooperação e Assistência Técnica entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência e Tecnologia 2007 - 2012Pactuação Federativa com as Secretarias
de Saúde, de C&T e as FAP’s
Criar mecanismos para superar as
desigualdades regionais
Objetivos do PPSUS
• Fortalecer a gestão de C&T nas FAPS e nas SES;
• Expandir as ações de fomento a todas as regiões do país e potencializar os resultados obtidos;
• Reduzir as desigualdades regionais em C&T em saúde;
• Promover a produção do conhecimento em consonância com as prioridades estabelecidas na ANPPS, com aquelas definidas pela SES e com as vocações regionais de pesquisa em saúde.
Criar mecanismos para superar as
desigualdades regionais
Criar mecanismos para superar as
desigualdades regionais
Desembolso Financeiro do Programa PPSUS, 2003 - 2009 (xR$1.000,00) Ano Decit/MS Contrapartida UF's Total
2003 3.900,00 - 3.900,00 2004/05 14.535,00 8.360,00 22.895,00 2006/07 22.648,00 18.708,00 41.356,00 2008/09 (*) 46.670,00 37.410,00 84.080,00 Total 87.753,00 64.478,00 152.231,00 (*) Estimativa
Sustentar e fortalecer o esforço nacional em
ciência, tecnologia e inovação
187 119 80 284 32 312 47 202 28 42 12 6 40 5 9 79 27 28 137 60 66 127 40 25 133 21 Fonte: Decit, 2007 Número de Projetos Apoiados por UF 2002-2007 40 Até 104 De 105 a 208 De 209 a 312
Número e valor de projetos apoiados pelo
Decit/SCTIE/MS entre 2003 e 2007 segundo a modalidade de fomento.
SÍNTESE DA BUSCA
Modalidade de
Fomento: PPSUS (Edital) Fomento Nacional (Edital) Contratação Direta (Contrato) Contratação Direta (Contrato) Número de Editais
/ Contratos: 61 39 61 161
Número de
Projetos: 1150 1195 90 2435
Total de Recursos: R$ 51.529.321,00 R$ 295.229.352,43 R$ 64.223.296,20 R$ 410.981.969,63 Base de dados Pesquisa Saúde - <www.saude.gov.br/pesquisa saúde>
Novas Pactuações – 2007-2010
Profarma 2
Novas Pactuações – 2007-2010
Novas Pactuações – 2007-2010
Profarma 2
Os desafios para 2007-2010
No campo da pesquisa e do desenvolvimento em
universidades e institutos de pesquisa
Pesquisa clínica
Regulação – CEP´s/CONEP
Avaliação tecnológica em saúde (CITEC e
incorporação tecnológica)
Gestão do conhecimento (evidências para o
gestor e para os profissionais)
Os desafios para 2007-2010
No campo da inovação e fomento à produção nas empresas do Complexo Industrial da Saúde
Ações em direção ao setor produtivo público
(medicamentos, vacinas, diagnósticos e hemoderivados).
Ações em direção ao setor privado de farmoquímicos, medicamentos, equipamentos e diagnósticos.
A utilização do poder de compra do Ministério da Saúde como ferramenta de política tecnológica, de estímulo à inovação e de fortalecimento do SUS.
Os desafios para 2007-2010
Ações em direção ao setor de farmoquímicos, medicamentos, equipamentos e hemoderivados
Reforço à política brasileira de medicamentos genéricos objetivando o aumento da produção mediante o aumento da concorrência.
Pactuação com o setor multinacional com vistas ao
aumento dos investimentos produtivos e à implantação de instalações de P&D no país.
Estabelecimento de alvos estratégicos para o SUS e
fomento ao domínio tecnológico e à produção autóctone pela indústria nacional.
Complexo Industrial da Saúde
3
4
5
6
Produção de equipamentos e materiais de uso em saúde para atendimento da política nacional de saúde
Reagentes e dispositivos para diagnósticos de controle do sangue baseados em modernas biotecnologias Produção de Medicamentos e princípios ativos de farmoquímicos Produção de produtos biotecnológicos para a saúde
1
Produção local de hemoderivados (fator 8 e 9, albumina e globulinas)2
Desenvolvimento de vacinas para o ProgramaNacional de Imunização
Marco
Marco
regulat
Objetivos na mudança do Marco Regulatório
do CIS
Garantir a qualidade dos produtos contratados Aumentar a competitividade da indústria nacionalFomentar a inovação Aumentar a capacidade produtiva
Medidas regulatórias para o fortalecimento do
CIS
• Pré-qualificação de empresas
• Lista de Produtos Estratégicos
• Garantia de Mercado
• Preferência de Compras
• Desoneração Tributária
• Contratação de Serviços
• Regulação Sanitária
Medidas já implementadas
AMBIENTES DE GOVERNANÇA
• Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (GECIS) – Criado por meio do decreto Presidencial de 12 de maio de 2008 para promover medidas e ações concretas para implementação do marco regulatório brasileiro referente à estratégia de desenvolvimento do Governo Federal para a área da saúde (considerando o Programa Mais Saúde, o Plano de Ação 2007-2010 do MCT e a Política de Desenvolvimento Produtivo).
• Instalação: 26 de agosto de 2008
• Comitê de Gestão do Termo de Cooperação (PT GM/MS Nº 716, 15/04/08) – Para implementar o termo de cooperação e assistência técnica entre o BNDES e o MS (com destaque para o PROFARMA II).
• Comitê Nacional de Biotecnologia e Fórum de Competitividade em Biotecnologia – (Dec.
Nº 6.041, de 8/02/07, PT MDIC nº 35, de 23/02/2007) – Fóruns consultivos e deliberativos sobre a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia, instituída em 2007 que trata do estímulo à produção nacional de produtos biotecnológicos.