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Elaboração de projeto para o ensino médio utilizando a metodologia da aprendizagem baseada em problemas   : fazendo ciência, investigando doenças = Project development for high school using the problem based learning methodology : Making science, investig

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Academic year: 2021

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Instituto de Biologia

PAULA MARTINS DE SOUZA

ELABORAÇÃO DE PROJETO PARA O ENSINO MÉDIO UTILIZANDO A METODOLOGIA DA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: “FAZENDO

CIÊNCIA: INVESTIGANDO DOENÇAS”

PROJECT DEVELOPMENT FOR HIGH SCHOOL USING THE PROBLEM-BASED

LEARNING METHODOLOGY: "MAKING SCIENCE: INVESTIGATING DISEASES"

CAMPINAS- SP 2019

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ELABORAÇÃO DE PROJETO PARA O ENSINO MÉDIO UTILIZANDO A METODOLOGIA DA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: “FAZENDO

CIÊNCIA: INVESTIGANDO DOENÇAS”

PROJECT DEVELOPMENT FOR HIGH SCHOOL USING THE PROBLEM-BASED

LEARNING METHODOLOGY: "MAKING SCIENCE: INVESTIGATING DISEASES"

Dissertação apresentada ao Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestra em Ensino de Biologia, na área de Ensino de Biologia.

Dissertation presented to the Institute of Biology of the State University of Campinas as part of the requirements required to obtain a Master's degree in Biology Teaching in the area of Biology Teaching.

Orientador: DANIEL MARTINS DE SOUZA Coorientadora: VALÉRIA DE ALMEIDA

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA

ALUNA PAULA MARTINS DE SOUZA, E

ORIENTADA PELO PROF. DR. DANIEL MARTINS DE SOUZA E COORIENTADA PELA DRA. VALÉRIA DE ALMEIDA.

CAMPINAS- SP 2019

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Titular 1: Prof. Dr. Daniel Martins de Souza (Presidente)

Titular 2: Prof. Dr. Marcelo Bispo de Jesus

Titular 3: Profa. Dra. Juliana Rink

Os membros da Comissão Examinadora acima assinaram a Ata de Defesa, que se encontra no processo de vida acadêmica da aluna.

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À minha família, e a todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma, sendo com seu conhecimento, ou apoio.

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O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

Agradeço a Deus, por todo o caminho percorrido até aqui, por sempre olhar por mim e me conceder tantas bênçãos.

À Unicamp, em especial à equipe de pós-graduação do IB, e a todos os professores que contribuíram com seus conhecimentos durante o curso.

Ao meu orientador, professor Dr. Daniel Martins de Souza e à minha coorientadora Dra. Valéria de Almeida. Muito obrigada por toda a orientação, suporte, e oportunidade de aprender com vocês. Vocês são incríveis!

À todos do laboratório de Neuroproteômica, por todas as contribuições para a elaboração deste trabalho, e por estarem sempre dispostos a ajudar.

Às minhas amigas de turma, que agora são amigas para a vida. Nathy, Lu, Consuelo e Vanessa, vocês tornaram todo o caminho mais leve, mais fácil, mais divertido. Nós rimos e choramos juntas, enfrentamos todos os desafios, e vencemos. Obrigada por tudo, tenho certeza que foi Deus quem cruzou nossos caminhos, para que nós pudéssemos chegar até aqui, e nos abençoou com um anjinho, Kalel, que está juntinho dele e no coração de todas nós.

À minha família. Minha avó Angelina e Maria por sempre se lembrarem de mim, e contribuírem com suas orações. Ao meu avô João, que sempre torceu muito por mim e estaria muito orgulhoso agora. Aos meus pais, Paulo e Sílvia, que me apoiam e torcem por mim em cada etapa, em especial a minha mãe, que fez de mim o que sou. À minha irmã Poliana, que sempre me escuta, me apoia e me dá forças. Ao meu namorado João, que enfrenta tudo ao meu lado sempre, e aos seus pais, pessoas muito especiais. Vocês todos são a razão de toda a minha luta. Amo vocês!

À família Help, que me apoiou todo o tempo, sempre me encorajando e dando suporte para que eu seguisse. E aos meus alunos, que estão sempre me dando forças.

Aos meus amigos e todas as pessoas que de alguma forma participaram deste processo, oferecendo uma palavra de apoio, contribuição intelectual ou suas orações e energias positivas. Em especial à Lucélia e à Letícia, que sempre se lembram de mim, me encorajam e me incentivam a continuar. Obrigada a todos!

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A aprendizagem baseada em problemas (ABP) é uma metodologia centrada no aluno, que protagoniza sua aprendizagem através da interpretação, discussão e resolução de problemas reais, que abordam conceitos e conteúdos que pretendem ser trabalhados pelo professor, que atua no processo como mediador da aprendizagem do estudante. A metodologia é projetada para desenvolver atitudes e habilidades além do conhecimento específico da disciplina de biologia, resultando em um aprendizado duradouro que possa ser utilizado pelo aluno como membro ativo da sociedade. Doenças psiquiátricas, como esquizofrenia e depressão, vêm afetando um número cada vez maior de pessoas, sendo alvo de pesquisas científicas por todo o mundo. As proteínas, macromoléculas mais abundantes nos seres vivos, que desempenham funções estruturais e funcionais, fazendo parte de diversos processos biológicos indispensáveis para um organismo, é um conteúdo presente no currículo escolar do ensino médio, e vem servindo como base para o estudo de tais doenças, sua abordagem no ensino médio permite ao estudante compreender o quão dinâmico os diferentes organismos podem ser. Considerando sua importância para a disciplina de biologia, proteínas foi o conteúdo selecionado como base para um projeto elaborado nessa dissertação denominado: “Fazendo Ciência: investigando doenças”, baseado na metodologia da ABP, voltado para estudantes dos três anos do ensino médio, que apresenta como contexto problemático a proteômica, ciência que estuda o proteoma, conjunto de proteínas produzidas por um organismo, e sua relação com doenças como esquizofrenia e depressão. O projeto está disponível em um material didático para o professor, para que possa aplicá-lo em sua escola e para o aluno, como um roteiro orientador do processo.

Palavras-chave: Aprendizagem Baseada em Problemas. Ensino de Biologia. Proteínas. Proteoma. Proteômica. Esquizofrenia. Depressão.

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Problem-based learning (PBL) is a teaching methodology which focuses on the student, promoting their learning through the interpretation, discussion, and solving of real-world problems. It is designed to approach the concepts and content that the teacher intends to work with, where they then act to guide and support the student. The methodology is expected to develop attitudes and skills beyond the specific knowledge relevant to the biology discipline, resulting in long-lasting knowledge that can be used by the student as an active member of society. Psychiatric illnesses such as schizophrenia and depression are affecting an increasingly large number of people, making it the target of study for scientific research around the world. Proteins, the most abundant macromolecules in living beings, perform structural and functional roles in various biological processes, making them an indispensable part of any organism. They are present in every high school curriculum, and serve as a foundation to understand and study illnesses such as those previously mentioned. The way the study of proteins is approached in high school allows a student to understand just how dynamic different organisms can be. Considering their importance in biology, proteins were selected as the base content for the project developed in this dissertation, named “Making Science: Investigating Diseases”. It makes use of the PBL methodology and is aimed at students in their third year of high school, presenting itself through proteomics – the study of the proteome, the set of proteins produced and present in a cell – and how it relates to diseases such as schizophrenia and depression. The project is available both to the teacher, as course material to be used as a guide in their classroom, and to the student, as their guide through the learning process.

