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Doenças Respiratórias. Desafios e Estratégias

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Academic year: 2021

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Doenças Respiratórias

Desafios e Estratégias

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Doenças Respiratórias

Desafios e Estratégias | 2018

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FICHA TÉCNICA

Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde. Doenças Respiratórias | Desafios e Estratégias 2018. Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2018

PALAVRAS CHAVE

Asma, DPOC, Doenças Respiratórias, Espirometria, Piloto EDITOR

Direção-Geral da Saúde

Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa Tel.: 218 430 500

Fax: 218 430 530

E-mail: geral@dgs.min-saude.pt www.dgs.pt

AUTOR

Programa Nacional para as Doenças Respiratórias

(4)
(5)

ÍNDICE

Índice

Resumo em Linguagem Clara | Summary in Plain Language... 1

Sumário Executivo ... 2

Capítulo I... 4

Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal ... 4

1. Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal ... 5

1.1. Vigilância Epidemiológica ... 5

Capítulo II... 9

Programa Nacional para as Doenças Respiratórias ... 9

1. Objetivos do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias ... 10

2. Metas a 2020 ... 10

3. Principais Estratégias e Atividades 2017/2018 ... 11

3.1. Vigilância Epidemiológica ... 11

3.2. Prevenção e Diagnóstico ... 11

3.3. Tratamento... 12

3.4. Apoio à Sociedade Civil ... 12

3.5. Cooperação e Relações Internacionais ... 12

4. Projetos Piloto para Implementação de uma Rede de Espirometria... 13

5. Desígnios 2017/2018... 14

Capítulo III... 15

Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários ... 15

1. Diagnósticos de Asma nos Cuidados de Saúde Primários ... 16

2. Diagnósticos de DPOC nos Cuidados de Saúde Primários ... 17

3. Capacidade Instalada Nacional para a Realização de Espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários ... 20

Capítulo IV ... 22

Conclusões ... 22

1. Conclusões ... 23

(6)
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RESUMO EM LINGUAGEM CLARA | SUMMARY IN PLAIN LANGUAGE

Resumo em

Linguagem Clara

O que é este documento?

Este documento faz um ponto de situação sobre os principais desafios futuros para as duas principais doenças respiratórias crónicas, em 2018.

O que consta do documento?

Um sumário das atividades feitas em 2017, para a Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) o que vai ser feito em 2018.

Quais são as principais conclusões?

>

A capacidade para se diagnosticar Asma e DPOC aos utentes dos Centros de Saúde tem aumentado muito, desde 2013;

>

Mas ainda existem utentes que frequentam os Centros de Saúde que sofrem de Asma e DPOC e a quem não foi feito o diagnóstico;

>

É necessário aumentar a realização de espirometrias nos Centros de Saúde para se diagnosticarem todos os casos de DPOC;

>

Nas regiões do Alentejo e Algarve, os projetos piloto das espirometrias, com o objetivo de aumentar a capacidade para diagnosticar a DPOC, foram bem-sucedidos.

O que se quer atingir em 2020?

>

Duplicar a capacidade para o diagnóstico de Asma nos utentes dos centros de saúde, durante o período de 2014/2020;

>

Duplicar a capacidade para o diagnóstico de DPOC, nos utentes dos centros de saúde, recorrendo a uma espirometria, durante o período de 2014/2020;

>

Reduzir em 10% o número de pessoas internadas por Asma e DPOC devido a causas que podem ser prevenidas ou tratadas nos Centros de Saúde, durante o período de 2014/2020.

Summary in Plain

Language

What is this document?

This document takes stock of the major future challenges for the two major chronic respiratory diseases in 2018.

What can I find in this document?

A summary of activities done in 2017 for Asthma and Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) and what will be done in 2018.

What are the main conclusions?

>

The ability to diagnose Asthma and COPD to Health Centers users has increased greatly, since 2013;

>

But there are still users who attend the Health Centers suffering from Asthma and COPD and to whom the diagnosis has not been made ;

>

It is necessary to increase the performance of spirometry in Health Centers to diagnose all cases of COPD;

>

In the Alentejo and Algarve regions, the spirometry pilot projects, aimed at increasing the capacity to diagnose COPD, were successful.

What do we aim for 2020?

>

Doubling the ability of family physicians to diagnose Asthma in their health care facility users during the 2014-2020 period;

>

Doubling the ability for family physicians to make a diagnosis of COPD through spirometry to their health center users, during the period 2014-2020;

>

Reduce by 10% the number of people hospitalized for Asthma and COPD due to causes that can be prevented or treated at the Health Centers, during the period 2014-2020.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 2

Sumário Executivo

Em Portugal, a esperança de vida à nascença aumentou mais de quatro anos entre 2000 e 2015. Este aumento da longevidade dos portugueses tem um impacto importante na morbilidade e na mortalidade por doenças respiratórias crónicas, dado que se sabe que afeta particularmente faixas etárias muito elevadas.

A análise da evolução da mortalidade respiratória, nos últimos 10 anos, demonstra que esta mortalidade ocorre sobretudo acima dos 70 anos, não traduzindo, portanto, mortalidade prematura. O aumento observado no número absoluto de óbitos decorre da inversão da pirâmide etária e não corresponde a um aumento da taxa de mortalidade padronizada por doença respiratória sendo, portanto, decorrente de um número crescente de pessoas nas faixas etárias avançadas.

As duas principais doenças respiratórias crónicas são a Asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). De acordo com o último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal integra o grupo dos países com menor mortalidade por Asma e por DPOC. A mortalidade por Asma ocorre sobretudo nas faixas etárias acima dos 70 anos com valores de mortalidade padronizada de 6,2/100.000 habitantes. A taxa de mortalidade padronizada por Asma abaixo de 70 anos mantém-se baixa, com valores de 0,2/100.000 habitantes, em 2016.

A mortalidade por DPOC é uma mortalidade do adulto e também ocorre sobretudo nas faixas etárias acima dos 70 anos. Apesar disso, nos últimos 10 anos assistiu-se a uma redução sustentada da mortalidade padronizada acima dos 70 anos, com um decréscimo de 13,2%.

