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Conselho da discórdia

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Academic year: 2021

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Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4329 • Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013 10 PATACAS

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anos ao serviço

de Macau

Futuro da TV por Cabo

passa por consulta

O fim da exclusividade da TV Cabo dará lugar à liberalização, mas os futuros contornos ainda não são claros. Certa é a realização de uma consulta pública. Pág. 2

Quinta torre avança

no City of Dreams

A Melco Crown planeia ini-ciar, no final do corrente ano, a construção de mais uma torre hoteleira no seu complexo do

COTAI. Pág. 6

Coro de críticas

sobre casas públicas

Deputados manifestaram-se in-dignados com a qualidade das habitações públicas, apontando a mira aos edifícios de Seac Pai

Van e da Ilha Verde. Pág. 4

Apresentadas queixas ao CCAC

contra Mak Soi Kun e Kuan Vai Lam

Três candidatos às eleições legislativas, um dos quais Lee Kin Yun, apresentaram ontem uma queixa no Comissariado contra a Cor-rupção contra outro candidato, o actual deputado Mak Soi Kun. Segundo a “Ou Mun Tin Toi”, os queixosos acham que a distribui-ção de prendas e dinheiro por parte da Associadistribui-ção dos Amigos de Jiangmen, que é liderada por Mak Soi Kun, constitui um acto de potencial corrupção. Lee Kin Yun também apresentou uma queixa contra Kuan Vai Lam, da lista “Cuidados para Macau”, devido à existência de vários cartazes com a imagem desse candidato.

Água comprada a Zhuhai

vai encarecer 12% em 2014

O preço da água que o território adquire a Zhuhai vai ser aumentado em 12% a partir do próximo ano, reve-lou a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e da Água. O aumento, que foi conhecido após reuniões com as autoridades de Guangdong e Zhuhai, será vá-lido pelo menos até 2016. A directora daquela Direcção de Serviços, Susana Wong, salientou, por outro lado, que a cooperação com o Interior da China foi muito benéfica durante a época de seca, face à maré salgada.

Apoios financeiros

caíram 10%

até Junho

Entre Janeiro e Junho, os apoios financeiros da Fundação Macau totalizaram 421,9 milhões de patacas, menos 9,9% do que no primeiro semestre de 2012. No segundo trimestre, a Federação das Associações dos Operários foi a instituição que mais recebeu: 64,25 milhões de

patacas. Pág.3

Conselho da discórdia

O parecer sobre a Lei de Salvaguarda do Património

Cul-tural revela um braço de ferro entre a Comissão e o Go-verno. Será um regulamento administrativo a concretizar pormenores do Conselho do Património Cultural, mas a assessoria jurídica vinca que o órgão é criado pela lei e não pode existir antes desta entrar em vigor, a 1 de Março de

2014. Mesmo assim, o Governo não cedeu e a norma que prevê o regulamento administrativo tem efeitos já após a publicação da lei. As zonas tampão do património classifi-cado vão deixar de ser obrigatórias, algo que é considerado pelos assessores como uma das “mais radicais” alterações,

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Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grande Repórter: Raquel Carvalho • Redacção: Helder Almeida (editor), Fátima

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JORNAL TRIBUNA DE MACAU

FOTO JTM

O final do contrato da

exclusividade da TV Cabo irá

dar lugar à possibilidade de

um mercado aberto, tal como

o Governo já tinha referido,

mas não existe ainda nenhum

plano concreto sobre o futuro

desenvolvimento no território.

Em declarações aos jornalistas,

os responsáveis da DSAJ e

DSRT garantem apenas que os

residentes irão continuar a ter

serviço de televisão em casa

CONTRATO DE EXCLUSIVIDADE DA TV CABO CESSA EM ABRIL DE 2014

Liberalização só depois de consulta pública

GOVERNO QUER APROFUNDAR CONCEITO SOBRE TERRAS PARA RESIDENTES

Dois estudos sobre aterros custam 1,4 milhões

O futuro dos novos aterros motivou a realização de dois estudos, por parte da Universidade de Macau e Instituto Politécnico. Embora o alvo das

pesquisas seja o mesmo, o Governo frisa que há “diferentes entendimentos” sobre o conceito “Terra de Macau destinada a residentes de Macau”

D

uas instituições de ensino superior de Macau

foram incumbidas pelo Governo de realizar, cada uma delas, um estudo relacionado com o futuro desenvolvimento dos novos aterros, adjudi-cados pelo valor de aproximadamente 1,4 milhões de patacas. O orçamento global foi revelado à agência Lusa por uma porta-voz do Gabinete do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, a qual não espe-cifica, porém, se a verba vai ser repartida equitativa-mente pelas duas instituições de ensino superior.

A Universidade de Macau foi incumbida de realizar o “Estudo da Política Habitacional sobre ‘Terra de Ma-cau destinada a residentes de MaMa-cau””, de acordo com um despacho publicado em Boletim Oficial, em Maio, enquanto o Instituto Politécnico vai elaborar o “Estudo e análise económica e jurídica sobre ‘Terra de Macau des-tinada a residentes de Macau’”, segundo um despacho datado de Julho.

Prevê-se que ambos estejam prontos no último tri-mestre do ano, indicou a mesma fonte, precisando que as suas conclusões serão depois analisadas pelo Grupo de Trabalho para a Promoção do Desenvolvimento Sus-tentável do Mercado Imobiliário.

“Uma vez que este tema envolve várias vertentes

técnicas como: jurídica, económica, social, cívica, políti-ca públipolíti-ca etc., necessita-se de um estudo elaborado por diferentes grupos profissionais [e] as duas instituições de ensino superior têm as suas vantagens”, o que “con-tribui para um aprofundamento sobre o mesmo”, disse a mesma responsável, questionada acerca da razão de adjudicar dois estudos com um objecto idêntico a duas instituições diferentes.

A realização dos estudos em causa é justificada, na mesma resposta escrita enviada à Lusa, pelos “diferentes entendimentos” no seio da sociedade sobre o conceito “Terra de Macau destinada a residentes de Macau”, tor-nando-se, por isso, necessário “determinar fixações mais claras para este assunto, comprovar a aplicabilidade e a viabilidade deste conceito e desta política para Macau”.

Em Janeiro, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas disse, na Assembleia Legislativa, que ia enco-mendar um estudo sobre a nova política de reserva de terrenos para residentes, assumindo uma “atitude aber-ta”, mas rejeitando o projecto-piloto em Hong Kong - anunciado no terceiro trimestre do ano passado -, ao abrigo do qual se prevê destinar duas parcelas em Kai Tak em exclusivo a residentes permanentes da antiga co-lónia britânica.

Em Abril, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, confir-mou a realização de um estudo, através de duas institui-ções académicas, indicando que a questão ia também ser alvo, no futuro, de consulta pública.

Os novos aterros estão a “nascer” a leste e sul da pe-nínsula de Macau e a norte da Taipa e estarão divididos em cinco zonas, em que não haverá lugar para projectos ligados ao jogo.

JTM/Lusa

O

Governo deverá abordar o

mais rapidamente possível o futuro plano da transmis-são dos sinais gratuitos de televitransmis-são. Pelo menos é essa a opinião de An-dré Cheong, responsável da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), que salienta que o Executivo não deverá renovar o contrato de ex-clusividade da TV Cabo. “Não vamos legalizar os ‘anteneiros’, nem antes [do final do contrato com TV Cabo], nem depois”, disse em conferência de im-prensa.

O Governo anunciou que vai

lan-çar uma consulta pública para definir o processo de liberalização das teleco-municações, apesar de faltarem apenas oito meses para o fim do contrato de exclusividade com a TV Cabo, mas re-feriu que o estudo só poderá ser inicia-do a partir de finais de Setembro.

