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CESOL Floripa: Centro Público de economia solidária em Florianópolis - SC

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Academic year: 2021

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CESOL

FLORIPA

Centro Público de

Economia Solidária

em Florianópolis-SC

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CESOL FLORIPA

Centro Público de Economia Solidária em Florianópolis-SC

TCC de Arquitetura e Urbanismo - UFSC

Aluna: Leonora Alencar Marcelino

Orientador: Prof. Luís Roberto Marques da Silveira

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1.1. Motivação

A escolha em abordar sobre o tema Economia Solidária vêm da minha experiência pessoal familiar ao observar a minha mãe, hoje funcionária pública aposentada, que sempre atuou em projetos sociais como professora de corte e costura e atualmente faz artesanatos com materiais recicláveis.

A associação a qual ela participa, ONG Travessia, é considerada um empreendimento econômico solidário e faz parte do Fórum Regional de Economia Solidária de Florianópolis e também tem participação no Box Empório ECOSOL, no Mercado Público de Florianópolis. Isso me propiciou um novo olhar e despertou em mim a curiosidade em saber mais sobre como a produção de objetos artesanais a partir de materiais recicláveis, bem como a comercialização desses produtos, podem afetar positivamente a sociedade rumo ao desenvolvimento sustentável.

1.2. Tema | Introdução

O presente trabalho pretende embasar a criação de um Centro Público de Economia Solidária em Florianópolis - SC, partindo do estudo sobre o artesanato e os artesãos na cidade e como o desenvolvimento desta produção pode movimentar a economia local dentro do modelo econômico chamado de Economia Solidária.

1.3. Objetivos

Pesquisar sobre o artesanato em Florianópolis. Analisar a necessidade / viabilidade / conveniência dos grupos de artesãos terem um lugar próprio para a produção, comercialização e ensino da manufatura de seus produtos, bem como espaços adequados para palestras sobre diversos temas como economia solidária, reciclagem, vendas, etc, para os seus integrantes e a comunidade, colaborando para disseminar a economia solidária local.

1. Apresentação

1.4. Metodologia

1.4.1. Entendendo o tema

Estudo sobre artesanato e economia solidária, definição, história e aplicações em Florianópolis.

1.4.2. Pesquisa

Estudo sobre o Box Empório ECOSOL em Florianópolis, como funciona, quais seus participantes e o que produzem.

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2. Artesanato

2.1. Definição | História

De acordo com a Enciclopédia Barsa, “artesanato é qualquer tipo de trabalho realizado manualmente, em oposição aos executados por meios mecânicos, ou em série.” Já de acordo com a definição adotada pela UNESCO em 1997: “Produtos artesanais são aqueles confeccionados por artesãos, seja totalmente a mão, com o uso de ferramentas ou até mesmo por meios mecânicos, desde que a contribuição direta manual do artesão permaneça como o componente mais substancial do produto acabado. Essas peças são produzidas sem restrição em termos de quantidade e com o uso de matérias-primas de recursos sustentáveis. A natureza especial dos produtos artesanais deriva de suas características distintas, que podem ser utilitárias, estéticas, artísticas, criativas, de caráter cultural e simbólicas e significativas do ponto de vista social”.

2.2. Programa de Artesanato Brasileiro (PAB)

A Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa afirma que o Programa de Artesanato Brasileiro - PAB - “foi instituído com a finalidade de coordenar e desenvolver atividades que visam valorizar o artesão brasileiro, elevando o seu nível cultural, profissional, social e econômico, bem como, desenvolver e promover o artesanato e a empresa artesanal, no entendimento de que artesanato é empreendedorismo.”

O Programa (PAB) conta com a colaboração de órgãos das esferas federal, estadual e municipal, de entidades privadas e de representação do setor para a estruturação de políticas públicas para o desenvolvimento do setor artesanal e é representado em cada estado através das Coordenações Estaduais do Artesanato.

Instrumentos do programa

a) Base conceitual do Artesanato Brasileiro

A normatização dos principais conceitos que norteiam o artesanato, no sentido de instruir as ações e as políticas do setor, foi um trabalho realizado em conjunto com as 27 Coordenações Estaduais do Artesanato que resultou na Base Conceitual do Artesanato Brasileiro em 2010.

Com o passar do tempo foi identificada a necessidade de revisar essas normas e assim aprimorar os conceitos. Desse modo, o PAB instituiu um Grupo de Trabalho com representantes das Coordenações Estaduais do Artesanato e técnicos reconhecidos pelo seu trabalho no setor artesanal que elaboraram um novo texto o qual foi submetido a uma plenária em 2016. Após a consolidação das sugestões, constatou-se que o novo texto ainda podia ser aprimorado. Nesse ponto, decidiu-se ampliar o debate para permitir a participação de toda a sociedade civil, através de uma Consulta Pública cujas contribuições deveriam ser enviadas até 19 de junho de 2017.

b) Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro - SICAB

O Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB) foi desenvolvido com o propósito de prover informações necessárias à implantação de políticas públicas para o setor artesanal, através de uma base de dados feita com o cadastro dos artesãos brasileiros.

Ações do programa

De acordo com o governo federal as ações do Programa possibilitam a consolidação do artesanato brasileiro enquanto setor econômico de forte impacto no desenvolvimento das comunidades, a partir da consideração de que a atividade é disseminada em todo território nacional, possuindo variações e características peculiares conforme o ambiente e a cultura regional.

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2. Artesanato

A riqueza decorrente dessa diversidade é fundamental, mas não garante a competitividade do produto artesanal no mercado. Por isso, o PAB tem como foco de ação a preparação dos artesãos e das organizações representativas do setor para o mercado competitivo, promovendo a profissionalização e a comercialização dos produtos artesanais.

A identificação de espaços adequados à divulgação e à comercialização dos produtos artesanais é uma estratégia adotada pelo PAB que visa promover a geração de renda dos trabalhadores artesãos e despertar uma produção artesanal com maior qualidade para se manter no mercado competitivo de maneira sólida.

A participação do PAB em mostras e exposições visa a disseminação e a valorização da produção artesanal do país em âmbito nacional e internacional. As feiras de comercialização por sua vez contribuem para a geração de renda e a participação do PAB nesses eventos se dá por meio da locação de espaços personalizados e exclusivos para artesãos cadastrados no SICAB.

Nas feiras nacionais o propósito do programa é destacar o artesanato brasileiro de todas as regiões do país, sendo o espaço disponibilizado às Coordenações Estaduais do Artesanato que são responsáveis pela curadoria das peças que serão comercializadas. Já nas feiras regionais ou municipais, o programa visa amparar os artesãos locais, geralmente organizados em entidades representativas.

O Programa desenvolveu uma metodologia baseada no compartilhamento de experiências, troca de saberes e diálogo entre teoria e prática, onde os sujeitos da produção de conhecimento foram os próprios artesãos envolvidos no projeto piloto. Essa metodologia tem o objetivo de contribuir para a ampliação do mercado dos produtos artesanais, incentivando o aprimoramento dos processos de produção, gestão e comercialização desses produtos, através de três módulos:

Módulo I - Contextos Históricos do Artesanato no Brasil;

Módulo II - Análise de Mercado e Desenvolvimento de Produtos; e, Módulo III – Gestão da Produção e Acesso a Mercados.

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A metodologia prevê ainda a intensa participação dos artesãos, provocando um comportamento proativo diante dos conhecimentos transmitidos e adquiridos, isto é, provocando a adoção de uma postura crítica diante da realidade vivenciada, utilizando a capacidade de análise, síntese e criatividade ao conhecimento recebido.

