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TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA EM DIFERENTES FRAGMENTOS NO MUNICÍPIO DE ARAÇOIABA DA SERRA, SP.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): PAULO YUDI YAMAGUCHI AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LUCIANO BONATTI REGALADO, WELBER SENTEIO SMITH ORIENTADOR(ES):

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UNIVERSIDADE PAULISTA

VICE-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

INICIAÇÃO CIENTÍFICA – UNIP

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA EM

DIFERENTES FRAGMENTOS NO MUNICÍPIO DE ARAÇOIABA DA

SERRA, SP.

AUTOR: Paulo Yudi Yamaguchi

CURSO:Ciências Biológicas

Laboratório de Ecologia Estrutural e Funcional

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DISTRIBUIÇÃO E COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA EM DIFERENTES

FRAGMENTOS NO MUNICÍPIO DE ARAÇOIABA DA SERRA, SP.

1. RESUMO

Abrigando a maior diversidade biológica do mundo, o Brasil apresenta um dos maiores números de espécies quando o assunto se adentra a avifauna, com um vasto número de 1900 espécies de aves, pode-se proceder ao risco da grande maioria das espécies estarem ameaçada devido a ações antrópicas.

Em vista da consequência dos fatos, estas ações alteram ecossistemas ocasionando mudanças de habitat além de acarretar a utilização da avifauna no meio urbano, ocorrendo grande fluxo das espécies consideradas tanto generalistas como especialistas por fragmentos denominados áreas verdes dos centros urbanos.

Buscando o entendimento dessas ações, estudos são necessários, visando a proteção das espécies além de fortalecer os planos municipais de conservação destas áreas.

Com embasamento nestes critérios, foram realizadas saídas a campo em 3 pontos diferentes, quinzenalmente desde agosto até o presente momento, além das saídas esporádicas todas com horários reservados para a maior atividade da avifauna sendo assim definido das 06:00Hrs às 11:00Hrs e dás 19:00Hrs às 23:00Hrs, essas saídas aconteceram com auxilio de equipamentos, como câmeras fotográficas e guias de campo para identificação das espécies.

Foram registradas até o momento 84 espécies com um esforço amostral de 246 horas, distribuídas em 23 ordens e 8 guildas tróficas. Os pontos escolhidos para amostragem foram analisados de acordo com a quantidade de espécies agrupadas entre as ordens tendo como predominância a ordem passeriforme, por conta da mesma ser a mais numerosa ordem, além das espécies possuírem uma grande variedade perante a ecologia alimentar da avifauna, sendo beneficiadas pela vasta diversidade de espécies arbóreas que o município possui em seus fragmentos de área verde, servindo tanto de abrigo e fonte de alimentos para os mesmos.

O presente estudo indica que o município de Araçoiaba da Serra pode ser considerado uma área com de grande manutenção da Avifauna urbana regional, fortalecendo ainda mais a criação de planos e estudos que colaborem para proteção e conservação tanto do habitat como das espécies.

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SUMÁRIO

1. RESUMO ... 0 1. INTRODUÇÃO ... 1 2. OBJETIVOS ... 3 2.1 OBJETIVOS GERAIS ... 3 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 3 3. ÁREAS DE ESTUDO ... 4 4. MATERIAIS E MÉTODOS ... 6 5. RESULTADOS ... 7 6. DISCUSSÕES ... 14 7. CONCLUSÃO ... 177 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 188

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil é o país com a maior diversidade biológica, abrigando entre 15% e 20% do número total de espécies do planeta (FAPESP, 2008). Dessa riqueza, o país abriga em seu território mais de 1900 espécies de aves, correspondendo à quase 20% de toda a avifauna conhecida no mundo (CBRO, 2014).

Por consequência de ações antrópicas os resultados dos impactos afetam ecossistemas proporcionando mudanças de habitat, alterando populações de divergentes espécies variando entre benefícios e malefícios, diminuindo, aumentado ou extinguindo comunidades (OLIVEIRA, 2011).

