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Hst Agricola

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Índice Índice

1 - Introdução ...4

1 - Introdução ...4

2 - Identificação dos riscos na actividade agrícola ...8

2 - Identificação dos riscos na actividade agrícola ...8

3 - Causas de Acidentes ...10

3 - Causas de Acidentes ...10

4 - Consequências dos Acidentes ...10

4 - Consequências dos Acidentes ...10

5 - Avaliação dos custos dos acidentes ...10

5 - Avaliação dos custos dos acidentes ...10

6 - Prevenção ... 11

6 - Prevenção ... 11

7 - A Segurança e as Máquinas Agrícolas ...18

7 - A Segurança e as Máquinas Agrícolas ...18

7.1 - Equipamentos de segurança ...19 7.1 - Equipamentos de segurança ...19 7.2 – Parqueamento ...22 7.2 – Parqueamento ...22 7.3 – Manutenção ...23 7.3 – Manutenção ...23

7.4 – Acesso à máquina agrícola ... 24

7.4 – Acesso à máquina agrícola ... 24

7.5 – Engate/desengate de alfaias ... 25

7.5 – Engate/desengate de alfaias ... 25

7.6 – Utilização das máquinas – trabalho ...26

7.6 – Utilização das máquinas – trabalho ...26

7.7 – A segurança de terceiros ... 27

7.7 – A segurança de terceiros ... 27

7.8 – A segurança na utilização de ferramentas ...29

7.8 – A segurança na utilização de ferramentas ...29

8 - Segurança na aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos...30

8 - Segurança na aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos...30

8.1 - Equipamento de protecção respiratória ...32

8.1 - Equipamento de protecção respiratória ...32

8.2 - Equipamento de protecção ocular ... 32

8.2 - Equipamento de protecção ocular ... 32

8.3 - Equipamento de protecção auditiva... 33

8.3 - Equipamento de protecção auditiva... 33

8.4 - Equipamento de protecção das mãos ... 33

8.4 - Equipamento de protecção das mãos ... 33

8.5 - Equipamento de protecção do tronco, membros e cabeça... 34

8.5 - Equipamento de protecção do tronco, membros e cabeça... 34

8.6 - Equipamento de protecção dos pés ...35

8.6 - Equipamento de protecção dos pés ...35

8.7 - Utilização do EPI ... 35

8.7 - Utilização do EPI ... 35

8.8 - Preparação das caldas ...36

8.8 - Preparação das caldas ...36

9 - Segurança na movimentação manual de cargas ... 42

9 - Segurança na movimentação manual de cargas ... 42

9.1 - Medidas de prevenção na movimentação manual de cargas... 43

9.1 - Medidas de prevenção na movimentação manual de cargas... 43

9.2 - Boas práticas na movimentação manual de cargas... 45

9.2 - Boas práticas na movimentação manual de cargas... 45

Bibliografia ...46

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1 - Introdução

1 - Introdução

A concepção dos conteúdos deste manual teve a

A concepção dos conteúdos deste manual teve a

preocupação de utilizar e desenvolver conhecimentos

preocupação de utilizar e desenvolver conhecimentos

adquiridos na actividade agrícola ou em actividades

adquiridos na actividade agrícola ou em actividades

conexas a esta, em várias esferas de intervenção,

conexas a esta, em várias esferas de intervenção,

como por exemplo:

como por exemplo:

-- Prevenção de Acidentes;Prevenção de Acidentes;

-- Ergonomia;Ergonomia;

-- Electricidade;Electricidade;

-- Máquinas e Alfaias;Máquinas e Alfaias;

-- Ferramentas;Ferramentas;

-- Contaminantes Químicos e Físicos.Contaminantes Químicos e Físicos.

Para se poder ter a noção da grandez

Para se poder ter a noção da grandeza do númeroa do número

de acidentes de trabalho que ocorrem anualmente

de acidentes de trabalho que ocorrem anualmente

em Portugal, podemos avaliar os dados publicados

em Portugal, podemos avaliar os dados publicados

pelo Gabinete de Estratégica e Planeamento do

pelo Gabinete de Estratégica e Planeamento do

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, no

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, no

Boletim Estatístico de Abril de 2009, referentes ao

Boletim Estatístico de Abril de 2009, referentes ao

ano 2006.

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Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

Tab

Tabela 1: ela 1: Número de acidentes de trabalho, mortais e não mortais, por grupo etárioNúmero de acidentes de trabalho, mortais e não mortais, por grupo etário

2006

2006 Portugal - Homens e MulheresPortugal - Homens e Mulheres

Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

Neste ano, verificaram-se 237 392 acidentes de

Neste ano, verificaram-se 237 392 acidentes de

trabalho: 237 139 não mortais e 253 mortais. Os

trabalho: 237 139 não mortais e 253 mortais. Os

acidentes de trabalho “não mortais” apresentaram

acidentes de trabalho “não mortais” apresentaram

maior expressão no grupo etário “25-34 anos”,

maior expressão no grupo etário “25-34 anos”,

enquanto que o grupo etário dos “45-54 anos”

enquanto que o grupo etário dos “45-54 anos”

registava o maior número de acidentes mortais.

registava o maior número de acidentes mortais.

Figura 1 -

Figura 1 - Número de Acidentes de TNúmero de Acidentes de Trabalho, mortais e nãorabalho, mortais e não

mortais, por grupo etário

mortais, por grupo etário

2006

2006 Portugal - Homens e MulheresPortugal - Homens e Mulheres

Introdução

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No mesmo período e na actividade Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura, ocorreram 6.714 acidentes de trabalho, dos quais 6.991 não mortais e 23 mortais, reflectindo os acidentes mortais 0,34% do número total de acidentes.

Os valores apresentados assumem sempre maior expressão nas explorações de pequena e média dimensão (1 a 9 pessoas), afectando também maioritariamente os homens.

Tabela 2:Número total de acidentes de trabalho, na actividade económica Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura, segundo o escalão de dimensão da empresa

2006Portugal - Homens e Mulheres

FIGURA 2(esquerda) - Número de acidentes de trabalho, mortais e não mortais, na actividade económica Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura, segundo o escalão de dimensão da empresa

2006Portugal - Homens e Mulheres Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

Tabela 3: Número total de acidentes de trabalho, na actividade económica Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura, segundo o sexo

2006 Portugal

CAE Homens Mulheres Total

5163 1551 6714 Agricultura, Produção Animal,

Caça e Silvicultura

Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

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FIGURA 3 -Número total de acidentes de trabalho, na actividade económica Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura, segundo o sexo

Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

No entanto, relativizando face à população exposta ao risco, nesta actividade, a sinistralidade laboral teve um impacto em relação à taxa de incidência dos acidentes mortais de 3.9 e dos acidentes não mortais de 1.142,4 por cada 100.000 trabalhadores.

