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Assembleia Municipal de 25 de Junho

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Assembleia Municipal de 25 de Junho

25 de Junho de 2010

Assembleia Municipal de 25 de Junho de 2010

Conselho Municipal de Segurança dos Cidadãos do Concelho da Moita

. Aprovada a designação de cidadãos indicados pela Assembleia Municipal de acordo com a alínea l), do Artigo 5.º do Regulamento do CMSCCM. – Conselho Municipal de Segurança dos Cidadãos do Concelho da Moita.

Delegação de Competências da Câmara Municipal nas Juntas de Freguesia.

. Aprovados os Protocolos de Delegação de Competências da Câmara Municipal nas Juntas de Freguesia.

Eleição de Representante da Assembleia Municipal no Conselho Taurino da Moita

. Aprovada a eleição de José Manuel Jesus dos Santos para representante da Assembleia Municipal no Conselho Taurino da Moita.

Orçamento e Grandes Opções do Plano

. Aprovada a 1ª revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano.

Património

. Aprovada a cedência, em regime de direito de superfície, a título gratuito, à “Igreja Evangélica Filadélfia Cigana de Portugal”, do lote de terreno designado pelo nº 29, com a área de 180,336 m2, sito na Rua dos Sobreiros – Vale de Trabuco, freguesia do Vale da Amoreira, descrito na Conservatória do Registo Predial da Moita sob o nº 645/19980112 – Vale da Amoreira e inscrito na matriz predial urbana sob o art. 1184º, freguesia do Vale da Amoreira, destinado à construção de local de culto religioso e de instalações para funcionamento e desenvolvimento de actividades comunitárias, com o valor patrimonial de € 21 800,96, e ao qual é atribuído o valor de € 51500,00. Que, para os efeitos do contrato, seja atribuído o valor ao direito de superfície de € 41 200,00, calculado nos termos constantes no Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT).

Moções

. Aprovada uma Moção referente às restrições orçamentais – PEC;

MOÇÃO

As restrições orçamentais que, em nome do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), são impostas às autarquias privarão, este ano, o Concelho da Moita de transferências do Orçamento Geral de Estado de 2010 num valor superior a 400 mil euros.

Pela mesma razão, a nível distrital, as transferências do OGE de 2010 para as autarquias serão reduzidas em 4,9 milhões de euros e, a nível nacional, essa redução será na ordem de

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100 milhões de euros. Além disso, em todo o país, serão onerados os encargos das autarquias em 34 milhões de euros, como resultado do anunciado aumento do IVA.

Estas penalizações colocam em causa políticas de proximidade que tornam mais racional o investimento público – um euro investido nas autarquias é muito mais reprodutivo que o mesmo euro consumido na máquina burocrática de um dos países mais centralistas da Europa.

Quem acaba por ser mais prejudicado são os municípios mais fracos, privados de verbas essenciais ao investimento público de proximidade e mais gerador de emprego.

Enquanto isto, a bancos com lucros fabulosos continuam a ser aplicadas baixas taxas de IRC, as aplicações financeiras em off-shores continuam isentas de impostos e continuam a ser pagos ordenados e prémios obscenos a gestores e administradores.

Nestas circunstâncias e na defesa dos interesses dos seus munícipes, a Assembleia Municipal da Moita repudia quaisquer cortes nas transferências do Orçamento Geral de Estado para o concelho, em resultado do PEC.

A Assembleia Municipal da Moita (Aprovada em 25 de Junho, por maioria, com dois votos contra e duas abstenções)

.

Aprovada uma Moção intitulada “Contra o encerramento de escolas e a constituição de mega-agrupamentos”.

MOÇÃO

Contra o encerramento de escolas e a constituição de mega-agrupamentos

Considerando que o nosso País atravessa uma profunda crise, com graves problemas económicos e sociais, resultantes, em grande medida, da insistência num modelo de desenvolvimento económico assente na baixa qualificação dos portugueses e nos baixos salários.