2.2.1. Carteira Nacional do Artesão

A Carteira Nacional do Artesão ou do Trabalhador Manual, instituída pela Portaria n°14 - SCS, de 16 de Abril de 2012, Seção I, Páginas 51 e 52, é uma identificação nacional que permite o acesso dos trabalhadores artesãos a cursos de capacitação, feiras e eventos apoiados pelo Programa do Artesanato Brasileiro - PAB. A carteira é gratuita e emitida após o registro no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB). Para confirmação do registro, o artesão passará por uma prova de habilidades técnicas, cuja aprovação é da Coordenação Estadual de Artesanato.

A carteira de artesão e de trabalhador manual confere diversas vantagens, como: • Possibilidade de participação em feiras de artesanato nacionais e internacionais; • Possibilidade de participação em oficinas e cursos de artesanato;

• Acesso a incentivos fiscais (benefício dado somente em alguns estados); • Isenção do ICMS na comercialização dos produtos;

• Facilidade de acesso ao microcrédito (empréstimo de pequeno valor a microempreendedores formais e informais);

• Acesso à nota fiscal avulsa de Emissão Eletrônica (e-NFA);

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2. Artesanato

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2.3. Impacto do Artesanato na Economia

Com a informalidade da atividade artesanal é difícil de se conseguir dados atuais e precisos. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam aproximadamente 8,5 milhões de pessoas trabalhando com artesanato no país em 2009. Ainda sobre esse mercado, uma pesquisa encomendada pela Central Mãos de Minas / Instituto Centro Cape e realizada pelo Vox Populi, divulgou que a atividade movimentou R$ 52 bilhões em 2010.

O Instituto Produzir Turismo e Produção Associada, organização nacional promotora do turismo, da arte e do artesanato, sem fins lucrativos e de caráter sócio-profissional, conclui que esses números devem ser ainda maiores, uma vez que as pesquisas não levaram em conta os produtores artesanais do segmento gastronômico e atividades artesanais contemporâneas.

O economista Gilson Sampaio, em matéria publicada no site A12 Notícias, afirma que “o resultado financeiro do artesanato integra o que chamamos de Economia Criativa e registra movimentações bilionárias. O Brasil é considerado um país riquíssimo em cultura e diversidade de povos, estimulando a criação da arte. Esse rico conjunto de produtos, em termos de valorização, impulsionam muitos povos a procurar na venda do artesanato o aumento de sua renda. Isto influencia diretamente no orçamento doméstico de muitas famílias, estimulando a circulação do dinheiro”.

Analisando o cenário econômico do País, Gilson Sampaio acredita que a tendência é o setor de artesanato crescer, mas é preciso lidar com a ampla concorrência. Segundo ele: “...As deficiências políticas que desestabilizam o cenário econômico produzem, além de outros males, um alto índice de desempregados que procuram se sustentar com está atividade. Com isso, os artesãos independentes lidam com uma grande concorrência. O sucesso do produto artesanal nos mercados nacional e internacional dependerá dos caprichos e das demandas globais”.

O artesanato como atividade econômica já está presente em mais de 78% dos municípios brasileiros de acordo com IBGE. A atividade também permite a valorização e preservação de elementos típicos das culturas locais.

2.4. Artesanato em Florianópolis

Observa-se um grande número de feiras de artesanato espalhadas pela cidade. Ao caminhar pelo centro, por exemplo, é visível a presença de artesãos em barracas em vários pontos, tais como Largo da Alfândega, Praça Fernando Machado, Praça XV e Largo da Catedral.

Muito procuradas pela diversidade e exclusividade dos produtos, as feiras de artesanato espalhadas de Norte a Sul da ilha funcionavam às margens da informalidade e sem regras definidas. Até que em 23 de Maio de 2013 foi assinado decreto Nº 11.600, no qual a prefeitura incumbiu o Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF) de coordenar o artesanato do município com o intuito de organizá-lo e valorizá-lo, para que ele seja considerado uma atividade econômica de geração de renda, além de turística e cultural.

Com o objetivo de organizar, padronizar e fortalecer os comerciantes que realmente produzem e vendem produtos artesanais, o IGEOF realiza um trabalho de reestruturação das feiras, inicialmente pela padronização visual dos espaços.

A criação da Comissão de Administração de Feiras de Artesanato (CAFA) pelo IGEOF também veio para unificar os artesãos, capacitá-los, identificar e retirar os que não vendem produtos artesanais. A CAFA juntamente com os presidentes das feiras se reúnem a cada 15 dias para discutir e elaborar formas de fortalecimento do artesanato e das feiras de artesanato na cidade.

Órgãos que participam da Cafa:

• Três representantes dos artesãos

• Representante da Secretaria de Saúde/Vigilância Sanitária • Sesp (Secretaria Executiva de Serviços Públicos)

• Semas (Secretaria Municipal de Assistência Social) • Setur (Secretaria de Turismo)

• IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) • Fundação Franklin Cascaes

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2. Artesanato

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2.4.1. Feiras organizadas pelo IGEOF

Conforme visto, não existe nenhuma feira oficial no sul da Ilha, mas o IGEOF já segue estudando a possibilidade de criação de feiras nos bairros Carianos, Campeche e Ribeirão da Ilha, assim como mais duas feiras no norte: uma em Ratones e a outra no Rio Vermelho, uma vez que os moradores mostraram interesse nesse tipo de evento e querem gerar oportunidade aos artesãos de expor seus trabalhos na região.

2.4.2. Feira Internacional de Artesanato e Decoração (Feincartes)

Além das feiras de artesanato permanentes, Florianópolis recebeu nos últimos anos a Feira Internacional de Artesanato e Decoração (Feincartes). A feira faz parte do calendário nacional de grandes eventos de artesanato.

Em sua 6ª edição na cidade, em 2016, a feira existe desde 2005 e já passou por outras cidades brasileiras como Salvador/BA, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ, Campinas/SP, Goiânia/GO e Uberlândia/MG.

De acordo com artigo de Guilherme Garcia para o site Tudo sobre Floripa, a Feincartes se consagrou como uma ótima oportunidade de negócios devido a sua grande divulgação e ao intercâmbio cultural entre expositores, comerciantes e artesãos, tendo sucesso tanto para o expositor internacional quanto para o artesão brasileiro.

A Feincartes promove um intercâmbio aos seus visitantes, que além de terem a oportunidade de adquirir produtos nacionais e internacionais, entram em contato com artesãos dos quatro cantos do país e dos cinco continentes, conhecendo suas diferentes histórias e culturas.

2.4.3. Associação dos Artesãos da Casa da Alfândega - AACA-SC

Criada em 2006, a Associação dos Artesãos da Casa da Alfândega tem como objetivo promover o artesanato catarinense, visando seu resgate cultural, através da comercialização dos artesanatos confeccionados pelos artesãos do Estado, preservando assim a cultura e a arte do povo catarinense.

A Casa da Alfândega, localizada na Rua Conselheiro Mafra, 141, no Centro Histórico de Florianópolis, possui atualmente em torno de 100 artesãos, expondo seus trabalhos, cada qual com suas diferentes habilidades e técnicas.

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3. Economia Solidária

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3.1. Definição | História

A partir da leitura do artigo “A Economia Solidária e a experiência das costureiras de Coité-Pedreiras” pode-se inferir que o Brasil, assim como o resto do mundo, vive a era da globalização e da tecnologia, cujo motor principal é o capital. Com o avanço tecnológico há a criação de novas formas de produção industrial, e isto leva a exclusão de muitos postos de trabalho, aumentando o desemprego, que gera exclusão social e crise na economia.

Frente à crise do trabalho assalariado e a falta de emprego no mercado formal, os trabalhadores buscam novas formas de organização do trabalho diferentes da relação capitalista, encontrando na economia solidária sua resposta.

