Unidade II
LOGÍSTICA PARA
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Termos comerciais internacionais:
Incoterms 2000
São regras que limitam os direitos
e as obrigações de compradores e vendedores no que se refere à entrega e ao recebimento dos produtos.
Chegam a estabelecer a contratação de
seguro e identificam de quem é a obrigação alfandegária.
Definem onde o exportador deve entregar
a mercadoria, quem paga pelo frete e quem é o responsável pela contratação do seguro.
Resumidamente, os Incoterms apontam
os custos, os riscos e quem é responsável pelo que e até que ponto.
EXW – EX-works (Posto Fábrica)
O vendedor produz a mercadoria e a
disponibiliza ao comprador em sua fábrica. Nessa transação, o comprador terá maior responsabilidade, pois terá de fazer todos os arranjos necessários à importação
FCA – Free Carrier
(Posto livre a bordo)
O vendedor tem a responsabilidade de
disponibilizar o produto no espaço aéreo do navio ou no porto de embarque pré-acordado com o comprador e, além disso, tem de arcar com os custos
alfandegários e impostos até esse ponto alfandegários e impostos até esse ponto.
FAS – Free Alongside Ship
(Livre ao lado do Navio)
No FAS, a responsabilidade dedisponibilizar o produto ao lado do navio no porto de embarque pré-acordado com o comprador é do vendedor. É também o vendedor que pagará impostos e custos alfandegários para a exportação
FOB – Free on Board
(posto livre a bordo)
O vendedor tem a responsabilidade de
disponibilizar o produto no espaço aéreo do navio ou no porto de embarque pré-acordado com o comprador e, além disso, tem de arcar com os custos
alfandegários e impostos até esse ponto alfandegários e impostos até esse ponto.
CFR- Cost and Freight
(custo e frete)
No CFR, o vendedor é responsável
por entregar a mercadoria no navio e, também, pelo frete do produto até o porto de destino. Essa modalidade é muito parecida com a FOB, mas o que a diferencia é justamente a responsabilidade diferencia é justamente a responsabilidade do vendedor pelo frete que paga o frete mas não assume o risco da viagem.
CIF- Cost, Insurance and freight
(custo, seguro e frete)
O vendedor é encarregado da entrega do
produto no navio e do seguro e frete da mercadoria até o porto de destino. A CIF é muito parecida com a CFR, entretanto, o diferencial é a presença do seguro para a cobertura mínima ou seja 110% do
a cobertura mínima, ou seja, 110% do valor do contrato, o risco é transferido ao importador, que é, portanto, o
CPT- Carriage Paid to
(transporte pago até)
O vendedor arca com o transporte até o
destino previamente acordado com o importador, porém o risco é até a entrega no transportador.
O vendedor fica encarregado de pagar
custos alfandegários e impostos para a exportação enquanto o comprador se
torna responsável pelo desembaraço e por eventuais taxas e impostos na importação.
CIP- Carriage and Insurance Paid to
(transporte e seguro pagos até)
O exportador é incumbido de entregar o
produto no transportador contratado e pagar pelo transporte e seguro até o destino previamente acordado, dessa forma, ele é responsável pelo produto até sua entrega no transportador a
sua entrega no transportador, a contratação do seguro é feita com
cobertura mínima e qualquer ajuste deve ser negociado previamente entre o
DAF- Delivered at Frontier
(entrega na fronteira)
No DAF – Delivered at frontier, o
vendedor disponibiliza o produto na fronteira e no veículo do transportador. Em seguida, é o comprador que assume os riscos da transação. Geralmente, essa norma é usada no transporte rodoviário e norma é usada no transporte rodoviário e demanda a definição prévia entre as
DES- Delivery Ex ship
(entregue no navio)
A responsabilidade do vendedor e os
custos correspondem ao deslocamento da mercadoria até o porto de destino, portanto, a contratação do frete é incumbência do exportador.
