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Curso GESTÃO AMBIENTAL. Disciplina SISTEMA E INSTRUMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL

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Curso

GESTÃO AMBIENTAL

Disciplina

SISTEMA E INSTRUMENTOS DE

GESTÃO AMBIENTAL

(2)

Curso

GESTÃO AMBIENTAL

Disciplina

SISTEMA E

INSTRUMENTOS DE

GESTÃO AMBIENTAL

Érika CARNEIRO

Fátima ALMEIDA

Celso SÁNCHEZ

Daniele RAMOS

www.avm.edu.br

(3)

Sobre

os

a

ut

ores

2008, funcionária do Banco do Brasil. CELSO SÁNCHEZ

Biólogo, Licenciatura pela UFRJ (1995), mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela UFRJ, (2001) e doutorado em Educação pela PUC-Rio (2008). É professor universitário e tem experiência na área de Educação, com ênfase em educação ambiental, ecologia social e ensino de ciências.

FÁTIMA PEREIRA DA ROSA CUNHA DA ALMEIDA

Bióloga, Graduada pela UFRJ (2006), pós-graduada em Gestão Ambiental UCAM (2008). Experiência em Educação, com ênfase em educação ambiental. Participação em projetos de cunho sócioambiental pela UFRRJ/ Universidade Solidária – Banco Real.

DANIELE RAMOS

(4)
(5)

Su

m

ári

o

07

Apresentação

09

Aula 1

Gestão ambiental: noções iniciais

53

Aula 2

ISO 14.000: breve histórico e

estudo da norma

91

Aula 3

Gestão ambiental participativa - O

caso do comitê Lagos São João:

Estudo de caso 1

131

Aula 4

Casos de sucesso na gestão

ambiental em pequenas empresas e

políticas ambientais empresariais:

Estudo de caso 2

157

Aula 5

O processo de licenciamento

ambiental corretivo do terminal

marítimo Almirante Tamandaré:

Estudo de caso 3

168

AV1

Estudo dirigido da disciplina

171

AV2

Trabalho acadêmico de

aprofundamento

(6)
(7)

Sistema e Instrumentos

de Gestão Ambiental

C

AD

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O

DE

E

S

TUDOS

Apresen

ta

çã

o

Tendo em vista que os recursos naturais do planeta estão sendo consumidos de maneira desenfreada, as empresas hoje têm que se preocupar não só com a maximização do seu lucro, mas também com o desenvolvimento sustentável, e com a sua imagem perante o consumidor, que hoje possui uma conscientização ambiental mais consolidada. Os danos ambientais causados pelas empresas ocupam manchetes, impondo uma imagem negativa às mesmas. Cabe lembrar que os recursos naturais utilizados desregradamente poderão não mais existir em um futuro breve. Por isso, as empresas que combinam a produção com respeito ao meio ambiente, utilizando práticas de negócio ecologicamente corretas, reciclando e degradando o mínimo possível, estão um passo a frente das outras, garantindo os recursos naturais para as gerações futuras.

Nesse contexto, a Gestão ambiental é um instrumento estratégico nas organizações. Os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) tem papel fundamental para as empresas que respeitam o Meio Ambiente e a Sociedade, pois possibilitam a identificação, minimização de possíveis impactos e a recuperação do ambiente, se for o caso.

Boa leitura e bons estudos, esperando que você entenda o seu papel e sua responsabilidade no campo ambiental.

Objetivo

s

g

e

rais

Este caderno de estudos tem como objetivos:

 Apresentar a importância da gestão ambiental como processo a fim de contribuir com a melhoria da qualidade de vida e como instrumento de defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado;

 Elencar os principais instrumentos de gestão ambiental a fim de possibilitar ao aluno compreender a implementação e o funcionamento de sistemas de gestão ambiental;

 Discutir a importância da legislação ambiental e correlacionar com a gestão ambiental afim de que esta atue em defesa do meio ambiente;

 Analisar e debater o sistema de gestão ambiental através de estudos de caso.

(8)
(9)

Gestão Ambiental:

Noções Iniciais

Érika Carneiro e Celso Sánchez

A

ULA

1

Apresen

ta

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o

A Gestão ambiental significa o processo de organização e adequação da variável ambiental em uma corporação , instituição, enfim em qualquer coletivo potencialmente produtor de impactos ambientais. A seguir apresentaremos o conceito, as bases legais e os primeiros instrumentos para a compreensão de um sistema de gestão ambiental o SGA, desejamos bo leitura e bons estudos, lembrando que é importante e fundamental ter em mente a defesa do meio ambiente como foco central de qalquer trabalho na área.

Objetivo

s

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja

capaz de:

 Compreender o que é a gestão ambiental e de como funciona um sistema de gestão ambiental;

 Correlacionar a importância da gestão ambiental com a defesa da vida e do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

(10)

A Norma Brasileira (NBR) ISO 14001 é a que especifica os requisitos relativos aos Sistemas de Gestão Ambiental. Dentre esses requisitos, destaca-se o Licenciamento Ambiental como requisito legal de suma importância para o SGA, tendo em vista que este requisito deve ser totalmente atendido conforme solicitado pelos órgãos ambientais ainda no início da implantação do SGA, enquanto que os outros requisitos serão atendidos conforme o planejamento e o cronograma definidos pela organização.

Nos modelos de qualidade empresarial são implantados os Sistemas de Gestão Ambiental, ou SGA, que possibilitam à organização controlar o impacto das suas atividades no meio ambiente, obtendo melhor relacionamento com o mesmo.

Não há legislação que obrigue a implantação dos SGA nas organizações, mas a sua aceitação exige o cumprimento integral da legislação ambiental. Nesta legislação, destaca-se o licenciamento ambiental, que autoriza as operações da empresa considerando todas as ações corretivas e preventivas aplicadas para seu enquadramento ambiental.

Sendo assim, os gestores devem planejar e por em prática estratégias e objetivos organizacionais que se adequem à legislação em vigor e evitem as não-conformidades. O conhecimento das leis e normas aplicáveis às atividades da organização é primordial para que os administradores atendam aos requisitos legais e desenvolvam de forma plena e segura seus processos produtivos.

Acredita-se que o papel do gestor ambiental é de grande importância para a adequação e atendimento das normas ambientais nas organizações.

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O conhecimento e atendimento da legislação vigente é premissa fundamental para o estabelecimento de qualquer Instituição idônea. Dentre essas Instituições encontram-se aquelas que em razão de sua localização, implantação e atividades, estão sujeitas ao Licenciamento Ambiental.

