Centro de Ciên ias e Te nologia
Programa de Pós-Graduação em Matemáti a
Curso de Mestrado em Matemáti a
O Problema de Riemann para um
Modelo Matemáti o de um
Es oamento Trifási o em Meio Poroso
por
Patrí io Luiz de Andrade
†
sob orientação do
Prof. Dr. Apare ido Jesuíno de Souza
DissertaçãoapresentadaaoCorpoDo entedoPrograma
dePós-GraduaçãoemMatemáti a-CCT-UFCG, omo
requisito par ial para obtenção do título de Mestre em
Matemáti a.
†
Modelo Matemáti o de um
Es oamento Trifási o em Meio Poroso
por
Patrí io Luiz de Andrade
Dissertação apresentada ao Corpo Do ente do Programa de Pós-Graduação em
Matemáti a- CCT- UFCG, omorequisito par ialpara obtenção dotítulode Mestre
emMatemáti a.
Áreade Con entração: Matemáti a Apli ada
Aprovada por:
Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Ciên ias e Te nologia
Programa de Pós-Graduação em Matemáti a
Curso de Mestrado em Matemáti a
A Deus por seu innitoamor.
A minhaesposa Antonia, peloseu amor,amizadee ompanheirismo emtodos os
momentos.
Aosmeus pais, Maria de Fátima(Lia) e Luiz Domingos, e aos meus irmãos,
An-tonioPetrus e Eduardo, por todoapoioe in entivo.
AoprofessorApare idoJesuíno deSouza portodoapoio,orientação epela
opor-tunidade de realizar este trabalho.
Ao Laboratório de Dinâmi a dos Fluidos do IMPA por ter disponibilizado os
programasPAKMAN e RPN utilizadosneste trabalho.
Aosprofessores DanMar hesin e VitorManuel porterem a eitadoparti ipar da
avaliação deste trabalhoe pelas valiosas sugestões.
Atodos olegasdomestrado, emespe ial: Lu iano,Romildo,Fábio,Luis, Israel,
Débora, Brito eArthur.
Aosprofessores doDME/UFCG,emespe ial: Amauri,Ângelo,Apare ido,
Bran-dão, Claudianor, Horá io, Jaime, Mar o Aurélio, Mendes e Paulo Pinto que muito
ontribuírampara a minha formação.
Aosfun ionáriosdo DME, Daví, Sóstenes, Dú, Renato,Suênia e Andrezza.
Aos olegasdoIFSERTO-PEpeloapoioeemespe ialaos olegasda
Coordena-çãodeLi en iaturaemFísi a: Aléssio,Cí ero,George,MiguelePedro,queassumiram
minhasaulas possibilitando o meu afastamento.
AoInstitutoFederalde Edu ação,Ciên iaeTe nologiadoSertãoPernambu ano
por permitir meu afastamento e também pelo apoio nan eiro dado através de seu
Programade Quali ação Institu ional.
A todos amigos que sempre mein entivaram, em espe ial ao meu grande amigo
Aminha esposa Antonia,aomeu
lhoAndréVi toreaminhairmã
Neste trabalho onstruímos uma solução doproblema de Riemann para um
sis-temade leisde onservação proveniente damodelagemmatemáti a deum es oamento
trifási o num meio poroso representando a propagação de misturas do tipo
água-gás-óleonum projetode re uperaçãode um reservatóriopetrolífero. Usandométodos
ana-líti os e omputa ionais en ontramos a geometria das urvas de onda sob a ondição
de entropia de vis osidade, om matriz de vis osidade sendo a identidade.
Mostra-mosque paradados àdireitarepresentando misturaspróximasde óleo puro, asolução
doproblema de Riemann onsiste generi amente de uma sequên ia de dois grupos de
ondas rela ionados às duas famílias ara terísti as, para quaisquer dados à esquerda
representando uma mistura água-gás. No entanto,para dados à direita representando
misturas ainda om óleo dominante, mas om uma omposição maior de água e gás,
surge a ne essidade de a res entar um grupo de ondas transi ional na sequên ia que
des reve a solução,para um pequeno onjunto de dados àesquerda.
Palavras have: leis de onservação, problema de Riemann, es oamento em meio
In this work we onstru t a solution of the Riemann problem for a system of
onservation laws arising from the mathemati al modeling of a three-phase ow in a
porous medium representing the propagation of water-gas-oil mixtures in a re overy
proje tof apetroleum reservoir. Usinganalyti al and omputationalmethodswend
the geometry of the wave urves under the vis ous prole entropy ondition, with the
identity as the vis osity matrix. We show that for the right data representing almost
pure oil ompositions the solution of the Riemann problem generi ally onsists of a
sequen e of two wave groups, related to the two hara teristi s families, for any left
data onsideredrepresentingawater-gasmixture. However,forrightdatarepresenting
mixtures with oil still dominant, but with a larger proportion of gas and water, a
transitionalwave group is requiredin the sequen e for asmallsubset of left data.
Introdução . . . 6
1 Propriedades Bási as do Modelo 9 1.1 O Sistemade Leisde Conservação. . . 9
1.2 CurvasIntegrais eConjuntos de Inexão. . . 11
1.3 Curvasde HugoniotExplí itas. . . 12
1.4 Redução aoFluxo Bifási o.. . . 18
2 Construção da Solução do Problema de Riemann 20 2.1 Introdução. . . 20
2.2 Estado de Produção
P = O
. . . 202.3 Estado de Produção
P
numa VizinhançaR
1
deO
. . . 242.3.1 Estado
P
sobre o Segmento de Reta(O, U)
. . . 242.3.2 Estado
P
fora doSegmentode Reta(O, U)
. . . 352.3.3 Estado
P
sobre a FronteiraF
1
daVizinhançaR
1
deO
. . . 452.4 Estado de Produção
P
numa RegiãoR
2
. . . 47A Resultados Bási os sobre Leis de Conservação 58 A.1 Introdução. . . 58
A.2 SoluçõesFundamentais. . . 59
A.2.1 SoluçõesContínuas. . . 59
A.2.2 SoluçõesDes ontínuas. . . 61
A.3 Choques de Lax/ Condição de Entropia de Lax. . . 62
A.4 Choques Vis osos/ Condição de Entropia de Vis osidade. . . 63
A.6 Conjuntos Relevantes. . . 67
Neste trabalho onsideramos o problema de Riemann asso iado a um sistema
de leis de onservação proveniente damodelagemmatemáti a de um es oamento
iso-térmi o num meio poroso, onsistindo de três fases móveis e imis íveis (água, gás e
óleo). A dedução do modelo matemáti o adotado pode ser en ontrada por exemplo
em(GUEDES, 2009) e está baseado nas leisde balançode massa das fases ena leide
Dar y. As variáveis de estado onsideradas são as saturações das três fases, as quais
variamno hamadotriângulodas saturações. Usamos omodelo de Corey para as
ur-vas de permeabilidadesrelativas,em que apermeabilidadede ada faseé uma função
quadráti adependenteapenas da saturação daprópriafase. Asvis osidades das fases
são onsideradastodas diferentes entre si, porém om valores xos.
