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Efeito do treinamento físico militar em indicadores de desempenho físico de alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Exército

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

BRUNO EDUARDO DO NASCIMENTO E SILVA

EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO MILITAR EM INDICADORES DE DESEMPENHO FÍSICO DE ALUNOS DA ESCOLA PREPARATÓRIA DE

CADETES DO EXÉRCITO

Campinas 2019

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BRUNO EDUARDO DO NASCIMENTO E SILVA

EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO MILITAR EM INDICADORES DE DEEMPENHO FÍSICO DE ALUNOS DA ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES

DO EXÉRCITO

Dissertação apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Educação Física,

Área de concentração: Biodinâmica do movimento e esporte.

Orientador: PROF. DR. JOÃO PAULO BORIN

ESTE TRABALHO CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELO ALUNO BRUNO EDUARDO DO NASCIMENTO E SILVA, E ORIENTADA PELO PROF. Dr. JOÃO PAULO BORIN

Campinas 2019

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COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. Dr. João Paulo Borin Presidente da comissão examinadora

Prof. Dr. Orival Andries Júnior Membro titular

Prof. Dr. Runer Augosto Marson Membro Titular

A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da Unidade

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DEDICATÓRIA

A Deus, por me proporcionar saúde e forças para concretizar este projeto

A minha esposa Quéren e minha filha Helena pelo apoio e compreensão nos momentos ausentes,

Aos meus pais, eternos incentivadores e credores do meu potencial.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me guiar e proporcionar o encontro com pessoas maravilhosas, sem as quais não teria concluído este projeto.

À minha família, verdadeiros alicerces, base de tudo.

A minha querida esposa Quéren, pelo companheirismo inabalável, pelas noites sem dormir, quer seja tabulando dados, quer seja corrigindo a redação do trabalho. Sem você a caminhada seria muito mais dura, Te amo!

Ao meu orientador e amigo, Prof. Dr. João Borin, pela paciência com que transmitiu os conhecimentos, pelo companheirismo nas vídeos-chamadas, pelos apontamentos claros e sinceros e por acreditar desde o primeiro dia, o fatídico dia de Juramento à Bandeira em 2015, na EsPCEx. Tenho o senhor como referência de professor e pesquisador. Muito obrigado! Aos integrantes da banca examinadora, Prof Dr Orival e Prof Dr Runer pelas suas valiosas contribuições e pelas excepcionais referências na Educação Física.

Ao professor Padovani, pela paciência com que transmitiu os conhecimentos de estatística e pela maestria na condução dos trabalhos.

À Escola Preparatória de Cadetes do Exército, por meio de seus comandantes, hoje General de Brigada Marcos de Sá Affonso da Costa e General de Brigada Gustavo Henrique Dutra de Menezes que autorizaram e proporcionaram a concretização deste trabalho.

Ao Ten Cel Ubaldo, por ter proporcionado meu encontro com o Prof. Dr. João Paulo Borin, o que levou à realização deste trabalho.

Aos amigos da Seção de Educação Física da EsPCEx, Maj Speck, Cap Cirolini, Cap Felipe Santos, Cap Dondeo, Ten Telles, Ten Márcio, Sgt Zanardo, Sgt Jackson, Sgt Leonardo Costa, Sgt Granato, Sgt Rafaela e Cb Henrique, obrigado pela amizade e constante incentivo.

Aos integrantes do grupo de estudo em teoria e metodologia do treinamento desportivo. E aos demais professores das disciplinas que compõe a Pós-Graduação em Educação Física da UNICAMP.

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RESUMO

O Exército Brasileiro tem a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) como porta de entrada para a carreira de oficial combatente. Dentre diversas disciplinas curriculares, o treinamento físico militar (TFM) é a responsável por desenvolver a aptidão física dos alunos, além de prepará-los para o combate, bem como elevar os níveis de confiança e motivação. Porém são escassas as informações quanto as respostas dos alunos durante a realização do TFM. Assim, o presente estudo teve por objetivo verificar o efeito do TFM em indicadores de desempenho físico dos alunos durante o ano letivo na EsPCEx. Participaram da presente pesquisa 305 homens com idade entre 18 e 21 anos, regularmente matriculados na EsPCEx e distribuídos em três companhias de alunos. Em todos os dias de TFM foi monitorada a carga interna (Foster et al, 1998), a qualidade da recuperação (Kenta, Hassmén, 1998) e anotado o conteúdo de treinamento. Para avaliar os indicadores de desempenho físico foram realizados testes motores, corrida de 3000 metros, natação de 50 metros, repetição máxima de flexão de braços, repetição máxima de flexão na barra e teste de repetição máxima de abdominal, em três momentos: antes do inicio (M0), após 12 semanas (M1) e na 19ª semana. Após coleta, os dados foram analisados com teste não-paramétrico de Kruskal-wallis para medidas descritivas da carga e conteúdo de treinamento, bem como aplicada a técnica de análise de variância para modelo de medidas repetidas em grupos independentes, complementado com o teste de comparações múltiplas de Bonferroni, para verificar as medidas descritivas dos testes segundo companhia e momento de avaliação (p<0,05). Os principais resultados apontam para: i) quanto ao conteúdo, há o predomínio da resistência aeróbia associado a resistência de força, com 34,04% na 1ª companhia, 39,21% na 2ª companhia e 34,19% na 3ª companhia; ii) nos testes motores, em todas as companhias houve melhora no desempenho (p<0,05) e, por fim, a carga interna apresentou distribuição ondulatória. Conclui-se assim que a organização do conteúdo e carga aplicada tem gerado efeito positivo no desempenho de alunos do exército.

Palavras-chave: Carga de treinamento. Militar. Percepção subjetiva de esforço. Qualidade total de recuperação.

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ABSTRACT

The Brazilian Army has the Preparatory School of Army Cadets (EsPCEx) as a gateway to the career of a combatant officer. Among several curricular subjects, military physical training (TFM) is the matter responsible for developing the physical fitness of students, in addition to preparing them for combat, as well as raising the levels of confidence and motivation. However, information about the student`s response during the performance of the TFM is scarce. Thus, the aim of the present study was to verify the effect of TFM on indicators of physical performance of students during the school year of EsPCEx. 305 men aged between 18 and 21 years old, regularly enrolled in EsPCEx and distributed in three companies participated in this study. In all days of TFM as monitored the internal load (Foster et al. 1998), the quality recovery (Kenta, Hassmén, 1998) and annotated the training content. To evaluate the physical performance indicators, motor tests were performed, 3000 meters run, swimming 50 meters, maximum repetition of arm flexion, maximal repetition of flexion in the bar and maximum repetition of abdominal test, in three moments: before de beginning (M0), after 12 weeks (M1) and in the 19th week. After collect, data were analyzed using a non-parametric Kruskal-Wallis

test for descriptive measures of load and training content, as well as applied the variance analysis technique for repeated measures model in independent groups, complemented with the Bonferroni multiples comparisons test, to verify the descriptive measurements of the tests according to the company and evaluation moment (p<0.05). The main results point to: i) as to the content, there is the predominance of aerobic resistance associated with strength resistance with 34.04% in the 1st company, 39.21% in the 2nd company and 34.19% in the 3rd company;

ii) in the motor tests, in all companies there was improvement in performance (p<0.05) and, finally, the internal load presented wavy distribution. It is concluded that the organization of content and applied load has generated positive effect on the performance of Army students. Keywords: Training load. military. Perception subjective effort. Total quality recovery.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Desenho experimental do trabalho... 25

Tabela 2 Distribuição dos tempos segundo conteúdo de treinamento nas semanas da 1ª Companhia de Alunos... 28

Tabela 3 Distribuição dos tempos segundo conteúdo de treinamento nas

semanas da 2ª Companhia de Alunos... 28

Tabela 4 Distribuição dos tempos segundo conteúdo de treinamento nas

semanas da 3ª Companhia de Alunos... 29

Tabela 5 Descrição das características nas semanas de treinamento da 1ª

Companhia de Alunos... 29

Tabela 6 Descrição das características nas semanas de treinamento da 2ª

Companhia de Alunos... 30

Tabela 7 Descrição das características nas semanas de treinamento da 3ª

Companhia de Alunos... 30

Tabela 8 Medidas descritivas dos testes segundo companhia e momento de

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EsPCEx Escola Preparatória de Cadetes do Exército

AMAN Academia Militar das Agulhas Negras

TFM Treinamento físico militar

TAF Teste de avaliação física

PSE Percepção subjetiva do esforço

QTR Qualidade total de recuperação

STFM Seção de treinamento físico militar

RES Resistência

EB Exército Brasileiro

EsSA Escola de Sargentos das Armas

PTC Pista de treinamento em circuito

GB Ginástica básica

TIA Treinamento intervalado aeróbio

FC Frequência cardíaca

u.a. Unidades arbitrárias

TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido

CTS Carga total semanal

kg Quilograma

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 15

2.1 Treinamento físico militar... 15

2.2 Percepção subjetiva de esforço e recuperação... 18

3 OBJETIVO ... 21 3.1 Objetivo Geral... 21 3.2 Objetivos Específicos... 21 4 METODOLOGIA ... 22 4.1 Amostra ... 22 4.2 Testes físicos ... 22 4.3 Desenho experimental ... 24 4.4 Monitoramento da recuperação ... 25

4.5 Monitoramento da carga interna de treinamento... 25

4.6 Análise estatística ... 26

5 RESULTADOS ... 27

6 DISCUSSÃO ... 37

7 CONCLUSÃO ... 41

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1 INTRODUÇÃO

O Exército Brasileiro (EB) juntamente com a Marinha e a Aeronáutica constituem as Forças Armadas, que são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem (Brasil, 1988).

