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Academic year: 2021

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TÍTULO: BENEFÍCIOS PARA A MULHER DO PARTO NATURAL HUMANIZADO TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Enfermagem SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): FERNANDA SILVESTRE DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LILIAN ROSARIO DEL CARMEN MAUREIRA ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

No Brasil ocorrem cerca de três milhões de partos anualmente, destes 56% são cesarianas, destacando-se como líder mundial nesta pratica e 29º País em morte materna. Muitas das mulheres que se submetem as cesáreas não conhecem os benefícios que um parto natural humanizado discorre, olhando o com medo e para si como incapaz de conseguir realizar tal ato. Com base nisto este estudo objetiva investigar por meio de uma pesquisa de revisão integrativa, descritiva, exploratória e qualitativa os benefícios para a mulher do parto natural humanizado. Foi realizada uma busca de artigos nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e a Literatura Latino-Americano e do Caribe e Ciências da Saúde (LILACS), assim como livros físicos no período de junho a julho de 2018. Dos critérios de inclusão foram artigos compreendidos entre os anos de 2012 e 2018 relacionados a assistência no trabalho de parto, pré-natal, puerpério, textos completos, em português, relacionados aos descritores. Os resultados evidenciam a importância do empoderamento da mulher no processo de trabalho de parto e a devida importância da família e principalmente a equipe, na busca por um parto menos intervencionista. Trata-se do tipo de parto que mais beneficia o corpo feminino e o lado fisiológico do nascer.

Descritores: Parto Humanizado. Enfermeiro Obstetra. Humanização da Assistência. Parto Normal.

1. INTRODUÇÃO

Muito se tem discutido acerca de diferentes tipos de parto, primordialmente a ação dos profissionais de saúde frente a este evento, porém parcamente sobre a visão das gestantes neste processo, com esta inquirição norteamos este trabalho. Primeiramente o que é gestação? Gestação é o período de desenvolvimento do feto desde a fecundação do óvulo até o nascimento, possuindo duração de cerca de 266 dias (ROVERATTI, 2014).

O andamento parturitivo pode se dar por diferentes vias, tais como, cirúrgica via abdominal ou vaginal. Porém dentre estes dois a forma de executar gerou diversas submodalidades, como por exemplo, partos domiciliares, fórceps, sims, normal, Liboyer, cócoras, cesárea eletiva, natural e o humanizado (ROVERATTI, 2014).

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Sendo este último objeto de diversos questionamentos sobre eficácia, benefícios tanto para a mulher como para o bebê e participação do profissional de saúde.

Em suma, um parto humanizado valoriza e respeita as opiniões, crenças, cultura e valores da mulher e visa resgatar o lado fisiológico do nascer, tornando a mulher a principal protagonista do processo parturitivo (BIET et al., 2015).

No Brasil ocorrem aproximadamente três milhões de partos anualmente, sendo que 98% são em âmbito hospitalar, tanto públicos como privados (BRASIL, 2017). Em 2015 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o Brasil é líder mundial no número de cesáreas, equivalendo a 56% dos partos realizados.

Saliente-se que a proporção de parto cirúrgico deve estar entre 10% a 15% do total de partos realizados (BRASIL, 2015), porém vale ressaltar que foi ajustado uma taxa de 25% a 30% para o Brasil como meta inicial (BRASIL, 2016).

Inopinadamente, o País ocupa o 29º lugar em números absolutos de morte materna, diante das altas taxas de mortalidade a OMS lançou em 1996 o documento denominado “Boas Práticas de Atenção ao Parto e ao Nascimento” em que aborda ações que devem ser estimuladas no trabalho de parto. (MOTTA et al., 2016).

A ideia de humanizar o parto vem da premissa de que muitos serviços de saúde ignoram as recomendações da OMS, não ocorrendo adesão dos profissionais de saúde, realizando-se partos com intervenções desnecessárias, desta forma o parto humanizado é aquele em que há o menor número de intervenções possíveis (ROVERATTI, 2014).

Sob o mesmo ponto de vista, o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, que inclui a Rede Cegonha que visa o direito ao planejamento reprodutivo da mulher, atenção humanizada na gravidez, parto e puerpério, bem como direito ao nascimento seguro e crescimento saudável (MOTTA et al., 2016).

Portanto, é importante que para a humanização debatida seja implantada a gestante conheça os benefícios, não tratando este processo como algo doloroso, inseguro e ocasionador de medos e angústias. Por este motivo o presente estudo se propõe a investigar quais são esses benefícios e a importância do empoderamento da mulher a respeito disto.

