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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSO ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSO

ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA

MICHELLE KELLE CAVALCANTE RODRIGUES

LÂMINADOS CERÂMICOS, do planejamento a cimentação:

Estudo de caso

MACEIÓ/AL 2019/01

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MICHELLE KELLE CAVALCANTE RODRIGUES

LÂMINADOS CERÂMICOS, do planejamento a cimentação:

Estudo de caso

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de Pós-Graduação Latu-sensu em Prótese Dentária do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professor Dr. Marcos Aurélio Bomfim da Silva MACEIÓ/AL 2019/01

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MICHELLE KELLE CAVALCANTE RODRIGUES

LAMINADOS CERÂMICOS, do planejamento à cimentação:

Estudo de caso

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de Pós-Graduação Latu-sensu em Prótese Dentária do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professor Dr. Marcos Aurélio Bomfim da Silva

EM: ___/____/_____

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por ser meu guia em todas as escolhas que faço, minha família por sempre me apoiar nas decisões que tomo, meus filhos Maria Cecília e Pedrinho, pelas minhas ausências e continuarem sempre demonstrando seu amor, assim me dão a força que preciso para sempre seguir em frente.

Ao meu orientador Prof. Marcos Aurélio Buarque pelos ensinamentos passados, e paciência na correção desta monografia.

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LÂMINADOS CERÂMICOS: do planejamento a cimentação CERAMIC LAMINATES: from planning to cementing

Michelle Kelle Cavalcante Rodrigues Pós-graduanda do Curso de Prótese Dentária michellekelle_odonto@hotmail.com Marcos Aurélio Bomfim da Silva Mestre e Dr. em Materiais Dentários pela Fop-Unicamp Especialista em Reabilitação Oral Foar-Unicamp

RESUMO

A grande exigência estética dos pacientes e busca por resultados rápidos e previsíveis, tem levado os profissionais de odontologia a adotarem técnicas baseadas no planejamento e previsibilidades de resultados, embasado em ensaios restauradores feitos durante a fase de elaboração do tratamento. As lentes de contato têm a vantagem de além de ser um tratamento mais conservador, dando ao profissional essa previsibilidade e proporcionar para o paciente excelente estética e funcionalidade. O presente trabalho mostra um caso clínico de laminados cerâmicos, de 8 peças nos elementos 14 ao 24, e substituição de uma coroa no elemento 16, onde é exposto desde o planejamento detalhado do caso até a cimentação final.

PALAVRAS-CHAVE: facetas dentárias, reabilitação oral, porcelana

ABSTRACT

The great aesthetic requirement of patients and the search for fast and predictable results have led dental professionals to adopt techniques based on the planning and predictability of results, based on restorative tests done during the treatment elaboration phase. Contact lenses have the advantage of being a more conservative treatment, giving the professional this predictability and providing the patient with excellent esthetics and functionality. The present work shows a clinical case of ceramic laminates, where it is exposed from the detailed planning of the case to the final cementing pieces.

KEYWORDS: dental veneers, oral rehabilitation, porcelain

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 6 2 RELATO DE CASO ... 8 3 DISCUSSÃO ... 21 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 25 5 REFERÊNCIAS ... 26 ANEXOS ... 28

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1 INTRODUÇÃO

A crescente busca dos pacientes por tratamentos estéticos para transformar sorrisos, levou o mercado à incansável busca por materiais que atendam essas necessidades. Nos últimos anos a odontologia vem mudando seu enfoque, da restauração de dentes cariados para tratamentos estéticos de dentes sadios, as pessoas cada vez mais buscam ter dentes perfeitos, principalmente devido à influência dos meios de comunicação (LEITE et al, 2014).

A utilização da cerâmica com finalidade estética teve início no ano de 1928, com Charles Pincus, este confeccionava facetas e fixava provisoriamente sobre os dentes com o objetivo de melhorar o sorriso dos atores de Hollywood, estas restaurações eram conhecidas como Hollywood bridge. Essas lâminas não ficavam fixas devido as deficiências dos materiais adesivos da época. Com a evolução dos materiais adesivos, hoje existem diversas formas de confecção desses laminados (JARDIM el al, 2015).

