Materiais Cerâmicos – Estruturas Cristalinas
CHOCOLATE
O chocolate, quando fica na geladeira costuma formar uma camada branca na superfície:
O que você acha que pode ser? (a) Mofo?
(b) Precipitados de proteína do leite? (c) Cristais de gordura?
(c) Cristais de gordura?
Ela é conhecida como eflorescência do chocolate (em inglês: chocolate bloom) e é formada quando a manteiga de cacau derretida cristaliza numa forma menos estável.
Chocolate e Engenharia de materiais Propriedade : crocante e brilhante
Como controlar: estudo das curvas de resfriamento e
CHOCOLATE
A manteiga de cacau possui seis formas e elas se diferem pela temperatura de fusão. Os cristais mais estáveis fundem entre 34 e 36 ºC, já os menos estáveis à aproximadamente 17ºC
A eflorescência do chocolate ocorre quando a gordura do chocolate derrete, passa pelo chocolate e alcança a superfície. (DIFUSÃO) Então quando o chocolate resfria de uma forma descontrolada, formam-se esses cristais instáveis na superfície.
Foram feitos estudos para saber qual o mecanismo utilizado pela gordura para passar pelo chocolate
Os resultados obtidos mostraram que o óleo adicionado às amostras de chocolate em pó, move-se rapidamente até a gordurosa manteiga de cacau, envolta por partículas sólidas. O óleo dissolve o manteiga, assim mudando a estrutura cristalina característica dela. A dissolução também desencadeia um processo químico que leva alterações microscópicas na superfície da amostra. Quando a temperatura diminui, a gordura começa a cristalizar, portanto o fenômeno está relacionado com as alterações microestruturais da manteiga de cacau em diversas temperaturas.
CHOCOLATE
A existência de duas ou mais formas cristalinas distintas em uma mesma substância, ou polimorfismo, é reconhecida desde o ano de 1820 (NARINE et al., 1999). Os estados polimórficos conferem propriedades físicas distintas e estão relacionados com os diferentes arranjos de empacotamento das cadeias carbônicas presentes nas moléculas dos triglicerídios, durante a cristalização (MALSSEN et al., 1996 a, b, c). O polimorfismo da manteiga de cacau é muito discutido na literatura técnica devido à sua grande influência nas propriedades físicas e sensoriais do chocolate. No chocolate, a manteiga de cacau representa a fase contínua, responsável pela dispersão das partículas sólidas de cacau, açúcar e leite. Pode constituir até mais de 1/3 da formulação, sendo responsável por diversas características de qualidade como dureza e quebra à temperatura ambiente (snap), rápida e completa fusão na boca, brilho, contração durante o desmolde e rápido desprendimento de aroma e sabor na degustação. Sua natureza polimórfica define as condições de processamento e está diretamente relacionada à estabilidade do produto, durante o armazenamento (GUNNERDAL, 1994; LIPP e ANKLAM, 1998).
Enquanto alguns autores indicam a presença de seis formas cristalinas distintas, outros consideram a existência de apenas três, sendo as demais consideradas fases metaestáveis, ou estados de transição em que coexistem duas formas cristalinas
Comprovação – 0,155
2R
a(R
a+R
c)
3 3 2 Ra a h a R a 2 c a R R h 3 2 c a a R R R 3 3 2 R r R R 1 3 3 2 a c 155 , 0 R r se r/R<0,155
Instável
2R
ah
H
Comprovação – 0,225
3 R 3 2 a h a a R 2 a c a R R 4 H 3 225 , 0 R r 3 6 R 2 h 3 2 2 H a c a a R R 3 . 4 6 2 R 3 R r R R 1 2 6 a c 2R
ah
H
1/3h
3/4H
Comprovação – 0,414
2R
a2R
a+2R
c a R 2 2 2 a d a R 2 a 2Ra 2Rc 2 2Ra R r R R 1 2 R R a c c a 414 , 0 R r Comprovação – 0,732
a R 2 a 3 a D c a a 3 2R 2R R 2 D 732 , 0 R r 2R
a2R
a+ 2R
c R r R R 1 3 a c Materiais Cerâmicos – Estruturas Cristalinas
Estruturas – arranjo atômico
Calculo do Fator de empacotamento
Calculo da densidade
N – numero de átomos
A – massa atômica do átomo Vc- volume da celula unitária Na – Numero de avogrado
GEOMETRIA DA CÉLULA UNITÁRIA
Aresta (a) Diagonal da face Diagonal do cubo FEA Direção Plano
Aresta (a) relação a/c FEA Direção Plano Maior Densidade
GEOMETRIA DA CÉLULA UNITÁRIA
