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Relatório de estágio curricular supervisionado em medicina veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Camila Frantz Heck

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS

2018

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Camila Frantz Heck

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica

Veterinária.

Orientadora: Profª Drª Med. Vet. Denize da Rosa Fraga Supervisor: Med. Vet. Vinicius Lima Auler

Ijuí, RS 2018

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Camila Frantz Heck

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica

Veterinária.

Aprovado em:

______________________________________

Denize da Rosa Fraga, Drª. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________

Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc. (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2018

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Ignácio Heck e Maria Teresinha Frantz Heck, que nunca mediram esforços para que eu chegasse até aqui. Essa conquista também é de vocês!

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AGRADECIMENTOS

- A Deus, que guiou meus passos e me deu forças para conseguir completar esta etapa da minha vida.

- Aos meus pais, que sempre estiveram ao meu lado para que eu conseguisse realizar meu sonho. Agradeço por todos os ensinamentos, conselhos, colo, incentivos, amor e valores que levarei comigo por toda a vida.

- Aos meus irmãos, Elisiane e Giovani, que me apoiaram durante esta caminhada. Da mesma forma agradeço à minha cunhada Ineida, cunhado Daniel, sobrinho Mathias e afilhada Cecília pela torcida de sempre.

- Aos meus avós, Benno e Alice e tia Maria, por todo amor, carinho e incentivo que me proporcionaram durante esta fase longe de casa.

- A Kelly, minha amiga de infância, que sempre esteve ao meu lado, me incentivando e me dando força. Também agradeço a Tainara e Bruna, que mesmo distantes sempre torcemos uma pela outra.

- As amigas que a faculdade me proporcionou, Franciélli e Camila, obrigada pelo companheirismo, lealdade e parceria. Quero levar essa amizade para sempre.

- A todos os amigos e colegas que fiz em Ijuí, que sempre estavam dispostos a me ouvir e me

dar conselhos, aos momentos de distração e diversão que sentirei saudades para o resto da vida, principalmente a Khauana, Larissa, Anderson, Bárbara, Carol, Mayara, Dani, Leticia, Kauane, Jerusa, Dianalina com quem compartilhei muitos acontecimentos.

- Ao grupo Saúde Animal, agradeço o aprendizado e apoio para as pesquisas. Quero agradecer em especial a professora e orientadora Denize, por todos os conhecimentos compartilhados, por ter me dado a oportunidade de fazer parte desse grupo e ser contemplada com a bolsa de estudos. Da mesma forma agradeço a Geovana e Kauane, que me ajudaram muito para a conclusão do projeto.

- A empresa Cotribá e sua equipe de trabalho, que me deram a chance de realizar o estágio final e por toda a amizade, acolhimento e aprendizado durante esse período.

- Ao médico veterinário Paulo, que sempre estava disposto a compartilhar seus conhecimentos e contribuiu diretamente para minha formação acadêmica.

- A todos os professores que passaram seus conhecimentos durante minha graduação, cada ensinamento foi de grande valia para minha formação profissional e pessoal. Serei eternamente grata pela paciência e companheirismo de todos.

- A todos que de alguma forma ou de outra me acompanharam e torceram por mim para a concretização deste sonho. Muito obrigada!

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: CAMILA FRANTZ HECK ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Reprodução, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, com ênfase em Bovinocultura Leiteira. Este foi realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada na cidade de Ibirubá, Rio Grande do Sul, Brasil, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. A supervisão interna de estágio ficou a cargo do Médico Veterinário, Vinicius Lima Auler, e a orientação pela professora Doutora Médica Veterinária, Denize da Rosa Fraga. O estágio desenvolvido teve como objetivo principal o acompanhamento do dia a dia das atividades dos médicos veterinários e a aplicação prática da teoria aprendida durante a graduação, adquirindo assim novos conhecimentos durante uma troca de experiência profissional. As atividades desenvolvidas serão expressas em forma de tabelas, sendo especificadas as atividades acompanhadas em atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, atividades nas áreas de reprodução e medicina veterinária preventiva. Serão relatados dois casos clínicos acompanhados, o primeiro de um cisto luteínico em vaca holandesa, e o segundo sobre leucose enzoótica em vaca holandesa. A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi essencial, permitindo intensificar o conhecimento obtido na graduação consolidado com a prática, vivenciando a realidade a campo do médico veterinário, sendo também acompanhado a rotina da assistência veterinária da cooperativa, trabalhando em equipe e agregando novos conhecimentos.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018... 13 Tabela 2 - Atividades Reprodutivas (ginecológicas e obstétricas) realizadas em fêmeas

bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018... 13 Tabela 3 - Situação Reprodutiva das fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018………... 13 Tabela 4 - Diagnósticos Reprodutivos das fêmeas bovinas vazias acompanhadas durante

o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018... 14 Tabela 5 - Procedimentos realizados em bovinos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018………... 14 Tabela 6 - Atendimentos Clínicos realizadas em bovinos acompanhados durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018... 14 Tabela 7 - Procedimentos Cirúrgicos realizados em bovinos durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018... 15

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Tabela 8 - Atividades complementares realizados em bovinos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018... 15