De entre os países da OCDE, Portugal destaca-se também, por ser o segundo país a seguir à Itália, com menos internamentos por Asma e por DPOC. A evolução dos internamentos por Asma e DPOC demonstra para ambas as patologias, um decréscimo sustentado, no intervalo temporal entre 2013 e 2017, correspondendo esse decréscimo respetivamente a 29% para a Asma e 22% para a DPOC. Relativamente a estes valores, deve haver uma atitude de reserva, dado que em 2017 transitamos para um novo sistema de codificação das doenças, a 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID 10), que poderá eventualmente ter amplificado este decréscimo.

Sendo conhecido que os internamentos por Asma e DPOC são sensíveis a medidas ambulatórias, podendo mesmo ser evitáveis, o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias (PNDR) considera da maior utilidade promover a implementação de medidas nos Cuidados de Saúde Primários com o objetivo de aumentar a capacidade diagnóstica para a Asma e para a DPOC, de aumentar a acessibilidade à espirometria, através da internalização deste meio complementar nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e em concomitância, melhorar a prestação de cuidados e promover as boas práticas. Foram operacionalizados durante o ano de 2017, dois Projetos Piloto, respetivamente nas Regiões de Saúde do Alentejo e do Algarve que consistiram na implementação da realização das espirometrias nos ACES. Como meio de aferir as estratégias implementadas pelo PNDR, durante o ano de 2017, foram definidos para esse ano, dois desígnios, sendo um de âmbito nacional e outro de caráter regional. O desígnio nacional de aumentar em 10% os diagnósticos de Asma e DPOC, desde 2014 foi plenamente atingido, por se ter registado um aumento de 34 % nos diagnósticos de Asma e de 29 %, nos de DPOC. Para o desígnio regional de aumentar em 25% os diagnósticos de DPOC, confirmados por espirometria, no âmbito dos Projetos Piloto das ARS do Alentejo e Algarve, apenas a região do Algarve o cumpriu e ultrapassou largamente, registando um aumento de 121% relativamente ao ano anterior, sendo que a região do Alentejo apresentou um aumento de 19%, nos referidos diagnósticos.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 3

Apesar dos progressos serem evidentes em todas as regiões de saúde, o facto de, ao nível nacional, a percentagem de diagnósticos de DPOC baseados na espirometria ser de apenas 37,3% é demonstrativo da necessidade de se manterem as atuais estratégias no futuro, já que, de uma forma ideal, 100% dos diagnósticos de DPOC devem basear-se nos resultados de uma espirometria, em conformidade com a respetiva Norma de Orientação Clínica.

Para além da continuidade das medidas em curso o PNDR considera fundamental investir no aumento da literacia na área da Asma e DPOC.

(10)

Capitulo I – Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 4 Doenças Respiratórias

Desafios e Estratégias | 2018 Direção-Geral da Saúde

Capítulo I

Evolução das Doenças Respiratórias

Crónicas em Portugal

Este capítulo descreve a evolução epidemiológica das doenças respiratórias, tendo em conta os desígnios definidos pelo programa no biénio 2017-2018.

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Capitulo I – Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 5

1. Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas

em Portugal

O Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, foi criado pelo Ministério da Saúde em 2012, como Programa de Saúde Prioritário sob a tutela da Direção Geral de Saúde, para o espaço temporal de 2012-2016 e posteriormente estendido até 2020 (Despacho n.º 404/2012 do DR n.º 10, 2.ª série de 13 de janeiro de 2012, Despacho n.º 6401/2016 DR n.º 94 2.ª série de 16 maio de 2016).

A missão do Programa é melhorar a saúde dos doentes respiratórios crónicos, aumentando a sua longevidade e a sua qualidade de vida, em alinhamento com o Plano Nacional de Saúde e as estratégias da Organização Mundial de Saúde (OMS), sob a visão da Global Alliance Against Chronic Respiratory Diseases (GARD).

1.1. Vigilância Epidemiológica

Em Portugal, a esperança de vida à nascença aumentou mais de quatro anos entre 2000 e 2015, para 81,3 anos, sendo cerca de 8 meses, superior à média da União Europeia (EU) (1). Portugal e a Irlanda foram os países da UE que apresentaram mais ganhos na esperança de vida aos 65 anos (mais de 4,5 anos) (2). O aumento da esperança de vida tem um impacto importante na morbilidade e na mortalidade das doenças respiratórias crónicas, no sentido de ser expectável a sua maior expressão nas faixas etárias muito elevadas. Esta realidade constitui um desafio para o Serviço Nacional de Saúde, que deverá ser capaz de fazer face a estas alterações demográficas e epidemiológicas, mediante uma redução da mortalidade respiratória prematura (abaixo dos 70 anos de idade) com um aumento dos anos de vida saudáveis ou livres de incapacidade, em todas as faixas etárias.

A análise da evolução da mortalidade respiratória (excluindo o cancro do pulmão e a tuberculose) nos últimos 10 anos, demonstra que ocorre sobretudo acima dos 70 anos, não traduzindo, portanto, mortalidade prematura (Tabela 1). Ao longo do tempo, tem-se vindo a observar um decréscimo da mortalidade padronizada em todas as faixas etárias, excetuando-se apenas o sexo masculino, no último ano reportado (2016). Apesar de não haver diferenças importantes entre o número absoluto de óbitos entre os géneros, é de realçar que a mortalidade padronizada nas mulheres é menos de metade da do sexo masculino (Tabela 1).

As duas principais doenças respiratórias crónicas são a Asma e a DPOC que, no nosso país, apresentam prevalências estimadas respetivamente de 6,8% (3) e 14,2% (4), encontrando-se a evolução da sua mortalidade discriminada nas Tabelas 2 e 3. Conforme se pode constatar, na maior parte dos casos, as pessoas em idade ativa, não morrem por doença respiratória crónica, mas continuam a viver por vários anos, com um maior ou menor grau de morbilidade ou incapacidade.