A noção teórica de economia solidária começou a aparecer no Brasil na década de 1980, mas foi na segunda metade da década de 1990 que ela realmente tomou impulso, sendo o resultado do investimento de vários movimentos sociais, organizações não governamentais, categorias e entidades sindicais que buscavam novas formas de superação da crise do capital e do trabalho, forjando estratégias de ação política e de organização do trabalho.

Em junho de 2003 foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) dentro do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A direção da secretaria ficou a cargo do economista Paul Singer, respeitado acadêmico brasileiro, com grande atividade, pesquisa e produção sobre o tema. A partir de então, a economia solidária alçou o status de política pública de governo.

Para Paul Singer, “Economia solidária são formas de organização econômica que adotam os valores da democracia levados até as últimas consequências dentro da área econômica: de que todos são iguais, todos têm o mesmo poder de decisão, se tiver que delegar todos votam por igual e as pessoas que os representam têm que se submeter à sua vontade senão são destituídas e são eleitas outras. Então, economia solidária é uma forma democrática e igualitária de organização de diferentes atividades econômicas.”

● Economicamente, é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na Economia Solidária não existe patrão nem empregados, pois todos os/as integrantes do empreendimento (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e donos.

● Culturalmente, é também um jeito de estar no mundo e de consumir (em casa, em eventos ou no trabalho) produtos locais, saudáveis, da Economia Solidária, que não afetem o meio-ambiente, que não tenham transgênicos e nem beneficiem grandes empresas. Neste aspecto, também simbólico e de valores, estamos falando de mudar o paradigma da competição para o da cooperação, da inteligência coletiva, livre e partilhada.

● Politicamente, é um movimento social, que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseado nas grandes empresas nem nos latifúndios com seus proprietários e acionistas, mas sim um desenvolvimento para as pessoas e construída pela população a partir dos valores da solidariedade, da democracia, da cooperação, da preservação ambiental e dos direitos humanos.

A economia solidária é praticada por milhões de trabalhadores de todos os extratos, organizados de forma coletiva gerindo seu próprio trabalho, lutando pela sua emancipação em milhares de empreendimentos econômicos solidários e garantindo, assim, a reprodução ampliada da vida nos setores populares.

São iniciativas de projetos produtivos coletivos, cooperativas populares, cooperativas de coleta e reciclagem de materiais recicláveis, redes de produção, comercialização e consumo, instituições financeiras voltadas para empreendimentos populares solidários, empresas autogestionárias, cooperativas de agricultura familiar e agroecologia, cooperativas de prestação de serviços, entre outras, que dinamizam as economias locais, garantem trabalho digno e renda às famílias envolvidas, além de promover a preservação ambiental.

Além disso, a economia solidária se expressa em organização e conscientização sobre o consumo responsável, fortalecendo relações entre campo e cidade, entre produtores e consumidores, e permitindo uma ação mais crítica e pró-ativa dos consumidores sobre qualidade de vida, de alimentação e interesse sobre os rumos do desenvolvimento relacionados à atividade econômica. (O que é Economia Solidária, cirandas.net)

O Fórum Brasileiro de Economia Solidária diz ainda que ela pode ser definida em três dimensões:

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3. Economia Solidária

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3.2. Participantes

De acordo com o Observatório Nacional de Economia Solidária e do Cooperativismo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), os grupos que desenvolvem a Economia Solidária no Brasil podem ser organizados em quatro categorias: Empreendimentos Econômicos Solidários, Entidades de Apoio e Fomento, Organizações de Representação e Governos.

Empreendimentos Econômicos Solidários são organizações:

● Coletivas e suprafamiliares, ou seja, compostas por mais de duas pessoas que não pertençam à mesma unidade familiar;

● Em que os participantes são trabalhadores dos meios urbano ou rural; ● Em que os trabalhadores que exercem a gestão democrática das atividades e da distribuição dos resultados;

● Que tenham foco na realização de atividades econômicas, de modo permanente, ou que tenham esse objetivo quando estiverem em implantação. Estes empreendimentos normalmente estão organizados em cooperativas, associações, grupos informais ou, até mesmo, sociedades mercantis.(Quem são os participantes, ecosol.dieese.org.br)

Entidades de Apoio e Fomento (EAFs) são:

“(...) as organizações públicas e privadas sem fins lucrativos que desenvolvem ações de apoio direto, como capacitação, assessoria, incubação, acesso a mercados, assistência técnica e organizativa, junto aos Empreendimentos Econômicos Solidários. São exemplos de EAFs as Organizações da Sociedade Civil, também conhecidas como ONGs, e as incubadoras universitárias de cooperativas populares e empreendimentos solidários.

A SENAES firma convênios com Entidades de Apoio e Fomento mediante editais de concorrência pública, com objetivos pré-definidos, para que elas forneçam apoio aos empreendimentos econômicos solidários e para os seus participantes.” (Quem são os participantes, ecosol.dieese.org.br)

Organizações de representação e movimentos sociais são

“(...) instituições que atuam na mobilização dos participantes da Economia Solidária e na defesa dos seus interesses junto ao Estado e à sociedade. São exemplos dessas organizações:

● O Fórum Brasileiro de Economia Solidária

● A União Nacional das Organizações Cooperativas Solidárias (UNICOPAS), composta pelas organizações:

- UNISOL – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários - UNICAFES - União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária

-CONCRAB - Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil

● O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis

● A Associação Nacional do Cooperativismo de Crédito de Economia Familiar e Solidária (ANCOSOL)

● A Confederação das Cooperativas Centrais de Crédito Rural com Interação Solidária (CONFESOL)” (Quem são os participantes, ecosol.dieese.org.br)

Órgãos Governamentais são órgãos nos três níveis: federal, estadual e

municipal, que atuam no fomento à Economia Solidária.

No nível federal, a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) é o órgão incumbido de viabilizar e coordenar atividades de apoio à Economia Solidária, mas há vários órgãos que também possuem ações vinculadas, o que pode ser observado no Plano Plurianual, que inclui a Economia Solidária em diversos programas, objetivos e ações.

A SENAES também está presente nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, contando com núcleos e seções de economia solidária na

grande maioria dos estados brasileiros.

Nos governos estaduais e municipais, a Economia Solidária está presente em órgãos governamentais de praticamente todos os estados brasileiros e em vários municípios. Quando não possuem Economia Solidária no nome, são órgãos relacionados a trabalho, geração de renda, desenvolvimento,

empreendedorismo, assistência social e pequenas empresas.

Com o objetivo de contribuir para legitimar e consolidar políticas públicas de Economia Solidária, a Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária foi criada em 2003 e vem se firmando como um espaço de articulação e de representação institucional, onde é possível promover trocas de experiências e compartilhar estratégias de integração, programas e instrumentos que possam ser multiplicados, buscando ampliar a articulação com outros atores da Economia Solidária e contribuir para a formação de gestores públicos na área. (Quem são os participantes, ecosol.dieese.org.br)

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3. Economia Solidária

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3.3. Fórum Regional de Economia Solidária de Florianópolis (FRES)

Existente desde 2005, o FRES Florianópolis “[...] surgiu da necessidade de criar e fortalecer uma rede local de apoio aos empreendimentos que já existiam e auxiliar na criação de novos empreendimentos, com base nos princípios da Economia Solidária. (...) formado por representantes de entidades de apoio e fomento, gestores públicos das esferas municipal, estadual e federal e empreendimentos de economia Solidária da área urbana e rural, e junto a outros nove fóruns regionais, o FRES Florianópolis faz parte do Fórum Catarinense de Economia Solidária.”