Assim sendo, a obtenção dessas licenças, além de evitar as sanções previstas em Lei, credenciam as empresas detentoras a implantarem de modo adequado seus Sistemas de Gerenciamento Ambiental, de forma a qualificá-las a Certificação.

Segundo Gusmão e Martini Jr (2003), assim como a empresa tem lucro com suas atividades e não o divide com a comunidade, esta e toda a sociedade também não querem que as empresas repassem qualquer tipo de custo, principalmente os ambientais, as chamadas externalidades. Então, os administradores que atuam em atividades poluentes ou potencialmente poluentes devem assumir os riscos, responsabilizando-se pelos possíveis danos causados, ou não exercerão tal atividade.

Para Callenbach et al (1993), o conceito de administração foi sendo gradualmente ampliado a partir da década de 1980 até incluir a dimensão ecológica. Neste modelo de administração, o planejamento do gerenciamento ecológico deve levar em consideração algumas prioridades dentre as quais se destacam primeiramente os requisitos legais.

Cada vez mais as empresas têm a necessidade de gerenciar as questões ambientais e se adequar ao modelo ambientalmente correto, através de Sistemas e Certificações que ajudem melhorar seus processos produtivos, com foco no controle dos impactos ambientais advindos de suas atividades, possibilitando

(12)

operações sustentáveis e transparentes respaldadas pelo poder público através do licenciamento ambiental.

Gestão ambiental

As empresas de hoje, que buscam o crescimento, necessitam se adaptar às questões ambientais, de modo que o desenvolvimento seja sustentável, ou seja, o atendimento das necessidades do presente não comprometa o atendimento das necessidades das gerações futuras.

Anteriormente acreditava-se que a Administração Ambiental resolveria os problemas ambientais em benefício da empresa, num modelo meramente capitalista. Agora, as empresas devem utilizar o Gerenciamento Ecológico, que tem uma preocupação com o bem estar das gerações futuras. Os benefícios são muitos, a começar pela própria sobrevivência humana, já que os recursos naturais estariam garantidos, passando por oportunidades de mercado, redução de riscos e custos.

A Gestão Ambiental é um aspecto funcional da gestão de uma organização, que redireciona as atividades humanas que tenham impacto sobre o meio ambiente com o objetivo de evitar este impacto ou minimizá-lo, através do desenvolvimento e implantação de políticas e estratégias ambientais.

O objetivo maior da Gestão Ambiental deve ser a busca permanente de melhoria da qualidade ambiental dos produtos (bens e serviços) e ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou privada.

A Gestão Ambiental facilita o processo de gerenciamento, proporcionando benefícios econômicos e estratégicos à organização, tais como:

(13)

 Redução no consumo de água, energia e outros insumos;

 Reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos, e diminuição de efluentes;

 Redução de multas e penalidades por poluição;

 Aumento da participação do mercado, devido à inovação dos produtos e à menor concorrência;

 Linhas de novos produtos para novos mercados;

 Melhoria da imagem institucional;  Aumento da produtividade;

 Alto comprometimento de pessoal;

 Melhoria nas relações com órgão governamentais, comunidade e grupos ambientalistas;

 Melhor adequação aos padrões ambientais.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é a ferramenta gerencial de operacionalização da Gestão Ambiental.

De acordo com a NBR ISO 14001, o Sistema de Gestão Ambiental é definido como:

a parte de um sistema de gestão

global que inclui estrutura

organizacional, atividades de

planejamento, responsabilidades,

práticas, procedimentos, processos e

recursos para desenvolver,

implementar, atingir, analisar

criticamente e manter a política ambiental.

A finalidade de um SGA é conciliar necessidades econômicas, proteção ambiental e prevenção da poluição.

(14)

A busca da melhoria contínua do desempenho ambiental e o compromisso com o desenvolvimento sustentável são os seus princípios.

O SGA tem ainda como fundamentos a identificação e gestão dos aspectos e impactos ambientais, reconhecimento e cumprimento das leis e regulamentos em matéria ambiental.

A metodologia utilizada na estruturação de um SGA é o PDCA (planejamento, execução, verificação e ação corretiva), visto que o SGA é dinâmico e visa o aperfeiçoamento planejado do desempenho ambiental.

A gestão do cumprimento legal ocupa local funcionalmente privilegiado e gerencialmente estratégico na estrutura do SGA. Especificamente a este tema, a NBR ISO 14001 determina que a organização: a) identifique e tenha acesso aos requisitos legais aplicáveis aos seus aspectos ambientais; b) determine como estes requisitos se aplicam aos aspectos ambientais; c) integre estes requisitos na implementação e manutenção do SGA; d) avalie periodicamente o atendimento aos requisitos legais associados aos aspectos ambientais (itens 4.3.2 e 4.5.2 da NBR ISO 14001).

Legislação ambiental

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

O conjunto de regras e preceitos fundamentais estabelecido pela nossa soberania, que serve de base à organização política e que funciona como um pacto para firmar os direitos e deveres de cada um dos cidadãos chama-se Constituição.

(15)

No Brasil temos uma Constituição chamada Federal em razão do sistema federativo adotado. Em outras nações são usadas também outras designações com o mesmo sentido como: Lei Fundamental, Lei Magna, Código Supremo, Estatuto Básico, Leis das Leis, etc.

Depois da Constituição, hierarquicamente, logo a seguir, temos as Leis Complementares.

As leis complementares, que têm quorum especial para serem aprovadas pelo Congresso Nacional, destinam-se a complementar as normas previstas na Constituição. Em face da sua função de complementar ordenamentos constitucionais, a Lei Complementar é hierarquicamente superior às Leis Ordinárias.

As Leis Especiais, por serem específicas, quando conflitantes com as normas de caráter geral, embora no mesmo nível hierárquico das demais leis ordinárias, adquirem um valor diferenciado e prevalecerão sobre as demais.

A Lei Ordinária é uma regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento.

Já a Medida Provisória, nasce de forma diferente, é editada pelo Presidente da República e tem força de Lei durante 30 dias. Neste prazo deverá ser rejeitada ou transformada em Lei pelo Poder Legislativo, ou então reeditada por mais 30 dias.

Os Decretos são decisões de uma autoridade superior, com força de lei, para disciplinar um fato ou uma situação particular. O Decreto, portanto, sendo

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hierarquicamente inferior, não pode contrariar a lei, mas pode regulamentá-la, ou seja, pode explicitá-la, aclará-la ou interpretá-la, respeitando, claro, os seus fundamentos, objetivos e alcance.