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Capitulo I – Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 6 Tabela 1: Evolução de indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório, por sexo, Portugal | 2007 - 2016

Nota: Os dados com ano de referência 2016 são provisórios. TMP: Taxa de mortalidade padronizada. Taxas: por 100.000 habitantes. Doenças do aparelho respiratório = Códigos J00-J99 da CID 10. Método direto de padronização (grupos etários quinquenais)

Tabela 2: Evolução de indicadores de mortalidade por asma, por sexo, Portugal | 2007 - 2016

Notas: Os dados com ano de referência 2016 são provisórios. TMP: Taxa de mortalidade padronizada. Taxas: por 100.000 habitantes. Asma = Códigos J45-J46 da CID 10. Método direto de padronização (grupos etários quinquenais)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Número de óbitos 10948 11552 12169 11776 11914 13892 12612 12147 13445 13448 TMP todas as idades 58.9 60.1 61.8 57.1 55.7 61.7 55.3 52.4 55.7 55.4 TMP <70 anos 11.0 10.5 11.8 10.1 10.3 9.5 9.4 9.6 9.3 11.3 TMP ≥70 anos 694.2 719.0 725.9 680.4 658.9 755.4 665.5 620.3 671.8 641.5 Número de óbitos 5907 6125 6379 6188 6246 6987 6556 6293 6725 7016 TMP todas as idades 84.9 85.5 86.6 81.2 79.6 85.7 78.9 75.1 77.6 79.5 TMP <70 anos 16.8 15.6 17.5 15.5 15.9 14.7 14.0 14.8 14.4 17.6 TMP ≥70 anos 990.2 1014.4 1004.4 954.2 926.5 1029.4 941.3 876.3 916.8 902.5 Número de óbitos 5041 5427 5790 5588 5668 6905 6056 5854 6720 6432 TMP todas as idades 42.0 43.7 45.5 41.4 40.1 46.1 40.2 37.7 41.5 39.6 TMP <70 anos 6.0 6.1 6.8 5.4 5.4 4.9 5.3 5.0 4.9 5.8 TMP ≥70 anos 520.0 543.3 559.7 519.0 501.4 593.6 503.9 472.0 528.0 489.3 Ambos os sexos Sexo masculino Sexo feminino 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Número de óbitos 102 109 103 129 122 143 122 121 117 142 TMP todas as idades 0.6 0.6 0.5 0.7 0.6 0.7 0.6 0.6 0.5 0.6 TMP <70 anos 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.1 0.2 TMP ≥70 anos 5.7 6.1 5.4 6.6 5.9 6.9 5.7 5.5 5.5 6.2 Número de óbitos 44 59 44 45 47 52 47 39 39 51 TMP todas as idades 0.7 0.9 0.6 0.6 0.6 0.7 0.6 0.6 0.5 0.6 TMP <70 anos 0.3 0.3 0.2 0.2 0.3 0.3 0.2 0.3 0.2 0.2 TMP ≥70 anos 5.8 8.5 6.3 5.7 5.6 6.1 5.8 4.0 4.8 5.8 Número de óbitos 58 50 59 84 75 91 75 82 78 91 TMP todas as idades 0.6 0.4 0.5 0.7 0.7 0.7 0.6 0.6 0.5 0.6 TMP <70 anos 0.2 0.1 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.1 0.2 TMP ≥70 anos 5.7 4.7 5.0 7.1 6.3 7.4 5.7 6.4 5.8 6.4 Sexo masculino Sexo feminino Ambos os sexos

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Capitulo I – Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 7 Tabela 3: Evolução de indicadores de mortalidade por doenças crónicas das vias aéreas inferiores, por

sexo, Portugal | 2007 - 2016

Notas: Os dados com ano de referência 2016 são provisórios. TMP: Taxa de mortalidade padronizada. Taxas: por 100.000 habitantes. Doenças crónicas das vias aéreas inferiores = Códigos J40-J47 da CID 10. Método direto de padronização (grupos etários quinquenais)

Portugal integra, de acordo com o último relatório da OCDE, o grupo dos países com menor mortalidade por Asma e DPOC (1,2,5-8). A análise da mortalidade padronizada por Asma demonstra que esta ocorre sobretudo nas faixas etárias acima dos 70 anos, com valores em 2016, de 6,2/100.000 habitantes. A taxa de mortalidade padronizada por Asma abaixo de 70 anos mantém-se baixa e estável no tempo, com valores de 0,2/100.000 habitantes, em 2016.

No que se refere à taxa de mortalidade padronizada por DPOC verifica-se uma redução sustentada na mortalidade padronizada acima dos 70 anos, com um decréscimo de 13,2%, em 2016 (140,9/100.000 habitantes) relativamente a 2007. A mortalidade padronizada abaixo dos 70 anos é baixa, com um valor de 3,0/100.000 habitantes e permanece estável desde 2007. A taxa de mortalidade no sexo masculino é cerca de três vezes superior.

A Asma e a DPOC são consideradas condições sensíveis a cuidados ambulatórios, tal como a Insuficiência Cardíaca Congestiva e a Diabetes, dado que para estes doentes a acessibilidade e a efetividade dos cuidados de saúde primários (CSP) podem reduzir o risco de complicações e prevenir hospitalizações (9,10). Por este motivo os internamentos potencialmente evitáveis destas entidades são usualmente utilizados como indicadores de avaliação da acessibilidade e qualidade dos cuidados de saúde primários (11-13). Relativamente aos internamentos por Asma e DPOC, Portugal destaca-se por ser um dos países da OCDE, com menos internamentos sensíveis aos cuidados de ambulatório por Asma e por DPOC (Gráfico 1) e com tendência para a sua redução (Tabela 4). Estes dados constituem critérios de qualidade no que se refere à efetividade das medidas ao nível dos cuidados de saúde primários, demonstrando que estas doenças estão a ser geridas com eficácia a esse nível. A análise destes internamentos demonstra uma boa evolução no sentido do seu decréscimo, com uma redução de 29% e 22% respetivamente para a Asma e DPOC, no intervalo entre 2011 e 2017. Relativamente a estes valores evolutivos, deve, contudo, permanecer uma atitude de reserva, dado que em 2017, transitamos para um novo sistema de codificação das doenças, a 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID 10), que poderá eventualmente, ter uma repercussão