As facetas cerâmicas foram introduzidas na odontologia na década de 1980, com o objetivo de devolver a estética e a função com menor desgaste da estrutura dental quando comparados a uma coroa dental, até essa data apenas as coroas eram preconizadas (MELO, et al, 2016).

As lentes de contato dental ou laminados ultrafinos são lâminas de cerâmica muito delgadas com espessura entre 0.2 mm e 0.5 mm, que recobrem a totalidade de uma ou mais faces do dente (vestibular, incisal ou palatina) (OKIDA, et al 2016).

Os laminados cerâmicos se apresentam como restaurações capazes de restabelecer aspectos estéticos que pacientes e profissionais buscam, pois são compatíveis com o periodonto, possuem alta resistência, estabilidade de cor, coeficiente de expansão térmica semelhante ao esmalte e conservam uma proporção significativa de esmalte natural (TOUATI et al, 2000).

Segundo Galiatsatos (2005) e Ozcan (2003), embora alguns casos possam ser resolvidos com a utilização de resina composta, esse material tem algumas desvantagens, como baixa resistência, geração de estresse durante a contração de polimerização, maior desgaste, menor manutenção dos resultados estéticos pela perda de brilho e textura inicial, se comparado as cerâmicas.

A indicação do uso de laminados cerâmicos em procedimentos estéticos deve ser precedida de uma minuciosa e criteriosa análise do caso. Deve-se ter convicção da real necessidade deste tratamento, tendo em vista a complexidade do

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procedimento e da possibilidade do desgaste dental, mesmo que conservador. Os laminados cerâmicos são indicados em casos de diastemas, alteração de forma, alteração de cor, devemos lembrar que os laminados cerâmicos por serem finos não devem ser utilizados para correção de desalinhamento moderado, estes devem passar por tratamento ortodôntico antes da confecção dos laminados (SOARES et al, 2012).

Em relação ao preparo dental para confecção de laminados cerâmicos, vários aspectos devem ser observados previamente ao preparo propriamente dito, propriedade do material cerâmico que será utilizado, cor final a ser alcançada, cor da estrutura remanescente, necessidade de alterar o contorno e forma dental e relação interoclusal, todos esses aspectos estão envolvidos e guiaram a quantidade de desgaste necessárias, a técnica mais recomendada consiste no desgaste seletivo sobre mock-up obtido através do enceramento diagnóstico aditivo, que deve seguir conceitos estéticos e funcionais (RAFAEL, et al,2017).

Coachman et al 2014, relataram detalhadamente a técnica de preparo dental para laminados cerâmicos, onde relatou que uma espessura de 0,3 mm seria suficiente para mudança de um tom da escala de cores, no entanto cada sistema cerâmico tem sua particularidade e o clínico deve está atento na comunicação com o laboratório, por meio de boas fotografias, selecionando de foram correta a cor do dente e a cor desejada.

Os laminados cerâmicos ultrafinos, podem ser confeccionados de forma tradicional ou ainda projetado através da tecnologia CAD/CAM para maior precisão e ajustes. Essas lâminas são adaptadas de forma mais precisa aos elementos dentais (OKIDA et al, 2016).

O objetivo do atual artigo é relatar um caso de reabilitação estética com laminados cerâmicos, ressaltando a importância de um planejamento detalhado para que se alcance o sucesso clínico, bem como a naturalidade e satisfação do paciente.

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2 RELATO DE CASO

A paciente S. R. t. M. sexo feminino, 35 anos, leucoderma apresentou-se para avalição do sorriso para confecção de lentes de contato dental, com queixa de dentes tortos e amarelados, havia finalizado tratamento ortodôntico, no entanto, não havia ficado satisfeita com o alinhamento dental, apresentava também alteração de cor dos dentes. A mesma foi encaminhada à Especialização de prótese pelo seu periodontista, e nos foi relatado que já havia feito cirurgia plástica gengival para correção das alturas dos zênites e melhora da harmonia do sorriso.