A Direcção dos Serviços da Re-gulamentação das Telecomunicações (DSRT) realizou ontem uma conferên-cia da imprensa na sua sede com o

ob-jectivo de clarificar algumas dúvidas sobre o acordo assinado entre a TV Cabo e as 14 companhias de ‘antenei-ros’. O plano, recorde-se, visa garantir uma continuação da transmissão dos sinais dos canais, seguindo a sentença do tribunal.

Entre os 40 canais que foram per-mitidos transmitir pelos “anteneiros” não constam a TDM Sport e TDM HD, facto que mereceu a surpresa de Leong

Kam Chun, presidente da Comissão Executiva da TDM, que afirmou aos jornalistas não ter sido consultado pela DSRT.

André Cheong explicou que a deci-são surgiu para evitar a disputa de di-reitos de autor, exemplificando o caso dos jogos da “Premier League”, cujos direitos variam consoante o meio de transmissão, sendo permitido por si-nal aéreo mas não por cabo. O director da DSAJ garantiu ainda que a exclusão dos dois canais do pacote acordado com os “anteneiros” é temporária.

Quanto à diminuição significativa do número dos canais, André Cheong explicou que o Governo tem que agir respeitando a lei, “sendo impossível transmitir os sinais que não têm direito de autor em Macau”.

Até 21 de Abril 2014, data em que termina o contrato de exclusividade da TV Cabo, o Governo terá que pagar cer-ca de 11,6 milhões patacer-cas, mas os re-presentantes da TV Cabo manifestaram descontentamento sobre o valor das verba, considerando-a insuficiente.

André Cheong sublinhou ainda que a tarifa irá fazer face à necessidade e realidade, assegurando que “o Go-verno não vai pagar mais para a TV Cabo”.

Por outro lado, o sociólogo e ana-lista político Larry So criticou a forma como a situação se desenrolou. “O Governo nada fez e agora os cidadãos têm que gastar dinheiro para resolver o problema. É muito injusto”, disse.

Novos aterros estarão divididos em cinco zonas

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Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013 JTM | LOCAL 03

Fundação Macau distribuiu 421,9 milhões de patacas até Junho

BALANÇO DOS PRIMEIROS SEIS MESES DE 2013

Subsídios da Fundação Macau recuam 10%

Sérgio Terra

O valor dos apoios da Fundação Macau ultrapassou os 400 milhões de patacas na primeira metade deste ano, mas a distribuição de

subsídios está a diminuir

FOTO ARQUIVO

N

o período compreendido entre Janeiro e

Ju-nho, os apoios financeiros da Fundação Ma-cau a particulares e a instituições particulares totalizaram 421,9 milhões de patacas, indicam dados publicados no Boletim Oficial. Este valor traduz um decréscimo de 9,9% comparativamente aos 468,3 mi-lhões de patacas registados em igual período do ano transacto.

Numa altura em que a entidade liderada por Wu Zhiliang tem vindo a prometer maior rigor na apre-ciação dos pedidos, os sinais de contenção foram mais evidentes nos três primeiros meses deste ano, com os subsídios a baixarem 24,13% para 80,5 milhões de pa-tacas, face aos 106,1 milhões do primeiro trimestre de 2012.

Já no segundo trimestre, a descida situou-se nos 5,73%. Entre Abril e Junho, a Fundação concedeu 341,38 milhões de patacas, ficando aquém dos 362,1 milhões aprovados um ano antes.

Segundo os mesmos dados, os subsídios atribuí-dos até Junho representam mais de metade do valor aprovado ao longo de todo o ano passado, uma si-tuação normal tendo em conta que a oficialização da maior parte dos apoios ocorre precisamente no pri-meiro semestre.

Na lista oficial ontem divulgada, a Federação das Associações dos Operários de Macau destaca-se entre mais de duas centenas de instituições e particulares apoiadas no segundo trimestre, ao arrecadar 64,25 milhões de patacas, o que equivale a 18,82% do total

do período em análise. A fatia mais significativa, no valor de 45 milhões de patacas, vai aliviar as despesas com as obras de construção e decoração e aquisição de equipamentos do Edifício da Federação das Associa-ções dos Operários.

Para a sede da mesma organização seguiram ainda 19,25 milhões de patacas, verba que, segundo a Fun-dação Macau, é a primeira prestação para “custear parcialmente as despesas com o plano anual de 2013 da Federação das Associação dos Operários de Macau e do Stage, subordinado à Federação”, com 448 pro-jectos envolvidos.

No pódio do “ranking” de apoios surgem a Asso-ciação de Apoio à Escola Hou Kong de Macau (35,25 milhões) e a Primeira Igreja Baptista de Macau (35,1 milhões). No primeiro caso, foram disponibilizados 35,01 milhões para apoiar a primeira fase das obras de ampliação dos Blocos B, C e D, da Escola de Ta-lentos Anexa à Escola Hou Kong na Taipa, bem como 247.500 patacas com vista à participação num Festi-val Musical Internacional em Itália. Já o apoio dado à Primeira Igreja Baptista de Macau diz respeito ao projecto de ampliação da Escola Cham Son de Macau (campus na Rua Central da Areia Preta).

No grupo das instituições com maior volume de subsídios no segundo trimestre estão também a Fun-dação Universidade de Ciência e Tecnologia de Ma-cau (27,28 milhões), Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu (19,46 milhões), União Geral das Associações dos Moradores (12,49 milhões), Fundação da Universidade da Cidade de Macau (12 milhões), Associação de Agricultores (9 milhões) e a Associação Geral das Mulheres (8,5 milhões).

Na extensa lista aparecem ainda, entre outras

insti-tuições, a Caritas e a Santa Casa da Misericórdia (am-bas com 4,5 milhões), Obra das Mães (4,15 milhões), MASTV (4,05 milhões), Universidade de São José (4 milhões), Instituto Internacional (3,5 milhões), ciação de Beneficência Sin Meng (1,8 milhões), Asso-ciação Promotora da Instrução dos Macaenses (1,5 milhões), Associação dos Macaenses (900 mil), Con-selho das Comunidades Macaenses (450 mil) e TDM - Teledifusão de Macau, S.A. (450 mil).

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FOTO ARQUIVO

Governo da Região Administrativa Especial de Macau

Serviços de Saúde

AVISO

Concurso Público Nº 18/P/2013

Faz-se público que, por despacho de Sua Excelência, o Chefe do Executivo e do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, respectivamente, de 6 de Maio de 2013 e 24 de Julho de 2013, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de vacinas aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 7 de Agosto de 2013, todos os dias úteis, das 9:00 às 13:00 horas e das 14:30 às 17:30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, nº 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de $52,00 (cinquenta e duas patacas), a título de custo das respectivas fotocópias ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Servi-ços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17:45 horas do dia 5 de Setembro de 2013.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 6 de Setembro de 2013, pelas 10:00 horas, na sala do «Museu» situada junto ao C.H.C.S.J.

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de $100 000,00 (cem mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 30 de Julho de 2013.

O Director dos Serviços, Lei Chin Ion

FRANCISCO JOSÉ DE RODRIGUES SALES

Faleceu no Centro Hospitalar Conde de São Januário no passado dia 03 de Agosto, aos 83 anos de idade, deixando a esposa Teresa Chio Sales, seis filhos – Frederico, Ivone, Alberto, Isabel, Anabela e Ernesto – nora e quatro netos. Era aposentado da PSP.

A Missa de corpo presente terá lugar às 20 horas do próximo dia 10 de Agosto na Casa Mortuária Diocesana, sita na Avenida do Almirante Lacerda.

Serão realizadas cerimónias fúnebres às 15 horas do dia 11 de Agosto na Capela do Cemitério de São Miguel de Arcanjo, seguindo -se o funeral.

A família agradece antecipadamente a todos os que queiram participar nos actos acima mencionados.

ANA MARIA KOK XAVIER

É com dor e pesar que participamos o falecimento da nossa querida mãe Ana Maria Kok Xavier, chamada por Deus para repousar no seu eterno abraço, no dia 7 de Agosto.

