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Inquérito Policial. e Conceito. Formas de Abertura. Natureza Jurídica. Procedimento Administrativo

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Academic year: 2021

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(1)

RodRigo bello | Resumos gRáficos de diReito PRocessual Penal 46



inquérito PoliCiAl

eleMentos

e ConCeito

destino

natureza Jurídica Procedimento Administrativo

Presidência Delegado de Polícia (art. 144, § 1o, da CF, c/c

art. 2o da Lei no 12.830/2013.)

Meio Investigação

objetivo Indícios de Autoria e Materialidade conforme art. 2o, §1o da Lei no 12.830/2013

Titular da Ação Penal

Conceito Trata-se de procedimento administrativo, presidido pelo Delegado de Polícia com o objetivo de investigação através das diligências na busca de indícios de autoria e materialidade, para que o titular da ação penal possa ajuizá-la.

ForMas de

abertura

art. 5o do CPP • De ofício pelo delegado (art. 5o, I, do CPP) – casos de ação penal pública incondicionada. • Mediante Requisição do Ministério Público (art. 5o, II, do CPP) – Esta requisição gera uma obrigatoriedade na abertura do inquérito, tendo em vista a disposição de lei em comento, não devido à hierarquia, inexistente entre estes dois importantes personagens na persecução penal. Vale observar que a autoridade judiciária não poderá requisitar abertura de inquérito policial no atual contexto acusatório constitucional. 16

16 Na Ação Direta de Inconstitucionalidade 1570-2/DF foi declarado inconstitucional o dispositivo que permitia o juiz investigar. Se não vejamos a ementa: AÇÃO DIRETA DE IN-CONSTITUCIONALIDADE. LEI 9034/95. LEI COMPLEMENTAR 105/01. SUPERVENIENTE. HIERARQUIA SUPERIOR. REVOGAÇÃO IMPLÍCITA. AÇÃO PREJUDICADA, EM PARTE. “JUIZ DE INSTRUÇÃO.” REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS PESSOALMENTE. COMPETÊNCIA PARA INVESTIGAR. INOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. IMPARCIALI-DADE DO MAGISTRADO. OFENSA. FUNÇÕES DE INVESTIGAR E INQUIRIR. MITIGAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DAS POLÍCIAS FEDERAL E CIVIL.

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ForMas de

abertura

art. 5o do CPP

• Mediante Representação do Ofendido (arts. 5o e 4o do CPP) – casos de ação penal pública

condicionada • Notícia Crime: – Mediante Requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo (art. 5o, II, do CPP) – Mediante requerimento de qualquer pessoa do povo (art. 5o, § 3o, do CPP) – Nos casos de ação penal privada (art. 5o, § 5o, do CPP) • Através do Auto de Prisão em Flagrante (art. 304, § 1o, do CPP) requerimento

=

requisição Pedido

=

obrigação (tecnicamente melhor seríamos encarar como respeito à disposição de lei)

Requerimento Indiciamento – Lei no 12.830/2013 – Com a recente lei, conforme art. 2o, §6o, o indiciamento se solidifica como ato fundamentado, privativo de Delegado, elevando-se assim sua importância aliada à capacidade jurídica e técnica da autoridade policial. Tratamento – Lei no 12.830/2013 – Consiste em tratamento protocolar equiparado a outras autoridades, tais como promotores de Justiça e juízes de Direito. indiciamento tratamento

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RodRigo bello | Resumos gRáficos de diReito PRocessual Penal 48 CoMissão ParlaMentar de inquérito inquérito PoliCial nos Casos de CriMes CoMetidos nas dePendênCias do Congresso naCional (lei no 10.001/2000) Parágrafo único. A autoridade que presidir processo ou procedimento, administrativo ou judicial, instaurado em decorrência de conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito, comunicará, semestralmente, a fase em que se encontra, até a sua conclusão. Art. 3o O processo ou procedimento referido no art. 2o terá prioridade sobre qualquer

outro, exceto sobre aquele relativo a pedido de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança.

Súmula 397, STF: “O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.”

Prerrogativa

de Função investigação de Magistrado

Art. 33. São prerrogativas do magistrado:

Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de crime por parte do magistrado, a autoridade policial, civil ou militar remeterá os respectivos autos ao Tribunal ou órgão especial

competente para o julgamento, a fim de que prossiga na investigação. CoMissão ParlaMentar de inquérito (lei no 10.001/2000) Art. 1o Os Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional encaminharão o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito respectiva, e a resolução que o aprovar, aos chefes do Ministério Público da União ou dos estados, ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência. Art. 2o A autoridade a quem for encaminhada a resolução informará ao remetente, no prazo de 30 dias, as providências adotadas ou a justificativa pela omissão.