Keywords: Problem-based learning . Biology Teaching. Proteins. Proteoma. Proteomics. Schizophrenia. Depression

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1. INTRODUÇÃO ... 10

1.1 Ensino de Biologia ... 10

1.2 Metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) ... 11

1.3 As Proteínas, o proteoma e a proteômica ... 15

1.4 A Esquizofrenia ... 17 1.5 A Depressão ... 17 2. OBJETIVOS ... 19 2.1. Geral ... 19 2.2. Específicos ... 19 3. JUSTIFICATIVA ... 20 4. MATERIAIS E MÉTODOS ... 21 5. RESULTADOS ... 22 6. DISCUSSÃO ... 26 7. CONCLUSÃO ... 31 8. REFERÊNCIAS ... 32 9. APÊNDICES ... 37 9.1 Apêndice I ... 37 9.2 Apêndice II ... 85 10. ANEXOS ... 132 10.1 Anexo I ... 132 10.2 Anexo II ... 133

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Ensino de Biologia

O currículo escolar dos ensinos fundamental e médio deve estar sempre em intensa discussão e reflexão, para que a escola possa exercer adequadamente seu papel de formadora de cidadãos. Durante esse processo de formação, a disciplina de biologia, que deve despertar nos estudantes o interesse pelo mundo dos seres vivos, pode ser uma disciplina extremamente relevante, que os ajude a compreender processos e conceitos biológicos utilizando esse conhecimento nas futuras tomadas de decisões individuais e coletivas. No entanto, a biologia pode ser uma disciplina pouco atraente e irrelevante, dependendo do conteúdo e da metodologia empregada (KRASILCHIK, 2016).

A forma fragmentada como a biologia comumente é abordada, em áreas disciplinares, não permite que os estudantes percebam o mundo vivo de forma integrada, o que pode comprometer não apenas a compreensão sobre o tema, mas também o interesse pelas ciências biológicas. Considerando a relevância do conhecimento biológico na relação entre ciência, tecnologia e sociedade, a lacuna desse conhecimento levaria a potenciais danos em uma educação para a cidadania responsável, um dos principais objetivos do ensino médio (CARVALHO; NUNES-NETO; EL-HAN, 2011).

Como a ciência e a tecnologia estão presentes na atualidade, influenciando as transformações sociais e culturais, a biologia vem ganhando destaque no cenário mundial, disseminando os resultados e informações das descobertas científicas do meio acadêmico à população, através da internet e outros meios de comunicação, provocando discussões gerais sobre benefícios, riscos e implicações éticas e morais provenientes de tais pesquisas (PEDRANCINI, et al, 2007). Essas reflexões e muitas vezes indagações por parte dos alunos, chegam às salas de aula, sendo necessária a abordagem do pensamento científico, que deve ser efetivamente apresentado, para que os alunos possam construir um aprendizado significativo dos elementos da linguagem e métodos científicos, atribuindo valor ao pensar e agir científico (KOSMINSKY, GIORDAN, 2002).

A popularização da internet e demais tecnologias de comunicação vem moldando a vida diária em diversas formas e aspectos, causando impacto em muitas áreas, especialmente sobre o ensino, já que em uma sociedade na qual a informação está facilmente disponível, a visão do professor como único detentor do conhecimento é desafiada. O estímulo ao desenvolvimento e estudo dos processos envolvidos na aprendizagem, levou a aplicação desse

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conhecimento na educação, tanto no desenho de currículos como na forma de ensinar, sugerindo uma nova maneira de ensino, que preconiza uma prática baseada na exposição e resolução de problemas (HENRIQUES; PRADO; VIEIRA, 2014). Como descrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio (BRASIL, 2000, p.14-15):

Para promover um aprendizado ativo, que, especialmente em Biologia, realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos, como, por exemplo, aqueles envolvendo interações entre seres vivos, incluindo o ser humano, e demais elementos do ambiente. [...]

Proporcionar um aprendizado ativo coloca o aluno no centro do processo de aprendizado, onde a capacidade de pensar em termos de hipóteses e possibilidades, de forma ativa, auxilia na construção do conhecimento sólido, mais duradouro. Nessa perspectiva, o professor assume o papel de mediador, favorecendo uma interação positiva entre o sujeito e o objeto (CABRERA, 2007).

Soussan (2004) afirma que alunos podem apropriar-se do conhecimento por duas formas de aquisição: a primeira, dita menos eficiente, o aluno recebe um saber construído, fornecido essencialmente pelo professor ou por livros didáticos; a segunda forma, o aluno constrói seu saber, a partir de materiais e procedimentos propostos e ensinados pelo professor, que o leva a procurar informações, que são confrontadas com saberes anteriores, estruturando conceitos cada vez mais complexos. Dessa forma, o papel fundamental do professor é criar condições para o questionamento necessário para a integração entre saberes antigos e novos dos estudantes.

Tais características são encontradas na metodologia da aprendizagem baseada em problemas (ABP).

1.2 Metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)

A ABP ou em inglês Problem Based Learning (PBL), é um método educacional centrada no educando, que se depara com um problema real, desafiador, planejado pelo educador antes de introduzir cada conteúdo. A aprendizagem é baseada na solução de situações relacionadas à realidade, onde os alunos trabalham em pequenos grupos de forma ativa e colaborativa, desde o primeiro contato com o tema, seguido pela discussão das ações, até um consenso final com a solução e medidas adotadas pela equipe, sempre orientada por um professor, que assume a posição de mediador (UFV, 2019).

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Essa metodologia surgiu ao final da década de 1960, no ensino de medicina da Universidade de McMaster, Canadá (FREITAS, 2012), posteriormente foi aplicada em diversas faculdades de medicina, odontologia, psicologia, saúde pública, direito, entre outros cursos por todo o mundo. Na década de 1970 uma nova faculdade de medicina foi criada na Holanda, em Maastricht, com seu currículo fundamentado desde o início na aprendizagem baseada em problemas, tornando-se referencia para estudos desta técnica de ensino (TIBÉRIO; ATTA; LICHTENSTEIN, 2003).

O construtivismo é considerado a maior referencia teórica para a metodologia de ABP, já que parte do princípio de que o indivíduo aprendiz constrói seus conhecimentos através de observação e experimentação pessoal ativa, e não copiam ou absorvem ideias prontas do mundo exterior (MELO, 2014). A postura filosófica construtivista implica em deixar de ver o aluno apenas como um receptor de conhecimentos, não importando como os armazena e organiza em sua mente, passando a considera-lo agente de um processo de construção da sua própria estrutura cognitiva. Levando em consideração os processos mentais, ocupando-se da atribuição de significados, compreensão, transformação, armazenamento, e utilização das informações envolvidas, a cognição se dá por construção (MOREIRA, 1999).