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Número de óbitos 2634 2603 2854 2740 2628 2929 2717 2753 3012 3001 TMP todas as idades 14.1 13.6 14.4 13.3 12.6 13.3 12.1 12.2 12.8 12.6 TMP <70 anos 3.0 2.8 2.8 2.6 2.8 2.4 2.2 2.6 2.4 3.0 TMP ≥70 anos 162.3 157.4 168.5 156.5 143.1 157.9 143.2 140.0 151.5 140.9 Número de óbitos 1736 1713 1852 1777 1664 1878 1713 1723 1847 1839 TMP todas as idades 24.3 23.5 24.6 22.8 21.1 22.7 20.5 20.5 21.2 20.7 TMP <70 anos 5.1 4.6 4.7 4.1 4.6 4.0 3.8 4.4 4.2 4.7 TMP ≥70 anos 280.2 274.2 288.4 271.8 240.0 271.7 241.9 234.2 248.0 232.7 Número de óbitos 898 890 1002 963 964 1051 1004 1030 1165 1162 TMP todas as idades 7.5 7.3 7.8 7.3 7.0 7.3 6.7 6.8 7.4 7.3 TMP <70 anos 1.2 1.3 1.1 1.2 1.1 1.1 0.8 1.0 0.9 1.4 TMP ≥70 anos 91.7 87.7 96.6 88.5 84.7 89.6 84.4 84.2 93.3 86.0 Ambos os sexos Sexo masculino Sexo feminino

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Capitulo I – Evolução das Doenças Respiratórias Crónicas em Portugal

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 8

negativa na classificação dos diagnósticos de Asma e DPOC, produzindo menos diagnósticos principais destas duas patologias.

Tabela 4: Evolução dos Internamentos por Asma e DPOC | 2013 - 2017

Gráfico 1: Internamentos por Asma e DPOC

Fonte: OECD Health Statistics 2016

Atendendo a que os internamentos por Asma e por DPOC são pela sua natureza, potencialmente evitáveis, com medidas de ambulatório, o PNDR considera que há aspetos relacionados com a acessibilidade e a efetividade das práticas ao nível dos cuidados de saúde primários, que ainda poderão e deverão ser melhorados, de modo a manter a trajetória de redução destes internamentos. Com este objetivo, o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias elencou um conjunto de estratégias, que de seguida se descrevem.

2013 2014 2015 2016 2017 variação 2017/2013 Norte 782 816 799 785 576 -26.3% Centro 719 876 782 842 562 -21.8% LVT 984 1013 967 844 714 -27.4% Alentejo 94 88 86 69 51 -45.7% Algarve 130 103 135 146 35 -73.1% Continente 2709 2896 2769 2686 1938 -28.5% 2013 2014 2015 2016 2017 variação 2017/2013 Norte 3590 3789 3842 3900 2946 -17.9% Centro 1839 1593 1537 1530 1314 -28.5% LVT 2350 2236 2306 2369 1927 -18.0% Alentejo 267 256 290 339 181 -32.2% Algarve 234 249 215 235 94 -59.8% Continente 8280 8123 8190 8373 6462 -22.0% Internamentos por Asma

Internamentos por DPOC

0 125 250 375 500

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Capitulo II – PNDR: Objetivos, Metas e Estratégias | 2018

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 9 Doenças Respiratórias

Desafios e Estratégias | 2018 Direção-Geral da Saúde

Capítulo II

Programa Nacional para as Doenças Respiratórias

Objetivos, Metas e Estratégias | 2018

Tendo sido abordado no Capítulo I a evolução das doenças respiratórias apresentam-se agora as estratégias de atuação do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias que assentam na vigilância e monitorização epidemiológica, nas medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento e ainda em medidas que visam o aumento da literacia da população para a saúde e doença respiratória.

(16)

Capitulo II – PNDR: Objetivos, Metas e Estratégias | 2018

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 10

1. Objetivos do Programa Nacional para as

Doenças Respiratórias

A fim de melhorar a saúde dos doentes com Asma e DPOC, o PNDR tem os seguintes objetivos:

>

Aumentar a capacidade diagnóstica para a Asma e para a DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

>

Aumentar a acessibilidade à espirometria nos Cuidados de Saúde Primários

>

Melhorar a prestação de cuidados e promover as boas práticas

2. Metas a 2020

De modo a permitir a monitorização das estratégias a implementar e a fim de alcançar os objetivos acima referidos, foram definidas as seguintes metas:

Figura 1: Metas a 2020

Para cada uma das metas foram definidos os respetivos indicadores de monitorização.

Tabela 5: Monitorização Metas a 2020

METAS

2020 INDICADOR

VALOR

BASE FONTE / OBS.

A

Ind.1. N.º de utentes inscritos com o diagnóstico de Asma nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) no ano, sobre total de utentes inscritos nos CSP nesse ano, vezes 100

2,1

(2014) ACSS/SIM@SNS/DGS

B

Ind.2. N.º de diagnósticos de DPOC efetuados por espirometria no ano, sobre total de utentes com o diagnóstico provável de DPOC inscritos nos CSP nesse ano, vezes 100

9,3

(2014) ACSS/SIM@SNS/DGS

Ind.3. N.º de diagnósticos de saída (admissão hospitalar) por asma como diagnóstico principal

2.943

(2014) ACSS/GDH/DGS Ind.4. N.º de diagnósticos de saída (admissão

hospitalar) por DPOC como diagnóstico principal

8.131

(2014) ACSS/GDH/DGS

(17)

Capitulo II – PNDR: Objetivos, Metas e Estratégias | 2018

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3. Principais Estratégias e Atividades 2017/2018

As estratégias de intervenção do Programa assentam na vigilância e monitorização epidemiológica, nas medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento e em medidas que visam o aumento da literacia da população para a saúde e doença respiratória.