A todos os que queiram acompanhar a sua passagem para uma Nova Vida, comunicamos que a missa de vigília terá lugar na Capela da Casa Mortuária da Igreja Católica, pelas 20 horas do dia 9 e o enterro no dia seguinte, no Cemitério da Nossa Senhora da Piedade, pelas 11 horas da manhã.

Saudades e gratidão para sempre dos filhos, Gonçalo, Cristina, Virgínia e Susana, nora, genros e netos.

INSTITUTO DE HABITAÇÃO ESTÁ A RECOLHER OPINIÕES DOS MORADORES

Qualidade das habitações públicas em estudo

Foi um coro de críticas dos deputados à qualidade das habitações públicas,

com a mira apontada aos edifícios de Seac Pai Van e da Ilha Verde, ou seja,

nada de novo. Em resposta, o presidente do Instituto de Habitação disse

que o recém-criado departamento de estudos vai recolher opiniões dos

moradores para que seja elaborado um estudo para usar na próxima fase.

Francis Tam também se deslocou ontem ao plenário onde garantiu que a

subconcessão à Venetian está dentro da legalidade

O

tema foi levantado por Ho Ion

Sang, que interpelou o Gover-no sobre a abertura do concur-so para fracções económicas no quar-to trimestre deste ano e ainda sobre o recentemente criado departamento de estudos.

O presidente do Instituto de Habita-ção (IH) disse na AL que os utentes da habitação pública estão a ser questiona-dos com o propósito de elaborar um es-tudo, cujos resultados serão usados na próxima fase.

Sobre a má qualidade das fracções e os problemas que já começam a apare-cer nos edifícios, Tam Kuong Man ga-rantiu que “a questão está a ser analisa-da” e o novo departamento de estudos está a questionar os moradores sobre o design e a qualidade dos apartamentos. “Estas informações vão ser importantes para os trabalhos da próxima fase”.

No entanto, não foi poupado a ouvir um coro de críticas sobre a qualidade das habitações. Mak Soi Kun interveio para questionar os materiais usados e referiu o caso da sala com sete portas nas habitações da Ilha Verde, enquanto Ng Kuok Cheong apontou os estragos em Seac Pai Van, onde “os canos de gás natural já estão ferrugentos”.

Ung Choi Kun, que disse ter visitado recentemente a habitação económica da

Ilha Verde, afirmou que “a concepção é uma porcaria e o design medíocre”. O deputado acusa o Executivo de “não acompanhar o desenvolvimento dos tempos” e questionou quem acompa-nhou a construção “tão fraca”, se o IH ou as Obras Públicas.

O presidente do IH ainda referiu a questão da baixa taxa de ocupação ve-rificada nas habitações públicas, o que motivou reacções de Kwan Tsui Hang e de Au Kam San. Ambos questionaram Tam Kuong Man sobre a data em que foram entregues as chaves para se po-der aferir melhor.

A deputada dos operários disse mesmo que “no passado já se ouviu a questão da ocupação”, e acusou o Go-verno de ser “muito burocrático”.

“Tudo legal” no jogo, garante Secretário

O tema das subconcessões de jogo foi trazido ao plenário por Paul Chan Wai Chi, mas foi o companheiro de ban-cada, Ng Kuok Cheong, que protagoni-zou o tema, acusando Francis Tam de “estar a enganar alguém”.

Conhecida a carta enviada pelo Se-cretário ao banco Nova Scotia sobre a Venetian, dizendo que a subconces-são é autónoma, o deputado lembrou a resposta a uma interpelação escrita sua que dizia que “deixando de existir concessão, a subconcessão também não poderá existir”.

Francis Tam defendeu-se dizendo que “o essencial é ter o reconhecimen-to jurídico e fundamenreconhecimen-to”, e explicou que “é preciso que o Governo encontre quem substitua a concessionária inicial para que a subconcessão possa então continuar a existir”, concluindo que “está claro no contrato”.

Sobre a decisão de permitir as sub-concessões, o Secretário lembrou ao plenário que a economia da RAEM atravessava dificuldades e o desempre-go atingia “entre seis e sete por cento”. Francis Tam fez-se acompanhar de um assessor jurídico que explicou tecnicamente a operação de subcon-cessão, dizendo que “goza de ampla consagração legal” e não restam dúvi-das “quanto à legalidade”, e distribui um documento aos deputados sobre a matéria.

Governo não sabe quantos terrenos tem

Pereira Coutinho queria saber, mas Jaime Carion não avançou quantos

terrenos estão na posse do Governo. Revelou apenas que “há muitos que se encontram na zona antiga, mas podem não ser adequados a fazer uso habita-cional”.

Alguns desses terrenos são públi-cos e outros são privados, e muitos não apresentam qualquer registo. Pereira Coutinho falou em cerca de 370 terre-nos, mas o director dos Serviços de So-los, Obras Públicas e Transportes não confirmou este número, dizendo que exige um esforço não só da DSSOPT, mas também doutros serviços, nomea-damente, cartórios e registos.

Coutinho quer que as informações relativas aos terrenos na posse do Exe-cutivo sejam disponibilizadas na pá-gina de internet da DSSOPT para que toda a gente possa consultar.

Ho Ion Sang acrescentou ainda que há terrenos que estão ocupados, nos quais existem edifícios, ainda que, na prática, não haja qualquer registo. “É um problema e a informação tem que ser actualizada a tempo”.

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Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013 JTM | LOCAL 05

Sandra Lobo Pimentel

PARECER DA COMISSÃO APONTA DISCÓRDIAS QUANTO AO FUTURO ÓRGÃO CONSULTIVO

Primeiro o Conselho e só depois a lei

O parecer da 3ª Comissão Permanente da AL deixa bem claro: o Conselho do Património Cultural é criado pela Lei de Salvaguarda do Património

Cultural e não pelo regulamento administrativo que a mesma prevê para regular a composição, organização e funcionamento daquele órgão

consultivo. No entanto, na versão final do articulado, o Executivo manteve que a norma que prevê a criação do regulamento administrativo produz

efeitos no dia a seguir à publicação da lei, mas a nova legislação só entra em vigor em 1 de Março de 2014. A assessoria da AL perguntou o motivo e o

Executivo fala em “tarefas de criação do órgão”, mas ficou o aviso de que o Conselho não existe juridicamente antes de Março do próximo ano

E exemplifica: “o Governo pode, por exemplo, convidar determinadas personalidades para integrarem o fu-turo Conselho, mas não pode, por exemplo, o Chefe do Executivo man-dar publicar despachos ou ordens Executivas de nomeação antes de 1 de Março de 2014”.

A decisão de criar o Conselho do Pa-trimónio Cultural foi unânime “por um motivo simples”, aponta a Comissão: as decisões políticas ao serem antecedidas da pronúncia de um órgão consultivo especializado acaba por funcionar como “uma ponderação mais informada” por parte da Administração.

Mas o clima de unanimidade cessou por aí, já que noutros tópicos, foram feitas alterações após discussão entre as partes à mesa, como a composição do Conselho, que a versão inicial “omitia por completo qualquer referência aos critérios determi-nantes a observar na nomeação dos seus membros”.

O artigo remetia para regulamento administrativo essa matéria, no entanto, a assessoria argumentou que “o princípio da suficiência da lei apresenta-se como imperativo que impede que este espaço normativo relevante possa ser ocupado por regulamentos administrativos”.

“Quer a Comissão, quer a assessoria

da AL sugeriram que essas competências fossem reunidas num único artigo da fu-tura lei que deveria ainda prever as nor-mas relativas à composição, organização e funcionamento”. Mas o Executivo não acolheu o argumento.

Zonas tampão passam a ser facultativas

A matéria das zonas de protecção “foi um dos aspectos que recolheram maior atenção durante o exame na especialida-de”, diz o parecer.