Contudo, o desembarque do produto no
DEQ- Delivery Ex Quay
O exportador precisa disponibilizar o
produto no cais do porto de destino e, por mais que a modalidade DEQ seja parecida com a DES, aqui o exportador tem também a responsabilidade de desembarcar o
produto o vendedor quita os impostos e produto, o vendedor quita os impostos e custos alfandegários para a exportação e o comprador se responsabiliza pelo
desembaraço e por taxas e impostos ocasionais na importação.
DDU- Delivery Duty Unpaid
(entregue com direitos não pagos)
O vendedor contrata o transporte e oseguro, efetua o desembarque e leva o produto até o local previamente
negociado com o comprador. O vendedor arca com todos os custos e riscos,
excetuando se os custos alfandegários excetuando-se os custos alfandegários no país de destino, lida com o
desembaraço e quita as taxas e os impostos na importação.
DDP- Delivery Duty Paid
(entregue com direitos pagos)
O vendedor assume um maior risco, pois
se torna responsável por disponibilizar o produto no local previamente negociado com o comprador por meio do veículo escolhido para transporte da mercadoria. Além disso ele paga impostos e custos Além disso, ele paga impostos e custos alfandegários ocasionais para a
exportação, lida com o desembaraço e quita taxas e impostos na importação.
Interatividade
Qual é o Incoterm a ser usado quando o importador coleta a mercadoria no chão da fabrica do exportador? a) FOB. b) FCA. b) FCA. c) DDP. d) EX-works. e) CPT.
Direito de navegação
O direito marítimo inclui: “a questão do
direito dos mares e a questão da
movimentação de embarcações, tanto em águas territoriais nacionais, alto mar ou áreas marítimas estrangeiras.”
(SILVA 2009) (SILVA, 2009)
Atualmente, de 80% a 90% da
movimentação do comércio internacional é feita por via marítima.
Consequentemente, as embarcações que transitam no mar levam consigo a
transitam no mar levam consigo a soberania de seus países e, logo, as
regras dos acordos internacionais devem ser respeitadas e cumpridas.
Direito de navegação
No Brasil, por exemplo, temos:
O mar territorial brasileiro compreende a
faixa de 12 milhas marítimas de largura.
A zona contígua, que se estende de 12 a
24 milhas marítimas e onde é permitido ao p Brasil fiscalizar a fim de evitar infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, imigratórios ou sanitários.
A zona econômica exclusiva, onde o Brasil
tem soberania para explorar recursos e poder disciplinador que se estende de 12 a 200 milhas marítimas.
Direito de navegação
No Brasil, temos o Tribunal Marítimo,
instalado no Rio de Janeiro. Esse tribunal possui jurisdição sobre todos os eventos ocorridos em águas sob a supervisão da marinha nacional.
Leis nº 9.432/97 e nº 9.537/97, que,
respectivamente, ordenam o tráfego aquaviário e estabelecem a norma de segurança para esse tipo de transporte.
Vantagens dos transportes
marítimos
Existem inúmeras vantagens no
transporte marítimo e, dentre elas, podemos destacar a capacidade, a competitividade e a flexibilidade.
Capacidade: se comparado com outras
modalidades de transporte como o avião, por exemplo, o navio possui maior
capacidade para transporte de mercadorias grandes.
Competitividade: pela sua grande
capacidade de transporte, os fretes passam a ser mais baratos e
Vantagens dos transportes
marítimos
Flexibilidade: com a expansão e
modernização dos portos, é possível transportar produtos para praticamente qualquer lugar do globo, além do fato de que não há mais uma vulnerabilidade tão acentuada às condições climáticas
Desvantagens dos transportes
marítimos
Acesso: devido à localização da maioria
dos portos, que ficam fora das cidades, é necessário que o produto seja
manuseado várias vezes para chegar ao seu destino, o que aumenta o risco de danos e o tempo de transporte
danos e o tempo de transporte.
Custo de embalagem: para que seja
possível efetuar todo o manuseio
necessário das mercadorias no porto, é preciso que embalagens adequadas sejam utilizadas
Desvantagens dos transportes
marítimos
Velocidade: o transporte marítimo é lento
se comparado a outros meios de transporte.
Frequência: apesar de seus serviços
serem regulares, a frequência de saída de navios do porto é bem menor se
comparada à frequência de saída do frete aéreo.