Mas, sempre deve ser lembrado que qualquer norma, por mais especial que seja, não poderá contrariar norma hierarquicamente superior e, em nenhuma hipótese poderá desrespeitar os dispositivos da Constituição Federal, que é a lei maior.

NORMAS

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.

Uma norma mandatória é uma norma cuja aplicação é obrigatória em virtude de uma lei geral, ou de referência exclusiva em um regulamento.

A normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva, com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem, em um dado contexto.

Os objetivos da normalização são:

 Comunicação: Proporciona os meios necessários para a troca adequada de informações entre clientes e fornecedores, com vista a assegurar a confiança e um entendimento comum nas relações comerciais;

(17)

 Simplificação: Reduz as variedades de produtos e de procedimentos, de modo a simplificar o relacionamento entre produtor e consumidor;

 Proteção ao Consumidor: Define os requisitos que permitam aferir a qualidade dos produtos e serviços;

 Segurança: Estabelece requisitos técnicos destinados a assegurar a proteção da vida humana, da saúde e do meio ambiente;  Economia: Diminui o custo de produtos e

serviços mediante a sistematização, racionalização e ordenação dos processos e das atividades produtivas, com a conseqüente economia para fornecedores e clientes;

 Eliminação de barreiras: Evita a existência de regulamentos conflitantes, sobre produtos e serviços, em diferentes países, de forma a facilitar o intermédio comercial.

A normalização ajuda a:  Organização do mercado;

 Constituição de uma linguagem única entre produtor e consumidor;

 Melhorar a qualidade de produtos e serviços;  Orientar as concorrências públicas;

 Aumentar a produtividade, com conseqüente redução dos custos de produtos e serviços, e a contribuição para o aumento da economia do país e o desenvolvimento da tecnologia nacional.

De forma sistematizada, a normalização é executada por organismos que contam com a participação de todas as partes interessadas (produtores, consumidores, universidades, laboratórios, centros de pesquisas e Governo). Um organismo de

(18)

normalização tem como principal função a elaboração, aprovação e divulgação de normas, que devem ser colocadas à disposição do público.

Organismo nacional de normalização é o organismo reconhecido para executar o processo de normalização em nível nacional. Nessa condição, ele é indicado para ser membro da correspondente organização internacional e regional de normalização.

São exemplos de organismos nacionais de normalização reconhecidos em seus respectivos países:

 Alemanha – Deutsches Institut für Normung (DIN);

 Argentina – Instituto Argentino de Normalización y Certificación (IRAM);

 Brasil – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

 Canadá – Standards Council of Canada (SCC);

 Espanha – Associación Española de Normalización y Certificación (AENOR).

Organização regional de normalização é aquela que congrega organismos nacionais de normalização reconhecidos por cada país situado em uma mesma área geográfica, política ou econômica.

São exemplos de organizações regionais de normalização:

 Comité Europeén de Normalisation (CEN), um organismo que promove a harmonização voluntária de normas técnicas, na Europa;  Comité Europeén de Normalisation

Eletrotechnique (CENELEC), uma associação civil, integrada por organismos nacionais no

(19)

âmbito europeu que opera exclusivamente no campo eletrotécnico;

 Comissão Pan-americana de Normas Técnicas (COPANT), uma associação civil, que congrega hoje os países das três Américas, além da participação dos organismos nacionais de normalização da Espanha (AENOR), França (AFNOR), Itália (UNI) e Portugal (IPQ); a ABNT representa o Brasil nesse foro.

Nas organizações internacionais de normalização a participação é aberta a todos os organismos de normalização nacionais existente no mundo. Entre as principais organizações internacionais de normalização podem ser citadas:

 International Organization for Standardization (ISO), uma organização não governamental integrada por organismos nacionais de normalização de 157 países, contando com um representante por país; a ABNT é a representante do Brasil;

 International Electrotechnical Commission (IEC), uma federação mundial integrada por 68 organismos nacionais de normalização, contando com um representante por país, atuando especificamente na normalização internacional no campo da eletricidade, eletrônica; o representante brasileiro é a ABNT, que conta com o Comitê Brasileiro de Eletricidade Industrial (COBEI) para sua representação.

(20)

NORMA BRITÂNICA BS 7750

A norma britânica BS 7750 – Specifications for

Environment Management Systems é uma forte

referência para quase todos os sistemas de gestão ambiental existentes, principalmente para o da ISO 14001, sendo considerado um marco importante para a gestão ambiental, e cuja primeira edição foi publicada em março de 1992, passando a vigorar em janeiro de 1994.

Encomendada pelo British Standard Instituition (BSI) a um comitê técnico formado por aproximadamente 40 instituições inglesas que representavam vários setores da economia, a norma é uma especificação para desenvolvimento, implementação e manutenção de um sistema de gestão ambiental que visa assegurar e demonstrar conformidade das declarações das empresas quanto à sua política, objetivos e metas relativos ao meio ambiente.

Esta norma não estabelece, porém, uma exigência absoluta quanto ao desempenho ambiental. Ela exige o atendimento às exigências legais locais, o comprometimento com a melhoria contínua e estipula que as organizações formulem políticas e objetivos que levem em conta as informações relativas aos efeitos ambientais significativos decorrentes de suas atividades. Além disso, é o primeiro sistema a especificar que as organizações devem estabelecer e manter um sistema de gestão ambiental como mecanismo para garantir que os efeitos de suas atividades, bens e serviços estejam em conformidade com sua política ambiental.

(21)

NORMA BRASILEIRA (NBR) ISO 14001

A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental.

A norma reconhece que organizações podem estar preocupadas tanto com a sua lucratividade quanto com a gestão de impactos ambientais. A ISO 14001 integra estes dois motivos e provê uma metodologia altamente amigável para conseguir um Sistema de Gestão Ambiental efetivo.

Na prática, o que a norma oferece é a gestão de uso e disposição de recursos. É reconhecida mundialmente como um meio de controlar custos, reduzir os riscos e melhorar o desempenho.

Não é só uma norma “no papel” – ela requer um comprometimento de toda a organização. Se os benefícios ambientais e seus lucros aumentam, as partes interessadas verão os benefícios.

A Norma 14.001 específica as principais exigências para Sistemas de Gestão Ambiental. Não são apresentados critérios específicos de desempenho ambiental, mas se exige que uma organização elabore sua política e tenha objetivos que levem em consideração os requisitos legais e as informações referentes aos impactos ambientais significativos. Ela aplica-se aos efeitos ambientais que possam ser controlados pela organização e sobre os quais se espera que tenha influência.