3.1.

Vigilância Epidemiológica

A vigilância epidemiológica é efetuada de forma sistemática e com periodicidade anual, recorrendo a um conjunto de indicadores predefinidos. Em 2017, foi elaborado o Relatório do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias 2017 onde se descreveram as linhas estratégicas do Programa e se analisaram os principais indicadores epidemiológicos das doenças respiratórias e as suas tendências (14). Em 2018 foi elaborado o Relatório Anual sobre vigilância epidemiológica das doenças respiratórias em Portugal.

3.2.

Prevenção e Diagnóstico

A prevenção primária das doenças respiratórias crónicas está eminentemente dependente de medidas implementadas a nível do Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo e de medidas de controlo de qualidade do ar. Não obstante, importa referir que com o Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, foi estabelecido um importante objetivo no âmbito da prevenção da DPOC, mediante a determinação da criação de pelo menos uma Consulta de Apoio Intensivo à Cessação Tabágica em cada ACES. Esta medida, a par com o Despacho n.º 14202-A/2016, de 25 de novembro, reforçou a necessidade de aumentar o acesso a consultas de cessação tabágica e determinou a comparticipação dos medicamentos antitabágicos sujeitos a receita médica, cuja implementação ocorreu de forma inovadora em 2017.

Como estratégia para aumentar a acessibilidade ao diagnóstico correto e precoce da DPOC, o referido Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, determinou também que as Administrações Regionais de Saúde (ARS) deviam implementar e assegurar, até ao final de 2017, em todos os seus ACES, a existência de acesso a espirometria e a tratamentos de reabilitação respiratória.

Com o objetivo de modelar a nível nacional, a internalização da espirometria nos cuidados de saúde primários, foram implementados dois projetos piloto na ARS do Alentejo e na ARS do Algarve, criando uma rede de espirometria nos cuidados de saúde primários, em articulação com a Pneumologia Hospitalar. A fase preparatória da implementação no terreno de ambos os projetos, ocorreu ainda no último trimestre de 2016, contudo a sua operacionalização aconteceu durante o ano de 2017.

A fim de promover a disseminação das espirometrias internalizadas nos cuidados de saúde primários nas várias regiões evoluindo para a criação de uma Rede Nacional de Espirometrias, o PNDR, em estreita colaboração com a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS), desenvolveu um indicador (indicador 49) que permitiu a incorporação desta atividade na contratualização dos cuidados de saúde primários.

Em 2018 foi efetuado um inquérito eletrónico dirigido a todos os ACES, com o objetivo de monitorizar a capacidade instalada, para a realização de espirometrias e para a implementação da Reabilitação

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Respiratória. Neste inquérito que ocorreu após o término do primeiro trimestre de 2018, pretendia-se quantificar o número de espirometrias realizadas durante o ano de 2017 e no primeiro trimestre de 2018. Também se averiguava a capacidade instalada de recursos humanos considerados essenciais para a implementação do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, particularmente o número de técnicos de cardiopneumologia, de fisioterapeutas e de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação contratados.

A fim de normalizar a recolha de indicadores relacionados com a espirometria e no futuro com a reabilitação respiratória o PNDR estabeleceu-se em 2018, uma colaboração com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) no sentido de iniciar o processo para integração do registo da espirometria e da reabilitação respiratória no SClínico (desde a prescrição à disponibilização dos resultados) e criar as condições para que o mesmo possa acontecer nas restantes aplicações de registo da atividade clínica implementadas no Serviço Nacional de Saúde.

3.3.

Tratamento

Foi publicado o Processo Assistencial Integrado para a Asma numa perspetiva de melhoria das boas práticas e de integração de cuidados inerentes ao diagnóstico e ao tratamento da Asma.

Foi também implementada pela primeira vez em Portugal, em harmonia com a Portaria nº 246/2015, de 14 de agosto, a prescrição eletrónica de câmaras expansoras, com uma comparticipação de 28 Euros/ano/utente/câmara. Esta medida visou a promoção da boa prática inalatória em substituição dos aerossóis por nebulização. Em 2017 foram prescritas 10.183 câmaras expansoras.

Não se encontrando ainda a Reabilitação Respiratória acessível aos cuidados de saúde primários pretende-se implementar, a nível de todas as Regiões de Saúde, um programa de formação que introduza e interligue a acessibilidade às espirometrias com a acessibilidade à reabilitação respiratória.

3.4.

Apoio à Sociedade Civil

Foi publicado no sítio da DGS um conjunto de Perguntas e Respostas dirigidas ao aumento da literacia da população com o objetivo de informar acerca dos benefícios da prática do exercício físico e da reabilitação respiratória.

Durante o ano de 2018, foram estabelecidas parcerias com outras entidades, como sejam as farmácias, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e outros parceiros, com a finalidade de produzir materiais de divulgação à população, visando o aumento da sua literacia respiratória.

3.5.

Cooperação e Relações Internacionais

O PNDR esteve representado nas seguintes iniciativas internacionais da GARD:

>

Apresentação de um poster intitulado: GARD activities 2016/17 in Portugal, no 11th GARD General Meeting (9 -11 de novembro de 2017, em Bruxelas, na Académie Royale de Médicine de Belgique). Esta comunicação foi objeto de uma menção honrosa.

>

O Programa esteve representado na reunião do GARD Executive Committee and Planning Group Meeting, realizado em 30 e 31 de janeiro de 2017, em Geneve, Switzerland.

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4. Projetos Piloto para Implementação de uma

Rede de Espirometria

Com o objetivo de modelar a nível nacional, a internalização das espirometrias nos cuidados de saúde primários, foram implementados dois projetos piloto na ARS do Alentejo e na ARS do Algarve, criando uma rede de espirometria nos cuidados de saúde primários, em articulação com a Pneumologia Hospitalar.

A implementação de uma rede de espirometria que reflita a integração entre dois níveis de cuidados, designadamente os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares, sendo o modelo centrado no doente, implica a internalização das espirometrias ao nível dos ACES, através da criação de unidades móveis de espirometria representadas pelo binómio técnico/equipamento (técnico de cardiopneumologia/espirómetro) que se deslocalizam para os diversos centros de saúde, de acordo com necessidades de agendamento pré-programado.