AevoluçãodaresoluçãodoproblemadeRiemannparaomodelode Coreytem
se-guidoessen ialmenteosseguintes passos. Umprimeiropassofoidadoem(ISAACSON
etal,1992) onsiderandoasvis osidadesdas trêsfases onstanteseiguais,a arretando
umasimetriatriplano triângulodas saturações. Para este aso asoluçãodo problema
de Riemann foi determinada ompletamente para dados ini iais arbitrários no
triân-gulo das saturações. Em seguida, um segundo passo foi dado em (SOUZA, 1992),
onsiderando-se avis osidade de uma das fasesligeiramentesuperior às outras duas e
entãohouveaquebradeumasimetria,restando aindaumaduplasimetrianotriângulo
das saturações. Para este aso de quebra de simetria, a solução também foi
determi-nada para dados ini iaisarbitrários. Em (GUEDES,2009) a simetria foiquebrada na
direção oposta de (SOUZA, 1992), sendo que a solução do problema de Riemann foi
determinadaparadadosàdireitarestritosaoladodotriângulode saturações
dotriângulo representando misturas do tipo água-gás. Em seguida (BARROS, 2010)
onsiderou o mesmo modelo que (GUEDES, 2009), por sua vez, om dados à direita
restritosà outrolado orrespondente amisturas dotipo gás-óleo.
Aquebratotalde simetriafoitratadaem(AZEVEDOetal,2010)emqueastrês
vis osidade foram onsideradas arbitrárias para o aso parti ular do estado à direita
representarasituaçãodeumreservatóriovirgem,istoé,odadoàdireitasendoovérti e
O
dotriângulode saturações exibido naFig. 1.1representando óleo puro. Osdados à esquerdaforam onsiderados omo em(GUEDES, 2009).Nossa ontribuiçãonestetrabalho om relaçãoaos anterioresé que,embora
xa-das astrês vis osidades om valores distintos, perturbamoso dado àdireita parauma
vizinhançado vérti e
O
, orrespondendo a misturasdo tipo água-gás-óleo dominadaspelo óleo. O dado à esquerda é onsiderado omo em (GUEDES, 2009), (BARROS,
2010)e (AZEVEDO etal, 2010) orrespondendo auma mistura dotipo água-gás.
Nossos resultados são no sentido de que para dados à direita su ientemente
próximos do vérti e
O
, a solução do problema de Riemann onsiste generi amente deuma sequên ia de dois grupos de ondas rela ionados às duas famílias ara terísti as,
para quaisquer dados à esquerda do tipo onsiderado. No entanto, ao distan iar os
dados à direita do vérti e
O
surge a ne essidade de a res entar um grupo de ondastransi ionalnasequên iaquedes reveasolução,paraumsub onjuntodedadosini iais
àesquerda. As soluçõessão obtidasatravésde uma ombinaçãode métodosanalíti os
e omputa ionais. Paraestados àdireitarestritosaos hamadossegmentosderetas de
bifur açãose undáriasas urvasdeHugoniotsãoobtidasexpli itamente,sendopossível
fazerdemonstraçõesanalíti asin lusive omaajudadegrá osfeitos omoMATLAB.
Jáparaoutros estadosestas urvas sãoobtidas numeri amentee onsequentemente as
evidên iaspassam a ser numéri as. Utilizamos a ondição de entropia de vis osidade,
om matriz de vis osidade igual a identidade, sendo que a análise dos planos de fase
também foi feita numeri amente. Os resultados numéri os foram obtidos utilizando
osprogramas RPN,PAKMAN (gentilmente edidos peloLaboratóriode Dinâmi a
dos Fluidosdo IMPA) e oMATLAB.
Esta dissertação está organizada da seguintemaneira:
No Capítulo1 apresentamos o sistema de leisde onservação onsiderado. T
ara terís-ti as e os respe tivos onjuntos de inexão. Além disso, determinarmos as expressões
explí itas das urvas de Hugoniot para estados ao longo dos hamados segmentos de
retas de bifur ações se undárias notriângulode saturações.
O Capítulo2 é o prin ipaldesta dissertação. Nele,ini ialmente re apitularemos
a onstrução da solução do problema de Riemann para o aso em que o estado à
direita, que denotamos por
P
(produção), orresponde a apenas óleo, isto é,P = O
feita em (AZEVEDO et al, 2010). A partir daí, na Subseção 2.3.1, perturbamos o
estadoàdireita
P
onsiderando-oprimeirono hamadosegmentode retadebifur açãose undária pelo vérti e
O
. Este aso tem a vantagem de termos a urva de Hugoniotpor
P
explí ita e exploramoseste fato fortemente nas justi ativas de uma sequên iade armações preparatórias, ulminando om o prin ipal resultado desta subseção,
que forne e as soluções do problema de Riemann para os vários asos de dados à
esquerda. Em seguida, na Subseção 2.3.2, perturbamos o estado à direita
P
parafora do segmento de bifur ação se undária e desenvolvemos pro edimentos análogos
da subseção anterior. A prin ipal diferença aqui é que não temos mais a urva de
Hugoniot por
P
explí ita e as evidên ias foram numéri as, mas onsistentes om oprimeiro aso. Estes dois sub asos representam um aso genéri o numa vizinhança
mais próxima do vérti e
O
, no qual as soluções onsistem de dois grupos de ondaorrespondentes àsduasfamílias ara terísti asdosistema. Afronteira destaprimeira
região, Subseção 2.3.3, é ara terizada pelo fato que a partir dela as soluções passam
a possuir três grupos de onda, um deles transi ional, para um onjunto de dados à
esquerda, onforme mostra o prin ipal resultado da Seção 2.4. Uma vez des ritas as
soluções para este segundo aso genéri o, determinamosa fronteira da região para os
estadosà direitaque a ara terizamen errando oCapítulo 2.
Por último, no Apêndi e A apresentamos alguns on eitos e resultados bási os
Propriedades Bási as do Modelo
1.1 O Sistema de Leis de Conservação.
A dedução do sistema de leis de onservação pode ser en ontrada por exemplo
em(GUEDES, 2009) e está baseada nas leisde balançode massa das fases ena leide
Dar y. Tal sistemaé dado porquaisquer duas das três equações:
∂s
w
∂t
+
∂f
w
(s
w
, s
o
, s
g
)
∂x
= 0,
(1.1)∂s
o
∂t
+
∂f
o
(s
w
, s
o
, s
g
)
∂x
= 0,
(1.2)∂s
g
∂t
+
∂f
g
(s
w
, s
o
, s
g
)
∂x
= 0,
(1.3)onde
s
w
(x, t)
,s
o
(x, t)
es
g
(x, t)
são as saturaçes das fases (água, óleo, gás), ef
w
,f
o
ef
g
denotam as funçõesde uxo fra ionário, dadasporf
w
(s
w
, s
o
, s
g
) =
k
w
(s
w
)/µ
w
D(s
w
, s
o
, s
g
)
,
(1.4)f
o
(s
w
, s
o
, s
g
) =
k
o
(s
o
)/µ
o
D(s
w
, s
o
, s
g
)
,
(1.5)f
g
(s
w
, s
o
, s
g
) =
k
g
(s
g
)/µ
g
D(s
w
, s
o
, s
g
)
,
(1.6) emqueD(s
w
, s
o
, s
g
) =
k
w
(s
w
)
µ
w
+
k
o
(s
o
)
µ
o
+
k
g
(s
g
)
µ
g
.