Para compor seu quadro de oficiais e sargentos, o EB conta com estabelecimentos de ensino para as respectivas carreiras. Para os sargentos o maior estabelecimento de ensino é a Escola de Sargentos das Armas (EsSA) e para os oficiais o maior estabelecimento de ensino é a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) que tem o seu primeiro ano cursado na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx).

A EsPCEx é um estabelecimento de Ensino Superior Militar situado na cidade de Campinas-SP, que tem como objetivo selecionar e preparar o futuro cadete da AMAN. É o primeiro ano da formação do futuro Oficial de carreira da linha bélica do EB e seu ingresso se da por meio de um concurso público federal, no qual são oferecidas anualmente 500 vagas. O concurso de admissão à EsPCEx é constituído de três fases, sendo a primeira composta por um exame intelectual, a segunda por uma inspeção médica e a última por um exame de aptidão física. A EsPCEx é organizada em três companhias de alunos, cada uma com aproximadamente 166 alunos, o seu regime de funcionamento é de internato e tem duração de um ano. Todas as atividades escolares, tais como horários de aula, refeições, instruções militares e atividades físicas são controladas e reguladas por normas internas, sendo a frequência do aluno a essas atividades de caráter obrigatório (BRASIL, 2015).

Todos os alunos da EsPCEx são submetidos a um programa de Treinamento Físico Militar (TFM), que segue orientações contidas no Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350), que tem o objetivo de proporcionar a manutenção preventiva da saúde do militar, desenvolver, manter ou recuperar a condição física total do militar; e cooperar com o desenvolvimento de suas qualidades morais (BRASIL, 2015). As sessões de TFM são semanais e compostas de atividades diversificadas, tais como: corrida, natação, ginástica básica (GB) (exercícios calistênicos), pista de treinamento em circuito (PTC) e atividades desportivas voltadas para a aquisição de capacidades físicas, que serão de fundamental importância ao longo da carreira militar. A melhoria dessas capacidades físicas busca contribuir para o aumento da prontidão dos militares para o combate, bem como elevar os níveis de autoconfiança e motivação (OLIVEIRA, 2005).

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Essas atividades físicas são realizadas de forma gradual e sistematizada, visando ambientar os alunos às peculiaridades e exigências da vida militar (AVILA et al., 2013). As melhoras que ocorrem na condição física do aluno podem ser mensuradas ao longo do ano, no momento que são aplicados os Testes de Avaliação Física (TAF). A facilidade da aplicação e a confiabilidade dos resultados, aliadas à importância dos dados fornecidos faz com que os TAF sejam utilizados por exércitos de vários países, dentre os quais, o Brasil (ARMY, 1992; MATIELLO JÚNIOR, GONÇALVES, 1997; OLIVEIRA, 2005).

De acordo com Matiello Júnior (1997) populações militares assumem particular interesse para o desenvolvimento de trabalhos na área de Educação Física por apresentar diversas características como: são constituídas por profissionais regidos por relações estáveis, tornando-se passíveis de acompanhamento peculiarmente organizado e contínuo; detêm características e procedimentos convergentes por força da influência institucional; são submetidos a regimes permanentes de subordinação e; em muitas circunstâncias vivem em zona residencial exclusivamente militar, facilitando a observação e/ou intervenção do pesquisador.

O controle da carga de treinamento atualmente tem se caracterizado como parte fundamental do processo de treinamento de um indivíduo. O manual de TFM do EB não propõe um controle da carga aplicada, aborda dois métodos para o controle fisiológico individual, um de controle imediato com a aferição da frequência cardíaca e um de controle tardio com a medição da frequência cardíaca basal (BRASIL, 2015).

Diversos métodos são utilizados no monitoramento da carga diária da sessão e um dos mais utilizados durante trabalhos físicos como ferramenta que aponte informações gerais de trabalho muscular, cardiovascular, função respiratória e do sistema nervoso central é a percepção subjetiva do esforço (PSE) (BORG, 1982). A PSE consiste em um questionário simples no qual o indivíduo deve responder à pergunta “como foi sua sessão de treino” em um período de até 30 minutos após o esforço, respondendo de acordo com a tabela CR-10 de Borg. Essa tabela consiste em uma numeração de 0 a 10, em que zero significa o valor mínimo (repouso) e o 10 o valor máximo (maior esforço). Proximamente, Foster (1998) propôs que a intensidade de sessão de treinamento poderia ser avaliada pela percepção subjetiva de esforço e junto ao volume do treino, em minutos, era possível quantificar a carga de treinamento. Também formulou o conceito de monotonia e strain do treinamento, que seriam indicadores de variação da carga na semana e outro índice de esforço semanal relacionado à carga e sua variação.

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A PSE da sessão tem sido utilizada para monitorar a carga interna do treinamento de atletas de diversas modalidades esportivas, como futsal (FREITAS; MILOSKI; BARA FILHO, 2012), natação (WALLACE et al., 2008; SEILER; KJERLAND, 2006), basquetebol (MANZI et al., 2010; BORIN et al., 2007), futebol (ALEXIOU; COUTTS, 2008), corridas (ESTEVE-LANAO et al., 2007), ginástica rítmica (DEBIEN, 2016) e militares (GOMES et al., 2016; CURTY; BARA FILHO, 2011).

De forma semelhante, a escala de qualidade total de recuperação (QTR) desenvolvida por Kentta e Hassmém (1998) torna possível monitorar e acelerar a recuperação dos indivíduos simplesmente por proporcionar uma compreensão mais completa das ações para alcançar uma recuperação total.

A aplicabilidade dos métodos da PSE da sessão e da QTR no âmbito militar carece de maior aprofundamento no que diz respeito para o controle e monitoramento da recuperação e do esforço em alunos de escolas militares. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito do TFM em indicadores de desempenho físico de alunos da EsPCEx.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Treinamento físico militar

Nos exércitos modernos, busca-se a formação de um soldado de qualidade, que desenvolva seu trabalho em cenários diversificados e, às vezes em condições extremas. Desta forma, torna-se necessário buscar métodos de preparação e estímulos para que os militares cuidem de sua condição física, visando principalmente a melhoria da saúde e melhor aptidão para o desempenho de suas funções, recorre-se então ao TFM (Brasil, 2015).

O TFM tem por finalidade padronizar os aspectos técnicos, além de fornecer os conhecimentos desejáveis, estabelecer procedimentos para o planejamento, organização, coordenação, condução e execução do treinamento físico no âmbito do EB (Brasil, 2015).

Durante o curso de formação os alunos são submetidos a uma rotina de treinamento físico e estudo de matérias militares. Estudos de matérias universitárias são geralmente realizadas no período na manhã, e treinamento físico no final da tarde, antes do jantar. Todos esses conteúdos são avaliados por meio de provas que geram notas e compõe uma classificação, que tem grande importância no futuro da carreira de cada aluno, levando-o a dedicar-se e realizar com máximo empenho todas as atividades, buscando o seu melhor resultado.

Todos os alunos da EsPCEx são submetidos a um programa diário de TFM, que segue orientações contidas no Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350), e tem o objetivo de proporcionar a manutenção preventiva da saúde do militar, desenvolver, manter ou recuperar a condição física total do militar, e cooperar com o desenvolvimento de suas qualidades morais (BRASIL, 2015). As sessões de treinamento que compõem o TFM são semanais e compostas de atividades diversificadas, tais como: corrida, natação, ginástica básica (exercícios calistênicos), pista de treinamento em circuito e atividades desportivas voltadas para a aquisição de competências físicas, que serão de fundamental importância ao longo da sua carreira militar. Essas atividades físicas são realizadas de forma gradual e sistematizadas, visando ambientar os alunos às peculiaridades e exigências da vida militar (AVILA et al., 2013).

Corrida: compondo o desenvolvimento cardiopulmonar no Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350) a corrida é empregada na modalidade de corrida contínua, corrida variada e o treinamento intervalado aeróbio, objetivando os testes em que os alunos tem que correr 3.000 metros no menor tempo possível;

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Natação: também compõe o desenvolvimento cardiopulmonar no Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350), objetivando o teste em que os alunos devem nadar 50 metros no menor tempo possível;

Ginástica Básica (GB): compõe o desenvolvimento neuromuscular no Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350). É composta por exercícios calistênicos que trabalham a resistência muscular por meio de exercícios localizados de efeito geral;

Pista de Treinamento em Circuito (PTC): também compõe o desenvolvimento neuromuscular no Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350). É um circuito de carga fixa com repouso ativo que busca desenvolver as valências físicas de coordenação, resistência muscular localizada e resistência de força.