Essa natureza construtivista fica evidente nos modelos curriculares da ABP, que objetivam estimular os alunos a buscarem soluções para os problemas propostos, assumindo maior responsabilidade pela própria aprendizagem, levando a construção do próprio conhecimento (CARVALHO, 2009).

Segundo Leite e Afonso (2001) e Leite e Esteves (2005) a ABP organiza-se em torno de quatro etapas básicas, que apresentam duração e objetivos diferentes. A primeira etapa inicia-se com o trabalho do professor, que deve selecionar os conteúdos e conceitos que pretende lecionar para a turma. Definidos os conceitos, é necessário identificar um contexto problemático que permite abordar os conteúdos desejados. É interessante tomar como base uma situação problema preferencialmente real, que não inclua conclusões, mas que apresente desafios, fundamentada em materiais adequados ao aprendiz, que possa gerar seu interesse quanto aluno, indivíduo e membro da sociedade.

Um bom problema segundo Tibério, Atta e Lichtenstein (2003) deve consistir de descrição neutra de um fenômeno, formulado em termos concretos que necessitam de explicação, conduzindo o aprendizado a um número restrito de temas, ativando conhecimento prévio. Os principais elementos de um problema são o título, a descrição do problema e as instruções que devem definir os pontos a serem abordados.

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A segunda etapa compete aos estudantes, que a partir da análise do contexto problemático definido pelo professor, elaboram problemas e questões considerando o que já é familiar a eles, o que nunca ouviram falar e o que gostariam de aprofundar. O professor ocupa o papel de tutor, orientando e conduzindo os estudantes, promovendo a classificação das questões por eles levantadas, indicando quais se sobrepõem, auxiliando na definição cronológica dos enunciados propostos, definindo a ordem a tratar dos problemas (LEITE, AFONSO, 2001; LEITE, ESTEVES, 2005).

Carvalho (2009) nota que o sucesso da segunda etapa e a garantia de que a investigação desenvolvida pelos alunos seguirá com grande possibilidade de alcançar o objetivo pretendido, que é a aprendizagem efetiva do conteúdo investigado, é definida pela escolha apropriada do contexto problemático definido pelo professor no início do processo, fazendo da primeira etapa uma das mais importantes para o processo.

Ainda baseado na organização de Leite e Afonso (2001) e Leite e Esteves (2005), a terceira etapa do método ABP consiste na resolução dos problemas levantados na fase anterior. Os alunos, que poderão trabalhar simultaneamente em um mesmo problema, em diferentes subproblemas ou ainda em problemas diferentes, deverão reinterpreta-los, planificar resoluções, programar estratégias para as resoluções planificadas, e avaliar a funcionalidade das estratégias e possível solução do problema. Durante o processo, os estudantes devem acessar diferentes tipos de informações (livros, revistas, jornais, internet, entre outras fontes), recolher informações junto a pessoas e entidades diversas (entrevistar membros da comunidade ou entidades públicas), realizar atividades laboratoriais e saídas a campo e analisar as informações recolhidas. Tal processo deve ser orientado pelo professor, que mais uma vez atua como orientador do trabalho do aprendiz, assegurando que a informação mínima necessária esteja disponível.

Na quarta e última etapa ocorre a síntese do processo, feita conjuntamente por professor e aluno que deverão fazer a verificação de que todos os problemas inicialmente formulados foram resolvidos ou não tem solução, realizando uma síntese final dos conhecimentos obtidos, ressaltando o que de novo foi aprendido e julgando a eficácia da aprendizagem e contribuição para o desenvolvimento dos alunos enquanto indivíduos, cidadãos e membros da sociedade. Durante este processo de avaliação os estudantes são levados a compartilharem os resultados do estudo individual e em grupo, e avaliarem a si mesmos quanto a “o que” e “como” aprenderam.

O conhecimento adquirido pelo aluno vai depender de vários fatores, como: o conhecimento prévio que detém; a qualidade do problema apresentado, o interesse por ele

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despertado, o desempenho do tutor, o funcionamento e comprometimento do grupo (TIBÉRIO; ATTA; LICHTENSTEIN, 2003), a aplicação do método como um todo que, é projetado para desenvolver atitudes e habilidades além do conhecimento específico da disciplina, colocando como ação prioritária e segurança de efetividade do processo a mediação pedagógica do educador e a interação entre os atores envolvidos (UFV, 2019).

Com base na questão colaborativa entre professor e educando, a ABP proporciona ao aluno a mudança do pensamento de que o professor é único detentor de conhecimento e responsável pelo seu aprendizado, desconstruindo o mito de que o professor está ali para unicamente transmitir o seu conhecimento, percebendo que o professor pode facilitar e o direcionar ao conhecimento frente à sua própria argumentação, buscando desenvolver seu pensamento crítico em busca de soluções de problemas, de modo a construir habilidades e competências sólidas (SANTOS, BOTTECHIA, 2017).

Independente do grande potencial apresentado pela ABP, é possível apontar vantagens e desvantagens. Os pontos positivos do método correspondem à aquisição de conhecimento de forma mais significativa e duradoura, e ao desenvolvimento de habilidades e atitudes positivas, como comunicação oral, escrita, trabalho em grupo, habilidades comunicativas, sociais e desenvolvimento do senso crítico (RIBEIRO, 2005). Além disso, o método apresenta a vantagem de se encaixar em qualquer nível de ensino, do básico ao superior, com vista a melhor qualidade da aprendizagem, e consequentemente maior contribuição para o desenvolvimento do aluno enquanto estudante e membro ativo da sociedade (FREITAS, 2012)

A ABP também apresenta benefícios ao docente, já que aprimora seu trabalho na medida em que o estimula a acompanhar e mediar o trabalho de investigação desenvolvido pelo aluno, bem como as soluções para os problemas inicialmente propostos. Dessa forma, a utilização da metodologia contribui com o desenvolvimento da formação continuada dos professores, que são estimulados a aperfeiçoarem-se quanto à própria prática pedagógica diante dos novos desafios do ensino (SOUZA, 2016).

Em contrapartida, os desafios para a implementação da metodologia envolvem a resistência e dificuldade de adaptação dos alunos em relação à autonomia no processo de investigação e levantamento de informações (FISCHER et al, 2010), principalmente dos alunos mais tímidos (RIBEIRO, 2005). Além da resistência por vezes do corpo docente, ou ainda da dificuldade da instituição em orientar adequadamente os professores, ou disponibilizar recursos suficientes para a prática, como bibliotecas ou laboratórios com

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número de materiais adequado para todos os alunos (TIBÉRIO; ATTA; LICHTENSTEIN, 2003).

