• Nenhum resultado encontrado

Sobre o desenvolvimento do ovo e embrião do Tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Sobre o desenvolvimento do ovo e embrião do Tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO DO OVO E EM BRIM DO TAMBAQUI, COLOSSOMA MACROPO-MUM CUVIER, 1818.

MANOEL OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE

Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ci encias Agrrias da Universidade Federal do Cear, como parte das exigências pa ra a obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca.

FORTALEZA - CEARA 1990.2

(2)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

A311s Albuquerque, Manoel Oliveira de.

Sobre o desenvolvimento do ovo e embrião do Tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818 / Manoel Oliveira de Albuquerque. – 1990.

19 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1990.

Orientação: Prof. José William Bezerra e Silva.

(3)

AGRADECIMENTOS

A Prof. Jose William Bezerra e Silva, pelo incentivo e precisa orientação deste trabalho.

A Prof. Dra. Maria Ivone Mota Alves, pelo apoio e aju da prestada durante a execução deste trabalho.

Aos amigos Aldeney Andrade Soares Filho, Alcelene S. Gomes de Lima, Ricardo C. de Oliveira, Jose Wilson Callope de Freitas, Lilian Negreiros, Mary-Celia N. de AraUjo, Francisco An-tOnio Q. Barros, Leda Maria Lopes Maciel, Fátima Edba de Oliveira Antunes, Darci de Castro e Silva, Edilson Alves da Silva, AntOnio de Pádua Chaves, Pereira Canafistula, Iatamir, Jose Tavares, San-dro Regio, Jose Augusto Ara-hjo Lima, Jose Carlos de Almeida, Jose Guedes Leite, Fábio Camilo, Walfran Miranda Braga, Jose Barbosa. Alexandre Almir Rivas, Francisco da Costa Vasconcelos, Cleidenora de P. e Souza, Marcos Avelino, Carlos Edvar, Mainor, Alexandra M. Magalhaes, Lindberg C. de Aragao, Carmelio Filho, Luis Augusto O. Fernandes, Renato Melo, William Sousa, Edidio Dantas Lima, rica Sayuri Shibata, Luis Pessoa Aragao, Masayoshi Ogawa, Vera Lucia Mota Klein e Carlos Geminiano Nogueira Coelho, pelo apoio, amiza-de e incentivo durante esta jornada.

Ao Centro de Pesquisas IctiolOgicas do DNOCS,Pentecos-te, Ceará, pela utilizagao de equipamentos e materiais de labora-trio. Em especial ao Dr. Gyula Kovács.

(4)

SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO DO OVO E EMBRIA0 DO TAMBAQUI, COLOSSOMA

MACROPOMUM CUVIER, 1818.

Manoel Oliveira de Albuquerque

INTRODUÇAO

De origem da Bacia AmazOnica, o tambaqui, Colossoma ma-cropomum Cuvier, 1818, e nativo dos rios Solimbes, Madeira, Ore /loco e seus afluentes ( NOMURA, 1984 ).

e

Especie onivora, da familia Caracidae, e um dos primei ros peixes migradores a desovar. A ovulagão ocorre em novembro e inicio de dezembro. Em periodo de pre-desova o tambaqui começa a se movimentar lentamente rio acima. Este comportamento e bem co nhecido pelos pescadores, os quais sugerem que os peixes estão procurando áreas apropriadas para a desova, ao longo das restin

gas que estão começando a submergir nesta poca do ano.

A maior produção do tambaqui vem do medio rio Madeira, logo antes do perlodo de desova da especie, tendo um grande va br econômico, sustentando milhares de pescadores profissionaise fornecendo proteina de origem animal para os habitantes da regi

ao.

Desde 1934 já se recomendava o estudo da biologia e aclimatação da especie para o povoamento de rios e açudes nordes tinos ( IHERING, 1934 ).

