Aula_06 Idade Média e Feudalismo

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Homem, Cultura e

Sociedade

João Paulo Brognoni Casat

Aula 1

Homem, Cultura e Sociedade

Paulo Cesar Lopes (PC) Email: emailhomemculturaesociedade@gmail.com www.sites.google.com/site/pchomemculturaesociedade

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FEUDALISMO, ALTA E BAIXA IDADE MÉDIA, SOCIEDADE E IGREJA, CRUZADAS. Disponível em

<http://www.not1.xpg.com.br/feudalismo-alta-e-baixa-idade-media-sociedade-e-igreja-cruzadas/> acessado em 13

de jun de 2012.

FEUDALISMO. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo>, acessado em 13 de jun de 2012.

SOCIEDADE MEDIEVAL. Disponível em <http://prof-tathy.blogspot.com.br/2009/12/sociedade-medieval.html> acessado em 13 de jun de 2012

DUBY, Georges (Org.). História da vida privada: da Europa feudal à Renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v2.

LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. Bauru, SP: EDUSC, 2005.

PERROY, Édouard. A Idade Média: a expansão do Oriente e o nascimento da Civilização Ocidental. In: CROUZET, Maurice. História Geral das Civilizações. V. 1 Tomo III. São Paulo: DIFEL, 1964.

LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1989.

LINHARES, Bianca de Freitas. A relação entre Confiança Institucional e Tributação: o Contrato Social e a Cultura Política porto-alegrense. Projeto de Dissertação. Porto Alegre, março de 2006.

MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: E.P.U., 1974. 2v.

NETO, Miranda. Os lucros da fome: o mito da escassez de alimentos. Rio de Janeiro: Achiamé, 1982.

TEMPASS, Mártin César. Antropologia e comida. In: ASSIS, Valéria S. (org.). Antropologia, cultura e educação. Maringá: Eduem, 2005.

Pinto, Rosângela de Oliveira; O Capitalismo:o surgimento de um novo mundo - Livro KLS

VIEIRA, Carlos Eduardo. Cultura e formação humana no pensamento de Antonio Gramsci. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 51-66,

jan./jun. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ep/v25n1/v25n1a05.pdf>. Acesso em: jan. 2017. Aranha e Martins: Filosofando: Chauí, Marilena: Convite à Filosofia:

Homem, Cultura e Sociedade Bibliografia

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Homem, Cultura e Sociedade Dos Romanos aos Germânicos

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Dificuldade de manter grande extensão das fronteiras do

Império Romano das constantes invasões dos bárbaros -

os povos que viviam fora do Império Romano - o Império

deixou de investir na conquista de novos territórios, o que

provocou a diminuição de escravos.

Lembrando que os escravos vinham dos povos dominados

pelos romanos.

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Os germânicos eram povos vindos do norte da Europa. Eram

“grandes grupos consanguíneos reunidos em tribos, que, por sua

vez, organizavam-se em confederações militares, os “povos”,

francos, alamanos, borgúnios, vândalos, ostrogodos e visigodos,

conduzidos por chefes de guerras, os reis.” (PERROY, 1964, p.

17).

Sofrendo pressão de um movimento migratório vindo da Ásia,

envolvendo os Hunos, as tribos germânicas dos gogos e vândalos

atravessam as fronteiras do Império Romano. O golpe final veio

com a invasão dos hérulos, que derrubaram o imperador Rômulo

Augusto no ano de 476, sendo essa data normalmente usada para

identificar o início da Idade Média.

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Imagem: Invasões Barbaras do Império romano / Autoria de Ewan ar Born / Disponibilizada por Andreasmperu / GNU Free Documentation License.

Invasões Bárbaras do Império romano

(100-500 d.C.)

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Síntese dos Povos Bárbaros

Povos sem cultura greco-romana;

Germânicos – principal grupo (suevos, lombardos, teutônicos, francos,

godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos, saxões);

Economia agropastoril;

Ausência de comércio e moeda;

Ausência de escrita;

Inicialmente politeístas;

Inicialmente sem propriedade privada;

Poder político = casta de guerreiros;

Direito consuetudinário (tradição);

COMITATUS (laços de dependência entre guerreiros).