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 13

3 RELATO DE CASO ... 16

3.1 CISTO LUTEÍNICO EM VACA HOLANDESA... 16

3.1.1 Introdução ... 16 3.1.2 Metodologia e Resultados ... 17 3.1.3 Discussão ... 18 3.1.4 Conclusão ... 21 3.1.5 Referências Bibliográficas ... 21 4 RELATO DE CASO ... 24

4.1 LEUCOSE ENZOÓTICA EM VACA HOLANDESA... 24

4.1.1 Introdução ... 24 4.1.2 Metodologia e Resultados ... 25 4.1.3 Discussão ... 27 4.1.4 Conclusão ... 29 4.1.5 Referências Bibliográficas ... 29 5 CONCLUSÃO ... 31 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 32

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou aprimorar o conhecimento teórico adquirido durante a graduação devido o acompanhamento da realidade diária do campo, supervisionada por médicos veterinários qualificados. O estágio se tornou uma fase essencial para a formação acadêmica, pois possibilitou aperfeiçoar os conhecimentos na área de bovinos de leite para posteriormente ingressar no mercado de trabalho.

A realização deste ocorreu na Cooperativa Mista General Osório LTDA - Cotribá, localizada em Ibirubá, Rio Grande do Sul. Atuando na área de Reprodução, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, com ênfase na Bovinocultura Leiteira, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. A supervisão interna de estágio ficou a cargo do Médico Veterinário, Vinicius Lima Auler, e sobre orientação da professora, Doutora Médica Veterinária, Denize da Rosa Fraga.

Fundada em 21 de janeiro de 1911, a Cotribá iniciou pelas mãos de 34 agricultores na Colônia General Osório, atualmente município de Ibirubá - RS. Após 107 anos desde sua fundação, esta possui mais de 8000 produtores associados e mais de 800 colaboradores. A cooperativa possui 50 pontos de negócios em mais de 20 municípios espalhados pelo estado, possuindo vários segmentos de negócios para atender as necessidades das propriedades rurais. A Cotribá possui como missão organizar as atividades agropecuárias, de forma cooperativa e diversificada, com tecnologia, rentabilidade e qualidade. Seus principais serviços realizados são os de fornecer insumos para a lavoura, fazer a assistência técnica agrícola e veterinária. Também possui postos de combustíveis, fábrica de rações supermercados, farmácias veterinárias, sessão de peças, agricultura de precisão e recentemente comercializa diesel a granel.

A cooperativa possui assistência veterinária para produtores rurais nos municípios de Ibirubá, Quinze de Novembro e Fortaleza dos Valos, auxiliando na área da reprodução, clínica, cirurgia e medicação preventiva. O departamento técnico possui cinco médicos veterinários, onde dois desses são terceirizados pela empresa para que auxiliem nos atendimentos clínicos e cirúrgicos. A região assistida pelo departamento técnico da cooperativa apresenta-se em expansão na área da bovinocultura leiteira, onde muitos produtores de 50 a 100 vacas em lactação estão investindo em sistemas de criação com Compost Barn ou Free Stall, objetivando a maior produção de leite por animal. A maioria dos

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12 produtores com poucas vacas em lactação e sem sucessão familiar estão decididos a comercializar os animais e parar com a produção leiteira.

Durante o período do estágio foram acompanhados atividades reprodutivas, atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos e atividades de medicina preventiva. Nesse período foi possível acompanhar quatro veterinários, onde dois são encarregados pela reprodução e os outros dois pelos atendimentos clínicos e cirúrgicos. O local de estágio teve por escolha a região de atuação, sendo a maioria dos trabalhos direcionados para a atividade leiteira. A cooperativa está em intensa expansão, possuindo médicos veterinários competentes e uma equipe de trabalho sempre visando a satisfação dos produtores rurais.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária teve como objetivo principal o acompanhamento do dia a dia de médicos veterinários, com a aplicação do conhecimento teórico adquirido na graduação. O estágio proporcionou vivenciar as diferentes condutas tomadas pela equipe de trabalho nas áreas de fomento, medicina preventiva, clínica e cirurgia de ruminantes.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais serão apresentadas a seguir resumidamente na Tabela 1 e especificados nas Tabelas 2 a 8.

Tabela 1 - Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Resumo das Atividades n %

Atividades Reprodutivas 428 73,79 Procedimentos 130 22,41 Atendimentos Clínicos 15 2,59 Procedimentos Cirúrgicos 5 0,87 Atividades complementares 2 0,34 Total 580 100,00

Tabela 2 – Atividades Reprodutivas realizadas em fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Atividades Reprodutivas n %

Ultrassonografia via transrretal 359 83,87 Palpação via transrretal 38 8,88 Exame Vaginal por Vaginoscopia 31 7,25

Total 428 100,00

Com base nas Atividades Reprodutivas listadas na tabela 2, podemos especificar a seguir nas tabelas 3 e 4 a situação do trato reprodutivo e diagnóstico das fêmeas bovinas.