Congestionamento nos portos: devido à
quantidade de produtos que é
transportada pela via marítima, há alta movimentação nos portos e demora na atracação e desatracação, o que gera congestionamentos e atrasos.
Embarcações mercantes
São as embarcações/ navios usado no
transporte de cargas.
Há vários tipos de navios e alguns deles
têm características e finalidades bem específicas.
RO- RO – Roll-on Roll- off
Usado no transporte de automóveis,
Navio de carga geral
Transportam uma variedade de produto. No convés, tem capacidade para alocar
Navio de carga líquida
Projetado para transportar diversos
Porta container
As escotilhas de carga (aberturas no
convés e no porão dos navios) abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os
Navio petroleiro
Navio cargueiro de gás
Construído para transportar gás. Devido à característica de cargas
perigosas, a tripulação deve ser treinada e normas de segurança rigorosamente seguidas.
Navio graneleiro
Transporte de cargas agrícolas ou outros
Navios refrigerados
Os navios refrigerados são destinados ao
transporte de cargas que precisam de controle de temperatura.
Esses navios possuem câmaras
refrigeradas independentes e isso
permite o monitoramento individual da temperatura de todas elas.
Interatividade
Existem várias vantagens no transporte marítimo, assinale a alternativa incorreta. a) Capacidade. b) Competitividade. c) Flexibilidade c) Flexibilidade. d) Rapidez. e) Fretes competitivos.
Operação comercial dos navios
A empresa comercialmente responsável por transportar a carga, também conhecida
como armador, opera em formatos preestabelecidos, assim, temos:
Formato navio tramp
Esse formato é constituído por navios
que transportam um único tipo de produto, como é o caso dos navios graneleiros, que são suscetíveis à sazonalidade.
Como no decorrer do ano as épocas de
safra acontecem em lugares diferentes, o armador verifica em qual porto há
demanda para o navio que ele tem
disponível. Por esse motivo, o armador precisa estar sempre a par da
precisa estar sempre a par da sazonalidade.
Formato Navio Liner
No formato navio liner, o armador se
associa a uma conferência de frete, ou seja, a uma associação de armadores com uma carteira de clientes e uma rota pré-definida.
Essa conferência também é conhecida
como companhia de navegação.
As embarcações usadas nesse formato
são aquelas construídas para o transporte de carga geral.
Formato navio outsider
Nesse formato, o navio segue por uma
rota preestabelecida apenas por meio dos portos de destinos da carga que transporta, ou seja, não há a obrigação de passagem por todos os portos.
Dessa forma o armador explora Dessa forma, o armador explora comercialmente a rota que lhe é conveniente.
Unitização de carga
As cargas podem ser divididas em duas
categorias: a granel e geral; e podem ser transportadas de três maneiras: a granel, individualmente ou unitizadas
(agrupadas).
A granel: o transporte de cargas como
produtos agrícolas, petróleo, gases etc. é feito pela embarcação direta em navios graneleiros.
Individualmente: essa forma de
transporte engloba cargas em geral, tais como carros, caixas, tambores, máquinas etc.;
Unitização de carga
Unitizadas: com o objetivo de facilitar o manuseio, movimentação, armazenagem e transporte da mercadoria, os volumes são consolidados em pallets e/ou contêineres. As vantagens da unitização são:
redução das avarias e roubos de
mercadorias;
redução no tempo de operação de
embarque e desembarque;
padronização internacional e redução do p ç ç número de volumes a manipular;
redução dos custos de embarque e
desembarque;
O custo e o preço
O custo de frete é calculado com base no
peso da mercadoria.
Para as mercadorias soltas a granel, o
peso líquido é igual ao peso bruto, pois não há embalagem.
Para as mercadorias embaladas, o peso
líquido é diferente do peso bruto porque as caixas de papelão, latas, engradados etc. representam uma parte do peso bruto.
No caso de carga unitizada em pallet ou
skid, por sua vez, essa embalagem fará parte do peso bruto.