O Governo decidiu que as zonas tampão, “um instrumento ao serviço da salvaguarda e valorização dos bens cul-turais imóveis deixe de ter carácter obri-gatório para passar a ter um carácter fa-cultativo”. E assim foi.

A Comissão entende que se trata de “uma alteração muito significativa de po-lítica legislativa” e “uma das mais radi-cais da presente proposta de lei”. O Exe-cutivo argumentou que as Orientações Técnicas relativas à Convenção de 1972 não inscrevem a obrigatoriedade das zo-nas tampão.

Os argumentos da assessoria e dos deputados assentaram nas “característi-cas do reduzido território da RAEM, do seu tecido urbano e da implantação nele dos imóveis classificados que represen-tam o maior desafio em termos de salva-guarda desse património”.

O Governo decidiu manter o critério facultativo na versão final, e o parecer responde que “o futuro dirá que impacto esta alteração vai alcançar. Quer a nível interno, quer a nível internacional”.

É referida a tentativa dos assessores de “sensibilizar os membros da Comis-são e os representantes do Executivo para a necessidade de se rever esta opção”, su-blinhando que “dificilmente se consegue compreender uma alteração tão significa-tiva”.

E argumenta que apesar das

Orien-tações não obrigarem à existência das zonas tampão, ainda assim, comandam que “qualquer modificação de uma zona tampão efectuada depois da inscrição de um bem na Lista do Património Mundial carece de aprovação pelo Comité do Pa-trimónio Mundial”.

O parecer lembra que “a candidatura do Centro Histórico de Macau foi apre-sentada não só com a descrição dos imó-veis que o compõem, como também com as respectivas zonas tampão”, podendo aqui surgir algumas desconformidades com as normas internacionais. Ainda as-sim, “a maioria dos membros da Comis-são concordaram com a opção de Execu-tivo”.

Mais 15 artigos do que a proposta inicial

A lei de salvaguarda do património cultural, se for aprovada pela Assembleia Legislativa na especialidade, terá 118 arti-gos, mais 15 do que a proposta inicial. O parecer indica que “a esmagadora maio-ria dos 103 artigos iniciais sofreu altera-ções quer substantivas quer meramente formais”, no entanto, em algumas maté-rias sensíveis o Governo “bateu o pé” e a versão inicial vingou.

Os deputados vincaram que a apli-cação da legislação deve ser “cuidado-samente monitorizada e que o Governo deve rever esta lei dentro de dois a três anos após a entrada em vigor”. Ainda foi aventada a hipótese da revisão ficar ins-crita na versão final, mas “foi do enten-dimento que um compromisso político desta natureza não deve ganhar estatuto de norma jurídica”.

No que às principais alterações diz respeito, o parecer destaca a “impor-tante matéria dos direitos e deveres dos residentes que na versão originária não constava do articulado ou a concentração num mesmo capítulo do regime sancio-natório”.

Carácter facultativo das zonas tampão foi uma das alterações “mais radicais” da proposta de lei

A

versão final da lei “implica cris-talinamente que só a lei da AL é que pode atribuir competências” ao Conselho do Património Cultural, e o regulamento administrativo é apenas “complementar”.

A Comissão deixa o aviso ao Exe-cutivo de que, se o regulamento admi-nistrativo “acrescentar competências não previstas e inscritas na futura lei, designadamente com alcance em ma-téria direitos, liberdades e garantias, questionar-se-á se não está em descon-formidade”.

Mas a discórdia não ficou por aqui. A data da entrada em vigor da futura lei foi fixada em 1 de Março de 2014, mas a norma que prevê que a compo-sição, organização e funcionamento daquele órgão seja objecto de regula-mento administrativo “produz efeitos a partir do dia seguinte ao da publica-ção da futura lei”.

A assessoria jurídica da AL questio-nou o Executivo sobre a finalidade des-ta referência, ao que este respondeu que “pretende-se acautelar que até 1 de Mar-ço de 2014 o Governo tenha tempo para proceder a uma série de tarefas relaciona-das com a criação do futuro órgão con-sultivo”.

No parecer pode ler-se que esta maté-ria “não pode dar azo ao equívoco de se supor que o regulamento administrativo produz quaisquer efeitos” antes da entra-da em vigor entra-da lei, até porque o Conselho “só passa a existir a partir de 1 de Março de 2014”.

O regulamento administrativo “só pode entrar em vigor simultaneamente ou após a criação daquele Conselho”, e avisa que “não pode ser praticado ne-nhum, repete-se nene-nhum, acto jurídico relativo àquele órgão. Nem, com certeza, nenhum acto jurídico praticado por esse órgão”, concluindo que “no mundo do Direito, não existe ainda nem a ciência jurídica lhe permite uma pré-existência”. Sobre a necessidade do Governo rea-lizar tarefas para a criação, o parecer lem-bra que não se trata de um órgão dotado de autonomia administrativa e financei-ra, por isso, “todos os contratos formu-lados em vista da sua composição, da sua organização e do seu funcionamento nunca terão como parte o Conselho, mas a antes o Governo da RAEM”.

Deslocamento do património “não é panaceia para problemas políticos”

Considerado como “outra das novidades mais assinaláveis” da proposta de lei, o deslocamento do património, ainda que em casos excepcionais com motivos de força maior ou de interesse público, manteve-se na versão final, mas o parecer conhecido ontem deixa patente que não foi matéria de fácil discussão. “Não se tente encaixar considerações políticas quanto ao equilíbrio entre o desenvolvimento e a salvaguarda do património cultural”, avisa a 3ª Comissão Permanente da AL, acrescentando que “o mecanismo do deslocamento não é uma panaceia para problemas políticos”. A possibilidade de deslocar o património deve ser utilizada como “instrumento de último recurso em que acaba por se admitir um mal menor (...) para evitar um mal absolutamente maior, a sua perda”.

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FOTO ARQUIVO

FOTO JTM

• BREVES

Mário Évora e Leonel Alves

no Conselho de Assuntos Médicos

O médico Mário Évora e o deputado e advogado Leonel Alves integram uma lista de 43 personalidades - 29 das quais profissionais de saúde - on-tem nomeadas por dois anos para o Conselho para os Assuntos Médicos, órgão que será presidido pelo direc-tor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion. A vice-presidência será assumida pelo médico pediatra Chan Iek Lap, que é um dos candidatos às eleições legislativas por via indirecta. A lista de membros inclui ainda, entre ou-tros, Cheang Seng Ip, subdirector dos Serviços de Saúde, Mónica Cordeiro, da Associação do Pessoal de Enfer-magem de Macau, Chan Meng Kam, deputado, Paul Pun, secretário-geral da Caritas, e Iong Weng Ian, ex-depu-tada. Segundo os Serviços de Saúde, o Conselho realizará a sua primeira reunião plenária ainda este mês.

30 câmaras vão vigiar

Posto do Porto Exterior

O Secretário para a Segurança auto-rizou a instalação e utilização de 30 câmaras de videovigilância no Posto Alfandegário do Porto Exterior, na sequência de um parecer positivo do Gabinete de Protecção de Dados Pes-soais. O despacho de Cheong Kuoc Vá frisa ainda que o sistema de vi-deovigilância “deve ser operado em condições de elevada salvaguarda da privacidade e de segurança, dando integral cumprimento às disposições legais aplicáveis”. As câmaras vão funcionar ininterruptamente, mas não será admitida a recolha e grava-ção de som.

Cão-polícia fareja

droga na fronteira

Uma operação de combate ao crime efectuada pela Polícia de Segurança Pública levou à detenção de um indi-víduo nas Portas do Cerco por posse de droga. Segundo as autoridades, os agentes chegaram ao suspeito através do cão-polícia, que mostrou-se irre-quieto com a presença do homem. Na sua posse foram encontrados quatro sacos com “ice”, com um peso total de 53 gramas. O detido é um residente de Macau, condutor de profissão, de 43 anos.