Foram feitas anamnese, exame clínico e para análise da estética foram feitas fotos de face, intraorais e radiografias periapicais.

A análise facial foi feita baseada nas fotografias de face, na frontal (Figura 1) foram observados: simetria facial, linha média facial, harmonia entre os terços faciais, formato dos lábios, uma pequena assimetria labial dentro do esperado, e linha média facial coincidente com o filtro labial.

Figura 1: Fotografia de face frontal. Fonte: Dados da pesquisa.

Na fotografia frontal sorrindo foi observado a Linha média facial e sua relação com a linha média do sorriso, curva do lábio inferior e sua relação com a curva do sorriso. Foi constatado a necessidade de aumentar a dominância dos incisivos

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centrais em relação aos incisivos laterais, melhorando assim o arco do sorriso e sua harmonia com o lábio inferior, apresentava ainda, corredor bucal escurecido, o que denota um arco atrésico (Figura 2).

Foram realizadas ainda fotografias de perfil direito e esquerdo ( figuras 3 e 4) e fotografias em vista obliqua, que auxiliam na avaliação do sorriso em vários ângulos de visão ( Figuras 5 e 6).

Figura 2: F otografia frontal sorrindo .

Fonte: Dados da pesquisa .

Figura 3: Fotografia perfil direito.

Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 4: Fotografia perfil esquerdo.

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Figura 5: Fotografia oblíqua direita. Figura 6: Fotografia oblíqua esquerdo. Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa.

Nas fotografias intraorais foi possível observar uma oclusão satisfatória, incisivos centrais com borda incisais desgastados, substrato dental escurecido, retrações gengivais, desalinhamento leve, inclinições dentais incorretas, textura dos dentes, (Figuras 7-12).

Figura 7: Fotografia intraoral frontal.

Fonte: Dados da pesquisa.

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Figura 8: Fotografia intraoral direita. Figura 9: Fotografia intraoral esquerda. Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 10: Fotografia intraoral oclusal Figura 11: Fotografia intraoral oclusal

arco superior. arco inferior.

Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 12: Fotografia intraoral frontal. Fonte: estudo de caso clinico

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É notável a presença significativa de alteração de cor, bem como desalinhamento dental, e o que mais a incomodava, o incisivo lateral superior direito em vestibuloversão. Com exames fotográficos e radiográficos em mãos, juntamente com a anamnese foi proposto para a paciente a confecção de 8 lâminados cerâmicos e coroa no 16, o 26 possuía um endocraw e a paciente foi orientada a mantê-la devido aos riscos de remoção da mesma.

Ainda na primeira consulta foram realizadas as moldagens iniciais com Alginato de presa rápida tipo 1 ( Jeltrat Plus, Petropólis, Rio de Janeiro, DENTSPLY) para diagnóstico, e vazada para obtenção dos modelos com gesso especial tipo IV (Durastone tipo IV, Petrópolis, Rio de Janeiro, DENTSPLY), foi tomado o arco facial para obtenção da oclusão e os modelos foram montados em articulador semiajustavél bioart A7 padronizado, esses modelos foram enviados ao laboratório para ser encerado (figura 13).

Já com o enceramento, foi explicado a paciente todo passo a passo do seu tratamento e as alterações que faríamos no seu sorriso. Além disso o modelo encerado foi duplicado com silicone de condensação leve e pesada (Zetaplus, Polesine (RO), Italy ZHERMACK) obtendo-se uma cópia em negativo para confecção de uma guia (figura 14) para a realização do mock-up (Figura 15). Este feito com resina bis-acrílica (Protemp 4 3M ESPE, St. Paul, Mn,EUA,), onde foi preenchido os espaços referentes aos elementos dentais que iriam receber os laminados, utilizando pistola

Figura 13: Enceramento diagnóstico. Fonte: Dados da pesquisa.