Os dados apresentados anteriormente exigem que a prevenção dos acidentes e doenças profissionais seja uma preocupação de todas as entidades do sector, sendo necessário realizar um grande esforço de sensibilização, informação e formação, para além do cumprimento do respectivo enquadramento legal.

Acidente de Trabalho

É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional que cause morte perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

F. Cavalcanti 

Higiene e Segurança no trabalho Agrícola É um conjunto de regras, procedimentos, comportamentos, atitudes e situações que, interligadas entre si deverão contribuir para o bem estar do trabalhador e a segurança dos seu posto de trabalho.

Saúde

Estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. Organização Mundial de Saúde 

Higiene

Processo de identificação e controlo das condições de trabalho que possam prejudicar a saúde dos trabalhadores.

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2 - Identificação dos riscos na actividade agrícola

A importância que as noções de perigo e de risco assumem no contexto da Higiene e Segurança no Trabalho Agrícola leva-nos a clarificar e harmonizar o seu conceito.

Perigo

Por perigo, entende--se uma potencial causa de dano.(ISHST)

Risco

Por risco, entende-se a probabilidade de ocorrência de um dano.(ISHST)

manuseamento de substâncias perigosas e produtos tóxicos, utilização de energia eléctrica, entre outros. Associado ao trabalho desenvolvido nesta actividade, existem riscos de atropelamento, de esmagamento, de quedas, de lesões dorso--lombares, de intoxicações e ainda perigos na utilização da electricidade, que podem, também, resultar em riscos de incêndio e electrocussão.

Podemos considerar que os agricultores desenvolvem diariamente uma parte da sua actividade em instalações onde se realizam diversos trabalhos de preparação das operações culturais, manuseamento de produtos fitofarmacêuticos, de armazenamento e de manutenção de equipamento. Simultaneamente, desenvolvem também uma outra parte da sua actividade directamente na exploração, onde põem em prática essas operações culturais (sementeiras, sachas mecânicas e químicas, amontoas, colheitas, regas,...), que se concretizam com condução de veículos e máquinas agrícolas, maneio de animais, movimentação manual de cargas,

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3 - Causas de acidentes

Quadro 1 – Identificação das causas de acidentes

- Fisiológicas

- Diminuição de Funções - Idade

- Fadiga

- Falha súbita de um órgão ou função - Hábitos tóxicos

Humanas

- Psicológicas ou

Sociológicas - Emotividade- Negligência - Rotina

Técnicas

- Habilitações técnicas

- Protecção de máquinas e ferramentas - Ritmo de trabalho

- Heterogeneidade das equipas

Materiais - Perigos inerentes à profissão- Ausência de medidas de segurança - Ausência de encarregado de segurança

4 - Consequências dos acidentes

- Individuais

- Familiares

- Sociais

- Económicas

5 - Avaliação dos custos dos acidentes

Tão embora os acidentes de trabalho provoquem inúmeros danos, muitos deles irremediáveis, só os danos económicos é que podem de alguma forma ser mensuráveis, dado que qualquer acidente pressupõe encargos com:

- O médico;

- Os medicamentos;

- Os tratamentos (hospital);

- A indemnização por incapacidade; - A indemnização em caso de morte; - Do tempo perdido com o acidente;

- Pelas paragens de trabalho consequentes,

durante o auxílio prestado;

- Dos alarmes e perturbações resultantes do

acidente;

- Da protecção social do acidentado;

- Das reparações do equipamento e das

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Assim temos:

Quadro 2 – Diferenciação dos custos dos acidentes

Prevenção

Pode definir-se pelo conjunto de disposições e métodos, previstos ou tomados, em todas as fases da actividade, com vista a suprir ou diminuir os riscos profissionais e a garantir a integridade física e psíquica dos trabalhadores. 6 - Prevenção Segurança Processo de identificação e avaliação de situações de risco e desenvolvimento de técnicas de prevenção de acidentes. Custos Directos - Salários - Assistência médica - Medicamentos

- Aumento do prémio de seguro

- Imediatos

- Sofrimento do acidentado - Perda de tempo no socorro - Reparação da máquina - Substituição do acidentado - Perda do investimento formativo - Sofrimento da família

Custos Indirectos

- A prazo - Quebra da imagem da empresa- Aumento da insatisfação profissional - Diminuição da produtividade

- Diminuição da competitividade

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O espírito de prevenção e a acção sistemática de segurança são factores básicos para evitar o acidente de trabalho. Nessa óptica, e porque consideramos errado pensar-se que o “acidente é fruto de uma qualquer fatalidade ou azar” e convictos que “mais vale prevenir que remediar”, suportamo--nos nas causas reais de acidentes, extraindo conclusões objectivas que, no futuro, poderão ajudar a controlar os riscos, evitando outros acidentes. Assim, consideramos que uma política de prevenção deve assentar numa matriz de princípios gerais: 1 – Identificar e avaliar o risco;

2 – Eliminar ou minimizar o risco;

3 – Desenvolver medidas de prevenção: - formar e informar;

- organizar o trabalho.

No contexto da prevenção, deve proceder-se à identificação e avaliação do risco em todos os trabalhos e operações a desenvolver, nomeadamente:

edifícios escadas com corrimão, patamares e varandins, pavimentos química e mecanicamente resistentes, antiderrapantes, impermeáveis,

facilmente laváveis, com inclinação de 1 a 2%, sistema de drenagem eficaz envolventes prevenção dos riscos de

atropelamento/esmagamento através da delimitação de zonas e sinalização máquinas, alfaias,

equipamentos e ferramentas

correctamente utilizados e manuseados, seguros e certificados

materiais e produtos a

utilizar amigos do HOMEM e do ambiente,correctamente utilizados e armazenados boas práticas para a

execução dos trabalhos posturas correcta e de segurança eutilização de equipamento adequado (guinchos, passadeiras, empilhadores, EPI,...)

Quadro 3– Prevenção-Identificação e avaliação do risco no trabalho agrícola

Fotos: Manutan Acidentes

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Assim, deve existir a preocupação inequívoca de separar os espaços de habitação dos restantes, particularmente no que respeita aos locais para armazenamento de produtos químicos, ao parqueamento das máquinas e alfaias agrícolas e oficinas de apoio.