Em 1966, o DNOCS recebeu o primeiro lote de 24 alevinos de tambaqui, procedentes de Manaus (AM), cedidos pelo Sr. Jose Lopes, funcionário da Secretaria de Agricultura do Acre ( FONTE NELE & NEPOMUCENO, 1982 ). Os alevinos foram aclimatados, inici almente, em tanques, depois em viveiro da Estação de Piscicultu ra " Valdemar C. de França ", ex-Posto de Piscicultura de Amana

(5)

Em 1972, o citado lote de tambaqui foi transferido para a Unidade Experimental de Piscicultura Intensiva ( Pentecoste, Cea rá ), hoje integrada ao Centro de Pesquisas IctiolOgicas "RodoIpho von Ihering". Dois anos apOs, 2m 1974, os exemplares machos pesa vam, em media, 7,2kg, e as fêmeas, 11,0kg.

Em fevereiro de 1974 realizou-se a primeira tentativa de propagação artifical da especie (LOVSHIN et alii,1974; LOVSHIN, 1975), sem êxito. Os trabalhos tiveram prosseguimento em 1977, uti lizando-se tambaquis oriundos de Iquitos (Per{) e hipOfeses de cu rimatã comum, Prochilodus cearaensis Steindachner (SILVA et alii , 1978).

IHERING et alii ( 1981 ) conseguiram elucidar os deta lhes essenciais da desova de curimatã, Prochilodus marggravii (Wal brun, 1829 ). Contudo, para o tambaqui não foi realizado nenhum es tudo dessa natureza.

No presente trabalho, faz-se consideragbes sobre o de senvolvimento do ovo e do embrião do tambaqui, tentando caracteri zar fases do desenvolvimento embrionário. Isto contribuirá para o maior aproveitamento da incubação de ovos da especie, mediante o conhecimento do que se passa durante todo o processo evolutivo, re lacionando-se com o tempo.

Lembramos que a especie vem se destacando como uma das principais na produção de alevinos, pelas EstagOes de Piscicultura nacionais, principalmente as das Regibes Nordeste e NOrte.

MATERIAL E MtTODOS

Reprodutores e reprodutrizes de tambaqui,utilizados nes te estudo, eram mantidos em viveiro natural, com área de 2.500 M2,

(6)

no Centro de Pesquisa IctiolOgicas do DNOCS, Pentecoste, Ceará, a

limentados com raga() balanceada, peletizada, contendo 32% de pro

tema bruta. Em 22 de outubro de 1989, foi feita a seleção dos re

produtores e reprodutrizes no viveiro, conforme FONTENELE (1959).

Os exemplares foram capturados com rede de arrasto, no total de

quatro, sendo duasTemeas ( com 5 e 7 kg ) e dois machos ( com 4

kg cada um ). Na ocasião as fêmeas apresentavam abdomen volumosoe

papila genital dilatada; os machos, apos pressão no abdomen, dei

xaram fluir semen.

Os peixes foram transportados para o'nfish-Con", imedia

tamente pesados eM balança com precisão de 20g e obtido o perime

tro corporal, com trena milimetrica, para cálculos das doses hor

monais.

A seguir foram colocados em tanques de 2.000 1,

com

re

novação de água constante, atraves de um sistema de

cano/cotovelo,

que regula o nivel da agua.

Para induzir a ovulação, foram administradas duas doses

de hormOnios hipofisários, diluidos em soro fisiolOgico. ,Usou-se

hipOfese de carpa comum,

Cyprinus carpio

L., 1758, secas em aceto

na, conforme WOYNAROVICH ( 1986 ).

Foram administradas duas doses nas fêmeas e uma dose 'ice

machos. Na primeira dose das fêmeas empregou-se 0,5mg de hipOfe

se/kg de peso. Na segunda usou-se 5,0mg de hip5fese/kg de peso. 0

intervalo entre aquelas foi de 14 horas.

A quantidade'utilizada de soro fisiolOgico foi de

2m1

por peixe

EM

cada dose. Nos machos foi aplicado dose ;mica,

cor

respondente a 2,5mg de hipOfese/kg de peso, logo apOs a segundado

se das femeas.

Por segurança, e para evitar perdas de Ovulos,

foram

feitas suturas na dobra que protege a abertura sexual das fêmeas

antes da segunda dose.

(7)

as, fez-se a leitura da temperatura da água, em intervalos de uma hora. As temperaturas foram registradas em formulário prOprio, pa ra calculo da hora-grau.