“O FRES Florianópolis abrange 23 municípios, tais como: Florianópolis, São João Batista, Bombinhas, Canelinha, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Tijucas, Porto Belo, São José, Águas Mornas, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Garopaba, Paulo Lopes, São Pedro de Alcântara, Rancho Queimado e São Bonifácio.” (Sobre o FRES Florianópolis, cirandas.net)

Objetivos do FRES Florianópolis:

● Fortalecer os Empreendimentos de Economia Solidária, mobilizando sua organização através de reuniões, cursos, palestras, feiras, encontros e promovendo práticas de desenvolvimento sustentável, justo e solidário;

● Valorizar grupos urbanos e rurais, envolvendo também diversos movimentos sociais quanto à prática da autogestão, cooperação, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.

● Desenvolver a construção de políticas públicas, desde sua elaboração e acompanhamento, para que promovam o direito ao trabalho associado. (Sobre o FRES Florianópolis, cirandas.net)

3.4. Empório de Economia Solidária (ECOSOL)

O Empório de Economia Solidária - ECOSOL, inaugurado dia 15 de dezembro de 2015, localizado no Box 46 da Ala Norte do Mercado Público de Florianópolis, é um espaço fixo próprio para a exposição e comercialização de produtos artesanais dos empreendimentos de economia solidária.

Funcionando através da autogestão, em um trabalho coletivo, as tarefas do Empório ECOSOL são discutidas e distribuídas democraticamente entre todos os participantes.

Os interessados em participar do Empório ECOSOL primeiro precisam fazer parte do Fórum Regional da Economia Solidária de Florianópolis, pois há um estatuto a ser respeitado, onde estão listados os preceitos da produção, sustentabilidade, reutilização, entre outros critérios que avaliam se determinado empreendimento faz parte do que é considerado Economia Solidária.

Atualmente os seguinte empreendimentos participam do Empório Ecosol:

Cooperart - Cooperativa de Artesanato da Comunidade Novo Horizonte, sediada

no bairro Monte Cristo, Florianópolis. ● Floripa Mel

Associação União Norte - Entidade sem fins lucrativos com sede no Rio

Vermelho, Florianópolis.

AFAGO - Associação das Fazendeiras Amigas Guerreiras e Otimistas, localizada

no bairro Fazenda de Dentro em Biguaçu.

Coopersolar - Cooperativa de Trabalhadoras e Trabalhadores Amigos de

Florianópolis, localizada no bairro José Mendes, Florianópolis. ● Coletiva Lobas

ONG Travessia - Serviço de Ação Solidária e Cidadã, localizada no Bairro Ipiranga

em São José.

Ecotramadeiras - Instituto Trama Ética, grupo de trabalho localizado no bairro

Centro, Florianópolis.

GAAI - Grupo de Artesãos e Artistas Independentes do sul da Ilha, reúnem-se no

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4. Centros de Economia Solidária pelo Brasil

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4.1. Centros Públicos de Economia Solidária

A Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do estado da Bahia afirma que:

“Os Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol’s) são espaços multifuncionais públicos, de caráter comunitário, que se destinam a articular oportunidades de geração, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo baseado na economia solidária. Consistem em estruturas criadas e mantidas por meio de parceria entre o poder público e a sociedade civil organizada, tendo a SENAES/MTE – Secretaria Nacional de Economia Solidária e a Rede Brasileira de Gestores Públicos da Economia Solidária seus principais difusores.”

Já estabelecidos em várias localidades pelo país, os CESOL’s tem como objetivos:

• Estimular a prática do consumo consciente e do comércio justo e solidário por meio de uma rede de comercialização e por meio de uma agenda de eventos pedagógicos destas práticas;

•Prestar consultoria administrativa aos empreendimentos de economia solidária; • Promover eventos de articulação e auto-organização dos atores da economia solidária;

•Estimular a formação de grupos produtivos;

• Incubar empreendimentos de economia solidária por meio das Incubadoras Públicas; e

• Articular outras ações públicas pertinentes ao desenvolvimento da economia solidária.

4.1.1. Centro Público de Economia Solidária de Osasco SP

Inaugurado em setembro de 2007, o Centro Público de Economia Solidária de Osasco dispões de um amplo espaço para comercialização dos produtos dos empreendimentos participantes, uma loja com quase 700 metros quadrados.

No centro também estão destinadas salas para o processo de incubação de novos empreendimentos, além do espaço de convivência, onde são vendidos lanches feitos pelos integrantes e uma cozinha de capacitação e aprendizagem, na qual é possível aprender novas técnicas e aperfeiçoamentos.

O Centro público conta ainda com um telecentro de inclusão digital, onde estão disponíveis 15 computadores equipados com softwares livres para a capacitação e inclusão de empreendedores. Outros cinco computadores da sala funcionam com acesso livre para o público.

Implementado pela Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão, o Centro oferece também salas e um auditório para a realização de palestras, oficinas e debates. Segundo a então coordenadora do Programa Osasco Solidária, Sandra Praxedes, para os empreendimentos já consolidados que não precisam de incubação, o Centro, além de apoiá-los em uma assessoria pontual, vai oferecer ajuda jurídica e formal para os produtores. Já para os empreendimentos em processo de incubação a ajuda virá através da capacitação dos grupos, realizada por uma equipe multidisciplinar disponibilizada pelo próprio Centro.

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4. Centros de Economia Solidária pelo Brasil

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Fachada CESOL Contagem MG - Imagens do google maps

4.1.2. Centro Público de Economia Solidária de Contagem MG

Reativado em 2014, após 6 anos inativo, o Centro Público de Economia Solidária de Contagem, é considerado o maior Centro Público de Economia Solidária da América Latina. Localizado no bairro Água Branca, ocupando uma área de 3.000 m², sendo 1.750 m² de área construída, o local abriga 26 lojas e dois galpões.

Além das lojas para comercializar produtos e serviços dos empreendimentos econômicos solidários, o Centro conta também com banco de alimentos, armazém da roça, telecentro, salão multiuso para : debates, sobre o mundo do trabalho e direitos do cidadão, rodadas de negócios, micro-crédito popular, e a intermediação de mão de obra através da Central de Autônomos e Ações Municipais de Empregos e Serviços - Ames. No que se refere ao treinamento dos usuários, o Centro conta com padaria-escola, escola de beleza e estética, cozinha pedagógica, mecânica de autos, Central do Artesão, Escola de Economia Solidária, além de assessoria jurídica e formação em socioeconomia através da Incubadora Municipal de Tecnologia Social. Tudo graças a parcerias entre o Governo Federal e a Prefeitura, voltadas para trabalhadores incluídos em projetos de transferência de renda, como o Bolsa Família, a fim de que os trabalhadores se emancipem financeiramente.

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4. Centros de Economia Solidária pelo Brasil

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4.1.3. Centro Público de Economia Solidária de São Carlos SP

O Centro Público de Economia Solidária de São Carlos foi inaugurado em 26 de maio de 2008 e sua denominação de “Herbert de Souza – Betinho” foi formalizada pela Lei Municipal nº 14.414 de 20 de março de 2008.

O prédio localiza-se na área central da cidade, sendo esse um critério estipulado junto aos empreendimentos de economia solidária, devido à facilidade de acesso ao transporte público. Ademais, ele tem uma área total de 562,50 m2 e foi alugado inicialmente por 02 (dois) anos, tendo sido renovada a locação até os dias de hoje. No local, também funciona o Banco do Povo Paulista, com uma área de 22 m2 , que faz parte da frente de ação de microcrédito.

A estrutura do Centro Público é composta ainda por: 01 (um)auditório (91,65 m2); 01 (uma) sala multiuso (19,4 m2) que se comunica com 01(uma) cozinha experimental (10,85 m2), 02 (dois) banheiros, um masculino e um feminino, com área de 15,6 m2 cada, (cada banheiro tem 3 vasos sanitários e o banheiro masculino tem acrescido o mictório), 01 (um) Centro de Documentação em Economia Solidária (CEDOC) (27 m2), 01 (uma) copa (10,85 m2), 01 (um) telecentro (25 m2), 01 (uma) sala de negócios (22,65 m2), 01(uma) sala destinada aos empreendimentos (66 m2),

01 (uma) sala de administração (47 m2) e 01 (um) almoxarifado (18 m2).