Apesar das dificuldades estarem presentes, a ABP é considerada eficaz, e utilizada para acrescentar qualidade e solidez à aprendizagem dos educandos, proporcionando uma aprendizagem sólida, com duração por toda a vida, disponível para ser acessada em qualquer situação (UFV, 2019), auxiliando assim, na reestruturação curricular de uma instituição, que deve sempre ser levada em consideração quanto às suas peculiaridades, sua história, disponibilidade de recursos e inserção social garantindo o sucesso e consolidação da ABP no currículo (TIBÉRIO; ATTA; LICHTENSTEIN, 2003).

Considerando dessa forma, as evidências da eficiência do método ABP para a construção de um aprendizado mais sólido e duradouro para os estudantes, o projeto desenvolvido nesta dissertação, denominado “Fazendo Ciência: Investigando Doenças”, utilizará como base a metodologia em questão, abordando como contexto problemático a Proteômica e sua relação com doenças psiquiátricas, especificamente a esquizofrenia e depressão, contextualizando conceitos e conteúdos previstos no currículo do ensino médio relacionados às proteínas.

1.3 As Proteínas, o proteoma e a proteômica

O DNA armazena toda a informação genética de um organismo, e está dividido em genes, responsáveis pelas diversas funções e características de um indivíduo, porém, para que cada informação contida em genes possa ser executada, esta é transcrita e traduzida em proteínas, uma das ferramentas funcionais do organismo (MARTINS-DE-SOUZA, 2015).

As proteínas representam cerca de 50 a 80% do peso seco das células, sendo as macromoléculas mais abundantes nos seres vivos. Essas moléculas são compostas por aminoácidos, que apresentam a capacidade de formar ligações covalentes entre os grupos amino (NH2) de um aminoácido e carboxílico (COOH) de outro, as ligações peptídicas. Proporcionando uma grande variedade estrutural das proteínas, devido às diversas possibilidades de arranjos distintos (MORAES et al., 2013).

As proteínas desempenham funções estruturais e funcionais. Estão presentes em todas as membranas celulares, organelas e matriz extracelular, participam de processos biológicos, já que incluem as enzimas, fazem transporte de moléculas e íons pelas membranas, participam de mecanismos de defesa, devido a sua ação hormonal, participam do

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controle do metabolismo, e ainda são responsáveis por mecanismos contrácteis musculares (MARZZOCO; TORRES, 2015).

As proteínas operam também, como receptores de drogas, atuando como sinalizadores químicos, como importantes moléculas alvo para medicamentos, mostrando-se determinantes na concentração e resposta farmacológica (KATZUNG, 2006). Ao alcançarem a corrente sanguínea, medicamentos podem se ligar em diferentes proporções a proteínas da membrana plasmática. O reconhecimento molecular do fármaco pela biomolécula receptora é dependente dos grupos funcionais e propriedades estruturais que devem ser complementares ao sítio de ligação da biomolécula (BARREIRO; FRAGA, 2008).

O proteoma, conjunto de proteínas produzidas por um organismo, tem ação dinâmica, pois, enquanto o genoma, conjunto de genes de um organismo, é virtualmente estável em todas as células, duas células localizadas em regiões distintas de um organismo, que desempenham diferentes funções, não apresentam mesmo proteoma, já que as diferenças morfológicas e funcionais entre as duas células são o resultado do conjunto de proteínas de cada uma. Além disso, o mesmo tipo de células em um indivíduo pode apresentar diferentes proteomas em resposta a estímulos ambientais, como ação de drogas, stress, doenças, etc. (OLIVEIRA et al., 2009).

A análise do proteoma de uma célula permite não apenas identificar quais proteínas estão presentes, mas também definir a quantidade das mesmas. A análise do proteoma pode ser feita, por exemplo, através do emprego da espectrometria de massas. Em geral, cada proteína produzida por um organismo possui uma massa específica. Assim, elas podem ser medidas com precisão por um espectrômetro de massas. Considerando que o proteoma de um organismo sofre alterações decorrentes de doenças, é possível identificar quais proteínas tiveram suas quantidades alteradas devido às mesmas e, assim, quais genes estão envolvidos (MARTINS-DE-SOUZA, 2015). A ciência que estuda o proteoma é denominada proteômica.

Alterações do padrão normal da quantidade de proteínas durante uma enfermidade podem ajudar a identificar uma via bioquímica alterada ou uma doença de forma precoce, e auxiliar na escolha do tratamento. Nesse cenário, essa metodologia pode ser útil no estudo de transtornos psiquiátricos complexos como esquizofrenia e depressão, auxiliando no diagnóstico e escolha de tratamentos.

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1.4 A Esquizofrenia

A esquizofrenia é uma desordem mental crônica, cuja incidência é de 1% na população mundial. É causada pela interação da predisposição genética e fatores ambientais (MARTINS-DE-SOUZA, 2011), como infecções durante o período pré-natal causadas por vírus, complicações obstétricas que resultem em hipóxia, estresse durante o neurodesenvolvimento e estresse crônico (SCHMITT et al., 2014).

Este transtorno é caracterizado por diversos sintomas, que podem ser divididos em positivos, negativos e cognitivos. Os sintomas positivos, alvo dos tratamentos com antipsicóticos, são caracterizados por delírios e alucinações, além de distorções na comunicação e discurso desorganizado (STAHL, 2014). Os sintomas negativos como retraimento emocional e social, redução do sentimento de prazer, da motivação e persistência em realizar atividades diárias, uso de poucas palavras limitando a comunicação, são considerados uma redução das funções normais e interação emocional e social do paciente. Os sintomas cognitivos afetam a memória, a atenção e a função executiva (SCHMITT et al., 2014).

Pesquisas apontam que em pacientes com esquizofrenia há uma expressão diferencial de proteínas do citoesqueleto, o que pode acarretar alterações em processos de estrutura celular e comunicação sináptica; alteração na expressão de proteínas ligadas ao cálcio, podendo comprometer a função de receptores de dopamina; divergência em proteínas relacionadas a oligodendrócitos, sugerindo processos degenerativos e alteração em proteínas relacionadas ao metabolismo energético (OLIVEIRA, MARTINS-DE-SOUZA, 2013).

Atualmente, o diagnóstico para a esquizofrenia depende da avaliação subjetiva de um conjunto de sinais e sintomas, com base em sistemas de classificação psiquiátrica como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5, 2005) ou através da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Embora o tratamento com antipsicóticos auxilie no alívio de alguns dos sintomas positivos, apresenta pouco ou nenhum efeito sobre os sintomas negativos e cognitivos, e a maioria dos pacientes continua sofrendo ao longo da vida (CASSOLI et al., 2015; LAMBERT et al., 2010; HASAN et al., 2012; WHO, 2010).

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A depressão, condição psiquiátrica ainda pouco conhecida em relação a bases moleculares, atinge cerca de 4,4% da população mundial segundo a OMS Organização mundial da saúde. Cerca de 10 a 30% dos pacientes com depressão que não respondem ao tratamento apresentam dificuldades na função social e ocupacional, apresentando declínio na saúde física e pensamentos suicidas (SILVA-COSTA et al., 2019).

