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Tecnologias da geoinformação e comunicação assistivas e inclusivas aplicadas as práticas pedagógicas na educação especial

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Academic year: 2021

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TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ASSISTIVAS

E INCLUSIVAS APLICADAS AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA

EDUCAÇÃO ESPECIAL

JOHAN, Redner Universidade Federal do Ceará (UFC) rednerjohan@alu.ufc.br COELHO, Fabrício Rodrigues Universidade Federal do Ceará (UFC)

fabriciocoelho2401@gmail.com Eixo temático 8: Políticas públicas e suas modalidades

RESUMO

A aplicabilidade das novas tecnologias da geoinformação e comunicação na contextualização da Educação Especial na perspectiva inclusiva, cooperam para facilitar as relações de percepção de mundo, indicando o acesso igualitário aos conhecimentos que são força motriz no processo de formação do Ser humano. O amplo paiol dos apetrechos geotecnológicos, atrelado às novas propostas didáticas, motivam uma rede de apoio entre familiares, professores, e gestores pedagógicos, expandindo a esfera escolar e encorajando relações de unidade social.

Palavras-chave: Tecnologias assistivas. Geotecnologias. Inclusão. Educação especial.

1 INTRODUÇÃO

A incrível potência do ser humano em procurar soluções que de início, se compunha apenas de arsenais limitados e restrito acesso à escrita e números, em contrapartida da sua inexorável capacidade de observação do meio espacial, tornaram-se uma força motriz na propulsão dos desenvolvimentos e instrumentos geotecnológicos. De uma maneira geral, Rosa (2005, p. 81) revela que as geotecnologias são um conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informações com referência geográfica. Dentre as geotecnologias podemos destacar: sistemas de informação geográfica, cartografia digital, sensoriamento remoto, sistema de posicionamento global e a topografia.

A educação brasileira no período de redemocratização, através da Constituição de 1988, delineou um cenário desafiador no que diz respeito às perspectivas pedagógicas contemporâneas, abrindo futuros caminhos para a inserção das tecnologias no âmbito estudantil. No artigo 206, a Carta Magna explicita como um dos princípios para a educação no Brasil, “[...] a gestão democrática do ensino público.” Por este ângulo, a Lei de Diretrizes

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mais amplas e inclusivas. Onde, “o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.” (BRASIL, 1996).

Em 2001, despontam as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, no qual seu artigo 227 põe se destaca como vanguarda na valorização das diferenças. Além disso, o público-alvo desta modalidade pedagógica conforme estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva no Decreto N.6.571/2008, considera que tanto alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento, quanto Alunos com Deficiência, precisam ser valorizados e vistos com atenção especial.

A ideia da inclusão é mais do que somente garantir o acesso à entrada de alunos e alunas nas instituições de ensino. O objetivo é eliminar obstáculos que limitam a aprendizagem e participação discente no processo educativo. De modo geral, “o termo educação inclusiva supõe a disposição da escola em atender a diversidade total das necessidades de cada aluno nas escolas comuns.” (SARTORETTO; BERSCH, 2018). Desta forma, ao examinar estes contrastes, Rodrigues (2017) defende que a inclusão promove a diversidade.

A urgente inevitabilidade de uma gestão participativa que possa integrar a construção de uma Escola Inclusiva se dá em um talhe mais homogêneo, por meio da aplicação das Tecnologias Assistivas, um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida, o mais independente possível e inclusão. Na escola, pode se entender como sendo os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localização, a sinalização, o mobiliário que atenda às necessidades posturais, entre outros (SARTORETTO; BERSCH, 2018).

A escola também assume esse papel importante em manter, por exemplo, um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais que consiste em um amparo suplementar que “ proporcionando um ensino adaptado e diferente para todos, no qual os estudantes possam ter condições de aprender ludicamente, segundo suas próprias capacidades, sem discriminações e segregações.” (ROPOLI et al., 2010).

Nesse contexto, a Geografia se apresenta como importante ferramenta capaz de favorecer as Tecnologias Assistivas em consonância com as Tecnologias da Geoinformação, objetivando contribuir de forma significativa e dinâmica para o desenvolvimento de novos métodos capazes de ampliar o saber no cotidiano vivido pelo estudante, através de

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formas interativas de analisar o espaço geográfico e suas especificidades, sem precisar “sair” da sala de aula.

Em 2011, o Governo Federal decreta o plano de Atendimento Educacional Especializado (AEE) com o intuito de endossar a eliminação de empecilhos no processo de escolarização dos estudantes com deficiência, proporcionando um panorama “[...] que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.” (SEESP/MEC, 2008).

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) em parceria com as Tecnologias Assistivas, atentam ao princípio que, o primeiro passo para realizar uma aula especializada não é “taxar” e nem descrever a deficiência do aluno, mas é partir de sua realidade para construir uma nova forma de ensinar.

2 OBJETIVOS

Especificamente, para atingir os objetivos traçados, o intento é conceber dinâmicas nas técnicas de mapeamento e localização, tendo como foco o desenvolvimento nas dimensões cognitivas, socioafetivas e da comunicação, fazendo uso de:

a) softwares para a produção de mapas digitais, incentivando a percepção na localização de sua casa, parque ou algum ambiente que faz parte do seu cotidiano.

b) visualização do globo terrestre através do Google Earth.

c) confecção de bússolas artesanais com imã; rosa dos ventos criada com cartolina e lápis de cores, assim como lunetas, e planetas da nossa galáxia com bolas de isopor.

d) brincadeiras lúdicas com GPS (procurar brinquedos escondidos).

e) demonstrações aéreas com Drones. Do mesmo modo, a utilização de fotografias e imagens de satélite, através do Google Maps na confecção mapas táticos, e sonoros, que fazem a áudio descrição e permitem a localização da região do mapa que ele está explorando, utilizando a audição como canal de aprendizagem.

f) montagem das características do relevo terrestre através de colagens de folhas, rochas, e outros materiais em cartolina, instigando o contato com texturas fino/ espesso, liso/áspero e alto/baixo.