(1.7)Adotaremos o modelo de Corey em que as permeabilidades relativas de ada
fasesão funçõesdasaturação da própriafase, emparti ular vamos onsiderar funções
quadráti as omo aseguir:
k
w
(s
w
) = s
2
w
, k
o
(s
o
) = s
2
o
, k
g
(s
g
) = s
2
g
.
(1.8)Fixaremosem todoo trabalhoasvis osidades omo:
µ
w
= 1.0, µ
g
= 0.5, µ
o
= 2.0.
(1.9)O problema de Riemannpara o sistema (1.1)-(1.3) em queestamos interessados
pode ser es rito resumidamente omo
∂U(x, t)
∂t
+
∂F (U(x, t))
∂x
= 0, x ∈ R, t ∈ R
+
,
(1.10)U(x, t = 0) =
U
−
≡ I,
sex < 0,
U
+
≡ P,
sex > 0,
(1.11) ondeU =
s
w
s
o
s
g
eF (U) =
f
w
f
o
f
g
.Tendo em vista que
s
w
,s
o
es
g
são as saturações, representaremos o espaço de estadosΩ = {(s
w
, s
o
, s
g
)
t.q.0 ≤ s
w
, s
o
, s
g
≤ 1, s
w
+ s
o
+ s
g
= 1}
omo umtriângulo equilátero em oordenadas bari êntri as, veja Fig. 1.1. Os segmentos de reta pelosvérti es dotriângulo e pelo ponto interior
U
representados na Fig. 1.1 desempenhampapel importante na onstrução da solução do problema de Riemann. Mais adiante
faremos assuas ara terizações.
Notações:
(a) Usaremosa notação
△ABC
para indi arum triângulogenéri o de vérti esA
,B
e
C
.(b) Usaremos a mesma notação de intervalos na reta para denotar um segmento
onexo de uma urva. Por exemplo, a notação
[A, B)
signi a um segmento de( ) Fixado um estado
U
0
, usaremos as notaçõesH
L
(U
0
)
eH
N
(U
0
)
, para indi ar um ramo lo ale um ramo não lo al da urva de Hugoniot porU
0
, respe tivamente. Por lo alqueremos dizer um ramo que ontenha o estadoU
0
. Por não lo alum ramoque não ontenhaU
0
.(d)Denotaremosavelo idade
σ
0
deumades ontinuidadeentreU
−
eU
+
porσ(U
−
; U
+
)
.G
W
O
B
U
E
D
Figura1.1: Triângulode saturaçõesem oordenadas bari êntri as esegmentosde reta
[G, D]
,[O, B]
e[E, W ]
ujainterseção éo ponto umbíli oU
.1.2 Curvas Integrais e Conjuntos de Inexão.
Levando em ontaque
s
w
+ s
o
+ s
g
= 1
e quef
w
+ f
o
+ f
g
= 1
, umadas variáveiss
w
,s
o
ous
g
e uma das equações (1.1)-(1.3) podem ser desprezadas. Considerandos
g
= 1 − s
w
− s
o
ef
g
= 1 − f
w
− f
o
a matriz Ja obiana do sistema orrespondenterestanteé dada por
A(U) =
∂f
w
∂s
w
∂f
w
∂s
o
∂f
o
∂s
w
∂f
o
∂s
o
.
(1.12)Asexpressõesdosautovalores,ouvelo idades ara terísti as,damatrizJa obiana
A(U)
são dadas porλ
1
(U) =
1
2
∂f
w
∂s
w
+
∂f
o
∂s
o
−
1
2
s
∂f
w
∂s
w
−
∂f
o
∂s
o
2
+ 4
∂f
o
∂s
w
∂f
w
∂s
o
,
(1.13)λ
2
(U) =
1
2
∂f
w
∂s
w
+
∂f
o
∂s
o
+
1
2
s
∂f
w
∂s
w
−
∂f
o
∂s
o
2
+ 4
∂f
o
∂s
w
∂f
w
∂s
o
.
(1.14) Claramentetemosλ
1
(U) ≤ λ
2
(U), ∀U ∈ Ω
.Fazendo uma substituição direta em (1.13)-(1.14) e usando as expressões de
f
w
ef
o
dadas em (1.4) e (1.5), obtemos que a velo idade ara terísti aλ
1
se anula ao longo dos lados[G, W ]
,[W, O]
e[G, O]
do triângulo de saturações e que a velo idadeara terísti a
λ
2
seanulanosvérti esG
,W
eO
. Alémdisto,temostambémqueλ
1
eλ
2
são positivosno interior dotriângulo de saturações omλ
2
positivo tambémao longo dos lados (ex eto nos vérti es). As urvas integrais dos dois ampos ara terísti osestão estudadas em detalhes em (AZEVEDO et al, 2010) e tem o perl geométri o
exibidos nas Figs. 1.2(a) e 1.3(a) os quais foram obtidos numeri amente. As setas
nestas duas guras indi am o sentido de res imento dos autovalores ao longo das
urvas integrais. Nas Figs. 1.2(b) e 1.3(b) exibimos os grá os de
λ
1
(U)
e deλ
2
(U)
, respe tivamente,aolongode urvasintegraisespe í asparailustrarpontosdeinexãoea não negatividade dos autovalores
λ
1
eλ
2
.G
O
W
E
B
D
U
2
U
U
1
U
3
(a)0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0
0.5
1
1.5
s
w
λ
1
U
2
U
1
U
3
(b)Figura1.2: (a)Curvas integrais (linhas ontínuas) e onjunto de inexão (linha
pon-tilhada)asso iados à família ara terísti a-1. (b) Grá o davelo idade ara terísti a
λ
1
sobre a urva integral-1pelos estadosU
1
,U
2
eU
3
.1.3 Curvas de Hugoniot Explí itas.
Considereossegmentosde reta
[O, B]
,[G, D]
e[E, W ]
mostradosnaFig. 1.1. Noaso estes segmentossão partes das retas ujasequaçõesestão identi adasa seguir:
[O, B] = {(s
w
, s
o
, s
g
)
t.q.s
w
=
µ
w
µ
g
s
g
, s
o
= 1 − s
w
− s
g
};
(1.15)[E, W ] = {(s
w
, s
o
, s
g
)
t.q.s
g
=
µ
g
µ
o
s
o
, s
w
= 1 − s
o
− s
g
};
(1.16)W
G
O
U
2
B
E
D
U
(a)0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
0
0.5
1
1.5
2
2.5
s
w
λ
2
U
2
W
G
(b)Figura1.3: (a)Curvas integrais (linhas ontínuas) e onjunto de inexão (linha
pon-tilhada)asso iados à família ara terísti a-2. (b) Grá o davelo idade ara terísti a
λ
2
sobre a urva integral-2pelos estadosG
,U
2
eW
.[G, D] = {(s
w
, s
o
, s
g
)
t.q.s
o
=
µ
o
µ
w
s
w
, s
g
= 1 − s
w
− s
o
}.
(1.17)No aso as extremidadesdestes segmentos de reta tem oordenadas:
W = (1, 0, 0), O = (0, 1, 0), G = (0, 0, 1), B =
µ
w
µ
w
+ µ
g
, 0,
µ
g
µ
w
+ µ
g
!
,
D =
µ
w
µ
w
+ µ
o
,
µ
o
µ
w
+ µ
o
, 0
!
eE =
0,
µ
o
µ
o
+ µ
g
,
µ
g
µ
o
+ µ
g
!
