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Os novos gestores do mal parado

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Academic year: 2021

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(1)

Os novos

gestores

do

mal

parado

Acreditam que são

capazes de dar a volta a empresas que não conseguem pagar as

suas dívidas àbanca. Fernando Esmeraldo

(ECS), Pedro Gonçalves (Vallis), Rodrigo Guimarães (Explorer), Carlos Costa Pina (Ongoing) eAntónio Carrapatoso lideram fundos de capital que estão aser criados para ganhar com acrise es

(2)

Solução

para

bancos

e

empresas

endividadas

Fundos de

investimento

trocam malparado

por

participações

de capital para

salvar

empresas

em dificuldades

Fernando Esmeraldo, da ECS Capital, fechou um fundo para oturismo no valor de

€385

milhões o

I

3 N 3 _l O e

(3)

Pedro Gonçalves gere o fundo de consolidação de construtoras que pode ir até €1000 milhões

í

LU I-a 5 s

Chamam-lhes fundos de

capitali-zação empresarial, são um fenó-meno recente e pretendem dar resposta àfalta de financiamen-to das empresas portuguesas.

Com atorneira da banca quase

fechada, aesperança para recu-perar créditos eativos ou

conso-lidar sectores em dificuldades

es-tá agora depositada nesta nova vaga defundos deinvestimento. Na linha da frente está aECS

Ca-pital, fundada por Fernando Es-meraldo, ex-quadro do Citi-group, eAntónio deSousa, presi-dente da Associação Portuguesa

de Bancos, com um fundo já fe-chado epronto aarrancar.

Vocacionado para oturismo, o

Fundo Lazer, Imobiliário e

Tu-rismo

(FLIT),

constituído no úl-timo trimestre de 2011, ascende a€385 milhões e tem a partici-pação do BCP, doBanif, da CGD

e do BES. O Expresso apurou que agestão deste fundo é inde-pendente dos seus

participan-tes, nomeadamente dos bancos, que subscreveram unidades de participação. O Colombo's Re-sort, em Porto Santo, eoHilton

Conrad, no Algarve, fazem par-te dos oito projetos que o

FLIT

integra. Objetivo: identificar os

casos que possam ter viabilida-de económica "potenciando alte-rações na gestão doprojeto e

si-nergias através de ganhos de

es-cala", adianta fonte envolvida neste fundo.

Consolidar

construtoras

Ganhos com sinergias é tam-bém o objetivo do fundo que

es-tá a ser criado para consolidar empresas no sector da

constru-ção, cujo valor máximo pode

as-cender a

€1000

milhões. Segundo apurou oExpresso, a

Edifer, aOpway, controlada

pe-lo BES, ea MonteAdriano são as

construtoras que jáchegaram a

acordo para integrar o fundo que a banca está aorganizar pa-ra minimizar os danos na indús-tria da construção (só num ano, as seis maiores construtoras cor-taram perto de 5 mil empregos).

(4)

Como éque funciona?

A

banca transforma os créditos em

parti-cipações einjeta liquidez na no-va empresa que resulta da fusão

das construtoras aderentes. As marcas atuais desaparecem e a

gestão transfere-se para o

fun-do,gerido por Pedro Gonçalves, ex-presidente da Soares da

Cos-ta, e Eduardo Rocha, ex-admi-nistrador financeiro da Mo-ta-Engil. As três construtoras

es-tão no top 10 do sector, com uma produção conjunta de

€800

milhões.

A Edifer reconhece "que as

ne-gociações se encontram na fase

final, envolvendo acionistas, bancos e o próprio fundo". A MonteAdriano "segue com

aten-ção o que se passa" emanifesta interesse "em ser um ator ativo na consolidação do sector". Já a FDO chegou a invocar aadesão ao fundo, mas foi recusada por não cumprir os parâmetros fi-nanceiros definidos pelo fundo.

Contactado pelo Expresso, Pe-dro Gonçalves, apenas diz que

"o processo está a avançar, mas não osuficiente para comentar-mos". Os bancos com maior

ex-posição aosector foram

aborda-dos pelos responsáveis deste

fun-do,cujo valor dependerá da

ade-são de vários intervenientes. Pedro Gonçalves é o rosto do fundo da Vallis Capital Partners, empresa de Eduardo Rocha, pa-raa construção. Mas a socieda-de socieda-de capital socieda-derisco, criada em 2010, está apostada em investir mais no segmento de fundos de consolidação empresarial.

A

ló-gica de atuação da Vallis é fun-cionar como patrocinadora de

Imobiliário

é

apetecível

Mas existem outros grupos na calha.

