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SAÚDE DO HOMEM: Prevalência de Neoplasia Maligna no Brasil

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Academic year: 2021

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SAÚDE DO HOMEM: Prevalência de Neoplasia Maligna no Brasil

Adhara Shuamme Bento Fraga (Enfermeira, Especialista em Enfermagem Obstétrica – UNIT e Saúde da Família - UNYLEYA), e-mail: adharashuamme@hotmail.com;

Aline Barreto Hora (Enfermeira, Mestranda em Saúde e Ambiente PSA-UNIT), e-mail: aline.barretoh@hotmail.com;

Fernanda Kelly Fraga Oliveira (Orientadora, Enfermeira, Mestre em Saúde e Ambiente - PSA e Docente da Universidade Tiradentes - UNIT), e-mail: fernandadaponte@hotmail.com

Os altos índices de mortalidade da população masculina relacionada com câncer refletem a falta de cuidado dos homens com sua saúde. O objetivo do presente trabalho é identificar a prevalência de neoplasias malignas que acometem a população masculina nas cinco regiões do Brasil. Segundo as estimativas de câncer para o país, feitas a partir dos dados de Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram avaliados, para o ano de 2014, aproximadamente 576 mil novos casos de câncer (BRASIL, 2014). Devido ao número de mortes causadas pelo câncer na população masculina nos últimos anos, ficou clara a necessidade de continuar investindo em ações de combate e controle das neoplasias malignas

Palavras-chave: Saúde do Homem; Neoplasias; Epidemiologia. INTRODUÇÃO

O câncer é uma doença cujas células sofrem alterações genéticas e crescem de forma desordenada, invadindo outros tecidos e perdendo sua função de origem. É uma enfermidade com tratamento de alto custo, cuja frequência de ocorrência vem somando em todo mundo e ocupa na maior parte dos países a segunda causa de morte (BRAY et al., 2012).

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no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente. A mudança dos padrões de vida, a partir da caracterização das condições de trabalho, nutrição e consumo desenvolvido pelo processo global de industrialização, apresenta reflexos relevantes no perfil epidemiológico das populações (BRASIL, 2006).

No Brasil, em 2011, o câncer foi responsável por 16,4% dos óbitos (MALTA et al., 2012). Com o envelhecimento atual da população, é possível identificar um crescimento acentuado na prevalência do câncer em idosos, o que requer empenho dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) para a oferta de atenção necessária a esta população (BRASIL, 2006).

A Saúde do Homem apresenta-se em destaque, desde o lançamento do Programa de Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), no ano de 2009, com o objetivo de promover e ampliar o acesso dessa clientela ao serviço público de saúde norteando cinco eixos temáticos: acesso ao acolhimento; saúde sexual e reprodutiva; paternidade e cuidado; prevenção de violência e acidentes e as doenças prevalentes na população masculina (BRASIL, 2009).

A masculinidade vem sendo apontada na literatura como importante elemento que contribui para o sentimento de invulnerabilidade e para a maior exposição dos homens a comportamentos que colocam em risco a sua saúde (GOMES et al., 2011). Diante do contexto subracitado, o objetivo do artigo é identificar a prevalência neoplasias malignas que acometem a população masculina nas cinco regiões do Brasil.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caráter transversal, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado através de dados secundários, com indivíduos do sexo masculino com diagnóstico de neoplasia maligna, no período de 1990 a 2006 nas cinco regiões do Brasil.

Foram utilizados como descritores, de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “saúde do homem”, “neoplasia”, “epidemiologia” e seus correspondentes nos idiomas português, inglês e espanhol.

Os dados do presente trabalho foram obtidos a partir do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), e do Registro de Câncer de Base Populacional do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para particularizar as ocorrências de

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neoplasias malignas nas cinco regiões do Brasil. Bem como, no IBGE para obtenção de contagem populacional entre o período estudado.

Todos os direitos e a identidade dos participantes desta pesquisa foram resguardados, visto que o estudo apresenta risco mínimo, por se tratar de um estudo realizado a partir de banco de dados.