.
Obs. 1.1 Para os valores das vis osidades onsiderados em (1.9) temos
B =
2
3
, 0,
1
3
!
, D =
1
3
,
2
3
, 0
!
eE =
0,
4
5
,
1
5
!
.
Comoestamosinteressadosem onsiderar
P
próximodovérti eO
dotriângulodesaturações, vamos onsideraros ál ulosexplí itospara urvasde Hugoniotpor
U
+
ao longodosegmento[O, B]
. Para ossegmentos[G, D]
e[E, W ]
os ál ulossão análogos.Proposição 1.1 Seja
U
+
= (s
+
w
, s
+
o
, s
+
g
)
um estado sobre o segmento de reta(O, B)
do triângulo de saturações. Então a urva de Hugoniot porU
+
,H(U
+
)
, onsiste do segmento[O, B]
e de dois ramos de hipérbole.Prova: Da ondição de Rankine-Hugoniot para o sistemaemquestão, segue que
σ(s
w
− s
+
w
) = f
w
− f
+
σ(s
o
− s
+
o
) = f
o
− f
+
o
,
(1.19)σ(s
g
− s
+
g
) = f
g
− f
g
+
.
(1.20)Aqui é onveniente es olher as variáveis
(s
w
, s
g
)
e as equações (1.18) e (1.20). Isolandoσ
em(1.20) e substituindo-oem(1.18) obtemoss
g
(f
w
− f
+
w
) − s
+
g
(f
w
− f
+
w
) = s
w
(f
g
− f
+
g
) − s
+
w
(f
g
− f
+
g
).
(1.21)Como
U
+
∈ (O, B)
temos ques
+
g
=
µ
g
µ
w
s
+
w
.
(1.22) Assim, substituindos
+
g
e as expressões das funções de uxof
w
,f
o
ef
g
em (1.21), obtemosapósalgumas manipulaçõesalgébri ass
w
−
µ
w
µ
g
s
g
"
D(s
+
w
)
2
+ D
+
µ
w
µ
g
s
g
s
w
− s
+
w
s
w
+
µ
w
µ
g
s
g
#
= 0,
(1.23) ondeD
+
≡ D(s
+
w
, s
+
o
, s
+
g
)
eD = D(s
w
, s
o
, s
g
)
.Note que o primeiro fator do produto dado pela Eq. (1.23) igualado a zero é
justamente aexpressão que dene o segmento de reta
[O, B]
em (1.15), o que prova aprimeiraparte daProposição.
Eliminandoo primeiro fatormultipli ativoem (1.23) e substituindo a expressão
damobilidade
D
,dadaem(1.7),naEq. (1.23)eusandoques
o
= 1−s
w
−s
g
, hegamos àseguinteequação quadráti a, nas variáveiss
w
es
g
,as
2
w
+ bs
w
s
g
+ cs
2
g
− ds
w
− es
g
+ f = 0,
(1.24)onde seus oe ientes são dados por
a =
(s
+
w
)
2
µ
w
+
(s
+
w
)
2
µ
o
,
b =
µ
w
µ
g
D
+
+
2
µ
o
(s
+
w
)
2
,
c =
(s
+
w
)
2
µ
g
+
(s
+
w
)
2
µ
o
,
(1.25)d =
2
µ
o
(s
+
w
)
2
+ D
+
s
+
w
,
e =
2
µ
o
(s
+
w
)
2
+
µ
w
µ
g
D
+
s
+
w
,
f =
(s
+
w
)
2
µ
o
.
AEq. (1.24)está naformamaisgeraldeuma urva ni anoplano. Lembramos
que,quando
a
2
+ b
2
+ c
2
6= 0
,podemos lassi ar esta ni a omoumaelipse,parábola ouhipérbole, ououtras urvasdegeneradas destas, dependendo dodis riminante∆ = b
2
− 4ac,
(1.26)ser negativo, nulo ou positivo. No aso dos oe ientes obtidos em (1.25), após
substituí-los em (1.26), utilizando os valores de vis osidades dados em(1.9),
veri a-mos que o dis riminanteé positivo. Logo a equação (1.24) representa uma hipérbole,
oque on luia prova daProposição 1.1.
Obs. 1.2 Da ontinuidade dos oe ientes om relação aos parâmetros, a
Proposi-ção1.1 ontinua válidapara
µ
o
,µ
w
eµ
g
numavizinhançados valores onsideradosem (1.9).AEq.(1.24)podeserresolvidaexpli itamenteemtermosdasaturaçãodaágua
s
w
oudasaturação dogáss
g
, dependendo das hipóteses doTeoremada FunçãoImplí ita serem satisfeitas. Se onsiderarmos a saturação do gás omo função da saturação daágua,isto é,
s
g
= s
g
(s
w
)
, aEq. (1.24) sereduz à seguinte equaçãodo segundo graucs
2
g
+ (bs
w
− e)s
g
+ (as
2
w
− ds
w
+ f ) = 0.
(1.27)Dessamaneira,resolvendo a Eq. (1.27),temos que
s
g
=
−(bs
w
− e) ±
√
∆
1
2c
,
(1.28) desdeque∆
1
(s
w
) = (bs
w
− e)
2
− 4c(as
2
w
− ds
w
+ f )
(1.29)sejanão negativo. Por outrolado, se onsiderarmosa saturação da água omo função
dasaturação dogás, istoé,
s
w
= s
w
(s
g
)
, aEq. (1.24) pode ser rees rita naformaas
2
w
+ (bs
g
− d)s
w
+ (cs
2
g
− es
g
+ f ) = 0.
(1.30)Dessamaneira,resolvendo a Eq. (1.30),temos que
s
w
=
−(bs
g
− d) ±
√
∆
2
2a
,
(1.31) desdeque∆
2
(s
g
) = (bs
g
− d)
2
− 4a(cs
2
g
− es
g
+ f )
(1.32)sejanão negativo.
Com isto,obtivemosasexpressõesexplí itasdas urvasde Hugoniotporestados
bases
U
+
∈ (O, B)
, as quais serão utilizadas posteriormente para obter mais detalhes das urvasde Hugoniotpor estadosbase aolongo dosegmento(O, B)
. Uma urva deHugoniotpor um estado genéri o
U
+
∈ (O, U)
daFig. 1.1pode ser vista naFig. 2.4. Obs. 1.3 Note que seU
+
= O
, isto é,s
+
w
= s
+
g
= 0
es
+
o
= 1
, então usando as expressões em (1.25) a Eq. (1.24) se reduz às
w
s
g
= 0
e reobtemos os lados[G, O]
e[W, O]
, omo obtido em (AZEVEDOet al, 2010).Curva de Hugoniot pelo ponto
U
+
= B
Vamos obter expli itamente a expressão que dene a urva de Hugoniot pelo
ponto
B
do lado[G, W ]
do triângulode saturações.Para determinar a urva de Hugoniot por
B
basta apli ar as oordenadas deB
omo sendo os estados à direita
(s
+
w
, s
+
o
, s
+
g
)
no segundo fator do produto em (1.23). Apósalgumas manipulaçõesobtemosque a urva de Hugoniot porB
tem equação:(1 − s
w
− s
g
)
s
w
−
µ
w
µ
g
s
g
(µ
g
+ µ
o
)s
g
+
µ
g
(µ
w
+ µ
o
)
µ
w
s
w
− µ
g
= 0.