A Norma se aplica a qualquer organização que deseje:

(22)

 implantar, manter e aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental; e/ou

 assegurar-se do atendimento à sua política ambiental; e/ou

 demonstrar tal conformidade a terceiros; e/ou  buscar certificação/registro do seu Sistema de Gestão Ambiental por uma organização externa; e/ou

 realizar auto-avaliação e emitir declaração de conformidade à Norma.

Todos os elementos especificados na Norma destinam-se a ser incorporados num Sistema de Gestão Ambiental. O nível de aplicação dependerá de fatores como: a política ambiental da organização, a natureza de suas atividades e as condições em que opera.

Para que as empresas sejam ambientalmente responsáveis e obtenham benefícios do negócio, existe uma metodologia prática a seguir que é a abordagem de melhoria contínua Planejar-Fazer-Checar-Agir (PDCA) para gerenciar um sistema de processos. Esta é também a base da ISO 9001 para Gestão da Qualidade, a qual muitas empresas já estão familiarizadas. A interpretação da ISO 14001 do modelo PDCA é demonstrada abaixo. A ISO 14001 também adiciona quatro pontos de enfoque para a Gestão Ambiental, um para cada elemento do modelo PDCA.

(23)

Estes enfoques não são cláusulas da norma, mas são de suma importância. São eles:

 Comprometimento expresso através da Política ambiental e do Planejamento está relacionado a PLANEJAR no modelo do PDCA e deve ser apoiado totalmente pela alta administração, pois pode haver a necessidade de implementar mudanças fundamentais na prática de negócios da organização.

 Prevenção relacionado ao FAZER do modelo PDCA, expressa pela Implementação e Operação. A organização deve prevenir em vez de corrigir, ser proativa em vez de reativa, com isso economizará tempo e dinheiro.

 Cuidado Razoável e Conformidade Regulatória relacionado ao CHECAR do

PDCA, é expresso através da Verificação e Ação Corretiva. Além de cumprir a legislação, as empresas necessitam de um sistema que assegure a identificação de risco de não-conformidade ou a não-conformidade, encarando a situação de forma a corrigir o problema. Política ambiental Planejamento Implementação e Operação Verificação e Ação Corretiva Análise Crítica pela organização

MELHORIA

CONTÍNUA

FIG. 1

(24)

 Melhoria Contínua relacionado ao AGIR do modelo PDCA é expresso através da Análise Crítica pela Alta Administração. Com o processo de melhoria contínua, a empresa evolui constantemente, tornando-se melhor, mais forte, mais enxuta e eficiente.

A ISO 14001 é a principal norma de gestão ambiental da atualidade, sendo a única certificável do conjunto ISO 14000. A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), segundo a ISO 14001, exige o cumprimento de 17 requisitos normativos que devem ser estruturados de forma a estabelecer um sistema de melhoria contínua. Os 17 requisitos da ISO 14001 estão divididos em 5 grupos ou fases de implementação: a política ambiental, o planejamento, a implementação e operação, a verificação e ação corretiva, e a análise crítica. A definição dos 17 requisitos normativos estipulados para a ISO 14001 teve uma grande colaboração de outros sistemas e modelos como a norma britânica BS 7750, por exemplo.

Os 17 requisitos da ISO 14001, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são os seguintes:

Requisitos

do

sistema

de

gestão

ambiental

REQUISITOS GERAIS

A organização deve estabelecer e manter um sistema de gestão ambiental, cujos requisitos estão descritos nesta seção.

(25)

POLÍTICA AMBIENTAL

A alta administração deve definir a política ambiental da organização a assegurar que ela:

 seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços;

 inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição  inclua o comprometimento com o

atendimento à legislação e normas ambientais aplicáveis, e demais requisitos subscritos pela organização;

 forneça a estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais;  seja documentada, implementada, mantida e

comunicada a todos os empregados;  esteja disponível para o público.

Planejamento

ASPECTOS AMBIENTAIS

A organização deve estabelecer e manter procedimento(s) para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços que possam por ela ser controlados e sobre os quais presume-se que ela tenha influência, a fim de determinar aqueles que tenham ou possam ter impacto significativo sobre o meio ambiente. A organização deve assegurar que os aspectos relacionados a estes impactos significativos sejam considerados na definição de seus objetivos ambientais.

A organização deve manter essas informações atualizadas.

(26)

Requisitos Legais e outros requisitos

A organização deve estabelecer e manter procedimento para identificar e ter acesso à legislação e outros requisitos por ela subscritos, aplicáveis aos aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços.

OBJETIVOS E METAS

A organização deve estabelecer e manter objetivos e metas ambientais documentados, em cada nível e função pertinentes da organização.

Ao estabelecer e revisar seus objetivos, a organização deve considerar os requisitos legais e outros requisitos, seus aspectos ambientais significativos, suas opções tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais e comerciais, bem como a visão das partes interessadas.

Os objetivos e metas devem ser compatíveis com a política ambiental, incluindo o comprometimento com a prevenção de poluição.

PROGRAMA(S) DE GESTÃO AMBIENTAL

A organização deve estabelecer e manter programa(s) para atingir seus objetivos e metas, devendo incluir:

 a atribuição de responsabilidades em cada função e nível pertinente da organização, visando atingir os objetivos e metas;

 os meios e o prazo dentro do qual eles devem ser atingidos.

(27)

Para projetos relativos a novos empreendimentos e atividades, produtos ou serviços, novos ou modificados, o(s) programa(s) deve(m) ser revisado(s), onde pertinente, para assegurar que a gestão ambiental se aplica a esses projetos.

Implementação e operação

ESTRUTURA E RESPONSABILIDADE

As funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas a fim de facilitar uma gestão ambiental eficaz.

A administração deve fornecer recursos essenciais para a implementação e o controle do sistema de gestão.

TREINAMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO E

COMPETÊNCIA

A organização deve identificar as necessidades de treinamento. Ela deve determinar que todo o pessoal cujas tarefas possam criar um impacto significativo sobre o meio ambiente receba treinamento apropriado.

A organização deve estabelecer e manter procedimentos que façam com que seus empregados ou membros, em cada nível e função pertinente, estejam conscientes

 da importância da conformidade com a política ambiental, procedimentos e requisitos do sistema de gestão ambiental;

 dos impactos ambientais significativos, reais ou potenciais, de suas atividades e dos benefícios ao meio ambiente resultantes da melhoria do seu desempenho pessoal;

(28)

 de suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com a política ambiental, procedimentos e requisitos do sistema de gestão ambiental, inclusive os requisitos de preparação e atendimento a emergências;

 das potenciais conseqüências da inobservância de procedimentos operacionais especificados.