Para o correto funcionamento da rede de espirometria os médicos de família devem identificar os utentes em risco de desenvolver DPOC, ou seja, todos os que apresentem sintomas respiratórios e/ou fatores de risco relacionados com exposição tabágica e/ou profissional. Uma vez identificados os utentes em risco de ter DPOC, o médico de família solicita a realização de uma espirometria, que será marcada, no ACES, de acordo com vagas pré-definidas. Têm também indicação para a realização de uma espirometria todos os doentes com diagnóstico de DPOC que necessitem de avaliação evolutiva e também os doentes asmáticos, em conformidade com as normas de orientação clínica, vigentes. Na rede de espirometria o técnico de cardiopneumologia tem o seu horário distribuído pelos diversos centros de saúde, onde se desloca, de acordo com agendamento pré-definido. Tem a seu cargo a realização das espirometrias e a elaboração dos relatórios técnicos onde reporta o grau de colaboração do doente e as condições técnicas em que o exame foi realizado. A fim de garantir a qualidade do exame e a qualidade do relatório clínico e sua interpretação, o modelo que se propõe é que faça parte integrante da rede, um pneumologista (da instituição hospitalar de proximidade) ou dos Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP). Este pneumologista constitui o garante da qualidade do exame e do relatório e tem a seu cargo a elaboração do relatório clínico do exame. Depois de relatado, o exame é direcionado para o respetivo médico de família, de modo a atuar em conformidade.

A rede de espirometria não só articula os diferentes centros de saúde com a unidade móvel de espirometria, internalizando este meio complementar de diagnóstico nos cuidados de saúde primários, mas também integra na rede, a Pneumologia Hospitalar, que para além da elaboração do relatório clínico, presta consultoria no âmbito do estudo da espirometria e da medicina respiratória. O pneumologista hospitalar ou do CDP deverá também comprometer-se com o seguimento dos doentes graves (categorias C e D da DPOC).

Em harmonia com o modelo descrito como sendo o ideal para implementação a nível nacional do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, pretende-se que todas as regiões de saúde se apetrechem, para o efeito, com meios técnicos e humanos necessários e em conformidade com a Orientação n.º 05/2016, de 28/09/2016, denominada Especificações Técnicas para a Realização de Espirometrias com Qualidade em Adultos, nos Cuidados de Saúde Primários (15).

(20)

Capitulo II – PNDR: Objetivos, Metas e Estratégias | 2018

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5. Desígnios 2017/2018

A curto prazo e como meio de aferir as estratégias em implementação durante o ano de 2017, foram definidos para esse ano dois desígnios, um primeiro de âmbito nacional e um segundo de caráter regional.

Figura 2: Desígnios

(21)

Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

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Desafios e Estratégias | 2018 Direção-Geral da Saúde

Capítulo III

Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

Neste Capítulo descreve-se a evolução dos diagnósticos de Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários. Assinala ainda as assimetrias regionais relativamente à capacidade diagnóstica e à prevalência de Asma e DPOC.

(22)

Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

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1. Diagnósticos de Asma nos Cuidados de Saúde

Primários

A análise da evolução do número de utentes ativos com o diagnóstico de Asma, demonstra incrementos notáveis no número de doentes com o diagnóstico de Asma nos cuidados de saúde primários.

Conforme se pode constatar (Tabela 6), a região do continente com maior número de utentes ativos com o diagnóstico de Asma é a região Norte. Contudo, a região que melhor tem evoluído é a do Algarve, porém com o menor número de utentes ativos com este diagnóstico.

De acordo com estes resultados e no que se refere à Asma, o PNDR cumpriu o desígnio de aumentar

em 10% a nível nacional, o número de utentes ativos nos cuidados de saúde primários, com o diagnóstico de Asma, desde 2014, apresentando um aumento de 34% a nível nacional e valores sempre superiores a 10%, em todas as regiões.

Tabela 6: Número de Utentes Inscritos Ativos nos Cuidados de Saúde Primários com Diagnóstico de

Asma | 2013 - 2017 ARS 2013 2014 2015 2016 2017

2014-2017 NORTE 78,224 87,485 96,254 103,283 110,181 26% CENTRO 32,608 37,230 41,309 45,957 50,744 36% LVT 60,476 68,719 84,186 91,610 97,952 43% ALENTEJO 9,962 11,053 11,933 12,619 13,317 21% ALGARVE 5,627 6,537 7,503 8,760 9,496 45% Portugal Continental 186,897 211,024 241,185 262,229 281,690 34%

Fonte: SIM@SNS, a dezembro 2017, Indicador de morbilidade 208 Nota: LVT- Lisboa e vale do Tejo; CSP - Cuidados Saúde Primários

Um indicador que integra melhor, não só a capacidade diagnóstica de Asma, mas também a prevalência de Asma diagnosticada, em cada uma das regiões, de acordo com a população de atração é a percentagem de utentes inscritos ativos com o diagnóstico de Asma. Este indicador traduz a prevalência de Asma ao nível dos cuidados de saúde primários, em cada uma das regiões (Tabela 7).

A análise da evolução deste indicador objetiva o já referido aumento da capacidade diagnóstica de Asma, em todas as regiões de saúde, evidenciando, porém, que em relação à prevalência nacional estimada de Asma de 6,8% (3), todas as regiões se encontram muito abaixo deste valor, razão pela qual se devem incentivar estratégias para promover o aumento da capacidade diagnóstica ao nível dos cuidados de saúde primários. A Região Norte destaca-se pela positiva com uma prevalência de 2,96%. A Região do Algarve apesar de ser a que mais incremento apresentou, no período em análise, no que se refere à capacidade diagnóstica de Asma, é a que revela prevalências mais baixas nos cuidados de saúde primários.