Essa estrutura propicia a realização de atividades, já que possui um auditório equipado e salas adequadas para atividades coletivas. Dessa forma, o CPES tem sido usado sistematicamente para a organização de novos empreendimentos, para a articulação de reuniões, palestras, cursos, lançamentos de livros, plenárias e assembleias de empreendimentos de economia solidária.

A sala de empreendimentos é o local onde funciona a sede administrativa, financeira e contábil dos coletivos de trabalhadores/as de economia solidária. Essa sala é equipada com armários para guardar documentos e várias mesas para reuniões. É usada cotidianamente pelos empreendimentos, em especial por aqueles que não têm sede própria.

CESOL São Carlos SP - Imagem do google maps

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4. Centros de Economia Solidária pelo Brasil

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4.1.4. Centro Público de Economia Solidária de Londrina PR

O CPES fica localizado na Avenida Rio de Janeiro, 1278, esquina com a avenida Juscelino Kubitschek (JK) - Centro. Seu espaço físico possui 587,92 metros quadrados, contando com espaços para exposição e comercialização, duas salas de formação, uma sala administrativa, uma sala para suporte aos técnicos, uma cozinha, banheiros, almoxarifados e estacionamento.

O município mantém a estrutura de funcionamento, água, luz, telefone, material de limpeza, funcionários, despesas de combustível do veículo para locomoção. Existe também um apoio da Provopar, que cobre a folha de pagamento dos funcionários que são contratados por meio deste convênio, e há também um recurso para fomentar os empreendimentos com matéria-prima no processo inicial de produção.

Em 2015 o Programa Municipal de Economia Solidária de Londrina abrigava 44 grupos, totalizando 138 participantes, destes a grande maioria composta por mulheres atendidas nas áreas da assistência social, direitos, saúde mental e/ou vivendo situação de desemprego, em busca de estratégias de sobrevivência ou de complementação de renda profissional e/ou familiar e atuantes em empreendimentos voltados à produção de alimentos, confecção e artesanato. A comercialização dos produtos desenvolvidos pelos grupos é feita por meio da realização de feiras, festas da cidade, em locais disponibilizados por entidades parceiras e, principalmente, dentro do CPES.

Quanto ao funcionamento do CPES, é feito um rodízio entre os empreendimentos para que ocorra a comercialização, no qual dois trabalhadores e/ou duas trabalhadoras permanecem de segunda à sexta, das 09:00 hrs às 17:00 hrs, e aos sábados das 09:00 hrs às 13:00 hrs. O deslocamento daqueles que estão escalados é custeado pelos próprios empreendimentos. Acontecem reuniões mensais para discutir, avaliar e tomar as decisões referentes às comercializações realizadas no CPES e também daquelas que acontecem em outros espaços, como feiras descentralizadas, feira da Economia Solidária e eventos internos e externos.

(15)

4. Centros de Economia Solidária pelo Brasil

16

4.1.5. Centro Público de Economia Solidária de Itajaí SC

O Centro de Economia Solidária de Itajaí (CEPESI) nasceu em 2005, em uma parceria com o Governo Federal que fomentava iniciativas de Economia Solidária. Inicialmente apenas cinco grupos se organizavam em uma feira, hoje em dia são trinta grupos e com o local fixo para se reunirem.

O Cepesi é referência no Brasil, pois é um dos poucos que possui autogestão completa. “Itajaí possui esse Centro que é referência nacional e a intenção da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Sedeer) é construir uma parceria com o CEPESI e impulsionar a economia solidária em nossa cidade.”, comentou Giovani Alberto Testoni, Secretário da Sedeer.

Além da feira de artesanato, que reúne produtos como toalhas, lembrancinhas da cidade, bonecas de pano, roupas e produtos de beleza, o Centro também oferece outros serviços, como salão de beleza, com preços mais populares; um brechó com mais de 5 mil peças; uma feira de orgânicos de produtores locais às sextas pelas manhãs, a partir das 9h; serviço de costura de roupas e uma pequena estante de troca de livros, em que a população pode trazer um livro antigo e trocar por qualquer outro da estante.

“A intenção aqui é fortalecer os pequenos produtores e a agricultura familiar. A Secretaria busca incentivar o desenvolvimento não só de grandes empresas, como também dos empreendedores da Economia Solidária.”, finalizou o Secretário Giovani. A. Testoni.

Imagem CEPESI

fonte:<http://defesacivil.itajai.sc.gov.br/noticia/1 6471/centro-de-economia-solidaria-de-itajai-e-referencia-nacional>

Imagem CEPESI fonte:<http://defesacivil.itajai.sc.gov.br/noticia/16471/centro-de-economia-solidaria-de-itajai-e-referencia-nacional>

(16)

5. Logo

17

5.1. Ciranda

Muito utilizada nos logotipos que envolvem a Economia Solidária, a ciranda é um elemento muito representativo. Na sua origem ela é uma dança comunitária em roda em que todos podem participar e não há limite no número de participantes.

Ao final das reuniões dos Fóruns de Economia Solidária é muito comum que os participantes façam uma grande roda de mãos dadas e agradeçam pelas pessoas ali presentes e torçam pelos novos rumos das decisões tomadas no dia. O ato lembra uma corrente. Por isso a escolha de uma ciranda no logo do CESOL Floripa, para simbolizar a união das pessoas, todas juntas, na construção de uma nova economia, a economia solidária.

(17)

6. Proposta

18

União das boas práticas e experiências observadas na pesquisa para o exercício de

projeto arquitetônico que vise o fomento da Economia Solidária em Florianópolis através de um Centro de Economia Solidária.

6.1. Diretrizes

• Projetar uma edificação que atenda as necessidades práticas de um centro público de economia solidária, com ambientes administrativos, educacionais e de

capacitação* (cursos voltados para a confecção de diferentes tipos de artesanato

utilizando materiais recicláveis e ou sustentáveis como matérias-primas; vendas, marketing), com a preocupação de torná-lo um espaço qualitativo a todos os tipos de usuários, sem prejudicar seu funcionamento, oferecendo-lhes um espaço amplo, iluminado, arejado e confortável para o desenvolvimentos das atividades ali presentes.

• Ampliar e fortalecer os empreendimentos e redes solidárias da região, fortalecer a autogestão, a autonomia e a sustentabilidade dos empreendimentos coletivos, estimular a formação e desenvolvimento de redes socioeconômicas de produção, comercialização e consumo, além das finanças solidárias.

• Fazer com que o projeto vise e expresse o conceito de sustentabilidade em diferentes segmentos da arquitetura.

• Fazer com que os usuários se apropriem do local, sintam-se confortáveis e integrem hábitos sustentáveis e solidários ao seu cotidiano.

6.2. Público alvo

O público alvo do centro são os empreendedores econômicos solidários urbanos e de agricultura familiar do município e região; pessoas encaminhadas pelos programas de complementação de renda; artesãos; organizações de apoio e fomento à economia solidária, além de pessoas envolvidas nos diversos setores da sociedade, que acreditam nesses princípios e que queiram contribuir para o seu fortalecimento.

O objetivo é ligar os artesãos que já existem pela cidade com a população que precisa de uma fonte de renda mas não encontra um trabalho formal; aposentados que buscam uma nova forma de ocupação e também precisam de complemento de renda; jovens que queiram se ocupar e desenvolver seu lado artístico através das mais diversas artes manuais, pintura, escultura, bordados, costura, etc; valorizando o comércio local, a cultura e a troca de saberes entre os participantes.

