Baltic Air Policing
Estado-Maior General das Forças Armadas
Força Aérea Portuguesa
Bloco 36: 01 de setembro – 31 de dezembro de 2014
Šiauliai, Lituânia
Press Kit
Enquadramento
O NATO Integrated Air and Missile Defence System (NATINAMDS) assenta, em tempo de paz, no empenhamento das capacidades de Defesa Aérea de cada Estado membro, no Air Policing e proteção do respetivo espaço aéreo. Caso tal não seja possível, o estabelecimento de acordos específicos, no seio da Aliança, providenciará essas capacidades.
A entrada dos países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) e da Eslovénia para a NATO, em Março de 2004, implicou a necessidade de garantir a sua defesa coletiva, similar à dos outros Estados membros.
Nesse sentido, e de forma a suprir as respetivas lacunas no âmbito do Air Policing (AP), foi elaborado pelo SACEUR – em 25 de fevereiro de 2004 – um Concept of Operations (CONOPS) for an Interim Air Policing Solution e que assenta nas contribuições dos países membros, em regime de rotatividade.
Recentemente, a 25 de abril de 2014, foi implementada a SACEUR Strategic Directive for the Implementation of Immediate Assurance Measures – IAM, que visa preencher e reforçar, entre outras, as capacidades de Air Policing, em consequência do agravamento da crise da Ucrânia.
Assim, assistiu-se a um reforço do contingente NATO atribuído à missão de AP na região em causa, cabendo a Portugal a responsabilidade adicional de executar a missão como Lead Nation dos restantes países presentes no Teatro de Operações (TO).
Antecedentes
Portugal participou já na missão de Air Policing dos Bálticos em 2007.
A participação de Portugal, na missão em causa, foi aprovada pelo Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), de março de 2014, para o período previsto entre 01 de Setembro a 31 de dezembro de 14 (bloco #36), e que será constituída por “até 6 (seis) aeronaves F-16M e até 70 elementos, a destacar para a Base Aérea de Siauliai (Lituânia)”.
A preparação da participação de Portugal nesta missão incluiu a visita preparatória à Base Aérea de Siauliai - em maio de 2014 - de um contingente de militares da Força Aérea, e uma reunião de coordenação - em julho de 2014 - realizada no CAOC de Uedem, para, entre outros, preparar o processo de Handover/Takeover.
Resultante do ponto anterior e do trabalho de coordenação entre a FA e o EMGFA foi publicada, em 21JUL14, a DIROP Nº31/CEMGFA/14 – “AIR POLICING NOS PAÍSES BÁLTICOS”, a enquadrar superiormente a preparação e execução desta missão.
Comandante do Destacamento
O Tenente-Coronel Piloto-Aviador João Paulo Pires nasceu em 1971, em São Tomé e Príncipe. Efetuou os estudos secundários em Bragança e, em 1989, ingressou na Academia da Força Aérea, onde concluiu a licenciatura em Ciências Militares Aeronáuticas em 1993.
Iniciou o tirocínio de pilotagem em 1993, na Base Aérea Nº 11, tendo sido brevetado como piloto aviador em julho de 1994.
Em 1995 concluiu o curso de Pilotagem Avançada em Aviões de Combate na aeronave Alpha-Jet, tendo sido colocado na Esquadra 201, Base Aérea Nº 5, em novembro do mesmo ano. Em 2004 transitou para o Núcleo de F-16MLU e em novembro de 2005 para a Esquadra 301.
Frequentou vários cursos inerentes à especialidade e para o desempenho de funções destacando-se o Curso Básico de Comando e Curso Geral de Guerra Aérea, o Curso de Aperfeiçoamento Oficiais Guerra Eletrónica, o Mission Tape Generator Course, o Tactical Leadership Program, o Weapons Instructor Meeting e o International Flight Safety Officers Course.
Ao nível da NATO frequentou, entre outros, o Weaponeering and Targeting Course, Staff Officer Planning Course, Operations Evaluator Course e ?????.
De 1996 a 2009 participou em várias operações e exercícios conjuntos e combinados, dentro e fora do país, destacando-se as operações Deliberate Forge (Bósnia-Herzegovina) e Allied Force (Kosovo), o Air Policing na Lituânia, o NATO Air Meet, Red Flag, Clean Hunter, Strong Resolve, Sírio, LinkedSeas, Eolo, Polygone, TTP, Dapex, Lusíada, EEAW, Cold Response, Real Warm e Real Thaw.