Na EsPCEx os alunos são divididos em três companhias que por sua vez são divididas em 5 pelotões cada. A distribuição dos alunos nos pelotões é feita de forma aleatória desde a sua chegada. As atividades de TFM são realizadas dentro das companhias, sempre acompanhadas de ao menos um oficial instrutor.

Diversos pesquisadores tem estudado o efeito do TFM e seus componentes sobre variáveis antropométricas, cardiovasculares e de desempenho. Moraes e colaboradores (2008), verificaram a influência da frequência semanal do treinamento intervalado aeróbico (TIA), previsto no manual C20-20, sobre a potência aeróbica de militares recém incorporados ao EB, concluindo que a execução do TIA mostrou melhora significativa na potência aeróbica, em todas as frequências de realização estudadas, uma, duas e três vezes por semana.

Vieira e colaboradores (2006) estudaram o efeito de oito semanas de TFM sobre o desempenho físico, variáveis cardiovasculares e somatório de dobras cutâneas de militares da força de paz do EB, concluindo que o TFM pode ter efeito sobre a redução do somatório de dobras cutâneas e na performance da corrida, além de causar um efeito positivo na flexão de braço.

Outro exemplo é Morgado e colaboradores (2016) que estudaram os efeitos do TFM nas características antropométricas e no desempenho físico de militares, mostrando que o TFM foi eficiente para preparar fisicamente o militar para o combate.

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Zamai e colaboradores (2019) observaram o efeito do TFM sobre o condicionamento físico dos recrutas do comando da 11ª Brigada de Infantaria Leve, concluindo que o TFM orientado possibilita modificações corporais e melhora o desempenho físico.

Cirolini (2018) verificou a influência do TFM na massa gorda e massa isenta de gordura em jovens militares da EsPCEx, observando que após oito meses foram observados nos alunos da EsPCEx incrementos significativos no conteúdo mineral ósseo e no tecido mole magro.

Segundo o Manual de Campanha do Exército Brasileiro - Treinamento Físico Militar (EB 20-MC-10.350) (2015), o teste de avaliação física (TAF) é o conjunto de testes físicos que tem por finalidade avaliar o desempenho físico individual do militar, segundo critérios estabelecidos em diretrizes específicas.

Na EsPCEx existem 3 TAF, o primeiro de forma formativa, realizado para conhecer o nível da aptidão física dos alunos e os próximos dois na forma somativa, os quais valem nota que compõe o universo de notas que definem a aprovação ou reprovação do aluno.

Alguns autores estudam o TAF como parâmetros de desempenho e para verificar o nível de capacidade física dos militares. Rocha e colaboradores (2008) estudaram a relação entre o nível de atividade física e desempenho no TAF de militares, encontrando que não há relação significativa entre a prática de atividade física e o desempenho no TAF do EB.

Ferreira Júnior e colaboradores (2016) pesquisaram as características antropométricas e o desempenho físico de soldados integrantes da tropa de choque, na qual o desempenho físico tem como referência, entre outros testes, o TAF. Os participantes do estudo apresentaram condicionamento aeróbico e resistência muscular localizada, de acordo com as exigências do TAF, porém características antropométricas, níveis de força muscular e potência anaeróbica inferiores aos atletas dos esportes considerados como referência.

Oliveira (2005) buscou verificar a validade do TAF do EB como instrumento para determinação das valências necessárias ao militar e concluiu que o TAF é válido para a determinação das valências necessárias ao militar, especialmente quanto à capacidade aeróbica, à força e à resistência muscular.

Oliveira (2005) também mostrou o TAF em diversos exércitos do mundo, como por exemplo, EUA, Inglaterra, Holanda, Bélgica, França, Israel, África do Sul, Chile e Argentina,

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todos com algumas peculiaridades e com diferenças claras entre si, como por exemplo a corrida, que pode variar de um quilômetro no exército de Israel até 10 quilômetros executado em um dos TAF do exército Holandês. Porém em todos os TAF a capacidade aeróbica, a força muscular e a resistência muscular foram sempre citadas como sendo componentes da mais alta importância.

2.2 Percepção subjetiva de esforço e recuperação

A PSE é definida por Nakamura e colaboradores (2010), como a resposta psicofísica gerada e memorizada no sistema nervoso central, decorrente dos impulsos neurais eferentes provenientes do córtex motor.

Borg (1982) propôs uma escala que varia de 6, correspondendo a intensidade muito, muito fraca, até 20, correspondendo a intensidade máxima, para calcular a PSE de uma sessão de treinamento.

Por ser de fácil aplicação e baixo custo, o método de PSE da sessão é largamente utilizado em diferentes modalidades, como basquetebol (NUNES et al., 2011; MOREIRA et al., 2010; ARRUDA et al., 2013; BORIN et al., 2007), futebol (FANCHINI et al., 2014; IMPELLIZZERI et al., 2004; MOURA; MIGUEL, 2016), futsal (FREITAS; MILOSKI; BARA FILHO, 2012), caratê (MILANEZ; PEDRO, 2012), natação (AISSA et al., 2018; WALLACE et al., 2008), tênis (COUTTS et al., 2010) e voleibol (HORTA et al., 2018; HORTA et al., 2017; FREITAS; MILOSKI; BARA FILHO, 2015).

O controle da carga utilizando a PSE é um método válido de quantificar o treinamento físico durante uma ampla variedade de exercícios físicos (FOSTER et al., 2001).

A maioria dos treinadores desportivos busca manipular o volume e a intensidade dos exercícios nos seus programas de treinamento, desta forma a medição independente do volume e intensidade pode não refletir verdadeiramente o estresse de treinamento imposto ao atleta (COUTTS et al., 2007).

O sucesso de um treinamento depende do monitoramento preciso da carga interna. Diversos parâmetros podem ser utilizados para avaliar a sobrecarga interna, como por exemplo, perfil hormonal (relação testosterona-cortisol), concentração de metabólitos (lactato e amônia), comportamento da frequência cardíaca (FC) e a PSE (NAKAMURA, et al., 2010).

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O objetivo na formação de atletas competitivos é fornecer carga de treinamento eficaz na melhoria do desempenho, e evitar a sobrecarga excessiva com uma recuperação inadequada (MEEUSEN, et al., 2006). O monitoramento preciso da carga do treinamento permitirá ao treinador avaliar se o estímulo de treinamento tem sido aplicado como pretendido e irá fornecer informações para o planejamento de treinamento futuro (COUTTS et al., 2007).

A carga de treinamento é o produto da PSE, verificada a partir da escala de Borg adaptada por Foster, pelo tempo de duração da sessão de treinamento em minutos, resultando na magnitude da carga interna, representado em unidades arbitrárias (u.a.) (NAKAMURA et al., 2010; FOSTER, 2001). Para isso a resposta do atleta não deve passar 30 minutos do fim da sessão, visto que segundo McGuigan e colaboradores (2008) é normal que em algum momento do treino a PSE seja diferente da atribuída 30 minutos após o fim do treinamento, pois apresenta um estresse agudo e momentâneo de um exercício ou pausa.

O método de monitoramento de carga proposto por Foster (2001) pode ser utilizado para maximizar os resultados do treinamento, garantindo um controle adequado do treinamento e monitorando as cargas internas do atleta em comparação com cargas pretendidas pelos treinadores (COUTTS et al., 2007).

Ainda, segundo Coutts e colaboradores (2007) as cargas de treinamento podem ser monitoradas de diferentes maneiras; no entanto recomenda o método proposto por Foster por causa de seu baixo custo, fácil entendimento e relativa simplicidade de implementação.

Segundo Kentta e Hassmém (1998), muitos métodos são utilizados para medir o processo de treinamento, mas poucos para medir o processo de recuperação do estresse provocado pelo treino. Uma dessas estruturas é chamada de Qualidade de Recuperação Total (QRT) que é uma escala baseada na escala de PSE Borg, enfatizando tanto a percepção de recuperação do atleta, quanto a importância de medidas ativas para a melhora do processo de recuperação, além da contribuição para o aumento do autoconhecimento do atleta.

A recuperação é definida como o processo de restabelecimento das capacidades fisiológicas, psicológicas e sociais (KELLMANN, 2010; MAESTU et al., 2006) e devido à importância dada ao assunto desse processo no desempenho dos atletas, estes e seus treinadores buscam um sistema de monitoramento da recuperação que possa ser incorporado diariamente

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às sessões, permitindo rápido acesso às informações sobre as variações no estado do atleta (KELLMANN, 2010).