(18)

6. Proposta

19

6.3. Funcionamento do CESOL Floripa

O CESOL Floripa funcionará do mesmo modo que os outros CESOLs que já existem no país e do Empório ECOSOL Floripa localizado no Mercado Público. Tomando o CEPESI, Centro Popular de Economia Solidária de Itajaí como exemplo, lá as decisões são tomadas em reuniões mensais do Conselho Gestor, compostas por um representante de cada empreendimento que participa do Centro.

Para a entrada de novos membros, estes precisam participar de uma Formação em ECOSOL, estar inseridos em algum coletivo, podendo entrar nas cooperativas e associações já existentes ou formar novas com outros novos participantes e serem aceitos através do voto do conselho.

Na área de comercialização/exposição permanente, cada empreendimento participante pode expor um determinado número de produtos, decidido pelo Conselho Gestor. A qualidade, diversidade e periodicidade de reposição destes também são acuradas pelo Conselho Gestor. Cada Centro determina como será a escala dos trabalhadores do local, estes são os participantes dos empreendimentos, responsáveis pelas vendas, caixa e manutenção do local.

Além da área de comercialização, o CEPESI também oferece outros serviços como: salão de beleza; brechó; uma feira de orgânicos de produtores locais; serviço de costura, um café, uma área de voluntárias que trabalham com mulheres com câncer, uma área de saúde com heiki, yoga e outras práticas terapêuticas. Cada um desses serviços é disponibilizado por um empreendimento diferente e novamente todos só são permitidos através da decisão coletiva do Conselho Gestor.

A cada quinze dias, ou uma vez por mês, dependendo do Centro, cada participante recebe a sua quantia referente às vendas ou serviços prestados durante aquele período de tempo, com o desconto de uma pequena porcentagem que vai para o fundo do Centro, este serve para despesas como reformas do local e viagens para a participação de eventos de ECOSOL em outras cidades.

No caso do CEPESI o local, antigamente uma agência do BESC, foi cedido pelo Banco do Brasil em forma de comodato à Prefeitura de Itajaí. Já a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda da Prefeitura viabiliza o funcionamento do local pagando as contas mensais do mesmo.

O CEPESI conta ainda com a parceria da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da UNIVALI, que articula entre seus trabalhos a incubação do Fórum Litorâneo, bem como a Rede de Políticas Públicas de ECOSOL na região. O mesmo pode ser repetido no CESOL Floripa e ainda contar com parcerias de outras Universidades com sede na Ilha, como a UFSC e a UDESC.

(19)

6. Proposta

20

6.4. Escolha do Terreno

A escolha do terreno para a edificação do projeto envolveu os seguintes fatores: • ser um terreno livre, sem nenhuma edificação, para evitar demolições;

• já possuir infraestrutura (água, luz);

• localização – estar no centro da cidade, de modo a facilitar os deslocamentos dos participantes;

• fácil acesso por ônibus, carro, a pé e ciclistas;

• familiaridade dos participantes com o local, ser próximo aos locais aonde já existam feiras de artesanato.

O terreno escolhido está localizado no centro, na Av. Hercílio Luz, 407, de modo a facilitar o acesso aos usuários que morem nas diversas regiões da ilha, continente e cidades próximas, pois está a menos de 1km da rodoviária Rita Maria, do Terminal de Integração do Centro [TICEN] e do Terminal Urbano Cidade de Florianópolis [Terminal “Velho”]. Também já é um local conhecido pelos atuais participantes da Economia Solidária em Florianópolis, pois as reuniões do Fórum Regional de Economia Solidária de Florianópolis [FRES Floripa] ocorrem no Ministério do Trabalho e Emprego, na esquina da quadra do terreno.

Vista do terreno a partir da Av. Hercílio Luz – Acervo Pessoal

O terreno é atualmente um estacionamento privado, fruto da união de sete pequenos lotes no miolo da quadra. Esta quadra está localizada no antigo bairro da Pedreira, parte leste da Praça XV, que concentra várias edificações históricas, algumas tombadas como Patrimônio, e aparece no zoneamento urbano como uma Área Mista Central [AMC] dentro de uma Área de Preservação Cultural [APC].

(20)

6. Proposta

21

N

Terreno escolhido destacado em rosa. Imagem retirada do Google Earth

Av. Hercílio Luz

Instituto

Estadual de

Educação

(21)

6. Proposta

22

6.5.1. Como tornar possível a construção do CESOL Floripa no local

Para viabilizar a construção do Centro Popular de Economia Solidária no local seria necessária a compra deste terreno, podendo ser utilizado o Direito de Preempção da Prefeitura, um instrumento urbanístico previsto no Estatuto das Cidades onde o Poder Público Municipal tem preferência sobre a aquisição de um imóvel.

Os recursos tanto para a compra do terreno como para a construção do Centro poderiam vir de uma emenda parlamentar que unisse a inciativa pública com a privada, podendo arrecadar fundos da própria Economia Solidária, do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do BADESC (Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina), do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), da CAIXA Econômica Federal, da Fundação Banco do Brasil, de doações de empresas privadas como NATURA, ACATE (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia), e até mesmo a Lei Rouanet já que o Centro Popular de Economia Solidária também visa o fomento da cultura local.

6.5.2. Proposta para o entorno

Além da construção do CESOL FLORIPA, também serão propostos dois novos pontos para feiras próximas ao terreno escolhido, um na Rua Gen. Bittencourt, com possibilidade de estacionarem food trucks e ocorrerem feiras de hortifrutigranjeiros, e outro no calçadão da Av. Hercílio Luz.

Os novos pontos de feiras, bem como o próprio CESOL vem para somar junto ao Projeto Viva a Cidade e ao Centro Sapiens, duas iniciativas que pretendem revitalizar e transformar a região leste do centro histórico de Florianópolis. O Centro Sapiens – Distrito Criativo, criado em 2015, é uma iniciativa da UFSC e do Sapiens Parque em conjunto com diversos parceiros para repensar e desenvolver o espaço urbano da região do centro histórico florianopolitano.

Pontos fixos de venda de artesanato: Mercado Público, Casa da Alfândega e Quiosque no Largo da Alfândega.

Pontos onde ocorrem feiras de artesanato: em frente à Catedral; Praça XV; Praça Fernando Machado; Calçadão da Av. Paulo Fontes; escadaria da Igreja do Rosário. Projeto Viva a Cidade: ação movimenta as ruas Saldanha Marinho, Nunes Machado, Travessa Ratcliff, Antônio Luz, João Pinto, Tiradentes e Victor Meirelles aos sábados.

(22)

6. Proposta

23

2

- Vista do terreno a partir da Av Hercílio Luz – Fonte: Arquivo Pessoal

Ao fundo pode-se perceber o desnível da Rua Gen. Bittencourt

1 -

Vista do terreno a partir da Rua Victor Meireles Fonte: Arquivo Pessoal

Terreno com cotas e curvas de níveis do entorno.

Como pode ser visto o terreno está ao nível da Av. Hercílio Luz e possui um desnível que varia de 0,90 a 3,00 metros de altura com a Rua Gen. Bittencourt. Esta rua possui uma inclinação suave de menos de 6%, o que permite o deslocamento confortável de portadores de necessidades especiais pois a norma de acessibilidade exige uma inclinação máxima de 8,33%.

Para acessar o terreno a partir da cota de 3 metros seria necessária uma rampa de 36 metros de comprimento, já pela cota de 0,90 apenas 10,80m, logo optou-se por localizar a rampa na cota mais baixa.

1

2

(23)

6. Proposta

24

Terreno (estacionamento) visto a partir do 4º andar do Ministério do Trabalho – Acervo

pessoal

Por sua localização e infraestrutura o terreno é alvo de especulação imobiliária, logo, quanto mais pavimentos for possível de se construir, maior valor ele alcançará, mas dentro da lógica de Área de Preservação Cultural a proposta do Centro Popular de Economia Solidária se alinha mais com o local do que um possível prédio comercial.