Tabela 3 – Situação Reprodutiva das fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Situação Reprodutiva n %

Vazia 230 53,74

Prenhe 198 46,26

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14 Tabela 4 - Diagnósticos Reprodutivos das fêmeas bovinas vazias acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Diagnósticos Reprodutivos n %

Sadia 183 79,56

Endometrite pós puerperal de grau I 25 10,87 Endometrite pós puerperal de grau II 10 4,35

Cisto ovariano 6 2,60

Endometrite pós puerperal de grau III 3 1,31

Retenção de placenta 3 1,31

Total 230 100,00

Tabela 5 - Procedimentosrealizados em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Procedimentos n %

Leitura do teste de tuberculose 105 80,77 Protocolo de inseminação artificial em tempo fixo 20 15,38

Transfusão sanguínea 3 2,31

Necropsia 1 0,77

Coleta de sangue para sorologia de leucose enzoótica bovina 1 0,77

Total 130 100,00

Tabela 6 - Atendimentos Clínicos realizados em bovinos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Atendimentos Clínicos n %

Suspeita de tristeza parasitária bovina 5 33,34

Mastite clínica 2 13,34

Deslocamento de Abomaso para direita 2 13,34 Deslocamento de Abomaso para esquerda 2 13,34 Inflamação da glândula parótida 1 6,66

Timpanismo espumoso 1 6,66

Parto distócico com auxílio do fórceps 1 6,66 Abscesso no membro posterior direito 1 6,66

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15 Tabela 7 - Procedimentos Cirúrgicos realizados em bovinos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Procedimentos Cirúrgicos n %

Abomasopexia 2 40,00

Omentopexia 2 40,00

Excisão de fibroma em prepúcio de touro 1 20,00

Total 5 100,00

Tabela 8 - Atividades Complementares acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, localizada em Ibirubá, RS, no período de 26 de fevereiro a 02 de abril de 2018.

Atividades Complementares n %

Acompanhamento nutricional 1 50,00 Palestra sobre criação de terneiras 1 50,00

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3 RELATO DE CASO

3.1 CISTO LUTEÍNICO EM VACA HOLANDESA

3.1.1 Introdução

A reprodução é atualmente, um dos principais fatores relacionados com a eficiência na produção leiteira. A irregularidade cíclica e consequentemente o aumento dos dias em lactação estão, na maioria das vezes, relacionados com patologias reprodutivas, entre elas, os cistos ovarianos. A ocorrência dessa patologia é elevada, principalmente em rebanhos de vacas holandesas, onde podem ser encontradas conforme estudos, frequências de 5,4% (LABERNIA et al., 1998) a 11% (FERNANDES et al., 2005).

O cisto ovariano pode ser causado por um distúrbio reprodutivo referente ao eixo hipotalâmico-hipofisário-gonodal, que está diretamente ligado a liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) (PALHANO, 2008). São descritos pela literatura dois tipos de cistos, o folicular e o luteínico.

O cisto folicular é formado devido a baixa liberação do GnRH e consequentemente sem picos de liberação do hormônio luteinizante (LH) para ocorrer a ovulação, causando sinais clínicos de ninfomania na fêmea e mostrando cios recorrentes (PALHANO, 2008). Segundo Andreiv (2013), podem ser encontrados mais de um cisto folicular por ovário.

O cisto luteínico forma-se devido a luteinização das células que formam o corpo lúteo, mais especificamente a teca interna (PELEGRINO et al., 2009). Nesse caso, a liberação de LH é suficiente para a luteinização, porém é insuficiente para ocorrer a ovulação. Devido a luteinização das células da granulosa e da teca, a parede fica espessada, produzindo progesterona e induzindo ao anestro (GASPERIN et al., 2017).

Podem ser descritos vários fatores predisponentes sobre os cistos ovarianos, porém a principal causa associada a essa patologia é devido a situações estressantes que os animais tendem a passar (FERNANDES et al., 2005). O mesmo autor relata que elevações na secreção de cortisol no organismo causado por condições de estresse, como restrição alimentar, altas temperaturas e balanço energético negativo, podem alterar as ondas pré-ovulatórias de LH, diminuindo tanto a frequência como a amplitude dos pulsos do hormônio.

O diagnóstico pode ser feito através dos sinais clínicos apresentados pelo animal, pelo histórico descrito na anamnese e pelos achados clínicos. Pode ser utilizada a palpação retal como forma de diagnóstico, porém é pouco precisa devido a dificuldade de percepção de estruturas menores que 25 milímetros (ROTH et al., 2012). Conforme Padula e Macmillan

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17 (2005), se a estrutura cística estiver presente em duas avaliações consecutivas durante intervalo de dez dias, pode-se confirmar o diagnóstico.

A ultrassonografia é um importante meio de diagnóstico de estruturas císticas. A imagem ultrassonográfica permite a diferenciação de cisto folicular e presença de parede luteinizada, porém depende muito da qualidade do equipamento (SIQUEIRA et al., 2009). Para confirmação de cisto luteínico, a mensuração de progesterona presente na concentração plasmática deve estar acima de 0,5 ng mL-1 (KAWATE et al., 2011).

O tratamento tem como objetivo fazer a regressão do cisto e formar outro corpo lúteo, para assim retornar a atividade ovariana (KENGAKU et al., 2007). Em estudos feitos por Portinari et al. (2013), tanto o implante de progesterona quanto os análogos de GnRH (deslorelina e buserelina) foram eficazes para regredir a estrutura cística e consequentemente fazer o retorno da atividade cíclica.

O objetivo deste relato é descrever um caso de cisto luteínico em uma fêmea bovina da raça holandesa, acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

3.1.2 Metodologia e Resultados

Durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, em Ibirubá, Rio Grande do Sul, Brasil, foram realizados exames ginecológicos em um rebanho bovino de uma propriedade rural.