Dentre as hipóteses sobre a fisiopatologia da depressão, destaca-se a hipofunção das monoaminas, particularmente a noradrenalina, a dopamina e a serotonina, neurotransmissores que costumam atuar em conjunto. Essa teoria sugere uma disfunção em diversos circuitos cerebrais no sistema de neurotransmissão das três monoaminas, o que leva a quase totalidade dos antidepressivos atuarem aumentando os níveis de tais neurotransmissores (SANACORA; TRECCANI; POPOLI, 2012; SILVA-COSTA et al., 2019).

Outros processos também aparecem alterados em pacientes depressivos, como a taxa de ATP, molécula armazenadora de energia, que é menor do que em pessoas saudáveis, e alteração na quantidade de proteínas responsáveis pela comunicação entre neurônios, células nervosas, tornando as sinapses menos eficientes. Proteínas do sangue relacionadas a processos inflamatórios, comparadas com as de pessoas mentalmente sadias, também apontam resposta inadequada a processos inflamatórios em pacientes depressivos, o que contribui para stress físico e mental (MARTINS-DE-SOUZA, 2015).

No diagnóstico da doença, são levados em conta os sintomas psíquicos, fisiológicos e evidências comportamentais. Porém, biomarcadores podem melhorar a capacidade de diagnóstico e revelar novos alvos para fármacos, auxiliando na definição do tratamento e na criação de novos e melhores medicamentos (PARIS, 2014; SILVA-COSTA et al., 2019). Análises proteômicas recentes apontam proteínas ligadas ao sistema imunológico, inflamatório e lipídico como possíveis potenciais marcadores para a depressão (SILVA-COSTA et al., 2019).

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2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Elaborar projeto voltado para professores e estudantes do ensino médio, empregando a ABP, utilizando a proteômica e sua relação com doenças, como contexto problemático.

2.2. Específicos

 Desenvolver um material didático orientador voltado para professores para aplicação do projeto.

 Desenvolver um material didático orientador para os alunos, organizado como um roteiro para a participação no projeto.

 Introduzir a metodologia da aprendizagem baseada em problemas no ensino médio.

 Estimular através do projeto, a contextualização de conteúdos presentes no currículo escolar a partir de problemas reais.

 Estimular o protagonismo discente em metodologia ativa de aprendizagem, visando um conhecimento sólido e duradouro.

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3. JUSTIFICATIVA

Justifica-se a realização deste trabalho, considerando a forma fragmentada em que a biologia é comumente trabalhada no ensino médio, além da necessidade de que os estudantes percebam o mundo vivo de forma integrada, oferecida por meio de aprendizagem sólida de conceitos e conteúdos que possam ser realmente aplicados em situações reais no cotidiano dos alunos, enquanto indivíduos participantes da sociedade. A aprendizagem baseada em problemas foi escolhida como metodologia do projeto desenvolvido neste trabalho pelos motivos apresentados anteriormente.

O projeto denominado “Fazendo Ciência: Investigando Doenças”, tem como base de conceitos e conteúdos a serem assimilados pelos estudantes, as proteínas, e seu papel na homeostase dos organismos, sendo abordada pela ABP, através do contexto problemático da proteômica.

Proteômica, não faz parte do currículo base de conteúdos do ensino médio, porém foi inserido no projeto por sua indispensável atuação na definição de formas e funções nas diferentes células humanas ou de outros seres vivos, e sua alteração frente a diferentes estímulos, que vão de sensações térmicas, a doenças, apresentando uma área de grande potencial a ser abordado como contexto real dentro da bioquímica trabalhada no ensino médio, contribuindo com o objetivo de fazer o aluno compreender conceitos biológicos de forma aplicada e integrada à vida.

A relação do proteoma com a saúde é problematizada no projeto, levando o estudante a investigar aspectos das doenças psiquiátricas propostas, esquizofrenia e depressão, pouco abordadas na educação básica, mas muito presente no cotidiano da população, possibilitando ao estudante adquirir um conhecimento biológico sólido e duradouro, abandonando a ideia de influência exclusivamente comportamental e psicológica frequentemente associada pela população.

Com a contextualização de tais conteúdos através da proteômica e sua relação com as doenças citadas a partir da ABP, o aluno poderá assimilar conceitos não apenas ligados às proteínas e suas mais variadas funções no organismo, mas também ao dinamismo do proteoma, características ligadas às doenças em questão, como sintomas, diagnóstico e tratamento, metodologias empregadas em pesquisas científicas de alto nível, alcançando uma aprendizagem mais significativa.

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4. MATERIAIS E MÉTODOS

O projeto “Fazendo Ciência: Investigando Doenças” foi desenvolvido utilizando a aprendizagem baseada em problemas, pretendendo trabalhar os conceitos relacionados a proteínas, aplicados em situações reais contextualizadas com a proteômica e sua relação com doenças. As doenças escolhidas para abordagem no projeto foram: esquizofrenia e depressão.

A metodologia é centrada no aluno, e, portanto, o projeto foi desenvolvido buscando colocar o estudante no centro do processo de aprendizagem, buscando uma aprendizagem mais sólida e efetiva, sempre guiada pelo professor, considerado peça chave para aplicação do projeto.

Precedendo a elaboração do projeto, foi realizado inicialmente uma investigação do conteúdo que seria abordado, buscando explorar mais a fundo os fundamentos da ABP, seguido por um levantamento bibliográfico, e planejamento da organização do projeto.

O projeto está documentado em um material didático para o professor e um para o aluno. O material do docente é explicativo, descrevendo em detalhes todas as etapas que o compõe, ressaltando o papel do professor e do aluno, bem como os objetivos, conteúdos, recursos, informações e bibliografia; enfim, todo o necessário para que qualquer professor com o material em mãos possa aplicar e trabalhar o projeto em sua escola.

O material do aluno apresenta os mesmos conteúdos, porém é mais sintético e dinâmico, contendo menos explicações e informações. Estruturado como um roteiro é divido por etapas, de modo a ser mais funcional para seu desempenho durante o projeto.

O projeto pode ser aplicado por qualquer docente, desde que a escola tenha acesso à internet, para a realização de pesquisas que serão desenvolvidas pelos alunos. Embora o acesso à internet possa ser um fator limitante, sabemos que segundo o último censo escolar do Estado de São Paulo em 2014 e da educação básica em 2016 respectivamente, 93,7% das escolas do Estado de São Paulo (CIMA, 2014), e 94,5% das escolas que oferecem o ensino médio no Brasil dispõem de acesso à internet (INEP, 2016), o que viabiliza a aplicação do projeto. Caso a escola não apresente acesso à internet, ou apresente um número insuficiente de máquinas disponíveis para que os alunos realizem suas pesquisas, é possível elaborar uma forma de revezamento de horários entre os grupos, ou ainda, realizar as pesquisas em casa, ou em outros laboratórios da cidade disponíveis para a população.