Dois suspeitos de tráfico

em prisão preventiva

O Ministério Público concluiu as in-vestigações preliminares sobre dois casos suspeitos de tráfico de droga, tendo sido aplicada a medida de pri-são preventiva a dois suspeitos. O primeiro caso envolve um cidadão tanzaniano, de 37 anos, que foi detido no Aeroporto, proveniente de Ban-guecoque, por transportar no interior do corpo 83 cartuchos de heroína que pesam cerca de 1.091 gramas e estão avaliados em cerca de 900 mil dóla-res de Hong Kong. No segundo caso, uma mulher da China Continental, de 43 anos, imigrante ilegal, foi deti-da na posse de várias quantideti-dades de “ice”, “magu” e “ketamina”.

MELCO CROWN DUPLICOU LUCROS NO SEGUNDO TRIMESTRE

Quinta torre no City of Dreams

O

s resultados financeiros da

Me-lco Crown nos primeiros seis meses deste ano voltaram a ex-ceder as estimativas dos analistas, con-firmando os sinais positivos transmiti-dos pela operadora nos últimos meses em termos de crescimento da sua quo-ta de mercado do jogo em Macau. Se-gundo dados não auditados divulga-dos ontem pela empresa liderada por Lawrence Ho e James Packer, os lucros líquidos mais do que duplicaram no segundo trimestre deste ano, atingin-do 181 milhões de dólares americanos (1,44 mil milhões de patacas), contra os 82,3 milhões de dólares (657,5 milhões de patacas) contabilizados no período homólogo de 2012.

Em comunicado, a Melco Crown atribuiu esta forte subida, essencial-mente, ao “forte desempenho opera-cional”, nomeadamente no segmento de massas do jogo. No entanto, para a inflação dos números também contri-buiu uma operação de refinanciamen-to.

No cômputo geral dos primeiros seis meses, os ganhos líquidos da ope-radora totalizaram 234,8 milhões de dólares americanos (1,87 mil milhões de patacas), mais 14,87% do que o apu-rado um ano antes. Analistas consul-tados pela Thomson Reuters tinham antecipado lucros de “apenas” 143,6 milhões de dólares (1,14 mil milhões

Construção de nova torre no City of Dreams deve arrancar no final do ano

O bom desempenho no

mercado de massas fez

“disparar” os ganhos líquidos

da Melco Crown no segundo

trimestre. A empresa

prepara-se para lançar a construção de

mais uma torre no COTAI

Sérgio Terra

MAIS DE MIL FIRMAS CRIADAS NO SEGUNDO TRIMESTRE

Comércio fomenta novas sociedades

Um total de 1.146 sociedades foram constituídas em Macau no segundo trimestre, mais 197 do que em

igual período de 2012, a maior parte do sector de comércio por grosso e a retalho, revelam dados oficiais

A

s 1.146 sociedades criadas entre Abril e Junho tinham um capital social total de 174 milhões de patacas, dos quais 72 milhões referiam-se a 390 sociedades de co-mércio por grosso e a retalho e 40 milhões a 253 sociedades de prestação de serviços a empresas.

Cerca de 69% das sociedades constituídas, ou 787, tinham um capital social inferior a 50 mil patacas e apenas 37 tinham um capital social igual ou superior a um milhão de patacas.

A maior parte do capital social das sociedades formadas no segundo trimestre do ano era proveniente de Macau (88 milhões de patacas), seguindo-se a China Continental (40 milhões de patacas).

Por outro lado, 713 sociedades foram estabelecidas ape-nas com sócios de Macau e 129 com sócios da RAEM e de outros países ou territórios.

No segundo trimestre também foram dissolvidas 144 sociedades com um capital social de 18 milhões de patacas, segundo os dados dos Serviços de Estatística e Censos.

Já no primeiro semestre, 2.134 sociedades foram consti-tuídas em Macau, mais 17% face ao período homólogo do

de patacas).

Com as contas em alta, a Melco Crown não pára de desenvolver no-vos planos de expansão e, depois das já conhecidas apostas no projecto Ma-cau Studio City e nos mercados das Filipinas e da Rússia, prepara-se agora para alargar a oferta no City of Drea-ms. No documento ontem divulgado, a empresa adianta que a construção da quinta torre hoteleira no seu complexo do COTAI deverá começar no final do corrente ano.

“Esta icónica torre hoteleira adicio-nal representa uma adição poderosa ao vasto leque de atracções que o City of Dreams já oferece aos seus clientes”, tanto no segmento VIP como no mer-cado de massas, sublinhou Lawrence Ho, co-presidente e director executivo da Melco Crown Entertainment, sem adiantar pormenores sobre o projecto.

Recorde-se que o complexo City of Dreams integra actualmente os hotéis Hard Rock, Crown Towers e as “torres gémeas” do Grand Hyatt.

O relatório do exercício financeiro do trimestre encerrado no final de Ju-nho indica ainda que as receitas líqui-das da Melco Crown subiram 38% para 1,29 mil milhões de dólares americanos (10,3 mil milhões de patacas), face ao mesmo período do ano passado.

Por outro lado, o EBITDA ajustado (lucros antes de juros, impostos, de-preciações e amortizações) sofreu um acréscimo de 62% para 330,1 milhões de dólares (2,6 mil milhões de patacas) en-tre Abril e Junho, impulsionado, enen-tre outros factores, pelo “forte crescimento no segmento de mesas do mercado de massas no City of Dreams”. O EBITDA também superou a média das projec-ções de analistas ouvidos pela Bloom-berg News, que apontava para 310 mi-lhões de dólares (2,47 mil mimi-lhões de patacas).

A Melco Crown garantiu ainda que a abertura do Studio City continua pre-vista para meados de 2015. Já o corte de fitas no projecto em Manila deverá ocorrer em meados do próximo ano.

ano passado, com um capital social total de 328 milhões de patacas e 273 foram dissolvidas com um capital social que

totalizava 206 milhões de patacas. JTM/Lusa

Maior parte das novas sociedades integra sectores do comércio por grosso e a retalho

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Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013 JTM | LOCAL 07

Vitor Rebelo

Uma vitória e um empate, é para já o balanço das equipas de matriz

portuguesa na Bolinha do escalão secundário. O Benfica confirma

credenciais, com meia dúzia de golos sem resposta

F

oram seis, mas poderiam ter sido muitos mais, tal a superioridade manifestada pelos “encarnados” ao longo dos 50 minutos do desafio face ao União.

Na época passada o Benfica já tinha encontrado este adversário, na fase de grupos, igualmente com vitória, ainda que não por estes números tão elevados.

É por isso uma boa estreia para as “águias”, orientadas por Fernando Silva, que é também jogador, num regresso aos relvados, neste caso o piso sintético do Colégio D. Bosco.

Ao intervalo o Benfica já vencia por dois golos de diferença, depois de 25 mi-nutos em que o União criou dificuldades em frente da sua baliza, colocando quase todos os jogadores atrás da linha da bola.

Na segunda metade, o “sete” ben-fiquista encontrou mais espaços, bene-ficiando não só da experiência e quali-dade dos seus jogadores, mas também do abaixamento da condição física dos opositores.

O União apenas esteve perto de marcar no derradeiro minuto, num lan-ce em que a defesa “encarnada” facili-tou um pouco.

“Exercemos de facto uma superio-ridade quase completa, com o nosso adversário claramente a não querer perder por muitos golos, mostrando receio do Benfica. Muitas vezes os jo-gadores do União atiravam a bola os-tensivamente lá para a frente para nós atacarmos, porque de facto eles só de-fenderam ao longo da primeira parte. Poderíamos ter marcado mais golos, mas temos de reconhecer que foi o pri-meiro desafio e é sempre difícil jogar contra estas equipas que muito defen-dem”, palavras de Fernando Silva, que também “fez um gostinho ao pé” na segunda metade e marcou até um dos seis golos.