Nos edifícios deve prevenir-se em especial as quedas em altura ou ao mesmo nível através de escadas e patamares dotados de corrimão e varandins e as aberturas guarnecidas de guarda -corpos.

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O sistema eléctrico deve ser adequado às características dos locais, devendo ser correctamente isolado, protegido contra sobrecargas e estar convenientemente instalado. Os quadros devem estar fechados, assinalados e disporem de protecções diferenciais. As linhas aéreas devem situar-se o mais longe possível dos edifícios.

Devem existir na exploração agrícola os meios de combate a incêndios e de primeiros

socorros, devidamente

assinalados, assim como a informação dos contactos de urgência, em caso de acidente.

Por sua vez, os pavimentos devem ser resistentes, antiderrapantes, impermeáveis, laváveis e com sistemas de drenagem.

Foto: Robert Thomson (Flickr)

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À entrada/saída dos estábulos deve ser colocado um pedilúvio e/ou um rodilúvio de modo a evitar a transmissão de microorganismos prejudiciais ao homem e animais.

As instalações pecuárias, incluindo as estrumeiras, nitreiras e fossas, devem cumprir as normas de instalação e licenciamento.

Para prevenir os riscos de atropelamento e esmagamento devem ser delimitadas e sinalizadas as zonas de circulação e acesso de veículos, máquinas agrícolas e trabalhadores.

ESQUEMA DE UM PEDILÚVIO

Lava pés Pedilúvio

Sentido da passagem

A utilização da maquinaria agrícola requer cuidados redobrados ao nível da deslocação em planos inclinados, da protecção em capotamento, da protecção dos órgãos que desenvolvem e transmitem

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movimentos, do engate e desengate de alfaias, das características agronómicas, da utilização como transporte para além do condutor e ainda ao nível da manutenção.

O armazenamento de produtos químicos, quando em pequenas quantidades, deve ser feito em armário fechado à chave, sinalizado e situado em local de acesso reservado. Nos locais de armazenamento destes produtos deve existir boa luz natural e uma instalação eléctrica que não comporte risco de

incêndio/explosão, dispondo ainda de meios de combate a incêndios. O armazenamento destes produtos exige também uma construção sólida, com bom arejamento por forma a permitir níveis médios de temperatura e fácil manutenção. Também as embalagens vazias dos produtos utilizados devem ser correctamente acondicionadas e entregues em pontos de recolha específicos para o efeito.

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A movimentação de cargas manualmente e a consequente necessidade de prevenir as lesões dorso-lombares é outro aspecto muito importante a ter em conta. Neste sentido, é de evitar o recurso à movimentação manual de cargas superiores à capacidade do operador. Para este efeito deve recorrer-se à utilização de equipamentos adequados, nomeadamente passadeiras rolantes, sem-fins, empilhadores, guinchos e carros de mão.

No que se refere ao maneio animal, o tratamento e contenção deve ser executado de forma a proporcionar menores danos aos próprios animais e operadores.

Também o equipamento de protecção individual do operador (EPI), deve ser sempre adequado à operação que se pretende realizar.

7 - A Segurança e as máquinas agrícolas

Quadro 4 – Definição de segurança activa/segurança passiva

As máquinas agrícolas continuam a ser equipamentos potencialmente perigosos, tão embora a sua concepção constitua um processo dinâmico em busca de características visando a segurança. A sua utilização em segurança, exige um total e profundo conhecimento das suas potencialidades e limitações.

Segurança Activa

É constituída pelos equi-pamentos de segurança, disponibilizados na máquina e que actuam por vontade e intervenção e/ou interferência expressa do operador.

Segurança Passiva

É assegurada pelo conjunto de equipamentos de segurança, disponibilizados na máquina e que realizam a sua função independente da vontade do operador.

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7.1 - Equipamentos de segurança

7.1.1 - Estruturas de segurança em máquinas agrícolas são estruturas montadas ou integradas na máquina que, em caso de capotamento, permitem garantir um espaço inviolável e suficientemente amplo, que no momento do acidente proteja o operador e simultaneamente proteja a própria máquina.

Este equipamento, para constituir uma estrutura de segurança, deve ser homologado e certificado para cada modelo de máquina e pode assumir três tipos:

- Aros - Quadros

- Cabinas (montadas e integradas)

7.1.2 - Estruturas de segurança em alfaias agrícolas são normalmente constituídas por barras ou forras que garantem a integridade física do operador face aos órgão em movimento, garantindo simultaneamente a protecção da própria alfaia.

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7.1.3 - Órgãos que desenvolvem e transmitem movimentos, nomeadamente:

- Rodas: utilização de pneumáticos

recomendados para o modelo da máquina, com piso em bom estado de conservação e protegidas por guarda-lamas;

- Tomada de força: protegida por tampa de

resguardo;

- Veio telescópio de cardans: para que a sua

função seja exercida em segurança, deve garantir sempre uma sobreposição mínima de um terço do seu comprimento total e quando recolhido deve possuir uma folga de quatro a cinco centímetros e deve garantir-se a sua lubrificação diariamente ou, quando em funcionamento em ângulo superior a 20º, de oito em oito horas com desligamento em manobra. Deve ser dimensionado de acordo com as exigências prescritas pelo fabricante da alfaia. A sua protecção deve ser assegurada pela luva ou manga.

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7.1.4 - Outros mecanismos de protecção:

- Dispositivo de arranque manual, deve ser

concebido de forma a permitir que a mão se solte facilmente em caso de inversão do sentido da rotação;

- Sistema homem morto, sempre que a mão do

operador deixe de pressionar o manípulo, provoca a paragem automática da máquina;

- Patilha de segurança de

acelerador, só permite accionar o acelerador quando a patilha de

protecção estiver premida.

7.1.5 - Equipamento de protecção individual (EPI), no trabalho com máquinas agrícolas, é fundamental adequar-se o EPI à tarefa que se está a desenvolver.

Neste sentido, podemos considerar o equipamento genérico que o operador deve usar sempre que utiliza, procede à manutenção ou a pequenas reparações numa qualquer máquina agrícola:

- Vestuário justo, fechado/apertado e sem

pontas pendentes (preferencialmente fato de macaco);

- Calçado com biqueiras em aço;

- Luvas;

- Protecção da cabeça, chapéu, boné e sempre

que tenha cabelo cumprido usá-lo apanhado.