FEA Intersticios O Intersticios T atomos
INTERSTICIOS CFC
Atomos por célula ½ x 6 + 1/8 x 8 = 4
Intersticios tetraédricos
INTERSTICIOS CFC
Atomos por célula ½ x 6 + 1/8 x 8 = 4
Intersticios tetraédricos
8
Intersticios octaédricos
1 + ¼ x12 = 4
INTERSTICIOS CCC - octaédricos
Atomos por célula ½ x 6 + 1/8 x 8 = 4
Intersticios tetraédricos
Intersticios octaédricos
INTERSTICIOS CCC - octaédricos
Atomos por célula 1+ 1/8 x 8 = 2
Intersticios tetraédricos
1/2 x4x6 = 12
Intersticios octaédricos
INTERSTICIOS HC
Atomos por célula 3 + ½ x2 + 1/6 x12 = 6
Intersticios tetraédricos
Para pensar 12
Intersticios octaédricos
Atomos por célula 3 + ½ x2 + 1/6 x12 = 6 Intersticios tetraédricos Para pensar Intersticios octaédricos Para pensar
INTERSTICIOS HC
Definição da estrutura cristalina em materiais cerâmicos
Ligações Iônicas Ligações covalentes Direcionalidade Geometria Balanço de CargasMateriais Cerâmicos
Estrutura Esteq. Empac NC (M e X) Exemplo Derivados Sal de rocha Blenda de zinco Wurtstita Arseneto de níquel Anti-fluorita Fluorita Cloreto de Cesio MX MX MX MX M2X MX2 MX CFC FCC HC HC CFC CS CS 6,6 4,4 4,4 6,6 4,8 8,4 8,8
NaCl, KCl,LiF, KBr, NiO, CoO, MnO MgO, CaO, SrO, BaO, FeO, TiN, ZrN ZnS, BeO, SiC,
BN,GaAs, FeSe, CoSe ZnO, ZnS, AlN, SiC
NiAs, FeS, FeSe, CoSe
Li2O, Na2O, K2O,Rb2O
CaF2, ZrO2, UO2, ThO2, CeO2
CsCl, CsBr, CsI
Diamante (Si, Ge, C)
Estrutura Esteq. Empac NC (M e X) Exemplo Derivados Rutilo Corindom Perovskita Espinélio Esp. Invertido K2NiF4 MX2 M2X3 ABX3 AB2X4 A(AB)X4 A2BX4 HC dist HC De CFC FCC FCC Tip perovs. 6,3 6,4 12,6,6 4,6,4 4,6,4 9,6,6
TiO2, SnO2, GeO2, MnO2, VO2, NbO2
Al2O3, Cr2O3
CaTiO3, SrTiO3, BaTiO3, PbTiO3 Pb(Zr,Ti)O3
MgAl2O4, FeAl2O4, ZnAl2O4
Fe3O4, CoFe2O4, MnFe2O4
K2NiF4, La2CuO4
Ilmenita, niobato de litio
-
A teoria da coordenação: o raio iônico do ânion é, em geral, considerado maior que o do
cátion. A estrutura é formada pelo agrupamento regular de ânions empacotados
eficientemente ao redor de cada cátion “ O numero de ânions que rodeia cada cátion é
conhecido como número de coordenação e depende dos raios catiônicos (r) e aniônicos (R)”.
-
Os numeros de coordenação podem ser definidos apenas com base em critérios
geométricos
Estável
Estável
Instável
r/R
•
Ions com raios iônicos semelhantes tem maior facilidade de
substituição em um arranjo
•
Ions com cargas semelhantes tem maior facilidade de
substituição em um arranjo
(Fe,Mg)
2SiO
4(Fe,Mg) SiO
3(Fe,Mg) O
(Ca,Na)(Al,Si)(AlSi
2O
8)
NaCl
Base CFC
Todas as posições octaédricas ocupadas Relação de raios r/R: entre 0,417 e 0,732 Relação cargas: 1:1 (4 cátions para 4 ânions) Formula base: MX
Exemplos: NaCl, KCl, LiF, MgO, CaO. SrO. NiO, CoO, MnO e PbO
Força de ligação (NaCl) = Carga/ NC = 1/6 (cada cátion tem seis vizinhos) Força de ligação (MgO) = Carga/ NC = 2/6 (cada cátion tem seis vizinhos)
Base CFC
Posições da rede - Cl
Fluorita - Antifluorita
Base CFC
Todas as posições Tetraédricas ocupadas Relação de raios r/R: entre 0,225 e 0,414
Relação cargas: 1:2 (4 cátions para 8 ânions) ou (4 ânions para 8 cátions) Formula base: MX2 (Fluorita) M2X ( Antifluorita)
Exemplos: Fluorita - CaF2, ZrO2, UO2, ThO2, CeO2 Antifluorita - Li2O, Na2O, K2O
Força de ligação (Li2O) = Carga/ NC = 1/4 (cada cátion tem quatro vizinhos)
Fluorita
Base CFC
Posições da rede - Zr
Todas as posições T
Anti-Fluorita
Base CFC
Posições da rede - O
Opçao – ver como CS
Estrutura com base na fluorita
Compostos do tipo Pb
2Ru
2O
7, Gd
2Ti
2O
7, Gd
2Zr
2O
7. São estruturas pobres
em oxigênio. No “bixbyite” um de cada quatro oxigênios é substituido e no
“pirocloro”um de cada oito oxigênios é substituido.
ZrO
2
Transformações isomórficas
Cúbico - tetragonal -Monoclínica
2680 C - 2370 C - 1240 C
expansão de 4,7% - T-M
Zincblende (ZnO)
Base CFC
Metade as posições Tetraédricas ocupadas Relação de raios r/R: entre 0,225 e 0,414 Relação cargas: 1:1 (4 cátions para 4 ânions) Formula base: MX
Força de ligação: 2/4=1/2
Exemplos: Fluorita - ZnO, ZnS, BeO