O pessoal que executa tarefas que possam causar impactos ambientais significativos deve ser competente, com base em educação, treinamento e/ou experiência apropriados.

COMUNICAÇÃO

Com relação aos seus aspectos ambientais e sistema de gestão ambiental, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para:

 comunicação interna entre vários níveis e funções da organização;

 recebimento, documentação e resposta a comunicações pertinentes das partes interessadas externas.

A organização deve considerar os processos de comunicação externa sobre seus aspectos ambientais significativos e registrar sua decisão.

DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

A organização deve estabelecer e manter informações, em papel ou em meio eletrônico, para:

 descrever os principais elementos do sistema de gestão e a interação entre eles;

(29)

 fornecer orientação sobre a documentação relacionada.

CONTROLE DE DOCUMENTOS

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para o controle de todos os documentos exigidos por esta Norma, para assegurar que:

 possam ser localizados;

 sejam periodicamente analisados, revisados quando necessário e aprovados, quanto à sua adequação, por pessoal autorizado;

 as versões atualizados dos documentos pertinentes estejam disponíveis em todos os locais onde são executadas operações essenciais ao efetivo funcionamento do sistema de gestão ambiental;

 documentos obsoletos sejam prontamente removidos de todos os pontos de emissão e uso ou, de outra forma, garantidos contra o uso não-intencional;

 quaisquer documentos obsoletos retidos por motivos legais e/ou para preservação de conhecimento sejam adequadamente identificados.

A documentação deve ser legível, datada (com datas de revisão) e facilmente identificável, mantida de forma organizada e retida por um período de tempo especificado. Devem ser estabelecidos e mantidos procedimentos e responsabilidades referentes à criação e alteração dos vários tipos de documentos.

CONTROLE OPERACIONAL

A organização deve identificar aquelas operações e atividades associadas aos aspectos ambientais significativos identificados de acordo com sua política, objetivos e metas.

(30)

A organização deve planejar tais atividades, inclusive manutenção, de forma a assegurar que sejam executadas sob condições específicas através:

 do estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados, para abranger situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à política ambiental e aos objetivos e metas;

 da estipulação de critérios operacionais nos procedimentos;

 do estabelecimento e manutenção de procedimentos relativos aos aspectos ambientais significativos identificáveis de bens e serviços utilizados pela organização, e da comunicação dos procedimentos e requisitos pertinentes a serem atendidos por fornecedorese prestadores de serviços.

PREPARAÇÃO E ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar o potencial e atender a acidentes e situações de emergência, bem como para prevenir e mitigar os impactos ambientais que possam estar associados a eles.

A organização deve analisar e revisar, onde necessário, seus procedimentos de preparação e atendimento a emergências, em particular, após ocorrência de acidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos, onde exeqüível.

(31)

Verificação e Ação Corretiva

MONITORAMENTO E MEDIÇÃO

A organização deve estabelecer e manter procedimentos documentados para monitorar e medir, periodicamente, as características principais de suas operações e atividades que possam Ter um impacto significativo sobre o meio ambiente. Tais procedimentos devem incluir o registro de informações para acompanhar o desempenho, controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos e metas ambientais da organização.

Os equipamentos de monitoramento devem ser calibrados e mantidos, e os registros desse processo devem ficar retidos, segundo procedimentos definidos pela organização.

A organização deve estabelecer e manter um procedimento documentado para avaliação periódica do atendimento à legislação e regulamentos ambientais pertinentes.

NÃO–CONFORMIDADE E AÇÕES CORRETIVA E PREVENTIVA

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para definir responsabilidade e autoridade para tratar e investigar as não-conformidades, adotando medidas para mitigar quaisquer impactos e para iniciar e concluir ações corretivas e preventivas.

Qualquer ação corretiva ou preventiva adotada para eliminar as causas das não-conformidades, reais ou potenciais, deve ser adequada a magnitude dos problemas e proporcional ao impacto ambiental verificado.

(32)

A organização deve implementar e registrar quaisquer mudanças nos procedimentos documentados, resultantes de ações corretivas e preventivas.

REGISTROS

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação, manutenção e descarte de registros ambientais. Estes registros devem incluir registros de treinamento e os resultados de auditorias e análises críticas.

Os registros ambientais devem ser legíveis e identificáveis, permitindo rastrear a atividade, produto ou serviço envolvido. Os registros ambientais devem ser arquivados e mantidos de forma a permitir sua pronta recuperação, sendo protegidos contra avarias, deterioração ou perda.

O período de retenção deve ser estabelecido e registrado.

Os registros devem ser mantidos, conforme apropriado ao sistema e a organização, para demonstrar conformidade aos requisitos desta Norma.

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

A organização deve estabelecer e manter programa(s) e procedimentos para auditorias periódicas do sistema de gestão ambiental a serem realizadas de forma a:

 determinar se o sistema de gestão ambiental  está em conformidade com as disposições

planejadas para a gestão ambiental, inclusive os requisitos desta Norma;

 foi devidamente implementado e tem sido mantido; e

(33)

 fornecer à administração informações sobre os resultados das auditorias

O programa de auditoria da organização, inclusive o cronograma, deve basear-se na importância ambiental da atividade envolvida e nos resultados de auditoria anteriores. Para serem abrangentes, os procedimentos de auditorias devem considerar o escopo da auditoria, a freqüência e as metodologias, bem como as responsabilidades e requisitos relativos à condução de auditorias e a apresentação de resultados.

Análise crítica pela Administração

A alta administração da organização, em intervalos por ela predeterminados, deve analisar criticamente o sistema de gestão ambiental, para assegurar sua conveniência, adequação e eficácia contínuas. O processo de análise crítica deve assegurar que as informações necessárias sejam coletadas, de modo a permitir à administração proceder a esta avaliação. Essa análise crítica deve ser documentada.

A análise crítica pela administração deve abordar a eventual necessidade de alterações na política, objetivos e outros elementos do sistema de gestão ambiental à luz dos resultados de auditorias do sistema de gestão ambiental, da mudança das circunstâncias e do comprometimento com a melhoria contínua.

A importância dos requisitos legais

As organizações devem levantar os requisitos legais aplicáveis às suas atividades, e outros requisitos tais como normas, códigos e princípios setoriais, que são critérios obrigatórios e de grande importância a serem adotados pelas empresas para gerenciar determinados aspectos e impactos ambientais

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significativos, sendo determinantes para a instalação e operação das suas atividades.

