• Nenhum resultado encontrado

A IMPORTÂNCIA DE UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM FEIRA DE SANTANA DE 1975 A

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A IMPORTÂNCIA DE UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM FEIRA DE SANTANA DE 1975 A"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

1 A IMPORTÂNCIA DE UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM

FEIRA DE SANTANA DE 1975 A 2006

Lorena Nunes de Lima loredireito@hotmail.com Mestranda em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana

Violência doméstica ou familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, segundo a Lei 11.340/2006 que criou mecanismos para coibir esse tipo de violência. A violência doméstica¹ voltada contra as mulheres sempre foi um traço da cultura brasileira. Soihet (2009, p. 161), em um artigo no livro Violência na História, investigando o período entre fins do século XIX e os anos de 1930, já descreve a violência doméstica presente nas relações sexo-afetivas, com o exemplo de um homem que esfaqueia sua companheira, porque esta não engomou sua camisa. Uma pesquisa sobre o período de 1952 a 1972, feita por Corrêa (1983, p. 113 e ss.), também evidencia a violência familiar contra vítima feminina, mostrando casos de homicídios praticados por maridos, em função da infidelidade alegada por este, tal alegação comumente era insípida, mas ainda assim capaz de inocentar ou diminuir drasticamente a pena do acusado.

A Lei Maria da Penha inaugurou um novo capítulo no enfrentamento contra a violência sofrida pela mulher no âmbito doméstico, mas até se chegar à sua aprovação em 2006 um longo caminho teve que ser percorrido. A Maria da Penha, que deu nome a Lei n° 11.340, sofreu duas tentativas de homicídio do seu marido em 1983 e, ao procurar a tutela do Estado, para se proteger, encontrou diversos entraves judiciais que protelaram a punição do agressor (INSTITUTO MARIA DA PENHA, 2019). Dessa forma, ressalta-se a importância de uma analise sobre quais mudanças sociais que levaram uma sociedade omissa quanto à violência doméstica a se transformar em uma sociedade em que o Estado ampara a vítima com diversas medidas protetivas e pune de forma mais eficiente o agressor. Assim, é importante entender como se deu a promulgação da Lei Maria da Penha, como uma sociedade, que até então vinha tentando ignorar esse tipo de violência, passou a reconhecê-la,

(2)

2 ampliando, assim, a tutela às mulheres. Pois entender esse processo pode facilitar a conquista de novos direitos ou simplesmente garantir efetividade a eles.

Por muitos anos a mulher foi colocada num papel de submissão ao homem perante a sociedade; as práticas do cotidiano, o ordenamento jurídico, os discursos médicos, os jornais, dentre outros meios, todos eles legitimavam tal submissão. Lordello (2002, p. 43) afirma que “a mulher brasileira branca do século XIX aparecia como um ser despersonalizado, com atividade circunscrita ao lar e à Igreja, salvo pouquíssimas exceções. Raramente se estendia à escola. Sua situação era de subserviência, até mesmo jurídica, passando das mãos do pai às do marido.” Assim, a mulher indo para um relacionamento em que não teria liberdade e seria obrigada a se submeter às vontades do seu marido, acabou sendo um ambiente propício para violações à integridade física e psicológica da cônjuge. O movimento feminista teve um papel importante para o início da reversão desse quadro; a chegada do feminismo no Brasil foi essencial para empoderar as mulheres para que pudessem almejar o fim dessa condição de subserviência.

No Brasil, o feminismo se iniciou pela luta quanto ao direito ao voto feminino na década de 1920, sendo esse conquistado em 1932 com a promulgação do Novo Código Eleitoral. Na década de 1970, após décadas de letargia, o movimento feminista no país volta a se reerguer dentro de um regime ditatorial, o que o limitou bastante, mas por outro lado, possibilitou o contato de mulheres exiladas na Europa com feministas de lá, dessa forma, proporcionando a perpetuação da ideia de igualdade entre gêneros (SARTI, 2001, on-line). “Com a redemocratização dos anos 1980, o feminismo no Brasil entra em uma fase de grande efervescência na luta pelos direitos das mulheres” (PINTO, 2010, on-line), o que faz com que ideias feministas se popularizem.