Foi utilizado tranquilizante para os peixes, quando da aplicação das doses e da extrusão dos Ovulos e do semen, na pro porção de 1 ml de quinaldina para 100 1 de água.

No momento da extrusão das fêmeas retirou-se a sutura e pressionou-se a região abdominal, os ovulos fluiram, sendo coleta dos em bacia plástica, seca e pesada numa balança com divisão de lOg e capacidade de lkg.

A extrusão dos Ovulos e semen foi feita a seco. 0 semen foi coletado atraves de uma seringa plástica de 5cc.

Em seguida, realizou-se a mistura de Ovulos e semen, a dicionando-se água pura em pequena quantidade, mexendo-se minter ruptamente o conte-ado da bacia, durante 5min, aproximadamente. A pos este periodo, maiores quantidades de agua foram adicionadas , permanecendo na bacia por mais 5min. Neste intervalo CG ovos fo ram lavados duas vezes. Em seguida, foram colocados em incubado ras de fibra de vidro, com capacidade de 60 1 cada, com renovação

0 de água constante, em torno de 4 1/min, numa temperatura de 27C.

Utilizando-se uma placa de Petri de 8,5cm de diametro, coletou-se ovos na bacia e na incubadora os quais foram levados para o laboratOrio. As coletas foram feitas sempre que se notou alteragão no desenvolvimento dos ovos.

Para microfotografias dos ovos, utilizou-se microscOpi o estereoscOpico,marca PZO WARSZAWA, com ocular 3,2X e objetiva

2,5.

Para exame da motilidade do espermatozOide, utilizou-se microscOpio NIKON, com ocular HKW 10X e objetiva 20X.

(8)

RESULTADOS E DISCUSSA0

Características do semen

0 semen do tambaqui se apresentou do tipo semi-denso com coloração branco-gelo. Do estado de inercia em que se encon travam no testículo, os espermatozoides adquirem movimentação lo go que entram em contato com a agua. Esta movimentação foi obser vada em três fases: Primeira, com duração media de 21s, os esper matozoides apresentam movimentação ativa e forte para frente e o nUmero de choques entre eles e muito alto; Segunda, com duração media de 35s, o movimento diminui em velocidade, mais tarde para, mas os espermatozoides permanecem vibrando; e Terceira, com dura gao media de 84s, os espermatozoides vibram apenas no mesmo in gar. 0 numero de choques entre as celulas e insignificante, a vi bragao diminui e mais tarde pára, as celulas morrem ( KOVÁCS

1990 ).

A quantidade de semen obtida foi de 2m1/kg de peso do reprodutor. 0 n-amero de espermatozOide varia de 6 a 10 milhes/ cm3, conforme KOVÁCS ( op. cit. ). Segundo WOYNAROVICH ( 1986 ), " Um macho de tambaqui produz 2 a 5 ml de esperma/kg ".

Características dos óvulos e Ovo

Os Ovulos recem extrusados se apresentam como uma peque na esfera, cor esverdeada e com diametro variando de 0,9 a 1,0mm, sendo que o globo vitelino tem-no entre 0,8 a 0,9mm. Estes dados estão de acordo com os obtidos por WOYNAROVICH ( 1986 ), o qual afirma, ainda, que o Ovulo tem, em media, 0,58mg de peso.

0-ovo apos hidratado alcançou o diametro de 4,0 a 4,3mm e tem coloração verde escura. Livre decanta na água para o fundo do tanque, bacia ou incubadora ( SILVA et alii, 1981 ).

(9)

Desenvolvimento do Ovo e do Embrião

Na presente pesquisa, a extrusão de Ovulos foi feita as 16h Omin, do dia 22.10.1989. Logo apOs fez-se a coleta do semen.

-

Misturou-se na bacia ovulos e semen, homogenizando-se com colher ,

de plástico. as 17h 05min, colocou-se agua na bacia, ocorrendo en tão a fecundação ( Tabela I ).