(1.33)Assim hegamosa on lusãoquea urvadeHugoniotpor
B
degeneranos trêssegmen-tosde reta ver Fig. 1.4(a)
:
[G, W ]
denido por:1 − s
w
− s
g
= 0,
(1.34)[O, B]
denido por:s
w
−
µ
w
µ
g
s
g
= 0,
(1.35)[E, D]
denido por:(µ
g
+ µ
o
)s
g
+
µ
g
(µ
w
+ µ
o
)
µ
w
s
w
− µ
g
= 0.
(1.36)Fazendo ainterseção dos segmentos de retas
[O, B]
e[E, D]
, obtemosasoorde-nadasdo ponto
T
B
a seguir:T
B
=
µ
w
µ
w
+ 2µ
o
+ µ
g
,
2µ
o
µ
w
+ 2µ
o
+ µ
g
,
µ
g
µ
w
+ 2µ
o
+ µ
g
.
(1.37)Obs. 1.4 Para os grá os das velo idades vamos usar a seguinte onvenção: linha
pontilhadapara a velo idade ara terísti a
λ
1
, linha ontínua para a velo idade ara -terísti aλ
2
elinhatra ejadapara avelo idadede hoqueσ
. Alémdisto, ometeremoso abusode indi arpontosnográ odavelo idadede hoquee nãonodomínio dafunçãoem questão. Quando onveniente, também indi aremos o ponto umbíli o
U
ao longoObservando na Fig. 1.4(b) os grá osde
σ(M; B)
eλ
1
(M)
, omM
variandono segmento[O, B]
da Fig. 1.4(a), vemos queσ(T
B
; B) = λ
1
(T
B
)
. E também pode-se veri ar queT
B
é um ponto de 1-bifur ação se undária de
H(B)
.G
W
O
D
E
B
U
T
B
(a)0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Velocidades:
σ
;
λ
1
s
o
T
B
O
B
(b)Figura1.4: (a)Curvade Hugoniotpor
B
. (b)Grá osdavelo idadeλ
1
(M)
eda velo- idadede hoqueσ(M; B)
omM
variandosobre osegmento[O, B]
em(a)ilustrandoaexistên ia doponto
T
B
de 1-bifur ação se undária de
H(B)
.De maneiraanáloga àProposição 1.1temos as duas outrasproposiçõesa seguir.
Proposição 1.2 Seja
U
+
= (s
+
w
, s
+
o
, s
+
g
)
um estado sobre o segmento(E, W )
do triân-gulo de saturações. Então a urva de Hugoniot porU
+
onsiste do segmento[E, W ]
e de dois ramos de hipérbole.A demonstração desta Proposição pode ser en ontrada em(BARROS, 2010). A
expressãoda urvade Hugoniot porum estado
U
+
sobre o segmento(E, W )
pode ser es rita omos
o
−
µ
o
µ
g
s
g
"
D(s
+
o
)
2
+ D
+
µ
o
µ
g
s
g
s
o
− s
+
o
s
o
+
µ
o
µ
g
s
g
#
= 0.
(1.38) Proposição 1.3 SejaU
+
= (s
+
w
, s
+
o
, s
+
g
)
um estado sobre o segmento(G, D)
do triân-gulo de saturações. Então a urva de Hugoniot porU
+
onsiste do segmento[G, D]
e de dois ramos de hipérbole.A expressão da urva de Hugoniot por um estado
U
+
sobre o segmento(G, D)
pode ser es rita omos
o
−
µ
o
µ
w
s
w
"
D(s
+
o
)
2
+ D
+
µ
o
µ
w
s
w
s
o
− s
+
o
s
o
+
µ
o
µ
w
s
w
#
= 0.
(1.39)Obs. 1.5 As expressões explí itas para
H(U
+
)
omU
+
nos lados[W, O]
e[G, O]
do triângulo de saturações podemser en ontradas em (GUEDES, 2009) e em(BARROS,2010).
1.4 Redução ao Fluxo Bifási o.
Ao longo dos segmentos de reta
[O, B]
,[W, E]
e[G, D]
o uxo se reduz a umuxo bifási o, sendo que nesta seção são apresentados os ál ulos, também feitos em
(AZEVEDO et al, 2010), apenas para
[O, B]
, tendo emvista que os outros asos sãoanálogos.
Considereassaturações
(s
w
, s
o
, s
g
)
restritasaoramo[O, B]
da urvade Hugoniot porum estadoP ∈ [O, B]
. Veja aFig. 2.4, porexemplo.Dena a saturação mista água/gás, denotada por
s
wg
, omosendos
wg
:= s
w
+ s
g
= 1 − s
o
,
(1.40)edenote asoma das vis osidades daágua e dogás por,
µ
wg
:= µ
w
+ µ
g
.
(1.41)Usandoasequações(1.40)e(1.41)podemosreparametrizarassaturações
s
w
es
g
pors
w
=
µ
w
µ
wg
s
wg
es
g
=
µ
g
µ
wg
s
wg
. Substituindoestas expressõesdes
w
es
g
nasequações (1.1) e(1.3), obtemosµ
w
µ
wg
∂s
wg
∂t
+
∂f
w
∂x
= 0,
(1.42)µ
g
µ
wg
∂s
wg
∂t
+
∂f
g
∂x
= 0,
(1.43)onde asfunções de uxo fra ionário reparametrizadassão dadas por
f
w
=
µ
w
µ
wg
s
2
wg
s
2
wg
+
µ
wg
µ
o
(1 − s
wg
)
2
!
,
(1.44)f
g
=
µ
g
µ
wg
s
2
wg
s
2
wg
+
µ
wg
µ
o
(1 − s
wg
)
2
!
=
µ
g
µ
w
f
w
.
(1.45)Assim as equações (1.42) e (1.43) são múltiplas uma da outra, e denindo
ν =
µ
wg
µ
o
,
temos que o sistema (1.1)-(1.3) ao longo de
[O, B]
se reduz à equação deBu kley-Leverett dependendo doparâmetro
ν
,∂s
wg
∂t
+
∂
∂x
s
2
wg
s
2
wg
+ ν(1 − s
wg
)
2
!
= 0.
(1.46)A Eq. (1.46)pode então ser es ritana forma
s
t
+ f (s; ν)
x
= 0,
(1.47) omf (s; ν) =
s
2
s
2
+ ν(1 − s)
2
es ≡ s
wg
= s
w
+ s
g
.
(1.48)Como
s
wg
+ s
o
= 1
, a partirda Eq. (1.46)obtemos∂s
o
∂t
+
∂
∂x
s
2
o
s
2
o
+
1
ν
(1 − s
o
)
2
!
= 0.
(1.49)Isto mostra que se tomarmos na ondição ini ial os estados onstantes
U
−
eU
+
ao longo do segmento de reta[O, B]
, então a solução do problema de Riemann parao es oamento trifási o se reduz à resolução da equação de Bu kley-Leverett para o
es oamento bifási o nas variáveis
s
wg
es
o
.Demaneiraanálogaaoquezemosatéaqui,se onsiderarmosna ondição ini ial
osestados onstantes
U
−
eU
+
aolongo dos segmentosde reta[G, D]
ou[E, W ]
,então a solução do problema de Riemann para o es oamento trifási o se reduz à resoluçãodas equações de Bu kley-Leverett (1.50) ou (1.51) para os es oamentos bifási os nas
variáveis
s
wo
es
g
ous
og
es
w
, respe tivamente.∂s
g
∂t
+
∂
∂x
s
2
g
s
2
g
+
1
ν
(1 − s
g
)
2
!