Admitindo que a solução para a actual crise passa, entre outras, por uma aposta séria numa política educativa que assuma a educação como um valor estratégico para o desenvolvimento do País.

Aceitando que é necessário investir numa Escola Pública de Qualidade e gratuita que verdadeiramente aproveite o enorme potencial humano das actuais e futuras gerações, bem como a diversidade regional.

Tendo em consideração que a decisão do Governo do PS, inserida no conjunto de medidas acordadas com o PSD, de encerrar mais 900 escolas e a imposição de um processo de “reestruturação” da rede escolar com a fusão de agrupamentos, a extinção de outros e a

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integração de escolas secundárias noutros já constituídos é uma solução meramente administrativa, economicista, desumana e sem racionalidade do ponto de vista pedagógico. Considerando que a decisão de encerrar as escolas com menos de 21 alunos assenta num critério cego que não tem em conta a diversidade de contextos.

Esclarecendo que após ter encerrado mais de 2300 escolar em quatro anos, o Governo PS dá mais um passo na concretização do objectivo definido em 2005 de encerrar 4500 escolas. Fazem-no sem o mínimo respeito pelas opiniões de pais, professores e autarcas, expressas nas cartas educativas já decididas e homologadas pelo Governo.

Criticando o falso argumento do Governo de que o insucesso escolar está directamente ligado à dimensão da escola, bem como a ideia de que o processo de socialização das crianças passa por as integrar em grandes centros escolares, afastados muitas vezes dezenas de quilómetros da sua localidade, afastando-as desta forma da comunidade onde estão integradas e do convívio familiar, apenas vem confirmar o profundo desprezo com que este Governo, tal como o anterior, trata os direitos dos alunos, dos trabalhadores da educação e das famílias. Considerando que, com estes artifícios, o Governo PS procura esconder o que é cada vez mais evidente: os problemas mais graves com que a escola pública se defronta, o insucesso escolar e o abandono escolar, têm a sua causa principal a montante da escola, nomeadamente nas condições sócio-económicas das famílias. Esquecem, nesta cega caminhada, uma questão decisiva no processo educativo das crianças que é a importância das famílias na educação dos seus filhos.

Entendendo que com o encerramento das escolas e o chamado processo de reestruturação da rede escolar, o Governo procura sobretudo desinvestir no ensino público, reduzindo, substancialmente, o número de profissionais, docentes e não docentes, mesmo sabendo que este objectivo será sempre atingido à custa da qualidade do ensino.

Esclarecendo que a tese do Ministério da Educação de que são aceitáveis agrupamentos de escolas até 3000 alunos, juntando crianças do pré-escolar, do básico e do secundário, revela a incapacidade do governo em perceber que esta decisão é uma aberração do ponto de vista pedagógico, além de tornar impessoais as relações dentro da comunidade educativa.

Ignorando o abandono da lógica de concentração que tem sido seguida noutros países como a Noruega, a Suécia ou mesmo a Espanha, o Governo do PS decide concentrar a nível de decisão, provocando ainda maiores assimetrias regionais.

A Assembleia Municipal da Moita, na reunião ordinária de 25 de Junho de 2010, delibera o seguinte:

1-Exigir do Governo o fim dos processos de encerramento de escolas e o processo de “reestruturação” da rede escolar, evitando o desencadear da desertificação do interior do País e o agravamento das assimetrias regionais.

2-Apelar à comunidade educativa – aos profissionais da educação, docentes e não docentes, aos pais e aos autarcas – e às populações de uma forma geral que lutem em defesa da Escola Pública, da gestão democrática e contra este embuste que, a médio e longo prazo, se traduzirá na degradação das condições de aprendizagem dos alunos.

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3-Enviar a presente moção ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, à Ministra da Educação, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares, aos Sindicatos dos profissionais da Educação e ainda a todas as escolas e agrupamentos do Concelho da Moita.

4-Enviar a presente moção à Comunicação Social Local e Regional para conhecimento dos pais e alunos afectados pelas decisões de encerrar escolas e constituir Mega-Agrupamentos e para que estes se pronunciem.