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O equipamento específico que está associado à execução de tarefas também específicas que pelo seu grau de perigosidade assim o exigem, como por exemplo a aplicação de produtos químicos ou tóxicos em que o EPI deve garantir a protecção de todas as zonas corporais:

- A cabeça;

- As vias respiratórias;

- Zona facial, incluindo a ocular;

- As mão e braços;

- O tronco;

- Os pés e pernas.

O equipamento usado para este efeito deve possuir características próprias, apresentadas no ponto 8 - Segurança na Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos.

A utilização de uma roçadora, em que se recomenda para além do equipamento genérico a utilização de:

- Óculos ou viseira; - Auscultadores; - Polainitos.

7.2 – Parqueamento

As máquinas e alfaias agrícolas devem ser parqueadas num armazém que permita para além de guardar estes equipamentos, o engate e desengate de alfaias, proceder à sua manutenção e pequenas reparações.

O armazém deve ser concebido tendo em vista as necessidades para se proceder a estas operações com segurança, nomeadamente: bons acessos, bem dimensionado, com arejamento, com iluminação, de fácil limpeza, com piso impermeável e anti-derrapante, rampas de entrada/saída, água, corrente eléctrica, sistema de prevenção e combate a incêndios,....

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As máquinas só devem ser colocadas a trabalhar em locais fechados, durante o tempo indispensável para a sua retirada.

7.3 - Manutenção

A manutenção das máquinas e alfaias agrícolas, constitui uma das mais importantes medidas de prevenção de acidentes. Antes de iniciar um dia de trabalho devem executar-se os cuidados periódicos diários:

Todas as máquinas e equipamentos devem possuir livro de instruções e/ou certificado de conformidade. A sua leitura e consulta, constitui o melhor instrumento de utilização para o operador/  utilizador.

Em cada armazém deve existir um plano de manutenção, que deve ser cumprido, para cada máquina/alfaia da exploração, sempre de acordo com as recomendações do fabricante.

Na substituição de lubrificantes, abastecimento de combustíveis ou na aplicação de qualquer outro produto capaz de provocar perigosidade para o homem, animais ou ambiente, deve haver um cuidado redobrado de forma a evitar derrames.

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7.4 – Acesso à máquina agrícola

A abordagem à máquina deve ser sempre efectuada pela esquerda (lado da embraiagem).

A subida/descida deve fazer-se sempre com a máquina imobilizada, usando todos os degraus à disposição e, utilizando sempre três apoios, recorrendo às pegas colocadas ergonomi--camente para o efeito.

A plataforma da máquina deve possuir piso anti-derrapante, permanecer sempre limpa e livre de qualquer obstáculo que possa dificultar o acesso.

7.5 – Engate/desengate de alfaias

7.5.1 - Sistema de engate manual, o operador deve ter o máximo de cuidado ao realizar esta operação:

- A máquina deve estar imobilizada e alinhada

com a alfaia;

- O operador deve abordar os pontos de engate

sem se colocar entre os dois equipamentos, não se deve apoiar em qualquer um deles nem tentar arrastar a alfaia;

- Preferencialmente a

máquina deve estar equipada com comandos externos do sistema do hidráulico.

7.5.2 - Sistema de engate rápido, o operador pode proceder ao engate e desengate de alfaias, comodamente e em segurança, sem abandonar o posto de condução.

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7.6 – Utilização das máquinas – trabalho 7.6.1 - Escolha da máquina

A máquina a utilizar para cada tarefa deve ser a mais adequada ao trabalho que vai desenvolver.

7.6.2 - Ajuste da máquina ao operador

O operador deve ter o cuidado de, antes de iniciar o trabalho, proceder à adaptação e regulação da máquina à sua estatura. Deve ajustar a si os órgãos reguláveis, por forma a encontrar uma posição de trabalho confortável e de segurança.

7.6.3 - Escolha da alfaia

A escolha da alfaia ou do conjunto de alfaias para a execução de uma operação, terá de ter em conta vários aspectos, nomeadamente, as características da máquina, no caso de se tratar de uma operação cultural, as características do solo, o tipo de cultura e o objectivo da operação.

7.6.4 - Deslocação de máquinas/alfaias em estrada

Para além do necessário cumprimento das regras do código de estrada, é necessário, sempre que se trate de máquinas ou alfaias de grandes dimensões, que estejam equipadas com toda a sinalização e

iluminação exigidas. O trabalho de máquinas agrícolas em estrada exige também que os travões estejam sempre solidários.

7.6.5 - Horizonte visual

 A realização de uma tarefa em segurança, obriga a que o operador possua uma visão completa do meio envolvente. No sentido de proporcionar estas condições, existem máquinas que possibilitam a reversão do banco do operador.

7.6.6 - Operações em superfícies inclinadas  A estabilidade das máquinas e alfaias é muito difícil

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de garantir na execução do trabalho em declive ou em superfícies muito acidentadas e irregulares, pelo que, o trabalho a desenvolver em parcelas com estas características necessita da adopção de medidas suplementares de segurança, nomeadamente quanto ao sentido da deslocação, que deve ser feito de acordo com as curvas de nível.

7.7 – A segurança de terceiros

Ainda que o risco do acidente com máquinas agrícolas incida maioritariamente no operador, há também outros grupos de risco, principalmente quando se desenvolvem actividades que exigem a participação de recursos humanos associados ao trabalho da máquina.

Neste caso, o operador, para além de ter que ter em atenção a sua segurança, tem também de zelar pela segurança dos restantes trabalhadores, que devem, de igual forma cumprir todas as normas de higiene e segurança. Quando se trata da utilização de equipamentos pouco vulgares, constitui também grupo de risco os observadores, pessoas que inadvertidamente se expõem ao perigo para satisfazer a sua curiosidade.

Para além destes, há também os transeuntes em geral, que involuntariamente podem estar expostos ao risco. Para estes dois últimos grupos, também se torna necessário tomar medidas de segurança adequadas à situação.

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7.8 – A segurança na utilização de ferramentas A actividade agrícola impõe a necessidade de utilização frequente de ferramentas diversas na resolução de pequenas avarias nas máquinas e alfaias, nos estábulos e na exploração em geral.

Muitas vezes estas reparações envolvem corrente eléctrica, materiais de construção civil, madeira, entre outras, pelo que, os trabalhadores devem:

- estar sempre munidos de EPI adequado à

tarefa que estão a desempenhar;

- utilizar a ferramenta adequada à tarefa e em

boas condições de conservação e higiene;

- ter um correcto conhecimento quanto ao seu

funcionamento;

- em trabalho tecnicamente mais exigentes

(electricidade, soldadura,...), procurar um técnico especialista.