Decorridos 20min da fecundação, os ovos apresentavam-se quase que totalmente hidratados, observando-se o inicio da seg mentaglo celular ( Tabela I e figura 01 ). Segundo observou SILVA et alii ( 1981 ), o cono germinativo do ovo do tambaqui aparece 15 min apOs a fecundação. WOYNAROVICH ( 1986 ), refere-se que o ovo de tambaqui está completamente hidratado 30 a 40min apOs a fecun dação. Os polos germinativos e vegetativos do ovo formam um " cleo " central, envolto pela câmara de hidratação. 0 vitelo e re lativamente volumoso. Com a temperatura da agua a 2800, a divisão celular para dois blastemeros observou-se 23min apos a fecundação ( Tabela I e figuras 02 e03 ). Na f1gura.03, vê-se que os blasteme ros estão bem destacados e o vitelo se apresenta algo elipsOide . Segundo SILVA et alii ( 1981 ), com 30min da fecundação o ovo do tambaqui alcança a formação de dois blastemeros. Isto a temperatu ra de 27o C.

Apas 30min da fecundação observa-se quatro blastemeros no polo germinativo, bem destacados ( Tabela I e figuras 04 e 05 ). 0 polo vegetativo apresenta-se mais claro. Ambos os polos ain da formam um " nucleo " bastante centralizado, envoltos pelo es paço perivitelino do ovo, onde Se posiciona a câmara de hidrata gão. 'HERING et alii ( 1981 ) observaram, para Prochilodus

mar-ggravii Walbrun, que apOs 50min da fecundação os ovos alcançavam dois blastemeros.

Passados 42min, o ovo apresentava oito celulas ( Tabs

(10)

la I e figura 06 ), com diâmetro diminuidos em relação aos bias tOmeros da fase anterior.

Fase de 16 a 32 blastOmeros foi observada Olh 03min a pos a fecandação ( Tabela I e figura 07 ). Para curimatã pacu, P. marggravii Walbrun, no Nordeste brasileiro IHERING et alii ( 1981 ) observaram 32 celulas no ovo apOs Olh 53min da fecunda gão.

Maciço de celulas semelhantes a uma mOrula foi obser vada apOs Olh 22min da fecundação ( Tabela I e figura 08 ).

Esboço do embrião, mostrando cabeça e cauda em inicio de formação, envolvendo cerca de dois terço do vitelo, foi ob servado apOs 04h 23min da fecundação ( Tabela I e figura 09 ) . Para alcançar esta fase, ovos de P. marggravii Walbrun demora llh 20min, segundo IHERING et alii ( op. cit. ). uma fase pou co alem da de blástula. 0 vitelo mostra-se na forma quase cir cular.

Decorridos 07h 37min da fecundação, o embrião esta em franca formação, aparecendo as vertebras bem nitidas e cabeça e cauda mostram-se bem diferenciadas ( Tabela I e figura 10 ). 0 vitelo assume uma forma algo prolongada, na direção da cauda, e tem cerca de dois terços envolvidos pelo embrião.

EmbriOes com caudas bem destacadas e soltas do vitelo foram observados apOs 10h 55min da fecundação ( Tabela I e figu ra 11 ). Há. um alongamento do vitelo em direção cauda e as vertebras continuam bem nitidas. Observa-se diferenciação de vs siculas oticas. Para P. marggravii Walbrun, IHERING et alii 1981 )observaram esta fase apOs 19 horas da fecundação.

Apos llh 55min da fecundação do ovo, as larvas ja es tavam formadas e se movimentavam na cápsula ovular ( Tabela e figura 12 ). Para a curimatã pacu isto ocorreu 25 horas apos a fecundação, IHERING et alii ( 1981 ).

(11)

temperatura de 28° C para a agua ( Tabela I ). Segundo LOPES et alii ( 1982 ), a eclosão da larva do tambaqui ocorre cerca de 12 horas apOs a fecundação, com temperatura da água a 27°C. SILVA et alii ( 1981 ), obtiveram eclosão 17 horas apOs a fecundação , com temperatura da água em torno de 27° C. Segundo WOYNAROVICH ( 1986 ), a uma temperatura de 28°C, o desenvolvimento do ovo do tambaqui e muito rápido, cerca de 12 horas.