Foi neste cenário, em que, inclusive, o feminismo já havia levantado a bandeira de que “quem ama não mata” (MEDEIROS, 2011, p.7), que Maria da Penha, em 1983, sofreu a maior das agressões, que a deixou paraplégica, e logo em seguida, no mesmo ano, sofreu outra tentativa de assassinato por eletrocussão depois de seu marido mantê-la em cárcere privado por 15 dias. Tendo vivenciado inúmeras agressões físicas e psicológicas e duas

(3)

3 tentativas de homicídio (1983), Maria da Penha passa a buscar justiça, ou seja, que seu agressor seja devida e proporcionalmente punido e seus direitos de mulher, mãe e ex-cônjuge sejam resguardados. Porém inicialmente sua luta foi infecunda, pois a lei vigente à época não era capaz de punir com celeridade e efetividade aquele que praticou violência doméstica nem resguardar a integridade física e moral da vítima.

É nesse contexto específico da sociedade que delimitamos nossas balizas cronológicas entre o período de 1975 a 2006. Tal recorte justifica-se com o ressurgimento do feminismo no Brasil e a declaração do Ano Internacional das Mulheres pela ONU. Nesta época o Brasil estava numa ditadura militar, mas, apesar da violência e repressão que caracterizaram o governo de Geisel (FAUSTO, 1997, p. 415), é também na década de 1970 que surge a segunda onda do feminismo no Brasil (MELO; SCHUMAHER, 1994, on-line). E o marco final se dá por conta da promulgação da Lei Maria da Penha.

Feira de Santana, no período de 1930 a 1950, “despontou como terra da prosperidade, do espetáculo, do progresso e da modernidade, alcançou posição de prestígio no cenário regional e atraiu brasileiros de diversas procedências” (SOUZA, 2007, p. 2), inclusive, compelindo os fazendeiros a disputar poder com novos seguimentos, como comerciários, intelectuais e trabalhadores; neste período se objetivou acabar com a identificação de Feira como um lugar violento.

Na busca pela consolidação de um espaço público feirense socialmente harmonioso, a classe dominante defendia que os conflitos sociais deveriam ser resolvidos através de um processo de racionalização, de incorporação de procedimentos contidos e regulados pelas ações jurídicas e policiais. Entretanto, tal projeto esbarrava num código de valores que instituía certas formas de violência como moralidade, uma vez que por muito tempo, a monopolização da violência física “legítima” esteve atrelada ao poder privado dos coronéis da terra. (SOUZA, 2007, p. 2)

Dessa forma, a escolha de se estudar violência doméstica em Feira de Santana, que historicamente foi reconhecida como um lugar de muita hostilidade, é essencial para compreensão de como o ideal de comportamento nesta cidade influenciou a diminuição da agressividade entre as pessoa quanto especificamente à violência doméstica e se as formas com que estimularam a passividade e a civilidade foram eficazes. Também queremos ressaltar

(4)

4 aqui a importância de se pesquisar em outros polos, citamos anteriormente duas historiadoras que pesquisaram a violência contra a mulher no Rio de Janeiro, assim faz-se necessária a análise dessa questão em outras cidades para que se trate as particularidades de cada território sem que se recorra de forma simples às generalizações.

Em que pese que a violência contra a mulher no âmbito doméstico tenha sido uma prática recorrente, a historiografia brasileira ainda não se dedicou satisfatoriamente sobre o tema. Historiadores importantes, como Rachel Soihet, Boris Fausto, Mariza Corrêa se debruçaram sobre o tema, porém seus estudos tiveram recorte temporal até meados do século XX, sendo assim de extrema importância entender o que levou a promulgação da Lei Maria da Penha, que combate essa espécie de violência. Contudo, ressalta-se que essas pesquisas serão essenciais para que se estabeleçam conexões entre elas e, da mesma forma, auxiliar na compreensão de como se pesquisar documentação jornalística e jurídica.

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, “em 2017 ingressaram nos tribunais de justiça estaduais do país 452.988 casos novos de conhecimento criminais em violência doméstica contra a mulher - número 12% maior que o verificado em 2016”, sendo 4.080 casos registrados na Bahia em 2016 e 4.379 novos casos registrados em 2017 (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2018, p. 12,13). Tais dados, apesar de extrapolarem as balizas temporais propostas pela pesquisa, comprovam o quanto é importante estudar o tema para que se entenda melhor o que estimula e o que inibe esse tipo de ação contra a mulher.

