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ISSN Dezembro, Anais da IX Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental

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ISSN 1517-3135 Dezembro, 2012

Anais da IX Jornada de Iniciação

Científica da Embrapa Amazônia

Ocidental

(2)

Embrapa Amazônia Ocidental Manaus, AM 2012

Documentos 100

ISSN 1517-3135 Dezembro, 2012

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Ocidental

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ronaldo Ribeiro Morais

Cheila de Lima Boijink

Kátia Emidio da Silva

Regina Caetano Quisen

Anais da IX Jornada de Iniciação

Científica da Embrapa Amazônia

Ocidental

(3)

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Amazônia Ocidental

Rodovia AM 010, Km 29, Estrada Manaus/Itacoatiara Caixa Postal 319

Fone: (92) 3303-7800 Fax: (92) 3303-7820 www.cpaa.embrapa.br

Comitê de Publicações da Unidade

Presidente: Celso Paulo de Azevedo Secretária: Gleise Maria Teles de Oliveira

Membros: Edsandra Campos Chagas, Jeferson Luis Vasconcelos de Macêdo, Jony Koji

Dairiki, José Clério Rezende Pereira, Kátia Emídio da Silva, Lucinda Carneiro Garcia, Maria Augusta Abtibol Brito, Maria Perpétua Beleza Pereira, Rogério Perin, Ronaldo Ribeiro de Morais e Sara de Almeida Rios.

Revisor de texto: Maria Perpétua Beleza Pereira Normalização bibliográfica: Maria Augusta Abtibol Brito Diagramação: Gleise Maria Teles de Oliveira

Capa: Lúcio Rogerio Bastos Cavalcanti

1ª edição

1ª impressão (2012): 300

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).

CIP-Brasil. Catalogação-na-publicação. Embrapa Amazônia Ocidental.

© Embrapa 2012

Morais, Ronaldo Ribeiro

Regina Caetano Quisen

et al.

Anais da IX Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental

/ (editado por) et al.

- Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental, 2012.

320 p. (Embrapa Amazônia Ocidental. Documentos; 100).

ISSN 1517-3135

1. Pesquisa. 2. Ciência. I. Título. II. Série.

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Resumo

O pirarucu é um dos principais peixes comerciais da Amazônia Ocidental. Porém, durante o seu cultivo, fica sujeito a várias doenças parasitárias, destacando-se os monogenoides, que se instalam na superfície do corpo, nadadeiras, narinas e principalmente nas brânquias, podendo causar anemias e até altas taxas de mortalidade. Por ser aceita alimentação artificial e completa com certa facilidade após período de treinamento alimentar, foram adicionados à ração do pirarucu óleos essenciais de alho, cipó-alho e alfavaca-cravo, para observação de crescimento e possível efeito antiparasitário desses produtos para a espécie em questão. Ao final do período de alimentação, os peixes foram amostrados e sacrificados para retirada das brânquias, que foram submetidas às análises de contagem de parasitos. Algum efeito de redução do número de parasitos nas brânquias do pirarucu foi observado no tratamento que utilizou óleo de alfavaca, mas as diferenças não foram significativas. Mais estudos, no entanto, são necessários a respeito do uso de óleos essenciais e outros produtos oriundos de plantas medicinais, com o intuito de eliminar a utilização de

Juliana Monteiro Gama Vieira Luis Antonio Kioshi Aoki Inoue

Efeito Antiparasitário dos

Óleos Essenciais de Alho,

Cipó-Alho e Alfavaca-Cravo

Adicionados à Ração do

Pirarucu

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produtos químicos na piscicultura, aumentando, assim, a qualidade do pescado produzido e reduzindo danos ao ambiente e custos de

produção.

Palavras-chave: pirarucu, parasitas, alimentação, produtos naturais.

Introdução

O pirarucu (Arapaimas gigas) é um peixe nativo da Bacia Amazônica, com respiração aérea obrigatória. Suporta altas densidades de

estocagem (CAVERO et al., 2003) e sua carne tem ótima aceitação no mercado, o que permite alcançar bom preço de venda. Possui alta taxa de crescimento, podendo alcançar de 7 kg a 10 kg no seu primeiro ano de criação (IMBIRIBA, 2001). As doenças em peixes são causadas geralmente por microrganismos oportunistas que atacam sempre que os animais se encontram debilitados por motivos diversos, tais como manuseio inadequado dos peixes, mudanças drásticas de temperatura da água, má alimentação, etc.