Fotos: Manutan

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8 - Segurança na aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos

O uso imprudente de produtos fitofarmacêuticos é um dos factores que no trabalho agrícola mais afecta a saúde dos trabalhadores, pois a sua utilização e manuseamento envolvem elevados riscos profissionais, estando frequentemente associados a intoxicações graves e muitas vezes mortais.

A aplicação destes produtos deve ser feita atendendo à eficácia biológica contra o inimigo a combater e à acção secundária do produto para o homem e para os auxiliares e ambiente.

Neste sentido, é indispensável respeitar as indicações do rótulo do produto, no que se refere à concentração, dose, volume de calda, modo de emprego, precauções toxicológicas, intervalo de segurança e indicações de tratamentos de alternância, bem como o equipamento individual de segurança indicado.

Também a tecnologia de aplicação, aspecto muitas vezes negligenciado, continua a considerar-se tecnicamente fundamental para o êxito duma aplicação. Parâmetros como, a cultura, o modo de

(32)

produção, a identificação dos alvos a tratar, a escolha do produto a aplicar, determinam a escolha do equipamento (alto, médio ou baixo volume). O tipo de bicos, o estado de manutenção/conservação, e a prévia calibração do equipamento, são normas importantes a ter em consideração antes de iniciar uma aplicação.

Este equipamento, para além de ser convenientemente seleccionado deve ser correctamente utilizado. A sua eficácia durante a utilização varia com vários factores:

- nível de contaminação;

- movimento do operador;

- conservação do EPI;

- contacto com a cultura durante a aplicação.

Equipamentos de Protecção Individual ou EPIs São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada actividade. Um equipamento de protecção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos.

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8.1 - Equipamento de protecção respiratória

Quadro 5 – Equipamento de protecção respiratória, classificação quanto à forma

Quadro 6 - Equipamento de protecção respiratória, classificação dos filtros quanto ao tipo

Filtros mecânicos Filtros químicos Filtros combinados Tipo

Contra pós e partículas,

distinguem-se pela cor branca, letra P com número associado, 1, 2 ou 3 cuja protecção aumenta proporcionalmente ao aumento do valor do número: P1 – Normal para partículas sólidas. P2 – Alto poder de retenção, partículas sólidas e liquidas. P3 – Máximo poder de retenção, partículas sólidas e liquidas. Retêm gases e vapores químicos, classificados por letra e cor: A – Castanho -vapores orgânicos, dissolventes, pinturas. B – Cinzento - gases e vapores orgânicos, cloro gases ácidos. E – Amarelo - anidrido sulfuroso. K – Verde - Amoníaco. Poder de retenção classificado por número: 1 – Normal 1 – Alto 2 - Máximo Protecção simultânea, contra gases e partículas, distinguem-se pela combinação de letras, números e/ou cores.

Exemplo: Filtro A2P3, poder de retenção alto contra vapores orgânicos e poder de retenção máximo contra partículas sólidas e líquidas.

Regra geral, para a aplicação da maioria dos produtos fitofarmacêuticos, salvo indicação contrária no rótulo, devem ser utilizados filtros contra vapores orgânicos e pós, tipo A/P (castanho e branco) e para ácidos os B/P (cinzento e branco).

8.2 - Equipamento de protecção ocular

Utilização de óculos de protecção total, ajustados ao rosto por forma a não permitirem a entrada de partículas mas permitam a circulação de ar.

Fotos: Manutan Forma Máscaras, protecção de nariz e boca

Filtros e máscaras que protegem nariz, boca e olhos Capacetes e máscaras com ventilação forçada - protecção integral da cabeça. Sistema de ventilação forçada que permite a respiração sem esforço.

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 8.4 - Equipamento de protecção das mãos

As luvas utilizadas devem corresponder ao tamanho da mão encontrar-se em bom estado de conservação e devem possuir a marca CE.

Luvas indicadas para protecção contra produtos quimicos:

- Luvas de Nitrilo

- Luvas de Neoprene

- Luvas de Viton

Quadro 7 - Características na etiqueta CE para as luvas

Normas Protecção

EN388 Resistência mecânica

EN374 Químicos e microorganismos EN407 Temperaturas altas

EN374 Frio

EN407 Radiações iónicas e radioactivas

No manuseamento de produtos fitofarmacêuticos recomenda-se a utilização de luvas tipo EN374 ou EN 384, que, para maior conforto podem ser calçadas por cima de luvas de algodão.

Foto: Manutan Foto: Manutan

8.3 - Equipamento de protecção auditiva

A protecção auditiva, normalmente garantida pela utilização de tampões ou auriculares, deve ser usada e dimensionada de acordo com o ruído emitido pelo equipamento utilizado.

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8.5 - Equipamento de protecção do tronco, membros e cabeça

A protecção do tronco, membros e cabeça deve ser assegurada por fatos preferencialmente integrados (fato de macaco com capuz).

Estes fatos devem ser impermeáveis e específicos para aplicação de produtos fitofarmacêuticos, no entanto, a temperatura e humidade relativa elevadas, dificultam a sua utilização por períodos alargados, o que torna vulgar o recurso a fatos de macaco em algodão, também eficazes para prevenir a penetração da calda até determinados níveis de contaminação.

A eficácia dos fatos de macaco em algodão na prevenção da penetração da calda, varia com a percentagem de algodão na sua constituição associada ao número de lavagens.

A permeabilidade diminui com o aumento do número de lavagens em fatos de macaco de 100% de algodão. Em fatos de macaco com 65% de algodão e 35% de poliester a penetração aumenta com o aumento do número de lavagens.

Quadro 8 – Características de impermeabilidade do equipamento de protecção do tronco, membros e cabeça

Tipo Características

1 Impermeável a gases

2 Não impermeável a gases

3 Impermeável a líquidos

4 Impermeável à pulverização

5 Protecção contra partículas

6 Protecção limitada contra salpicos

Por norma, para a aplicação de produtos fitofarmacêuticos, salvo indicação contrária no rótulo, são recomendados fatos de protecção do tipo 4 ou 6, devidamente testados de acordo com a EN 463 ou EN 468.

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8.6 - Equipamento de protecção dos pés

Deve recorrer-se a botas de borracha, vedadas e impermeáveis (abaixo do joelho), preferencialmente resistentes a produtos químicos, forradas a algodão.