Apesar de alguns avanços contra o machismo na sociedade brasileira, esta ainda está impregnada de tais práticas. Uma das faces mais cruéis do machismo é a violência que ocorre nas relações familiares e/ou domésticas em que, normalmente o homem, agride física ou verbalmente a mulher, por um sentimento de posse. Esse tipo de prática era vista com certa benevolência pela sociedade, que acreditava que num relacionamento, como um casamento, por exemplo, só o casal poderia se resolver. Era comum ouvirmos: “em briga de marido e mulher não se mete a colher”; ou agir com naturalidade ao ver uma mulher com sequelas

(5)

5 óbvias de agressão física; ou, ainda pior, culpabilizar a vítima, perguntando o que ela fez para levar o agressor a fazer aquilo; etc..

Esse limite de até qual momento o Estado deve tutelar a vida dos indivíduos tem se flexibilizado com o decorrer do tempo. Diante das frequentes agressões físicas a que as mulheres estavam sujeitas no âmbito familiar, conjuntamente com a inércia do Estado em protegê-las e a disseminação de ideias de igualdade entre os gêneros, a busca por proteção das mulheres, mesmo no âmbito doméstico, tornou-se uma realidade. Okim (2007, p. 2) traz a diferença entre os conceitos de público ou privado, explicando que para o Estado se imiscuir na esfera privada é necessária uma justificativa, o que no caso da violência doméstica pôde e pode ser comprovados até hoje através, por exemplo, do número de homicídios de mulheres em que o assassino é o marido/companheiro/namorado, como pode se observar no texto in fine:

Distinções entre público e privado têm tido um papel central, especialmente na teoria liberal – “o privado” sendo usado para referir-se a uma esfera ou esferas da vida social nas quais a intrusão ou interferência em relação à liberdade requer justificativa especial, e “o público” para referir-se a uma esfera ou esferas vistas como geralmente ou justificadamente mais acessíveis.

Outro fator importante que se deve considerar é a situação internacional. No caso específico da aprovação da Lei Maria da Penha, em 1998, o Centro para a Justiça e o Direito Internacional e o Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher denunciaram a omissão do Estado ao punir o agressor da Maria para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, por se tratar de uma grave violação de direitos humanos e ir de encontro a convenções pactuadas pelo próprio estado brasileiro (Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica; Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem; Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – Convenção de Belém do Pará; Convenção sobre a Eliminação do Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher). Mas, ainda assim, o Estado continuou omisso, por isso, em 2001, o Brasil foi responsabilizado por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras (INSTITUTO MARIA DA PENHA, 2019, on-line).

(6)

6 Dessa maneira, fica evidente a importância dos organismos internacionais para a conquista deste direito para as mulheres.

Dessa forma, entender os fatores que levaram a promulgação dessa lei é essencial tanto para garantir sua eficácia, quanto para que se identifique quais os mecanismos necessários para a ampliação dos direitos garantidos às mulheres em relação à violência doméstica ou outras. Apontar quais os fatores sociais que fizeram Maria da Penha e outras mulheres perceberem que era necessária uma lei específica quanto à violência sofrida pela mulher no âmbito doméstico e que essa necessidade de tutela era legítima e essencial para garantir os direitos já adquiridos e buscar outros.

Diante dos dados expostos, ressalta-se a importância da pesquisa em voga, posto que, apesar de um importante avanço no combate à violência doméstica com a promulgação da Lei Maria da Penha, esse tipo de violência ainda ocorre e, recentemente, parece estar aumentando. Assim, pesquisando-se os fatores que fizeram a sociedade entender que esse tipo de crime precisava de um tratamento específico, que protegesse a vítima e punisse de forma mais eficiente o agressor, pode-se contribuir para a evolução no combate contra a violência doméstica praticada contra a mulher, como um todo e especialmente em Feira de Santana.