O custo e o preço
Portanto temos:
preso bruto = peso do produto +
embalagem;
peso líquido = peso do produto –
embalagem; embalagem;
peso bruto do contêiner = peso do
contêiner (tara) + peso do produto + pallet.
Interatividade
As cargas são unitizadas com o objetivo de facilitar o manuseio, entre as vantagens da unitização podemos citar:
a) Redução das avarias e roubos de mercadorias.
b) Redução dos custos e tempos de embarques e desembarques.
c) Redução dos custos de embalagem. d) Redução dos números de volumes.
) T d l i i
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Pallet
Pallet é uma base usada para acomodar a
carga e serve de apoio aos produtos que serão unitizados. As mercadorias
exportadas são unitizadas
(“palletizadas”) com objetivo de
minimizar o custo de transporte e facilitar minimizar o custo de transporte e facilitar a movimentação.
Os pallets podem ser feitos de diversos
materiais, tais como papelão, madeira, metal, plástico etc., e existe uma grande variedade de modelos
Pallet
Base de apoio para os produtos
Certificado de fumigação
Os pallets utilizados na exportação são
similares aos usados no mercado local, no entanto, por medidas fitossanitárias, os governos exigem que os pallets de madeira passem por um tratamento químico
químico.
Esse tratamento tem a finalidade de
eliminar seres vivos que possam estar presentes na madeira usada na
construção do pallet, o que previne a proliferação de pragas e doenças no país proliferação de pragas e doenças no país de destino.
Tratamento do Pallets
HT (ar quente forçado): nesse
procedimento, os pallets são submetidos a altas temperaturas por tempo suficiente à eliminação de quaisquer pragas
endêmicas existentes na madeira.
MB (fumigação com brometo de metila):
esse procedimento é o mais utilizado no momento, contudo, os produtos nele usados afetam a camada de ozônio.
Assim, por ser uma técnica maléfica à
natureza, os países têm até 2015 para se ajustar a outros tratamentos químicos.
Tratamento do Pallets
O uso de pallets de plásticos no
comércio exterior elimina a necessidade de tratamento na madeira, entretanto, seu custo e a padronização dos tamanhos são pontos que devem ser avaliados.
Logística reversa de forma a possibilitar
Fixação da carga
Feitas por meio de cintas, redes, lonas ou
Vantagens da fixação da carga
Protege.
Evita furtos e perdas. Facilita o manuseio.
Container
Usados nos embarques marítimos. Intercambiáveis.
Boa capacidade volumétrica. Vários tamanhos e finalidades.
Ova e desova
Os termos ova ou estufagem são usados
para se referir à colocação da carga no contêiner. O termo em inglês para esse processo é stuffing.
Para o processo de retirada da
mercadoria de dentro do contêiner, usamos o termo desova ou, em inglês, unstuffing ou stripping.
Ova e desova
Keedi (2007) afirma que, no processo de
estufagem, devemos considerar as
características da mercadoria e seu peso.
No caso de estufar-se várias mercadorias
diferentes, é preciso verificar se
realmente elas podem ser consolidadas no mesmo contêiner, já que não é
possível consolidar produtos químicos tóxicos com alimentos, por exemplo.
Ova e desova
A questão do espaço requer um pouco
mais de atenção, visto que muitas mercadorias são volumosas.
Assim, o conjunto peso e espaço devem
ser cuidadosamente analisados.
É fundamental ocupar cada espaço
disponível no contêiner, pois, se deixarmos espaços vagos entre as mercadorias, com a movimentação do contêiner elas podem ser avariadas.
Ova e desova
Outro fator a ser checado na estufagem é
o equilíbrio, ou seja, quando estamos consolidando diferentes tipos de carga, as pesadas devem ir embaixo e as leves devem ir em cima.
É
É de responsabilidade do comerciante
cuidar e devolver o contêiner a seu dono em boas condições.
Interatividade
Os termos usados para a estufagem da carga no container e a retirada da carga no container respectivamente são:
a) Ova e Desova. b) Descarregamento e carregamento. b) Descarregamento e carregamento. c) Encher e esvaziar. d) Abastecer e desabastecer. e) NDA.