(23)

Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

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Tabela 7: Percentagem de utentes inscritos ativos nos CSP com o diagnóstico de Asma | 2013 - 2017

ARS 2013 2014 2015 2016 2017

2014-2017 NORTE 2.07% 2.31% 2.59% 2.79% 2.96% 28% CENTRO 1.84% 2.07% 2.33% 2.64% 2.87% 39% LVT 1.61% 1.87% 2.30% 2.50% 2.67% 43% ALENTEJO 1.95% 2.15% 2.38% 2.56% 2.67% 24% ALGARVE 1.24% 1.41% 1.67% 1.99% 2.08% 48% Portugal Continental 1.82% 2.06% 2.39% 2.61% 2.79% 35%

Fonte: SIM@SNS, a dezembro 2017, Indicador de morbilidade 208 Nota: LVT- Lisboa e vale do Tejo; CSP- Cuidados Saúde Primários

2. Diagnósticos de DPOC nos Cuidados de Saúde

Primários

A análise da evolução do número de utentes ativos com o diagnóstico de DPOC, como forma de avaliar a capacidade diagnóstica desta entidade clínica ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, aponta para um grande progresso em todas as regiões, destacando-se a Região Norte com o maior número de casos registados e as Regiões do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo pelos enormes incrementos no intervalo temporal 2017/2014 (Tabela 8).

De acordo com estes resultados e no que se refere à DPOC, o Programa cumpriu o desígnio de aumentar em 10% a nível nacional, o número de utentes ativos nos Cuidados de Saúde Primários, com o diagnóstico de DPOC, desde 2014, apresentando um aumento de 29% a nível nacional e valores sempre superiores a 10%, em todas as regiões.

Tabela 8: Número de utentes inscritos ativos nos CSP com diagnóstico de DPOC | 2013 - 2017

ARS 2013 2014 2015 2016 2017

2014-2017 NORTE 39,965 47,276 52,666 54,355 55,402 18% CENTRO 14,914 19,040 21,597 23,627 24,565 29% LVT 25,838 30,919 38,740 42,852 45,595 48% ALENTEJO 5,360 6,112 6,733 7,159 7,306 20% ALGARVE 2,009 2,510 3,058 3,639 4,090 63% Portugal Continental 88,086 105,857 122,794 131,632 136,958 29%

Fonte: SIM@SNS, a dezembro 2017, Indicador de morbilidade 210 Nota: LVT- Lisboa e vale do Tejo; CSP - Cuidados Saúde Primários

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Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

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A percentagem de utentes inscritos ativos, com o diagnóstico de DPOC é um indicador que, conforme referido para a Asma, permite comparar regiões, com diferentes números populacionais e fornece um valor indicativo da prevalência da DPOC diagnosticada em cada uma das regiões de saúde. Face aos valores reportados (Tabela 9) e tendo em atenção que a prevalência nacional estimada para a DPOC, é de 14,2% para grupos etários a partir dos 40 anos, facilmente se infere, que apesar de haver evidência de uma maior capacidade diagnóstica dos médicos de família para esta entidade, a verdade é que a realidade evidencia a existência de subdiagnóstico.

As regiões de saúde com maior prevalência de DPOC diagnosticada a nível dos cuidados de saúde primários foram a Região Norte e a do Alentejo. Contudo, a que apresentou a melhor evolução foi a Região do Algarve, porém com prevalências muito baixas de DPOC diagnosticada, na população ativa dos ACES.

Tabela 9: Percentagem de utentes inscritos ativos nos CSP com diagnóstico de DPOC | 2013 - 2017

ARS 2013 2014 2015 2016 2017

2014-2017 NORTE 1.06% 1.25% 1.42% 1.47% 1.49% 19% CENTRO 0.84% 1.06% 1.22% 1.36% 1.39% 31% LVT 0.69% 0.84% 1.06% 1.17% 1.24% 48% ALENTEJO 1.05% 1.19% 1.34% 1.45% 1.47% 24% ALGARVE 0.44% 0.54% 0.68% 0.83% 0.89% 65% Portugal Continental 0.86% 1.03% 1.22% 1.31% 1.36% 32%

Fonte: SIM@SNS, a dezembro 2017, Indicador de morbilidade 210 Nota: LVT- Lisboa e vale do Tejo; CSP - Cuidados Saúde Primários

As razões apontadas como causa para o subdiagnóstico da DPOC são, entre outras, a fraca acessibilidade ao exame que confirma o diagnóstico de DPOC e que é a espirometria. A publicação do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, visou inverter esta situação. Foi também criado o indicador de monitorização n.º 49 que mede o número de utentes ativos com o diagnóstico de DPOC baseado numa espirometria efetuada nos últimos 3 anos.

Nas tabelas 10 e 11 encontram-se os dados referentes, respetivamente ao número de doentes ativos com registo de uma espirometria nos últimos 3 anos e sua proporção ou percentagem relativamente ao número total de diagnósticos de DPOC registados no grupo dos utentes ativos. Este último indicador, sendo indicador de processo, constitui também um critério de qualidade dos cuidados de saúde primários, dado que o diagnóstico correto de DPOC só poderá efetuar-se com o recurso a uma espirometria. Por sua vez os indicadores das tabelas 10 e 11 constituem também, métodos de monitorização da implementação do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio.

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Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS | DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 19 Tabela 10: Número de doentes ativos com diagnóstico espirométrico de DPOC | 2015 - 2017

ARS 2015 2016 2017 ↑ 2016-2017 NORTE 21998 26089 29784 14% CENTRO 4152 4976 6066 21% LVT 8549 9795 12802 31% ALENTEJO 1051 1190 1416 19% ALGARVE 328 447 986 121% Portugal Continental 36078 42497 51054 20%

Fonte: SIM@SNS, a dezembro 2017, Indicador 49.

Conforme se pode constatar tem havido, a nível nacional, um aumento importante (20%) no número de diagnósticos de DPOC baseados na espirometria, sendo sem dúvida de destacar o progresso a nível da ARS do Algarve, onde este aumento foi substancial (121%) evidenciando o sucesso da implementação do projeto piloto no Algarve.