CONCLUSÕES

Da análise dos resultados, conclui-se o seguinte:

a) 0

semen

do tambaqui e do tipo semi-denso, com colo ração branco-gelo. O período de movimentação ativa dos espermato

,

zoides dura, em media, 21 segundos;

b) A quantidade de

semen

obtida foi de 2m1/kg de peso do reprodutor;

c) Os Ovulos são pequenos ( 0,9 a 1,0mm de diâmetro cor esverdeada, com reserva nutritiva volumosa;

d) 0 ovo hidratado apresenta 4,0 a 4,3mm de diâmetro e apresenta coloragão verde escura;

e) 0 desenvolvimento do ovo e do embrião e rápido, 13 horas apOs a fecundação, a uma temperatura media da água de 28° C. Isto está ligado ao tipo de reprodução natural da especie, o que requer um desenvolvimento embrionário assaz rápido. Quanto a es te aspecto, a especie supera a curimatã pacu da bacia do rio

Sao

Francisco e aclimatizada nos açudes nordestinos; e

f) As condigbes da presente propagação artificial e de incubação dos ovos, aliados a temperatura da água, mostraram-se ideais para o tambaqui, haja vista a rapidez do desenvolvimento dos ovos e embrião.

(12)

SUMÁRIO

No presente trabalho estudou-se o desenvolvimento do ovo e do embriao do tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818 , aproveitando-se a propagação artificial de dois machos e duas fe meas, realizada no Centro de Pesquisas IctiolOgicas " Rodolphown Ihering " ( Pentecoste, Ceará, Brasil ), pertencente ao Departa mento Nacional de Obras Contra as Secas ( DNOCS ).

0 metodo da propagação foi a usualmente adotada pelo DNOCS. Para exame do semen utilizou-se microscOpicio NIKON, com o cular HKW1OX e objetiva 20X. Para microfotografia dos ovos,.uso-U-

,

se microscOpio estereoscopico,PZO WARSZAWA, com ocular 3,2X e ob jetiva 2,5.

Os resultados mostraram que o semen do tambaqui e do ti po semi-denso, com coloração branco-gelo. 0 período de movimenta-ção ativa dos espermatozOides dura, em media, 21 segundos.A quan tidade de semen obtida foi de 2m1/kg de peso do reprodutor.

Os Ovulos são pequenos ( 0,9 a 1,0mm de diâmetro ), cor esverdeada, com reserva nutritiva volumosa. 0 ovo apos hidratado apresenta 4,0 a 4,3mm de diâmetro e apresenta coloração verde es

„ cura. 0 desenvolvimento do ovo e do embrião e rápido, 13 horas a pOs a fecundação, a uma temperatura media da água de 28°C. Isto esta ligado ao tipo de reprodução natural da especie, o que

,

quer um desenvolvimento embrionário assaz e rápido. Quanto a este aspecto, a especie supera a curimata pacu da bacia do rio Sao Francisco e aclimatizada nos açudes nordestinos. As condigbes da presente propagação artificial e de incubação dos ovos, aliados a temperatura da água, mostraram-se ideais para o tambaqui, haja vis ta a rapidez do desenvolvimento dos ovos e embrião.

(13)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHACON, JOAO DE OLIVEIRA. 1975. Embryonic and early larval stages of "cangati catfish", Trachycorystes galeatus Linnaeus, 1756, at the Amanari Fish Culture Station, Maranguape, Ceará,Brazil, Rev. Brasil.Biol., 35(4): 737-744.

FONTENELE, OSMAR. 1981. Metodo de hipofisagao de peixes, adotado pelo DNOCS. Departamento Nacional de Obras Contra as Secas DNOCS ), Fortaleza, 33p., ilust.

GODINHO, HELOiSA M.; FENERICH, NELCY DE A. & NARAHARA, MASSUKA Y. 1978. Desenvolvimento embrionário e larval de Rhamdia hilarii Valenciennes, 1840, ( Siluriformes, pimetodidae ). Rev. Brasil. Biol., 38(1): 151-156.