Na norma ISO 14001, os critérios legais são denominados Requisitos Legais e são fundamentados na legislação ambiental aplicável à organização, e dependem da localização do empreendimento e suas respectivas condições ambientais, do porte da empresa e da natureza dos processos, bens e serviços.

Para que a organização não corra o risco de descumprimento de algum requisito legal aplicável, seja por falta de conhecimento ou desorganização dos registros, a legislação aplicável deve estar sempre atualizada, segundo a norma ISO 14001.

O ideal é que haja um departamento jurídico na empresa, com banco de dados e informações de acesso rápido a esses requisitos. Caso não seja possível manter este setor jurídico, pode-se contratar uma outra empresa especializada em direito ambiental para realizar as atualizações dos requisitos legais.

Os requisitos legais ambientais podem ser:  Nacionais e Internacionais;

 Federais, Estaduais e municipais.

Para as empresas que buscam a Certificação na Norma ISO 14001, o atendimento integral dos requisitos legais é primordial, pois sem isto o planejamento para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) não será finalizado, comprometendo todo o processo.

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O Licenciamento Ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para o controle ambiental.

É o procedimento no qual o poder público, representado pelos órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação das atividades que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva e potencialmente poluidoras. É obrigação do empreendedor, prevista em lei, buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão competente, desde as etapas iniciais de seu planejamento e instalação até sua efetiva operação. Em muitos casos, o licenciamento ambiental apresenta-se como um desafio para o setor empresarial.

A licença ambiental é um dos instrumentos mais importantes da política ambiental pública. Tem caráter preventivo, pois seu emprego visa evitar a ocorrência de danos ambientais (FIRJAN, 2004).

O objetivo do Licenciamento ambiental é controlar os impactos ambientais provocados por atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam considerados efetiva ou potencialmente poluidores, como também aqueles capazes de causar degradações ambientais e inconvenientes ao bem estar público. Por meio do Licenciamento Ambiental procura-se assegurar as condições de desenvolvimento sócio-econômico e a proteção de todas as formas de vida.

O processo é realizado a partir da elaboração de estudos ambientais cuja meta é fazer uma avaliação e identificação sistemática dos efeitos possíveis das atividades ou empreendimentos ao meio ambiente, ou

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seja, uma abordagem integrada da prevenção e controle da poluição, proveniente das atividades, procurando reduzir as suas emissões para a água, o ar ou para o solo, assim como, prevenção dos danos na fase de implantação e operação da atividade.

A identificação de prováveis alterações ambientais deve ser analisada considerando seu reflexo na dinâmica do processo ambiental, que tem como atores os meios físico, biótico e antrópico, que se desenvolvem por meio de troca de energia e matéria entre si.

Histórico

Instituído pela primeira vez no Brasil no Estado do Rio de Janeiro, através do Decreto-Lei nº 1.633, de 21 de dezembro de 1977, o Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras – SLAP constitui-se num conjunto de leis, normas técnicas e administrativas que determinam as obrigações e responsabilidades do Poder Público e dos empresários, com vistas à autorização para implantar, ampliar ou iniciar a operação de qualquer empreendimento potencial ou efetivamente capaz de causar alterações o meio ambiente (Martini e Gusmão, 2003).

O licenciamento ambiental é um instrumento de caráter preventivo criado para a execução dos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente, em especial o de harmonizar o desenvolvimento econômico e social com a proteção do meio ambiente, promovendo ouso racional dos recursos ambientais, impedindo a utilização predatória e irracional desses recursos e racionalizando os custos empresariais na adequação dos projetos às exigências de controle ambiental.

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Apesar de vigorar desde a década de 70, em alguns estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, o licenciamento ambiental foi instituído, para todo o País, pela Lei nº 6.938/81, sendo regulamentado pelo Decreto nº 88.351, de 01/06/83, quando se estabeleceram suas principais diretrizes. Em dezembro de 1997, foi editada a resolução CONAMA nº 237/97 que estabeleceu novas normas e procedimentos para o sistema. As normas complementares e os procedimentos administrativos para sua efetiva utilização são fixados pelos órgãos estaduais de controle ambiental e pelo IBAMA.

BASE LEGAL

Lei nº 6.938/81 - no artigo 10, estabeleceu

que “... a construção, instalação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, e do IBAMA em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis”.

Decreto nº 88.351, de 01/06/83 -

regulamentou o Sistema de Licenciamento no Brasil, inspirou-se nas diretrizes do SLAP, em vigor no Estado do Rio de Janeiro, estendendo-se a todo território nacional, e dando às entidades estaduais de meio ambiente a atribuição e a responsabilidade de exercer o controle ambiental das atividades modificadoras do meio ambiente, cabendo ao IBAMA atuar em caráter supletivo.

Lei 7.804, de 18/07/89 - deu ao IBAMA a

atribuição de homologar o licenciamento nos casos que venham a ser determinados pelo Conselho Nacional de

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Meio Ambiente – CONAMA, e conceder licença a atividades cujos impactos ambientais assem a ser considerados de âmbito nacional ou regional. A Lei 7.804/89 introduziu modificações que não alteraram as bases e mecanismos antes instituídos, conservando os preceitos modernos de descentralização do controle e da proteção do meio ambiente, alguns dos quais merecem destaque:

 A obrigatoriedade do licenciamento prévio, de modo a permitir o acompanhamento das implicações ambientais de uma atividade, desde a fase do planejamento, prevenindo-se os danos e evitando-se os custos adicionais de controle após sua implantação;

 A submissão à fiscalização e ao controle ambiental de pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado;

 O condicionamento de financiamentos e incentivos governamentais ao prévio licenciamento ambiental dos projetos;

 A descentralização administrativa para implementar o licenciamento ambiental, a cargo dos órgãos estaduais de meio ambiente, cabendo ao IBAMA a homologação de licenças em casos determinados pelo CONAMA, ou a ação supletiva;

 A adoção dos princípios democráticos de divulgação, de publicidade e de informação dos pedidos de licença, sua renovação e respectiva concessão, em jornal oficial periódico de grande circulação regional ou local;

 A adoção de um amplo conceito de poluição, relacionado à degradação de qualquer dos fatores ambientais dos meios físico, biótico e antrópico, como a saúde, o bem-estar, as atividades sociais e econômicas, as condições

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estéticas e sanitárias do meio ambiente;  A inclusão, nos objetivos da Política Nacional

do Meio Ambiente, da imposição ao poluidor ou predador da obrigação de recuperar e indenizar por danos causados e, ao usuário, de contribuir pela utilização dos recursos ambientais com fins econômicos.

