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Após anos bem m o,'imcntados e discu,ssões. q~e ~'ersava~ _inclu-sive sôb;;70 problema da continuação de sua eXlstenCIa, a Umaa
Eu-l'opeia
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Pagamentos (UEP) entrou em fase mais calma. O oitavorelatório anual que acaba de publicar ê talvez o mais pacífico desde a sua fundacão em 1950. Com efeito, o último exercício, terminado a 30
(le junho de 1958. desenrolou-se em um clima de harmonia e de ~n tendimento. embora aquêle período rôsse perturbado por grave crise do franco francês. Ora, foi precisamente êste acontecimento que
con-tribuiu para o IlrCstígio inlf'rnacional da UEP. que participou de ma-neira ativa e eficit!nte no saneamento da moeda francesa.
Pode-se, portanto, dizer :lOje
que a UEP, apesar do seu caráter
provisório - o acôrdo em que se
baseia só pode ser renovado por
um ano - se tornou uma verda*
deira instituição e mesmo uma
pi-lastra das finanças internacionais.
AS TRÊS TAREFAS ORIGINAIS
DA UEP
Entretanto, êste refórço de sua
posição externa foi conquistado
pela renunCia a diversos objetivos
que se propusera no inicio de suas
atividades. Quando de sua criação,
foram-lhe atribuídas três tarefas
principais, que devia cumprir
si-multâp..eamente: 1.0) _ funcionar
como caixa de compensação para
os países europeus, inclusive a I
n-glaterra a maior parte do
Im-péri<.:· e do Commonwealth
britâ-nicos; 2.0) - assitir aos países
membros em caso de dificuldades
temporárias, com créditos em
con-diçoes particularmente favoráveis; 3.0) - estimular as trocas
comer-ciais entre seus membros, isto é.
o comércio inter-€uropeu.
Destas diversas tarefas a UEP
continua a desempenhar
princi-palmente a primeira: servir como "clearing house" para seus 16
membros europeus e os numerosos
paises associados do bloco do
es-terlino e da zona do franco
fran-cês. Utilizando para seus negócios
de compensação uma moeda de
conta igual ao dólar
norte-ameri-cano, a UEP contribuiu vigol'osa*
mente para o refôrço das moedas
européias e venceu as freqüentes
crises causadas pela falta de
dó-lares. O valor dos seus negócios
em dólares de conta, que
com-preendem não somente o
comér-cio de mercadorias entre os
respec-tivos membros, mas também os
serviços e numerosas outras
tran-sações em divisas, é naturalmente
muito grande. Suas cifras de
ne-gócios parecem mais importantes
ainda porque o sistema de
conta-bilidade da UEP é em parte
SUPERA"lTS E DEFICITS DOS PAísES
W!BROS DA t7'>IÃo ElROPÉIA DE l'ACAME.'iTOS
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os paísEs admitidos posteriOl'111ente,
como a Alemanha, após a sua
en-trada na organização.
O QUADRO I mostra os
supe-ravit3 (---) ou os deficits (- ) dos
países membros em suas contas
na UEP para os três últimos
exer-cícios, assim como o saldo cumu-lativo exlStente em 30 de junho de
1958.
A evolução dos ultimas anos,
assim como a posição cumulativa
em fins do primeiro semestre de
1958, indicam que os países com
superavit são muito menos
nume-rosos do que oS possuidores de contas acusando deficit. Em 30 de
junho último, havia somente 4 pai-ses na primeira categoria, contra
10 na segunda; ou mais
exatamen-te, 11 deficitários, pois as
con-tas da Suiça acusam também de-ficit, mas esta era capaz de parar
imediatamente todo
o
seu deficitem ouro, de modo que a posição
cumulativa da Suíça era zero .
Nos primeiros anos da UEP. a Bélgica foi o pais que acusou
cons-tantemente o maior superavit. Sua
posição continua favorável, mas
seu saldo cumulativo foi
ampla-mente ultrapassado pelo da Ale-manha, o qual constitui, com ....
4 124 milhões de dólares de
con-ta, 72 70 de tôdas as contas exc e-dentes.