GOULDING, MICHAEL. 1979. Ecologia da pesca do Rio Madeira. Insti tuto Nacional de Pesquisas da Amazônia ( INPA ), Manaus, 156-158., ilust.

KOVACS, GYULA. 1990. RelatOrio das Atividades Tecnicas Desenvolvi das no Período de Jul/1987 a Jun/1990, Relativas ao Convênio / DNOCS/AGROBER. Pentecoste/CE., 1-20

LAGLER, KARL F. et alii. 1977. ICHTHYOLOGY. John Willey & Sons New York, 289-300.

LOPES, JOSÊ PATROCiNIO. 1982. Produção de Alevinos de Tambaqui Colossoma macropomum Cuvier, 1813, para Peixamento de Açudes e Estocagem de Viveiros, no Nordeste do Brasil. Departamento Na cional de Obras Contra as Secas ( DNOCS ), Fortaleza, 22pp. MOTA ALVES, M.I.& TOMÉ, G.S. 1968. COnSideragbes Sobre o Semen da

Cavala, Scomberomorus cavallaalvier, 1829, Arq. Est. Biol. Mar. Univ. Fed. Ceará, Fortaleza, 8(1): 31-32. 01 fig.

(14)

MOTA ALVES, M.I. & TOMÉ, G.S. 1968. Algumas ObservagOes Sobre o Semen da Serra, Scomberomoru maculatus Mitchill, 1815. Arq. Est. Biol. Mar. Univ. Fed. Cea/6_, Fortaleza, 8(2):139-140, 01 fig.

PINHEIRO, JORGE L.P. et alii. 1988. Tambaqui; Produção Intensiva de larvas no Baixo Sao Francisco. Brasilia, CODEVASF, 28pp. SILVA, AMAURY B. da; CARNEIRO SOBRINO, ANTNIO & MELO,F.REZENDE.

1981. Desova Induzida de Tambaqui, Colossoma macropomum Cuvi er, 1818, com uso de hip6fise de curimata comum, Prochilodus cearaensis Steindchner. In: Coletanea de Trabalhos Tecnicos 2, Fortaleza, DNOCS, 519-532.

SILVA, JOSE W. B.e & GURGEL, JOSE J. S. 1987. Situação do Culti vo de Colossoma no âmbito do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas ( DNOCS ). Fortaleza, ( mimeografado ).

WOYNAROVICH, ELEK. 1986. Tambaqui e pirapitinga; Propagação Arti ficial e Criação de Alevinos. Brasilia, 68pp.

WOYNAROVICH, ELK. 1985. Apontamentos do Curso de Propagação Arti ficial de Peixes de Aguas Tropicais. Fortaleza, DNOCS, 43pp. ( mimeografado ).

IHERING, R. von & Azevedo, P. de. 1981. A Curlmata dos _ Açudes Nordestinos ( Prochilodus argenteus ). In: Coletânea de Traba lhos Tecnicos, 2. Fortaleza, DNOCS., 227-306.

(15)

macropomum Cu Oc. PZO 25X ; FIGURA 01 - Ovo embrionado de tambaqui, Colossoma

vier, 1818, com 20 minutos fecunaado. Obj. 1,6

FIGURA 02 - Ovo embrionado de tambaqui, Colossoma macropomum Cu vier, 1818 com 23 minutos fecundado, notando-se o inicio da divisão celular para formação de dois bias tOmeros. Cc. PZO 25X ; Obj. 1,6

(16)

-

FIGURA 03 - Ovo embrionado de tambaqui, Colossoma macropomum Cu

vier, 1818, com 30 minutos fecundado, vendo-se os blastOmeros bem destacados e o vitelo se apresenta elipsOide. Oc.PZO 25X ;obj.1,6

FIGURA

FIGURA 04 - Ovo embrionado de tambaqui, Colossoma macropomum Cu

(17)

FIGURA 05 - Ovo embrionado de tambaqui, Colossoma macropomum Cu vier, 1818, apOs 30 minutos fecundado, vendo-se ni tidamente os quatro blastOmeros. Oc.pz0 25X