Segundo Meeusen e colaboradores (2006), a associação de elevadas cargas de treinamento e recuperação inadequada pode resultar no surgimento de lesões, queda no rendimento, angústia, perturbação psicológica, distúrbios hormonais, overreaching não funcional e até mesmo overtraining.

O fator mais importante que leva treinos a obterem resultados negativos é a falha em incluir no treinamento um tempo de recuperação suficiente (KENTTA; HASSMEN, 1998).

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3 OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

Verificar o efeito do TFM em indicadores de desempenho físico de alunos da EsPCEx.

3.2 Objetivos Específicos

Comparar a carga de treinamento aplicado entre às companhias; Verificar a distribuição da carga por conteúdo aplicado no TFM;

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4 METODOLOGIA

4.1. Amostra

Participaram do estudo 305 alunos homens da EsPCEx, com idades entre 18 e 21 anos, com peso 72,3 ± 9,2 kg e altura 175,5 ± 6,3 cm, distribuídos da seguinte forma: 101 alunos na primeira companhia, com peso 73,3 ± 9,6 kg e altura 175,1 ± 6,3 cm, 108 alunos na segunda companhia, com peso 71,7 ± 8,8 kg e altura 175,5 ± 6,2 cm; e 96 alunos na terceira companhia, com peso 71,9 ± 9,1 kg e altura 176 ± 6,5 cm. Todos os alunos regularmente matriculados nesse estabelecimento de ensino passaram por uma avaliação médica prevista no edital de convocação do concurso de admissão, atestando a higidez física e a condição mínima para realizar o curso de formação de oficiais de carreira combatentes do EB. Foram excluídos os voluntários que participavam de alguma equipe esportiva representativa da Escola ou que apresentaram evidências clínicas de alterações cardíacas, pulmonares ou ortopédicas.

Após aprovado pelo Comitê de Ética, pelo parecer número 2.357.116, foi realizada uma reunião explicativa do projeto aos voluntários, bem como informado que não haveria despesas pessoais para participação da pesquisa e não haveria compensação financeira. Os participantes foram informados dos possíveis riscos envolvidos na pesquisa, conforme descrito no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os procedimentos do estudo respeitaram as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde (Res. 466/2012) envolvendo pesquisa com seres humanos.

4.2. Testes físicos

A condição física do aluno pode ser avaliada no decorrer do ano de instrução, no instante em que são aplicados os TAF. Exércitos de vários países adotam o TAF como parâmetro de desempenho para transformar em números o desempenho físico de seus integrantes, devido a confiabilidade e o grau de importância dos dados fornecidos (ARMY, 1992; MATIELLO JÚNIOR, GONÇALVES, 1997; OLIVEIRA, 2005).

Antes de iniciar o programa de treinamento, foi realizada uma avaliação diagnóstica (M0), na qual foi verificado a condição física inicial e como seria o treinamento a partir deste ponto. Depois de 12 semanas de TFM foi aplicada uma prova que integrava nota para passar de ano e prosseguir no curso (M1). Por fim, na 19ª, foi aplicado o M2, que também compunha grau para o prosseguimento ou não no curso de formação. O M0, M1 e M2 foram compostos pelos mesmos testes: a corrida de 3.000 metros, a natação estilo livre de 50 metros, a máxima

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repetição de flexão de braço, a máxima repetição de flexão de braço na barra fixa e a máxima repetição de flexão abdominal. Os alunos foram avaliados por uma mesma equipe, previamente treinada.

Protocolo dos testes:

Corrida de 3.000 metros: os alunos deveriam correr ou andar uma distância de 3.000 metros no menor tempo possível, podendo haver ou não interrupções ou modificações no ritmo da corrida. A execução da corrida ocorreu em um circuito de 1.000 metros com o piso asfaltado; Natação 50m: os alunos deveriam nadar 50 metros o mais rápido possível, utilizando o bloco de partida para o salto e o estilo livre, não podendo se apoiar nas bordas nem impulsionar o fundo da piscina. A execução da natação foi realizada em piscina olímpica de 50 metros;

Teste de repetição máxima de flexão de braços: com o intuito de realizar o máximo de flexões, em terreno plano, o aluno deveria se posicionar em decúbito ventral, apoiando o tronco e as mãos no solo, ficando as mãos ao lado do tronco com os dedos apontados para frente e os polegares tangenciando os ombros, permitindo assim, que as mãos ficassem com um afastamento igual à largura dos ombros. Deveria então erguer o tronco até que os braços ficassem estendidos, mantendo os pés unidos e apoiados no solo. Ao comando de iniciar o aluno deveria abaixar o tronco, quadril e as pernas ao mesmo tempo, flexionando os braços paralelamente ao corpo até que o cotovelo ultrapassasse a linha das costas ou o corpo encostasse no solo. Estenderia então, novamente os braços erguendo simultaneamente o tronco, quadril e as pernas até que os braços ficassem totalmente estendidos, quando era completada uma repetição. Não poderia haver interrupção na execução entre uma repetição e outra;

Teste de repetição máxima de flexão na barra: com o intuito de realizar o máximo de repetições válidas o aluno se posicionava sob a barra e deveria empunhá-la com a pegada em pronação. As mãos deveriam permanecer com um afastamento entre si correspondente à largura dos ombros e o corpo deveria estar estático. Após a permissão do avaliador o aluno deveria executar uma flexão de braços na barra até que seu queixo ultrapassasse completamente a barra, estando seu pescoço na posição anatômica, sem hiperextensão e, deveria descer o troco até que os cotovelos ficassem completamente estendidos, quando completaria uma repetição. O ritmo das flexões de braço na barra era opção do aluno;

Teste de repetição máxima de abdominal: com o intuito de realizar o máximo de repetições, o aluno deveria tomar a posição deitado em decúbito dorsal, joelhos flexionados, pés apoiados no solo, calcanhares próximos aos glúteos, braços cruzados sobre o peito, de forma que as mãos encostassem no ombro oposto (mão esquerda no ombro direito e mão direita no

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ombro esquerdo). O avaliador se posicionava ao lado do aluno, colocando os dedos de sua mão espalmada, perpendicularmente, sob o tronco do mesmo a uma distância de quatro dedos de sua axila, tangenciando o limite inferior da escápula. Esta posição era mantida durante toda a realização do exercício. Após a permissão do avaliador o aluno deveria realizar a flexão abdominal até que as suas costas perdessem o contato com a mão do avaliador e então retornar encostando os ombros no solo, quando completaria uma repetição. Não poderia haver interrupção na execução entre uma repetição e outra.

4.3. Desenho experimental

Conforme demonstrado na tabela 1, ao iniciar o TFM foi realizada uma avaliação diagnóstica (M0) que teve por objetivo verificar a condição física inicial dos alunos. Na semana seguinte (semana A) da avaliação diagnóstica foi realizada uma palestra com o intuito de apresentar a pesquisa com seus objetivos, levantar voluntários e promover sua familiarização com as tabelas das escalas que foram utilizadas. A próxima semana (semana B), foi utilizada como treinamento do preenchimento dos questionários e na semana seguinte, foram iniciadas as coletas, chamando de semana 01.

Cada sessão de TFM foi planejada pelos militares integrantes da Seção de Treinamento Físico Militar (STFM) da EsPCEx e conduzida pelos oficiais comandantes dos seus respectivos pelotões e companhias. Não houve interferência em nenhum momento por parte dos pesquisadores. Antes de iniciar a atividade propriamente dita, os alunos voluntários respondiam à pergunta: como está a qualidade de sua recuperação? Com base na escala de QTR proposta por Kentta e Hassmén (1998) que varia de 6 a 19, em que 19 corresponde a muito, muito bem recuperado e 6 corresponde a muito, muito pouco recuperado. E em até 30 minutos do final da atividade, ao retornarem aos alojamentos, respondiam à pergunta: como você percebeu o esforço da atividade física realizada? Com base na escala de PSE de Borg (1982) adaptado por Foster e colaboradores (2001), que varia de 0 a 10, em que 10 representa o esforço máximo e 0 um esforço muito, muito fraco. As sessões de TFM duravam de 60 minutos.

Após 12 semanas do início do TFM foi realizada a primeira avaliação corrente de TFM (M1), e na 19ª semana foi realizada a segunda e última avaliação corrente de TFM (M2) que juntas, por meio de uma média aritmética, compõem a nota de TFM de cada aluno. Essas notas são de grande importância na classificação final do curso, e por isso, mesmo que os alunos obtenham um resultado baixo em um dos testes, sempre buscam o máximo do seu desempenho nos demais. As semanas em que não houve atividade física não foram representadas.

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Tabela 1 – Desenho experimental do trabalho

4.4. Monitoramento da recuperação

Diariamente antes de iniciar a atividade física, seguindo protocolo proposto por Kentta e Hassmén (1998), por meio da escala QTR os alunos respondiam à pergunta: como está a qualidade de sua recuperação?