Por outro lado. há vários anos existem duas contas deficitárias muito elevadas: as da Franç.l ;:
da Grã-Bretanha. Durante algum
tempo foi esta última a maior de-vedora da UEP, mas a evolução
favorável de suas finanças exter-nas lhe permitiu reduzir conside-ràvelmente seu deficit
comulatl-vo que, a 30 de junho último, não
alcançava ainda a metade do da França (1 128 milhões e 2 583
mi-lhões de dólares de conta, respec-tivamente) .
SALDOS CUMULATIVOS E
SALDOS REA IS
Saldos positivos ou negativos desta amplitude constituiriam. sem dúvida para a UEP pesado encargo. Na realidade, os saldos são muito mais limitados do que o indica aposição cumulativa. Isto
DEZEMBRO 1958 81
porque a organização reduziu pou~
co a pouco os créditos que concede
aos seus membros e, por
conse-guinte, os superavits também
di-minuíram. Enquanto no princípio
de suas atividades cada membro
tinha o direito de obter créditos
até 751'1 de sua quota, agora 75%
de todos os deficits mensais devem
ser pagos imediatamente em
ou-ro ou dólares efetivos. A função da
UEP como instituto de crédito
tor-nou-se, portanto, muito mais
res-trita. Ela é ainda importante nos
casos de dificuldades
extraordiná-nas de um ou de outro de seus
membros, como ocorreu com a
França durante o último
exerci-c:o. Aquela instituição lhe con
ce-deu em janeiro último uma
as-sistência financeira no total de
250 milhões de dólares, dos quais
150 milhões sob a forma de
cré-ditos especiais e 100 milhões pelo
aumento da quota francesa. Mas
os países europeus não podem
mais fazer compras importante$
em outros associados da UEP, sem
se preocu par com o pagamen to.
As compras a crédito se tornaram
muito mais raras porque todos os
países membros são obrigados a
cobrir 3 4 do deficit eventual em
moeda "forte". Se não dispõem de
Excedentes em dólares provenientes
de seus negócios com outras
par-tes do mundo, sua situação em
re-lação à UEP se tornará
ràpidamen-te penosa.
Esta política de crédito mais
severa e mais sábia repercutiu
favoràvelmente s ô b r e próprias
finanças da organização cujos
ha-veres se elevavam em fim de
junho de 1958 a 430 milhões de
dólares. Dêste total, cêrca de 300
milhões são investidos em dóla
-res efetivos ou em bônus do
Te-sourQ Americano, e o restante em
ouro.
DIFICULDADES DA L1BERALlZAÇAO
A atividade menos ampla da
UEP, como instituto de crédito teve
também repercussões sôbre a
ter-ceira função que lhe foi
atribuí-da desde a sua criação: a
inten-sificação do comércio
inter-euro-peu. Formalmente, essa tarefa
cabe em primeiro lugar à OECE
(Organização Européia de
Coope-ração Econômica), 'autoridade a
que está subordinada a UEP. Mas
a OECE manifesta suas intenções
sobretudo através de diretivas que
às vêzes tomam a forma de
verda-deiras ordens e proibições; sua
au-toridade real é, todavia, muito
li-mitada, Seus apelos reiterados à
dita liberalização das importações
dos respectivos membros
permane-ceram freqüentemente no terr.:no
platônico. Nem a Inglaterra nem
a França seguiram exatamente as
ordens neste sentido, no que se reM
fere à situação precária de suas
moedas, e, antes de tudo, ao
de-ficit elevado de suas contas na
UE?
.i!:ste último argumento foi
sem-pre o mais convincente, porque a
liberalização completa das
maio-res e aumentaria o deficit. E como a UEP não concede mais créditos senão em limites bem estreitos, a liberalização total ampliaria
seria-mente as dificuldades monetárias
nos países devedores da
organi-zação.