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2. OBJETIVO

Demonstrar os benefícios do parto natural humanizado para a mulher. 3. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória de artigos científicos nas bases de dados como Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e a Literatura Latino-Americano e do Caribe e Ciências da Saúde (LILACS), assim como livros físicos no período de junho a julho de 2018. Para levantamento de artigos os seguintes descritores foram utilizados: Parto Humanizado, Enfermeiro Obstetra, Humanização da Assistência e Parto Normal. Dos critérios de inclusão foram artigos compreendidos entre os anos de 2012 e 2018 relacionados a assistência no trabalho de parto, textos completos, em português, relacionados aos descritores. Por meio da busca inicial foram encontrados 42 (quarenta e dois) artigos que por meio de dados de leitura foram excluídos 30 (trinta), pois apenas 12 (doze) destes respondem ao objetivo do estudo. Aquém disto teve a adição de 1 (um) livro e 3 (três) publicações do Ministério da Saúde. Totalizando 16 (dezesseis) literaturas analisadas.

4. DESENVOLVIMENTO

Humanizar significa uma nova concepção do fazer em saúde pelo rompimento do paradigma biomédico, olhando o sujeito como alvo da intervenção observando as necessidades, sentimentos, o lado biológico e o psicossocial (CASSIANO, 2015).

Trata-se de um modelo de atenção ao parto baseado na mulher, com objetivo de um parto e um nascimento saudáveis, diminuído a mortalidade materna e perinatal (BARROS et al., 2018). O MS compreende a humanização sob dois aspectos: o primeiro de que é dever receber com dignidade a mulher e seus agregados e o segundo é o uso de procedimentos comprovadamente benéficos e com o mínimo de intervenções (FUJICA, 2014).

Neste ponto vale ressaltar, que o enfermeiro tem papel primordial neste processo, pois é o profissional comprometido e qualificado que confere dignidade, segurança e autonomia, resgatando o parto como evento fisiológico e está presente durante todo o momento da concepção à parição e os cuidados subsequentes (SILVA, 2015).

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Florence Nightingale considerava que o cuidado de enfermagem deve ser capaz de construir um ambiente favorável e equilibrado a fim de manter a energia vital dos pacientes (GUIDO et al., 2013).

A ação assistencial deve ser elaborada visando um cuidado voltado para o que as mulheres dizem, envolvendo o lado humano e considerando a história e socialização pregressa da gestante. Seguindo o Feedback das mulheres o cuidado se torna humano e eficaz (ZVEITER et al., 2015).

Em observância a isto, a preparação deve se dar logo no início da gestação, durante o pré-natal em que é importante o uso de atividades educativas por parte dos profissionais de saúde. Deve ser utilizada linguagem clara, objetiva, acolhedora e compreensiva a fim de orientar sobre o processo que está ocorrendo com o corpo desta mulher, os cuidados que virá a ter com o recém-nascido, amamentação, a sexualidade, enfim todas as inseguranças que virem a surgir esclarecidas (RODRIGUES et al., 2018).

Inquestionavelmente o parto humanizado traz diversos benefícios, dentre os quais se pode destacar: menor risco de complicações, recuperação rápida, a prevenção da intervenção desnecessária (episiotomia, infusão intravenosa de oxitocina, analgesia peridural e manobras agressivas), relacionamento igualitário entre profissionais da saúde e paciente, tratamento individualizado, uso de técnicas não farmacológicas para alívio da dor, segurança, empoderamento, contato pele a pele e amamentação precoce (BARROS et al., 2015).

Em vista disso outras benesses são facilmente vislumbradas e a curto prazo, tais como, deambulação mais rápida e eficaz, conforto e minimização da dor no puerpério, redução do número de infecção pós-parto e volta as atividades rotineiras com maior rapidez (FREITAS et al., 2017).

Ressalta-se que o parto é um evento fisiológico, devendo a parturiente ser valorizada neste momento íntimo e delicado, receber carinho, massagens, apoio, ter o tempo respeitado, a posição que quiser, empatia e respeito para assim se fortalecer e ter uma parição segura e tranquila (FERREIRA et al., 2017).

Deste modo para que seja humanizado, a mulher deve participar ativamente de toda evolução de seu estado gravídico, incluído um pré-natal, parto e puerpério

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seguro, esclarecedor, receptivo e otimista, com os direitos desta progenitora respeitados. Resultando em segurança, protagonismo, autonomia e autoconfiança no processo de parto e nos cuidados com o bebê (BARROS et al., 2018).

5. RESULTADOS

Das 16 literaturas selecionadas que atenderam ao critério de inclusão, exploraram diversas facetas do parto natural humanizado, incluindo seus diversos benefícios e ações a serem implementadas a fim de fortalecer este tipo parturitivo. Cabendo empoderar a parturiente para que a mesma seja voz ativa neste processo.