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g) viabilizando o Teclado Virtual para Escrita na Língua de Sinais, bem como o emprego do Papel Microcapsulado na fusora Térmica, na produção da matriz tátil (Libras) em mapas produzidos em papel comum, tamanho A4, mostrando as divisões dos estados brasileiros.

h) criação de pranchas de comunicação alternativa, com dinâmicas lúdicas, associando paisagens, países ou bandeiras (símbolos gráficos representativos) a uma mensagem especifica, assim como a construção de Pranchas de comunicação temáticas, onde os alunos possam participar de atividades de interpretação geográfica.

i) a estimulação da criatividade artística através de Pinturas em tela, Mapa Mundi, paisagens em geral, auto retrato etc., suscitando as suas potencialidades sensório-motoras, perceptivas e cognitivas.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente análise investigativa se baseia em uma minuciosa pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, descritivo e analítico, fundamentando sua interpelação através do Estudo de Caso, mas especificamente no que compete a ideia do “Estudo de Caso Coletivo” (YIN, 2010). A pesquisa, de abordagem qualitativa, contou com instrumentos de coleta e análise de dados que partiu de pressupostos que, de forma geral, refletem os sentimentos, percepções, intenções e comportamentos dos indivíduos.

4 APORTES TEÓRICOS E DISCUSSÕES

Com base nas discussões referendadas e examinadas ao longo da pesquisa, tanto pelo embasamento das leis jurídicas, como dos pesquisadores gabaritados no assunto, haja vista que os projetos de educação inclusivos se tornam consistentes e democráticos, quando partem de ações contínuas e comprometidas por meio de logísticas políticas, estudantis, pedagógicas, familiares, envolvendo toda a comunidade escolar, inseridas portanto em um eixo onde as dimensões nascem primeiramente da essência “aprendizagem” (Figura 1).

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Figura 1 – As dimensões de um projeto educacional inclusivo

Fonte: Instituto Rodrigo Mendes (2018).

As Tecnologias da Geoinformação, dentro das discussões apresentadas, suscitam uma gama de oportunidades na expansão do ensino-aprendizagem, na medida em que ajudam e aprimoram os ambientes escolares mais atrativos e porque não dizer, desafiadores tanto para alunos quanto para professores.

O docente que atuará na área, merece e precisa de um devido aprumo e incentivo para lidar com esta diversidade. Saber manusear os recursos tecnológicos, relacionando-os com relacionando-os conteúdrelacionando-os da geografia, seu espaço local, sua visão cultural e cientifica de mundo, ajudam a edificar estas perspectivas e efetivam a inclusão e alfabetização.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As Tecnologias Assistivas e as Geotecnologias da Informação e Comunicação, garantem para a sala de aula materiais que, sendo colocados de maneira didática, envolvem a ludicidade, bem como, a transversalidade e interdisciplinaridade. Assim, no ensino de geografia, através das Tecnologias Assistivas, é possível a ação construtiva de mapas tácteis e sonoros, bússolas artesanais e o engendramento nas imagens de satélite e softwares que de uma maneira revolucionária, o que deixa uma marca positiva na preparação de aulas inclusivas pois, “muitos, nunca antes, ou timidamente, haviam posto o ensino da geografia dentro deste contexto.” (RODRIGUES, 2017).

REFERÊNCIAS

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BRASIL. Decreto n. 6.571 de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o Atendimento Edu-cacional Especializado. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 set. 2008. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6571.htm>. Acesso em: 15 out. 2018.

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/ lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 15 out. 2018.

INSTITUTO RODRIGO MENDES. O que é educação inclusiva? Disponível em: <http://diver-sa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva>. Acesso em: 15 out. 2018. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Diário

Ofi-cial da União, 17 ago. 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/

CEB017_2001.pdf>. Acesso em: 15 out. 2018.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional

especializado: aspectos legais e orientações pedagógicas. Disponível em: <http://portal.

mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9936-manual-orien-tacao-programa-implantacao-salas-recursosmultifuncionais&Itemid=30192>. Acesso em: 15 out. 2018.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de

Edu-cação Especial na perspectiva da eduEdu-cação inclusiva. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Acesso em: 15 out. 2018.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de

edu-cação especial na perspectiva da eduedu-cação inclusiva. Disponível em <http://portal.

mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica- -nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Ite-mid=30192>. Acesso em: 15 out. 2018.

RODRIGUES, David. As tecnologias de informação e comunicação em tempo de edu-cação inclusiva. In: GIROTO, Claudia Regina Mosca; POKER, Rosimar Bortolini; OMOTE, Sadao (Org.). As Tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. Disponível em: <https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/as--tecnologias-nas-praticas_e-book.pdf>. Acesso: 15 out. 2018.

ROPOLI, Edilene Aparecida et al. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão

Esco-lar. A Escola Comum Inclusiva. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de

Edu-cação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. Disponível em: <http:// portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7103-fasci-culo-1-pdf&Itemid=30192>. Acesso: 15 out. 2018.

SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita. Assistiva: Tecnologia e Educação. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/>. Acesso em: 15 out. 2018.

SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH. Rita. O que é Tecnologia Assistiva? Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html>. Acesso em: 15 out. 2018.

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ROSA, Roberto. Geotecnologias na Geografia aplicada. Revista do Departamento de

Ge-ografia, v. 16, 2005. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47288>.

Acesso em: 15 out. 2018.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

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