Diante dessas ações, o país vem sofrendo grande desmatamento principalmente na Região Sudeste (PEIXOTO; BATISTA; RODOVALHO, 2007) ocasionando a devastação acelerada das Florestas Estacionais Semideciduais (ATHIÊ; DIAS, 2012;CAVARZERE; MORAES; PARMEZANI; DONATELLI, 2009), suscitando à utilização dos recursos urbanos pela avifauna, representando um reflexo para a grande perda de habitat natural ocasionando a fragmentação acelerada nos diferentes níveis de antropização (SANDRO, 2010; ALEXANDRINO; et al, 2011).

Com esse considerável aumento as aves tendem a se adaptar ao novo habitat tornando as áreas verdes dos centros urbanos uma forma de manutenção das espécies, formando “ilhas” e corredores que são de grande eficiência para o deslocamento servindo como “trampolins ecológicos” permitindo o fluxo de alguns indivíduos que são incapazes de atravessar áreas abertas em paisagens fragmentadas, embora não sejam suficientes para servir de refúgios a todas as espécies do grupo. (FRANCHIN, 2009; DEVELEY; PONGILUPPI, 2010;ARANA; ALMIRANTE, 2010).

Inúmeras espécies procuram ambientes preservados enquanto outras o meio urbano, adaptando–se a convivência com o ser humano e satisfazendo suas mínimas necessidades, ocorrendo à redução e desaparecimento de algumas espécies e o surgimento de outras favorecidas pelo ambiente. (SILVA; MIKAEL, 2011;SACCO; BERGMANN; RUI, 2013). O fato que explica esse fenômeno seria a presença de organismos que toleram perturbações humanas (generalistas) enquanto algumas espécies sofrem drasticamente com perturbações (CARVALHO, 2012).

Estudos relacionados à diversidade de aves em centros urbanos têm adquirido cada vez mais importância quando se utiliza da comunidade para

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estejam sobrevivendo de recursos desse meio, (FRANCHIN; et al, 2009)sendo sensíveis às mudanças na estrutura e composição do habitat, assim, excelentes fornecedoras de informações relevantes para seleção e conservação de algumas áreas e (SACCO; BERGMANN; RUI, 2013;CORRÊA; et al, 2013) servindo como forte ferramenta de manejo para a restauração ecológica, tentando reduzir os impactos causados pela ocupação do solo dos grandes centros urbanos, por meios de chuva de sementes e outros métodos nas quais a grande maioria das espécies da Avifauna estão presentes. (CAMPOS; et al, 2012 e MEDEIROS; TOREZAN; NETO, 2011; TOMAZI; ZIMMERMANN, 2010).

Conforme sugere Athiê (2009), devido à carência de estudos no sudeste do Brasil, estudos dessa natureza apresentam-se de grande importância na caracterização da comunidade de aves ocorrentes nessa região.

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2. OBJETIVOS

O presente estudo tem por objetivo determinar a riqueza, composição e abundância da avifauna urbana de Araçoiaba da Serra.

2.1 OBJETIVOS GERAIS

O estudo tem por objetivo fortalecer e qualificar planos de proteção ás áreas verdes urbanas, além de quantificar a presença da fauna na região, partindo do pressuposto que será uma forte ferramenta para criação de planos de conservação e proteção, amparando o conhecimento cientifico da região, permitindo a iniciação de estudos cada vez mais importantes para a avifauna regional.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Determinar a riqueza da avifauna em diferentes fragmentos, tendo como análise destes resultados as perturbações que esses fragmentos recebem.

• Determinar a composição da avifauna do município

• Manutenção e proteção destes mesmos, servindo como diagnostico, com o intuito de catalogar espécies cada vez mais importantes em nossa região.

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3. ÁREAS DE ESTUDO

Araçoiaba da Serra possui área de territorial de 255,425 km², com uma população estimada em 30.088 habitantes. Localiza-se entre os municípios de: Iperó (Norte), Sarapuí e Salto de Pirapora (Sul), Sorocaba (Leste) e Capela do Alto (Oeste) (IBGE, 2013).

