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Academic year: 2021

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TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA MÚSICA E RITMOS MUSICAIS NO CICLISMO INDOOR.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): GABRIEL PRIMO SAMPAIO, ALISSON DAVINO ALVES DE AMORIM, DAYANE DO PARDO LIMA, EDSON LOPES DOS SANTOS, ERIKA RAMOS DA COSTA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANA CAROLINA SIQUEIRA ZUNTINI

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RESUMO

O Ciclismo Indoor (CI) é uma modalidade de ginástica de academia, praticado em uma bicicleta estacionária, combinando movimentos básicos do ciclismo tradicional aliado a diferentes ritmos musicais. A música parece ter um papel significativo no sucesso do treinamento de ciclismo indoor, tornando relevante a escolha de uma seleção musical que possa contribuir para a motivação e o prazer de estar naquele ambiente praticando tal atividade. O presente estudo objetivou analisar dentre os diferentes estilos musicais, qual proporciona o maior grau motivacional para a prática de ciclismo indoor em academias de São Paulo. Foram acompanhadas individualmente todas as pessoas com um estilo musical diferente, durante quatro semanas, comparando-se as distâncias percorridas ao ouvir cada estilo musical. Os resultados mostraram que, em comparação ao treino sem música, qualquer um dos 4 estilos musicais utilizados influenciou de forma positiva a distância percorrida pelos participantes. Quando comparados os estilos, sertanejo e rap foram os estilos que mais impactaram positivamente a distância alcançada, com médias de 11,410,70 km e 10,620,02 km, respectivamente. Palavras-chave: Música; Ciclismo Indoor; Ritmo; Exercícios Físicos

INTRODUÇÃO

Conforme Oliveira (2001) a bicicleta foi criada em torno do século XVIII, com a intenção de facilitar a locomoção em curtas distancias, com pequeno custo benéfico, e muito pratico. E ao longo desse percurso sofreu grandes evoluções.

De acordo com Mcardle, Katch e Katch (1996), o ciclismo é uma atividade para o treinamento aeróbico, desenvolvendo o sistema cardiovascular dos praticantes da modalidade e também indicado para a oxidação de gordura corporal.

A aula de ciclismo indoor é ministrada por um profissional de educação física, praticada com grupos heterogêneos de indivíduos, com gênero, idade e aptidão física variados, em uma bicicleta estacionária especial, consistindo na realização de treinamentos intervalados de resistência aeróbica e anaeróbica, com exercícios de diferentes intensidades sobre a bicicleta, combinados ou não com música ambiente em ritmos diversos. É uma técnica completa,

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proporcionando importante gasto calórico, melhora cardiovascular e tonificação muscular (DOMINGUES FILHO, 2004).

A música é composta por vários elementos (ritmo, timbre, harmonia e melodia) que interferem sobre os estados de ânimo e motivação de quem as ouve (MIRANDA, 2001). Ouvir é um ato involuntário, pois nossos ouvidos ouvem tudo que se passa à nossa volta, independente de estarmos ou não prestando atenção. Escutar é o que nos remete à ideia de maior interesse em algo que estamos ouvindo ao que acabamos dedicando a devida atenção. Quando escutamos fazemos uso da nossa percepção auditiva (RODRIGUES, 2009).

Estudiosos inferem que, a influência da música atinge diversos órgãos em diferentes sistemas do corpo humano: o cérebro, com suas estruturas especializadas, como o hipotálamo, a hipófise, o cerebelo; o córtex cerebral, o tálamo; o plexo solar; os pulmões; todo o aparelho gastrintestinal; o sangue e o sistema circulatório (com ação vasoconstritora e vasodilatadora, agindo, portanto, na pressão sanguínea); a pele e as mucosas; os músculos e o sistema imunológico (SILVA, 2004).

Segundo Karageorghis e Terry (1995) a música durante a atividade física age de forma a capturar a atenção do praticante e, em conseqüência, desviar a atenção à fadiga e cansaço durante o exercício. Este processo é comparável à estratégia de dissociação cognitiva (REJESKI, 1985) e tende a promover uma mudança positiva no estado de humor. Lee (1989) observou a influência do ritmo musical durante esforço submáximo em esteira. Os resultados revelaram que as músicas de ritmo acelerado (mais integradas às passadas), como o rock, produziram melhoras mais significantes no humor que músicas lentas, como o Barroco, e na condição sem música.

Há uma forte ligação entre música e exercício físico, pois é muito comum observarmos a prática do exercício físico acompanhada por música, seja em situação grupal com música ambiente ou de forma individual com o uso de fones de ouvidos. Clair (1996, p.81) sintetiza a importância da música no acompanhamento do exercício físico, quando conclui: “A música é uma forma de prevenção contra a monotonia existente no exercício físico sistemático”.

O ritmo é o mais importante componente musical voltado à aquisição de habilidades motoras (SMOLL, 1985). Shauer e Mauritz (2003) demonstraram que

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sujeitos que realizaram um treinamento de caminhada em grupo acompanhado de fundo musical sincronizado às passadas tiveram significativa melhora na coordenação motora se comparado com o grupo controle. Harmon (2007) monitorou o efeito motor produzido pelo estímulo rítmico no córtex cerebral e nos nervos espinhais verificando que este contribui na recuperação de pacientes com deficiências motoras.