Neste atendimento foi avaliada uma fêmea de 3ª lactação, a qual havia sido induzida a lactação, há 4 meses, sendo relatado pelo produtor que desde a indução a mesma não havia apresentado cio.

Ao realizar o exame clínico, o animal apresentava-se com um escore de condição corporal de 4, em uma escala de 1 a 5 (sendo que 1 é muito magro e 5 um animal obeso). As mucosas se apresentavam normocoradas, não sendo realizados auscultação cardíaca e respiratória e aferição da temperatura.

No exame específico do trato reprodutivo, por palpação retal, o útero estava com a espessura de dois dedos, simétrico, sem contratilidade. Ao exame dos ovários verificou-se que o ovário do lado direito estava do tamanho de um ovo de galinha e o ovário esquerdo do tamanho de uma azeitona. Logo após, realizou-se a avaliação do trato reprodutivo com o uso da ultrassonografia com transdutor linear (CTS V 800, 6/8 MHZ), verificou-se o útero sadio, o ovário esquerdo sem alteração e o direito com a presença de um cisto luteínico de

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18 aproximadamente 25mm. Na imagem ultrassonográfica, visualizou-se uma estrutura circular ecogênica com parede espessa bem definida e no seu interior líquido com estrias ecogênicas.

Com base na anamnese e imagem ultrassonográfica, foi instituído um protocolo para tratamento do cisto e para restabelecer o ciclo estral do animal. O protocolo teve início com o uso de um dispositivo intravaginal (Sincrogest®) a base de progesterona (1g), juntamente com a aplicação intramuscular de 6 mL de Sincroforte®, equivalente a 0,02 mg de acetato de buserelina e 3 mL de Sincrodiol®, equivalente a 3 mg de benzoato de estradiol. Depois de oito dias, foi recomendado ao proprietário retirar o implante vaginal e aplicar via intramuscular 2 mL de Ciosin®, equivalente a 0,5 mg de cloprostenol sódico. No dia seguinte, aplicou-se via intramuscular, 1 mL de Sincrodiol®, equivalente a 1 mg de benzoato de estradiol. No décimo dia, a fêmea foi inseminada, no momento da inseminação aplicou-se 6 mL de Sincroforte® , via intramuscular, equivalente a 0,02 mg de acetato de buserelina.

Após 28 dias, foi retornado a propriedade para avaliação do animal. Durante a ultrassonografia do trato reprodutivo da fêmea, constatou-se que a mesma não estava prenhe, mas estava sadia, pois o cisto havia sido lisado.

3.1.3 Discussão

Os cistos ovarianos em bovinos ocorrem devido a falha na ovulação, se apresentando com uma estrutura parecida com um folículo ovulatório (SEGUIN e TROEDSSON, 2006). Segundo os mesmos autores, os cistos ovarianos possuem tamanho maior que 25 mm de diâmetro, persistindo por mais de 10 dias sem corpo lúteo presente. O cisto folicular possui parede fina, podendo ser múltiplos em ambos os ovários e os cistos com paredes luteinizadas possuem parede espessada (PALHANO, 2008). No animal estudado, a imagem ultrassonográfica mostrou um cisto com parede espessa, com aproximadamente 25 mm, sendo caracterizado como cisto luteínico.

De acordo com Seguin e Troedsson (2006), de 70 a 80% das vacas acometidas com estruturas císticas se tornam anéstricas e apenas de 20 a 30% apresentam ninfomania, relacionado com o estro frequente. Em casos de cisto ovariano por um longo período de tempo, pode-se ter alteração do aspecto físico do animal. A proeminência da cabeça da cauda, ligamentos pélvicos relaxados e pescoço com características masculinas podem estar presentes nesses animais devido à alta liberação de estrógeno (SEGUIN e TROEDSSON, 2006). A fêmea relatada se apresentava com peso acima do recomendado e devido a isso possuía características físicas de masculinidade.

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19 Atualmente ainda não se sabe a causa específica da ocorrência de cistos ovarianos em bovinos. Alguns estudos como de Pereira (2009) e Fernandes et al. (2005) apontam que fatores estressantes relacionados a ambiente, temperatura e alimentação podem ser causas da formação da estrutura cística. A liberação de cortisol pelo animal altera diminuindo tanto a frequência de pulsos de LH quanto a amplitude, podendo-se até induzir cistos com aplicações de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), pois é o hormônio que induz a secreção de cortisol pelas adrenais (RIBADU et al., 2000).

O animal relatado havia passado por uma indução a lactação, sendo que no protocolo, juntamente com outros hormônios, deve ser aplicado por 3 dias consecutivos altas doses de cortisol. Esse pode ser um fator que desencadeou a alteração na secreção do LH, induzindo a formação da estrutura cística, porém não se tem comprovação dessa suspeita no caso relatado.

São descritos vários tratamentos na literatura para indução da luteinização do cisto e para restabelecer a ciclicidade. A recomendação é fazer a diferenciação do cisto para se ter sucesso no tratamento, pois os medicamentos aplicados se diferem. A ruptura manual é uma técnica antiga e ainda empregada, porém é mais recomendado para cistos foliculares, pois possuem paredes mais finas comparado ao cisto luteínico (SEGUIN e TROEDSSON, 2006).