O município faz parte da zona de amortecimento da Floresta Nacional de Ipanema, cuja cobertura vegetal é composta predominantemente por Floresta Estacional Semidecidual com a ocorrência de exemplares de Floresta Ombrófila Densa e Mista e de Cerrado senso lato. (ALBUQUERQUE, 2000).

A partir dessas características de vegetação o presente estudo foi realizado em pontos de amostragens de diferentes Fragmentos, onde foram escolhidos por apresentarem caracterização de mata com estratos mais altos e mais diversificada servindo como atrativos de diversas espécies de aves.

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Figura 2: : Imagem do local 2: Lago Municipal. Fonte Google Maps

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4. MATERIAL E MÉTODO

Considerando a diversidade de métodos existentes para a amostragem da avifauna, a escolha do mais apropriado é fator determinante no sucesso ou fracasso do estudo, principalmente quando os trabalhos são desenvolvidos em ambientes florestais, onde os registros visuais tornam-se restritos devido à baixa luminosidade e a existência de obstáculos presentes no campo de visão do observador (DARIO, 1999).

A metodologia mais apropriada neste caso é a Transectos, onde foi percorrido caminhos no fragmento enquanto são identificadas espécies por audição e visualização sendo feito com auxilio de câmera fotográfica (Nikon P520).

Ao longo do caminho, em alguns momentos foram feitas paradas denominadas de “ponto fixo” onde se mantivemos em um local durante um espaço de tempo pré-determinado, fazendo observação a partir do uso do equipamento fotográfico e audição de aves, quando se necessário eram fotografadas para que fossem avaliadas e identificadas com mais precisão.

A partir do levantamento as espécies foram organizadas em gráficos seguindo número de espécies distribuídas em 21 ordens, o fragmento mais predominante e as respectivas guildas tróficas: Carnívoro, detritívoro, frugívoro, granívoro, insetívoro, nectarívoro, piscívoro e onívoro.

As aves foram identificadas considerando os aspectos morfológicos e comportamentais observadas em campo, com o auxilio de guias. A nomenclatura filogenética utilizada é aquela adotada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos.

Os dias de amostragem partiram de um esforço de 5 horas no período matutino (das 06h00min às 11h00min) e 4 horas no período noturno (das 19h00min às 23h00min), além de saídas esporádicas, sendo realizado até presente momento um esforço amostral de 246 horas.

O mesmo foi efetuado quinzenalmente contando com saídas esporádicas, de agosto de 2014 a agosto de 2015, sendo os resultados aqui apresentados contados até o presente termino da pesquisa.

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5. RESULTADOS

Tabela 1. Espécies inventariadas e suas respectivas ocorrências de acordo com local, Área 1 – Horto Municipal, Área 2 – Lago Municipal, Área 3 - Montante do Mizue.)

Ordens e espécies - Nome popular

Área 1 Área 2 Área 3

PASSERIFORMES

Pitangus sulphuratus Bem-te-vi X X X

Passer domesticus Pardal-doméstico X X

Mimus saturninus Sábia do Campo X X X

Turdus leucomelas Sábia-barranco X

Sporagra magellanica Pintassilgo X

Turdus rufiventri Sábia-laranjeira X X

Thraupis sayaca Sanhaço-cinza X X

Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa

X X X

Chrysomus ruficapillus Garibaldi X X X

Tangara palmarum Sanhaçu-do-coqueiro X

Tyrannus savana Tesourinha X

Cyanocorax cristatellus Gralha-do-campo X

Tachyphonus coronatus Tiê-preto X

Machetornis rixosa Suiriri-cavaleiro X X X

Certhiaxis cinnamomeus Curutié X

Tangara cayana Saíra-amarela X X

Icterus pyrrhopterus Encontro X

Fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada X X

Volatinia jacarina Tiziu X

Troglodytes musculus Curruíra X X

Zonotrichia capensis Tico-tico X

Pseudoleistes guirahuro Chopim-do-brejo X

Euphonia chlorotica Fim-fim X X

Sporophila caerulescens Coleirinha X

Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio X

Camptostoma obsoletum Risadinha X X

Furnarius rufus João-de-barro X X

Coereba flaveola Cambacica X

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Columbina talpacoti Rolinha-roxa X X X