Decreto nº 99.274/90 - substituiu o Decreto

nº 88.351/83, mas em nada alterou os dispositivos sobre licenciamento.

Resolução CONAMA 237/97 - é um

importante instrumento regulador do Licenciamento Ambiental, que alterou em vários pontos o sistema de licenciamento vigente e estabelecido pelos decretos anteriores. Dentre as alterações, está a definição da distribuição de competência para licenciar entre o IBAMA, os órgãos estaduais e os órgãos municipais de meio ambiente.

Compete aos Municípios o licenciamento da maior parte das atividades, apesar da falta de estrutura e de capacitação técnica da maioria deles.

De acordo com esta resolução, cabe ao IBAMA o licenciamento de atividades localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe, no mar territorial, na plataforma continental, em terras indígenas, assim como o licenciamento de atividades localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados, aquelas cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais do país ou de um ou mais Estados, atividades nucleares, além de bases e empreendimentos militares. Além disso, a Resolução CONAMA 237/97 determina quais empreendimentos são obrigados a ter licença ambiental.

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Lei Federal nº 9.605/98 - estabelece as

sanções criminais aplicáveis às atividades lesivas ao meio ambiente, introduzindo o conceito da Responsabilidade Criminal para as condutas lesivas ao meio ambiente e da Responsabilidade Criminal da Pessoa Jurídica, prevendo, ainda, a desconsideração da Pessoa jurídica para impedir, por exemplo, que os danos ambientais não sejam ressarcidos caso a empresa decrete falência.

Medida Provisória 1710/98 – beneficiou as

empresas que já operavam anteriormente à regulamentação e obrigatoriedade do Licenciamento Ambiental, pois permitiu que as empresas cujas atividades fossem consideradas poluidoras ou potencialmente poluidoras e degradantes se adequassem à legislação através de um ‘termo de compromisso’ firmado entre a empresa e o órgão ambiental licenciador com prazo de vigência variável entre 90 dias e três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período, portanto, um prazo de até 06 anos no máximo.

Responsabilidades

e

penalidades

decorrentes de condutas lesivas ao meio

ambiente

As condutas lesivas ao meio ambiente são passíveis de responsabilidades e penalidades conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/98). A responsabilidade no caso de conduta lesiva ao meio ambiente pode ser Objetiva, Subjetiva ou Solidária.

A Responsabilidade Objetiva independe de culpa e, como penalidade, a empresa deverá reparar os danos causados ao meio ambiente, em caso de acidente. Esta penalidade aplica-se preferencialmente à esfera cível.

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A Responsabilidade Subjetiva depende da existência de culpa ou dolo. A culpa é caracterizada por imperícia, imprudência ou negligência. O dolo se caracteriza pela intenção. No caso de acidente, será necessária a apuração da culpa para a posterior responsabilização na esfera criminal.

A Responsabilidade Solidária será apurada entre todos os agentes envolvidos. Neste caso, o poluidor e seus sucessores, bem como qualquer um que tenha contribuído para o dano, serão considerados responsáveis perante a lei e responderão individual ou conjuntamente pelo pagamento total da indenização devida.

No caso específico da inexistência da Licença Ambiental cabível, a responsabilidade será Objetiva.

LICENÇA AMBIENTAL

O Licenciamento Ambiental é caracterizado por três fases distintas: LP - Licença Prévia, na fase preliminar do planejamento da atividade; LI – Licença de Instalação, para implantação da atividade segundo planos e projetos aprovados; LO – Licença de Operação, para início das atividades de acordo com o previsto nas LI e LO.

A licença ambiental é o documento, com prazo de validade definido, em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem seguidas pela empresa. Entre as principais características avaliadas no processo, pode-se ressaltar: o potencial de geração de líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de riscos de explosões e de incêndios. Ao receber a Licença Ambiental, o empreendedor assume os compromissos para a manutenção da qualidade ambiental do local em que se instala.

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Deste modo, a construção, instalação, ampliação e operação de qualquer estabelecimento ou atividade geradora de poluição, ou que explore os recursos naturais, só poderá ocorrer após a obtenção da respectiva licença ambiental.

TIPOS DE LICENÇA AMBIENTAL

O processo de licenciamento ambiental é constituído de três tipos de licenças. Cada uma é exigida em uma etapa específica do licenciamento. Assim temos:

Licença Prévia (LP)

Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO)

LP – LICENÇA PRÉVIA

É a primeira etapa do licenciamento, em que o órgão licenciador avalia a localização e a concepção do empreendimento, atestando a sua viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos para as próximas fases.

A LP funciona como um alicerce para a edificação de todo o empreendimento. Nesta etapa, são definidos todos os aspectos referentes ao controle ambiental da empresa. O órgão licenciador determina se a área sugerida para instalação é tecnicamente adequada, conforme estudo baseado no Zoneamento Municipal.

Nesta etapa podem ainda ser requeridos estudos ambientais complementares, tais como EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental) e RCA (Relatório de Controle Ambiental), quando forem necessários. Com base nestes estudos, o

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órgão ambiental define as condições nas quais a atividade deverá se enquadrar a fim de cumprir as normas ambientais vigentes (FIRJAN, 2004).

O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos (Res.CONAMA 237/97).

EIA – ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Sabemos que Ambiente tem vários significados para pessoas e realidades diferentes. Não seria então estranho compreendermos que muitos projetos são propostos para ambientes diversos. Então, fazer uma análise ambiental é, antes de tudo, estudar as possíveis mudanças de características sócio-econômicas e biogeofísicas de um determinado local (resultado do plano proposto).

O EIA - Estudo de Impacto Ambiental - propõe que quatro pontos básicos sejam primeiramente entendidos, para que depois se faça um estudo e uma avaliação mais específica. São eles:

 Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será feito e o tipo de material usado.

 Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísico e/ou sócio-econômico) será modificado pela ação.

 Prever possíveis impactos no ambiente e quantificar as mudanças, projetando a proposta para o futuro.

 Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no processo de tomada de decisão.

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O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio Ambiente. São elas:

 Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, levando em conta a hipótese da não execução do projeto.

 Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação das atividades.

 Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos ( área de influência do projeto), considerando principalmente a "bacia hidrográfica" na qual se localiza;

 Levar em conta planos e programas do governo, propostos ou em implantação na área de influência do projeto e se há a possibilidade de serem compatíveis.