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Prerrogativa

de Função

investigação de Promotor de Justiça

Art. 41. Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Público, no exercício de sua função, além de outras previstas na Lei Orgânica:

II – não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste artigo;

Parágrafo único. Quando no curso de investigação houver indício da prática de infração penal por parte de membro do Ministério Público, a autoridade policial, civil ou militar remeterá, imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respectivos autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem competirá dar prosseguimento à apuração.

diligênCias

Mediante autorização Judicial de ofício pelo delegado

(arts. 6o - 7o do CPP)17 ofendido requerendo

diligências

17 Sobre a possibilidade de condução coercitiva pelo delegado de polícia, interessante julgado vinculado no Informativo 639 STF: “A 1a Turma denegou, por maioria, habeas corpus impetrado em favor de paciente que fora conduzido à presença de autoridade policial, para ser inquirido sobre fato criminoso, sem ordem judicial escrita ou situação de flagrância, e mantido custodiado em dependência policial até a decretação de sua prisão temporária por autoridade competente. A impetração argumentava que houvera constrangimento ilegal na fase inquisitiva, bem como nulidades no curso da ação penal. Em consequência, requeria o trancamento desta. Verificou-se, da leitura dos autos, que esposa de vítima de latrocínio marcara encontro com o paciente, o qual estaria na posse de cheque que desaparecera do escritório da vítima no dia do crime. A viúva, então, solicitara a presença de policial para acompanhar a conversa e, dessa forma, eventualmente, chegar-se à autoria do crime investigado. Ante as divergências entre as versões apresentadas por aquela e pelo paciente, durante o diálogo, todos foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. Nesse momento, fora confessado o delito. Assentou-se que a própria Constituição asseguraria, em seu art. 144, § 4o, às polícias civis, dirigidas por delegados de carreira, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. O art. 6o, II a VI, do CPP, por sua vez, estabeleceria as providências a serem tomadas pelas autoridades referidas quando tivessem conhecimento da ocorrência de um delito. Assim, asseverou-se ser possível à polícia, autonomamente, buscar a elucidação de crime, sobretudo nas circunstâncias descritas. Enfatizou-se, ainda, que os agentes policiais, sob o comando de autoridade competente (CPP, art. 4o), possuiriam legitimidade para tomar todas as providências necessárias, incluindo-se aí a condução de pessoas para prestar esclarecimentos, resguardadas as garantias legais e constitucionais dos conduzidos. Observou-se que seria desnecessária a invocação da teoria dos poderes implícitos.” HC 107644/SP, rel. min. Ricardo Lewandowski, 6.9.2011. (HC-107644).

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RODRIGO BELLO | RESUMOS GRÁFICOS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

50

diligênCias

autorizaçãoMediante

Judicial de ofício pelo delegado (arts. 6

o - 7o do CPP) requerendoofendido diligências Prisão (art. 5o, LXI, da CF) Interceptação Telefônica (art. 5o, X-XII, da CF c/c Lei no 9.296/96) Busca e Apreensão (art. 5o, XI, c/c art. 240 do CP) Exame de Insanidade Mental (art. 149 do CPP) O juiz é chamado nestes casos tendo em vista a pos-sibilidade real de perda de um direito constitucional-mente relevante, tais como a liberdade, a intimidade e o domicílio. I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV – ouvir o ofendido; V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll deste Livro, devendo o res-pectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe te-nham ouvido a leitura; VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acare-ações; VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitu-de e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. Art. 7

Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido

praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Art. 14 do CPP: O ofen- dido, ou seu represen- tante legal, e o indicia-do poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Prisão (art. 5o, LXI, da CF) Interceptação Telefônica (art. 5o, X-XII, da CF c/c Lei no 9.296/96) Busca e Apreensão (art. 5o, XI, c/c art. 240 do CP) Exame de Insanidade Mental (art. 149 do CPP) O juiz é chamado nestes casos tendo em vista a pos-sibilidade real de perda de um direito constitucional-mente relevante, tais como a liberdade, a intimidade e o domicílio. I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV – ouvir o ofendido; V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll deste Livro, devendo o res-pectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe te-nham ouvido a leitura; VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acare-ações; VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitu-de e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido

praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Art. 14 do CPP: O ofen- dido, ou seu represen- tante legal, e o indicia-do poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

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Prazo do

inquérito

PoliCial

CPP art. 10 Justiça Federal art. 66, lei no 5010/66 lei de drogas art. 51, lei no 11.343/06 Contra a economia Popular art. 10, § 1o, lei no 1.521/51 10 dias preso 30 dias solto 15 dias preso 30 dias solto 30 dias preso 90 dias solto 10 dias preso 10 dias solto

CaraCterístiCas

do inquérito

PoliCial

escrito (art. 9o do CPP) relativo inquisitório18 Não aplicabilidade dos princípios da ampla defesa e do contraditório

ofi cial (art. 144, § 4o, da CF)