Leptotila rufaxilla Juriti-gemedeira X X

Zenaida auriculata Pomba de bando X X X

Columba livia Pombo-doméstico X X X

Columba cayannensis Pombo-galego X X

Columba picazuro Pombo-asa-branca X X X

CUCULIFORMES

Crotophaga ani Anu-preto X X X

Piaya cayana Alma-de-gato X

Guira guira Anu-branco X X

Tapera naevia Saci-do-campo X

PSITTACIFORMES

Forpus xanthopterygius Tuim X

Aratinga leucophthalma Periquitão- Maracanã X X X

GRUIFORMES

Aramides cajaneus Saracura-três-potes X X X

Porphyrio martinicus Frango-d’água-azul X

Gallinula galeata Frango-d’agua-comum X X X

Aramus guarauna Carão X

Rallus nifricans Saracura-preta X X

APODIFORMES

Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura X

Anthracothorax nigricollis Beija-flor-de-veste-preta

X

PELECANIFORMES

Butorides striatus Socozinho X X

Ardea alba Garça-branca-grande X X X

Syrigma sibilatrix Maria-faceira X

Nycticorax nycticorax Garça-dorminhoca X X

Ardea cocoi Garça-moura X

Bubulcus ibis Garça-vaqueira X

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Colaptes campestris Pica-pau-do-campo X X

Dryocopus lineatus Pica

–pau-de-banda-branca

X

Ramphastos toco Tucano-toco X

GALLIFORMES

Penelope obscura Jacuaçu X X

CHARADRIIFORMES

Vanellus chilensis Quero-quero X X

STRIGIFORMES

Athene cunicularia Coruja-buraqueira X X

Tyto furcata Suindara X

CATHARTIFORMES

Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta X X X

ACCIPITRIFORMES

Rupornis magnirostris Gavião-carijó X X

Pandion haliaetus Águia-pescadora X

Buteo albicaudatus Gavião-de-rabo-branco X

Ictinia plumbea Sovi X

Buteogallus meridionalis Gavião-cabloco X

Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo X

CHARADRIIFORMES

Jacana jacana Jaçanã X X X

GALBULIFORMES

Malacoptila striata Barbudo-rajado X

NYCTIBIIFORMES

Nyctibius griseus Mãe da Lua X

SULIFORMES

Phalacrocorax brasilianus Biguá X

PODICIPEDIFORMES

Tachybapturus dominicus Mergulhão-pompom X

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CARIAMIFORMES

Cariama cristata

Seriema-de-pé-vermelho X

ANSERIFORMES

Dendrocygna viduata Irerê X X

Amazonetta brasiliensis Pé-vermelho X X

Cairina moschata Pato-do-mato X

Dendrocygna autumnalis Asa-branca X

FALCONIFORMES

Milvago chimachima Carrapateiro X X

Falco sparverius Quiriquiri X X

Caracara plancus Caracará X X X

CAPRIMULGIFORMES

Hydropsalis albicollis Bacurau X X

A) ESPÉCIES LEVANTADAS NO HORTO MUNICIPAL E AGRUPADAS EM SEUS RESPECTIVAS

(15)

B) ESPÉCIES INVENTARIADAS NO HORTO MUNICIPAL E DISTRUÍDAS DE ACORDO COM AS

GUILDAS TRÓFICAS APRESENTADAS.

.

C) ESPÉCIES LEVANTADAS NO LAGO MUNICIPAL E AGRUPADAS EM SUAS RESPECTIVAS

(16)

D) ESPÉCIES INVENTARIADAS NO LAGO MUNICIPAL E DISTRUÍDAS DE ACORDO COM AS

GUILDAS TRÓFICAS APRESENTADAS.