4.5. Monitoramento da carga interna de treinamento

Para calcular a carga interna da sessão de treinamento foi utilizado o método proposto por Foster e colaboradores (2001), no qual é multiplicado o tempo de duração da sessão de TFM pelo valor indicado pelo aluno, de 0 a 10, quando respondeu à questão, como você percebeu o esforço da atividade física realizada? Todos os dias que houve o TFM, em até 30 minutos do fim da atividade física, a pergunta era respondida sempre com a consulta a escala para que fosse respondido de forma fidedigna.

Com os dados colhidos por meio das respostas dos alunos, foi determinada a carga média da semana e sua variação (desvio padrão). Essas medidas foram utilizadas para o cálculo da monotonia (indicador de variação semanal). A monotonia, junto à carga total semanal (soma das diárias), foi utilizada para o cálculo do strain (índice de estresse aplicado ao aluno na semana). As seguintes fórmulas foram aplicadas (Foster et al., 2001):

Carga diária = PSE x duração da sessão diária em minutos; Carga semanal total = ∑ carga diária;

Carga semanal média = ∑ carga diária / ∑ dias de treinamento; Monotonia = carga semanal média / desvio padrão das cargas diárias;

Strain = Monotonia x carga semanal total.

DESENHO EXPERIMENTAL

SEMANA A SEMANA B SEMANA 1-12 TESTE SEMANA 13-19 TESTE M0 + Palestra Treinamento Coleta QTR + PSE M1 Coleta QTR + PSE M2

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4.6. Análise estatística

Os dados foram analisados com teste não-paramétrico de Kruskal-wallis (ZAR, 2009) para medidas descritivas da carga por conteúdo de treinamento. Ainda, foi aplicada a técnica de análise de variância para modelo de medidas repetidas em grupos independentes, complementado com o teste de comparações múltiplas de Bonferroni (JOHNSON E WICHERN, 2007), considerando nível de 5% de significância para verificar as medidas descritivas dos testes segundo companhia e momento de avaliação.

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5 RESULTADOS

A partir da coleta os dados são apresentados em três momentos: no momento 1 apresenta-se características dos conteúdos segundo companhias (tabelas 2, 3 e 4), no segundo momento verifica-se o comportamento das cargas de treinamento e da percepção da QTR por companhia (tabelas 5, 6, e 7) e no terceiro momento observa-se a comparação entre os momentos de avaliação segundo cada companhia (tabela 8 e gráficos 1, 2, 3, 4 e 5)

As tabelas 2, 3 e 4 apresentam a distribuição, em minutos, dos conteúdos do treinamento aplicado durante as 19 semanas de TFM disponíveis no ano de instrução.

Nas tabelas 5, 6, e 7 pode-se observar os valores da média e desvio padrão da carga semanal, da PSE da semana, da QTR da semana, da monotonia e do strain. As semanas foram numeradas cronologicamente.

Na tabela 2, que se refere à 1ª Companhia, nota-se que o conteúdo de resistência aeróbia associado ao de resistência de força, apresentou maior volume, em relação aos demais.

Na tabela 3, que se refere à 2ª Companhia, percebe-se que o conteúdo de resistência aeróbia associado ao de resistência de força, apresentou maior volume, comparado aos demais; e o conteúdo de resistência aeróbia e resistência de força, tiveram os menores volumes.

Na tabela 4, que se refere a 3ª Companhia, pode-se observar que o conteúdo de resistência aeróbia associado ao de resistência de força, apresentou maior volume, comparado aos demais; e o conteúdo de resistência de força apresentou o menor volume.

Na tabela 5, que se refere à 1ª Companhia, a carga semanal total variou de 110,8 u.a. na semana 7, até 1164,7 u.a. na semana 11. A média da PSE variou de 3,6 até 5,7 nas semanas 7 e 10, respectivamente. A média da QTR variou de 14,0 até 10,9 nas semanas 7 e 16.

Na tabela 6, que se refere à 2ª Companhia, a carga semanal total variou de 258,8 u.a. na semana 19, até 1.174,3 u.a. na semana 1. A média da PSE variou de 3,6 até 5,5 nas semanas 6 e 1 respectivamente. A média da QTR variou de 11,9 até 14,1 nas semanas 10 e 7.

Na tabela 7, que se refere à 3ª Companhia, a carga semanal total variou de 296,2 u.a. na semana 3, até 1342,7 u.a. na semana 11. A média da PSE variou de 4,2 até 7,4 nas semanas 1 e 13 respectivamente. A média da QTR variou de 12,0 até 15,1 nas semanas 10 e 13.

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Tabela 2 – Distribuição dos tempos segundo conteúdo de treinamento nas semanas da 1ª Companhia de Alunos. 1ª COMPANHIA SEMANAS CONTEÚDO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 TOTAL RES AERÓBIA (CORRIDA) 60 60 0 0 60 0 0 0 0 0 0 60 0 0 0 60 0 60 0 360 RES ANAERÓBIA (CORRIDA) 0 0 0 0 0 0 0 60 60 60 120 0 0 0 0 0 0 0 60 360 RES ANAERÓBIA (NATAÇÃO) 60 60 0 0 60 60 0 60 60 60 60 60 60 0 60 60 60 60 0 840 RESISTÊNCIA DE FORÇA 60 0 0 0 0 60 0 0 0 0 60 60 0 0 0 60 0 0 0 300

RES AERÓBIA E RES

DE FORÇA 60 60 60 60 60 0 60 60 60 60 60 60 0 120 60 0 60 60 0 960

TOTAL (MINUTOS) 240 180 60 60 180 120 60 180 180 180 300 240 60 120 120 180 120 180 60 2820

Tabela 3 - Distribuição dos tempos segundo conteúdo de treinamento nas semanas da 2ª Companhia de Alunos.

2ª COMPANHIA SEMANAS CONTEÚDO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 TOTAL RES AERÓBIA (CORRIDA) 60 60 0 0 60 0 60 0 0 0 0 60 0 0 0 60 0 0 0 360 RES ANAERÓBIA (CORRIDA) 0 0 0 0 0 0 0 60 60 60 120 60 0 0 0 0 0 60 0 420 RES ANAERÓBIA (NATAÇÃO) 60 60 0 60 60 0 0 60 60 60 60 60 0 60 0 60 0 60 0 720 RESISTÊNCIA DE FORÇA 60 0 0 0 0 60 0 0 0 0 60 0 0 0 0 60 0 60 60 360

RES AERÓBIA E RES

DE FORÇA 60 60 60 60 120 60 60 60 60 60 60 60 120 60 120 60 0 60 0 1200

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Tabela 4 - Distribuição dos tempos segundo conteúdo de treinamento nas semanas da 3ª Companhia de Alunos. 3ª COMPANHIA SEMANAS CONTEÚDO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 TOTAL RES AERÓBIA (CORRIDA) 60 0 0 0 60 0 60 0 0 0 0 60 0 0 0 60 0 60 0 360 RES ANAERÓBIA (CORRIDA) 0 0 0 0 0 0 0 0 120 120 120 60 0 0 0 0 0 60 60 540 RES ANAERÓBIA (NATAÇÃO) 60 60 60 60 60 60 0 60 60 0 60 60 0 60 60 60 0 60 0 840 RESISTÊNCIA DE FORÇA 60 0 0 0 0 0 0 0 0 0 60 60 0 0 0 0 0 0 0 180

RES AERÓBIA E RES

DE FORÇA 60 120 0 60 120 60 60 60 60 60 60 0 60 120 60 60 0 0 0 1020

TOTAL (MINUTOS) 240 180 60 120 240 120 120 120 240 180 300 240 60 180 120 180 0 180 60 2940

Tabela 5 - Descrição das características nas semanas de treinamento da 1ª Companhia de Alunos