O uso de plantas medicinais na piscicultura é bastante antigo, principalmente nos países asiáticos. Na China existe uma indústria bastante importante que produz, beneficia e comercializa produtos à base de plantas medicinais para peixes, as quais atuam no controle e prevenção de doenças de importância econômica, como as infestações por Lernae sp, Argulus spp, Trichodina spp. e até a septicemia

hemorrágica em carpas (YIN et al., 2006).

O alho (Allium sativum), popularmente utilizado como condimento na culinária, também apresenta propriedades medicinais para humanos: antimicrobiana, imunoestimulante, hipoglicemiante, antineoplásica e terapêutica contra doenças intestinais e pulmonares (QUINTAES, 2007). O cipó-alho (Adenocalymna alliaceum) é uma planta tropical encontrada principalmente na região amazônica. É uma trepadeira de base lenhosa com forte aroma de alho, utilizada alternativamente como condimento

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em substituição ao alho na culinária local. Além disso, é usada popularmente como analgésico, antipirético, antirreumático e no tratamento de doenças pulmonares (LORENZI e MATOS, 2002). A alfavaca-cravo é um subarbusto aromático originário da Ásia e África (LORENZI e MATOS, 2002). O gênero Ocimum está presente em regiões tropicais do globo de alta radiação solar. A alfavaca-cravo é subespontânea em todo o território nacional, sendo utilizada

amplamente na culinária e no tratamento popular de nervosismo, paralisia, tosse, vômito e tuberculose. Alguns trabalhos revelam uso potencial do óleo de alfavaca contra microrganismos Staphylococcus aureus, Bacillus spp, Pseudomonas aeruginosae, Klebisiella pneumoniae, Proteus mirabilis e Leishmania amazonensis, além de potencial inseticida natural (LATERÇA et al., 2002). Contudo informações sobre o uso da alfavaca-cravo na piscicultura são escassas.

O presente trabalho teve por objetivo avaliar possível efeito antiparasitário da adição dos óleos essenciais de alho, cipó-alho e alfavaca-cravo na ração do pirarucu, com vistas à redução do uso de produtos químicos na piscicultura e aumento da qualidade do pescado produzido, livre de agrotóxico e com menor dano ao meio ambiente.

Materiais e Métodos

Quatro rações foram confeccionadas a partir de ingredientes

tradicionais, como milho, soja e farinha de peixe. Uma ração controle (40% de PB) sem a adição de óleo essencial foi feita para obtenção das rações experimentais compostas por ração controle mais 0,2 mL de óleo essencial por 10 kg de ração (R1) ou 0,2 mL de óleo essencial de cipó-alho por 10 kg de ração (R2) ou 0,2 mL de óleo essencial de alfavaca por 10 kg de ração e 0,2 mL de óleo essencial de óleo de alho por 10 kg de ração (R3). Todos os óleos essenciais foram extraídos no laboratório de plantas medicinais da Embrapa Amazônia Ocidental. A adição dos óleos essenciais nas rações experimentais foi feita diluindo-

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os em 100 mL de álcool de cereais e borrifados na ração por

pulverizador. Os peixes foram alimentados por 30 dias e estocados em 12 caixas de 250 L, numa densidade de 9 peixes/caixa com

abastecimento de água em sistema fechado. As caixas foram sorteadas para quatro tratamentos com três repetições cada. Parâmetros de qualidade da água de cultivo foram monitorados diariamente.

Ao final do período de alimentação, todos os peixes foram pesados e medidos, depois sacrificados por perfuração da fontanela, alguns órgãos removidos, assim como as brânquias, que foram fixadas em formol (5%) para contagem dos parasitas.

Resultados e Discussão

A adição dos óleos essenciais à ração do pirarucu apresentou melhoria em manutenção do ganho de peso e menor conversão alimentar para os peixes alimentados com óleo de cipó-alho na ração. Possivelmente esse óleo apresenta características que melhoram a palatabilidade da ração (Tabela 1). No entanto, foi observado pouco efeito redutor de parasitos nas brânquias do pirarucu pela adição de óleos essenciais na ração, somente para os animais alimentados com óleo essencial da alfavaca (Tabela 1). Os valores de qualidade de água apresentaram-se constantes durante todo o período experimental (Tabela 2).