Zoneamento Plano Diretor 2014 – fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/

Zoneamento proposto no Plano Diretor 2017 – fonte: http://qgiscloud.com/geoipuf/planodiretor2017/

6.5.4. Zoneamento

O terreno aparece no zoneamento urbano como uma Área Mista Central [AMC] dentro de uma Área de Preservação Cultural [APC]. No Plano Diretor de 2014 o zoneamento permite a construção de edificações de até 12 pavimentos no local, já o Plano Diretor discutido em 2017, prevê no máximo 6 pavimentos. Em ambos os casos quaisquer alterações no local precisam da anuência do SEPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Natural) ligado ao IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) para a liberação de construções no local por ser uma Área de Preservação Cultural.

(24)

6. Proposta

6.5.5. Programa de necessidades

Pensado a partir dos ambientes mais utilizados nos Centros Públicos de Economia Solidária já existentes, estimando uma área mínima para cada um, conforme a tabela abaixo.

A partir dela foi-se distribuindo os ambientes no terreno conforme necessidade de proximidades entre si, insolação e privacidade.

6.5.6. Limites de ocupação

25

Ambientes Área estimada (m²) Área utilizada (m²)

ARTESANATOS 90,00 BRECHÓ 30,00 COSTURA 30,00 ORGÂNICOS 40,00 COMERCIALIZAÇÃO 40,00 ALIMENTAÇÃO 80,00 117,86 SALÃO DE BELEZA 60,00 64,52 AMBIENTE TERAPÊUTICO 60,00 63,66 ATENDIMENTO SOCIAL 60,00 79,12 COPA PARA FUNCIONÁRIOS 15,00 15,75

DEPÓSITO 15,00 20,47 BANHEIROS 60,00 62,68 HALL/RECEPÇÃO 20,00 38,08 CIRCULAÇÃO/ESTAR 100,00 127,83 ADMINISTRAÇÃO 40,00 53,43 SECRETARIA 30,00 34,85 SALA DE REUNIÕES 30,00 31,94 INCUBADORA 30,00 43,43 SALA DE LEITURA 30,00 48,80 AUDITÓRIO 100,00 117,03 ATELIÊS 280,00 339,03 BANHEIROS 60,00 60,40 TOTAL 1300,00 1568,55 ED U C A Ç Ã O E A D M IN IS TR A Ç Ã O PROGRAMA DE NECESSIDADES C O M ER C IA LIZ A Ç Ã O /E XP O SIÇ Ã O 249,67 ZONA

ALTURA MÁXIMA DA EDIFICAÇÃO

EM METROS 14,40 /21,60

PADRÃO

ACRÉSCIMO POR TDC

ACRÉSCIMO POR USO MISTO EM ÁREA INCENTIVADA NÚMERO MÁXIMO BÁSICA ACRÉSCIMO MÁXIMO MÍNIMO BÁSICO PADRÃO ACRÉSCIMO POR TDC

ACRÉSCIMO POR USO MISTO EM ÁREA INCENTIVADA

ACRÉSCIMO PARA EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS

ACRÉSCIMO POR ARTE PÚBLICA MÁXIMO AFASTAMENTO FRONTAL 20% 0,5 COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO TAXA DE OCUPAÇÃO NÚMERO DE PAVIMENTOS

TAXA DE PERMEABILIDADE MÍNIMA

AMC e AMS podem ter Subsolos, 1º e 2º pavimentos com Taxa de Ocupação de 100% no Polígono Central 1

1

6

*Número Máximo de Pavimentos da edificação quando não utilizado o instrumento de Transferência do Direito de Construir e Acréscimo por uso misto em área incentivada.

50% 35%

MINUTA PLANO DIRETOR 2017

TABELA LIMITES DE OCUPAÇÃO AMC 4/6

14,40

4*

Art. 304. Nas AMC do Polígono Central, os subsolos, térreo e segundo

pavimento serão isentos do afastamento frontal, desde que possuam fachada ativa no nível da rua.

Art. 312. Os afastamentos laterais e de fundos deverão ser de no mínimo 3,00

m em edificações com altura da edificação (HE) igual ou superior a 7,20 m ou

com mais de dois pavimentos com a seguinte proporção:

I - 1/7 (um sétimo) da altura da fachada (HF) para edificações no Triângulo Central; (14,49/7=2,07)

II - 1/5 (um quinto) da altura da fachada (HF) para edificações nas demais áreas. (14,49/5=2,89)

Art. 313. Os subsolos e os dois primeiros pavimentos das edificações com taxa de ocupação diferenciada são isentos de afastamentos laterais e fundos, limitada a altura de 9 (nove) metros.

AFASTAMENTO LATERAL

1 3,29*

0,46

*Estes valores são os máximos possíveis de serem alcançados por edificações com número de pavimentos Padrão (4) e somente serão atingidos naquelas edificações que fizerem uso dos benefícios de Taxa de Ocupação Máxima

diferenciada para 1º e 2º pavimentos (100% no polígono central).

4 0,02 0,02 0,46

(25)

6.5.7. Setorização

O CESOL pode ser dividido em dois setores, um de comercialização e serviços e outro de educação e administração.

A parte de comercialização e serviços, por ser diretamente ligada ao público, foi locada no térreo e primeiro pavimento, com fachada ativa para a Av. Hercílio Luz.

Já a parte de educação e administração foi dividida nos outros 2 pavimentos, ficando a parte de educação no 2º pavimento e a administração no 3º.

6. Proposta

26

4,00 4,00 14,40 12,96 PERMITIDA (m²) UTILIZADA (m²) 100% (PERMITIDA NO 1º E 2º PAVIMENTOS) 857,91 636,52 50% - 85% (PARA OS DEMAIS PAVIMENTOS) 428,96 - 729,22 494,12 TAXA DE PERMEABILIDADE MÍNIMA 20% 171,58 475,71 COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO 3,29 2822,52 2296,43 TAXA DE OCUPAÇÃO 857,91 ÁREA ÁREA DO TERRENO (m²) NÚMERO DE PAVIMENTOS ALTURA DA EDIFICAÇÃO

AMBIENTE

ÁREA

ÍNDICE

(m²/pessoa)

PESSOAS

COMERCIALIZAÇÃO

249,67

5

50

CIRCULAÇÃO ESTAR

58,78

5

12

HALL

38,08

5

8

COPA

15,75

7

2

DEPÓSITO

20,47

7

3

ÁREA ABERTA COBERTA

112,78

5

23

ALIMENTAÇÃO

84,54

1

85

QUIOSQUE

18,60

7

3

COZINHA

14,88

7

2

HALL/ESTAR

69,05

5

14

SALÃO DE BELEZA

64,52

5

13

AMBIENTE TERAPÊUTICO

63,66

5

13

ATENDIMENTO SOCIAL

79,12

5

16

ATELIÊS

339,03

4

85

CIRCULAÇÃO/ESTAR

76,39

5

15

TERRAÇO

34,37

5

7

ADMINISTRAÇÃO

53,43

15

4

SECRETARIA

34,85

15

2

AUDITORIO

117,03

1

117

SALA DE REUNIÕES

31,94

15

2

INCUBADORA

43,43

15

3

SALA DE LEITURA

48,80

4

12

HALL/ESTAR

60,31

5

12

CIRCULAÇÃO

20,15

5

4

TOTAL

1749,63

505

LOTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CÓDIGO DE

OBRAS DE FLORIANÓPOLIS

TÉRREO

1º PAVTO

2º PAVTO

3º PAVTO

3º PAVTO - ADM 2º PAVTO - EDUCAÇÃO 1º PAVTO - SERVIÇOS TÉRREO - COMERCIALIZAÇÃO

(26)

6. Proposta

27

LOTAÇÃO

INDICE

505

20

1

26

26 / 4 ANDARES =

6,5

UTILIZADO POR ANDAR

8

TOTAL

Nº DE INSTALAÇÕES

5% DESTINADO A PORTADORES DE DEFICIENCIA FISICA=

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE ACORDO COM O CÓDIGO DE OBRAS

DE FLORIANÓPOLIS

1 VASO E 1 LAVATÓRIO PARA CADA 20 PESSOAS

4 FEM + 3 MASC + 1PNE

25

7

32

25 + 1 =

OCUPAÇÃO

CONSUMO

DIÁRIO

(C.D.)