1ª COMPANHIA SEMANAS

CONTEÚDO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

MÉDIA PSE SEMANAL 4,7 ± 1,1 4,5 ± 1,6 5,1 ± 2,3 5,6 ± 3,2 5,2 ± 1,9 4,0 ± 2,2 3,6 ± 2,0 5,2 ± 1,8 ±2,4 4,3 5,7 ± 2,1 5,0 ± 1,9 4,9 ± 1,7 4,8 ± 1,7 3,9 ± 1,9 4,3 ± 1,5 5,3 ± 2,3 5,2 ± 1,9 4,2 ± 1,9 4,8 ± 1,1 MÉDIA CARGA SEMANAL TOTAL 1030,3 ± 379,4 744,5 ± 215,2 305,4 ± 140,4 338,7 ± 191,9 933,1 ± 268,1 480,0 ± 199,4 110,8 ± 61,8 705,5 ± 205,1 596,2 ± 294,0 788,2 ± 334,1 1164,7 ± 325,4 1018,3 ± 267,3 286,9 ± 103,1 464,0 ± 200,9 519,0 ± 173,3 737,8 ± 259,6 625,7 ± 155,6 593,8 ± 175,2 288,0 ± 65,7 MONOTONIA 2,6 ± 1,6 3,4 ± 2,5 0,0 0,0 3,5 ± 2,4 2,7 ± 1,9 0,0 1,8 ± 1,5 1,6 ± 1,2 2,5 ± 2,7 1,6 ± 1,2 2,4 ± 2,3 0,0 2,0 ± 1,9 4,0 ± 2,6 1,4 ± 1,5 3,8 ± 2,7 1,4 ± 1,1 0,0 STRAIN 2784,0 ± 1 904,8 2602,7 ± 2231,3 0,0 0,0 3343,5 ± 3153,9 1402,8 ± 1232,4 0,0 1320,7 ± 1370,7 1042,5 ± 993,1 2431,2 ± 3436,7 1966,6 ± 1725,9 2646,6 ± 3102,8 0,0 994,7 ± 1040,8 2197,7 ± 1682,6 1165,5 ± 1514,8 2451,4 ± 1899,8 876,7 ± 839,7 0,0 MÉDIA QTR SEMANAL 13,1 ± 2,5 12,9 ± 2,4 ± 2,9 12,7 ± 3,0 12,8 12,8 ± 2,6 13,6 ± 2,9 ± 2,9 14,0 13,4 ± 3,1 12,4 ± 2,9 11,4 ± 2,8 12,7 ± 2,6 12,9 ± 2,7 ± 3,0 13,5 13,4 ± 2,7 13,4 ± 2,8 10,4 ± 3,0 10,8 ± 3 13/,1 ± 2,7 12,4 ± 3,0

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Tabela 6 - Descrição das características nas semanas de treinamento da 2ª Companhia de Alunos

2ª COMPANHIA SEMANAS

CONTEÚDO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

MÉDIA PSE SEMANAL 5,5 ± 2,3 4,9 ± 1,8 4,8 ± 2,0 4,9 ± 1,8 4,6 ± 1,5 3,6 ± 1,5 5,1 ± 0,7 4,8 ± 1,8 4,7 ± 1,6 5,1 ± 1,9 4,8 ± 1,6 4,7 ± 1,6 4,2 ± 1,8 5,1 ± 1,8 4,6 ± 1,9 4,2 ± 2,1 0,0 4,7 ± 1,5 4,3 ± 2,5 MÉDIA CARGA SEMANAL TOTAL 1174,3 ± 347,0 781,4 ± 262,8 289,6 ± 119,3 586,9 ± 165,4 900,0 ± 224,2 436,8 ± 144,0 617,1 ± 45,4 752,1 ± 251,4 687,9 ± 213,1 700,7 ± 278,6 1138,3 ± 352,7 953,1 ± 268,0 506,5 ± 185,2 612,4 ± 161,7 557,7 ± 175,8 726,4 ± 268,5 0,0 950,0 ± 203,8 258,8 ± 148,2 MONOTONIA 2,7 ± 2,3 3,4 ± 3,1 0,0 3,2 ± 2,1 1,8 ± 1,2 2,2 ± 1,7 4,5 ± 2,9 3,0 ± 2,9 2,4 ± 2,4 2,1 ± 2,3 2,4 ± 2,1 2,4 ± 2,1 2,8 ± 2,6 2,4 ± 2,3 2,9 ± 2,2 1,4 ± 0,5 0,0 2,2 ± 1,3 0,0 STRAIN 3327,7 ± 3397,3 2958,2 ± 3179,4 0,0 1960,3 ± 1507,2 1706,4 ± 1482,2 1028,6 ± 896,9 2808,2 ± 1881,6 2533,8 ± 3007,0 1846,4 ± 2099,9 1846,2 ± 2920,7 2945,7 ± 3128,9 2537,0 ± 2929,2 1490,7 ± 1644,4 1449,3 ± 1501,0 1645,6 ± 1452,6 1012,1 ± 483,9 0,0 2079,3 ± 1327,2 0,0 MÉDIA QTR SEMANAL 13,6 ± 2,2 12,9 ± 2,3 13,8 ± 2,2 13,0 ± 2,7 13,0 ± 2,4 13,5 ± 2,4 14,1 ± 2,3 13,5 ± 2,4 13,0 ± 2,0 11,9 ± 2,5 13,1 ± 2,3 13,1 ± 1,7 13,1 ± 2,5 13,5 ± 2,2 13,3 ± 2,4 11,4 ± 2,3 0,0 12,6 ± 2,3 13,5 ± 3,0 Tabela 7 - Descrição das características nas semanas de treinamento da 3ª Companhia de Alunos

3ª COMPANHIA SEMANAS

CONTEÚDO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

MÉDIA PSE SEMANAL 4,2 ± 1,5 5,3 ± 1,8 4,9 ± 1,9 5,3 ± 1,8 5,2 ± 2,3 5,2 ± 2,0 5,0 ± 1,7 5,5 ± 1,6 6,1 ± 2,0 6,4 ± 1,8 5,4 ± 1,6 5,5 ± 1,6 7,4 ± 2,0 5,4 ± 1,8 4,5 ± 1,5 5,0 ± 1,6 0,0 5,6 ± 0,5 6,2 ± 2,0 MÉDIA CARGA SEMANAL TOTAL 890,0 ± 253,5 891,9 ± 247,8 296,2 ± 116,0 630,7 ± 168,6 1078,6 ± 290,5 620,9 ± 166,6 600,0 ± 173,4 660,0 ± 155,7 1154,3 ± 337,2 925,0 ± 322,4 1342,7 ± 334,6 1096,2 ± 279,2 445,9 ± 122,1 855,4 ± 255,9 540,0 ± 142,6 750,0 ± 262,4 0,0 805,3 ± 235,2 371,1 ± 119,9 MONOTONIA 2,4 ± 1,7 3,1 ± 2,4 0,0 2,8 ± 2,7 1,6 ± 0,9 2,3 ± 1,8 2,1 ± 2,2 3,1 ± 3,0 2,0 ± 1,3 3,5 ± 4,4 2,2 ± 1,4 2,9 ± 2,7 0,0 3,7 ± 2,9 3,2 ± 2,8 2,0 ± 1,8 0,0 2,2 ± 1,7 0,0 STRAIN 2255,2 ± 1833,5 2956,9 ± 2848,7 0,0 1928,0 ± 2183,1 1811,2 ± 1319,5 1449,7 ± 1509,4 1116,1 ± 1133,2 2108,6 ± 2451,3 2302,0 ± 1614,8 4118,6 ± 6648,8 3166,9 ± 2376,4 3392,5 ± 3502,7 0,0 3372,1 ± 3027,3 1872,1 ± 2053,7 1668,0 ± 1855,8 0,0 1993,8 ± 1928,8 0,0 MÉDIA QTR SEMANAL 14,0 ± 2,5 13,7 ± 2,5 ± 2,7 13,6 13,6 ± 2,1 12,8 ± 2,8 14,0 ± 2,5 13,3 ± 2,4 13,9 ± 2,1 12,9 ± 2,3 12,0 ± 2,5 13,4 ± 2,1 13,5 ± 2,2 ± 2,5 15,1 13,3 ± 2,5 13,7 ± 1,9 12,3 ± 2,5 0,0 12,6 ± 2,2 ± 2,3 13,7

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A tabela 8 apresenta a média e desvio padrão dos resultados dos testes aplicados, por companhia segundo momentos de avaliação. Ao observar o teste de corrida segundo companhias verifica-se a comparação entre M0, M1 e M2 e ao observar os momentos segundo cada companhia verifica-se a comparação dos respectivos resultados durante cada momento de avaliação.

No teste corrida os valores de M0, M1 e M2 das três companhias apresentam diferenças estatisticamente significante (P<0,05), e nos momentos de avaliação entre as companhias não há diferença estatisticamente significante (P>0,05).

No teste flexão de braço, entre os momentos de avaliação, todas as companhias apresentaram diferença significante. Ainda M0 e M1 entre as companhias não houve diferença significante, e em M2 a 2ª companhia apresentou resultado diferente estatisticamente da 1ª companhia, e a 3ª companhia não apresentou diferença estatística em relação a 1ª e a 2ª companhias.

No teste barra fixa os valores de M0, M1 e M2 das três companhias apresentam diferença estatisticamente significante, e nos momentos de avaliação entre as companhias não há diferença estatisticamente significante.

No teste de abdominal todas as companhias apresentaram diferença significante entre os momentos; em M1 e M2 entre as companhias não houve diferença significante; em M0 a 1ª companhia apresentou resultado diferente estatisticamente da 2ª companhia, e a 3ª companhia não apresentou diferença estatística em relação a 1ª e a 2ª companhias.

No teste natação os valores de M0, M1 e M2 das três companhias apresentam diferença estatisticamente significante, mas nos momentos de avaliação entre as companhias não há diferença estatisticamente significante.

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Tabela 8 - Medidas descritivas dos testes segundo companhia e momento de avaliação.