Tabela 1. Crescimento do pirarucu após 30 dias de alimentação com

ração suplementada com óleos essenciais de alho, cipó-alho e alfavaca-cravo. PI – peso inicial, PF – peso final, GP – ganho de peso.

Tratamento PI (g) PF (g) GP (g) Consumo (g) Conversão Alimentar Controle Alfavaca Cipó-alho Alho 525,6 479,6 440,2 470,2 732,4 639,3 646,9 646,8 206,8 159,7 206,7 176,5 300,9 243,3 250,5 245,9 1,4 1,5 1,2 1,4 Anais da IX Jornada de Iniciação Científica da

Embrapa Amazônia Ocidental 168

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Tabela 2. Valores médios dos parâmetros da qualidade da água durante

30 dias de alimentação do pirarucu com ração controle adicionadas com óleos essenciais do alho, cipó-alho e alfavaca-cravo para verificação de possível efeito antiparasitário.

Parâmetros Média Oxigênio (mg/L) pH Temperatura (°C) Amônia (mg/L) Alcalinidade (mg CaCO3/ L) Dureza (mg CaCO3/ L) 4,8 5,8 28,5 0,2 2,3 4,2

Esperava-se que o uso de ração com a adição do óleo essencial do alho e cipó-alho promovesse redução do número de parasitos nas brânquias do pirarucu, já que com o uso do alho cru, moído na ração, e também do alho desidratado em pó, ocorre ação antiparasitária em outras espécies de peixes (LATERÇA et al., 2002). E, ainda, ambas as plantas, alho e cipó-alho, apresentam óleos essenciais de composição

semelhante (LORENZI e MATOS, 2002). Em relação ao uso do óleo essencial da alfavaca na ração, observou-se algum efeito antiparasitário, como esperado.

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Conclusões

Houve pequena diminuição de parasitas com uso do óleo de essência de alfavaca na concentração de 0,2 mL de óleo por 10 kg de ração,

indicando perspectivas para trabalhos futuros para aprimoramento da tecnologia. Mais estudos, entretanto, ainda são necessários para confirmação da possibilidade ou não do uso dos óleos essenciais do alho e cipó-alho adicionados na ração do pirarucu com fins

antiparasitários.

controle alfavaca alho cipó alho 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 b b a a Monogenea

Figura 1. Número de monogenoides nas brânquias de pirarucu após alimentação

com dietas suplementadas com óleos essenciais do alho, cipó-alho e alfavaca-cravo por 30 dias.

Anais da IX Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental

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CAVERO, B. A. S.; PEREIRA-FILHO, M.; ROUBACH, R.; ITUASSÚ, D. R.; GANDRA, A. L. Efeito da densidade de estocagem na

homogeneidade do crescimento de juvenis de pirarucu em ambientes confinados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 38, p. 103-107. 2003.

CRESCÊNCIO, R. Ictiofauna brasileira e seu potencial para criação. In: BALDISSEROTTO, B.; GOMES, L. de C. (Org.). Espécies nativas para

piscicultura no Brasil. Santa Maria: UFSM, 2005. p. 23-33. 2005.

LATERÇA, M. L.; MORAES, F. R.; MIYASAKI, D. M. Y.; BRUM, C. D.; ONAKA, E. M.; FENERICK Jr., J.; BOZZO, F. R. Alternative treatment for Anacanthorus penilabiatus (Monogenea: Dactylogyridae) infection in cultivated pacu, Piaractus mesopotamicus (Osteichthyes: Characidae) in Brazil and its haematological effects. Parasite, p. 175-180, 2002. LORENZI, H.; MATOS, F. J. Plantas medicinais no Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

QUINTAES, K. D. Saiba mais sobre o alho. Disponível em:

<http://www.saudenarede.com.br>. Acesso em: 20 ago. 2007.

Referências

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SCHALCH, S. H. C.; MORAES. R. Distribuição sazonal de parasitos branquiais em diferentes espécies de peixes em pesque-pague do Município de Guariba – SP, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia

Veterinária, v. 14, n. 4,. p. 141-146, 2005.

YIN, G.; JENEY, G.; RACZ, T.; XU PAO, W.; JUN, X.; JENEY, Z. Effect of two chinese herbs (Astragalus radix and Scutelaria radix) on non specific immune response of tilapia Oreochromis niloticus. Aquaculture, p. 39-47, 2006.

Anais da IX Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental

Referências

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