Dessa forma, ressalta-se a importância de uma pesquisa sobre a violência doméstica contra a mulher em Feira de Santana de 1975 a 2006, analisando-se de que maneira houve uma mudança comportamental em relação a esse tipo de violência. Para tanto se pretende pensar se as relações de conjugalidade favorecem a violência doméstica; reconhecer a existência da desigualdade de gênero e sua relação com a violência praticada contra a mulher no âmbito familiar; identificar como os debates feministas influenciaram a promulgação da Lei Maria da Penha; analisar a violência doméstica em Feira de Santana em casos de homicídios e lesões corporais; e discriminar a violência doméstica em Feira de Santana por bairros, estabelecendo relações entre os condicionantes raciais, sociais e econômicos.

Para se analisar a violência doméstica sofrida pela mulher tem que se analisar a construção a desigualdade entre os gêneros.

(7)

7 As relações assimétricas próprias do relacionamento homem-mulher, presentes desde formas primárias do poder masculino, apoiadas nos estereótipo de “minoridade” ética da mulher, identificáveis no controle da conduta da mulher nas relações do casal, até formas mais agressivas de violação da integridade física se constituem, igualmente, em formas de violência. (SOIHET, 1989, p.10)

Logo, a partir do relato da autora que nessa obra investiga o período de 1980 a 1920, fica claro que a desigualdade entre homens e mulheres estava presente naquela época e remonta de data muito anterior à estudada por ela. Historicamente, antes da Lei Maria da Penha, constantemente os maltratos sofridos por mulheres no âmbito doméstico, mesmo passíveis de enquadramento num tipo penal, não eram levados adiante, por se dar ao homem o poder do exercício da força sobre os corpos de suas mulheres.

A violência doméstica de que eram vítimas muitas mulheres, da qual M. do S.P. era apenas um exemplo, esse “mau” costume dos homens baterem em suas companheiras, parecia não estar entre os comportamentos a serem moralizados, pelos agentes da ordem. A normatização dos espaços familiares já possuía o seu “adestrador”. Ao marido era legítimo o exercício da força sobre os corpos de suas mulheres, principalmente quando “não se tratava de espancamentos graves”. A estas vítimas restava a fuga ou a aceitação, conforme depoimento da autoridade. (SOUZA, 2008, p. 110)

Até a promulgação da Lei Maria da Penha não se tinha um aparato estatal que conseguisse acabar com as agressões de alguém que mora com a vítima ou que tinha relação familiar ou afetiva com ela, a lei não alcançava essas pessoas, que terminavam ficando a margem da tutela estatal.

A lei é feita para todo mundo em nome de todo mundo; que é prudente reconhecer que ela é feita por alguns e se aplica a outros; que nos tribunais não é cidade inteira que julga um de seus membro mas uma categoria social encarregada da ordem que sanciona a outra. (FOUCAULT, 2009, p.303) Assim, pode-se se inferir que os parlamentares não tinham qualquer intenção de criar uma lei que protegesse esse tipo de violação talvez porque poderia ir de encontro aos seus próprios interesses, principalmente considerando-se que a maioria do Congresso Nacional é composta por homens.

(8)

8 Outro aspecto que merece destaque é o fato de a violência doméstica não estar concentrada em nenhuma classe social específica; as mulheres, independente da condição social, econômica ou racial, estão sujeitas a esse tipo de violência.

[...] A violência física se constituiria numa realidade presente em todas as classes sociais, para o que são aventadas uma série de explicações. Alguns justificam sua presença entre as camadas mais elevadas, face à importância econômica do homem na família, organizada em moldes patriarcais, o que levaria a mulher a aceitá-la silenciosamente. Para tal silêncio contribuiriam razões psicológicas, por alimentarem tais mulheres sentimentos de culpa ou impotência, quer razões materiais de sobrevivência, por não estarem devidamente equipadas para o mercado de trabalho ou estar sua força de trabalho defasada por muitos anos de inatividade.

Tal explicação deixa em suspenso a questão da aceitação da violência por parte das mulheres que, do ponto de vista econômico, poderiam viver separadamente do marido. (SOIHET, 1989)

Busca-se, dessa forma, observar se a violência doméstica tem maior ou menor frequência levando-se em conta a questão racial, social e econômica. De forma que a análise da documentação jurídica e jornalística possibilitará entender se de fato essas questões tem influência neste debate. Hodiernamente tem se ressaltado a importância de se discutir gênero e raça, evidenciando segmentações do feminismo, como o feminismo negro. No escopo da nossa pesquisa pretende-se também mapear os bairros de Feira de Santana quanto à ocorrência de violência doméstica. Durante o processo da pesquisa se analisará quais os locais que a violência doméstica costuma ser mais recorrente.