8.7 - Utilização do EPI

O equipamento de protecção individual deve ser bem seleccionado, dimensionado à estatura do utilizador e ainda correctamente utilizado.

A protecção da cabeça deve ser realizada com o capuz do fato de macaco para não possibilitar a contaminação pela região do pescoço. Este procedimento pode ser substituído pela aplicação de capacete e máscara de protecção integral da cabeça. O fato de macaco a utilizar deve ser seleccionado de acordo com os parâmetros já definidos, deve ter incorporado capuz, e um sistema de fecho e deve sobrepor as luvas e as botas.

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8.8 - Preparação das caldas

Calda é o líquido pronto a ser utilizado (geralmente em pulverização) e no qual são dispersos os produtos fitofarmacêuticos que se pretendem aplicar, devendo ser aplicada imediatamente após a preparação. Se tal não for possível, a calda em repouso deve ser agitada até ficar homogénea antes da aplicação.

Quando se pretende utilizar mais do que um produto na mesma calda, deve seguir se as recomendações do rótulo e/ou dos fabricantes (tabela de compatibilidades) e não se deve misturar mais de 3 produtos na mesma calda.

A sua preparação, varia também com o tipo de formulação do produto, assim:

Quadro 9 – Relação do modo de preparação da calda com o tipo de formulação do produto

Fonte: SAPEC - AGRO

Tipo de formulação Modo de preparação da calda Grânulos dispersíveis em água Concentrado para emulsão Emulsão de óleo em água Pó solúvel Solução Solução aquosa

No recipiente onde se prepara a calda colocar metade da água necessária. Juntar a quantidade de produto a utilizar e completar o volume de água agitando sempre.

Pó molhável No recipiente onde se prepara a calda colocar metade da água necessária. Numa vasilha, juntar a quantidade de produto a utilizar com um pouco de água e agitar continuamente até obter uma pasta homogénea e sem grumos. Deitar esta pasta no recipiente e completar o volume de água agitando sempre. Evitar deixar a calda em repouso. Suspensão concentrada Suspensão aquosa de microcápsulas Suspensão oleosa

No recipiente onde se prepara a calda colocar metade da água necessária. Agitar bem a embalagem até o produto ficar homogéneo. Colocar a quantidade de produto a utilizar e completar o volume de água, agitando sempre.

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A preparação da calda constitui o momento de maior risco para o utilizador, uma vez que o produto é manipulado na sua forma mais concentrada, pelo que, é importante seguir os procedimentos de segurança.

Senhor aplicador:

- Proteja-se eficazmente com vestuário e equipamento adequado (EPI);

- Evite pulverizar em dias com muito vento ou com muito calor. Caso haja algum vento será necessário pulverizar por forma a que este arraste o produto em sentido contrário ao do aplicador. Nas épocas de muito calor aplique as caldas logo pela manhã, nas horas mais frescas;

- Escolha um local bem ventilado, de preferência ao ar livre, afastado das habitações, dos cursos de água, dos poços, e das crianças para proceder à preparação da calda;

- Leia as instruções contidas no rótulo;

- Evite o contacto do produto com a pele e os olhos; - Para agitar utilize uma vara e nunca as mãos; - Não coma, não beba e não fume durante todo o processo;

- Não deite fora restos de produto ou restos de calda. O produto que sobrar deve ser guardado na

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sua embalagem original e a calda deve ser toda gasta na pulverização. Por isso, é muito importante calcular previamente o volume de calda que vai ser necessário para efectuar o tratamento;

- Nunca encha o depósito do pulverizador a partir de um curso de água, canal ou poço, sem a válvula anti-retorno instalada e sem exercer vigilância permanente;

- Nunca deixe sem vigilância o equipamento cheio e pronto a utilizar;

- Não deixe os produtos ou as embalagens vazias abandonadas ou espalhadas;

- As caldas devem ser preparadas à medida que vão sendo utilizadas. Os produtos fitofarmacêuticos podem sofrer alterações quando as caldas são preparadas com muita antecipação em relação aos tratamentos e, por isso, não terem o efeito esperado; - O material usado na preparação da calda deve ser bem lavado. A água das lavagens das embalagens deverá ser utilizada na própria calda;

- Após a aplicação o trabalhador deve lavar-se e vestir-se com roupa limpa, principalmente antes de comer, beber ou fumar;

- A aplicação de pesticidas em espaços confinados como estufas e abrigos exige uma maior atenção, devido ao maior perigo de intoxicação.

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Muitas vezes a imprecisão na preparação das caldas, nomeadamente no que se refere às quantidades de produto a aplicar por unidade de superfície a tratar, é responsável pela falta de eficácia do produto aplicado.

Neste sentido, e para se determinar a concentração da calda (l ou Kg/hl de calda), necessitamos de conhecer o débito do pulverizador.

Quando este valor não é conhecido, é necessário calibrar o pulverizador:

Cálculo do débito do pulverizador O débito do pulverizador depende:

- Do tipo e do número de bicos utilizados; - da pressão a que o pulverizador vai trabalhar; - da velocidade de deslocação da máquina.

Assegurando o perfeito funcionamento da máquina há que fazer um “ensaio em branco” (só com água).

Para tanto deve:

1. encher o depósito do pulverizador com água; 2.  marcar no terreno uma área de por exemplo,

100 m2 (20 x 5 m ou 10 x 10 m);

3. mantendo a pressão e velocidade de

deslocação constantes, pulverizar

uniformemente os 100 m2 de terreno;

4. determinar a quantidade de água gasta (medindo o volume de água necessário para voltar a encher o depósito);

5. calcular o débito, determinando o valor do produto 100 x N, em que N é o número de litros de água consumido.

O valor encontrado é o débito do pulverizador em l/ha

Para ajudar na determinação da concentração e das doses de produtos a utilizar, tendo em conta o débito do pulverizador e a dose de produto recomendada, apresenta-se o quadro da página seguinte.