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5. RESULTADOS

O projeto “Fazendo Ciência: Investigando Doenças”, elaborado nesta dissertação está disponível em dois materiais didáticos apresentados como produtos finais. Um deles é voltado para o professor, com todas as instruções e explicações detalhadas para a aplicação do projeto em sua escola, e outro para o aluno, com o roteiro explicativo de todas as etapas e respectivas atividades que serão desenvolvidas.

O material desenvolvido para o professor, disponível no Apêndice I, tem início com uma explicação sobre o que é a metodologia da ABP e quais são suas características e objetivos, ressaltando o papel do professor e do aluno no processo. A familiarização do professor com o método é fundamental para que o projeto atinja seus objetivos finais, já que o professor é o guia, o mediador de todo o processo de aprendizagem.

Em seguida, o material apresenta uma revisão de todo o conteúdo que será abordado no projeto, que vai desde os conteúdos relacionados a proteínas, sua função, estrutura e síntese; conteúdos já presentes no currículo do ensino médio, e familiar ao professor, até os conceitos de proteômica e sua relação com doenças, em particular, a esquizofrenia e depressão, diante de um contexto problemático que se abordará no projeto e que pode trazer informações atualizadas ao docente. Sendo assim, a intenção dessa revisão de conteúdos no início do material, é oferecer o suporte para o trabalho de orientação do processo de aprendizagem conferido ao professor.

Logo após a revisão, inicia-se a descrição das cinco etapas que compõe o projeto,  Etapa 1: Seleção do Contexto e Elaboração do Problema.

 Etapa 2: Análise do Contexto Problemático.  Etapa 3: Resolução dos Problemas formulados.  Etapa 4: Síntese e Avaliação do Processo.  Etapa 5: Divulgação dos Resultados.

A Etapa 1 tem início com as orientações gerais para o planejamento da atividade. O professor deve, nesse momento, selecionar quais conceitos e conteúdos básicos serão trabalhados no projeto, e qual será o contexto problemático que ele estará inserido. No caso, o conteúdo básico selecionado para o desenvolvimento do projeto foram as proteínas, conteúdos que estão previstos no currículo de biologia para o ensino médio, e o contexto problemático que vai proporcionar a aplicação destes conteúdos em situações contextualizadas reais, será a proteômica e sua relação com doenças, abordando neste projeto especificamente sua relação com doenças psiquiátricas, a esquizofrenia e depressão.

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Ainda na etapa 1 os objetivos do projeto, geral e específicos, são apresentados, para que o professor possa analisar seus propósitos e metas para o processo de aprendizagem. Em seguida, todos os passos para o desenvolvimento da primeira etapa são descritos, como o problema que o professor deve apresentar à turma, o tempo de solução proposto, a organização da turma em grupos; quais conhecimentos prévios os estudantes já devem trazer das aulas de biologia, as instruções caso eles não apresentem esses conhecimentos, além da definição de todo conteúdo que o projeto vai abranger e a bibliografia que pode ser disponibilizada para o processo de investigação das equipes.

Na etapa 2, o contexto problemático, levantado pelo professor no problema inicialmente exposto será analisado. Neste momento, os alunos devem reanalisar o problema e criar questões norteadoras para a investigação e busca da resposta. Para isso, o material traz nesta etapa todas as instruções para a elaboração das questões norteadoras, o papel do professor orientador e do aluno protagonista.

Na etapa 3 são apresentadas as fontes de informações básicas que o professor deve disponibilizar para a turma, seguida por uma lista de proteínas envolvidas na esquizofrenia e depressão que o professor disponibilizará para os alunos, para que usando ferramentas de bioinformática possam explorar de forma mais real a atuação das proteínas nas doenças. A ferramenta indicada para esta análise é o Panther®, que permite a investigação da classificação e função das proteínas consultadas, disponibilizando ao aluno uma visão mais ilustrada e realista da investigação das proteínas em questão. A ferramenta é apresentada no material e está disponível em inglês, porém, é seguida por um tutorial, para que o professor possa auxiliar e orientar o aluno ao longo da pesquisa.

Na etapa seguinte, acontece o compartilhamento das informações obtidas por todos os grupos durante as etapas anteriores, para que todos juntos possam voltar às questões norteadoras, reinterpretá-las, respondê-las e retornar ao problema inicialmente proposto para sua solução. O material do professor apresenta um exemplo de resolução, para que o professor possa orientar a turma nesse processo final.

Ao final da etapa 4, a avaliação do processo deve ser feita, e o professor deve estimular os alunos a classificarem quais foram os novos conhecimentos adquiridos, o que eles já sabiam e retomaram, e o faltou esclarecer que eles gostariam de investigar mais, analisando a eficácia do projeto desenvolvido, e as contribuições do processo para os alunos quanto estudantes e membros da sociedade.

A etapa 5 traz uma proposta de divulgação dos resultados do projeto. Nesta última etapa, o professor deve propor aos alunos uma divulgação dos resultados e conhecimentos

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adquiridos no projeto para a comunidade escolar, podendo ser preparada na forma que os alunos mais se identificarem: por um seminário, uma apresentação musical, uma exposição, um teatro, enfim, o importante é tentar compartilhar com os demais alunos e docente como podem ser aplicados os conteúdos da sala de aula em situações reais e cotidianas.

É interessante nessa divulgação tentar explorar um pouco mais os aspectos biológicos das doenças psiquiátricas, que são presentes no dia-a-dia da população, sendo cada vez mais recorrente entre adolescentes e jovens, além do que apresentam pouquíssimas divulgações da abordagem biológica.

Todo o material desenvolvido para o professor é muito explicativo, descreve em detalhes todas as etapas, deixando clara a atuação do professor e do aluno ao decorrer do projeto, ressaltando em todos os momentos a importância do papel ativo do aluno no processo, lembrando as características da ABP.

É importante considerar que, embora todo o roteiro de aplicação e desenvolvimento do projeto esteja previamente determinado no material, o professor pode adequá-lo a sua realidade escolar. Essas possibilidades de adequação e versatilidade em relação a diferentes condições de aplicação são abordadas no material.

O material do aluno disponível no apêndice II, segue a mesma organização do material do professor, apresentando uma breve explicação sobre o método ABP, ressaltando o papel do estudante no desenvolvimento do projeto, seguida pela revisão de todos os conteúdos abordados e pelas cinco etapas que compõe o projeto.

A revisão dos conteúdos no material do aluno é semelhante àquela apresentada no material do professor, e serve como base para suas pesquisas, norteando e introduzindo os alunos dentro dos conteúdos. As cinco etapas que compõe o material também seguem o mesmo escopo utilizado no material dos docentes, porém ela é menos detalhada, já que os estudantes não necessitam de tantas explicações, pois será realizada pelo professor. Além disso, um fluxo menor der textos, e uma organização mais dinâmica e interativa, podem tornar a leitura e a exploração do material mais prazerosa e atrativa ao aluno.

O material do aluno também chama a atenção em vários momentos para a participação ativa de toda a turma, sempre guiados e assegurados pelo professor.