Neste caso como tratamento foi instituído um protocolo de inseminação artificial em tempo fixo. No dia 0 foi aplicado um dispositivo intravaginal (Sincrogest®) a base de progesterona (1g), juntamente com a aplicação intramuscular de 6 mL de Sincroforte®, equivalente a 0,02 mg de acetato de buserelina e 3 mL de Sincrodiol®, equivalente a 3 mg de benzoato de estradiol. O implante intravaginal de progesterona tem como objetivo simular os efeitos causados por um corpo lúteo, inibindo o crescimento folicular e suprimindo as ondas ovulatórias (ANDRADE, 2008). O mesmo autor relata que implantes com 1,9g de progesterona e sua liberação lenta será eficaz no protocolo. No caso relatado, foi usado um implante intravaginal com 1g de progesterona, sendo juntamente com os outro hormônios eficazes para o tratamento.

A associação de progesterona com o benzoato de estradiol no dia 0, tem por intuito eliminar possíveis folículos dominantes para assim ter início uma nova onda folicular (BALL, 2006). Já a aplicação de acetato de buserelina tem por objetivo primeiramente a sincronização do crescimento folicular com a ovulação ou luteinização do folículo dominante (BALL, 2006).

Segundo Todoroki e Kaneko (2006), a aplicação de GnRH juntamente com um implante intravaginal de progesterona e após 7 dias uma aplicação de prostaglandina é o protocolo mais eficaz para o tratamento de cisto ovariano. Os análogos do GnRH causam um

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20 aumento na liberação de LH ocorrendo a luteinização do folículo dominante e posteriormente ocorre uma nova onda folicular, sincronizando novamente o ciclo estral da fêmea (TWAGIRAMUNGU et al., 1994). Em estudo feito por Junior (2014), 0,02 mg de acetato de buserelina foi eficaz para o tratamento de cisto ovariano, sendo o mesmo usado no caso acima relatado.

Depois de oito dias, foi recomendado ao proprietário retirar o implante vaginal de progesterona e aplicar via intramuscular 2 mL de Ciosin®, equivalente a 0,5 mg de cloprostenol sódico. A retirada do implante de progesterona permite um crescimento uniforme do folículo pré-ovulatório e a aplicação da prostaglandina causa um aumento da secreção de LH para ocorrer a luteólise do corpo lúteo (BALL, 2006).

Conforme estudos de Martins et al. (2011) 20 a 30% das vacas apresentam luteólise incompleta quando administrado prostaglandina apenas no dia da retirada do implante vaginal de progesterona. Baruselli et al. (2012) recomendam a administração de prostaglandina 48 horas antes da retirada do implante vaginal de progesterona e também no dia da retirada do mesmo, para que se tenha a redução dos níveis de progesterona e para que ocorra a luteólise do corpo lúteo de animais que responderam ao GnRH no começo do tratamento.

A prostaglandina pode atuar nos dois tipos de cistos, fazendo a sua lise após 7 dias da aplicação de Gonadotrofina Coriônica Equina (hCG) ou GnRH (SANTOS et al., 2009). A prostaglandina usada no protocolo da fêmea relatada foi aplicada 8 dias após o GnRH, sendo também encontrado sucesso no tratamento. Seguin e Troedsson (2006) relatam sobre o uso apenas da prostaglandina para fazer a lise de um cisto luteínico, sendo neste caso o retorno ao estro mais rápido e o custo mais barato.

No dia seguinte, aplicou-se via intramuscular, 1 mL de Sincrodiol®, equivalente a 1 mg de benzoato de estradiol. O estradiol endógeno estimula o hipotálamo a secretar uma quantidade alta de GnRH, sinalizando assim a hipófise para liberar LH, desencadeando a ovulação, porém, em casos de cisto ovariano esse mecanismo não ocorre (ANDREIV, 2013). Segundo Ball (2006), a administração exógena de estradiol pode exercer função luteolítica no fim da fase luteal, pois possui um pico de liberação de LH 18 a 24 horas após a aplicação.

Conforme Ball (2006), repetir a dose de acetato de buserelina 9 dias após a primeira aplicação tem por intuito promover a ovulação do folículo que cresceu durante a nova onda folicular ocorrida pelo tratamento hormonal. No protocolo utilizado, a segunda dose de acetato de buserelina foi administrada no décimo dia juntamente com a inseminação artificial. Ball (2006) afirma que a ovulação ocorre 24 a 32 horas após a aplicação do GnRH, porém os espermatozoides ficam viáveis no trato reprodutivo da fêmea durante 30 a 48 horas (REECE,

(21)

21 2017), podendo-se ter sucesso na concepção mesmo administrando acetato de buserelina juntamente com a inseminação artificial.

Em pesquisa realizada por Santos et al. (2009) utilizando 31 bovinos leiteiros com cisto ovariano, encontrou uma taxa de cura espontânea de 87% e os animais que receberam uma dose de GnRH tiveram 60% de recuperação. A recuperação espontânea ocorre geralmente nas vacas pós-parto antes da primeira ovulação (SEGUIN e TROEDSSON, 2006).