A Assembleia Municipal da Moita (Aprovada em 25 de Junho, por maioria, com dez votos contra e três abstenções)

. Aprovada uma Moção intitulada “Revisão Constitucional” Moção

Revisão Constitucional

Estão a ser publicamente apresentadas propostas de revisão constitucional e de alteração da lei laboral que definem um projecto agressivamente liberal.

Pretendem tais propostas facilitar o despedimento e diminuir as indemnizações devidas.

Escandalosamente, tais propostas são apresentadas como solução para combater o desemprego.

As mesmas propostas de revisão constitucional esboçam uma alteração aos valores simbólicos da Constituição, como a referência republicana.

Tais propostas englobam também a desagregação dos serviços públicos na saúde e na educação.

Em todas estas propostas, o Governo e a oposição à sua direita tem manifestado abertura para negociações e alguns ministros admitem mesmo o reforço das normas liberais da lei do trabalho.

A Assembleia Municipal da Moita, reunida a 25 de Junho de 2010:

a) rejeita a abertura de qualquer processo de revisão excepcional da Constituição com base na crise.

b) considera que, se tal processo for aberto, deve limitar-se a alterações pontuais que reforcem a universalidade dos direitos cívicos e sociais,

c) recusa a alteração da regra constitucional de protecção contra o despedimento sem justa causa,

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e) recusa qualquer constitucionalização da redução dos direitos laborais.

A Assembleia Municipal da Moita (Aprovada em 25 de Junho, por maioria, com seis votos a favor, dois votos contra e vinte e

uma abstenções)

VOTO DE PESAR

. Aprovado um voto de pesar pelo falecimento de José Saramago.

VOTO DE PESAR

A morte de José Saramago constitui uma perda irreparável para Portugal, para o povo português e para a cultura portuguesa.

Construtor de Abril, enquanto interveniente activo na resistência ao fascismo, ele deu continuidade a essa intervenção no período posterior ao Dia da Liberdade, como protagonista do processo revolucionário que viria a transformar profunda e positivamente o nosso País com a construção da Democracia que tinha como referência primeira, a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.

José Saramago foi um forte opositor à ditadura fascista e foi militante comunista desde 1969, desempenhando funções políticas relevantes ao longo da sua vida. Assumiu a arte da escrita como forma de expressar a sua visão do mundo; da vida; das questões com que o homem, o povo, a sociedade se debatem e, acima de tudo, de um homem profundo, humanista, progressista, radicado no povo e na história do País, transcende-se e, pela profunda consciência política, pela arte e sua grandeza humana, projecta-se para o mundo, para uma dimensão universal.

A sua vasta, notável e singular obra literária é justamente reconhecida. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998 e também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. O único Nobel da literatura de língua portuguesa ficará como marca impressiva na História da Literatura Portuguesa, da qual ele é um dos nomes mais relevantes.

A dimensão de José Saramago assume-se não apenas como cultor da arte da escrita, mas também como um lutador pela justiça e pelas causas nobres da humanidade, que denuncia com veemência a opressão dos povos e os abusos do poder e toma partido por todo o mundo oprimido, sofredor e injustiçado. Afronta todos os dogmas, políticos, religiosidade ou pseudo-científicos e defende o sentido humanista do Homem, da vida, do universalismo fraterno e justo.

Por tudo isto, a Assembleia Municipal da Moita, na sua reunião ordinária de 25.06.2010 assume como seu dever prestar Homenagem ao Homem, ao escritor, ao militante de causas nobres, e transmitir à família enlutada pela perda do seu ente querido o sentido pesar e a nossa solidariedade.

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E ainda enviar o presente voto de pesar ao Presidente da República, ao Primeiro-ministro, à Ministra da Cultura, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares e à Comunicação Social Local e Regional para divulgação.

A Assembleia Municipal da Moita (Aprovada em 25 de Junho, por maioria, com vinte e cinco votos a favor, dois votos contra e duas abstenções)

Referências

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