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com ponta misturadora. Após a polimerização da mesma, foram removidos os excessos e retirada a guia de silicone e feita a apresentação do resultado ao paciente, onde em conjunto com a mesma foram avaliados estética e funcionalidade do novo formato do sorriso, realizando testes oclusais e fonéticos que se mostraram bastante satisfatórios. Após as considerações da paciente foi corrigido o volume com discos de lixa (soflex, ESPE, St. Paul, Mn,EUA 3M), até que a mesma sentisse conforto com formato e espessura dos dentes.

Figura 14: guia para mock up. Figura 15: Fotografia mock up

Fonte:Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa.

Na terceira consulta paciente relatou que não havia feito clareamento e gostaria de fazer o tratamento mesmo sem ter realizado. Foi então confeccionado um guia de preparo em silicone de condensação (zetaplus, ZHERMACK, Polesine (RO), Italy). Somado a isso, a tomada de cor foi realizada com a escala de cor Vita Classical (Escala Vitapan Classical - Vita Zahnfabrik, Bas Sackingen, BW, Alemanha). O substrato apresentava cor A 3,5 nos caninos e A3 nos demais elementos.

Os preparos foram feitos nos elementos 15 ao 25, (Figura 16) sempre conferindo o guia de silicone. Para confecção dos preparos, foi realizada uma canaleta de orientação na região cervical na face vestibular a nível supragengival utilizando ponta diamantada esférica nº1014, com inclinação de aproximadamente 45⁰ em relação ao longo eixo do dente. Na sequência, foram realizados três sulcos de orientação também na face vestibular do dente, no sentido cervico-incisal, levando-se em consideração a inclinação da superfície vestibular, esses preparos foram confeccionados com brocas diamantadas nº 2135 (KG soresen, Cotia - SP – Brasil) e discos de lixa, no elemento 16 foi removida a coroa existente e feito o repreparo para confecção de nova coroa. Após os desgastes necessários, foi realizada a moldagem

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dos dentes utilizando silicone de adição leve e pesada (ESPE, St. Paul, Mn,EUA 3M) e enviada para o laboratório para a confecção dos laminados e coroa do 16, o material utilizado foi a cerâmica do sistema IPS eMax PRESS (Ivoclar-Vivadent, Schaaan, Liechtenstein). Após todo o preparo, foi introduzido no sulco gengival fios de retração 000 e 00 (ultrapck, ULTRADENT South Jordan, UT) e realizada a moldagem em passo único com silicone de adição pesada e leve (Express, ESPE, St. Paul, Mn,EUA 3M) (figura 17-19) logo a seguir confeccionado provisórios com resina bisacrílica, esses provisórios não foram cimentados ao dentes apenas superpostos a eles. No intervalo entre as sessões a paciente queixou-se de sensibilidade no elemento 15, foi feito então aplicação de Flúor concentrado (fluorniz) onde a mesma relatou interrupção da sensibilidade.

Figura 16: Preparos para facetas laminadas

Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 17:Inserção de silicona de

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Figura 19: Molde com silicone de adição em passo único

Fonte: Dados da pesquisa.

A cor A1 foi escolhida em conjunto com a paciente utilizando a escala vitta classical, a moldagem então foi enviada ao laboratório Vagner em São Paulo, acompanhada de fotografias para que as facetas fossem confeccionadas (figura20). A cimentação foi então marcada para a próxima consulta.

Figura 20: Facetas laminadas sobre o modelo

troquelizado Fonte: Dados da pesquisa.

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Previamente ao processo de cimentação propriamente dito foram feitas a prova dos elementos no modelo, no objetivo de verificar seu eixo de inserção e em seguida na boca. As peças dos elementos 12 e 21 apresentavam dificuldade de assentamento devido ao eixo de inserção, foi decidido então realizar um pequeno alívio na mesial e distal dos preparos com disco de lixa de granulação vermelho (Sof-lex Pop-on - 3M ESPE – Seefeld - Alemanha). Realizados os alívios, as peças assentaram passivamente durante a sua prova de inserção. Em seguida, o cimento de escolha foi o sistema esthetik (Variolink Veneer - Ivoclar Vivadent), visto que este cimento é fotopolimerizavél, indicação ideal para laminados e cerâmicas. Este material disponibiliza diferentes luminosidades de cimento de prova que tornam a sua correta escolha muito importante, principalmente em peças extremamente finas, esse cimento de prova é conhecido como pasta try in.