Obj.1,6

FIGURA 06 - Ovo embrionado de tambaTui, Colossoma macropomum Cu vier, 1818, com 42 minutos fecundado, observando-se oito celulas, com diâmetro diminuidos em relação aos blastOmeros da fase anterior. Oc.PZO 25X ;Obj. 2,4

(18)

FIGURA 07 - Com 1 hora e 3 minutos o ovo embrionado de tamb aqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818, apresenta de 16 a 32 blastOmeros. Oc. PZO 25X; Obj. 2,4

FIGURA 08 - Fase de mOrula do ovo embrionado de tambaqui, Colos-soma macropomum Cuvier, 1818, com 1 hora e 22 minu tos fecundado. Oc.PZO 25X ; Obj. 2,4

(19)

FIGURA 09 - Esboço do embrião de tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818, mostrando cabeça e cauda em inicio de Formação, com 4 horas e 23 minutos fecundado. Oc.

PZO 25X, Obj. 2,5

FIGURA 10 - Formação do embrião de tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818, aparecendo as vertebras bem nitidas, ca beça e cauda bem diferenciadas, decorrido 7 horas e 37 minutos da fecundação. Oc.PZO 25X;Obj. 2,5

(20)

FIGURA 11 - Embrião de tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier, 1818, com 10 horas e 55 minutos fecundado, notan do-se cauda bem destacada e solta do vitelo. Oc.

PZO 25X; Obj. 2,5

FIGURA 12 - Apos 11 horas e 55 minutos da fecundação, nota-se o ' embrião de tambaqui, Colossoma macropomum Cuvier

(21)

Tabela I - Observagbes sobre o desenvolvimento do ovo e embrião do tambaqui, Colossoma macropomum(Cuvier, 1818), em função do tempo.

Hora/min Tempo decorrido da fecundidade Fase de desenvolvimento

17h 05min 17h 25min 17h 28min 17h 35min 17h 47min 18h 08min 18h 27min 21h 28min 00h 42min 04h 00min 05h 00min 06h 08min 00h 00min 00h 20min 00h 23min 00h 30min 00h 42min Olh 03min Olh 22min 04h 23min 07h 37min 10h 55min llh 55min 13h 03min

Fecundação (colocação de água na bacia com Ovulos e esperma).

Ovo quase totalmente hidratado, inicio da segmentação(formação do blastodisco).

Divisão celular para dois blasts-meros.

Fase de quatro blastOmeros. Fase de oito blastOmeros.

Fase de dezeseis a trinta e dois blastOmeros.

Fase de mOrula.

Esboço do embriao, mostrando cabe ga e cauda em inicio de formação. Formação do embrião. Vertebras bem nitida, cabeça e cauda se di-ferenciando.

Embrião com cauda bem destacada e solta do vitelo.

Embrião movimentando-se na cápsu-la ovucápsu-lar.

Referências

Documentos relacionados

Para refletir Como vimos, o emprego de protocolos de cuidado à saúde clínicos e de organização dos serviços é uma necessidade e constitui um importante caminho de muita utilidade

Em filmes nos quais a presença da realizadora − e suas eventuais marcas de autoria, tais quais trabalhamos no Capítulo 2 − se dá pela explicitude de seus acordos com a

Além disso, é necessário trabalhar com outros segmentos da escola, como a administração e a comunidade de pais, para que possam dar apoio e minimizar as

128 Tabela 12 Conteúdo de Carbono nas frações maior e menor que 53µm nos sistema de cultivo referências sob plantio direto com diferentes formas de adubação sem adubo, reposição

Assim, devido à capacidade de estimar a velocidade angular, necessária para o controle da atitude, este estudo optou pela utilização do Filtro de Kalman Estendido, conforme proposto

partes bem pertinentes; primeira com relação ao relacionamento professor e suas práticas pedagógicas e ,depois, com alunos. Bom, com relação ao docente, fazendo uma comparação

Quando não restavam mais de 70 indivíduos, os Katxuyana tiveram que tomar a difícil decisão de abandonar suas casas, roças e seus animais de estimação e, com o auxílio da

The study evidenced a decline of the CMC in the last three years for the State of Mato Grosso do Sul and for the skin color or black and brown ethnic group categories, with