RESULTADOS

Segundo as estimativas de câncer para o país, feitas a partir dos dados de Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram avaliados, para o ano de 2014, aproximadamente 576 mil novos casos de câncer (BRASIL, 2014). Gerando grande demanda de investimento em políticas de prevenção e assistência, principalmente ao considerar o longo período de exposição a fatores relacionados (HARFORD et al., 2009).

De acordo com a última estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), para o ano de 2030, são esperados cerca de 27 milhões de casos de câncer incidentes, 17 milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivendo com algum tipo de neoplasia em todo o mundo (OMS, 2015). Os tipos de câncer que atingem a população masculina são: câncer de pele não melanoma, próstata, pulmão, cólon e reto e estômago (Figura 01) (BRASIL, 2011).

Dados do DATASUS revelam que em 2015, no nordeste, houve 118 óbitos do sexo masculino que poderiam ser evitadas com ações de imunoprevenção (BRASIL, 2017). Um dos fatores importantes é o fato do homem na maioria das vezes ser o responsável familiar, onde o mesmo tem receio de ser penalizado no seu ambiente de trabalho porque muitas empresas só aceitam como justificativa de falta mediante apresentação de atestado médico (OLIVEIRA et al., 2015).

Entre os anos de 1990 a 2006 as patologias estudadas apresentaram um pico nos índices por câncer - a cada 100.000 (cem mil) homens - onde as taxas de incidência por neoplasias malignas de câncer de próstata configuram-se como primeira causa, apresentando 51,4% de casos novos no Brasil estimados no sexo masculino, seguido de câncer de pulmão (19,4%), estômago (16,3), cólon e reto (12,4%) e cavidade oral (10,9%) ocupando respectivamente terceiro, quarto e quinto lugar (Figura 01), (BRASIL, 2006).

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Tabela 1. Taxas de incidência por neoplasias malignas, por 100 mil homens, segundo Unidade da

Federação – Brasil, 2006.

Fonte: SIM/SVS/MS (datasus.gov.br; acesso em 25 de março de 2018).

Após análise dos dados da população masculina, observou-se maior índice de cânceres nas regiões Sul e Sudeste. Contudo, questionam-se os índices são realmente menores que Norte e Nordeste ou se há subnotificação por negligência no registro desses dados e diagnósticos (Figura 01).

CONCLUSÃO

Inicialmente, considerava-se a falta de cuidado da população masculina como principal causa para as divergências entre os índices de mortalidade dos gêneros. Todavia, após a pesquisa, pode-se notar que esses dados também têm relação com a necessidade de maior atenção do governo em relação aos serviços de atenção primária do sistema único de saúde (SUS), junto a um paradigma sociocultural.

Portanto, conclui-se que diante da prevalência de morbimortalidade e dos elevados custos nos tratamentos das neoplasias malignas, sendo esta uma grande geradora de demanda, reconhecendo os fatores de risco como o longo período de exposição a fatores ambientais e individuais além do envelhecimento populacional, se faz necessário, uma maior abordagem através de ações de planejamento dentro da política de saúde pública pertinente, para conhecer, identificar e compreender melhor o processo saúde-doença do homem para que possa ser realizada a prevenção de doenças que atingem determinado grupo, assim como subsídios que venham a contribuir para a real situação do problema, e despertar incentivos aos quais levem ao público masculino procurar os serviços de saúde

Posição

Casos novos estimados – Sexo Masculino Localidades mais frequentes – Brasil e regiões

Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

1ª Próstata 51,4 Próstata 22,0 Próstata 34,5 Próstata 46,0 Próstata 63,3 Próstata 68,1 2ª Pulmão 19,4 Estômago 10,7 Estômago 10,1 Pulmão 15,5 Pulmão 23,3 Pulmão 37,0 3ª Estômago 16,3 Pulmão 8,0 Pulmão 8,1 Estômago 13,3 Estômago 20,3 Estômago 23,0 4ª Cólon e reto 12,4 Leucemias 3,9 Cavidade oral 5,5 Cólon e reto 9,6 Cólon e reto 16,9 Cólon e reto 21,5 5ª Cavidade oral 10,9 Cavidade oral 3,1 Cólon e reto 4,1 Cavidade oral 7,3 Cavidade oral 15,3 Esôfago 17,4

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Referências

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