Presidido pelo Delegado de Polícia

discricionário (art. 6o do CPP)

Liberdade nas investigações, sem rito

Valor informativo único e exclusivo para embasar a ação penal

18 SCARANCE FERNANDES, Antonio. Processo Penal Constitucional. 4. ed.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.: citando Tourinho Filho: “Desigualdade provocada pelo próprio criminoso. Desde que surge em sua mente a ideia do crime, estuda cauteloso um conjunto de precauções para subtrair-se à ação da justiça e coloca o Poder Público em posição análoga à da vítima, a qual sofre o golpe de surpresa, indefesa e desprevenida. Para restabelecer, pois, a igualdade nas condições de luta, já que se pretende que o procedimento criminal não deve ser senão um duelo nobremente sustentado por ambos os contendores, é preciso que o Estado tenha alguma vantagem nos primeiros momentos, apenas para recolher os vestígios do crime e os indícios de culpabilidade do seu autor.”

lei de drogas art. 51, lei no 11.343/2006

10 dias preso

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RodRigo bello | Resumos gRáficos de diReito PRocessual Penal 52

CaraCterístiCas

do inquérito

PoliCial

oficioso (art. 5o, i, do CPP) dispensável (art. 12 do CPP) Pode ser iniciado de ofício pelo Delegado de Polícia Nos casos de prévio conhecimento dos indícios de autoria e materialidade

sigiloso (art. 20 do CPP) Evitar descobertas que impeçam o trabalho policial

sigilo do CPP

de 1941

vs.

PubliCidade

ConstituCional

de 1988

sigilo de 1941 Publicidade de 1988 Art. 20 do CPP. A auto- ridade assegurará no in- quérito o sigilo necessá-rio à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

Art. 5o

, LX, da CF – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos pro-cessuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Art. 7o, Lei no 8.906/94 – Estatuto da OAB

XIII – examinar, em qualquer órgão dos poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em an-damento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; XIV – examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que con-clusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais. Súmula Vinculante 14 É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

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enCerraMento

do inquérito

PoliCial

1o Passo 2o Passo 3o Passo Delegado elabora Relatório (art. 10, § 1o, do CPP).

Classificação do Crime não é obrigação (exceção: Art. 52, Lei no 11.343/2006).

Envio para o titular da ação penal: Se for Ação Penal Pública: Ministério Público – titular da pretensão punitiva (art. 129, I, da CF).

Se for Ação Penal Privada: Juízo Competente – art. 19 do CPP. Ministério Público poderá adotar

uma das três medidas ao receber o Inquérito Policial: a) ajuizar a ação penal evidenciados os indícios de autoria e materialida-de (art. 24 do CPP); b) requisitar novas diligências (art. 16 do CPP); c) opinar pelo arquivamento (art.28 do CPP).

arquivaMento

do inquérito

PoliCial

(art. 28 do CPP)

1o Passo 2o Passo 3o Passo Ministério Público opina pelo ar-quivamento, que configura uma paralisação total e completa das investigações.

Delegado de Polícia não pode arquivar inquérito policial (art. 17 do CPP).

Este pedido de arquivamento é submetido ao juiz de direito numa função fiscalizatória, não jurisdicional, podendo:19

a) homologar o arquivamento, confirmando assim o encerra-mento das investigações; b) discordar do arquivamento, levando assim a dissidência ao procurador-geral de Justiça.

Enviado ao PGJ, representante do Mi-nistério Público perante a sociedade, este pode adotar as seguintes medidas: a) confirmar o arquivamento, bai- xando assim o feito para a homolo-gação do magistrado; b) entender ser caso de ajuizamen-to da ação penal, podendo: b.1) o próprio PGJ ajuizar a ação penal; b.2) delegar tal função para um outro promotor. 19

19 Já tivemos a oportunidade de escrever um artigo jurídico “Pela não participação do juiz no Arquivamento do Inquérito Policial” por entendermos que sua intromissão na análise da pretensão punitiva do Ministério Público quebra não só a imparcialidade, como fere o sistema acusatório constitucional. Entendemos a importância do

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arqui-RodRigo bello | Resumos gRáficos de diReito PRocessual Penal 54

arquivaMento Por

atiPiCidade (stF)

EMENTA: INQUÉRITO POLICIAL. Arquivamento. Requerimento do procurador-geral da República. Pedido fundado na alegação de atipicidade dos fatos. Formação de coisa julgada material. Não atendimento compulsório. Necessidade de apreciação e decisão pelo órgão jurisdicional compe-tente. Inquérito arquivado. Precedentes. O pedido de arquivamento de inquérito policial, quando não se baseie em falta de elementos suficientes para oferecimento de denúncia, mas na alegação de atipicidade do fato, ou de extinção da punibilidade, não é de atendimento compulsório, se não que deve ser objeto de decisão do órgão judicial competente, dada a possibilidade de formação de coisa julgada material.