É imprescindível que o EIA seja feito por vários profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto. Esta visão multidisciplinar é rica, para que o estudo seja feito de forma completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.

RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

O RIMA – Relatório de Impacto Ambiental – é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental. Constitui um documento do processo de avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer todos os elementos da proposta em estudo, de modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão.

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O RIMA deve ser elaborado de forma objetiva e possível de se compreender, ilustrado por mapas, quadros, gráficos, enfim, por todos os recursos de comunicação visual. Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível ao público.

O relatório refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental:

 Objetivos e justificativas do projeto;

 A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias-primas e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;

 A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto;

 A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;

 A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando-as às diferentes situações da implementação do projeto e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização;

 A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos

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impactos negativos, mencionando aqueles que não puderem ser evitados e o grau de alteração esperado;

 O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; e

 Recomendações quanto à alternativa mais favorável (Conclusões).

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Definida pela resolução CONAMA 001/86, regulamentada pela CONAMA 009/87 e mencionada na CONAMA 237/97, a audiência pública pode ser convocada em quatro hipóteses:

 quando o órgão de meio ambiente julgar necessário;

 por solicitação de entidade civil;  por solicitação do Ministério público;

 a pedido de 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos. A audiência pública tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.

No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese do Órgão Ambiental não realizá-la, a licença concedida não terá validade. Portanto, a audiência pública, quando cabível, é requisito formal essencial para a validade da licença.

LI – LICENÇA DE INSTALAÇÃO

Uma vez detalhado o projeto inicial e definidas as mediadas de proteção ambiental, deve ser requerida a Licença de Instalação (LI), cuja concessão autoriza o início da construção do empreendimento e a instalação dos equipamentos.

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A execução do projeto deve seguir o modelo previamente apresentado. Qualquer alteração na planta ou nos sistemas instalados deve ser formalmente enviada ao órgão licenciador para avaliação (FIRJAN, 2004).

O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos (Res.CONAMA 237/97).

LO – LICENÇA DE OPERAÇÃO

A Licença de Operação autoriza o funcionamento do empreendimento. Essa licença deve ser requerida quando a empresa estiver edificada e após a verificação da eficácia das medidas de controle ambiental estabelecidas nas condicionantes das licenças anteriores. Nas restrições da LO, estão determinados os métodos de controle e as condições de operação (FIRJAN, 2004).

O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior, respeitados os limites anteriormente (Res.CONAMA 237/97).

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Muitas empresas já operavam anteriormente à obrigatoriedade do licenciamento ambiental. Para estas empresas a legislação definiu um prazo para adequação e regularização das atividades em operação (de acordo com o tipo de atividade), que neste caso é o

Licenciamento Corretivo. Para o Licenciamento

Corretivo, é necessário que a organização apresente ao órgão ambiental licenciador todos os documentos, projetos e estudos previstos para as fases de licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

A cada licença solicitada junto ao órgão ambiental deve ser dada a devida publicidade com a publicação da solicitação de abertura de processo no diário oficial e jornal de grande circulação no Estado ou região. Ao final do processo, quando a licença ambiental é concedida, deve-se proceder da mesma forma, publicando-se a concessão da mesma.

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FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

EXERCÍCIO 1

São benefícios econômicos e estratégicos provenientes da Gestão Ambiental:

( A ) Redução de multas, melhoria da imagem institucional e aumento de produtividade;

( B ) Redução de água, redução da quantidade de mão de obra, alto comprometimento do consumidor; ( C ) Reciclagem e redução de efluentes, aumento em

investimentos em mídia e redução de gastos com impostos; O empreendedor formaliza a abertura do processo de Licenciamento no órgão ambiental Início

O órgão ambientral analisa a documentação apresentada

O órgão ambiental faz a vistoria técnica

O órgão ambientral faz alguma outra solicitação?

Encaminhamento do Parecer técnico à direção do órgão

Ambiental

O órgão ambiental emite a Licença ambiental

A empresa recebe a licença solicitada e publica o

recebimento

A solicitação é atendida pela

empresa (EIA/RIMA/ ANALISES

/AUDIÊNCIA PÚBLICA)

A empresa faz a publicação da abertura do processo de Licenciamento em jornal de

grande circulação

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( D ) Melhoria no relacionamento com ambientalistas, fixação em linhas de produtos já estabelecidas no mercado, estratégias mais conservadoras e protecionistas;

( E ) Nenhuma alternativa responde à esta questão.

EXERCÍCIO 2

Sobre o Licenciamento Ambiental é falso afirmar:

( A ) A lei 6.938/81 estabelece que a construção, instalação e funcionamento de estabelecimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidoras dependerão de licenciamento prévio por órgão estadual competente integrante do SISNAMA ou pelo IBAMA em caráter supletivo;

( B ) Financiamentos e incentivos governamentais são condicionados ao licenciamento ambiental prévio; ( C ) O Ibama é o órgão licenciador quando de

atividades desenvolvidas pelo Brasil e em país limítrofe, ou no nosso mar territorial ou em terras indígenas;

( D ) De acordo com a Resolução CONAMA 237/97, a Licença Prévia tem validade de no mínimo 5 anos e máximo de 8 anos;

( E ) A LO tem prazo mínimo de 4 anos e máximo de 10.

EXERCÍCIO 3

Analise a importância de um Sistema de Gestão Ambiental. ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

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EXERCÍCIO 4

Como o sistema de gestão ambiental de uma empresa pode ajudar o meio ambiente?

____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

RESUMO

Vimos até agora:

 O conceito de gestão ambiental e sua importância;

 As etapas e processos de implementação de um sistema de gestão ambiental;

 Os mecanismos legais de defesa do meio ambiente em particular o processo de licenciamento ambiental.

(52)
(53)

ISO 14.000: breve

histórico e estudo da

norma

Fátima Almeida e Celso Sánchez

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Nesta aula apresentaremos a norma ISO 14.000 considerada uma das mais importantes referências a serem seguidas na hora de implementar um sistema de gestão ambiental.

Portanto, nas paginas seguintes, apresentaremos um breve histórico dos debates em torno da necessidade de normatização no campo da gestão ambiental, e apresentaremos os requisitos da norma ISO 14.000 a fim de subsidiar você na compreensão de sua implementação, bons estudos.

Objetivo

s

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Analisar e discutir a trajetória da norma ISO 14.000;

 Compreender a importância da normatização de processos de implementação de sistemas de gestão ambiental.

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