Ora, a liberalização esbarrou
com dificuldades, mesmo nos paí
-ses que dispõem atualmente de
grandes saldos positivos naquela
instituição, em particular a
Ale-manha. A importação de produtos
agrícolas provenientes de outros
membros da UEP é sempre sujeita
na Alemanha a fortes restrições e
as reclamações feitas a respeito no
quadro da OECE tiveram tão
pou-co êxito quanto as discussões
re-centemente realizadas sôbre o
par-ticular na reunião do GATT, em
Genebra.
o
ligeiro agravamento dacon-juntura para o comércio
exporta-dor da Alemanha encontrou
gran-de eco na indtistria dêsse país, que
reclama também medidas prote-cionistas em seu favor. Numa
re-união da indústria têxtil alemã, da qual participaram os delegados
de 54 associações especiais, os
re-presentantes germânicos se
levan-taram com rara violência "contra
uma política de importação que
trans-formou o mercado alemão em
campo de batalha para a
concor-rência estrangeira, a qual produz,
seja em condições competitivas in~
teiramente diversas, seja
oferecell-do suas mercadorias a preços
ar-tificiais ou manipulados".
Consi-derando que a indtistria têxtil da
Alemanha ocidental ocupa 650 mll
operarias e acusa a cifra de
ne-gócios de 15 bilhões de marcos por
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DEZEMBRO 1958 83
ano, tal manifestação despertou bastante interêsse. Teme-se que a indústria têxtil alemã seja
subme--
--
-
.
tida a restrições semelhantes as
jâ aplicadas para a importação de
carvão.
As preocupações dêste tipo
es-timulam O interêsse de todos os
países da OECE e da UEP pela râ-pida instituição da zona de livre
troca, que daria pràticamente a
todos êles as mesmas garan tias de que dispõem os 6 componentes do
Mercado Comum (França,
Alema-nha, Itália, Holanda, Bélgica e Lu-xemburgo) .
o
I. B. C. NA EXPOSIÇAO UNIVERSAL
E INTERNACIONAL DE BRUXELAS
o "ualld" que 11 Instituto IIrasll"lru du Café fiz Instalar na F.x[loslç!l.o Unlv"rsal e
Intunaclonal reatluda, fite auo. em Hruxelas. foi dos mais concorridos, havendu I'or fie r.assado autoridades. nguras da so<:\edade mundial, homens de neGOclos e artistas Int erna-cIonals. que fada,,, questão de apreciar o ufblnho ali preparado e servido 11. moda
bras.l-I .. lra. Chu de 2 . .500 .~icaras d" café eram consumidas, dlàrb.mente. pelos visitante, do
··Sland··.
o InstlWto Brasileiro do Café. por sua Int"'Gração na ret ... rlda Exposl(10, recebeu, do
JClrl Internacional de BruoUlas. o "Grand PrlI Inlernadonal". proclamado. ollclalmente. a
U d" Outubro "Itlmo. E' essa a n,.lo. dlsllnçl0 eonferlda Indl.·jdualmenle, a firmas ou pusoas.
o Cumlssarlado permanente de E.lP05Iç1" e Feiras no Exterior Informou ao pruldeute
da autar1lula cafeelra que ao PlYllhil.o do Brasil tm Bruxelas. pela harmonia de seu conjunto
e pelo de~en\·oh·ln'enlo do tema "O Brasil COIIstr61 uma ddl1:r.aç!l.o oddelual nos tr6plcos'·,
101 atrlbnida a I!l.urea nú.lCln'a da I::lCposl(llo ou seja a '·Estréla de Ouro'·, alfm de "'ais 6
··Grand, Prh;··, " "OlplomlO$ d'Uollneur", 8 medalhils de ouro, 11 de prata ... 12 de bron"""
cIIUSiflundo-se. assim, en, 9.° lugar. entrf 56 nações. Obth'eram melhores colocações apena, a 1"" I,.!t.ra, K(,ula . • :stados Unidos, Checoslov.1qula, Holanda, Alenunha, Jap.\o e Austrla.
ALIANÇA DA BAHIA CAPITALIZAÇÃO S
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A
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S~DE SOCIAL
Rua Guindaste dos
Padres, 3 Caixa Postal. 0\96 Salvador _ Bahia CAPITAL REALIZADO: Cr$ 10.000.000,00 Enderêc;o Telegráfico: "ALBACAP " AG:Q:NCIA GERAL Al·. Preso Varras. 642 (Ediflclo próprio) Te!. 52-2108 Rio de Janeiro