Antes da cimentação foi feito isolamento absoluto modificado, para cimentação d, posteriormente foi testada a cor do cimento, que seria utilizado, a marca escolhida foi a esthetik (Variolink Veneer - Ivoclar Vivadent). através das pastas try in chegou-se à conclusão que os elementos 13 e 23 seriam cimentados com a cor A1 e os demais com a cor A2. Após realizar a prova das facetas , estas foram posicionadas na sequência sobre a silicona de condensação ( figura 21).

Figura 21 : Laminados sobre silicona de condensação

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Procedeu-se então profilaxia com pedra pomes, logo em seguida a estrutura dental foi preparada: uma vez inseridos fios retratores 000 (Ultrapack_ Ultradent) de canino a canino para facilitar a adaptação das peças durante a cimentação, aplicação de ácido fosfórico 37% (Condac 37- FGM) foi aplicado por 30 segundos, para se tratar apenas esmalte (Figura 22) que em seguida foi lavado e secado com água em abundância para posterior secagem com ar e aplicação de adesivo. O sistema adesivo de escolha, para a estrutura dentária. Foi o single Bond (3M-ESPE) sem fotopolimerizar (Evitando assim a formação de uma película que poderia atrapalhar a adaptação das peças)

Figura 22: Fotografia condicionamento Figura 23: Fotografia aplicação do

ácido. adesivo. Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa.

Neste momento a superfície interna das peças foram tratadas com ácido fluorídrico à 10% por 20 segundos, lavagem com jato de ar/agua por 60 segundos, secagem, condicionamento com ácido fosfórico 37% por 60 segundos, com movimentos friccionais, lavagem e secagem com jatos de água e ar, respectivamente, aplicação do agente de união silano (Prosil, FGM, Joinville, SC, Brasil) por um minuto. Neste momento com a peça preparada, a estrutura dentária também condicionada, foi colocado cimento no interior das peças e foram então levadas de encontro aos elementos dentais, iniciando pelos incisivos centrais, depois os laterais e assim sucessivamente. Os excessos do cimento foram removidos com espátula, microbrush e fio dental foi necessário para checar correta adaptação das proximais. Neste caso, especificamente, a ordem de cimentação foi: 21, 11, 12 e 22; elementos estes que

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foram posicionados simultâneamente e polimerizados (2 minutos por elemento) em seguida. Esta sequência se deu em razão de assim obtermos maior facilidade no assentamento das peças. Por fim, o processo foi repetido (tanto para as peças quanto para os dentes) nos elementos 13 e 23,15 e 25, quando finalmente a coroa do 16 foi cimentada.

Por fim, ao término da cimentação das 8 peças (fotografia 24-30), todos os excessos de cimentos foram eliminados, acabamento foi efetuado com lâmina de bisturi 12 (Feather - Japão) e um criterioso ajuste oclusal foi realizado nesta consulta de cimentação.

O paciente foi então chamado para última consulta: checagem do ajuste oclusal e fotografias finais.

Figura 24: Facetas laminadas

Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 25: Fotografia intraoral aspecto final.

Fonte: Dados da pesquisa.

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Figura 26: Perfil direito caso finalizado.

Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 27: Perfil esquerdo caso finalizado

Fonte: Dados da pesquisa.

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Figura 28: Fotografia perfil esquerdo. Figura 29: Fotografia perfil direito.

Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 29: Fotografia de face sorriso. Fonte: Dados da pesquisa.

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3 DISCUSSÃO

Quando se fala em estética dental, os laminados cerâmicos dispontam na vanguarda, se comparados a outras técnicas pela estabilidade estética, durabilidade e resistência (GALLO, M., CURRY, D., 2014).