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A ruralização do império

Im ag em : S a qu e d e R om a pe lo s V â nd al os , em 4 55 . / P in tu ra d e H e in ric h Le u te m an n. / D is po ni bi liz ad a po r D ha / D o m ín io P úb lic o.

O Império Romano entra em

crise devido às invasões

bárbaras e a redução das

atividades econômicas, o que

faz com que ocorra o êxodo

urbana. Os habitantes das

cidades passaram a procurar

abrigo, trabalho e segurança

nas áreas rurais.

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O Colonato

O êxodo trouxe problemas já que a grande maioria das terras do interior já

tinham proprietários. Já existiam os latifúndios. As pessoas que migravam não podiam ocupar a terra.

A crise economica era grande e os proprietários não

possuíam recursos para manter escravos ou pagar pessoas para trabalhar nas terras. Surge, então, o

colonato, ou seja, o colono

cuidaria de uma pequena parte das terras, para se sustentar e, em troca, entregaria parte da sua produção ao proprietário das terras.

História, 7º Ano do Ensino Fundamental O Feudalismo

Imagem: Miniature of men harvesting wheat with reaping-hooks / Autor

desconhecido, mestre artesão da rainha Mary / Disponibilizado por Il Dottore / Domínio Público

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A política e justiça bárbara

Não existiam instituições como as romanas, que incluíam Senado, Tribuno da Plebe e Leis Escritas.

Justiça e Direito Consuetudinário: as leis baseavam-se em

costumes e tradições transmitidas de geração a geração.

Na falta de leis escritas, as relações entre reis e súditos eram baseadas em obrigações morais, como laço de fidelidade e honra.

No direito germânico a inocência deveria ser comprovada por meio de disputas físicas. Duelos eram comum.

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Idade Média: modo de produção feudal;

Feudo: propriedade distribuida por privilégio;

Relações: dependência pessoal.

A composição do FEUDALISMO

Nasce uma sociedade hibrida: romana e bárbara

ROMANAS:

Área: feudo; Colonato: servidão; Cristianismo.

ROMANAS:

Área: feudo; Colonato: servidão; Cristianismo.

GERMÂNICAS:

Comitatus: lealdade; Benefícios: recompensas; Direito Consuetudinário.

GERMÂNICAS:

Comitatus: lealdade; Benefícios: recompensas; Direito Consuetudinário.

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Definição

O feudalismo é uma forma de organização social e política

baseada na relação de fidelidade e na dependência entre os

homens.

No feudalismo os reis perderam parte de seu poder para

membros da nobreza. A necessidade de defender seus

territórios de invasões fortaleceu ainda mais o poder local,

exercido pelos nobres e senhores feudais.

Os reis faziam alianças individualmente com os nobres para

assegurar a lealdade destes e a defesa do reino.

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Principais Características

Enfraquecimento do poder do rei – criação de feudos; cada senhor

feudal criava as leis, cobrava tributos e administrava a justiça;

Laço de dependência pessoal;

Economia de base agrícola e de subsistência;

Consolidação da Igreja Católica – organização de grande poder

religioso, político e econômico. A igreja se torna a maior proprietária de terras.

É entre os séculos IX e XI que se consolida o feudalismo.

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Organização do feudo

Economia: agrícola, autossuficiente (subsistência), sem comércio e moeda;

Unidade econômica produtiva: FEUDO (benefício). SENHOR: castelo + melhores terra

SERVO: terras arrendadas (lotes = glebas ou tenências). COMUM: bosques e pastos (uso comum)

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Dica:

Veja o filme Senhor da Guerra (The War Lord)

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A organização social

Uma Sociedade Ruralizada

Economia de Subsistência

A terra principal fonte de riqueza e poder

Os que oram... Os que oram... Os que guerreiam... Os que guerreiam... Os que trabalham... Os que trabalham... Clero Nobreza Camponeses e Servos

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Proprietários da terra;

Possuiam as armas e dominavam a arte da querra. gozam de direitos senhoriais sobre a terra e os camponeses:

- cobravam imposto;

- aplicavam as leis e eram a justiça.