No que diz respeito ao desígnio de aumentar em 25% os diagnósticos de DPOC, confirmados por

espirometria, no âmbito dos Projetos Piloto das ARS do Alentejo e Algarve, relativamente ao ano

anterior, apenas a Região do Algarve atingiu este desígnio, tendo-o mesmo ultrapassado

largamente mediante um aumento de 121% (Tabela 10). A região do Alentejo apresentou um aumento de 19%, nos referidos diagnósticos, contudo por dificuldades de fixação do técnico de cardiopneumologia contratado, não atingiu o seu desígnio.

Apesar dos progressos apresentados por todas as regiões de saúde, o facto de a nível nacional, a percentagem de diagnósticos baseados na espirometria ser de 37,3% (Tabela 11) é demonstrativo do trabalho a efetuar no futuro, uma vez que, de uma forma ideal 100% dos diagnósticos de DPOC devem basear-se nos resultados de uma espirometria, em conformidade com a respetiva Norma de Orientação Clínica (16).

Tabela 11: Percentagem de Diagnósticos Espirométricos de DPOC | 2015 - 2017

ARS 2015 2016 2017

2016-2017 NORTE 41.8% 48.0% 53.8% 12% CENTRO 19.2% 21.1% 24.7% 17% LVT 22.1% 22.9% 28.1% 23% ALENTEJO 15.6% 16.6% 19.4% 18% ALGARVE 10.7% 12.3% 24.1% 96% Portugal Continental 29.4% 32.3% 37.3% 15%

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Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

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3. Capacidade Instalada Nacional para a Realização de

Espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários

Em 2018 foi efetuado um inquérito eletrónico dirigido a todos os ACES, com a finalidade de monitorizar a capacidade instalada, para a realização de espirometrias e também para a implementação da Reabilitação Respiratória. Nesse inquérito, que ocorreu após o término do primeiro trimestre de 2018, pretendia-se quantificar o número de espirometrias realizadas durante o ano de 2017 e no primeiro trimestre de 2018. Também se averiguava a capacidade instalada em termos do número de técnicos de cardiopneumologia, fisioterapeutas e enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação (EEER).

Nas tabelas 12 e 13, discriminam-se o número de espirometrias por região de saúde, e os respetivos recursos humanos.

Tabela 12: Espirometrias efetuadas nos ACES | 2017 - 2018

ARS 2017 2018 - 1T NORTE 11901 4065 CENTRO 5188 4003 ARSLVT 10481 3361 ALENTEJO 1731 344 ALGARVE 2589 740 TOTAL 31890 12513

Fonte: inquérito dirigido a todos os ACeS após o 1º trimestre (1T) de 2018

Os valores da produção de espirometrias em 2017 correspondem a um incremento de 55%, relativamente a um global de 20.602 espirometrias, realizadas em 2016. Também a produção reportada no 1.º trimestre (1T) de 2018, aponta para o incremento sustentado.

No que se refere aos recursos humanos, considerados imprescindíveis para a implementação do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, apesar de se constatar uma evolução positiva com aumento dos recursos, ainda assim a realidade demonstra subdimensionamento dos recursos. De facto, para os técnicos de cardiopneumologia ainda não existe o rácio de um para cada um dos ACES. Também os fisioterapeutas são em número muito inferior aos EEER, constituindo este aspeto um fator limitativo à implementação de Programas de Reabilitação Respiratória nos Cuidados de Saúde Primários, dado que estes programas exigem como requisitos mínimos, a presença obrigatória destes dois grupos profissionais.

(27)

Capitulo III –Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários

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Tabela 13: Recursos Humanos nos ACES em 2018

ARS CP FT EEER NORTE 7 7 70 CENTRO 0 9 40 ARSLVT 13 23 65 ALENTEJO 1 10 14 ALGARVE 3 - - TOTAL 24 49 189

Fonte: Inquérito dirigido a todos os ACES após o 1º trimestre (1T) de 2018

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Capitulo IV –Conclusões

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Desafios e Estratégias | 2018 Direção-Geral da Saúde

Capítulo IV

Conclusões

Neste Capítulo apresentam-se as principais considerações e sugestões sobre as doenças respiratórias e o seu atempado diagnóstico, nomeadamente Asma e DPOC, assim como a importância da realização dos Exames de Diagnóstico e Terapêutica a par com a capacidade instalada para a sua realização nos cuidados de saúde primários em integração com os cuidados hospitalares.

(29)

Capitulo IV –Conclusões

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1. Conclusões

O grande desafio para o futuro, no que se refere às duas principais doenças respiratórias crónicas (Asma e DPOC) será o de garantir o diagnóstico precoce e o seu adequado tratamento, com um progressivo maior envolvimento e capacitação dos doentes.

A realidade aponta para enormes avanços no que se refere à capacidade diagnóstica para estas duas patologias, com resultados de eficácia traduzidos em redução dos seus internamentos.

Existe, contudo, ainda a necessidade de melhorar a qualidade do diagnóstico de DPOC, através do recurso à espirometria. Para o efeito, devem os diagnósticos de DPOC baseados na espirometria (indicador 49), continuar a ser incorporados na contratualização dos cuidados de saúde primários.

Tendo os internamentos por Asma e DPOC um caráter sazonal relacionado com as epidemias de gripe, as medidas de incentivo à ampla cobertura vacinal contra a gripe, nestes doentes, devem ser continuadas.

A fim de sensibilizar as equipas clínicas para os benefícios da Reabilitação Respiratória, devem ser efetuadas ações de formação neste âmbito às equipas clínicas dos cuidados de saúde primários.

Sendo o modelo centrado no doente, será essencial aumentar o grau de responsabilização e capacitação dos doentes e dos seus cuidadores, com ações que promovam o aumento da literacia. A fim de multiplicar as iniciativas e intervenções dirigidas para o efeito, e promotoras de ganhos em literacia, é essencial a aliança com parceiros para o ativismo social e literacia em saúde, como sejam as Farmácias, a Fundação Portuguesa do Pulmão, as Associações de Doentes e as Sociedades Científicas.

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Referências bibliográficas

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