Os restantes foram da autoria dos bra-sileiros René (2) e Fabricio Lima, e ainda Vinício de Morais Alves (2).

Boas indicações

Quanto às impressões que a equipa deixou, o treinador dos encarnados mos-trou-se satisfeito: “Boas indicações, mas foi só o primeiro desafio e ainda faltaram alguns elementos que estão de férias, como Filipe Duarte, Cuco e Chi Kin. A equipa mostrou-se atacante. Vamos ver jogo-a-jogo. Não somos favoritos, como eu sempre disse e a candidatura a seguir-mos em frente terá de ser provada em campo, é isso que pretendemos fazer.”

Fernando Silva viu alguns minutos do jogo entre as duas outras formações da Série L. “Uma das equipas trocava bem a bola, mas não deu para ver cla-ramente a valia desses nossos próximos adversários”.

A equipa do Benfica alinhou de início com Capitulé, Iuri Capelo, Daniel Melo (capitão), Marcus Tavares, René, Vinício de Morais Alves e Fabrício Lima.

Actuaram ainda U Sio Hong e Fer-nando Silva.

Os “encarnados” voltam a jogar no dia 27 deste mês de Agosto, face a I Long Hau.

Tigres ficam a zero

Também uma outra equipa de matriz portuguesa, Tigres de Portugal (Man Fu) já se estreou neste campeonato de Boli-nha do escalão secundário (Grupo H), tendo empatado a zero face a Fu.L.L., formação treinada por Francisco Rosário.

Os “tigres” surgem pela primeira vez nestas andanças, depois de se terem as-sociado ao Man Fu, com jogadores de ambos os lados.

A iniciativa partiu de elementos li-gados ao Consulado de Portugal, com destaque para o próprio cônsul, Vítor Se-reno, um entusiasta pelo desporto e em especial pelo futebol, integrando inclu-sivamente o plantel para esta prova do futebol de sete do território.

Vítor Sereno, no entanto, não pôde actuar neste desafio, por não se encontrar em Macau, assim como Tirso Olazabal, antigo jogador do Benfica.

A equipa esteve por isso algo desfal-cada, mas mesmo assim deu boa conta de si, como referiu ao JTM, o treinador Paulo

Conde: “Estou bastante satisfeito com a produção dos meus jogadores, num jogo que não era fácil por se tratar da estreia e pelo facto de vários elementos do plantel não possuírem grande experiência nestas andanças. Mas mesmo sem Vítor Sereno e o Tirso, que são jogadores que nos fa-zem bastante falta, os restantes estiveram bem e até poderíamos ter ganho. Falhá-mos, já nos derradeiros dois minutos, uma grande oportunidade, que nos daria certamente o triunfo”.

Esse lance foi desperdiçado pelo nor-te-americano Kyle, que depois de ter dri-blado o guarda-redes, atirou às malhas laterais.

“Mas tenho de dizer que o nosso ad-versário tem uma excelente equipa, com jogadores todos eles de grande experiên-cia, já veteranos, na casa dos trinta anos, sendo um sério candidato a seguir para a fase eliminatória. Quanto a nós, tudo vai depender dos próximos desafios, nos quais já iremos contar com Sereno e Tirso, o que tornará a equipa mais forte princi-palmente em termos de ataque. Para já não estivemos mal e conseguimos um ponto face a um sério favorito. Teremos de ganhar pelo menos um desafio e em-patar outro, mas vamos procurar vencer ambos para seguirmos sem problemas para a segunda fase do campeonato”, afirmou.

Este campeonato de Bolinha da II Divisão volta a contar com um número elevado de equipas, 144, divididas por

36 grupos, passando os dois primeiros à ronda seguinte, já a eliminar.

O Man Fu (Tigres de Portugal), é com-posto por alguns jogadores macaenses, nascidos em Macau, e outros oriundos de Portugal, como são os casos de Rui Cid, Pedro Ribeiro e Castro, Vítor Sereno e o jovem guarda-redes da Escola Portugue-sa, Diogo, que fez uma bela partida, ten-do siten-do um enorme obstáculo às investi-das de Fu.L.L..

Matos e Papatudo estreiam-se no domingo

Nos próximos dias vão entrar em acção mais clubes de origem lusa, pelo menos em termos de jogadores inscritos, como são os casos de Papatudo, Matos e Sport Comércio e Bigodes.

Os dois primeiros jogam já este do-mingo. Matos, segunda equipa da Casa de Portugal, defronta Marcial às 19 e 45 (Gru-po U), enquanto que Papatudo encontra pela frente Kin Wa às 21 e 45 (Grupo V).

Os “bigodes” de Pedro Cortés e com-panhia (Grupo Z), com o nome “empres-tado” de Sam Iao, vão estrear-se na pró-xima semana, dia 15, diante de Toi San, às 21 e 45.

Resta saber se este trio de equipas com “gente portuguesa” que gosta de futebol, neste caso da Bolinha, mantém a campanha positiva iniciada pelo Benfica (vitória) e Tigres (empate), todas à pro-cura do primeiro objectivo, a passagem à fase seguinte da competição.

Equipa do Benfica deixou boas indicações na estreia

II DIVISÃO DO CAMPEONATO DA BOLINHA

Goleada das “águias”

e empate dos “tigres”

(8)

Pedro André Santos

O

Centro de Indústrias Criativas de Macau

celebra, no final do mês, o 10º aniversário, renovando votos de ser uma “montra” para criativos que tentam erigir uma indústria, ainda sem firmes alicerces mas desenhada para diversifi-car a economia.

O balanço da actividade do Centro de Indústrias Criativas, um projecto do Instituto de Estudos Eu-ropeus de Macau, é “evidentemente bom”, apesar de se querer “sempre muito mais”, disse à agência Lusa a coordenadora da Creative Macau, Lúcia Le-mos.

Inaugurada a 28 de Agosto de 2003, a Creative vai celebrar o aniversário com várias actividades, num programa que inclui uma exposição colectiva, sob o tema “Make a Wish”, música ao vivo por duas bandas de jazz, a apresentação da peça de teatro “Arthur Artistick”, bem como o lançamento do livro “Documenta”, com o historial de eventos de maior relevo, e de selos comemorativos.

No mesmo dia vai ser também anunciado o ven-cedor do melhor trabalho alusivo aos 10 anos dentro das 12 áreas que o centro cobre, a quem será atribuí-do um prémio de 25 mil patacas.

Além da vertente de galeria, a Creative organiza “encontros”, “workshops” e outras iniciativas, lan-çando concursos em várias áreas com destaque para as artes visuais.

“A variedade do que fazemos é bastante eclética, mas também é preciso haver público, queremos dar

oportunidades, pelo que o muito interessante na na-tureza do nosso projecto é realmente tentar encon-trar pessoas locais e juntá-las em iniciativas com ou-tras que trabalham numa determinada área dando a oportunidade para crescerem e ajudando a trazer outro público”, afirmou.

Os “workshops” visam “ajudar as pessoas a per-ceberem que as suas ideias são possíveis de se rea-lizarem e ajudar a desenvolver ou dar mais conhe-cimentos para que as possam concretizar”, disse a coordenadora da Creative, sublinhando a aposta em “crescer” a este nível.

Em Setembro, arranca mais um “workshop” de escrita de argumento, o qual pode figurar como uma espécie de antecâmara para algo mais ambicio-so, adiantou.

“Eventualmente, isto até vai resultar numa ‘aca-demia’ ligada ao cinema. A ideia é fazer formação durante um ano lectivo que poderá ser dividida por módulos, mas isto envolve muita coisa, mas ainda estamos a pensar como vai ser”, afirmou.