3.1.4 Conclusão

Conclui-se que neste caso, o tratamento hormonal teve prognóstico favorável em relação ao retorno da atividade cíclica da fêmea. Ressalta-se a importância da ultrassonografia para o correto diagnóstico e administração do tratamento adequado para cada tipo de cisto ovariano.

3.1.5 Referências Bibliográficas

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(22)

22 KENGAKU, K.; TNAKA, T. ; KAMOMAE, H. Changes in the perpheral concentrations of inhibin, follicle stimulating hormone, luteinizing hormone, progesterone and estradiol 17β during turnover of cystic follicles in dairy cows with spontaneous follicular cysts. Journal of

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(24)

24

4 RELATO DE CASO

4.1 LEUCOSE ENZOÓTICA EM VACA HOLANDESA

4.1.1 Introdução

A leucose enzoótica bovina (LEB) é uma doença que há anos vem causando prejuízos na cadeia leiteira de todos os países. Perdas na exportação de animais, custos com diagnósticos e terapia de suporte nos animais acometidos, descarte prematuro e condenação de carcaças torna a LEB uma patologia de grande importância econômica (JUNIOR et al., 2001). Com seu caráter invasivo, o vírus da leucose bovina (VLB) pertencente a família Retroviridae, subfamília Orthoretrovirinae e gênero Deltaretrovírus, pode passar despercebido pelo rebanho e demorar anos para manifestar os sinais clínicos (RADOSTITS et al., 2010).

Os animais frequentemente acometidos possuem idade superior a dois anos de idade, sendo que a prevalência é maior em bovinos leiteiros comparado aos bovinos de corte, principalmente devido a intensificação do manejo (BRAGA et al., 1998). O VLB está hospedado no interior das células linfoides, mas normalmente não forma partículas livres no sangue, sendo sua transmissão principalmente por transferência dos linfócitos dos animais infectados (SPADETTO e DIAS, 2013). Os linfócitos infectados podem estar presentes no sangue, massas tumorais e leite, sendo que a transmissão pode ocorrer por contato direto, pela monta natural, por exame retal com luvas infectadas, por insetos hematófagos e raramente por via transplacentária (RADOSTITS et al., 2010).

Essa patologia pode ser caracterizada pelo aparecimento de duas formas clínicas, a forma maligna tumoral e a forma benigna. Na forma maligna, praticamente todos os linfonodos e órgãos são acometidos por linfossarcomas (SPADETTO e DIAS, 2013). Na forma benigna, ocorre apenas o aumento dos linfócitos no sangue, caracterizada como linfocitose persistente (BRAGA e VAN DE LAAN, 2006).

Os principais sinais clínicos da LEB são os linfonodos superficiais aumentados, perda de peso, queda na produção de leite e exoftalmia (THURMOND, 2006). Os linfonodos mais acometidos são os pré-escapulares, mamários, viscerais e mandibulares (LUDERS, 2001). Pode ser frequentemente encontrado comprometimento do sistema digestório, pois os

(25)

25 linfomas podem causar obstruções e úlceras, resultando em anorexia, diarreia ou timpanismo (FILHO e VALLE, 2013).

Os animais acometidos pela LEB desenvolvem anticorpos, que podem ser detectados através de sorologia, utilizando Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA), Ensaio Imunoenzimático (ELISA) ou pela detecção do vírus, sendo a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) o teste com maior especificidade e sensibilidade para o diagnóstico da infecção pelo VLB (FLORES, 2012). A histopatologia incluindo a biópsia dos linfonodos suspeitos, pode ser um método simples, barato e rápido para a confirmação da patologia (RADOSTITS et al., 2010). A linfocitose no exame de sangue também pode ser sugestiva de LEB, porém a ausência do aumento dos linfonodos na circulação não exclui a possibilidade da patologia (FLORES, 2012). O mesmo autor relata que os achados macroscópicos na necropsia juntamente com os sinais clínicos apresentados pelo animal, podem confirmar a LEB.

Atualmente, não há descrição na literatura sobre tratamento para a LEB, apenas terapia de suporte para evitar o sofrimento de animais acometidos com a doença. Em consequência a isso, devem ser realizadas medidas preventivas, controle dos animais infectados ou erradicação do VLB do rebanho.

Os testes sorológicos podem ser realizados a cada seis meses, identificando os animais soropositivos e soronegativos para separá-los por lote a uma distância de 150 metros, evitando assim o contato direto (FLORES, 2012). Os recém-nascidos de vacas positivas devem receber outro colostro livre do VLB, deve-se evitar a transmissão iatrogênica por meio de luvas, instrumentos cirúrgicos e agulhas, utilizando assim materiais individuais para cada animal e também adotar medidas para o controle de insetos hematófagos (FILHO e VALLE, 2013).

O objetivo deste relato é descrever um caso de Leucose Enzoótica Bovina, em uma fêmea bovina da raça holandesa, acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

4.1.2 Metodologia e Resultados

Durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, realizado na Cooperativa Agrícola Mista General Osório LTDA, foi atendida uma fêmea bovina da raça holandesa, com oito anos de idade, pesando aproximadamente 700 kg de peso vivo, em uma propriedade no interior do município de Fortaleza dos Valos, Rio Grande do Sul, Brasil.