= 0,
omν =
µ
w
+ µ
o
µ
g
,
(1.50)∂s
w
∂t
+
∂
∂x
s
2
w
s
2
w
+
1
ν
(1 − s
w
)
2
!
= 0,
omν =
µ
o
+ µ
g
µ
w
.
(1.51)Construção da Solução do Problema
de Riemann
2.1 Introdução.
No triângulode saturações representado naFig. 1.1, vamos onsiderar dados de
produção orrespondendo aum estado
P
arbitrário, próximodovérti eO
dotriângulode saturações, no quadrilátero
OEUD
e os dados de injeção orrespondendo a umestado
I
no lado[G, W ]
.Asjusti ati asde algumasarmaçõeseresultadosserãofeitasusando
argumen-tosgeométri os,atravésde grá osde funções, para os asos emquetemosexpressões
explí itas omo obtidas na Proposição 1.1, já que na maioria das vezes, os ál ulos
seriamdemasiadamente longos. Outras armaçõese resultados não serão justi ados,
mas poderão (eforam) veri ados numeri amenteatravés dos programas PAKMAN
eRPN, bem omo através doMATLAB, porinúmeros experimentos.
2.2 Estado de Produção
P = O
.A onstrução da solução do problema de Riemann para
P = O
foi ini ialmentedes ritaem(AZEVEDOetal,2010),maspor onveniên iarepetimo-laresumidamente
aqui para podermos omparar as soluções que vamos obter para estados
P
próximosA urva de Hugoniot
H(O)
está exibida naFig. 2.1(a). Elaé omposta portrêssegmentos de retas no triângulo de saturações: o lado
[G, O]
, o segmento[O, B]
e olado
[W, O]
. Na Fig. 2.1(a) os estadosG
∗
,B
∗
eW
∗
, são tais queσ(G
∗
; O) = λ
2
(G
∗
)
,σ(B
∗
; O) = λ
1
(B
∗
)
eσ(W
∗
; O) = λ
2
(W
∗
)
,ouseja,G
∗
,W
∗
eB
∗
sãoextensõesdovérti eO
, ara terísti as neles próprios, sendoG
∗
eW
∗
extensões-2 eB
∗
extensão-1. Temos também que o estadoB
∗
é extensão-1 dos estadosB
G
∗
eB
W
∗
ara terísti a emB
∗
, onforme (AZEVEDO et al, 2010). Ainda na Fig. 2.1(a), o estadoU
orresponde aopontoumbíli o. Osestadosdeextensão
G
∗
,B
∗
eW
∗
sãojusti adosusandoosgrá os dasvelo idades, omoilustramasFigs. 2.1(b)e2.2. NotequeG
∗
,B
∗
eW
∗
são pontos quesatisfazemoTeoremadeBethe-Wendro (A.19) orrespondendoavaloresmáximosdavelo idade
σ
.G
W
O
B
B
*
G
G
*
B
*
W
W
*
B
*
U
(a)0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
Velocidades:
σ
;
λ
1
;
λ
2
s
o
O
B
U
B
*
(b)Figura 2.1: (a)
H(O)
(linhas tra ejadas). (b) Grá os deλ
1
(M)
,λ
2
(M)
eσ(M; P )
omM
ao longo dosegmento[O, B]
deH(O)
,justi ando a existên ia doestadoB
∗
.Os estados de injeção que separam segmentos no lado
[G, W ]
do triângulo desaturações om onstruçõesdistintas paraasequên iade ondasque ompõeas
respe -tivassoluçõesdos problemas de Riemannestão ilustradosnaFig. 2.3. São eles:
I
1
,B
eI
2
, sendo queI
1
eI
2
são obtidospelas interseções das urvasde onda-1reversas porG
∗
eW
∗
om olado[G, W ]
,respe tivamente.As possibilidades de soluções do problema de Riemann para este aso
P = O
estãodes ritas a seguir,podendoser a ompanhadas om o auxíliodaFig. 2.3.
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Velocidades:
σ
;
λ
2
s
o
G
*
O
G
(a)0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Velocidades:
σ
;
λ
2
s
o
O
W
W
*
(b)Figura2.2: Grá os das velo idades
λ
2
(M)
eσ(M; P )
. (a)M
variando sobre o ramo[G, O]
da urva de Hugoniot porO
, justi ando a existên ia do estadoG
∗
. (b)M
variandosobreoramo
[W, O]
da urvade HugoniotporO
,justi ando aexistên iadoestado
W
∗
.então a sequên ia de ondas que ompõe a solução do problema de Riemann é
dadapelaprópriasoluçãodaequaçãode Bu kley-Leverett om afunçãode uxo
do óleo
f
o
(ou do gásf
g
) restrita ao lado[G, O]
do triângulo de saturações. Portanto, a sequên ia de ondas que ompõe a solução é dada por uma onda derarefação-2 de
G
paraG
∗
, seguida de uma onda de hoque deG
∗
paraO
, omσ(G
∗
; O) = λ
2
(G
∗
)
.(ii) Se
I ∈ (G, I
1
)
ouI ∈ (I
2
, W )
, então a sequên ia de ondas que ompõe asolu-ção do problema de Riemann é onstituída de uma omposta-1 de
I
para umestado
M
, ondeM
é um estado sobre os segmentos(G, G
∗
)
ou(W, W
∗
)
respe -tivamente, seguida de uma omposta-2 deM
paraO
. A omposta-1 é formadapor uma rarefação-1 de
I
para o estadoT
(extensão-1 do pontoM
) seguida deum hoque de
T
paraM
, omσ(T ; M) = λ
1
(T )
. A omposta-2 é formada por umaondade rarefação-2deM
paraG
∗
oudeM
paraW
∗
, seguidade um hoquede
G
∗
paraO
oudeW
∗
paraO
, omσ(G
∗
; O) = λ
2
(G
∗
)
ouσ(W
∗
; O) = λ
2
(W
∗
)
,respe tivamente.