E) ESPÉCIES LEVANTADAS NA MONTANTE DO RIO MIZUE E AGRUPADAS EM SUAS

(17)

F) ESPÉCIES INVENTARIADAS NA MONTANTE DO RIO MIZUE E DISTRUÍDAS DE ACORDO COM

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6. DISCUSSÕES

Perante a demasiada antropização que áreas verdes urbanas estão suscetíveis, é de grande importância que se análise fatores que possam diagnosticar esses impactos, as aves, grandes utilizadoras desses recursos são as mais afetadas, por conta de que dependem desses fragmentos para a manutenção das espécies (PAETZOLD, 2008). Este estudo que por sua vez proporciona ao município o primeiro inventário de avifauna urbana, ferramenta que se compreende a necessidade de conservação dessas áreas objetos de estudo.

Com base nos dados obtidos e distribuídos pela conformidade de suas características, nota-se a diversidade das guildas tróficas de acordo com os fragmentos que foram escolhidos para o trabalho, em relação à ecologia alimentar das aves, tende-se por determinar que o fator relevante fosse a composição da vegetação que apresenta o local, denominado Horto Municipal contando com 42 espécies agrupadas em 16 ordens e distribuídas em 8 guildas tróficas, percebe-se a maioridade de 27% insetívora e 22% onívora, tendo em sua menor proporção espécies nectarívora 2% e detritívoras 3%, sendo as espécies abundantes, Pitangus sulphuratus e Columba Lívia.

Em consonância pelos recursos que o local Lago municipal apresenta, 39 espécies foram inventaridas e agrupadas em 15 ordens, distribuídas em 8 guildas tróficas tendo como predominância onívoro 21%, insetívoros 18%, piscívoro com menoridade em detritívoro e nectarívoro, Fluvicola nengeta e Todirostrum cinereum são relatadas com abundância nessas áreas.

Com o maior número inventariado de 65 espécies agrupadas em 19 ordens distintas e dividas em 8 guildas tróficas com maior abundância em Insetívoros 21%, 19% onívoro e 15% carnívoro, tendo como mais abundantes as Pitangus sulphuratus e Passer domesticus, além de espécies que somente neste local foram inventariadas até o presente momento como Nyctibius griséus e Porphyrio martinicus.

Foram registradas ao tota del 84 espécies (Tabela 2), número que em comparação com a Floresta Nacional de Ipanema mediante a sua diversidade de 218 espécies (DE IPANEMA, 2001), representa 38% da sua totalidade, sendo que nenhuma delas se encontra nas listas de espécies ameaçadas (MINISTERIO DO

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Em razão das espécies inventariadas, o maior número de espécies levantadas está no fragmento da Montante do Rio Mizue, sendo relativamente explicado pelo tamanho da área extensa além de promover a conformidade ideal para o fluxo de espécies, por conta da grande complexidade vegetal de remanescentes florestais e ambientes aquáticos, tendo significativas explicações para os demais aqui supramencionados.

Nota-se que em fragmentos menores possuem menor numero quando se faz um levantamento de avifauna local, em razão de que fragmentos com maior área e riquezas em termos de flora além de dosséis mais altos, podem ajudar tanto no fluxo como na manutenção de espécies generalistas como especialistas, sendo também utilizados como corredores ecológicos de algumas aves por conta de ligações com áreas mais extensas e complexas, quando o assunto é a vegetação local observam-se algumas espécies as quais não foram encontradas em outro fragmento exemplo disto, Nyctibius griséus e Porphyrio martinicus, essas espécies dependem de ambientes complexos e cada vez mais são consideradas especialistas ficando distantes de ambientes antropizados, essas antropizações afetam as populações mais especialistas que dependem de alta riqueza e dosséis mais alto.

Sendo assim por outro lado as espécies generalistas conseguem conviver em “harmonia” a esses ambientes, não sendo afetadas em seu fluxo e travessia de áreas abertas, modelo para discussão mencionada seria o horto florestal que a se mostra presente entre esse meio antropizado sendo caracterizado pela qualificação das guildas tróficas e ali presentes, tendo com sua predominância guildas como onívoros e insetívoros, de acordo com ALEIXO; JACQUES (1995) as espécies que dependem destes tipos de dieta são consideras em muitos casos generalistas como no caso de Pitangus sulphuratus e Columba Lívia, visto que em fragmentos que ocorrem, sofre grande perturbações antrópicas, e a partir dessas perturbações quando se atenta ao levantamento da avifauna local em determinado período percebe-se que em momentos de maiores perturbações, seja de obras ou intervenção humana, o maior número de espécies, são aquelas consideradas pouco exigentes ao local, já as consideradas especialistas, começam a desaparecer dos registros e procuraram outras áreas que proporcione maior segurança e nidificação da mesma.