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26 A fêmea pertencia a um lote de animais que permaneciam em um sistema de criação do tipo Compost Barn, onde mais 40 vacas dividiam o mesmo local. Na anamnese, o proprietário relatou que havia comprado o animal há 6 anos atrás de outra região, porém a mesma apenas apresentou episódios de estefanofilariose, como doença, em praticamente todas as lactações.

O animal estava prenhe de 7 meses, sendo que após alguns dias o proprietário iria transferi-la para o piquete de pré-parto, porém o produtor percebeu que a fêmea estava apresentando alguns sinais, como inquietação, esfregava a região ocular em paredes e se alimentava de madeira, terra ou qualquer outro objeto diferente. O proprietário relatou também que a fêmea apresentava um emagrecimento progressivo com diminuição na produção leiteira. Após 15 dias do início dos sinais clínicos, o produtor solicitou atendimento veterinário.

Ao realizar o exame clínico, constatou-se que a fêmea apresentava um escore corporal de 2,0 em uma escala de 1 a 5 (sendo que 1 é muito magro e 5 um animal obeso). Visivelmente pode ser percebido o aumento dos linfonodos superficiais, principalmente o linfonodo pré-escapular, além de exoftalmia bilateral, caquexia e edema na região peitoral. No mesmo dia foi coletado uma amostra do sangue do animal, sendo enviado ao laboratório do Hospital de Ibirubá. O resultado do exame de sangue constatou 16600 leucócitos/mm3, sendo 11620 linfócitos/mm3, 2656 segmentados/mm3, 2158 monócitos/mm3 e 166 eosinófilos/mm³. Com o resultado do exame de sangue juntamente com os sinais clínicos apresentados pelo animal, suspeitou-se de leucose enzoótica bovina. Em concordância com o proprietário do animal, foi marcado o sacrifício do animal no dia seguinte para realização da necropsia.

O sacrifício da fêmea foi feita com arma de fogo pelo médico veterinário. Após sua morte, realizou-se o corte do linfonodo pré-escapular, estando esse aumentado de volume e de consistência dura. Assim como esse, os linfonodos mamários também estavam com um tamanho exacerbado. Ao realizar a abertura abdominal e torácica, pode-se perceber várias regiões com aspectos nodulares, principalmente nas costelas. No átrio direito do coração, visualizou-se uma massa esbranquiçada com consistência dura e no saco pericárdico uma grande quantidade de líquido sanguinolento. O útero também estava com formações nodulares difusas e as carúnculas estavam com aspecto necrosado e aumentadas de volume. O ovário esquerdo estava totalmente envolvido com formações nodulares e possuía tamanho de um ovo de galinha e o ovário direito do tamanho de um ovo de galinha. O feto visivelmente estava com um aspecto normal, porém sem vida. O rim esquerdo estava difuso com nódulos esbranquiçados.

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27 No mesmo dia foi coletado uma amostra de sangue (10mL) em um tubo sem anticoagulante para enviar ao laboratório de virologia da Universidade Federal de Santa Maria. A amostra de sangue permaneceu na posição vertical para se ter a separação do soro. No dia seguinte foi enviado ao laboratório, sendo informado que não estava mais realizando o teste de IDGA, apenas o teste de ELISA. Não foi possível realizar o teste na amostra coletada, pois havia hemólise na amostra.

Sendo assim, com base nos sinais clínicos do animal, devido a linfocitose verificada no leucograma e pelos achados das lesões na necropsia, suspeitou-se de leucose enzoótica bovina.

4.1.3 Discussão

A LEB é causadora de muitos prejuízos na produção leiteira pois ela torna o animal acometido imunossuprimido, sendo uma porta de entrada para outras doenças concomitantes. Estudos realizados por Azedo et al. (2008), mostrou que devido a grande quantidade de citocinas liberadas, há um aumento na sobrevivência dos linfócitos B, causando a linfocitose persistente e interferindo na atividade fagocítica dos outros leucócitos, induzindo o animal a um quadro imunossupressivo. Com isso, pode ser explicado os quadros de estefanofilariose apresentado pelo animal durante suas lactações. A estefanofilariose é uma doença causada pelo nematódeo Stephanofilaria spp que provoca úlceras na pele de bovinos, principalmente na região do úbere (MIYAKAWA et al., 2010).

O animal estudado apresentava leucocitose por linfocitose e monocitose. De acordo com Silva et al. (2008), o alto número de leucócitos na circulação sanguínea é indicativo da LEB e a linfocitose persistente comprova um caráter crônico. Os mesmos autores relatam que a monocitose está presente em casos com processos crônicos.

Segundo Kurtinaitiene et al. (2008), após 10 a 12 dias da introdução do VLB no organismo do animal, se dá início a resposta imune humoral, produzindo anticorpos específicos para a doença. Posteriormente a esse curto período de viremia após a infecção, o vírus entra em latência de 1 a 8 anos até o aparecimento dos primeiros sinais clínicos (FLORES, 2012). A fêmea relatada havia sido comprada pelo proprietário há 6 anos atrás, tendo a possibilidade de ter contraído a doença antes da compra, pois no ato não havia sido realizado nenhum tipo de exame descartando a LEB.

Segundo Braga e Van de Laan (2006), os animais infectados pelo VLB apresentam a forma clínica da doença por meio dos linfossarcomas com idade entre 4 a 8 anos. No caso

(28)

28 relatado, a fêmea possuía aproximadamente 8 anos, estando assim na faixa etária de animais suscetíveis.