A

Explorer Investments, sociedade liderada por Rodrigo Guimarães, está a estudar

solu-ções para o sector do turismo, mas não presta declarações

so-bre o assunto.

A

Capital Criativo ainda não tem nenhum fundo desta nature-za sob gestão, mas "temos tido conversas eestamos disponíveis para assumir fundos que façam sentido nanossa estratégia eem que tenhamos competência de gestão", avança Nuno Gaioso Ri-beiro, presidente da sociedade

participada pela N Partners (dele próprio), pela Urbanos, pe-laPTepela Promovalor.

O sector do turismo edo imobi-liário éum dos alvos com poten-cial para esta capital de risco, que está atenta à possibilidade de avançar com a gestão integra-da de hotéis demédia dimensão. Assim como a recuperação de empresas.

Ainda na área imobiliária,

Car-los Costa Pina, ex-secretário de Estado do Tesouro edas

Finan-ças, contratado pela Ongoing

após ter saído do governo, foi quem apresentou o fundo On-going International avários

ban-cos. O objetivo deste fundo que pertence à família Rocha dos

Santos, que também controla a

diferentes iniciativas, mas não interferir ao nível da gestão. Pa-ra tal, constitui uma equipa

espe-cífica para cada um dos fundos que venha acriar. Pedro

Gonçal-ves lidera o primeiro.

Ongoing SGPS (liderada por Nu-no Vasconcellos), étrocar

crédi-tos malparados na banca por unidades de participação no

fun-do, onde osbancos serão

acionis-tas. O Expresso contactou a On-going para saber em que fase se

encontra a constituição do

fun-do, mas não obteve resposta. Outro exemplo é odeAntónio Carrapatoso, presidente da ad-ministração da Vodafone, que tem feito apresentações àbanca para a constituição de um fundo na áreado imobiliário eda recu-peração de empresas.

Carrapa-toso não comenta ainformação

do Expresso. Mas adianta: "Já temos em Portugal fundos de

di-versos tipos, geridos por socieda-des gestoras capazes, mas preci-samos ainda demais fundos que promovam oinvestimento, a

ca-pitalização e o crescimento das nossas empresas e economia".

O Ministério da Economia, através da Secretaria de Estado

do Empreendedorismo,

Compe-titividade e Inovação, está a in-tervir nas conversações entre bancos egestores de capital de risco, com aintenção de "contri-buir para estes novos fundos de reestruturação", revela uma fon-te ligada aos fundos. Até ao

fe-cho desta edição, não foi

possí-vel obter um comentário por parte do secretário deEstado do

Empreendedorismo, Carlos Oli-veira, pelo que fica em aberto o

tipo de compromisso que o

Esta-do terá neste processo: em ter-mos de legislação ou de capital?

ISABEL VICENTE, MARGARIDA

FIÚZA eABÍLIO FERREIRA

(5)

FUNDOS MAIS AVANÇADOS

¦

A ECS Capital já constituiu o

Fundo Lazer, Imobiliário e

Turismo (FLIT) que integra oito projetos etem um período de 20 anos. Com o FLIT, no valor

de €385 milhões, o montante de

fundos de recuperação sob

gestão daECS ultrapassa os

€1100 milhões

¦

A Vallis Capital é asociedade gestora de Eduardo Rocha que está alançar ofundo de consolidação no sector da construção, liderado por Pedro Gonçalves. Edifer,

MonteAdriano eOpway são

algumas das construtoras que

irão integrar o fundo. O

montante sob gestão pode

ascender a€1000 milhões

De

fora

do

baralho

Apesar de se apresentarem

como a solução para os

problemas de financiamento de alguns sectores e uma oportunidade para as

sociedades gestoras de capital de risco, os fundos de consolidação empresarial não são, para já, apetecíveis para todos. Questionado sobre o seu interesse neste tipo de fundos, João Talone, que lidera uma das principais sociedades de capital de

risco da Península Ibérica, admite que a Magnum foi sondada para criar fundos dessa natureza, mas "poderia haver conflitos de interesse nesta fase com os nossos

investidores e portanto não avançámos". Na base desta decisão está ofacto de a Magnum Capital representar

"os maiores investidores institucionais mundiais" eter "cerca €300 milhões" para investir na Península Ibérica. Também a ASK — Advisory Services Kapital, gerida por Nuno Miranda, está aoptar por não lançar fundos deste género. Oseu

posicionamento é nos fundos de recuperação de ativos, e

(6)

Referências

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