Antes as coroas totais eram a única opção para reabilitação estética em cerâmica, hoje é um ponto pacífico na literatura, a vantagem dos laminados cerâmicos em relação as coroas, devido ao desgaste infinitamente inferior, conservando a estrutura dentária e possibilitando mais longevidade ao trabalho protético (ALTO et al, 2018, LEITE, ET AL 2014).

Para Jardim et al, 2015 apesar da pouca evidência científica sobre a longevidade dos laminados cerâmicos, o sucesso clínico está diretamente relacionado a correta utilização dos materiais, bem como ao adequado planejamento. Rolin et al, 2013, no entanto afirma que quando bem executados pelo clínico, estes apresentam elevadas taxas de sobrevivência. Mazaro et al 2009, também afirmam que o sucesso com laminados cerâmicos depende do planejamento, seleção do material e execução técnica respeitando os princípios que regem esta modalidade de tratamento. Já Alheikeir el al 2014 em um estudo realizado afirma que o sucesso dos laminados está relacionado a experiência do clinico executor. Mazioli et al 2017 afirma que o sucesso das restaurações indiretas depende de uma adequada união entre cimento e substrato dental, portanto a seleção e o conhecimento das características dos agentes de união são fundamentais para o sucesso clínico.

As indicações dos laminados cerâmicos destacam-se, as alterações de forma dentária, alterações de cor, em casos onde o clareamento não obteve resultado satisfatório, pequenos desalinhamentos e reabilitações do sorriso (MAZARRO et al 2009). Também cita-se como indicação dos laminados, alteração do formato dentário em elementos com pouca projeção vestibular, como dentes conóides e fechamento de diastemas, e contraindicados para dentes com grande alteração de cor e de estrutura, assim como para dentes restaurados, (JARDIM el tal 2015), assim como no caso apresentado onde a paciente apresentava alteração de cor e forma e pequeno desalinhamento dental.

Okida, et al 2015 afirma que o correto planejamento deve ser realizado em conjunto entre o técnico de prótese dentária, o clínico e o paciente. Algumas ferramentas são essenciais para o bom planejamento e análise estética que são:

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anamnese, fotografias digitais, modelos de estudo, enceramento diagnóstico e confecção de ensaios em acrílico provisórios ou mock ups.

Um ponto era controverso na literatura, no entanto está chegando a um consenso nos artigos mais atuais, é a necessidade ou não de desgaste da estrutura dental, há autores que defendem que o preparo dental não é obrigatório na reabilitação com laminados cerâmicos ultrafinos, principalmente pela adesão eficiente que os cimentos resinosos promovem a estrutura dental hígida, estes defendem que a adesão promovida é tão confiável que dispensária o preparo dental, (CARDOSO et al 2011. Outros principalmente em artigos mais recentes defendem que a necessidade de se definir um término de preparo para que a peça seja colocada adequadamente sobre o dente na localização mais adequada, isso é um fator importante para o sucesso clínico, (MAZARO el al 2009, VOLPATO et al, 2013, Leite et al, 2014).

Com relação ao preparo dental os diversos autores concordam que este deve ser restrito ao esmalte, Menezes, et al 2009 acredita que os laminados com preparos minimamente invasivo, com limite de desgaste em esmalte apresentam excelentes resultados devido à grande resistência de união aos materiais adesivos o que promove a formação de um corpo uniforme.

No caso clínico utilizamos a cerâmica reforçada a base de dissilicato de lítio, Kano, 2012 cita como vantagem dessa cerâmica a resistência a fratura de 400 Mp, excelente estética e adesão à estrutura dentária, baixo desgaste ao antagonista, pouca ou nenhuma necessidade de desgaste ao antagonista e ótima adaptação marginal.

A confecção dos laminados cerâmicos é na maioria dos casos realizada a partir de um enceramento diagnóstico, onde através da confecção de uma barreira gengival o enceramento é transferido para a boca em um processo conhecido como mock up ou ensaio restaurados, em cima desse mock up são feitos ajustes em boca e este é moldado e enviado ao laboratório para servir de base para confecção do trabalho definitivo. O que significa que o desgaste nos elementos só será gerado na área que o ceramista afirmar não ter espaço para cerâmica ou houver necessidade de remover áreas retentivas para o assentamento passivo, conservando o máximo de esmalte (FRANDEANE el al, 2005, OKIDA et al, 2016).