Pode-se supor que a música é um fator motivacional de suma importância no exercício, visto que a motivação é um processo mental positivo que estimula a iniciativa e determina o nível de entusiasmo e esforço que a pessoa aplica no desenvolvimento de suas atividades. O nível de motivação é determinado por diversos fatores como a personalidade, as percepções do ambiente, as interações humanas e as emoções (MOURA, 2009).

A motivação não pode ser imposta, mas a música “com o seu poder de persuasão” pode ser um excelente recurso auxiliar do desencadeamento motivacional. Moreira (2007, p.108), afirma que: “[...} a motivação surge de dentro das pessoas, não há como ser imposta, mas pode ser estimulada”.

Sendo a música um fator que pode contribuir na motivação dos praticantes de ciclismo indoor, torna-se relevante pesquisar qual estilo musical, contribui positivamente para o aumento do grau de motivação destes indivíduos.

OBJETIVOS Objetivo Geral

Analisar dentre quatro diferentes estilos musicais, qual proporciona o maior grau motivacional para a prática de ciclismo indoor, influenciando de forma positiva a distância percorrida pelo praticante.

Objetivos Específicos

Verificar as distâncias percorridas sob influência de quatro estilos musicais diferentes;

Verificar as distâncias percorridas em situações sem música;

Comparar as situações com música e sem música, comparando-se, também, os estilos musicais entre si.

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METODOLOGIA

O presente artigo trata-se de estudo experimental e individualizado com pesquisa de campo de caráter transversal, prospectiva e quantitativa.

Participaram da pesquisa 50 praticantes de ciclismo indoor, dos quais 22 homens (44%) e 28 mulheres (56%), com idades entre 21 e 46 anos. Todos os participantes foram informados sobre os procedimentos e objetivos do estudo e formalizaram sua participação pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Não foram incluídos no estudo indivíduos que tivessem sofrido lesão musculoesquelética de coluna ou membros inferiores nos últimos seis meses, ou que apresentassem distúrbios auditivos importantes. A pesquisa foi realizada entre os meses de Junho e Julho de 2017, em uma academia da cidade de São Paulo.

Para todos os dados foram calculados médios e erro padrão. Os valores foram submetidos a tratamento estatístico para análise da variância pelos testes de one-way e two-way ANOVA e pelo teste para múltiplas comparações de Tukey. A análise estatística foi realizada com o software GraphPrism 7.0.

DESENVOLVIMENTO

Durante quatro semanas consecutivas, de segunda à sexta-feira, todos os participantes foram avaliados quanto à distância percorrida ao pedalarem 20 minutos, sempre sob condições diferentes, escolhidas aleatoriamente. As condições envolviam variação no estilo musical escutado durante o treinamento, sempre na seguinte sequência: pop, sertanejo, rap, sem música (nada) e rock.

Ao final de cada sessão de treinamento, as distâncias eram anotadas para posterior comparação dos dados obtidos. Durante o treino diário, o praticante de ciclismo indoor não conseguia visualizar a distância percorrida, de forma a evitar que isso pudesse influenciar os resultados.

RESULTADOS

Os dados foram comparados considerando-se as situações com música x sem música, e confrontando-se os estilos entre si.

Quando comparados os resultados médios semanais obtidos por cada estilo musical e pela condição sem música, não foram encontradas diferenças

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significativas quando cada estilo foi comparado a ele mesmo em semanas diferentes, conforme mostra a figura 1 abaixo. As distâncias médias percorridas por semana foram de 11,410,70 km quando escutando sertanejo, 10,620,02 km para rap, 10,420,03 para pop, 10,320,04 para rock e 9,870,05 km sem música.

Figura 1. Distâncias médias percorridas, em quilômetros (km), por semana, de acordo com o estilo musical

Ao contabilizar as distâncias acumuladas nas quatro semanas de treinamento, as médias encontradas foram de 51,173,23 km para sertanejo, 51,123,22 km para rap, 50,023,31 km para pop, 49,933,24 km para rock e 47,183,04 km para sem música (nada). Em comparação à situação sem música (nada), todos os estilos exerceram influência significativamente maior, com maior destaque para os estilos sertanejo, rap e pop (p=0,0001) e menor destaque para o rock (p=0,0327). Quando comparados os estilos entre si, foram encontradas diferenças significativas apenas entre rap e rock (p=0,0327) (figura 2).

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POP SERTANEJO RAP NADA ROCK

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Figura 2. Comparação das distâncias médias totais por estilo, em quilômetros (km).

REFERÊNCIAS

ABREU, C. A música é o remédio da alma. Fortaleza, 2009. Disponível em: .Acesso em: 16 de outubro de 2009.

ARTAXO, I. e MONTEIRO, G. de A. Ritmo e movimento. Guarulhos: Editora Phorte, 2000.

BATISTA, G. R. Música: iso e musicoterapia 1. Tijuca, 2009.

BENNETT, R. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.

DOMINGUES FILHO, L. A. (organizador) Guia prático do ciclismo indoor. Guia prático do ciclismo indoor Jundiaí: Fontoura, 2004.

POP SERTANEJO RAP NADA ROCK

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MURRAY, E. J. – Motivação e emoção. Motivação e emoção Rio de Janeiro: Zalrar, 1978

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