No mesmo período desempenhou várias funções ao nível das Unidades Aéreas e Unidade, nomeadamente Chefe das secções de Guerra Eletrónica, Planeamento Operacional, Uniformização e Avaliação, Tiro e Táticas, Oficial de Operações e Chefe do Gabinete de Prevenção de Acidentes, de 2006 a 2008. Foi coordenador e investigador da Comissão de Investigação de Acidentes BA5, entre 2006 e 2008 e Investigador da Comissão Central de Investigação de Acidentes da Força Aérea (COCINV) de 2008 a 2009.
Participou no OPACESS e avaliações táticas efetuadas pela NATO à Esquadra 201 e F-16M, em 2003 como participante e, em 2011, como avaliador.
Foi responsável pela aceitação operacional e implementação do simulador do F-16MLU. O Tenente-Coronel João Pires tem cerca de 2500 horas de voo, das quais mais de 2000
destacando-se as de Comandante de Parelha, Esquadrilha e Esquadra em Voo, Piloto Instrutor e de Experiências.
Em 2009 foi nomeado para o cargo Staff Officer Planningand Performance, no Quartel-General dos AWACS, onde permaneceu até julho de 2012.
Foi promovido ao atual posto em outubro de 2009 e desempenha as funções de Comandante do Grupo Operacional 51 desde agosto de 2012.
No decorrer da sua carreira o Tenente-Coronel João Pires foi distinguido com vários Louvores e Condecorações, de onde se destacam a Ordem Militar de Avis, grau de Cavaleiro, as Medalhas de Mérito Militar de 2ª e 3ª Classes, Medalha de Mérito Aeronáutico de 2ª Classe e Medalha da Cruz de S. Jorge.
Militares
Nesta missão estarão no TO até 70 (setenta) militares da Força Aérea Portuguesa, com 220 militares nomeados no total, dos quais 19 são do sexo feminino (8,64%) e 201 do sexo masculino (91,36%).
Capacidades da Força Nacional Destacada (FND)
A Força Aérea prepara, apronta, destaca, emprega e sustenta um Destacamento Aéreo - com seis aeronaves F-16 e 70 militares - a projetar para a Lituânia, a fim de efetuar Air Policing nos Países Bálticos, no período definido, com o intuito de preservar a integridade do espaço aéreo europeu da NATO, e no quadro dos compromissos assumidos por Portugal.
Adicionalmente, e sem comprometer a missão primária, poderá desenvolver atividade aérea no âmbito do treino operacional.
Duração e Gestão da Missão
A missão terá a duração de quatro meses, decorrendo desde o dia 01 de setembro até ao dia 31 de dezembro de 2014.
Estão previstas quatro rotações de pessoal, sendo que em três dessas rotações será usado uma aeronave C-27 da Força Aérea Lituana e na outra uma aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa Portuguesa.
A primeira rotação ocorre nos dias 25 e 26 de setembro de 2014 usando o C-27. A segunda rotação ocorre dia 20 de outubro de 2014, usando o C-130. A terceira rotação ocorre dias 13 e 14 de novembro de 2014, usando o C-27. A quarta e última rotação ocorre nos dias 8, 9 e 10 de dezembro de 2014, usando o C-27.
Existe a possibilidade de terem de ser efetuadas rotações adicionais às já referidas. Nestes casos, poderão ser usados voos comerciais, a aeronave Falcon 50 da Força Aérea Portuguesa ou outra aeronave. Deverá ser usado o meio considerado mais apropriado tendo em conta as datas, número de pessoal, disponibilidade e preço.
Local de Instalação no Teatro de Operações
A generalidade da missão decorrerá na Base Aérea de Šiauliai, na Lituânia. A atividade de Centro de Relato e Controlo (CRC) decorrerá nas instalações militares de Karmelava, também na Lituânia.
Oficial de Relações Públicas
O Oficial de Relações Públicas da FND, internacionalmente designado como Public Affairs Officer (PAO), será – numa primeira fase – o Alferes Ricardo Quintela, da Força Aérea Portuguesa. Pode ser contactado através dos endereços eletrónicos
prtaf_bap_pao@emfa.pt e rmquintela@emfa.pt . Ainda não está definida uma via telefónica de contacto, mas esta será comunicada quando o Oficial iniciar funções no TO. Este Oficial está colocado nas Relações Públicas da Força Aérea, que também podem ser contactadas para o efeito.