TESTE CIA MOMENTOS DE AVALIAÇÃO

Resultado do teste estatístico entre os momentos M0 M1 M2 CORRIDA (segundos) 1ª 796,1 (51,7) a C 729,3 (37,8) a B 722,4 (39,5) a A p<0,05 2ª 792,9 (52,0) a C 728,3 (35,4) a B 718,1 (41,5) a A p<0,05 3ª 800,3 (67,1) a C 728,7 (35,4) a B 726,9 (40,2) a A p<0,05 Resultado do teste estatístico

entre as cias p>0,05 p>0,05 p>0,05 FLEXÃO DE BRAÇO (repetição) 1ª 27,2 (5,8) a A 33,6 (4,3) a B 37,1 (3,8) b C p<0,05 2ª 28,6 (5,9) a A 32,4 (5,1) a B 35,6 (4,3) a C p<0,05 3ª 26,9 (6,3) a A 33,5 (4,8) a B 36,4 (4,2) ab C p<0,05 Resultado do teste estatístico

entre as cias p>0,05 p>0,05 p<0,05 BARRA FIXA (repetição) 1ª 7,8 (2,9) a A 10,0 (2,2) a B 11,1 (2,5) a C p<0,05 2ª 7,8( 2,7) a A 9,9 (2,3) a B 11,5 (2,1) a C p<0,05 3ª 8,3 (3,1) a A 9,9 (2,1) a B 10,9 (2,5) a C p<0,05

Resultado do teste estatístico

entre as cias p>0,05 p>0,05 p>0,05

ABDOMINAL (repetição)

1ª 56,7 (20,5) a A 76,6 (8,7) a B 84,1 (3,8) a C p<0,05 2ª 63,1 (13,9) b A 76,5 (8,0) a B 84,1 (4,2) a C p<0,05 3ª 62,3 (15,8) ab A 76,8 (6,6) a B 83,9 (3,6) a C p<0,05 Resultado do teste estatístico

entre as cias p<0,05 p>0,05 p>0,05 NATAÇÃO (segundos) 1ª 47,9 (10,3) a C 43,7 (8,4) a B 41,7 (6,2) a A p<0,05 2ª 46,8 (11,6) a C 43,0 (7,3) a B 40,4 (5,5) a A p<0,05 3ª 49,6 (13,5) a C 42,6 (7,8) a B 40,8 (6,5) a A p<0,05 Resultado do teste estatístico

entre as cias p>0,05 p>0,05 p>0,05

a., b., c. - Na comparação entre companhias em cada momento, duas médias seguidas de pelo menos uma mesma letra minúscula não diferem entre si, p<0,05. A., B., C. - Na comparação entre os momentos em uma mesma companhia, duas médias seguidas de pelo menos uma mesma letra maiúscula não diferem entre si, p<0,05.

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Os gráficos a seguir mostram a evolução dos alunos nos diferentes momentos avaliados tendo como referência os valores obtidos em M0 nos percentis (P95, P75, P50, P25 e P5).

Nota-se no gráfico 1 que em M0 5% dos alunos correram menos de 702,8s, em M1 a porcentagem aumentou para 23,6% e em M2 para 26,1%; 20% dos alunos correu entre 702,8s e 757,4s, em M1 o valor aumentou para 55,5% e em M2 para 54,7%. Em M0 25% dos alunos correram de 790,0 a 834,6s, em M1 essa porcentagem diminuiu para 2,8% e em M2 aumentou para 3,1%. 20% dos alunos correram entre 834,6s e 889,2s em M0, em M1 0,2% e em M2 0,3%. Em M0 5% dos alunos correram em mais de 889,2s e em M1 e 2 nenhum aluno correu acima desse tempo.

Gráfico 1 – Distribuição percentual dos alunos segundo resistência aeróbia - corrida

No gráfico 2 observa-se que 5% dos alunos realizaram mais de 37,4 movimentos de flexão de braço, em M1 esse valor aumentou para 18,40% e em M2 para 40,50%. 20% dos alunos realizaram entre 31,7 e 37,4 movimentos em M0, em M1 43% e em M2 47%. Em M0 25% dos alunos realizaram de 27,6 a 31,7 movimentos, sendo que em M1 e M2 esses valores foram de 26,10% e 10,90% respectivamente. Vinte e cinco por cento dos alunos realizou em M0 de 23,5 a 27,6 movimentos, 10,20% dos alunos em M1 realizaram o mesmo número de movimentos e 1,50% em M2 realizaram a mesma quantidade de movimentos. Em M0 e em M1 20% e 2,30% dos alunos realizaram de 17,9 a 23,5 flexões. Em M0 5% dos alunos realizaram menos de 17,9 repetições, e em M1 e M2 nenhum aluno realizou menos de 17,9 repetições.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% M0 M1 M2 5% 23,6% 26,1% 20% 55,5% 54,7% 25% 17,9% 15,8% 25% 2,8% 3,1% 20% 0,2% 0,3% 5% Mais que 889,2s De 834,6s até 889,2s De 796,0 até 834,6s De 757,4s até 796,0s De 702,8s até 757,4s Até 702,8s

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Gráfico 2 Distribuição percentual dos alunos segundo resistência de força – flexão de braço

No gráfico 3 nota-se que em M0, M1 e M2: 5%, 9,40% e 25,10% dos alunos respectivamente realizaram mais que 12,8 repetições de barra fixa. Vinte por cento, 40,6% e 45% dos alunos em M0, M1 e M2 respectivamente realizaram entre 9,9 e 12,8 repetições. Em M0 25% dos alunos realizaram entre 8,0 e 9,9 movimentos, e em M1 e M2 esses níveis foram de 30,50% e 20,30% respectivamente. Entre os que fizeram entre 6,0 e 8,0 movimentos encontram-se 25% em M0, 15,70 em M1 e 7,70% em M2. 20% realizaram de 3,2 a 6,0 movimentos em M0, 3,70% em M1 e 7,70 em M2. Cinco por cento dos alunos em M0 realizaram menos de 3,2 e em M1 e M2 nenhum aluno realizou menos que 3,2 movimentos.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% M0 M1 M2 5% 20% 2,30% 25% 10,20% 1,50% 25% 26,10% 10,90% 20% 43% 47% 5% 18,40% 40,50% Mais que 37,4 De 31,7 até 37,4 De 27,6 até 31,7 De 23,5 até 27,6 De 17,9 até 23,5 Até 17,9

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Gráfico 3- Distribuição percentual dos alunos segundo resistência de força – barra fixa.

No gráfico 4 pode-se observar que em M0, M1 e M2: 5,0%, 6,2% e 11,9% dos alunos respectivamente realizaram mais que 88,7 abdominais. Entre os que realizaram 72,3 e 88,7 movimentos, 20,0% foi em M0, 65,0% em M1 e 87,9% em M2. Vinte e cinco por cento em M0 realizaram entre 60,7 e 72,3 movimentos, 26,8% em M1 e 0,2% em M2. Em M0 ainda 25,0% dos alunos realizaram entre 49,1 e 60,7 abdominais e 5,0% fizeram até 32,7 repetições.

Gráfico 4 - Distribuição percentual dos alunos segundo resistência de força-abdominal 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% M0 M1 M2 5% 20% 3,70% 1,50% 25% 15,70% 7,70% 25% 30,50% 20,30% 20% 40,6% 45% 5% 9,40% 25,10% Mais que 12,8 De 9,9 até 12,8 De 8,0 até 9,9 De 6,0 até 8,0 De 3,2 até 6,0 Até 3,2 0% 20% 40% 60% 80% 100% M0 M1 M2 5,0% 20,0% 25,0% 2,0% 25,0% 26,8% 0,2% 20,0% 65,0% 87,9% 5,0% 6,2% 11,9% Mais que 88,7 De 72,3 até 88,7 De 60,7 até 72,3 De 49,1 até 60,7 De 32,7 até 49,1 Até 32,7

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No gráfico 5, que representa a distribuição no teste de natação, 5% dos alunos realizaram em M0 em mais que 67,4s. Em M0, 20% dos alunos realizaram entre 56,0 e 67,4s e em M1 4,80%. Entre 48,0 e 56,0s em M0 ficaram 25% dos alunos, em M1 21,50% e em M2 11,30%. Em M0 25% dos alunos realizaram entre 40,0 e 48,0s; em M1 42,40% e em M2 44,10%. Em M0 20% dos alunos realizaram o teste entre 28,6s e 40,0s; em M1 28,8% e em M2 42% dos alunos. Em M0 5% dos alunos realizaram o teste em até 28,6s; em M1 3,10% e em M2, 2%.

Gráfico 5 - Distribuição percentual dos alunos segundo resistência anaeróbia - natação.