A prevalência mais alta da LEB acontece em rebanhos leiteiros, principalmente devido a intensificação do sistema e ao contato mais direto entre os animais (RADOSTITS et al., 2010). O animal estava sendo criado em um sistema de confinamento Compost Barn, aumentando assim a transmissão horizontal por meio de secreções sanguíneas. De acordo com Flores (2012), deve-se usar instrumentos cirúrgicos, luvas de palpação e agulhas individuais em rebanhos de animais suspeitos. Na propriedade não havia cuidado em relação a esses quesitos, em consequência a isso suspeita-se que mais animais do mesmo lote da fêmea relatada podem estar acometidas com a LEB, porém não foi realizado testes confirmatórios da doença no restante do rebanho.

Os sinais clínicos da LEB dependem muito da região que os linfossarcomas estão situados. De acordo com Radostits et al. (2010) ainda há controvérsias em relação a natureza exata dos tumores. Tais tumores são linfócitos neoplásicos agregados, podendo ocorrer metástases por todo o organismo, sendo descrito como reticulossarcomas.

A exoftalmia acontece devido ao crescimento da massa tumoral na região ocular, podendo ser uni ou bilateral (RADOSTITS et al., 2010). Os mesmos autores relatam que a LEB pode acometer também o sistema nervoso, causando paralisia locomotora e perturbações neurológicas. No animal foi observada a exoftalmia e alguns sinais anormais, como a inquietação e alimentação de objetos, porém na necropsia não realizou-se a abertura do crânio para visualizar possíveis linfossarcomas na região.

A linfadenopatia externa ocorre em 75 a 90% dos casos de LEB, sendo precocemente um importante achado clínico (RADOSTITS et al., 2010). De acordo com Thurmond (2006), os linfonodos periféricos que normalmente aumentam são o pré-escapular, femoral, supramamário e femoral. No animal relatado, os linfonodos visivelmente aumentados eram o pré-escapular e após a necropsia o linfonodo supra mamário foi observado com um tamanho exacerbado.

O sistema digestório também é frequentemente acometido, pois os linfossarcomas formam úlceras e obstruções, causando timpanismo, diarreia e perda de peso (FILHO e VALLE, 2013). Na fêmea estudada, o proprietário não havia relatado timpanismo ou diarreia, apenas o emagrecimento progressivo durante os 14 dias. Não foram visualizados linfossarcomas na região digestória do animal relatado.

As lesões cardíacas são encontradas na LEB e comumente causam insuficiência cardíaca congestiva direita nos animais afetados (RADOSTITS et al., 2010). Os

(29)

29 linfossarcomas podem ser encontrados principalmente no átrio direito, causando taquicardia com arritmia (FILHO e VALLE, 2013). Devido a possível insuficiência cardíaca congestiva direita, pode ser observado no animal as veias jugulares ingurgitadas e o edema na região peitoral. No caso relatado, observou-se o edema na região peitoral do animal e foi encontrado uma massa tumoral no átrio direito do coração, com uma grande quantidade de líquido sanguinolento no saco pericárdico.

O sistema reprodutor também pode ser acometido, principalmente o útero e ovários (BRAGA e VAN DE LAAN, 2006). No caso relatado, a fêmea estava prenhe de 7 meses, onde não observou-se alterações no feto, porém as carúnculas estavam com aspecto arroxeado, indicando necrose. Já o ovário esquerdo estava envolvido com uma massa tumoral. Segundo Thurmond (2006), a palpação retal pode ser muito útil para o diagnóstico de massas tumorais na cavidade abdominal.

Segundo Flores (2012), o diagnóstico diferencial para a LEB pode ser a tuberculose ou actinobacilose, devido a linfadenite que ocorre no animal. Porém, no corte da lesão causada pela tuberculose, nota-se o aspecto arenoso e a actinobacilose é descrita como tendo lesões piogranulomatosas. Já na necropsia do caso relatado, as lesões se apresentaram com aspecto friável, com coloração esbranquiçada a rósea e no centro do tumor notou-se conteúdo mole e necrótico, como descrito na literatura de Thurmond (2006).

4.1.4 Conclusão

Os sinais clínicos e os dados do hemograma juntamente com as lesões encontradas na necropsia, estabeleceram o diagnóstico de leucose enzoótica bovina. Preconiza-se utilizar os programas de erradicação e controle para prevenir perdas econômicas provocadas pela doença.

4.1.5 Referências Bibliográficas

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(31)

31

5 CONCLUSÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante a graduação, juntando a prática com a teoria, contribuindo assim para a melhor qualidade de vida dos animais e também das pessoas. Também foi possível perceber o quão importante é a interação entre o profissional com os produtores rurais, gerando a valorização do diálogo teórico-prático dentro da sociedade, principalmente diante das dificuldades enfrentadas na cadeia leiteira.

Nesse contexto, é possível perceber que a reprodução, sanidade, manejo e nutrição são essenciais para o sucesso na atividade leiteira. O médico veterinário tem a importante função de englobar todos esses quesitos para assim conseguir manter o produtor na atividade e assim trazer lucratividade para ambos. O estágio proporcionou a percepção que a atuação de profissionais podem fazer a diferença no campo, exercendo papel fundamental na cadeia produtiva do país.

(32)

32

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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