Débito

Quantidade de calda gasta por unidade de superfície, normalmente expresso em Litros por hectare

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   D    É    B    I    T    O    D    O    P    U    L    V    E    R    I    Z    A    D    O    R    (    l    d  e   c   a    l    d  a    /    h  a    )    2    0    0    3    0    0    4    0    0    5    0    0    6    0    0    7    0    0    8    0    0    9    0    0    1    0    0    0    1    1    0    0    1    2    0    0    1 ,    0    0    0 ,    5    0    0 ,    3    3    0 ,    2    5    0 ,    2    0    0 ,    1    6    0 ,    1    4    0 ,    1    2    0 ,    1    1    0 ,    1    0    0 ,    0    9    0 ,    0    8    1 ,    5    0    0 ,    7    5    0 ,    5    0    0 ,    3    7    0 ,    3    0    0 ,    2    5    0 ,    2    1    0 ,    1    9    0 ,    1    6    0 ,    1    5    0 ,    1    4    0 ,    1    3    2 ,    0    0    1 ,    0    0    0 ,    6    6    0 ,    5    0    0 ,    4    0    0 ,    3    3    0 ,    2    8    0 ,    2    5    0 ,    2    2    0 ,    2    0    0 ,    1    8    0 ,    1    6    2 ,    5    0    1 ,    2    5    0 ,    8    3    0 ,    6    2    0 ,    5    0    0 ,    4    1    0 ,    3    6    0 ,    3    1    0 ,    2    7    0 ,    2    5    0 ,    2    3    0 ,    2    1    3 ,    0    0    1 ,    5    0    1 ,    0    0    0 ,    7    5    0 ,    6    0    0 ,    5    0    0 ,    4    3    0 ,    3    8    0 ,    3    3    0 ,    3    0    0 ,    2    7    0 ,    2    5    3 ,    5    0    1 ,    7    5    1 ,    1    6    0 ,    8    7    0 ,    7    0    0 ,    5    8    0 ,    5    0    0 ,    4    4    0 ,    3    8    0 ,    3    5    0 ,    3    2    0 ,    2    9    4 ,    0    0    2 ,    0    0    1 ,    3    3    1 ,    0    0    0 ,    8    0    0 ,    6    6    0 ,    5    7    0 ,    5    0    0 ,    4    4    0 ,    4    0    0 ,    3    6    0 ,    3    3    4 ,    5    0    2 ,    2    5    1 ,    5    0    1 ,    1    2    0 ,    9    0    0 ,    7    5    0 ,    6    4    0 ,    5    6    0 ,    5    0    0 ,    4    5    0 ,    4    1    0 ,    3    7    5 ,    0    0    2 ,    5    0    1 ,    6    6    1 ,    2    5    1 ,    0    0    0 ,    8    3    0 ,    7    1    0 ,    6    3    0 ,    5    5    0 ,    5    0    0 ,    4    5    0 ,    4    2    5 ,    5    0    2 ,    7    5    1 ,    8    3    1 ,    3    7    1 ,    1    0    0 ,    9    2    0 ,    7    9    0 ,    6    9    0 ,    6    1    0 ,    5    5    0 ,    5    0    0 ,    4    6    6 ,    0    0    3 ,    0    0    2 ,    0    0    1 ,    5    0    1 ,    2    0    1 ,    0    0    0 ,    8    6    0 ,    7    5    0 ,    6    6    0 ,    6    0    0 ,    5    5    0 ,    5    0    6 ,    5    0    3 ,    2    5    2 ,    1    6    1 ,    6    2    1 ,    3    0    1 ,    0    8    0 ,    9    3    0 ,    8    1    0 ,    7    2    0 ,    6    5    0 ,    5    9    0 ,    5    4    7 ,    0    0    3 ,    5    0    2 ,    3    3    1 ,    7    5    1 ,    4    0    1 ,    1    6    1 ,    0    0    0 ,    8    9    0 ,    7    7    0 ,    7    0    0 ,    6    4    0 ,    5    8    7 ,    5    0    3 ,    7    5    2 ,    5    0    1 ,    8    7    1 ,    5    0    1 ,    2    5    1 ,    0    7    0 ,    9    4    0 ,    8    3    0 ,    7    5    0 ,    6    8    0 ,    6    3    8 ,    0    0    4 ,    0    0    2 ,    6    6    2 ,    0    0    1 ,    6    0    1 ,    3    3    1 ,    1    4    1 ,    0    0    0 ,    8    8    0 ,    8    0    0 ,    7    3    0 ,    6    5    9 ,    0    0    4 ,    5    0    3 ,    0    0    2 ,    2    5    1 ,    8    0    1 ,    5    0    1 ,    2    9    1 ,    1    2    1 ,    0    0    0 ,    9    0    0 ,    8    2    0 ,    7    5    D    O    S    E    (    l  o   u    k  g    /    h  a    )    1    0 ,    0    0    5 ,    0    0    3 ,    3    3    2 ,    5    0    2 ,    0    0    1 ,    6    6    1 ,    4    3    1 ,    2    5    1 ,    1    1    1 ,    0    0    0 ,    9    1    0 ,    8    3    C    O    N    C    E    N    T    R    A    Ç    Ã    O    D    A    C    A    L    D    A    (    l  o   u    k  g    /    h    l    d  e   c   a    l    d  a    )    T  a    b  e    l  a    4  :    C  o   n   c   e   n    t  r  a   ç    ã  o    d  a   c   a    l    d  a    f  a  c   e   o    d    é    b    i    t  o    d  o   p   u    l  v  e   r    i  z  a    d  o   r   e   a    d  o   s   e   r   e   c   o   m   e   n    d  a    d  a    F  o   n    t  e  :    S    I    P    C    A    M    Q  u    i  m   a   g   r   o Segurança na aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos

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9 - Segurança na movimentação manual de cargas

A Movimentação Manual de Cargas pode ser definida como qualquer operação de movimentação ou deslocamento voluntário de cargas, incluindo as operações fundamentais de elevação, transporte e descarga.

A movimentação manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns, responsáveis por um elevado número de lesões e acidentes de trabalho, em consequência de movimentos incorrectos ou esforços físicos exagerados, de grandes distâncias de elevação, do abaixamento e transporte, bem como de períodos insuficientes de repouso, especialmente quando se tratam de cargas volumosas.

Estas lesões, na sua grande maioria, afectam a coluna vertebral através de lesões nos discos intervertebrais, causando dor por compressão, pode no entanto, desenvolverem-se também lesões a outros níveis, musculares, escrotais, ligamentos, tendões, etc.

Concentração

É a quantidade de produto fitofarmacêutico a utilizar em 100 l de água. Exprime-se em percentagem (%).

Dose

Quantidade de produto comercial a aplicar por unidade de superfície. Em regra exprime-se em gramas, quilogramas, mililitros ou litros por hectare

(10.000m2).

Volume da calda

Quantidade de água mais produto agroquímico a aplicar por unidade de superfície a tratar (em regra, refere-se ao hectare). refere-se por norma a alto volume ou seja a débitos da ordem dos 800-1000 l de calda por hectare.