A partir dos resultados obtidos, resumidamente os dados apontam para: i) em relação ao conteúdo do treinamento houve predomínio da resistência aeróbia associado a resistência de força, representando 34,04% na 1ª companhia, 39,21% na 2ª companhia e 34,19% na 3ª companhia; ii) em todas as companhias, todos os testes propostos obtiveram uma melhora no desempenho, com uma diferença estatística significante e de magnitude semelhante entre si; iii) a distribuição da carga mostrou-se ondulatória mesclando cargas altas, baixas e moderadas, semelhante ao encontrado na literatura.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% M0 M1 M2 5% 3,10% 2% 20% 28,10% 42% 25% 42,40% 44,10% 25% 21,50% 11,30% 20% 4,80% 5% Mais que 67,4s De 56,0s até 67,4s De 48,0s até 56,0s De 40,0s até 48,0s de 28,6s até 40,0s Até 28,6s

(37)

6 DISCUSSÃO

A partir dos dados obtidos e os objetivos propostos a presente discussão se apresenta em três direções: quanto ao conteúdo aplicado, desempenho nos testes e a distribuição da carga aplicada.

Particularmente nota-se que o conteúdo resistência aeróbia associado ao conteúdo resistência de força apresentou o maior volume aplicado em relação às demais capacidades. Esse dado pode ser justificado pela tentativa de otimização do tempo disponível para o desenvolvimento das capacidades para uma melhora no desempenho dos indivíduos nos testes M1 e M2, tendo em vista o tempo limitado de 60 minutos.

Com relação a CST, o presente trabalho encontrou uma dinâmica ondulatória semelhante nas três companhias estudadas, corroborando com princípios básicos da periodização do treinamento esportivo, como pode-se observar nas afirmações de Matveev (1977) Verkhoshanski (1990) e Frankel e Kravitz (2001). Esse comportamento ondulatório também foi percebido em diversas modalidades como, por exemplo, no futsal (MILOSKI; FREITAS, BARA FILHO, 2012), triathlon (MUJIKA, 2014), ciclismo (DELATTRE et al., 2006), voleibol (FREITAS; MILOSKI; BARA FILHO, 2015), basquetebol (MANZI et al., 2010), ginástica rítmica (DEBIEN, 2016) e futebol feminino (MARA et al., 2015).

A variação encontrada na CST na primeira companhia foi de 110,8 u.a. até 1.164,7 u.a., na segunda companhia foi de 258,8 u.a. até 1.174,3 u.a. e na terceira companhia foi de 296,2 u.a. até 1.342,7 u.a., todas com valores próximos mostrando semelhança entre elas. Já Miloski e colaboradores (2012), no estudo de monitoramento de carga interna de treinamento em jogadores de futsal, encontraram a variação de 440 u.a. até 3.215 u.a. Manzi e colaboradores (2010) estudando o perfil da carga de treinamento semanal de atletas de basquetebol de elite, encontrou uma CST entre 2.791 u.a. e 3.334 u.a. Debien (2016), em sua pesquisa sobre monitoramento da carga de treinamento na ginástica rítmica encontrou valores de 10.379 u.a. até 21.012 u.a., maiores valores encontrados na literatura pesquisada. Nogueira e colaboradores (2015) em seu trabalho, comparou os diferentes parâmetros de controle da carga interna e externa de treinamento, recuperação e rendimento em atletas de natação, e encontrou valores que variam de 1.226,9 u.a. até 3.123,3 u.a. Os valores, tanto os mínimos quantos os máximos, do presente trabalho são menores que os valores dos estudos abordados.

Verifica-se que quando comparados os resultados em cada teste, em cada momento e entre as companhias, não há diferença estatisticamente significante; apenas no momento M2 na flexão de braço e no momento M0 no abdominal. Entretanto, todas as companhias tiveram

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diferença significante quando comparados os momentos do teste, evidenciando uma melhora uniforme independente de grupamento em que pertencia o indivíduo. Desta forma podemos abordar os alunos como um grupo uniforme, não os diferenciando por companhia.

Com relação a evolução do desempenho na corrida de 3.000 metros, a presente pesquisa encontrou uma evolução de 796,1s para 722,4s, ou seja, uma melhora de 9,3% pela 1ª Companhia; de 792,9s para 718,1s denotando uma melhora de 9,5% pela 2ª Companhia; e de 800,3s para 726,9s pela 3ª Companhia, evidenciando uma melhora de 9,2%.

Uma evolução maior foi encontrada por Rodrigues (2017) no estudo “TFM de adultos jovens: efeitos sobre a composição corporal e aptidão física”. Foi relatada uma diferença de 2.336,12m para 2.719,80m na corrida de doze minutos em oito semanas de treinamento, cerca de 14,1% de melhora do desempenho.

Evolução semelhante foi encontrada por Moraes e colaboradores (2008) no trabalho sobre a influência da frequência semanal do treinamento intervalado aeróbico (TIA), previsto no manual C20-20, sobre a potência aeróbica de militares recém incorporados ao EB. No grupo que executou três vezes o TIA houve diferença de 2.805m para 3.010m, evolução de 6,9%. No grupo que executou duas vezes o TIA houve diferença de 2.810m para 3.060m, uma evolução de 8,2%; e no grupo que executou uma vez o TIA houve diferença de 2.830m para 3.027m, uma evolução de 6,6%. Os três grupos foram observados durante seis semanas de treinamento. Evolução inferior foi relatada por Morgado e colaboradores (2016) na pesquisa sobre o efeito do TFM nas características antropométricas e no desempenho físico de militares. Os autores encontraram uma melhora de 2.820,3m para 2.918,5m percorridos em 12 minutos em 18 semanas de treinamento, uma evolução de 3,4%. Vieira e colaboradores (2006) no trabalho sobre o efeito de oito semanas de TFM sobre o desempenho físico, variáveis cardiovasculares e somatório de dobras cutâneas de militares de forças de paz do EB, encontraram uma variação de 2.636,7m para 2.703,3m percorridos também em 12 minutos, uma evolução de 2,5%. Santos e colaboradores (2005) em seu trabalho sobre a influência do treinamento combinado de força e endurance nas respostas de TAF de militares do 14º GAC, encontraram uma diferença na distância percorrida em 12 minutos de 2.850m para 2.928m em 8 semanas de treinamento, uma evolução de 2,7%.

Morelli Junior (2008) aponta sobre a avaliação das alterações dos indicadores de desempenho de pentatletas da Academia da Força Aérea Brasileira, durante macrociclo de treinamento em 2007, em que relata um decréscimo no desempenho na corrida em 12 minutos de 3.204m para 3.184m em 18 semanas, uma diferença de 0,7%.

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Com relação a evolução do desempenho no teste da flexão de braço no solo, a presente pesquisa encontrou uma evolução de 9,9 flexões na 1ª Companhia, 7 flexões na 2ª Companhia e de 9,5 flexões na 3ª companhia.

Análogo aos resultados do presente trabalho, Rodrigues (2017) relatou uma evolução de 8,48 flexões em 8 semanas de treinamento.

De forma similar ao presente estudo, entretanto com uma menor evolução, Morgado e colaboradores (2016) relataram uma melhora de 4,2 flexões em 18 semanas de treinamento. Vieira e colaboradores (2006) relataram evolução de 3,6 flexões em 8 semanas de treinamento. Santos e colaboradores (2005) relataram um ganho de 3,3, flexões em 8 semanas de treinamento.

Com relação a evolução do desempenho no teste da flexão na barra fixa, a presente investigação observou uma evolução de 3,3 repetições na 1ª Companhia, de 3,7 repetições na 2ª Companhia e 2,6 repetições na 3ª companhia.

Corroborando com o presente trabalho, Morgado e colaboradores (2016) descreveram uma evolução de 1,5 repetições. Santos e colaboradores (2005) relataram uma melhora de 1,2 repetições após 8 semanas de treinamento. Rodrigues (2017) explanou uma evolução de 2,12 repetições após 8 semanas de treinamento.

Já Vieira e colaboradores (2006), relataram uma manutenção dos resultados pré e pós 8 semanas de treinamento.

Na variável abdominal, a pesquisa encontrou uma evolução de 27,4 repetições na 1ª Companhia, de 21 repetições na 2ª Companhia e de 21,6 repetições na 3ª companhia. Aproximando dos achados do presente estudo, Rodrigues (2017) relatou uma evolução de 14,14 repetições.

Com evolução, porém com menor amplitude, Morgado e colaboradores (2016) relataram uma evolução de 1,8 repetições. Santos e colaboradores (2005) observaram evolução de 3,4 repetições. Vieira e colaboradores (2006) descreveram uma evolução de 2,4 repetições.

No teste de natação, o presente estudo observou a evolução do desempenho que se segue: na 1ª Companhia de 47,9s para 41,7s, uma evolução de 12,9%; na 2ª Companhia de 46,8s para 40,4s, evolução de 13,6%; e na 3ª Companhia de 49,6s para 40,8s, uma evolução de 17,7%.

A EsPCEx é um estabelecimento de ensino no qual ingressam alunos com diferentes habilidades esportivas, portanto, há grande disparidade no conhecimento e desenvolvimento na natação. Participaram da pesquisa alunos que em M0 não eram capazes de atravessar a piscina

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