A organização dos materiais do professor e do aluno, com a comparação dos títulos das etapas e os subtítulos que as compões, está esquematizada no quadro 1.

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Quadro 1- Organização do material do professor e do aluno do projeto “Fazendo Ciência: Investigando Doenças”.

Projeto Fazendo Ciência: Investigando Doenças

Material do Professor Material do Aluno

Etapa 1: Seleção do Contexto Problemático e Elaboração do Problema

Etapa 1: Recebendo o Problema e Definindo as equipes Orientações Gerais

Orientações Gerais Objetivo Geral e Objetivos Específicos

A Primeira Etapa A Primeira Etapa

O Problema

O Problema Tempo para solução

Organização dos Grupos Organização em Grupos

Conhecimento Prévio

Conhecimento Prévio Abrangência dos conteúdos

Bibliografia indicada Bibliografia indicada

Etapa 2: Análise do Contexto Problemático

Etapa 2: Análise do Contexto Problemático

Explicitar Problemas e questões

Explicitar Problemas e questões O trabalho do professor orientador

O trabalho do aluno protagonista

Etapa 3: Resolução dos Problemas formulados

Etapa 3: Resolução dos Problemas formulados

Fontes de Informação Fontes de Informação

Apresentando proteínas envolvidas nas doenças estudadas

Proteínas envolvidas nas doenças estudadas

Ferramentas de Bioinformática Ferramentas de Bioinformática Reinterpretação do Contexto Problemático e a

Planificação de Soluções

Reinterpretação do Contexto Problemático e a Planificação de Soluções

Etapa 4: Síntese e Avaliação do Processo Etapa 4: Síntese e Avaliação do Processo

Compartilhamento de informações Compartilhamento de informações

Resolução das questões levantadas e problema inicialmente proposto

Resolução das questões levantadas e problema inicialmente proposto

Avaliação do processo Avaliação do processo

Etapa 5: Divulgação dos Resultados Etapa 5: Divulgação dos Resultados Fonte: Dados do Projeto do professor e aluno “Fazendo Ciência: Investigando Doenças”.

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6. DISCUSSÃO

Minha experiência pessoal com a docência no ensino médio me permitiu notar o quanto a participação ativa do aluno durante as aulas, na investigação de conteúdos, seja na elaboração de um seminário, ou em uma pesquisa sobre um campo de seu interesse; ou ainda, por questionamentos durante as aulas, podem construir um conhecimento mais sólido, lembrado pelo aluno em situações futuras. Conhecimentos e informações decorados são facilmente esquecidos após as avaliações bimestrais, assim, não construindo de fato um aprendizado significativo, que será levado pelo estudante para sua vida.

Aulas unicamente expositivas e sem estímulo para a participação do estudante contribuem para a formação de conhecimentos superficiais, e pouco colaboram no processo de fazer os alunos perceberem o mundo vivo de forma integrada, como uma complexa rede de associações. Dessa forma, a ABP pode contribuir para estimular a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, revelando-se uma opção válida e eficiente como método de aprendizagem ativa, beneficiando alunos, professores e a sociedade.

Resultados da utilização da ABP são apontados por Moraes e Manzini (2006), que analisaram as concepções dos docentes e discentes sobre a utilização da metodologia no currículo da FAMEMA (Faculdade de Medicina de Marília) e sua relação com a formação médica. Os resultados da análise mostraram ampla aceitação do método, sendo julgado pelos docentes como uma forma de fortalecer as questões humanas, descentralizando o foco das doenças, estimulando a sensibilização pela questão afetiva. Outra característica apontada como positiva, por professores e estudantes foi a habilidade de “aprender a aprender”, de forma continuada, com efeitos para toda a vida, muito relevante para a carreira médica.

Embora a graduação e a educação básica apresentem públicos completamente diferentes, a ABP se mostra eficiente também nessa etapa. Carvalho (2009) realizou em sua dissertação, um estudo sobre os efeitos da ABP no ensino e aprendizagem de ciências, com foco no sistema digestivo, com alunos do 9º ano do ensino fundamental. A análise dos resultados foi feita com base em testes aplicados em uma turma controle, onde foi utilizada uma metodologia expositiva tradicional, e uma turma experimental, onde foi implementada uma metodologia de ensino orientado para a ABP sobre o sistema digestivo e os efeitos do álcool. Os resultados obtidos mostraram que, os alunos da turma experimental alcançaram um nível consideravelmente superior ao alcançado pelos alunos da turma de controle, sendo julgada pelos estudantes como positiva.

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Fischer (2010) também documentou a experiência positiva da utilização da metodologia da ABP, aplicada durante o projeto Rondon em 2009 na capacitação de professores e multiplicadores da educação no município de Terra Santa, no Pará. Os pontos mais relevantes levantados durante o projeto foram o trabalho em grupo, julgado valorizado na metodologia, além da afirmação das relações interpessoais e da modificação nos hábitos de estudo dos alunos, sendo extremamente relevante frente a realidade do município, onde o professor é responsável por várias disciplinas e classes multisseriadas. Outros trabalhos trazem os registros da utilização da ABP, como Freitas (2012), Leite e Esteves (2005), Melo (2014), Ribeiro (2005), Santos e Bottechia (2017), Souza (2019), indicando que a metodologia pode ser aplicada em todos os níveis de ensino, da educação básica à pós-graduação.

Neste cenário, os alunos podem ser beneficiados com a utilização desta metodologia, já que aprenderão a construir um conhecimento de forma mais independente do professor. Atualmente, com amplo acesso à internet, pode-se ter inúmeras informações, porém, nem sempre o estudante busca informações úteis que contribuirão para a construção do seu conhecimento. À vista disso, a aplicação dos conceitos que devem ser trabalhados em sala de aula em problemas que remetem à realidade, utilizando situações do cotidiano que despertem o interesse dos alunos e os desafiem a encontrar respostas, o que pode instigar a investigação autônoma e crítica dessas informações, contribuindo diretamente para a construção do conhecimento.

O ganho do aluno com a utilização dessa metodologia não se limita à sua formação estudantil, mas também como cidadão, que no futuro precisará tomar suas próprias decisões, de forma consciente, crítica e autônoma. O trabalho com uma metodologia que tira a visão de professor detentor de todo o conhecimento, e aluno, indivíduo que absorve e recebe passivamente informações, passa a trabalhar a ideia de que o aluno é um indivíduo pensante, capaz de investigar, propor hipóteses, questionar, refletir, criticar e construir conhecimentos, gerando habilidades conceituais, atitudinais e procedimentais.

Essa metodologia trabalhada que leva o aluno a interpretar um problema, levantar hipóteses para sua solução, investigar e testar as hipóteses até encontrar a resolução ideal, propõe o pensamento científico. A proposta de resolução de problemas a partir da utilização do método científico não se limita a questões acadêmicas, pode ser aplicado a qualquer situação cotidiana, pois a ciência está em tudo, e o método científico pode ser usado em todas as situações onde se identifica um problema e é necessário alcançar soluções.