Relações de Vassalagem. Relações de Vassalagem.

Suseranos

Fidelidade Proteção

Serviço militar Concessão de Feudos Vassalos

Suseranos

Fidelidade Proteção

Serviço militar Concessão de Feudos Vassalos

Senhores – Nobres ou/e Clérigos

Imagem: Cleric, Knight, and Workman /

Autor desconhecido / disponibilizada por Leinad-Z / United States Public Domain

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Trabalhavam a terra

Possuíam as seguintes

obrigações:

- pagamento de renda;

- corveias e banalidades;

- pagamento de impostos e

multas.

Dependentes dos senhores

Camponeses – servos e livres

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História, 7º Ano do Ensino Fundamental

O Feudalismo _{Homem, Cultura e Sociedade}

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Economia agrária de subsistência. Os feudos eram autossuficientes

e produziam tudo de que necessitavam.

O comércio: era escasso e praticado por meio de escambo.

Exemplo: troca de cevada por trigo.

O artesanato: os artesãos produziam seus produtos para

consumo dos senhores feudais e, para os camponeses. Novamente era utilizado o escambo. A partir do século XI, a produção artesanal é ampliada com o avanço do comércio e do uso do dinheiro.

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As tecnologias do Feudalismo

No século X, inovações tecnológicas ocorrem e possibilitam o aumento da produção de alimentos e o crescimento populacional, transformando o

feudalismo europeu.

O uso do ferro: é substituído o arado de madeira pelo do ferro, mais

resistente e mais pesado, foi possível arar mais fundo, permitindo que solos mais difíceis fossem trabalhados, aumentando assim a quantidade de terras disponíveis;

O cavalo: com um novo sistema de correias foi possível utilizar o cavalo, mais ágil que o boi, aumentando as áreas cultivadas;

A água e o vento: a instalação dos moinhos acionados por rodas d’água

ou por cata-ventos, moendo a produção com mais rapidez e eficiência

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Rotação de culturas: técnica utilizada até hoje – a terra era dividida

em três partes, enquanto duas das áreas produziam uma descalçava e era usada para pastagens. Além de diversificar a produção, a rotação evitava o esgotamento do solo e permitia sua adubação.

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Crescimento Populacional

As novas tecnologias praticadas a partir do século X trouxeram vantagens e também o fim das invasões e a maior produção e consumo, possibilitaram o crescimento populacional.

A expansão comercial e urbana

Com o aumento da produção, ocorre o excedente e impulsionou o comércio local e artesanal.

O comércio de longa distância surge. Se desenvolveu, principalmente pelas cidades italianas. E também surge o comércio de artigos de luxo e de especiarias do Oriente.

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A cultura medieval.

Características:

Simplicidade, rusticidade;

Controle cultural (mosteiros) pela Igreja;

Teocentrismo;

No séc. XII surge as Universidades.

Filosofia:

Alta Idade Média: Santo Agostinho;

Filosofia Clássica + Cristianismo.

Natureza humana é corrompida.

Fé em Deus = Salvação.

Imagem: Santo Agostinho / Pintura de Simone Martini / Disponibilizada por Eloquence / Domínio Público

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Baixa Idade Média:

Escolástca (São Tomás de Aquino).

Harmonia razão e fé;

Valorização do esforço humano;

Livre arbítrio;

Clero = orientador moral e espiritual;

Preço justo = condenação da usura.

_{Imagem: São Tomás de Aquino / pintura de}

Fra Bartolommeo (1395 – 1455) /

Disponibilizado por Thomas Gun / Domínio Público.

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Arquitetura:

Alta Idade Média:

ROMÂNICA – construção

maciça, pesada, linhas simples,

horizontalidade, poucas janelas

(ideia de segurança e

tranquilidade).

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