Dessa forma, levando em conta a importância do tema, pretendo realizar este estudo no decorrer do mestrado, com base nos principais autores que tratam de violência doméstica, feminismo, machismo e a sociedade brasileira, salienta-se que no decorrer da dissertação não será usada apenas a doutrina dos historiadores, mas também doutrinadores do ramo do Direito (Penal, Civil, Sociologia do Direito etc.), da Sociologia e da Antropologia; além de pesquisas através de monografias e dissertações que tratem da cidade de Feira de Santana, principalmente no que tange à violência contra a mulher; jornais da mesma cidade que contem sobre a ocorrência do tipo de violência já mencionado; entrevistas com mulheres vítimas desse tipo de violência ou que lutaram contra este; e acompanhar os processos que envolvam

(9)

9 a violência doméstica ou feminicídio nesta cidade, que serão analisados a partir dos tipos penais de lesão corporal e homicídio, dentro do recorte temporal proposto.

1 Para melhor compreensão no decurso desta pesquisa nos permitiremos usar o termo Violência

doméstica, ainda que em data anterior a sua tipificação penal.

Referências Bibliográficas

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. O Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha. Disponível em: <file:///C:/Users/User/Desktop/HIST/cnj.pdf>. Acesso em: set. 2019. CORRÊA, Mariza. Morte em Família. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

FAUSTO, Boris. Crime e Cotidiano. São Paulo: Edusp, 2001. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 2009.

INSTITUTO MARIA DA PENHA, Disponível em: <http://www.institutomariadapenha .org.br/quem-e-maria-da-penha.html>. Acesso em: set. 2019.

LORDELLO, Josette Magalhães. A secularização do casamento no Brasil do século XIX: Entre o Reino de Deus e o dos Homens. Brasília: Editora UnB, 2002.

MEDEIROS, Luciene Alcinda de. “Quem Ama Não Mata”: A atuação do movimento feminista fluminense no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo. Disponível em: <http://www.snh2011.anpuh.org/resour ces/anais/14/1300848995_ARQUIVO_ArtigoAnpuhNacional.2011.pdf>. Acesso em: set. 2019.

MELO, Hildete Pereira de; SCHUMAHER, Schuma. A segunda onda feminista no Brasil. Disponível em:< file:///C:/Users/User/AppData/Local/Temp/3_A-segunda-onda-feminista-no-Brasil-1.pdf>. Acesso em: out. 2019.

(10)

10 OKIM, Susan Moller. Gênero, o público e o privado. Rev. Estud. Fem. [online]. 2008, vol. 16, n.2, pp. 305-332. ISSN 0104-026X. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2008000200002>. Acesso em: set. 2019.

PINTO, Céli Regina Jardim. Feminismo, história e poder: dossiê teoria política feminista. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v.18, nº36, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782010000200003> Acesso em: set. 2019.

SARTI, Cynthia A. Feminismo e contexto: lições do caso brasileiro. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332001000100003>. Acesso em: set. 2019.

SOIHET, Rachel. Condição feminina e formas de violência – Mulheres pobres e Ordem Urbana (1890 - 1920). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

SOUZA, Eronize Lima. O crime (re)escreve a cidade: as fronteiras da ordem e da desordem

na princesa do sertão(1930-1950). Disponível em:

<https://anpuh.org.br/uploads/anaissimposios/pdf/201901/1548210561_60fc3fff3877d294262 72b65d4bf92d8.pdf>. Acesso em: set. de 2019.

Referências

Documentos relacionados

de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença

Segundo Cerqueira (2004) não só as escolas têm um papel importante no desenvolvimento das capacidades e criação de competências nestes jovens, também o.. mundo

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Esta pesquisa discorre de uma situação pontual recorrente de um processo produtivo, onde se verifica as técnicas padronizadas e estudo dos indicadores em uma observação sistêmica

Em síntese, no presente estudo, verificou-se que o período de 72 horas de EA é o período mais ad- equado para o envelhecimento acelerado de sementes de ipê-roxo

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

Finally,  we  can  conclude  several  findings  from  our  research.  First,  productivity  is  the  most  important  determinant  for  internationalization  that