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Essa nova proposta de solucionar problemas reflete não apenas no cotidiano da escola, mas também da comunidade em que estão inseridos. A sociedade carece de indivíduos com expressiva habilidade comunicacional, com adequada orientação educacional, detentor de competências sócio emocionais, pessoas com foco, autonomia, responsabilidade e proatividade, qualidades adquiridas ao longo da formação de um indivíduo, que em geral acontece na escola. Assim, a escola tem a missão de formar jovens críticos, capazes de refletir e atuarem em uma sociedade real, buscando valorizar a vida, a cultura, o ambiente, o conhecimento como ferramentas para o crescimento pessoal e coletivo. Adotar metodologias de ensino ativas que tirem o aluno de sua zona de conforto, de um simples sentar, escutar, memorizar, com o intuito de trabalhar e desenvolver conteúdos contribui para que a escola atinja seu princípio de ensinar para a vida.

O professor nesse processo é a peça principal. O ensino não está restrito a apenas transmitir matéria, o ato de ensinar é uma busca e construção constante de saberes, com troca de vivências e experiências entre aluno e professor, onde todos ganham, afinal, todos aprendem. O projeto “Fazendo Ciência: Investigando Doenças”, foi planejado pensando em trazer esses atributos a todos que desejarem aplicá-lo.

Este projeto é um estímulo para se começar a adotar mais a metodologia ativa e investigativa no processo de ensino, visando tirar o aluno de sua zona de conforto e fazê-lo pensar e atuar em sua aprendizagem. É um primeiro passo para que professores possam adaptar outros conteúdos e continuar trabalhando com esse aspecto de investigação.

Como proposto, a utilização da proteômica como contexto problemático e sua relação com a esquizofrenia e depressão, intenciona, além de trabalhar conceitos básicos, despertar para a conscientização dos aspectos biológicos das doenças psiquiátricas. Doenças sempre chamam muito a atenção dos alunos durante as aulas de biologia, e sempre são protagonistas de perguntas e dúvidas durante as aulas, já que tem uma presença forte na rotina de muitos.

As doenças psiquiátricas, especificamente, vêm ganhando destaque entre os adolescentes, já que está afetando muitos jovens e sendo causa de tragédias familiares que refletem no ambiente escolar. Esses aspectos biológicos são muito pouco conhecidos entre a população em geral, é sempre uma surpresa para os estudantes quando se comenta durante as aulas funções biológicas alteradas em doenças como a depressão. Todos sempre mostram espanto e manifestam o conhecimento apenas de fatores psicológicos ou comportamentais.

Afinal, qual lugar mais adequado para se iniciar uma conscientização se não na escola?! Lugar de formação de pessoas, de futuros cidadão, futuros profissionais, futuros pais,

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que deverão levar os conhecimentos à diante. Por isso, há a necessidade de se construir conhecimentos duradouros, que possam ser permanentes e acessados em situações cotidianas futuras. Por isso também, a utilização do método ABP nesse processo, que busca trabalhar conceitos já aplicados em problemas reais.

Nesse sentido, a proteômica é trabalhada como um meio de pesquisa que pode auxiliar no diagnóstico, que é tão subjetivo, e no tratamento dessas doenças. A proteômica parte de saberes já familiares aos alunos, o que traz a eles um novo horizonte de aplicação de um conhecimento já adquirido, proporcionando a compreensão de que os conteúdos trabalhados na escola são utilizados na realidade, e tem sim uma função real na vida de todos. Além disso, a abordagem da proteômica no projeto aflora a importância da ciência no dia-a-dia, pois, destaca a necessidade de pessoas dedicadas a fazerem ciência para melhorar diretamente a vida da população. O que conduz também ao despertar para questões relevantes como: o que é fazer ciência? O que é o método científico? Quem pode fazer ciência?

Esse despertar para a ciência pode, gradativamente, mudar a visão que um aluno tem da escola, de maneira a excluir, aos poucos, o equívoco da inutilidade de estudar e aprender diversos conteúdos de disciplinas aleatórias, e, assim, começar a compreender o sentido de tudo isso. Quando se aplica um conhecimento, até então julgado inútil em uma situação real, muda-se a percepção de aprendizagem, o que pode alterar até mesmo a visão de mundo, enquanto os processos utilizados para a descoberta de todas as coisas que temos hoje, graças à ciência, começam a ser questionados e estimados.

Se considerarmos as diferentes realidades das escolas no Brasil, e consequentemente, as diferentes realidades dos alunos, os conteúdos aplicados no cotidiano podem ser mais relevantes e interessantes para todos. Muitos alunos que enfrentam problemas em casa, com a família, muitas vezes passam por coisas tão difíceis, que pouco interessa o que se aprende na escola, e de repente, essa relevância e encantamento pelo estudo pode aos poucos ser aumentada e fazer mais sentido quando se vê a aplicação em coisas presentes no dia a dia.

Dessa forma, a escola é muito mais do que um local de aprendizado de conteúdo. As escolas recebem públicos bem diversos, que se estendem de alunos com ótima base familiar e que apresentam grande interesse em aprender, já que pretendem cursar uma universidade, até alunos muito carentes, que enfrentam desde cedo muitas dificuldades familiares, e que muitas vezes nem compreendem muito bem o que é e como se chega a uma universidade, e, portanto não apresentam muita pretensão em relação aos estudos, não por

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falta de interesse, mas por parecer muito distante da sua realidade. É nesse sentido que a escola deve trabalhar, para conseguir alcançar todos os alunos, desde o mais bem instruído, cheio de sonhos para o futuro, até o que passa por dificuldades e não se atreve a sonhar. Mostrar aos alunos o que os estudos podem proporcionar a eles no futuro não é fácil, trata-se de um caminho longo, mas que deve ser trilhado. Todos merecem saber que o conhecimento é o caminho mais seguro para se alcançar o que se almeja, e que a educação pode transformar vidas. Trabalhar isso nas escolas é dar oportunidade para que todos possam atingir seus objetivos.

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7. CONCLUSÃO

O projeto Fazendo Ciência: Investigando Doenças, produzido nessa dissertação foi elaborado, portanto, a fim de disponibilizar material de apoio para que o professor possa introduzir em suas aulas, metodologias em que o aluno protagonize sua aprendizagem, construindo conhecimentos mais sólidos e eficazes. Além disso, o projeto serve como estímulo para que professores conheçam e adotem a metodologia ABP em outros conteúdos que devem ser trabalhados nas disciplinas, aplicando conceitos em situações rotineiras dos estudantes, instigando-os à investigação e busca por conhecimento. Enfim, o projeto ainda pretende demonstrar a importância e o funcionamento do método científico no ensino médio, bem como, a investigação dos aspectos biológicos das doenças psiquiátricas por meio da análise proteômica.

A metodologia da ABP embora apresente grande eficiência, ainda não é muito explorada e aplicada no ensino médio, o que possibilita numerosos estudos na área, principalmente na disciplina de biologia, com grande aplicabilidade de conteúdos em contextos e problemas relacionados à realidade.

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Referências

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