(iii) Se
I ∈ [I
1
, B)
ouI ∈ (B, I
2
]
, então a sequên ia de ondas que ompõe a solução doproblema de Riemann é onstituída por uma omposta-1 deI
paraM
, ondeM
é um estado sobre o segmento[G
∗
, B
G
∗
)
seI ∈ [I
1
, B)
ou sobre[W
∗
, B
W
∗
)
seI ∈ (B, I
2
]
, seguida de um hoque deM
paraO
. A omposta-1 é formada poruma rarefação-1 de
I
para o estadoT
(extensão-1 doestadoM
) seguidade umhoquede
T
paraM
, omσ(T ; M) = λ
1
(T )
.(iv) Se
I = B
, então asolução doproblema de Riemanné dada poruma rarefação-1de
B
para o estadoB
∗
, seguidade um hoque deB
∗
paraO
.(v) Se
I = W
, ou seja, se o estado ini ial à esquerda orresponder a apenas água,então asoluçãoédadapelaprópriasoluçãodaequaçãode Bu kley-Leverett om
afunçãodeuxodoóleo
f
o
(oudaáguaf
w
)restritaaolado[W, O]
dotriângulode saturações. Portanto,asequên iadeondasque ompõeasoluçãodoproblemadeRiemannédadaporuma omposta-2de
W
paraO
. Esta omposta-2é formadade uma rarefação-2 de
W
paraW
∗
seguida de um hoque deW
∗
paraO
, omσ(W
∗
; O) = λ
2
(W
∗
)
.O
G
*
W
*
B
*
W
B
*
G
B
*
I
I
I
I
B
W
1
I
I
2
G
M
T
M
M
T
T
T
T
Figura 2.3: Representação das diversas possibilidades para a solução do problema de
Riemannpara
P = O
,de a ordo om a lo alizaçãodoestadode injeçãoI
aolongo dolado
[G, W ]
. As urvas[G, B
∗
]
e[B
∗
, W ]
(pontilhadas) são extensões-1 dos segmentos[G, B
G
∗
]
e[W, B
W
∗
]
da urva de Hugoniot porO
, ara terísti as em[G, B
∗
]
e[B
∗
, W ]
, respe tivamente.Obs. 2.1 Notequenoitem(iv)emque onsideramos
I = B
temos omo onsequên iadaRegradoChoqueTriploqueasequên iadeondasque ompõea soluçãodoproblema
(a) Rarefação-1 de
B
para o estadoB
∗
, seguida de um hoque deB
∗
paraB
G
∗
, omσ(B
∗
; B
G
∗
) = σ(B
∗
G
; O) = λ
1
(B
∗
)
.(b) Solução da equação de Bu kley-Leverett ao longo do segmento
[O, B]
orrespon-dendoa apenas uma onda de rarefação-1 de
B
paraB
∗
seguida de um hoque deB
∗
paraO
, omσ(B
∗
; O) = λ
1
(B
∗
)
.( ) Rarefação-1 de
B
para o estadoB
∗
, seguida de um hoque deB
∗
paraB
W
∗
, omσ(B
∗
; B
W
∗
) = σ(B
∗
W
; O) = λ
1
(B
∗
)
.Observequenostrês asosa imaavelo idadedo hoquequeatinge
O
éamesma,assim omo a velo idade nal no segmento de rarefação, o que ara teriza a mesma
solução no espaço físi o-
xt
.Isto on lui ades riçãode uma soluçãodoproblema de Riemannparao aso em
que
U
+
= P = O
. A uni idade é provada em (AZEVEDOet al,2013).Passemos então a des rever uma solução do problema de Riemann perturbando
P
paraointeriordoquadriláteroOEUD
dotriângulode saturaçõesdaFig. 1.1. Ini i-aremos onsiderandoP
numa vizinhança su ientemente pequena deO
e em seguidao deslo aremos mais até que haja uma mudança na estrutura da sequên ia de ondas
que ompõe a solução do problema de Riemann. Quando dete tarmos esta mudança
estaremos ruzando afronteira desta vizinhançaini ial de
O
.2.3 Estado de Produção
P
numa VizinhançaR
1
deO
.Notação: Vamos es rever
P ≈ O
para indi ar queP
é um estado su ientementepróximo dovérti e
O
.Para fa ilitarades riçãoeaprópria ompreensãoini iaremos onsiderando
P
nosegmentode reta
(O, U)
,poisneste aso temosasexpressões quedenem as urvasdeHugoniotde formaexplí ita, omo vimosna Proposição1.1 daSeção 1.3.
2.3.1 Estado
P
sobre o Segmento de Reta(O, U)
.Fixado um estado de produção
P
sobre o segmento(O, U)
dosegmento de reta[O, B]
, omP
su ientemente próximo deO
, queremos determinar estados espe iaisnos quais as respe tivas onstruções da solução doproblema de Riemann o orram de
maneiradiferen iada.
Para determinarmos uma solução do problema de Riemann (1.10) - (1.11) om
U
+
= P ≈ O
eU
−
= I ∈ [G, W ]
de uma maneira lássi a, isto é, usando umaonda da família-1seguida de uma onda da família-2 one tando
U
−
= I
aU
+
= P
, separados por apenas um estado intermediário onstanteM
( omo no asoP = O
),primeiramente pro uramos des rever segmentos da urva de onda-2 reversa por
P
,W
2
−
(P )
, e a partir deles, as urvas de onda-1 reversas porM
,W
1
−
(M)
, omM
va-riando em ada segmento deW
2
−
(P )
onsiderado. Após veri ar a admissibilidade dasdes ontinuidadesea ondiçãode ompatibilidadegeométri adas velo idades, asoW
1
−
(M)
ubra univo amente todo o segmento[W, G]
, uma solução do problema de Riemannserá des ritapor umasequên iade uma onda-1apartirdoestadode injeçãoI
paraumestadoM
,seguidaporuma onda-2deM
paraoestadode produçãoP
, omM ∈ W
1
+
(I) ∩ W
2
−
(P )
, exatamente omo no asoP = O
.Os elementos ne essários para a des rição de tal solução serão dados a partir
de uma sequên ia de armações, ulminando noresultado prin ipal da subseção, que
forne e esta solução para estados de injeção representando ada intervalo disjunto no
lado
[G, W ]
.Obs. 2.2 Relembramos que a urva de Hugoniot por
P
, omP ∈ (O, B)
, foi obtidaexpli itamente na Proposição 1.1 e pode ser parametrizada pelas expressões (1.28) ou
(1.31)de a ordo oma onveniên iadomomentoemqueestiversendoutilizada. Neste
aso em que
P ≈ O
, a urva de Hugoniot está exibida na Fig. 2.4.Armação 2.1 Fixado
U
+
= P ≈ O
, omP
no segmento(O, U)
, existem dois segmentos emH
N
(P )
, indi ados por[A
1
, A
3
]
e[A
2
, A
4
]
na Fig. 2.4, tais que seM ∈ (A
1
, A
3
)
ouM ∈ (A
2
, A
4
)
, então a des ontinuidade deM
paraP
é um hoque-2de Lax.