Foram discernidos nesta pesquisa três artigos que abordaram o lado da mulher frente a humanização do parto, seus anseios e medos. Das literaturas um artigo abordou o pré-natal humanizado e acolhedor. Um livro de sexualidade retratou bases gestacionais e de processo parturitivo.

Da perspectiva do trabalho de enfermagem se viu em seis artigos, em que deve ser voltado para um plano de ação individualizado nas necessidades pessoais de cada cliente, visando um parto com riscos reduzidos e saudável.

Em cinco artigos e três publicações do Ministério da Saúde observou-se as bases do parto natural humanizado, em que se deve ter um olhar holístico a respeito de tudo que ocorre cercanias da parição. Incluindo neste ponto os riscos e os benefícios desta escolha e ação de parto.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio desta revisão foi possível compreender a importância do parto natural humanizado e a relevância do protagonismo da mulher do ponto de vista parturitivo, embora tenha sido notado que muitas vezes é negada a autonomia que lhe é devida e se encontra em diretrizes nacionais.

Empoderar a mulher sobre o parto natural humanizado é preciso, é dever do profissional e é a melhor estratégia para diminuição da mortalidade materno-neonatal. Além dos benefícios de ter uma recuperação rápida, menores taxas de infecção e menos intervenções, justamente por deixar a natureza do corpo feminino agir.

Portanto com esta pesquisa se vê que a referência do presente para o parto humanizado é valorizar o cuidado e não as intervenções, garantindo desta forma

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maior vínculo entre paciente e profissionais, um procedimento com riscos reduzidos e recuperação rápida e diversos benefícios para a mulher em processo de parição. Sendo o enfermeiro um dos grandes responsáveis por todo este processo por estar presente durante todo transcurso do gestar ao cuidado com a cria.

7. REFERÊNCIAS

BARROS, L.P. et al. O Parto Humanizado e Seu Impacto na Assistência à Saúde. Rev. Edu. em Saúde vol 3, 2015.

BARROS, T.C.X. et al. Assistência à Mulher Para a Humanização do Parto e Nascimento. Rev. Enfer. UFPE online vol 12, 2018.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal. Brasília, 2017.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº306 de 28 de março de 2016: Aprova as diretrizes de atenção básica à gestante a operação cesariana. Brasília, 2016. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Declaração da OMS sobre taxas de cesáreas. De 15 de abril de 2015. www.unasus.gov.br/noticia/declaracao-da-oms-sobre-taxas-de-cesarea. Acesso em 20 de julho de 2018.

BIET, D.B. et al. Assistência Humanizada da Equipe de Enfermagem no Transcurso do Parto: O Olhar das Puérperas. Rev. de Enf. Integrada vol 10, 2015.

CASSIANO, A.N. et al. Percepção de Enfermeiros Sobre a Humanização na Assistência de Enfermagem no Puerpério Imediato. J res: fundam. Care. Online vol 7, 2015.

FERREIRA, M.S.F. Assistência de Enfermagem Durante o Trabalho de Parto e Parto: a Percepção da Mulher. Rev. Cub. de Enf. vol 33, 2017.

FREITAS, F.F.Q. et al. Satisfação de Puérperas em Relação à Assistência de Enfermagem Recebida em um Alojamento Conjunto. Rev. Cien. Saúde Nova Esperança vol 12, 2014.

FUJICA, J.A.L.M. et al. Parto Humanizado: Experiências no Sistema Único de Saúde. Reme Rev. Min. Enferm vol 18, 2014.

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GUIDO, N.F.B et al. O Ambiente de Relaxamento Para Humanização do Cuidado ao Parto Hospitalar. Reme Rev. Min. Enfer vol 17, 2013.

MOTTA, S.A.M.F. et al. Implementação da Humanização da Assistência ao Parto Natural. Rev. enferm UFPE online vol 10, 2016.

RODRIGUES, F.R. et al. Pré-natal Humanizado: Estratégias de Enfermagem na Preparação para o Parto Ativo. Rev. Saúde em Foco vol 10, 2018.

ROVERATTI, D.S. Guia da Sexualidade. Editora Daiokoku, São Paulo, 1ºEdição, p. 47-70, 2014.

SILVA, A.L.S. et al. Práticas de Enfermeiras Para a Promoção da Dignificação, Participação e Autonomia das Mulheres no Parto Normal. Esc. Anna Nery vol 19, 2015.

ZVEITER, M. et al. Solicitude Constituindo o Cuidado de Enfermeiras Obstétricas à Mulher Que Dá a Luz na Casa de Parto. Esc. Anna Nery vol 19, 2015.

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