ESCRITÓRIOS, SERVIÇOS,

COMÉRCIO

50 L POR

PESSOA

1749,63

7,5

233

CONSUMO DIÁRIO (C.D.) (POPULAÇÃO X 50L)=

11664

ÁREA CONSTRUÍDA (M2)

< 2500m²

RISCO DE INCÊNDIO

LEVE

PELA TABELA 4 DA IN 007

5m³

5000 L

VOLUME MÍNIMO=

11664

5000

23328

28328

40% 2CD + R.T.I.

9331

5000

14331

60% 2CD

13997

ÍNDICE

POPULAÇÃO (ÁREA X ÍNDICE) =

DIMENSIONAMENTO RESERVATÓRIO DE ÁGUA SEGUNDO CÓDIGO

DE OBRAS DE FLORIANÓPOLIS

CÁLCULO DA

POPULAÇÃO

1 PESSOA / 7,5M² DE

ÁREA DE SALA OU LOJA

VOLUME MÍNIMO = C.D. + RTI

ÁREA

EM FUNÇÃO DA ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA

COMERCIAL, ESCOLAR

DIFERENCIADA

2 x CD + RTI

2x

2296,43

RTI=

RTI - RESERVA TÉCNICA DE INCENDIO

OCUPAÇÃO

RISCO LEVE

9,72m

CAMINHAMENTO MÁXIMO

20m

4

EDIFICAÇÃO ESCOLAR

DIFERENCIADA

H<12m

1

I

PREVENTIVO BOMBEIROS

ESCOLAR DIFERENCIADA

ALTURA DA EDIFICAÇÃO (PARA ESCADA ASCENDENTE)

(PAVTOS NÃO ISOLADOS)

QUANTIDADE MÍNIMA E TIPO DE ESCADA

I = ESCADA COMUM (EC)

NÚMERO DE PAVIMENTOS

(27)

7. Referências

28

A parte de comercialização e exposição do CESOL Floripa foi pensada aos moldes do

Mercado São Jorge localizado no bairro Itacorubi em Florianópolis, do Primavera Garden Center localizado na SC 401, também em Florianópolis e do Centro de Artesanato de Pernambuco, em Recife.

Todos possuem uma grande área para a exposição dos produtos, sem paredes dividindo os espaços. A setorização se dá através da disposição dos produtos no mobiliário, permitindo aos usuários uma ampla visão do ambiente.

Já a parte administrativa, auditório e ateliês foi inspirada na ACATE localizada na SC 401, em Florianópolis. Salas com divisórias leves e aberturas em vidro voltadas para a circulação, permitindo a visualização das atividades que ocorrem no seu interior.

Interior da ACATE

Interior do Mercado São Jorge

(28)

8. Materiais

29

Uma das formas de dar destaque aos produtos artesanais feitos e expostos no

CESOL FLORIPA é pelo contraste. Por isso a edificação foi pensada com os conceitos de NEUTRALIDADE e INDUSTRIALIZAÇÃO.

Ambos podem ser percebidos desde a estrutura com laje nervurada aparente e piso em cimento queimado, até as instalações aparentes.

As paredes externas foram pensadas em alvenaria convencional, rebocada e pintada dos dois lados e as divisórias internas em drywall, permitindo reformas nos ambientes internos, como a junção ou diminuição de salas.

Marquises em estrutura metálica protegem as aberturas da chuva e também servem, junto aos brises, na proteção solar. A cor verde turquesa complementa o marrom dos brises, destacando ambos os elementos.

Os brises escolhidos foram os do tipo asa de avião fabricados em alumínio com recheio em poliuretano expandido na largura de 15cm e pintados na cor marrom. Estes podem ser móveis e posicionados na vertical ou horizontal dependendo da fachada em que serão utilizados. (A mobilidade pode ser acionada manualmente ou automatizada.)

De acordo com um estudo solar nas datas de inverno e verão foram definidos:

FACHADA SUDESTE: incidência do sol apenas no período da manhã - brises horizontais fixos a 45º.

FACHADA NORDESTE: incidência do sol de manhã até o meio da tarde - brises horizontais móveis.

FACHADA NOROESTE: incidência do sol de tarde - brises horizontais móveis. FACHADA SUDOESTE: incidência do sol de tarde - brises verticais móveis.

O mobiliário pode ser feito pelos próprios artesãos com materiais recicláveis, madeira de demolição e pallets.

Perspectivas – estrutura em concreto armado. Laje nervurada aparente.

Perspectivas – vista interna. Laje nervurada, piso em cimento queimado, móveis em pallets. Perspectiva – Fachada sudeste.

(29)

9. Estudo de Insolação

30

N

NOROESTE

VERÃO: 14H – 19H (pôr do sol)

INVERNO: 10H – 18H (pôr do sol)

NOR

DE

ST

E

VE

O

: NA

SCE

R

DO

S

OL

-19

H

INV

ERN

O

: NA

SCE

R

DO

S

OL

14

H

SUDESTE

VERÃO: NASCER DO SOL -11H

INVERNO: NASCER DO SOL – 10H

SUD

OE

ST

E

VE

O

: 14

H

-19

H

(p

ôr

do

s

ol)

INV

ERN

O

: 17

H

18

H

(p

ôr

do

s

ol)

Perspectiva interna. Estudo de insolação 17h – inverno

Ao fundo fachada sudoeste, a direita fachada noroeste.

Percebe-se que o sol entre em uma angulação baixa alcançando a parede posterior.

Perspectiva interna. Estudo de insolação 17h – Verão

Ao fundo fachada sudoeste, a direita fachada noroeste.

Percebe-se que o sol entre em uma angulação mais alta, adentrando menos no ambiente.

Perspectiva interna. Estudo de insolação 09h – Verão

Ao fundo fachada nordeste, a direita fachada sudeste.

Percebe-se que o sol entre em uma angulação mais alta, adentrando no ambiente apenas pela fachada sudeste.

Perspectiva interna. Estudo de insolação 09h – Inverno

Ao fundo fachada nordeste, a direita fachada sudeste.

Percebe-se que o sol entre no ambiente por ambas fachadas com predomínio da nordeste.

(30)

10. Implantação

(31)

11. Plantas

(32)
(33)
(34)
(35)
(36)

12. Cortes

(37)

12. Cortes

(38)

12. Cortes

(39)

12. Cortes

(40)

13. Volumetria / Perspectivas

41

Perspectiva 01 – visão fachada sudeste.

(41)

42

Perspectiva 02 – visão aérea do CESOL Floripa.

(42)

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Perspectiva 03 – visão do pedestre na esquina entre a Av. Hercílio Luz e a Rua Gen Bittencourt

Perspectiva 04 – visão da área externa 02 para a Rua Gen Bittencourt

Perspectiva 05 – visão do pedestre na esquina entre as ruas Victor Meirelles e Gen Bittencourt

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Perspectiva 07 – visão do nível do passeio para a edificação

Perspectiva 06 – sugestão de layout para o auditório

Perspectiva 08 – sugestão de layout para o hall. Ao fundo a área de comercialização.

Referências

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