Com relação ao rompimento ou não do ponto de contato proximal no caso clínico optamos por romper, entendemos que as vantagens superam as desvantagens nesse caso a dificuldade de esconder a linha de transição dente-cerâmica, uma vez

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que a paciente apresentava substrato escuro e não optou por clareamento prévio, geralmente essa áreas estão localizadas mais para vestibular e pode ser observada em uma visão lateral, comprometendo assim o resultado estético. Alguns autores não recomendam romper o ponto de contato devido a maior conservação de estrutura dental sadia e outros recomendam romper esse ponto de contato devido a facilidade de moldagem e melhora estética, (ROLIM et al, 2013).

A moldagem é uma etapa importante do processo de confecção dos laminados cerâmicos. Para que se obtenha sucesso, é necessário que os preparos estejam lisos e bem definidos, o que foi garantido na etapa de acabamento dos elementos preparados. O material de eleição é o silicone de adição, devido as suas características de estabilidade dimensional, fidelidade de impressão e a possibilidade de vazamento de mais de um modelo. Para que a peça fique bem adaptada, os preparos devem ser precisos e a gengiva deve estar saudável (VIEIRA e AMPESSAN, 2004, MENDES et al, 2014). Segundo Ramos Junior e Miranda,2011, é de extrema importância um afastamento gengival bem realizado, pois quando inadequado tornase a causa mais comum de insucesso de uma moldagem.

Para garantir êxito em relação a sua longevidade clínica, duas etapas devem ser realizadas com muita cautela: cimentação e ajuste oclusal. Deve haver uma correta escolha do cimento a ser utilizado (VOLPATO et al, 2009, ALHEKEIR et al, 2014, MAZIOLI,et al, 2017). No presente caso, o cimento de escolha foi fotopolimerizável, que possui a canforoquinona como princípio ativo para sua polimerização. Isto significa que neste caso há, portanto, ausência do composto peróxido de benzoíla, que pode causar alteração de cor das restaurações a longo prazo, devido a sua oxidação e consequente amarelamento. Já no ajuste oclusal, a reprodução dos movimentos bordejantes deve ser realizada e ajustada minuciosamente, para evitar toques incorretos, possível fratura da peça e dano na estrutura dentária e periodontal (LEITE et al, 2014, UCHOA et al, 2014).

Os autores concordam que em laminados finos e ultrafinos o procedimento adesivo deve ser realizado com o cimento resinoso fotopolimerizável sendo o cimento de escolha para esses casos. Um estudo in vitro constatou que esse cimento apresenta maior estabilidade de cor em comparação a outros cimentos (CARDOSO et al. 2011). De acordo com Magner; Belser (2003), na maioria dos casos clínicos, os cimentos de dupla polimerização podem não ser necessários devido à dificuldade de manipulação e estabilidade química incerta. A indicação para esse tipo de cimento

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permanece limitada as peças cerâmicas de espessura vestibular extrema (maior que 2 mm) ou para situações em que as facetas se tornam altamente opacas (pela descoloração residual severa).

Por fim, é necessário conhecimento e segurança para realização de um caso de laminados e lentes de contato. Sua correta aplicação aliada a experiência do CD e escolha de um laboratório em que haja interação e sintonia entre o profissional e o técnico, garantirá um tratamento de sucesso respeitando os princípios de mínimo desgaste de esmalte.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um bom planejamento é parte fundamental do sucesso no tratamento com laminados cerâmicos, a previsibilidade do tratamento baseado nesse planejamento deixa tanto profissional quanto paciente seguro no que diz respeito aos resultados alcançados, isso condiz com excelentes resultados estéticos e funcionais.

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ANEXO 2 - PARECER CONSUBSTANCIADO

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Referências

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