razões que iMPedeM

o ProCurador-geral

de Justiça a obrigar

o ProMotor de

Justiça originário a

ProPor a ação Penal

independência Funcional atribuição ordinária liberdade de Consciência Força do Ministério Público, esta justificativa impede o PGJ de trans- formar a instituição num tabuleiro de xadrez, mexendo as peças con-forme sua conveniência. Quando o promotor recebe os autos do Inquérito Policial, três opções lhe são dadas: ajuizar a ação, requisitar novas diligências e opinar pelo arquivamento. Foi feita esta última dentro de suas atribuições comuns. Acreditamos que fique no passado a figura do promotor sedento por denunciar sem base informativa mínima. Antes de ser o órgão de acusação por excelência, o Ministério Público é o fiscal da lei e repre-sentante da sociedade.

(10)

inCoMuniCabilidade

art. 21. a incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.

Parágrafo único. a incomunicabilidade, que não excederá três dias, será decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso iii, do estatuto da ordem dos advogados do brasil (lei no 4.215, de 27 de abril de 1963, observando que atualmente o assunto é regido pelo art. 7o, inciso iii, da lei no 8.906, de 4 de julho de 1994).

A incomunicabilidade não foi recepcionada pela CF 88. Maior prova disso é que no regime prisional mais severo que temos, o Regime Disci-plinar Diferenciado (RDD), se permite a comunicação.

desarquivaMento

20 Notícia de Provas Novas (art. 18 do CPP): “Depois de ordenado o arqui-vamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.”

20 Notícia STF 11/fev/2010: “O desarquivamento do inquérito policial nada mais significa do que uma decisão administrativa de natureza persecutória no sentido de modificar os efeitos do arquivamento. Enquanto este tem como consequência a cessação das investigações, aquele tem como efeito a retomada das investigações inicialmente paralisadas pela decisão de arquivamento”, completou. Assim, o relator afirmou que o inquérito policial não pode ser desarquivado se não há notícia de prova nova, bem como não pode ser proposta ação penal sem produção de prova nova. Conforme Lewandowski, o juiz poderá sempre rejeitar a denúncia do MP, com base no inquérito policial desarquivado, se ela não estiver fundamentada em novas provas. “Mas para que essas novas provas sejam apresentadas é preciso permitir a reativação das investigações mediante o desarquivamento do inquérito em face da notícia de provas novas”, disse. O ministro Ricardo Lewandowski entendeu que a aplicação da Súmula 524, do STF, deve ser afastada uma vez que ela não regula o desarquivamento, mas apenas disciplina o exercício da ação penal baseada em inquérito arquivado. O relator lembrou que, segundo o STF, “novas provas são aquelas que produzem alteração no panorama probatório dentro do qual foi concebido e acolhido pedido de desarquivamento no inquérito, ou seja, a nova prova precisa ser substancialmente inovadora e não apenas formalmente nova”.

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RodRigo bello | Resumos gRáficos de diReito PRocessual Penal 56

suPreMo

tribunal

Federal

EMENTA: HABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONSISTENTE NO DESARQUIVA- MENTO DE INQUÉRITO SEM A NOTÍCIA DE FATOS NOVOS (SÚMULA 524/STF), NA AUSÊNCIA DE FUNDA-MENTAÇÃO DO DESPACHO QUE DETERMINOU O PROSSEGUIMENTO DAS INVESTIGAÇÕES, BEM COMO NA NULIDADE DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. Hipótese em que não houve desarquivamento seguido de ime-diato oferecimento de denúncia, mas a juntada de documentos que permitiram a reabertura das investigações (art. 18 do CPP), com a consequente realização de novas diligências, interrogatórios e a inserção de outros documentos, que, somados aos já existentes, possibilitaram o oferecimento da denúncia (Súmula 524 do STF). Não pode ser tido por desfundamentado o despacho que ordenou o prosseguimento das investigações, na medida em que indicou expressamente as razões que o determinaram, com o acolhimento da manifestação do Parquet, a qual passou, por isso, a fazer parte integrante dele. Quanto ao recebimento da denúncia em momentos separados – primeiramente em relação aos corréus que não ostentavam a condição de funcioná-rios públicos e, posteriormente, aos que possuíam essa qualificação –, inexiste a ilegalidade apontada, uma vez que o referido despacho não valeu pelo reconhecimento da prática do crime de peculato, já que todos os acusados foram denunciados, também, pelo crime de quadrilha. Habeas corpus indeferido.

susPeição

de delegado

de PolíCia

Art. 107 do CPP. “Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.”

Referências

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