Apesar de notar “cada vez mais interesse” por parte de criativos com vontade de exibirem os tra-balhos e de serem “uma voz”, Lúcia Lemos constata que falta uma alavanca que permita a sua afirmação.

“Como se pode criar uma indústria criativa ou como se pode alimentar um corpo de criativos em Macau se não se criam infra-estruturas ou oportu-nidades para realmente surgir algo de grande qua-lidade, passível de amadurecer, perdurar e de ser

LÚCIA LEMOS PEDE MAIS INVESTIMENTO NO SECTOR

Indústrias criativas carecem de alavanca

“O dinheiro tem de fluir com as ideias”, por forma a fomentar as indústrias criativas em Macau, considera a coordenadora da Creative, centro que está prestes a completar uma década de actividade

Q

uatro dias, 12 espectáculos, e todos

esgotados. Chama-se “AliBaBach”, e, tal como o nome indica, conta com uma grande inspiração na música clássica. Durante 45 minutos, o trio da Companhia de Música Teatral partilha o palco com os bebés (e também os pais), procurando en-tretê-los num misto de momentos de con-templação e outros mais energéticos.

“Estamos bastante expectantes em co-nhecer o público de Macau porque nunca actuámos no Oriente. Já circulámos com este projecto pela Europa mas nunca saí-mos de lá. Vesaí-mos isto como um desafio, vamos encarar como uma oportunidade de estar em partilha com mais seres huma-nos”, disse ao JTM Pedro Correia Ramos. “É sempre uma proposta de descoberta muito grande, não só para o público como também para nós”, acrescentou o actor e criador do projecto.

Contando com cerca de três anos de existência, “AliBaBach” já esteve em exibi-ção em vários pontos da Europa, e estreia--se agora em Macau numa “possibilidade

“ALIBABACH” ESGOTOU OS 12 ESPECTÁCULOS NO PEQUENO AUDITÓRIO DO CCM

Gatinhar ao som de Bach

Companhia de música teatral portuguesa estreia-se em Macau da melhor

forma, enchendo o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) em

todos os espectáculos agendados. A actuação, dedicada a bebés e também

a crianças pequenas, é uma novidade no tipo de obras apresentadas no

CCM, segundo os responsáveis

que estava a ser explorada há muito tempo pela Companhia e o CCM”.

A imprevisibilidade de trabalhar com bebés é algo a que os responsáveis já estão habituados a contar, fazendo com que os espectáculos nunca sejam repetitivos. “A parte bonita do trabalho com os bebés, e neste espectáculo em específico, é a inte-racção que existe. Todos os espectáculos são diferentes porque os bebés são parte interveniente, não estão numas cadeiras ao colo dos pais, estão aqui, no mesmo chão. Podem caminhar ao nosso encontro, os sons que eles fazem são alvo da nossa ex-ploração, e esperamos que os sons que nós possamos fazer possam ser reproduzidos por eles, normalmente isso acontece”, refe-riu Joana Araújo, uma das actrizes.

A colega em cena Sandra Moreira, a única que já teve oportunidade de passar por Macau há uns anos, partilha da mesma opinião, destacando a ligação que acaba por surgir com os pequenos. “O olhar dos bebés, para nós, é espectacular. A forma como eles olham é o máximo... É uma troca muito especial”, referiu.

“AliBaBach” estreia-se hoje, com três espectáculos. Ao longo dos quatro dias em cena haverá sete exibições para bebés,

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JTM | LOCAL 09

FOTO ARQUIVO

Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013

oportunidades, pelo que o muito interessante na na-tureza do nosso projecto é realmente tentar encon-trar pessoas locais e juntá-las em iniciativas com ou-tras que trabalham numa determinada área dando a oportunidade para crescerem e ajudando a trazer outro público”, afirmou.

Os “workshops” visam “ajudar as pessoas a per-ceberem que as suas ideias são possíveis de se rea-lizarem e ajudar a desenvolver ou dar mais conhe-cimentos para que as possam concretizar”, disse a coordenadora da Creative, sublinhando a aposta em “crescer” a este nível.

Em Setembro, arranca mais um “workshop” de escrita de argumento, o qual pode figurar como uma espécie de antecâmara para algo mais ambicio-so, adiantou.

“Eventualmente, isto até vai resultar numa ‘aca-demia’ ligada ao cinema. A ideia é fazer formação durante um ano lectivo que poderá ser dividida por módulos, mas isto envolve muita coisa, mas ainda estamos a pensar como vai ser”, afirmou.

Apesar de notar “cada vez mais interesse” por parte de criativos com vontade de exibirem os tra-balhos e de serem “uma voz”, Lúcia Lemos constata que falta uma alavanca que permita a sua afirmação.

“Como se pode criar uma indústria criativa ou como se pode alimentar um corpo de criativos em Macau se não se criam infra-estruturas ou oportu-nidades para realmente surgir algo de grande qua-lidade, passível de amadurecer, perdurar e de ser

realmente sólido?”, questionou, salientando que existe um núcleo de ‘talentos’ que adquiriram for-mação, alguns dos quais no estrangeiro, mas cujo potencial não é plenamente aproveitado.

Embora as indústrias criativas sejam “muito fa-ladas” e haja interesse do Governo em as fomentar, as pessoas “não têm possibilidade de pôr as ideias em prática”.

“Não basta ter ideias, fazer apenas um trabalho de vez em quando e dizer que estão presentes”, apontou Lúcia Lemos, ao realçar ser necessária uma “máquina” desde a concepção até à chegada do pro-duto ao público.

“É preciso criar um centro de design, em que as pessoas possam aprender a produzir e expor os seus protótipos, em que empresários possam investir e universidades possam ver e coordenar. (…) O di-nheiro tem é de fluir com as ideias, de gerar todo o percurso, tem de haver alguém que invista, se for a tempo perdido não importa, mas é preciso que se possa pôr gente a pensar e um grupo a produzir” e, neste âmbito, até se poderiam “recuperar” artesãos.

A ideia é “realista”, porque “há muito dinheiro” em Macau. “Este discurso que temos não é de ago-ra”, disse, defendendo que “faria todo o sentido” criar “incubadoras”.

“É altura de realmente se pensar nas indústrias criativas e fazer delas uma economia criativa”, re-matou.

JTM/Lusa

LÚCIA LEMOS PEDE MAIS INVESTIMENTO NO SECTOR

Indústrias criativas carecem de alavanca

“O dinheiro tem de fluir com as ideias”, por forma a fomentar as indústrias criativas em Macau, considera a coordenadora da Creative, centro que está prestes a completar uma década de actividade

“ALIBABACH” ESGOTOU OS 12 ESPECTÁCULOS NO PEQUENO AUDITÓRIO DO CCM

Gatinhar ao som de Bach

Companhia de música teatral portuguesa estreia-se em Macau da melhor

forma, enchendo o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) em

todos os espectáculos agendados. A actuação, dedicada a bebés e também

a crianças pequenas, é uma novidade no tipo de obras apresentadas no

CCM, segundo os responsáveis

que estava a ser explorada há muito tempo pela Companhia e o CCM”.

A imprevisibilidade de trabalhar com bebés é algo a que os responsáveis já estão habituados a contar, fazendo com que os espectáculos nunca sejam repetitivos. “A parte bonita do trabalho com os bebés, e neste espectáculo em específico, é a inte-racção que existe. Todos os espectáculos são diferentes porque os bebés são parte interveniente, não estão numas cadeiras ao colo dos pais, estão aqui, no mesmo chão. Podem caminhar ao nosso encontro, os sons que eles fazem são alvo da nossa ex-ploração, e esperamos que os sons que nós possamos fazer possam ser reproduzidos por eles, normalmente isso acontece”, refe-riu Joana Araújo, uma das actrizes.

A colega em cena Sandra Moreira, a única que já teve oportunidade de passar por Macau há uns anos, partilha da mesma opinião, destacando a ligação que acaba por surgir com os pequenos. “O olhar dos bebés, para nós, é espectacular. A forma como eles olham é o máximo... É uma troca muito especial”, referiu.