Justi ativa. A justi ativaserá feita om base nas Figs. 2.4 e 2.5. Como podemos
observar na Fig. 2.4, a urva de Hugoniot por
P
onsiste de dois ramos de hipérbole,umlo alquenãoérelevanteparanossoproblemaeoutronãolo al, ontendoospontos
G
1
,A
1
,A
3
,A
4
,A
2
eW
1
, além do ramo lo al onsistindo do segmento de reta[O, B]
quetambém ontémopontoA
4
. OspontosA
∗
1
,A
∗
2
,A
∗
3
eA
∗
4
daFig.2.4serãodenidos mais adiante.O
B
U
W
A
4
*
D
A
4
P
W
1
A
3
E
A
1
A
3
*
G
1
G
A
2
*
A
2
A
1
*
T
*
Figura 2.4: Curva de Hugoniot por
P ∈ (O, U)
e segmentos de retas de bifur ação[G, D]
e[E, W ]
.Considere osgrá osdas velo idades ara terísti as
λ
1
(M)
eλ
2
(M)
,eda velo i-dadede hoqueσ(M; P )
mostrados naFig. 2.5(a), omM
variandoaolongo doramonão lo al
H
N
(P )
daFig. 2.4. Nessa mesma Fig. 2.5(a) onsidere as retas horizontais de alturaλ
1
(P )
eλ
2
(P )
. Observando estes grá os, vemos a existên ia dos estadosA
1
,A
2
,A
3
eA
4
ao longo deH
N
(P )
denindo os dois segmentos(A
1
, A
3
)
e(A
2
, A
4
)
daFig. 2.4taisqueasdesigualdadesem(A.14), quedenem um hoque-2 de Lax,sãosatisfeitas, sendo que os estados
A
3
eA
4
são melhor visualizadosna Fig. 2.5(b) onde éfeita uma ampliaçãode parte daFig. 2.5(a).Na Fig. 2.5está ilustrado o Teorema de Bethe-Wendro para osestados
A
1
,A
2
eA
3
emque a velo idade de hoque é extremal (máximolo alemA
1
eA
2
, e mínimo lo al emA
3
omσ(A
1
; P ) = λ
2
(A
1
)
,σ(A
2
; P ) = λ
2
(A
2
)
,σ(A
3
; P ) = λ
1
(A
3
)
). Ainda naFig. 2.5 vemos o estadoA
4
, que não satisfaz o Teorema de Bethe-Wendro, mas étalque
σ(A
4
; P ) = λ
1
(A
4
)
. Na realidadeA
4
é ainterseção doramo lo al[O, B]
om oramo não lo al de
H(P )
, isto é,A
4
é um ponto de 1-bifur ação se undária deH(P )
, omoserá vistonaArmação 2.3.Obs. 2.3 Note na Fig. 2.4 que o estado
A
1
lo aliza-se no triângulo△GUE
e que o estadoA
2
lo aliza-se no triângulo△W DU
.Obs. 2.4 Comparando om o aso
P = O
temos aseguinte orrespondên iade estadosda Fig. 2.4 om estados da Fig. 2.1(a):
G
1
↔ G
,A
1
↔ G
∗
,A
∗
1
↔ B
G
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
s
w
velocidades
σ
(M,P),
λ
1
,
λ
2
G
1
A
1
A
2
λ
2
(P)
λ
1
(P)
W
1
(a)0.155
0.16
0.165
0.17
0.175
0.18
1.01
1.02
1.03
1.04
1.05
1.06
1.07
1.08
1.09
s
w
velocidades
σ
(M,P),
λ
1
A
4
A
3
(b)Figura 2.5: (a)Grá os de
λ
1
(M)
,λ
2
(M)
eσ(M; P )
omM
ao longo do ramo não lo alH
N
(P )
da Fig. 2.4 mostrando a existên ia dos estadosA
1
eA
2
. Retas horizon-taisde alturaλ
1
(P )
,λ
2
(P )
. (b)Ampliação da região retangular desta ada em 2.5(a), mostrandoa existên ia dos estadosA
3
eA
4
.A
4
↔ O
,A
∗
2
↔ B
∗
W
,A
2
↔ W
∗
,W
1
↔ W
eT
∗
↔ B
∗
.Armação 2.2 Fixado
U
+
= P ≈ O
, omP ∈ (O, U)
, então os hoques deM
paraP
, omM
nos segmentos[A
1
, A
3
]
e[A
2
, A
4
]
deH(P )
naFig. 2.4 denidosna Arma-ção 2.1 são admissíveis segundo a ondição de entropia de vis osidade om matriz devis osidadesendo a identidade.
Para veri arnumeri amenteavalidadedaArmação2.2,viaoprogramaP
AK-MAN, pro edemos daseguinte maneira. Restrigimos nossa atenção para
M
nosseg-mentos
[A
1
, A
3
]
e[A
2
, A
4
]
,e analisamosnumeri amenteeexaustivamenteos planosde fases do sistema de EDO's (A.18), omB(U) ≡ I
, veri ando a existên ia de órbitasone tando
U
−
aU
+
.Vamos agora onsideraro ramo da urva de Hugoniotpor
P
que oin ide om osegmento
[O, B]
.Armação 2.3 Fixado
U
+
= P ≈ O
, omP ∈ (O, U)
, então existem os pontos, ao longo de(O, B)
, denotados porA
4
eT
∗
na Fig. 2.4, tais que
σ(A
4
; P ) = λ
1
(A
4
)
eσ(T
∗
; P ) = λ
1
(T
∗
)
. Além disto seM ∈ [B, T
∗
)
entãoa des ontinuidadede
M
paraP
é um hoque-2 de Lax, enquanto se
M ∈ (T
∗
, A
4
)
então a des ontinuidade deM
paraP
é um hoquesuper ompressivo. Por último, temos queA
4
é o pontode 1-bifur ação se undária deH(P )
.Justi ativa. Considere osgrá osdavelo idade de hoque
σ(M; P )
e dasvelo ida-des ara terísti as
λ
1
(M)
eλ
2
(M)
, omM
variandoem[O, B]
,exibidosnaFig. 2.6(a). Observando estes grá os, a laro a existên iados pontosA
4
eT
∗
, orrespondentes
aos estados onde as interseções dos grá os de
σ
e deλ
1
o orrem, de tal forma que as desigualdades em (A.14) e (A.16) que denem os tipos dos segmentos de hoquesão válidas. Além disto temos que
σ(A
4
; P ) = λ
1
(A
4
)
, masA
4
não é um ponto de ara terizado pelo Teorema de Bethe-Wendro, o que onrma queA
4
é o ponto de bifur açãose undária-1deH(P )
.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
Velocidades:
σ
;
λ
1
;
λ
2
s
o
B
T
*
A
4
U
P
O
(a)0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
1
1.2
1.4
1.6
1.8
2
2.2
s
w
Velocidade
σ
(M,P)
λ
1
(T
*
)
A
3
*
A
1
*
A
4
*
A
2
*
A
2
A
4
A
3
A
1
W
1
G
1
(b)Figura 2.6: (a)Grá os de
λ
1
(M)
,λ
2
(M)
eσ(M; P )
omM
ao longo do segmento[O, B]
, ilustrando a existên ia dos estadosA
4
eT
∗
tais que
σ(A
4
; P ) = λ
1
(A
4
)
eσ(T
∗
; P ) = λ
1
(T
∗
)
. (b) Velo idade de hoqueσ(M; P )
, omM
variando ao longo deH
N
(P )
e a reta de alturaλ
1
(T
∗
)
ilustrando os estadosA
∗
3
,A
1
,A
∗
1
,A
3
,A
4
,A
∗
2
,A
2
eA
∗
4
.Notequeoponto
T
∗
dadonaArmação2.3satisfazoTeoremadeBethe-Wendro.
Este ponto
T
∗
tem papel de destaque na onstrução da solução do problema de
Rie-mann,análogo aopapelde
B
∗
no asoP = O
.Armação 2.4 Seja
U
+
= P ≈ O
, omP ∈ (O, U)
, omo nas armações anteriores. Os hoques-2 deM
paraP
omM ∈ [B, T
∗
)
não satisfazem a ondição de entropia
de vis osidade ( om matriz de vis osidade sendo a identidade), enquanto os hoques
super ompressivos de
M
paraP
omM ∈ [T
∗
, A
4
)
a satisfazem.Como naArmação 2.2, a veri ação da ondição de entropia de vis osidade foi