Neste mesmo local onde as perturbações ocorriam inventariou-se ali para a lista deste levantamento a Aramus guaraúna, onde se presenciou a espécie predando Achatina fulica (Caramujo africano) numa clara relação ecológica induzida, visto que este mesmo é uma espécie exótica e invasora, conforme SAMPAIO, 2013 já existem relatos de outras espécies realizando este tipo de dieta, ou seja incluindo a predação do Caramujo africano em seu comportamento, além disso notou-se que a predação ocorre por espécies que já ocupam uma cadeia alimentar baseada em gastrópodes, deixando a dúvida à qual motivo teria incentivado essa relação, se estas espécies estariam incluindo o Caramujo africano em sua dieta ou o ambiente

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degradado forçaria as espécies a adotar tal medida, oque nos frisa uma necessidade de estudos mais aprofundados sobre o tema.

Apesar disso, em alguns casos, os níveis de perturbações que o ambiente sofre é menor quando se compara a recursos que oferece para algumas espécies de aves (MATARAZZO;NEUBERGER, 1992), onde estas, se adaptam ao ambiente pois ali o recurso se torna fácil e assim convivem com a intervenção humana, as

espécies que procuram estes ambientes, exemplo Fluvicola nengeta e Todirostrum

cinereum, predominam o local Lago Municipal já que o recurso que se encontra é

maior que o perigo das perturbações humanas, onde as mesmas nidificam o local pois as chances de manutenção se torna maior quando se encontra alimentação fácil e locais urbanizados que protegem seus ninhos.

Constata-se que a avifauna urbana se tratando de espécies especialistas como Nyctibius griséus, Porphyrio martinicus,Penelope obscura, Pandion haliaetus e Malacoptila striata no município de Araçoiaba da Serra encontram-se totalmente isoladas em fragmentos muitas vezes antropizados, mais ali permanecem por recursos não encontrados em certas áreas, criando estratégias de nidificações e alimentação, enquanto espécies generalistas conseguem por sua vez garantir sua sobrevivência, percebendo-se que as guildas tróficas mudam de acordo com os fragmentos e recursos neles disponíveis, essas generalistas se tornam importantes para áreas abertas, pois possuem maior facilidade atravessar áreas abertas e promover a dispersão de sementes para recuperação das mesmas (LOPES, 2006), trabalho este realizado afim de fortalecer propostas para recuperação dessas áreas partindo do entorno do município que se encontram em conjunto com a Floresta Nacional de Ipanema criando corredores ecológicos permitindo o fluxo das espécies enriquecendo a abundância de espécies no meio urbano, já que em vista com resultados apontados obtivemos 38% das 218 espécies (DE IPANEMA, 2001) listadas na Floresta Nacional de Ipanema, número que este deve dobrar, até mesmo triplicar quando executada a recuperação deste ambientes.

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7. CONCLUSÃO

Em término aos dados obtidos conclui-se a necessidade tanto da conservação destas áreas além de promover o enriquecimento da vegetação local, e a necessidade de garantir a estas, ligações que servirão como corredores ecológicos e garantirão o fluxo gênico, além de se notar a grande influência das aves como bioindicadoras da complexidade vegetal dos fragmentos, notando-se que quando se trata de levantamentos de avifauna em remanescentes florestais urbanos, essas áreas verdes podem ser classificadas e avaliadas quanto sua vegetação simplesmente pelas espécies da avifauna encontradas no local, trazendo como anexo desta obra os comportamentos mencionados e expondo a abrangência real destes levantamentos que trazem para quem elabora, dados obtidos tanto comportamentais como avaliações da flora em questão, além de conseguir por meio de estudos mais aprofundados se localizar a área de maior influência para fluxo das aves servindo como base para conservação da área e impedindo assim a antropização do local e permitindo maior abundância destes.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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