“AliBaBach” estreia-se hoje, com três espectáculos. Ao longo dos quatro dias em cena haverá sete exibições para bebés,

e cinco para crianças, dos três aos cinco anos. O grupo irá entrar da cena da mes-ma formes-ma, embora “para os meninos mes-mais crescidos tenha que haver uma maior

di-nâmica do que para os bebés”, assinalou Pedro Correia Ramos.

Depois de Macau o grupo segue para Cantão, onde irá ter um espectáculo a 18

de Agosto, regressando a Portugal para mais actuações. A experiência além-fron-teiras não fica por aqui, já que em Outubro haverá um espectáculo no Brasil.

“AliBaBach” estreia-se em Macau após três anos de actividade

(10)

As preocupações em torno da fuga de água em Fukushima subiram ontem de tom, com o Executivo nipónico a admitir que o problema é

“urgente” e poderá mesmo ter começado em 2011

JAPÃO

Fukushima contamina o mar há dois anos

O

Governo do Japão acredita que,

durante os últimos dois anos, a central nuclear de Fukushima Daiichi terá libertado água contamina-da com radiação para o oceano Pacífico, revelou ontem um responsável do Mi-nistério da Indústria, citado pela agência Reuters.

Segundo as autoridades, a central de Fukushima, que está no epicentro da crise atómica no país desde o sismo e tsunami de 2011, tem vindo a lançar aproximada-mente 300 toneladas de água radioactiva por dia no mar.

Estas revelações surgiram depois da operadora da central, a Tokyo Electric Power (Tepco), ter manifestado preocu-pação com a acumulação de água alta-mente contaminada nos porões dos reac-tores, facto que se agrava diariamente.

No entanto, o Executivo advertiu que a maior parte da água contaminada lan-çada ao mar está limitada às regiões pró-ximas da central, cujo porto se encontra isolado do mar aberto por diversos di-ques de contenção.

O Primeiro-Ministro japonês assegu-rou ontem que as autoridades vão envol-ver-se mais na gestão da água contamina-da contamina-da central nuclear de Fukushima, cuja fuga para o mar o governante considerou um problema “urgente”.

“Estabilizar a central de Fukushima

é o nosso desafio. Em particular, a água contaminada representa um problema urgente que suscita muita inquietação na população”, explicou Shinzo Abe numa reunião de um gabinete de crise criado pelo Governo sobre o assunto.

A Tepco tenta desde Março de 2011 fazer face às consequências do aciden-te que se produziu na central nuclear Fukushima Daiichi (220 quilómetros a

nordeste de Tóquio). O maior problema que enfrenta desde há semanas consiste em impedir a água subterrânea contami-nada pela forte radioactividade do local de fugir para o Oceano Pacífico.

Confrontada com falta de meios de tratamento, armazenagem e confinamen-to desta água, a Tepco reconheceu no fi-nal de Julho, pela primeira vez, que parte da água estava a ser despejada no mar.

Shinzo Abe, que pediu ao Ministério da Indústria que tome “medidas rápi-das e eficazes” para resolver o problema, anunciou que o Estado participará a par-tir de agora no financiamento da gestão do problema da água contaminada no local.

O Estado já entregou, juntamente com as companhias de electricidade do país, cerca de 3.800 mil milhões de yens (mais de 300 mil milhões de patacas) a um fun-do criafun-do para ajudar a Tepco a gerir a catástrofe. Mas estes montantes têm sido aplicados sobretudo em trabalhos de protecção do local e na indemnização de mais de um milhão de pessoas afectadas pela catástrofe nuclear, a mais grave des-de Chernobil em 1986.

A autoridade reguladora do sector nuclear do Japão ordenou ontem à Tep-co que acelere os trabalhos de Tep-contenção da água contaminada. A mesma entidade anunciara no final de Julho que iria inves-tigar as causas das fugas de água conta-minada no subsolo da central.

A empresa tem sido alvo de críticas recorrentes pela sua forma de informar o público, que tem sido considerada de-sonesta. Há muito que a companhia afir-mava que a água contaminada estava estagnada sob a central nuclear e que não fluía para o mar, algo que acabou agora por desmentir.

CHINA

A maior multa anti-dumping

O Governo chinês aplicou multas

pesadas a seis fabricantes de

lacticínios devido à concertação

de preços

Central tem descarregado cerca de 300 toneladas de água radioactiva por dia no mar

A

Comissão Estatal para o

Desenvolvi-mento e Reforma da China anunciou ontem que seis empresas produtoras de leite em pó foram punidas com uma mul-ta tomul-tal de 670 milhões de yuans por violação da legislação anti-dumping, sublinhando que se trata da maior sanção do género na história do país.

As americanas Mead Johnson e Abbott, a chinesa Biostime, o gigante neozelandês Fonterra, o holandês Friesland, e a Dumex, subsidária da francesa Danone, foram as em-presas multadas numa indústria que na Chi-na é frequentemente agitada por escândalos. A imprensa chinesa tinha dado conta, no início de Julho, de um inquérito da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a mais alta entidade chinesa de supervisão económica, visando os fabricantes estrangei-ros de leite em pó para bebés, suspeitos de terem acordado os seus preços de venda.

No seguimento dessas informações, a Ab-bott e a Royal FrieslandCampina – produtor holandês da marca Friso – anunciou imedia-tamente reduções de preços consideráveis, e a Danone indicou que iria fazer o mesmo na sua filial Dumex. A Wyeth Nutrition, uma subsidiária da Nestlé, o ramo de laticínios do produtor japonês Meiji, e o fabricante chinês

de leite em pó para bebé Beingmate anuncia-ram igualmente cortes de preços.

A Comissão decidiu poupar a Wyeth, Meiji e Beingmate, sendo que estes últimos optaram por “colaborar com o inquérito” e “fornecer provas importantes”, e “efectuar eles próprios as correcções” impostas, preci-sou a Xinhua.

A Mead Johnson indicou ter recebido uma multa de 204 milhões de yuan, enquanto que a Biostime comunicou à Bolsa de Hong Kong uma penalização de 163 milhões. A Fonterra, por sua vez, foi condenada a pagar 4,5 mi-lhões de yuan.

COREIAS

Kaesong pode reabrir

A Coreia do Norte apresentou ao Sul uma série de

garantias para a reabertura do complexo industrial

inter-coreano de Kaesong, encerrado por Pyongyang em Abril

D

e acordo com a agência

no-ticiosa oficial norte-coreana KCNA, as empresas sul-co-reanas terão total acesso ao parque industrial, situado no lado norte da fronteira, anunciou a comissão para a reunificação pacífica da Coreia, uma agência norte-coreana encar-regada das relações entre os dois vizinhos.

Pyongyang comprometeu-se também a garantir a presença dos trabalhadores norte-coreanos e a segurança dos responsáveis sul-co-reanos, referiu a agência noticiosa francesa AFP.

Ontem de manhã, cerca de 500 sul-coreanos, incluindo vários em-presários presentes em Kaesong, manifestaram-se perto da fronteira com a Coreia do Norte para exigir o reinício da actividade do complexo

industrial.

Seul anunciou também o paga-mento de quase dois mil milhões de patacas em indemnizações às 123 empresas sul-coreanas presentes em Kaesong, um grande complexo instalado a dez quilómetros da fron-teira.

Esta decisão deixa entender que o Governo sul-coreano já não acre-dita na reabertura do complexo, de-pois de várias reuniões de respon-sáveis dos dois países terem sido inconclusivas.

Kaesong foi encerrado unilate-ralmente por Pyongyang em Abril, após semanas de fortes tensões na península, desencadeadas por um terceiro teste nuclear norte-coreano e o reforço das sanções internacio-nais contra o regime comunista.

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