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Figura 4: Lesões na coluna vertebral Fonte: O Portal da Construção

Relativamente à movimentação de cargas e posturas incorrectas, é indispensável a utilização de equipamentos mecânicos, a redução do peso e volume das cargas a manusear manualmente, organizar a rotatividade das tarefas e investir na formação e informação dos trabalhadores e empresários agrícolas.

9.1 - Medidas de prevenção na movimentação manual de cargas

De forma a minimizar os riscos e, consequentemente, as lesões, nas actividades de transporte manual de cargas, existem várias medidas de prevenção que se deverão tomar:

- A redução das cargas (os valores-limite da carga variam consoante idade, sexo, duração da tarefa, frequência do movimento de elevação e transporte e capacidade física do trabalhador);

- A correcta selecção do pessoal que desempenha as actividades;

- A formação sobre técnicas correctas de movimentação de cargas;

- A utilização de Equipamentos de Protecção Individual adequados (vestuário, luvas e calçado);

- A utilização de meios mecânicos auxiliares (carros de mão, rolos, patins, pinças, garras, monta cargas, gruas, sem-fins); - A readequação do espaço de trabalho.

Foto: Manutan

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9.1.1 - Regras de prevenção no levantamento de cargas do solo:

- Posicionar-se o mais perto possível da carga, em posição estável;

- Afastar os pés com o objectivo de equilibrar a distribuição do peso;

- Agarrar a carga firmemente, sempre que possível com a mão completa;

- Flectir os joelhos mantendo as costas direitas, de forma a evitar um esforço incorrecto da coluna, prevenindo o aparecimento de lesões e/ou doenças;

- Elevar a carga sem puxões bruscos, mediante a extensão das pernas;

- Manter os braços e a carga o mais próximo possível do corpo.

9.1.2 - Regras de prevenção no transporte de cargas:

- Transportar as cargas mantendo as costas direitas;

- Transportar as cargas simetricamente; - Suportar a carga com o esqueleto corporal; - Manter a carga próxima do corpo;

- Colocar os dedos afastados de locais onde possam ficar entalados durante a descida da carga;

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9.2 - Boas práticas na movimentação manual de cargas

Sr. Agricultor: 

1- Planeie o que pretende fazer e, se necessário, vá buscar ajuda ou recorra a meios mecânicos;

2 - Afaste os seus pés, de modo a equilibrar a distribuição do peso;

3 - Flita os joelhos e agarre firmemente a carga com as duas mãos;

4 - Levante a cabeça e mantenha as costas direitas enquanto levanta a carga;

5 - Levante a carga até à sua cintura devagar, enquanto endireita as suas pernas, ao mesmo tempo que mantém os seus cotovelos junto ao seu tronco; 6 - Evite torções do tronco;

7 - Evite movimentos bruscos que provoquem picos de tensão;

8 - Para colocar a carga no chão, dobre os joelhos e mantenha sempre as costas direitas.

(47)

Referências bibliográficas:

Silva, Albano,A Segurança e as Máquinas Agrícolas, Apresentação em Power Point

Silva, Albano,Higiene e Segurança no Trabalho , Apresentação em Power Point

Silva, Albano,O Tractor e as Máquinas Agrícolas , Apresentação em Power Point

Legislação:

Legislação Comunitária:

Directiva 89/686/CEE, de 21 de Dezembro, modificada pelas directivas: 93/68/CEE, 93/95/CEE, 96/58/CE Legislação Nacional: Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de Setembro Decreto-Lei 128/93, de 22 de Abril Portaria 1131/93, de 4 de Novembro Decreto-Lei 139/95, de 14 de Junho Portaria 109/96, de 10 de Abril Portaria 695/97, de 19 de Agosto Decreto-Lei 374/98, de 24 de Novembro

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Referências bibliográficas electrónicas:

Autoridade para as Condições do Trabalho, Campanha de Informação e de Sensibilização para o Sector Agrícola e Florestal , http:// 

www.ishst.pt/documentacao1/master_agendadetail04.asp, consultado em Maio de 2009.

Agroquisa, http://agroquisa.pt/page.aspx?idCat=259&idMastercat=1&idLayout=22&idLang=1, consultado em Maio de 2009. Azevedo, José; Guedes, António Brandão, Textos sobre Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho,em Instituto para a Segurança,

Higiene e Saúde no Trabalho, 2006, http://www.ishst.pt/downloads/Bolsa_Textos/ 

Riscos_trabalho_agricola_armazenar_bem_pesticidas.pdf, consultado em Maio de 2009.

Guedes, António Brandão, Textos sobre Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, em Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde

no Trabalho, http://www.ishst.pt/downloads/Bolsa_Textos/Bolsa_Artigos_SHST_15.pdf, consultado em Maio de 2009.

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Acidentes de Trabalho 2006, http://www.dgeep.mtss.gov.pt/estatistica/acidentes/ 

atrabalho2006.pdf, consultado em Maio de 2009.

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Boletim Estatístico de Abril de 2009 , 2009, http://www.dgeep.mtss.gov.pt/ 

estatistica/be/beabr2009.pdf, consultado em Maio de 2009.

O Portal da Construção, Guia Técnico, Segurança e Higiene no Trabalho , 2008,

http://www.oportaldaconstrucao.com/guiastec/st-mov_manual_cargas_0508.pdf, consultado em Maio de 2009.

*

Sá, Almeida e,  Acidentes de Trabalho , em CNA, 2002, http://www.cna.pt/artigostecnicos/almeidaesa/ 

10_vtnovembro2002_almeidaesa.pdf, consultado em Maio de 2009.

SAPEC AGRO, Preparação da Calda, http://www.sapecagro.pt/internet/webteca/artigo.asp?id=189&url_txt=&link=, consultado em Maio de 2009.

Sipicam Quimargo, Preparação das Caldas , http://www.sipcam.pt/area_inf.asp?ID_informacao=4, consultado em Maio de 2009.

Syngenta, http://www.syngenta.pt/prod_concentracao_doses.asp, consultado em Maio de 2009.

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Edição | CNA – Confederação Nacional da Agricultura Título | Higiene e Segurança no Trabalho Agrícola Autor | João Filipe

Coordenação Técnica | Roberto Mileu

Paginação | Ilustração | Fotolitos | Impressão | Regi7 Depósito Legal | 296260/09

ISBN | 978-989-95157-6-5 Tiragem | 300 exemplares Data | Junho 2009

Produção apoiada pelo Programa AGRO - Medida 7 - Formação Profissional, Co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do FSE

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Referências

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